MB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CÍVEL

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1 APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ITCD. DIFERENÇA DE ALÍQUOTAS. LANÇAMENTO COMPLEMENTAR, EM RAZÃO DE JULGAMENTO, PELO PLENO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DEFININDO A CONSTITUCIONALIDADE DA PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS. VERIFICADA A DECADÊNCIA DO DIREITO DE CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL DO PRAZO DECADENCIAL. HOMOLOGAÇÃO DO CÁLCULO NA PARTILHA. PROCESSO DE INVENTÁRIO COM TRÂNSITO EM JULGADO. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 35, PARÁGRAFO ÚNICO E 173, I, DO CTN, E DA SÚMULA 114 DO STF. PROLAÇÃO DE SENTENÇA DE MÉRITO QUE OCASIONA A PERDA DE OBJETO DE RECURSOS INTERPOSTOS CONTRA DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS. TRÂNSITO EM JULGADO QUE NÃO SE CONDICIONA A DECISÃO DE RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, DESIMPORTANDO O DESFECHO DESSA INSURGÊNCIA AO PRAZO INICIAL EM QUE O FISCO DEVERIA LANÇAR O TRIBUTO. SENTENÇA REFORMADA PARA JULGAR PROCEDENTES OS EARGOS À EXECUÇÃO. O ITCD só é exigível após a homologação do cálculo da partilha, não obstante o princípio da saisine, estampado no art do Código Civil. Da norma do art. 173, I, do CTN, extrai-se que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Aqui, com o trânsito em julgado da homologação da partilha no ano de 2010, iniciou-se o prazo decadencial no dia , encerrando-se em , quando o Fisco não havia ainda constituído seu crédito. A possibilidade de cobrança de alíquota progressiva estava sendo discutida judicialmente, com o sobrestamento do recurso extraordinário manejado pelo Estado do Rio Grande do Sul, que culminou no juízo de retratação nos autos do agravo. Contudo, quando da interposição das insurgências, não houve concessão de efeito suspensivo, prosseguindo o processo de inventário, até o seu trânsito em julgado. A discussão judicial acerca da possibilidade de cobrança de alíquota progressiva do ITCD não impedia o Fisco de lançar o tributo da maneira como entendia devido. O lançamento complementar ou seja, consistente na diferença entre o imposto recolhido, calculado com alíquota de 1%, e o que se entendia devido, com alíquota de 8%, poderia e 1

2 deveria ter sido efetuado no prazo de 5 anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que homologado o cálculo da partilha , pois a decisão no processo de inventário tornou-se definitiva em Inviável o acolhimento da tese de que a existência de discussão judicial nos autos de recurso extraordinário em agravo de instrumento impediria o trânsito em julgado do processo de inventário, constituindo verdadeira condição suspensiva à definitividade da decisão. Com a prolação de sentença e decorrido o prazo para o manejo de insurgências, ocorre a perda do objeto de eventuais recursos que versavam sobre decisões interlocutórias. Precedentes do STJ. APELO PROVIDO. APELAÇÃO CÍVEL Nº (Nº CNJ: ) JOSIANE BEATRIZ PICCIN BARBIERI ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL COMARCA DE ERECHIM APELANTE APELADO A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam os Desembargadores integrantes da Vigésima Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em prover o apelo. Custas na forma da lei. Participaram do julgamento, além da signatária, os eminentes Senhores DES. FRANCISCO JOSÉ MOESCH (PRESIDENTE) E DES.ª DENISE OLIVEIRA CEZAR. Porto Alegre, 26 de setembro de

