MINISTÉRIO DA MARINHA ... MANUAL

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2 MNSTÉRO DA MARNHA MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS UUHttllllllltiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiUJUU WUU POR ANTÓN/0 MARQUES ESPARTEJRO PRMERO TENENTE DE MARNHA MPRENSA DA ARMADA LSBOA

3 A convicção de que um livro com indicações sôbre embarcações miúdas seria útil a marinheiros e contramestres dos navios da Armada, foi a origem do presente manual. 0 AUTOR, 9/nfónio 9'1/arques êsparfeiro PRMERO TENENTE DE MARNHA

4 6 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS 11-Tipos de embarcações Os navios de guerra têm os seguintes tipos de embarcações: Baleeiras - Embarcações de formas finas e construção ligeira, caracterizadas por terem a roda de proa curva, a curva da borda muito pronunciada, elevando-se muito nas extremidades de vante e de ré e por não terem painel da pôpa, o que lhes permite correr com o tempo e abicar fàcilmente a uma praia. O seu nome deriva de ser êste tipo de embarcações usado na pesca da baleia. Canoas - Embarcações de construção análoga às baleeiras, mas de formas mais finas, caracterizadas por terem um pequeno painel da pôpa e pelo seu maior ou menor luxo. São destinadas ao uso exclusivo dos comandantes dos navios. Na sua falta desempenha as funções de canoa a melhor baleeira do navio. Escaleres - Embarcações de posse, com painel de pôpa, e roda de proa direita. São destinados a transporte de carga, reconhecimento5, etc. Há alguns com disposição para receber máquina e caldeira, ou motor, chamados por isso escaleres a vapor ou a gasolina. Bote - Escaler de formas cheias, isto é de muita bôca em relação ao seu comprimento. É destinado aos serviços ordinários, como : ~ransporte de compras, cargas ligeiras, e algumas vezes também se emprega no serviço de limpeza e pintura do costado do navio. Chata - Pequena embarcação de fundo chato, empregada no serviço de limpeza e pintura do costado. Lancha - Embarcação maior do navio com as características do escaler. Modernamente há grandes lanchas a vapor ou gasolina, muitas vezes couraçadas, com disposição para montar artelharia. Cll < ti :::> Cj ~ o "' til < ~ o > til Q < o z < u < ~ :::> Q Cll o z < -l Q... e el.j < ;;; " < r= o :í " o...j.j <... < "' ;; " "' o!:!!:: "' o o.j "' "' o o :í "' <.J "' o.. o..

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6 8 MANUAL DE EMBARCAÇÕE~~ Bancadas - Largas tábuas dispostas transversalmente e assentes pelas extremidades nos dormentes. Pés de carneiro- Pequenos paus verticais assentes na sobrequilha e servindo de escoras às bancadas. Curvas de bancada -- Peças curvas de metal que ligam as bancadas ao costado. Assento da pôpa - Bancadas, assentes sôbre os dormentes e mísulas, contornando a pôpa. Mísulas - Suportes de madeira nxos no costado agüentando o assento da pôpa. Castanhas - Peças de madeira, pregadas nas escôas, com entalhes para os paus de voga. Painel da pôpa - - Fôrro exterior que reveste o esqueleto da pôpa. Cadaste - Peça de secção rectangular levantada sôbre a extremidade de ré da quilha, geralmente perpendicular a esta. A inclinação do cadaste tem o nome de cai'mento. Contra-cadaste - Refôrço interior do cadaste. Roda de proa- Peça curva de madeira continuando a quilha anteriormente e servindo de fecho à ossada do lado da proa. A roda de proa tem algumas vezes uma certa inclinação para vante a que se dá o nome do lançamento da roda. A roda de proa compõe-se de três peças que se denominam paus da roda : capela (parte superior) emenda (parte média) e o pé ou couce da roda (parte inferior). Contra-roda- Peça que faz a consolidação interior da roda de proa. Robaletes - Duas réguas de madeira, pregadas de pôpa à proa na parte mais bojuda do costado, afim de diminuir o balanço de 8 B a E 8. Também são chamadas quilhas de balanço. < ~ ~ ;:i <,. " o _,... < z 2 0: o "' o z < õ:... g "' 2 o _, "... < z o N 0: o "' o z < _, _, "' o... "' 2 o u ~ g,. " o _, z < Q "... i3 z g o z :i 0.. < "' z 0: <,. < z o :.í.. " 0: o < > < 0: _, "' < ~ "' o o ~

7 CORTE LONGTUDNAL DUMA EMBARCAÇÃO MÚDA A V ANTE ~ t~pê~ l\.t~it)f\j, ptó!tule t~'!)íionr tot~ ~~ ----~~t.l vtrdugo "\C;il~ VT\o't.c< ~ \\J // ~ cu ~~<1t\k9"-'do,Me\ T\~à n n..13n"lt<l~ dor11)eryt~ r,.~cadb 'fuõ(!, mt ~S ~ ' ~S<ÔA~ ' r o B..eer.~ -G.P;~~~

8 EMBARCAÇÕES DE REMOS 9 Sobrebanquinhos- Tábuas, aos dois bordos da embarcação, na altura das bancadas. Tamborete - Tábua larga à proa que faz a continuação dos sobrebanquinhos. Barbados - Reforços exteriores à falca, à proa e à pôpa. Banquinhos do patrão - Sectores de madeira nas alhetas dos escaleres para assento do patrão. Meia coxia - Prancha de madeira entre duas bancadas com furo para receber o mastro. Enora - Abertura da meia coxia ou da bancada para receber o mastro. Galindreu - Braçadeira de ferro zincado ou doutro metal, de forma semi-circular que abraça o mastro para a meia coxia ou para a bancada. Boeira -- Furo ou furos circulares, no fundo das embarcações, destinados a dar saída à água ; são tapados com bojões de madeira ou de metal. Fôrro - Tabuado que reveste exteriormente o esqueleto da embarcação. V-Palamenta Entende-se por palamenta o conjunto de todas as peças necessárias à manobra e preparo duma embarcação. Prancha de desembarque - Comprida prancha de madeira com bôca de lobo e alça própria num dos extremos, dois furos para a alça no extremo oposto, tendo transversalmente várias caneluras rectas. Est'l. prancha, nos desembarques, encapela-se no capelo da embarcação por meio da sua alça, encostando a bôca de lobo à roda de proa, e agüenta-se para terra por meio duma retenida passada à alça. Guarda-patrão --- Tábua que limita a ré e assento da pôpa e serve de encôsto ao patrão.

9 1 Ü MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS ~~--~--~--~--~--~----~-- Sarretas - Tábuas colocadas no fundo, de pôpa à proa, entre a sobrequilha e as escoas, para proteger o fundo. São seguras por meio de caçonetes e respectivas cavilhas. Paneiros - Estrados de madeira cobrindo todo o fundo da embarcação. Os paneiros substituem as sarretas. Xadrezes - Caixilhos de madeira preenchidos por estrados de réguas cruzadas em xadrez, colocados à pôpa e proa sôbre as escoas. Também são chamados paneiros de xadrez. Paus de voga - Réguas de madeira colocadas transversalmente a ré de cada bancada, apoiando as extremidades nas castanhas, destinadas a servir de apoio aos pés dos remadores. São numeradas de vante para ré. Boça - Cabo fixo ao olhai da proa, e destinado a amarrar a embarcação. Defensas - Almofadas de sola com enchimento de estopa, penduradas fora da borda, na altura das forquetas ou toleteiras tendo por fim defender a embarcação das pancadas e roçaduras. Em algumas embarcações empregam-se molhelhas, que são uma série de almofadas dispostas em volta da embarcação, e cosidas a um cabo que contorna o verdugo. Ancorote - Pequena âncora destinada a fundear a embarcação. O seu pêso, em quilogramas, obtem-se multiplicando o quadrado da bôca da embarcação em metros, por 6,2. Ancoreta - Pequeno barril chato, contendo água doce para a guarnição da embarcação, assente no descanso de ancoreta no fundo da embarcação. Estropos - Correntes presas pelos chicotes, tanto à proa como à pôpa, no sentido longitudinal, com olhais para engatar as talhas. Trapas - Cabos que agüentam transversalmente os estropos quási à altura da borda. EMBARCAÇÕES DE REMOS 11 Bartedouro - Espécie de pá de madeira côncava, destinada a esgotar a água da embarcação. Panos - São de tecido azul com barra branca, destinados a cobrir o assento da pôpa nas embarcações que conduzem oficiais ou pessoas com categoria de oficial. Cada embarcação usa três. C roques - V aras de madeira com cêrca de três metros, tendo na extremidade mais grossa uma ferragem; servem para atracar ou afastar a embarcação de navios, cais, etc. Normalmente cada embarcação traz dois. Tôldo - Tecido de brim de forma rectangular para o abrigo do pessoal, tendo no sentido da largura umas réguas de madeira, chamadas fasquias. O tôldo é amarrado aos respectivos ferros ou paus, à pôpa e à proa; é mantido direito por meio de linhas, arridas, que se prendem à borda nos botões de arrida. Leme - Aparelho destinado ao govêrno da embarcação. É formado por uma tábua, a madre, servindo de eixo e encostada ao cadaste, à qual está ligada solidamente uma outra mais larga, a porta, destinada a sofrer a pressão da água. A madre termina superiormente por uma parte boleada, a cachola, com furo para montar a cana de leme, ou com espiga para entrar na abertura da cana do leme. O leme liga-se ao cadaste por meio de duas peças especiais de metal, machos, destinadas a receber outras duas de metal, fêmeas, colocadas no cadaste. A superfície mais conveniente para o leme é 0,06 a 0,07 do plano de deriva da embarcação, isto é, do produto da imersão média correspondente à flutuação carregada pelo comprimento entre perpendiculares. O leme pode ser governado com a cana do leme, ou com gualdropes e meia lua.

