INSTRUÇÃO DE TRABALHO
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- Aline Desconhecida Melgaço
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1 1. Titulo: ADMINISTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS 2. Definição: O antimicrobiano é uma substância de origem natural ou semi-sintética, que tem a capacidade de inibir o crescimento de microorganismos ou de destruí-los. De acordo com a função, podem ser bacteriostáticos, quando capazes de impedir a reprodução de determinadas espécies bacterianas, geralmente pela inibição da síntese protéica bacteriana, e bactericidas provocando a destruição dos agentes patógenos, inibindo a parede celular da bactéria ou a replicação do DNA. 3. Objetivo: Administrar e preparar de forma segura com controle rigoroso da enfermagem em relação aos: horários, diluições e intervalos entre doses para que o efeito entre o pico máximo de ação e o nível mínimo requerido para morte bacteriana seja o esperado para terapêutica eficaz, evitando seleção de organismos resistentes. 4. Indicação: Anular o desenvolvimento e destruir organismos infecciosos que atacam o corpo humano; evidenciados por meio de dados clínicos (picos febris, presença de secreção purulenta), laboratoriais (hemograma com leucocitose e desvio à esquerda) e/ou de imagem. 4.1Contra- indicação: Quando o cliente apresentar hipersensibilidade a algum componente do medicamento. 5. Responsáveis: Enfermeiros e técnicos de enfermagem. 6. Orientações pré e pós-procedimento: Realizar assepsia no dispositivo antes da inserção do equipo ou seringa com álcool a 70%; Toda solução deve ser inspecionada antes da administração, observando-se turvação, presença de
2 precipitados ou cristais, alteração da cor e modificação do aspecto habitual; Sempre lavar o equipo e cateter com solução fisiológica antes e após a administração do antibiótico; Na presença de qualquer alteração não administrar a medicação; Conferir o rótulo do medicamento, observando nome, concentração, apresentação e validade; Após a diluição do antibiótico, e aspirado à dose prescrita, o restante da medicação deverá ser armazenada no refrigerador, devendo conter em seu rótulo, data, horário, volume da diluição e profissional responsável; Se o medicamento estiver guardado em refrigerador, retirá-lo e deixá-lo em temperatura ambiente (em média 20 minutos) antes de administrá-lo, atentar para o tempo de estabilidade da droga; Em caso de refluxo de sangue para o equipo de soro, sem obstrução da via, lavá-lo imediatamente com solução fisiológica. Na presença de sangue aderido no extensor ou no equipo trocar todo o sistema; Examinar o sítio de inserção do cateter, no mínimo, uma vez a cada plantão. Por palpação através da cobertura para avaliar a sensibilidade e por inspeção por meio de filme transparente, se estiver em uso. É sempre importante valorizar a queixa do cliente; Avaliar o histórico clínico do cliente verificando casos de hipersensibilidade medicamentosa; Explicar ao cliente o procedimento que será realizado, atentando-se para o posicionamento adequado e confortável; Determinar a velocidade correta de administração, pois administração muito rápida pode resultar em graves efeitos colaterais; Ao administrar um fármaco potente, avalie os sinais vitais antes, durante e após a infusão; Após a administração, desprezar em lixo adequado o material utilizado, descartando a seringa com agulha em coletor em pérfurocortante;
3 Registrar o procedimento no prontuário, informando qualquer alteração e/ou evento adverso. 7. Frequência: Conforme prescrição médica. 8. Materiais: EPI s: luva de procedimento, óculos, máscara e gorro; Bandeja para medicação; Medicamento prescrito e seu diluente ou frasco com o medicamento diluído, já pronto para administração; 01 seringa para o medicamento com volume definido conforme valor a ser administrado; 01 agulhas 40x12; SF 0,9%; 01 bola de algodão embebido em álcool a 70%; Equipo bureta; Gaze não estéril. 9. Passos do Processo: Preparo: Higienizar as mãos conforme IT SCIH 1; Reunir todo o material necessário de acordo com a via de administração; Confirmar os 9 certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, via certa, hora certa, tempo certo, validade certa, abordagem certa e registro certo; Realizar inspeção visual do produto para certificar-se da ausência de não-conformidades, tais como: alteração de cor, turvação, partículas estranhas, rachaduras, etc.; Em caso de bolsas contendo soluções prontas para uso deve-se, também, pressioná-las firmemente durante alguns minutos para verificar a presença de vazamentos, além de observar se há