3 DES.ª MARILENE BONZANINI, Relatora. DES.ª MARILENE BONZANINI (RELATORA) recurso (fls. 271/273v). R E L A T Ó R I O De início, adoto o relatório contido no arrazoado das fls. 271/273v: Trata-se de recurso de apelação interposto pelo Josiane Beatriz Piccin Barbieri contra sentença que, nos autos da ação anulatória contra Estado do Rio Grande do Sul, julgou improcedente o pedido, condenando o autor ao pagamento da taxa única e despesas processuais e honorários advocatícios fixados em R$ 5.000,00 (fls. 236/240v). A recorrente, em suas razões, busca a reforma da sentença. Afirma que por expressa previsão legal com a homologação da partilha e a expedição do respectivo Formal é conferida plena quitação dos tributos incidentes. Refere que o ente público foi intimado da decisão homologatória da partilha, não interpondo recurso. Afirma que caberia ao Fisco promover o lançamento do tributo complementar em testilha dentro do prazo de cinco anos, a contar de , a fim de evitar a decadência do direito, porquanto o debate em tela jamais lhe vedou a consecução de tal ato, atingindo apenas os procedimentos atinentes à cobrança do tributo. Alega a decadência do direito de tributar, não havendo que se falar que o lançamento somente poderia ter ocorrido após 30 dias do trânsito em julgado do agravo de instrumento, em Menciona que a decisão do STF não possui o condão de atingir a eficácia da sentença transitada em julgado, cabendo ao ente público lançar mãos das vias adequadas para buscar o pagamento da diferença do tributo. Assevera que não pode a quitação dos tributos ficar subordinada à resolução da discussão incidental relativa à alíquota aplicável ao tributo, seja pela inexistência de concessão de efeito suspensivo aos recursos interpostos, seja pelo disposto no art. 192 do CTN, que traduz o encerramento cabal de todas as discussões incidentais (inclusive tributárias) com a sentença expedida no processo de inventário, ou mesmo pelo art , IV, do CPC/73. Defende a insubsistência da multa aplicada, já que os artigos que embasaram a multa dizem respeito ao inventário por arrolamento, o que não é o caso dos autos. Colaciona precedentes. Requer o provimento do recurso (fls. 243/255). Foram apresentadas contrarrazões pelo Estado (fls. 257/269). Nesta instância, o Ministério Público manifestou-se pelo desprovimento do Vieram os autos conclusos. É o relatório. 3

4 DES.ª MARILENE BONZANINI (RELATORA) Eminentes Colegas! V O T O S Na origem, trata-se de embargos à execução fiscal em que a ora apelante busca o reconhecimento da decadência do direito do Fisco Estadual constituir crédito tributário consistente em ITCD complementar, decorrente de decisão proferida pelo STF, pela possibilidade de cobrança de alíquota progressiva, bem como a insubsistência da multa aplicada, por sua incorrência e por configurar confisco. Pois bem. Tramitou na Comarca de Erechim o processo de inventário n.º 013/ , em que restou declarada incidentalmente a inconstitucionalidade da progressividade de alíquotas do ITCD, entao fixada em 1%, em Dessa decisão recorreu o Estado do Rio Grande do Sul (agravo de instrumento n.º ), sobrevindo decisão pelo desprovimento da insurgência em O Estado interpôs recurso extraordinário, distribuído no âmbito do TJ/RS sob o n.º , o qual restou sobrestado para aguardar a decisão no RE /RS, representativo da controvérsia no Supremo Tribunal Federal. Como consabido, a Corte Suprema considerou constitucional a cobrança de alíquota progressiva no que diz com o ITCD, e, assim, a 7ª Câmara Cível deste Tribunal de Justiça, em juízo de retratação, deu provimento ao agravo n.º , decisão essa transitada em julgado no ano de Ocorre que, não sobrevindo qualquer decisão a atribuir efeito suspensivo aos recursos manejados, o processo de inventário continuou a tramitar normalmente, tendo sido adimplido o imposto com a alíquota de 1% e proferida sentença de homologação da partilha, transitando em julgado em A controvérsia trazida à apreciação desta Corte, portanto, diz com o termo inicial a partir de quando poderia e deveria o Fisco ter lançado o tributo complementar a 4