10 12 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS A meia lua é uma peça de metal ou de madeira em forma de meia lua tendo nos dois extremos uns furos ou moitões para receber os cabos, destinados ao govêrno da embarcação, chamados gualdropes. Remos - Peças, em geral de tojo, de forma cilíndrica, destinadas a imprimir andamento à embarcação, terminando num dos extremos em forma espalmada a que se dá o nome de pá e no outro pelo punho. Os remos funcionam como alavancas cujo ponto de apoio, no alcatrate é a forqueta, a toleteira ou o tolete. A parte do remo que assenta na forqueta ou toleteira recebe um fôrro de sola, ou de tiras de lona entrançadas (canoas). Os remos devem ser numerados de vante para ré. Faz também parte da palamenta o seguinte : bandeira e flâmula com os respectivos paus, balde, escôva, piassaba, pano de limpeza, mastro, vêrgas e velas, fiéis (de remos, forquetas, da tapa da toleteira e do leme), amarra do ancorote e tapa da toleteira. V- Arriar uma embarcação Os preceitos a seguir, para efectuar esta manobra, são : Três guardas dentro, um à pôpa, outro à proa, por dentro das talhas, seguros aos cabos das pinhas do patarraz do meio, e o terceiro, a meio, munido de um pau de voga, para desviar a embarcação do costado quando necessário. Em caso de mau tempo ou no mar, a embarcação deve levar toda a sua guarnição e ter passado da proa para o navio, avante, uma retenida (boça de navegação). A mãozinha do chicote da boça deve receber um cavilhão munido de fiel depois de entrar em alça própria na embarcação Meter dentro a palamenta necessária para vogar. EMBARCAÇÕES DE REMOS Calar o leme. 4. o - F orquetas no seu lugar ou tapas fora, conforme a embarcação fôr de forquetas ou de toleteiras. Em caso de mau tempo ou no mar, ter os remos colocados nas forquetas, dentro das embarcações, ou sôbre a borda no caso da embarcação de toleteiras Tapar as boeiras Largar as fundas e contra-fundas Colocar dois ou três homens a cada talha Supondo a embarcação fora, começa-se a arriar, depois de ter tirado a volta aos tiradores das talhas sem tirar os tiradores das castanhas, até assentar na água. Sendo a embarcação muito pesada, fazer recorrer o tirador no cunho do turco, com meia volta. Com mau tempo começa-se a arriar, sempre a sotavento, lentamente quando o navio começa a adriçar-se a barlavento e ràpidamente quando direito. 9.o - - Do navio, tocar as talhas para os guardas as poderem desengatar Oesengatar primeiro a de ré, na impossibilidade de as desengatar ao mesmo tempo. Com mau tempo, rondar as talhas logo que forem desengatadas, para evitar magoar alguém na embarcação Engatar as talhas cruzadas nos olhais do costado, ou não os havendo, engatar em olhais perto dos turcos, depois de rondadas. Prolongar com elas as fundas, contra-fundas e cabos das pinhas. 12.o - Alar pelo cabo das pinhas do navio, levando a embarcação ao portaló para receber a guarnição, e a palamenta que costuma andar guardada no paiol. Em caso de mau tempo, ou 110 mar, largar a boça de navegação logo que a embarcação esteja pronta a vogar.

11 14 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS É conveniente, no mar, arriar embarcações com algum seguimento avante ; nunca andando a ré. V- çar uma embarcação Os preceitos a seguir para efectuar esta manobra, são : Meter os remos dentro e tirar as forquetas ou colocar as trapas no seu lugar Passar as trapas. 3.o - Dividir dentro do navio, igualmente, o pessoal por ambas as talhas. 4.o - Do navio, tocar as talhas e pô-las claras, de modo que os guardas as possam fàcilmente engatar Ter as fundas e contra-fundas safas. 6.o - Colocar a embarcação debaixo das talhas com a proa na direcção da proa do navio. Com bom tempo vão três guardas na embarcação e com mau tempo ou no mar toda a guarnição Engatar sempre primeiro a talha de vante, na impossibilidade de engatar as duas ao mesmo tempo. Com balanço, engatar as talhas quando o navio está inclinado para barlavento. 8.o - Rondar os tiradores logo que forem engatadas as talhas. 9.o - Os três guardas dentro, um à proa, outro à pôpa, por dentro das talhas, e ligeiramente suspensos dos cabos das pinhas do patarraz do meio, e o terceiro a meio, munido de um pau de voga, afasta a embarcação do costado quando necessário. lo. o - Tirar os tiradores das castanhas e colocar gente ao socairo çar a embarcação. 12.o - Chegada a embarcação acima, morder as talhas ou abotoá-las com badernas quando a embarcação fôr EMBARCAÇÕES DE REMOS 15 muito pesada. Passar os tiradores nas castanhas e dar-lhes volta aos cunhos ou malaguetas dos turcos Abrir as boeiras e dar um salto à talha de ré para a água sair, quando a houver Atracar a embarcação com fundas e contra-fundas na altura das bancadas ou meter dentro quando necessário Colher os cabos das pinhas sôbre as bancadas e os tiradores junto aos turcos respectivos. 16.o - Sobrar os pandeiros Desmontar o leme. As embarcações podem ser içadas de leva arriba, de mão em mão e à lupa: a) Quando a embarcação fôr leve será içada de mão em mão; b) De noite ou quando o navio não tem espaço para içar de leva arriba e a embarcação é pesada de mais para ir de mão em mão, iça-se à lupa; c) Quando houver espaço no navio e abundância de pessoal, a embarcação é içada de leva arriba; d) Sempre que fôr possível a embarcação deve ser içada de leva arriba. V - Sinais para chamar embarcações Estes sinais formam-se com três substitutas combinadas com os galhardetes do distintivo do navio a que a embar~ cação pertence. Esta disposição, dando a cada embarcação um sinal diferente, permite que um navio possa chamar a embarcação de outro que, por distante, não deixe ver os sinais. A embarcação chamada deve ir ao navio onde estiver içado o seu sinal, para saber o que lhe é determinado por bordo do seu navio.