4 rompimento ou danificação de lacre; Realizar desinfecção da rolha de borracha de frasco-ampola; Aspirar e transferir o conteúdo mantendo técnica asséptica; Homogeneizar as soluções quando da reconstituição e da diluição; Identificar o material adequadamente quando o mesmo for armazenado para doses posteriores; Verificar sempre a data de validade do medicamento. 9.2 Administração: Higienizar as mãos conforme IT SCHI 1; Orientar ao cliente e /ou acompanhante; Reunir o material necessário; Paramentar-se com EPIs; Observar se há sinais flogísticos no sítio de inserção do cateter ou se o cliente manifesta queixas; Fechar o clamp de controle de fluxo do acesso venoso, no caso do cliente estar recebendo hidratação contínua e /ou definir outra via de administração; Realizar a desinfecção das conexões e injetores do circuito, utilizando algodão embebido em álcool a 70%, por fricção vigorosa; Programar a Bomba de Infusão e /ou gotejamento conforme o prescrito; Abrir a via do cateter ou do extensor do equipo que será utilizado; Conectar a seringa ou equipo na via do cateter ou do extensor; Abrir o clamp, puxar suavemente para trás o êmbolo da seringa, certificando o retorno venoso; Injetar a medicação de acordo com a velocidade de infusão prescrita ou controlar o gotejamento conforme prescrição ou ainda conforme manual de diluição disponível no posto de enfermagem; Fechar o clamp, salinizar a via de acesso utilizada com SF 0,9%; Fechar a via do cateter ou extensor com o conector próprio;
5 Conectar o equipo do soro, no caso do cliente estar recebendo hidratação contínua; Abrir o clamp de controle de fluxo do equipo do soro, regulando o gotejamento da hidratação venosa; Se o antimicrobiano for infundido sequencialmente antes ou após outros medicamentos, recomendase que a linha de infusão seja lavada antes e após a infusão do antimicrobiano, utilizando uma solução compatível com o antimicrobiano e os outros medicamentos; Ajudar o cliente a ficar em posição confortável; Reunir e desprezar todo material utilizado no procedimento; Realizar higienização das mãos conforme IT SCIH 1; Checar o procedimento na prescrição médica e sistema; Registrar o procedimento em documento de prontuário. 10. Considerações gerais: Se o cateter for utilizado de forma intermitente ele deverá ser salinizado, conforme a indicação; O cateter deve ser lavado após a administração da medicação mesmo que esteja com hidratação contínua, uma vez que o fluxo dessa hidratação pode ser insuficiente para evitar o acúmulo de substâncias depositadas no lúmen do cateter; Em alguns casos, não se obtém retorno venoso, mesmo que o acesso esteja desobstruído. Se o local não apresentar sinais de infiltração, e o fluido estiver sendo infundido sem dificuldades, pode-se prosseguir com a infusão; Se a medicação a ser administrada é incompatível com os líquidos IV infundidos, interrompa-os, limpe o circuito com 10 ml de SF 0,9% ou água destilada, administre a medicação e em seguida lave com mais 10 ml de SF 0,9% ou água destilada, na mesma velocidade em que a medicação foi infundida, e então reinicie a administração dos líquidos IV na velocidade prescrita; A utilização de infusões de volume controlado apresenta várias vantagens: reduz o risco de infusão
6 rápida da dose por bolus, permite a administração de medicamentos estáveis em solução por um tempo limitado e possibilita o controle da quantidade inserida de líquidos intravenosos. 11. Padrões de prática: Atentar para os cuidados relacionados ao armazenamento, diluição e acondicionamento das soluções diluídas. 12. Pontos Críticos/Riscos: Infiltração; Distúrbio GI; Choque anafilático; Tromboflebite; Dor; Sobrecarga circulatória. 13. Ações Corretivas: Avaliar a permeabilidade do acesso venoso; Avaliar antes e após cada administração do antibiótico; Monitorar quadro clínico e sinais vitais durante e após a administração do antibiótico; Caso ocorram problemas na realização do procedimento, suspendê-lo, comunicando ao enfermeiro/médico. 14. Indicadores de qualidade: Ausência de eventos adversos. 15. Periodicidade de Treinamento: Admissional ou sempre que necessário. 16. Registro: No documento de prontuário, anotação de Enfermagem, ficha de sinais vitais e prescrição médica.
7 17. Referências: FAKIH, FT. Manual de Diluição e Administração de Medicamentos Injetáveis. Rio de Janeiro: Reichamann & Affonso, Hoefel HHK, Lautert L. Administração endovenosa de antibióticos e resistência bacteriana: responsabilidade da enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2006; 8(3): POTTER, P. A., PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, Dados do Documento: Data: Elaboração: Camila Mendes de Almeida. 08/2014 Revisão: Ezequiel Pereira da Costa Couto, Juliana Chaves Fernandes, Luzia Alves Pereira Gusmão, Silvia Emanoella S. M. de Souza, Ubirajara 08/2014 Silveira dos Santos Aprovação: Maria do Rosário D. M. Wanderley 08/2014
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