5 assim constituído seu crédito, tudo para fins de aferição da ocorrência, ou não, da decadência. Tenho que o apelo merece provimento. Nos termos do parágrafo único do art. 35 do Código Tributário Nacional, nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Do texto legal, a surgiu a interpretação, hoje pacífica, de que o ITCD só é exigível após a homologação do cálculo da partilha, não obstante o princípio da saisine, estampado no art do Código Civil. Nesse sentido, inclusive, a Súmula n.º 114 do STF, dispondo que o imposto de transmissao causa mortis não é exigível antes da homologação do cálculo. O entendimento é compartilhado no âmbito desta Corte: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. ITCD. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA REFORMADA. Nos termos da súmula 114 do STF, o imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da homologação do cálculo, razão pela qual antes disso não é possível reconhecer a decadência do tributo. Precedente desta Câmara Cível e do STJ. APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível Nº , Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Newton Luís Medeiros Fabrício, Julgado em 31/01/2017) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. ITCD. EXCESSO DE MEAÇÃO. DOAÇÃO. DECADÊNCIA. TERMO INICIAL QUE CORRESPONDENTE À DATA DA HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL DO CÁLCULO DO IMPOSTO A PAGAR. O ITCD é tributo cujo lançamento ocorre por declaração do sujeito passivo. No silêncio do contribuinte, cabe ao fisco declarar de ofício no prazo de 05 anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Arts. 147, 149, II, 173 caput e I do CTN. Caso em que a exigibilidade da obrigação tributária dos autores surgiu com a intimação para pagamento do tributo. Ínsita a tal determinação, estava a homologação tácita do cálculo. Inteligência da Súmula n. 114 do STF, segundo a qual o imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da homologação do cálculo. Não havendo o pagamento do tributo no prazo de 30 dias (art. 30, IV, b, do Decreto n /89), a 5

6 Fazenda Estadual estava autorizada a lançar de ofício a partir do primeiro dia do exercício seguinte. Todavia, somente o fez quando já ultrapassado o prazo decadencial. Verba honorária reduzida no caso concreto. Art. 20, 4º, do CPC/1973, aplicável ao caso. APELO PROVIDO EM PARTE. (Apelação Cível Nº , Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Aquino Flôres de Camargo, Julgado em 30/06/2016) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ITCD. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. Decadência não configurada. O fato gerador do ITCD não se confunde com a constituição do crédito tributário. O ITCD não é exigível antes da homologação do cálculo do imposto pelo juízo (Súmula n. 114 do STF). Prequestionada a matéria, porquanto não se negou vigência a qualquer dispositivo constitucional ou infraconstitucional. APELAÇÃO DESPROVIDA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº , Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, Julgado em 29/06/2016) Prosseguindo, da norma do art. 173, I, do mesmo CTN, extrai-se que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. E aqui, com o trânsito em julgado da homologação da partilha no ano de 2010, iniciou-se o prazo decadencial no dia , encerrando-se em , quando o Fisco não havia ainda constituído seu crédito a notificação do sujeito passivou ocorreu em (auto de lançamento das fls. 20/26). É bem verdade que a possibilidade de cobrança de alíquota progressiva estava sendo discutida judicialmente, com o sobrestamento do recurso extraordinário manejado pelo Estado do Rio Grande do Sul, que culminou no juízo de retratação nos autos do agravo n.º Contudo, quando da interposição das insurgências, não houve concessão de efeito suspensivo, prosseguindo o processo de inventário, até o seu trânsito em julgado, como já exposto, inclusive tendo o julgador singular consignado que o prosseguimento do feito se dava em razão do recebimento de recursos tão somente no efeito devolutivo. A discussão judicial acerca da possibilidade de cobrança de alíquota progressiva do ITCD não impedia o Fisco de lançar o tributo da maneira como entendia 6