12 16 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS Para êste efeito, as embarcações consideram-se pela ordem seguinte : Canoas, baleeiras, escaleres, botes, lanchas e escaleres de hélice. As três primeiras usam a primeira substituta (corneta vermelha com um reciângulo branco junto à tralha). As três seguintes usam a segunda substituta (corneta azul com um quadrado branco a meio). As outras usam a terceira substituta (corneta branca com um quadrado azul a meio). Qualquer dos grupos usa a substituta em cima, a meio ou em baixo conforme se trata da primeira, da segunda ou da terceira embarcação do seu grupo. A bandeira de chamamento (reclangular vermelha com um grande reciângulo branco no sentido do comprimento), içada isoladamente, chama para bordo todas as embarcações que estão fora; içada sôbre o jack nacional, manda recolher a bordo todas as pessoas do navio que estão fora. Quando houver mai~ de nove embarcações usam-se as divisões, em lugar das substitutas, nos sinais das excedentes. V-Deveres do patrão de embarcação de remos Dar conhecimento ao oficial de serviço de todas as ocorrências havidas nas respectivas embarcações, a bordo ou fora de bordo, e comunicar ao oficial encarregado as que possam interessar ao cargo Não consentir que a sua guarnição troque falas com a de qualquer outra que passe perto Não consentir dentro da embarcação, conversas entre a guarnição Não consentir que as praças fumem ou cuspinhem na embarcação, porque assim promovem o descrédito do seu navio. EMBARCAÇÕES DE REMOS 17 S.o -- Não abandonar a sua embarcação senão por motivo de serviço. 6.o - Conformar-se com as ordens que lhe sejam dadas pelo oficial de dia do navio onde seja mandado ir. Manter-se ao largo, a não ser que tenha recebido autorização para ficar atracado ou amarrado. Não subir a bordo dêsse navio, a não ser que seja autorizado. Não deixar entrar a bordo dêsse navio pessoas ou objectos que conduza, senão com a prévia autorização do oficial de dia. 7. o - Fazer manter ao pessoal uma atitude correcta. 8.o - Pro"ibir a qualquer pessoa, o sentar-se sôbre as falcas. 9.o - Não consentir as defensas fora quando navegue. 1 O. 0 - Ter as boças convenientemente colhidas e todo o material arrumado com cuidado. 11. o- Não consentir que os remadores remem molemente; não havendo urgência no serviço ou em viagem longa, pode permitir o remar sem grande esfôrço, mas com brio. 12.o - Não regatar com outra embarcação conduzindo oficial. Em caso de urgência, depois de autorizado, desvia-se do caminho, para puxar pelos remos. 13.o - Deve saber as regras internacionais para evitar abalroamentos. 14.o -- Deve saber as honras e continências a prestar em embarcações. 15.o - Evitar embaraçar as manobras dos navios, seja qual fôr a sua posição em relação a êles. 16.o - Navegando a remos não deve trazer mastros em cima, senão para um trajecto muito curto, como por exemplo : na ocasião de atracar, para se afastar de um navio, dobrar uma ponta de terra ou atravessar um local onde seja interdita a navegação de vela, etc.

13 18 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS 17. o- Encontrando no ponto do seu destino outra embarcação atracada esperará que a mesma largue. 18.o - Deve conservar a sua embarcação atracada a um navio, cais, etc., apenas o tempo indispensável Nunca largará de bordo com a guarnição incompleta, mal ou diferentemente uniformizada, sem ordem especial do oficial de dia ndo a um navio de guerra estrangeiro, depois de desembarcar o que conduz e tendo que esperar, conservar-se há ao largo, esperando que o chamem. 21. o - Estando a sua embarcação ao pau verificará, antes de se deitar, que a sua amarração é de confiança Esfrega ou manda esfregar, quanto possível, antes da primeira embarcação da manhã, as partes não pintadas com lona e areia, empregando o sabão na lavagem dos pintados Andará devidamente calçado e não consentirá praça alguma da guarnição calçada. 24.o - Em tempo de chuva, quando a sua embarcação não estiver ao serviço, guardará a bandeira e a flâmula. 25.o - Não permitir que algum remador deixe de saltar pa embarcação pelo pau de surriola, quando a embarcação estiver amarrada a êle Nunca largará de bordo sem perceber bem as ordens dadas. 27.o - É responsável pela amarração, guarnição e carga, o que não quere dizer que tenha horror à responsabilidade. 28.o- Prestará e fará prestar a máxima atenção a todos os sinais feitos no seu navio. 29.o - F ará com que a sua embarcação esteja pronta a largar de bordo quando arriada, três minutos depois do apito do contra-mestre. EMBARCAÇÕES DE REMOS ~~~--~--~----~~ ~--~ 30.o - -Depois de obtida a necessária autorização, porá o tôldo na sua embarcação em dias muito quentes, quer esteja içada, quer amarrada. 31.o - Sendo possível, assistirá ao içar ou arriar da sua embarcação. 32.o - Certificar-se, ao pôr do sol, que os turcos, talhas, etc., da sua embarcação, estão prontos a funcionar em caso de necessidade Deverá levar a agulha e buzina própria quando tenha de navegar debaixo de nevoeiro. 34.o - Navegando de noite, deverá levar lanterna de luz branca, ao centro, verde a EB e vermelha a BB ou simplesmente uma lanterna de luz branca que será mostrada temporàriamente e bastante tempo para evitar abalroamentos. 35.o -- Não consentir a entrada de pessoas ou objectos, sem autorização do superior que a comanda. 36.o - Não transportar para bordo bebidas alcoólicas, sem autorização do oficial de dia. 37.o - Recolher imediatamente ao seu navio, quando êste tenha içado o sinal da sua embarcação ou chamamento. r ao navio que tenha içado o sinal da sua embarcação, para saber o que lhe é determinado por bordo do seu navio. 38.o - Não consentir, com mau tempo, que alguém se levante por ter entrado alguma água na embarcação. X- Considerações práticas sôbre o govêrno duma embarcação de remos l.o - O ângulo do leme, 35, corresponde ao momento de evolução máximo, portanto na prática não há vantagem em ultrapassá-lo. 2.o -- Não se deve carregar o leme todo ràpidamente a um bordo porque não só tira o andamento à embarcação, como tembém faz com que ela vire mais devagar. 19

14 20 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS A carga duma embarcação deve arrumar-se ao centro de modo que tique com mais pêso a ré do que avante, tendo o cuidado de deixar algum espaço livre a ré e avante, para esgotar a água. O seguimento duma embarcação é tanto maior, quanto mais pesada e mais carregada fôr A rebentação na costa parece sempre menor vista do mar d9 que da praia E mais perigoso seguir para terra com rôlo de mar nessa direcção do que seguir aproado a um mar cavado na direcção da terra para o mar O efeito do leme numa embarcação que cia a pouca velocidade, é quási nulo seuão prejudicial ; convém tê-lo a meio Vogando contra um mar de vaga, deve atender-se ao seguinte : a) Desmontar o leme e armar um remo à pôpa para govêrno da embarcação, porque sendo esta apanhada por uma vaga pela pôpa, o leme flca sem acção e a embarcação atravessa-se e vira-se ; b) Colocar os principais pêsos no fundo da embarcação, próximo à extremidade da proa, para que o mar não a levante e faça mergulhar à pôpa, afundando a embarcação; c) Evitar ser apanhado por vaga, para o que se remará com fôrça à aproximação dela para lhe passar por cima, porque se a embarcação não tiver seguimento pode atravessar-se e virar-se; d) Durante as sotas, dar à embarcação somente a velocidade necessária para o govêrno, porque se fôr demasiada a embarcação espetar-se há, podendo afundar-se; e) Os mastros se os houver, devem ir em baixo e peados Vogando para terra contra a vaga ou rebentação, deve atender-se ao seguinte: a) Proceder-se como na alínea a) do n.o 7.o; EMBARCAÇÕES DE REMOS 21 b) Colocar os principais pêsos no fundo da embarcação, próximo à extremidade da pôpa, para que o mar a não levante e faça mergulhar a proa, afundando a embarcação;. c) Evitar ser apanhado por uma vaga, procedendo como na alínea c) do n.o 7.o; d) Quando perto de terra, aproar a embarcação ao mar e aproximar-se da terra ciando ; à aproximação de cada vaga ciar com fôrça, aflm de que a vaga passe pela pôpa; e) Proceder como na alínea e) do n. 0 7.o Para abicar a uma praia com rebentação, deve atender-se ao seguinte: a) Proceder como nas alíneas a) e e) do n. 0 7.o; b) Largar um ancorote se o mar rebentar a pequena distância da praia, e arriar a amarra do ancorote a pedido; c) Seguir perpendicularmente à direcção da vaga, com a pôpa ou a proa na terra, conforme se trata dum escaler ou duma baleeira; d) Depois de encalhada a embarcação, safá-la ràpidamente da rebentação As embarcações são tanto melhores para o mar quanto mais se aproximam do limite 10,5 metros de comprimento. J Embarcações abaixo de 8 metros de comprimento, são más para o mar. X-Preparar uma embarcação para viagem longa Havendo necessidade de mandar uma embarcação empreender uma viagem de alguns dias, escolher-se há o melhor salva-vidas de bordo. Atender-se há ao seguinte: A valia r o pêso, em toneladas, que a embarcação pode transportar para o que, se dividirá o produto das

15 22 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS suas dimensões (comprimento, bôca e pontal), em metros, por 7. 2.<>-- Embarcar armamento, equipamento, mantas para a guarnição, e além da palamenta, o seguinte : dois baldes, dois bartedouros, algumas forquetas, toletes e estropos~ dois ou três remos, pregos, uma machadinha, ancorote e boça, lona, cêbo e prumo de mão, agulhas e repucho, fio de vela, fachos de sinais, farol ou lanternas, agulha de escaler, carta da região a percorrer, sextante, tábuas náuticas, binóculo, dois compassos, mantimentos que não necessitem ser cozinhados, duas bandeiras encarnadas de sinais, passadeira e estivado, merlim espicha e navalhas, fósforos e água Levar coletes de salvação para toda a gente Preferir levar guarnição voluntária Explicar previamente à guarnição os perigos que se vão correr Ninguém levará bagagem além da manta. 7_. 0 - O oficial seg,uirá rig~rosamente a derrota escolhida, a nao ser que, por força maior, a tenha que modificar Navegar sempre à vela e só por fôrça maior, a remos. 9.o -- Escolher a melhor gente para o leme, detalhar o pessoal de vigia, e para as escotas e adriças Distribuir a ração e só a ração. 11.o - Ter em vista que: a) A ração diária duma praça pesa 4,700 kg. (1,650 kg. de sólidos e 3,050 kg. de líquidos); b) O pêso médio dum homem é de 65 kg.; c) A tara do vasilhame é de 1 / 6 do pêso da ração sólida, e 1 / 5 da líquida ; d) O equipamento duma praça com equipamento sem mochila, cantil, marmita, pano de tenda, três pregos, carabina, sabre baioneta, trinta e dois carregadores, líquido no cantil e ração de reserva para um dia, pesa 16,800 kg., EMBARCAÇÕES DE REMOS 23 e) Um par de botas, uma calça, uma jersey, uma toalha, e dois pares de peugas, pesam 2,350 kg.; f) O equipamento para oficial com bolsa, cantil, espada pistola e três carregadores completos, pesa 4,320 kg. X- Lotação duma embarcação miúda A Ordenança do Serviço Naval preceitua no artigo 2:004.o, que o número de pessoas que cada embarcação pode transportar deverá ser determinado por forma que a sua segurança não perigue, e será escrito na face superior dos guardas-patrões.. Para êste efeito, necessário se torna saber fazer aquele cálculo. Há duas regras que igualmente dão resultados satisfatórios. 7.a regra - Multiplicar o produto das três dimensões da embarcação, em metros, por 2,2. 2.a regra - Multiplicar o produto das três dimensões da embarcação, em pés, por 0,06. Exemplo : As dimensões dum escaler são : comprimento 8"',20 ( > 27",3; bôca 2"',17 ( ) 7,23 e pontal0"',80 < > 2,67. Pela aplicação da primeira regra, temos: 8,2 X 2,17 X 0,8 X 2,2 = 31,3 e pela aplicação da segunda, temos: 7,23 X 2,67 X 27,3 X 0,06 = 31,6. Concluimos que, com segurança, o escaler proposto pode conduzir 31 pessoas. X - Dimensões dos remos O comprimento dos remos varia segundo o seu lugar na embarcação e em função da bôca da embarcação nesse lugar.

16 24 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS < 2 o< v < < u ~ "' ô As diferentes partes do remo variam em função do seu.. "' comprimento. Assim, designado por C o comprimento do,. ;:; li "' "... _, remo, teremos : u "' <~ < O z C igual a 2,0 bôcas nas embarcações de palamenta e :,. o o,, o ><~ -c: a 2,5 nas de voga. u < o "'o: < O comprimento do fôrro do remo é, em geral, igual a,, o o "'"' o... ~ O.m 0,20 metros. z < o< l i.. o"' Os números a seguir indicados, v <.l são expressos em com- ~< < < primentos do remo. u "' ~ ~8 z " < ~ < CQ... Comprimento da pá ,333 o! "' :E < o 1-W... Comprimento do punho ,045 "' ' ~ ~ "' Diâmetro do punho ,008 < z :E < Diâmetro do corpo junto ao punho 0,013 :::> "'... o o >< Diâmetro do corpo junto à pá... 0,009 :E ~ Largura da pá junto ao corpo.... 0,0 15 a 0,020 o ~ "' "' o "' c: u o..~u " Largura da pá no tôpo ,030 a 0,045 Cll < o "' ~~~ 2 ~ ~p, o = A distância do meio do fôrro ao tôpo do punho é igual < "..,. m"' a uma bocadura menos 0,20 metros nas embarcações de 1-W < "' z.. gel o voga, e a 0,5 bocadura menos O, 10 metros nas de pala- ""'.. 1-W "' o u menta. o o,. ~ "' A palavra boca dura aqui empregada significa a bôca 1-W o (-< u num dado lugar. < " o 9 X- Transporte de ferros c. < Cll z <.l r ' < < o (-<, z.. " "'"' < "'... ~ ou ancorote), podemos fazê-lo com uma ou duas embar- cações de posse. o o e; z ::í "' No primeiro caso devemos atender a que : < ~... a) O ancorote é sempre agüentado para o arganeu da "' o sobrequilha, à pôpa; eí "' Havendo necessidade de espiar um ferro (âncora 1 ~ ~ :: z -o o <..... <... "' < o "' "' ~

17 TRANSPORTE DE FERROS COM DUAS EMBARCAÇÕES ~ ---~c:::j ferro SUSPENSO PELO ANETE DUMA PRANCHA ATRAVESSADA SÔBRE AS EMBARCAÇÕES ferro DESENCEPADO E DETADO NUMA PRANCHA ATRAVESSADA SÔBRE AS EMBARCAÇÕES -~ '--~. ~C.~--= c--o ferro COM HASTE HORZONTAL, PEADO PARA A PÔPA E PARA A PROA DAS EMBARCAÇÕES

18 tmbarcaçóes Dt REMOS 25 b) O arinque é sempre colhido e sobrado junto darespectiva bóia à proa, depois de ter passado por baixo dos remos, fora da borda; c) A amarreta ou virador é talingado no anete de ferro, podendo vir ou não na embarcação Utilizando apenas uma embarcação, que deve ser um escaler, para levar um ancorote, podemos levá-lo por quatro maneiras diferentes: a) Ancorote encostado ao painel da pôpa com a haste vertical e o cepo orientado de B B a E B, à altura da grinalda e agüentando para a embarcação, por um cabo passado por baixo do cepo; b) Ancorote sôbre a grinalda com a haste horizontal e a cruz para fora, agüentado por um cabo passado por baixo do cepo ; c) Ancorote sôbre uma prancha amarrada sôbre a borda, de B B a E B, à pôpa, com a haste horizontal e o cepo vertical fora do painel. Fica agüentado por um cabo passado na altura da cruz ; d) Ancorote por baixo da embarcação, a meio, com a haste normal à quilha e os braços horizontais. Fica agüentado nesta posição por dois cabos de duas mãozinhas encapeladas, com um cavirão enll.aào, tanto na cruz como perto do cepo. O ancorote pode também llcar por baixo da embarcação suspenso por um cabo passado no olhai da cruz do ferro Utilizando duas embarcações para levar um ferro, êste póde ser levado de três modos : a) Duas embarcações pouco afastadas, com a pôpa duma à proa da outra e as quilhas na mesma direcção ; agüenta-se o anete do ferro para a pôpa duma das embarcações por meio dum cabo passado no arganeu da pôpa e no anete ; agüenta-se a cruz para a proa da outra embarcação