7 devido, o que, aliás, é verificado rotineiramente. Não poderia, isso sim, exigir o seu pagamento, o que, de qualquer modo, também ocorre com frequência, ocasionando o manejo de medidas judiciais para suspender a exigibilidade do tributo. O lançamento complementar ou seja, consistente na diferença entre o imposto recolhido, calculado com alíquota de 1%, e o que se entendia devido, com alíquota de 8%, poderia e deveria ter sido efetuado no prazo de 5 anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que homologado o cálculo da partilha , pois a decisão no processo de inventário tornou-se definitiva em A decadência tributária, ao contrário do que ocorre com a prescrição (art. 174 do CTN), não se suspende nem se interrompe. Não é prevista tal hipótese, cuja aplicação redundaria em violação ao princípio da legalidade. No que diz com a tese de que a existência de discussão judicial nos autos de recurso extraordinário em agravo de instrumento impediria o trânsito em julgado do processo de inventário, constituindo verdadeira condição suspensiva à definitividade da decisão, deve-se observar que, com a prolação de sentença e decorrido o prazo para o manejo de insurgências, ocorre a perda do objeto de eventuais recursos que versavam sobre decisões interlocutórias. Tribunal de Justiça: A esse respeito, tranquilo o entendimento firmado no âmbito do Superior PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ.RECURSO EM FACE DE DECISÃO INDEFERITÓRIA DE PROVA. SUPERVENIÊNCIA DA SENTENÇA. PERDA DO OBJETO DO RECURSO. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. A violação do art. 535 do CPC não merece prosperar. Senão pelo fato de o magistrado se obrigar a examinar a lide apenas nos limites da contenda e com base na argumentação jurídica que ele entender aplicável ao caso, também por não se obrigar ao exame de mérito, quanto entender que o recurso estaria prejudicado por ter sido sentenciado na origem. 2. A superveniência da sentença proferida no feito principal enseja a perda de objeto de recursos anteriores que versem sobre questões resolvidas por decisão interlocutória combatida via agravo de instrumento. Precedentes. 3. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp /SC, Rel. Ministro 7

8 MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe 23/02/2017) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ACÓRDÃO PROLATADO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO QUE NEGA OU CONCEDE LIMINAR. PROCESSO PRINCIPAL SENTENCIADO. PERDA DE OBJETO. INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO CONSUMATIVA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. Tendo sido proferida sentença de mérito no processo principal, perde o objeto o recurso especial interposto de acórdão proferido em agravo de instrumento contra decisão que concede ou nega liminar em mandado de segurança. 2. Não há falar em preclusão consumativa em relação às teses levantadas no agravo de instrumento, pois o julgamento de mérito é exauriente e prejudica eventuais fundamentos contrários proferidos liminarmente. 3. Prejudicado, por perda de objeto, o agravo em recurso especial interposto em agravo de instrumento que discute decisão que indeferiu liminar em mandado de segurança. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp /RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/09/2013, DJe 30/09/2013) AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. RECURSO ESPECIAL. INTERPOSTO CONTRA ACÓRDÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA SUPERVENIENTE. RECURSO PREJUDICADO. 1. A superveniência da sentença proferida no feito principal enseja a perda de objeto de recursos anteriores que versem sobre questões resolvidas por decisão interlocutória combatida via agravo de instrumento. Precedentes. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp /SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/10/2015, DJe 29/10/2015) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUPERVENIÊNCIA. DA SENTENÇA DE MÉRITO. PERDA DO OBJETO DO RECURSO. 1. A prolação de sentença de mérito enseja a superveniente perda de objeto do recurso interposto contra o acórdão que decidiu agravo de instrumento. 2. Agravo provido. (AgRg nos EDcl no REsp /RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/05/2014, DJe 30/05/2014) Desse modo, não havendo falar em inocorrência de trânsito em julgado da decisão que homologou a partilha no processo de inventário, e realizado o lançamento 8

9 somente em , data da notificação do sujeito passivo (auto de lançamento das fls. 20/26), quando o último dia do prazo decadencial era , deve ser provido o recurso, por ter se operado a decadência do direito do Estado do Rio Grande do Sul de constituir o crédito tributário, restando prejudicada a análise do pleito sucessivo quanto à multa aplicada. Ante o exposto, voto no sentido de prover o apelo para julgar procedentes os embargos à execução, nos termos da fundamentação supra. DES.ª DENISE OLIVEIRA CEZAR - De acordo com o(a) Relator(a). DES. FRANCISCO JOSÉ MOESCH (PRESIDENTE) - De acordo com o(a) Relator(a). DES. FRANCISCO JOSÉ MOESCH - Presidente - Apelação Cível nº , Comarca de Erechim: "PROVERAM O APELO. UNÂNIME." Julgador(a) de 1º Grau: JULIANO ROSSI 9