19 26 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS por meio de um cabo passado no arganeu da proa e na cruz do ferro ; o arinque e a bóia colocam-se à proa da embarcação que leva a cruz ; e a amarra ou virador vai na outra embarcação; b) Duas embarcações a par, peadas uma para a outra por uma prancha atravessada sôbre a borda; o ferro fl.ca amarrado por baixo do cepo para a prancha, com a haste vertical. Observação: Preferir empregar cavirões, a dar a volta aos cabos que agüentam o ferro ; c) O mesmo que em b), mas com o ferro desencepado sôbre a prancha e com a haste horizontal. XV- Rocegar Rocegar é a operação de procurar qualquer objecto no fundo do mar e suspendê-lo. Para rocegar um ferro emprega-se um cabo apropriado (rocega) e duas embarcações ; e para rocegar uma amarra basta uma embarcação e um busca-vidas. No primeiro caso arrastar a rocega pelo fundo, governando as duas embarcações a par até encontrar o ferro, e no segundo arrastar o busca-vidas numa direcção normal à direcção em que se supõe estar a amarra. ~<[]t 1/lllED- g z < u g <"' ~...,... -<~..,u ::>0 O'"' o"' "'o "'"' C>: o< '-" < u ~ 13 XV- Reboques l.o - Um navio pode rebocar embarcações a par ou à pôpa. No primeiro caso é necessário atender ao seguinte : a) O cabo de reboque deve ser passado na primeira ou segunda bancada de vante, sem ser amarrado, isto é pronto a largar ; b) Afl.m de conservar a embarcação afastada do costado do navio o leme deve ser carregado para fora ; 41ôi/OD o o <o o o< o'-" v< <"'.,o... "'".. o'" "'" ::>U ~~ "' e>:

20 EMBARCAÇÕES DE REMOS 27 c) Ao iniciar a marcha, o cabo de reboque deve ser largado a pouco e pouco até o tesar ; d) A guarnição da embarcação deve estar próxima do centro, mais à proa do que à pôpa, mas não tanto que a faça afocinhar. 2.o- No segundo caso deve atender-se: a) Ao expresso nas alíneas a), c) e d) do número anterior; b) Sendo várias as embarcações a rebocar, as mais pesadas devem ficar mais perto do rebocador por ordem decrescente do seu pêso ; c) O cabo de reboque, dentro de certos limites deve ser curto, afim de facilitar o govêrno ; d) Sendo possível, levar um cabo de reboque por cada alheta, porque assim é mais fácil o govêrno; e) Nunca efectuar a manobra de mudar de rumo, sem que o rebocador o tenha feito primeiro. Em mudanças rápidas pode virar-se ao mesmo tempo, mas é necessário muita perícia da parte do patrão da embarcação rebocada. XV- Regatas Nas regatas de vela e remos deve atender-se às seguintes normas: a) Aligeirar a embarcação o mais possível, para o que se deve levar apenãs a palamenta indispensável, assim como tê-la içada alguns dias antes da regata para que a sua madeira fique sêca; b) Limpar cuidadosamente o fundo e pintá-lo; c) Ensebar as obras vivas se não fôr contra o regulamento da regata; d) Destravar a embarcação, tirando-lhe para isso os pés de carneiro, se a regata fôr de remos ; e) Como algumas embarcações alcançam maiores velocidades afocinhadas, e outras, pelo contrário, com a proa

21 28 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS levantada, convém conhecer bem a embarcação para tirar dela o máximo partido ; fj Evitar dar grandes guinadas; g) Em todos os regulamentos de regatas é pro'ibido tocar com os remos, croques, etc., nas balisas ou marcas; h) Conhecer bem as regras para evitar abalroamentos à vela;, i) Em todos os regulamentos de regatas de vela é absolutamente pro'ibido servir-se de remos para ajudar a virada. XV- Bandeira nacional As embarcações miúdas dos navios da Armada usam a bandeira nacional à pôpa nos seguintes casos : a) Quando conduzam comandante de navio ; b) Quando conduzam oficial ou entidades com distintivos próprios ; c) Quando conduzam fôrças armadas; d) Quando forem a navio de guerra estrangeiro ou a navios mercantes ; e) Quando o seu navio embandeirar Usarão a bandeira nacional, das 8 horas ao pôr do sol; a) Em portos estrangeiros ; b) Em dias de gala E a meia adriça, quando o seu navio prestar honras fúnebres. XV- Exercício de remos a) Preliminares O pessoal de uma embarcação de remos consta de patrão e remadores. a) Embarcação de palamenta : EMBARCAÇÕES DE REMOS 29 --~--~--~--~------~-~ O patrão senta-se no seu lugar (assento da pôpa ou no banquinho). Os remadores, supondo a embarcação de 12 remos, têm as designações seguintes, começando pela bancada de ré: vogas, sota-vogas, contra-vogas, contra-proeiros, sota -proeiros e proeiros ; numa embarcação de 1 O remos, serão : vogas, sota-vogas, meios, sota-proeiros e proeiros. b) Embarcação de voga: O patrão ocupa o lugar de voga, quando a embarcação conduz oficial.. As designações dos remadores mantêm-se havendo apenas um remador por bancada. Os marinheiros mais antigos remam na voga, os outros devem distribuir-se conforme a sua antiguidade do modo seguinte: proeiros, sota-vogas, sota-proeiros e meios ou contra-vogas e contra-proeiros A embarcação é agüentada ao portaló pelos croques de vante e de ré. Tanto o proeiro do lado do navio como o voga seguram, virados para vante, com uma das mãos (a direita quando a. B B do navio e a esquerda quando a E B) o cabo das pinhas ~ com a outra o croque com a ferragem para fora, conservando assim a embarcação afastada do costado do navio. As defensas do lado do navio devem estar de fora. Os remadores sentam-se nos seus respectivos lugares com a máxima compostura, olhando em frente com a cabeça levantada, queixo recuado, tronco direito, ombros recuados, calcanhares unidos, pés afastados de 45o e joelhos afastados. A voz de execução é a do voga (ou voga de B B nas embarcações de palamenta) que, para isso, repete as vozes do patrão com intervalo de uma remada completa entre as duas. Como as vozes prolonga remos e remos na água têm execução imediata, não são repetidas pelo voga.

22 30 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS EMBARCAÇÕES DE REMOS 31 b) Embarcações de forquetas Para largar dum navio, caia, etc. Pronto a largar - Os remadores colocam as forquetas nos seus lugares, introduzem nelas os remos (os fiéis por ante a v ante e por fora das respectivas forquetas) com as pás na água, e deixam-nos prol9ngados, na direcção da pôpa com o costado da embarcação. O proeiro e o voga do lado do navio, cais, etc., prestam a máxima atenção. Nota: Esta voz é substituída por a de prepara remos, quando a embarcação está livre. Larga - O proeiro afasta a embarcação do navio, com a parte do croque oposta à ferragem, e o croque de ré manobra como lhe fôr ordenado pelo patrão e em seguida arrumam os croques a meio da embarcação (o voga dispõe o seu com a ferragem para ré e o proeiro para vante), sentam-se nos seus respectivos lugares e colocam os seus remos nas forquetas. Os remadores do lado do navio metem dentro as defensas. Para movimento de remos Arma remos - Os remadores agarram com uma das mãos os punhos dos remos (os de B B com a direita e os de E B com a esquerda) e puxam-nos energicamente para si de modo que fiquem normais ao costado com as pás horizontais e os forros nas forquetas. Colocam a mão livre a um palmo da outra, ambas com as costas para cima, ficando a do punho com o polegar para baixo. Os cotovelos devem ficar unidos ao corpo e os braços em ângulo recto. Rema - Em exercício é conveniente substituir esta voz por a de prepara para remar, que se executa em três tempos tempo: Os remadores inclinam o corpo para ré, estendem os braços o mais possível, rodam o punho do remo para a frente de modo a ficar a pá ligeiramente inclinada, para trás e a cêrca de 30 centímetros da água. A caoeça deve manter-se rígida e os olhos de cada remador devem ver as costas do camarada da frente tempo: Os remadores, sem salpicar, metem as pás dos remos na água, caem com o corpo para trás ( cêrca de 23o) acompanhando a remada. 3.o tempo: Os remadores tiram as pás da água pondo-as horizontais por uma pequena rotação e trazem os punhos dos remos até ao peito. Prolonga remos - Os remadores prolongam os remos com o costado da embarcação segurando os respectivos punhos com a mão de.fora. Leva remos - Os remadores colocam os remos e pás horizontais normalmente ao costado da embarcação. Larga remos -- Os remadores largam os remos prolongados com o costado da embarcação sem aqueles saírem das forquetas. Acunha remos - Os remadores tiram os remos das forquetas e dos fiéis, e servem-se deles como varas para safar a embarcação ou para a manter aproada ao mar quando ela estiver abicada numa praia. Remos na água - Remos de cutelo na água afim de tirar seguimento à embarcação. Paira - Remos de prancha na água afim de agüentar a embarcação com menos balanço. Tem especial aplicação em embarcações artelhadas afim de facilitar as pontarias. Prepara remos - Como se disse para pronto a largar. C ia - Em exercício é conveniente substituir esta voz por a de prepara para ciar, que se executa em três tempos. l.o tempo: Os remadores inclinam o corpo para trás, trazem os punhos dos remos ao peito, rodam o punho do

23 32 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÓDAS ~~~-~~~~~~~~~~w~~w~~~~~ remo para trás de modo a ficar a pá ligeiramente inclinada para a frente e a cêrca de 30 centímetros da água tempo: Os remadores, sem salpicar, mergulham as pás dos remos na água e dão uma remada em sentido contrário tempo : Os remadores tiram as pás da água pondo-as horizontais como no 3.o tempo de prepara para remar. Rema a B B (E B) - Os remadores de B B (E B) remam e os E B (B B) levam remos. Cia a B B (EB) - Os remadores de B B (E B) ciam e os de E B (B B) levam remos. Para atracar a um navio, cais, etc. Proa - Os proeiros largam remos, pegando no croque o do lado do navio, cais, etc. Nota: É costume na nossa Armada, o voga, em lugar de repetir esta voz do patrão, dizer proa larga. Larga remos - Os remadores largam os remos que se prolongam com o costado da embarcação, colocando os do navio, cais, etc., as defensas de fora. O proeiro e o voga seguram a embarcação como já se disse. Para alterar a cadência Demora a voga - Quando se quer passar da voga ordinária para a voga demorada. Pica a voga - Quando se quer passar da voga ordinária para a voga picada. Três em voga - Não é regulamentar. Quando se quer passar da voga ordinária ou da voga demorada para três em voga. Voga ordinária - Quando se quer passar novamente de qualquer das vogas acima indicadas para a voga ordinária. EMBARCAÇÕES DE REMOS 33 Para aumentar ou diminuir a fôrça da remada Fôrça de remos - Remadas o mais forte possível em cadência. Manso - Remadas fracas em cadência. Rema - Quando se quer passar de qualquer destas duas vogas para a voga ordinária.. Para continência De pé - Remadores levantam-se e fazem a continência. Esta voz dá-se depois da de larga remos. Senta - Remadores sentam-se nos seus respectivos lugares. Esta voz dá-se depois de desfeita a continência. Nota: Estas vozes usam-se quando as autoridades ou distintivos a que se presta a continência vencem a guarnição de pé. Para movimento de ancorotes Pronto a fundear - Pôr safo o cabo ou amarreta, e o ancorote na mão pronto a largar. Fundeia - Largar o ancorote para a água. Pronto a suspender - Os proeiros preparam-se para alar pelo cabo ou amarreta do ancorote. Suspende - Alar pelo cabo ou amarreta de modo a suspender o ancorote e metê-lo dentro da embarcação. Para movimento de toldoa a) Embarcação atracada: Arma o tôldo - Voga e proa colocam os ferros do tôldo encapelando ou engatando êste a ré e tesando-o à proa. Ferra o tôldo - O voga desencapela ou desengata o tôldo a ré, enrola-o e tira o ferro ; o proeiro desfaz a arreigada do tôldo a vante e tira o ferro.

24 34 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS b) Embarcação navegando: Arma (ou /erra) o tôldo - Voz de prevenção. Voga e proa larga remos- O voga e o proa executam a manobra de armar (ferrar) o tôldo, depois de largar os remos. Vogas As vogas usadas são : Voga ordinária - Remadas seguidas numa cadência normal (28 remadas por minuto). Voga demorada - Remadas separadas por um pequeno espaço de tempo variável conforme a graduação da pessoa que a embarcação conduz. É costume muito antigo na nossa Armada empregar esta voga em embarcações que conduzam comandantes de navios. Voga picada - Remadas seguidas numa cadência superior à normal. Três em voga - Alternadamente uma remada e grupos de três remadas seguidas, separadas por um pequeno intervalo de tempo (geralmente 4 segundos). c) Embarcações de toleteiras Pronto a largar- Os remadores dispõem os remos prolongado~ com a borda, com as pás para v ante ; enquanto que o proe1ro e o voga prestam a máxima atenção. Nota : Esta voz é substituída por a de prepara remos, quando a embarcação está livre. Larga - O mesmo que na embarcação de forquetas. Para movimento de remos Arma remos - Os remadores dão um forte impulso aos remos de modo a assentar o fôrro nas toleteiras e a ficarem na direcção de B B a E B com as pás horizontais. EMBARCAÇÕES DE REMOS 35 -~~~~ Rema - O mesmo que na embarcação de forquetas. Leva remos - O mesmo que na embarcação dé forquetas. Embarca remos - Os remadores carregam com uma mão no punho do remo e dão com a outra um forte impulso aos remos, para os tirar fora das toleteiras, colocando-os nas bancadas com as pás para vante. Prolonga remos - Os remadores tiram os remos das toleteiras, prolongam-nos com o costado da embarcação e seguram-nos pelos punhos. Remos na água - O mesmo que na embarcação de forquetas. Paira - O mesmo que na embarcação de forquetas. Acunha remos - O mesmo que na embarcação de forquetas. Prepara remos - Como se disse para pronto a largar. Cia - O mesmo que na embarcação de forquetas. Rema a B B (E B) - Como se disse. Cia a B B (E B) - Como se disse. Proa embarca remos - Para atracar a um navio, cais, etc. Como se disse. Para alterar a cadência Demora a voga; pica a voga; voga ordinária - se disse para a embarcação de forquetas. Para aumentar ou diminuir a fôrça da remada Fôrça de remos ou manso - forquetas. Para continência Como Como na embarcação de Arvora remos - Os remadores dão um forte impulso aos remos de modo a ficarem verticais, com as pás na

25 36 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS direcção da pôpa à proa, e o tôpo dos punhos assente no fundo da embarcação. De pé - Depois da voz anterior. Senta - Depois da voz anterior. Arma remos - Depois da voz anterior. Nota : Estas vozes usam-se quando as autoridades ou distin!ivos a que se presta a continência vencem guarnição de pe. Para movimento de ancorotes Pronto a fundear; fundeia; pronto a suspender; suspender - Como na embarcação de forquetas. Para movimento de toldos a) Embarcação atracada : Arma (ou /erra) o tôldo - Como na embarcação de forquetas. b) Embarcação navegando: Arma (ou /erra) o lôldo - Voz de prevenção. Voga e proa; cruza e embarca remos - Os remadores da voga cruzam os remos sôbre a falca e os proas metem os remos dentro e armam ou ferram o tôldo como se disse. Vogas J\s vogas usadas são: Voga ordinária, voga picada, três em voga e voga demorada. CAPTULO 11 EMBARCAÇÕES DE VELA - Generalidades J\s embarcações miúdas dos navios de guerra usam os seguintes tipos de velas: pendão, baioneta, espicha e latina quadrangular. O lado superior nas velas quadrangulares chama-se gurulil, o inferior esteira, o que diz para ré valuma e o que diz para vante testa. O punho superior e exterior chama-se punho da pena, 0 interior da bôca, o inferior junto ao mastro, da amura, e 0 do!ais da retranca, da escola. Os lados nas velas triangulares, tomam os nomes de guruiil (lado que encosta ao estai ou mastro), esteira (lado inferior) e valuma (lado que diz para ré). O punho superior é o da pena, o inferior do lado do estai ou mastro, da amura, e o outro da escola. 11 -V elas de pendão Estas velas, também chamadas londrinas ou londrislas, são velas quadrangulares envergadas em vêrgas cruzadas no mastro a uma distância do tope igual a 1 / 7 do comprimento dêste, e podem ter a amura feita no mastro ou à proa, recebendo por isso respectivamente os nomes de pendão de amurar ao mastro e pendão de amurar à proa ou a vante.

26 38 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS A distância do lais inferior da vêrga ao ponto de cruzamento é 1 / 3 do comprimento da vêrga para pendões de amurar a vante e 1 /. 1 para os de amurar ao mastro. Há ainda pendões de amurar ao mastro que têm uma vela de proa ligada superiormente a êles, e que por isso se chamam pendões fendidos, partidos ou rasgados. Na marinha de guerra francesa há ainda um terceiro tipo de pendão, que faz a amura na bancada, por ante a vante do respectivo mastro. Os cabos de manobra destas velas são: escola e adriça. O mastro é agüentado por dois brandais, passados na chapa dos brandais, encapelada no tope do mastro e nos olhais da borda. Ao longo do mastro corre um anel de ferro (urraca), tendo superiormente um olhai, onde engata o moitão da adriça, e na parte inferior um gato para a alça da vêrga. A vêrga deve andar sempre a sotavento do mastro. Havendo dois mastros, trazer uma vêrga a barlavento e outra a sotavento. Estas velas podem ter até três forras de rizes, tendo ger_?lmente apenas uma junto à esteira. Este tipo é usado entre nós, principalmente em escaleres. ESCALER ARMADO ÇOM UM PENDÃO DE AMURAR A YANTE -V ela de baioneta É uma vela latina triangular, envergada parcialmente em vêrga, içada no prolongamento do mastro, no qual ela deslisa por meio de duas urracas, uma no lais inferior, onde se fixa a adriça, e outra um pouco acima, por dentro da qual passa a mesma adriça. A parte inferior do gurutil anda envergada no mastro, no qual se faz a amura. EsCALER ARMADO COM UMA BAONETA

27 ESCALER COM DOS PENDÕES DE AMURAR AO MASTRO BALEERA ARMADA EM HouAR

28 ESCALER ARMADO EM CHALUPA ESCAU!R ARMADO COM UM PENDÃO DE AMURAR AO MASTRO

29 EMBARCAÇÕES DE VELA 39 ~w-~~~~ " Esta vela é perigosa quando o mastro não anda suficientemente inclinado para ré. A esteira anda, geralmente, envergada numa retranca, onde também se flxam a escota e a carregadeira. O mangual da retranca entra no cachimbo da chapa do mastro, perto da amura. Na manobra de carregar, a carregadeira leva a retranca a prolongar-se com a vêrga. Estas velas, em geral, têm duas forras de rizes, junto à esteira. Os cabos de manobra são: escola, adriça e carregadeira. Na marinha francesa é muito usado, especialmente em baleeiras, a armação em houari (dois mastros com baioneta). Entre nós está já também introduzida essa armação, usando-se retranca apenas no grande. Também se encontram, não entre nós, armações em houari com uma baioneta por catita. Nas Bermudas encontram-se baionetas em que o punho. da pena é substituído por um lado muito pequeno. Entre nós a baioneta e a armação em houari usam-se especialmente em baleeiras e canôas. V-Vela de espicha É uma vela latina quadrangular envergada num mastro, tendo do punho de pena ao estropo de cabo passado em volta do mastro, junto à amura, uma vara (espicha). Esta vela tem o inconveniente de empachar a embarcação com a espicha. Os cabos de manobra resumem-se a uma escota. Estas velas têm em geral, uma forra de rizes junto à esteira e são usadas entre nós exclusivamente nos botes.

30 40 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS V -V ela latina quadrangular É uma vela quadrangular cujo gurutil enverga numa carangueja, a testa no mastro e a esteira na retranca. A carangueja pode ser fixa ou de arriar. Nêste último caso não há carregadeira. Os cabos de arriar, são: C arangueja de arriar - Escota e adriças (da bôca e do pique). Carangueja fixa - Escota, adriça do pique e carregadeira. Estas velas têm, em geral, três forras de rizes junto à esteira. As lanchas e os escaleres grandes armam, em geral, com duas velas latinas quadrangulares, isto é, com armação de h iate. ESCALER ARMADO COM UM LATNO QUADRANGULAR V- V ela de bastardo É uma vela latina quadrangular envergada numa vêrga comprida, cruzada num mastro curto, tendo por isso pequena testa e grande gurutil. Os cabos de manobra são: escota, duas orças, duas ou três carregadeiras, adriça e troça. A amura é feita à proa. Estas velas têm, em geral, duas forras de rizes junto à esteira. No entanto, rizam muitas vezes metendo na antegalha, isto ~. ferrando o pano junto à pena ou para o carro. A vela bastarda, como vulgarmente se chama, é muito boa para bolinar e a mais própria para imprimir grande velocidade, principalmente à bolina. A sua manobra requere pessoal treinado. ESCALER ARMADO COM UMA VELA DE ESPJCHA

31 i: v =

32 EsCALER ARMADO COM UM BASTARDO TRANGULAR EsCALER ARMADO COM UM BASTARDO QUADRANGULAR

33 EMBARCAÇÕES DE VELA 41 Êste tipo de vela, muito usado pelos pescadores da c~sta de Portugal, encontra-se algumas vezes com a forma triangular. Na marinha pode dizer-se que não é usado êste tipo de vela. Catita ---- Pequena vela de compasso envergada num mastro curto, arvorado junto ao painel da pôpa. Esta vela pode ser de pendão, espicha, baioneta, bastardo ou latino quadrangular, tendo em qualquer caso retranca. A escota é um teque ou talha, dada da retranca para um pau (botaló) que sai pela pôpa fora, cujo tirador dá volta dentro da embarcação perto da grinalda. V- Manobras de embarcações de vela a) Generalidades Uma embarcação muda de amura, passando com a proa (orçando) ou a pôpa (arribando) pela linha do vento, isto é, virando por davante ou virando. em roda. Quando uma embarcação não obedece à manobra de virar, diz-se que mentiu ou se negou a virar. Quando por descuido do patrão ou por efeito do mar o pano fica sôbre, passando a proa ou pôpa pela linha do vento, diz-se que a embarcação deu por davante ou pescou de luva. A manobra de virar em roda com o pano sôbre, chama-se dar a volta ao mundo. b) Mareações O pano pode ser orientado de diversas maneiras, isto é, mareado consoante a posição dv lugar para onde nos dirigirmos, em relação ao vento,

34 42 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS -~~~~ As mareações usadas são definidas em relação ao ângulo entre o rumo e a direcção do vento. Assim temos : bolina cerrada, bolina folgada, a um largo, aberto e à pôpa ou à pôpa arrazada, conforme aquele ângulo, em quartas, é inferior ou igual a 6, varia de 6 a 8, de 8 a 14, de 14 a 16, ou é igual a 16. c) Para movimento de mastros Supomos a embarcação desaparelhada, ao portaló, mas com toda a sua palamenta de vela sôbre as bancadas e a guarnição nos seus lugares.. Arvora o mastro (ou mastros)- A guarnição coloca o mastro (ou mastros) no seu lugar e aparelha-o (ou aparelha-os). Mastro (ou mastros) abaixo - A guarnição tira o mastro (ou mastros) do seu lugar depois de desaparelhado (ou desaparelhados). d) Para movimento de velas As vozes que se vão seguir devem ser seguidas do nome da vela que se pretende manobrar. Velas prontas - A guarnição enverga o pano e põe claros os cabos de manobra e na mão. ça (ou arria) - lça~-se (ou arriam-se) as velas que fôrem indicadas. A mura - Fazem-se as amuras das velas indicadas. Em seguida, o patrão tendo assim a embarcação pronta para velejar, dá a voz de larga, que se executa como na embarcação de remos. Caça, ou folga a escola -- Caça-se (ou folga-se) a escota indicada. Camba - Passa-se a escota da vela indicada para o outro bordo. EMBARCAÇÕES DE VELA 4 3 ~ ~---~~--~---~~~~--~ Aquartela - Leva-se o punho da escota da vela indicada ao novo barlavento da embarcação, mas sem fazer parede. Carrega - Manobram-se as carregadeiras da vela indicada de modo a subtrair o pano à acção do vento. Ferra - Une-se e amarra-se a vela à vêrga ou ao mastro. Riza n.os J.os (2.os ou 3. 0 ') - Procede-se do seguinte modo: a) Orça-se de modo a ficar o pano a grivar e arria-se a vela (ou velas) à medida que se vai dobrando, sem enrolar o pano da esteira à l.a (2.a ou 3.a) forra dos rizes; ao mesmo tempo: b) Desfazem-se as cadeias de impunidouro (cabos em cadeia de impunidouro na altura da forra dos rizes, fixos na valuma e na testa) e cosem-se os respectivos garrunchos para os punhos da escota e da amura; c) Amarra-se o pano dobrado com os rizes, usando o nó direito; d) ça-se e marea-se novamente o pano. Rizes fora - Procede-se do seguinte modo : a) Orça-se o pano a grivar e arria-se um pouco a vela (ou velas); b) Desfazem-se os nós dos rizes e as coseduras, agüentando o pano; c) Fazem-se as amuras e içam-se as velas; por fim fazem-se as cadeias de impunidouro e marea-se novamente o pano. e) Virar por davante Navegando à bolina, com leme a meio, as velas cheias, a embarcação bastante seguida sem contudo ir muito arribada, dá-se a voz: Claro a virar - A g~rnição ocupa os seus lugares, com as escotas na mão prestando a máxima atenção.

35 44 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS Se se tratar de pendão de amurar a vante, deve-se ter na mão também a adriça. Supondo que a embarcação tem dois mastros e velas de proa e que vai bastante seguida, sem contudo arribar para o conseguir, ou havendo mar, durante uma sota, dá-se a voz: Leme de ló - Põe-se o leme vagarosamente para o ló, isto é, para barlavento, alando ao mesmo tempo a esteira ou retranca do grande a barlavento, proximamente na direcção da quilha. Logo que as velas de proa, por o vento estar quási na proa, não concorrendo para o seguimento, vão começar a retardar a orçada, dá-se a voz: Folga o traquete - A escota da vela do traquete é folgada, e êste é aquartelado independentemente de voz. E em seguida a voz : Folga a proa- As escotas das velas da proa são folgadas. Quando por efeito da orçada, a proa estiver na linha de vento, isto é, quando a valuma do grande começar a bater, dá-se a voz : Aquartela a proa - Executa-se a manobra de aquartelar com as velas de proa. Se a embarcação parar de orçar põe-se o leme a meio, se cair a ré põe-se ao revés e se persistir na caída desfaz-se o quartel e marea-se o pano novamente e segue-se na mesma amura para tentar nova virada. Tendo o vento já pelo outro bordo, põe-se o leme a meio e dá-se a voz : Camba e caça o grande - Camba-se e caça-se a escota do grande, afim de contrariar a arribada produzida pelo pano de proa. Logo a seguir, tendo a certeza que a virada é certa, dá-se a voz: ~EMBARCAÇÕES DE VELA 45 Camba e caça o traquete - Executa-se a manobra de cambar e caçar a escota do traquete. Assim que o pano começa a encher, dá-se a voz: Camba e caça à proa - Executa-se a manobra de cambar e caçar as escotas das velas de proa, deixando-lhes as escotas folgadas, afim de não ajudar a arribada. Assim que a embarcação começa a ter seguimento, orça-se até estar na mareação desejada, ao mesmo tempo que se caçam mais as escotas às velas de proa. Nota: Tratando-se duma embarcação armada com pendão de amurar a vante a manobra de virar por davante resume-se apenas no seguinte : Põe-se o leme devagar para o ló e manda-se folgar a escota do grande quando a proa estiver na linha do vento. Aquartela-se com a parte de vela que fica para vante do mastro, e quando o vento tiver passado para o outro bordo, arria-se um pouco a vela afim de passar a amura por ante a ré do mastro. Finalmente, depois de feita novamente a amura, iça-se, caça-se e marea-se pela nova linha de bolina. f) Virar em roda Navegando com vento para ré do través, dá-se a voz : Pronto a virar em roda - A guarnição pega nas escotas e adriças, e presta a máxima atenção. Em seguida, estando tudo preparado, dá-se a voz : Contro o leme-põe-se o leme de encontro, isto é, para sotavento, e folgam-se as escotas das velas à medida que a embarcação vai arribando. Quando o vento está quási na pôpa, faz-se entrar o brando das escotas e dá-se a voz : Camba - Levam-se as escotas do grande, traquete e velas de proa para o outro bordo.

36 46 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS Quando o vento está já no outro bordo, manda-se depois da virada: Folga- Esta voz deve ser seguida do nome da vela que se pretende folgar. Folgam-se convenientemente, isto é, vagarosamente, as escotas do grande, traquete e velas da proa, para evitar a sapatada e em seguida marea-se o pano como se desejar. Nota: Se a embarcação armar com vela de pendão de amurar a vante, a manobra de virar em roda resume-se apenas no seguinte: Põe-se o leme de encontro, ao mesmo tempo que se folga a grande, à medida que a embarcação arriba. Quando o vento estiver quási na pôpa camba-se a escota e arria-se a vela, afim de passar a amura por ante a ré do mastro. Quando o vento estiver no outro bordo iça-se, caça-se e marea-se pela nova linha de bolina, depois de ter feito novamente a amura. Alguns manobreiros, para mais rápida manobra, costumam arriar o grande, nas embarcações de dois mastros, para virar em roda. Com vento duro evitar virar em roda. Havendo imperiosa necessidade de o fazer deve-se virar a remos, arriando as velas. g) Largar de bordo Depois da embarcação atracada e aparelhada convenientemente procede-se do seguinte modo : a) Põe-se um homem em cada adriça e outro em cada escota; b) Guarnição restante sentada, nas bancadas, a meio. Com vento fresco devem sentar-se todos no fundo da embarcação; EMBARCAÇÕES DE VELA 47 c) Se o navio estiver aproado à corrente com vento por um dos bordos, larga-se de sotavento a remos e de barlavento como se o navio estivesse filado ao vento. Temendo enrascar-se com o pau de surriola, nêste último caso, larga-se também a remos ; d) Com o navio filado ao vento, à voz de larga, o proeiro afasta a embarcação, os do lado do navio metem dentro as defensas e o patrão agüenta a embarcação de pôpa e manda içar e caçar as velas de proa para fazer cabeça; e) Logo que as velas de proa estejam cheias, o patrão larga o portaló, manda içar e caçar as restantes velas e marea o pano convenientemente. h) Atracar ao portaló V amos supôr as várias hipóteses que se podem apresentar. Navio &.lado ao vento Estando a sotavento, procurar ganhar barlavento. Em seguida velejar com a proa feita um pouco a ré do portaló, meter de orça lentamente quando estiver pelo través, perto do portaló. Quando julgar que a embarcação leva seguimento preciso para alcançar o portaló, manda arriar as velas. Havendo corrente da proa deve-se procurar atracar um pouco mais a barlavento do portaló para atender à corrente. Navio aproado à corrente Vento para vante do través - Achando-se a embarcação a sotavento bolina-se de modo a ganhar barlavento. Em seguida velejar aproado um pouco para vante do portaló, meter de orça e arriar as velas oportunamente de modo

37 48 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS ~ ficar a embarcação prolongada com o costado próximo do portaló. Vento para ré do través - Achando-se a sotavento do navio bolinar de modo a alcançar o portaló, arriando as velas quando vir que a embarcação tem seguimento suficiente para a atracação. Achando-se a barlavento, velejar em direcção ao portaló, arriando as velas quando julgar que o seguimento é suficiente para alcançar o portaló. Com algum mar ou com vento fresco, atracar sempre, em qualquer dos casos expostos, pelo lado de sotavento do navio, para o que se arriarão as velas e se seguirá para o navio a remos logo que a embarcação estiver à sombra. V-Deveres do patrão de embarcação de vela l.o- Deverá.ter perfeito conhecimento dos deveres de patrão de embarcação de remos, fazê-los cumprir e cumpri-los na parte aplicável a embarcações de vela F ará com que a sua embarcação esteja pronta a largar de bordo quando arriada, cinco minutos depois do apito do contra-mestre Comunicará superiormente qualquer defeito que note no aparelho da sua embarcação Não consentirá ninguém a sotavento das velas, a não ser que seja absolutamente necessário Deverá sentar-se a barlavento e não consentirá que as praças subam às bancadas para manobrar as velas Deverá prestar a máxima atenção ao vento e fará com que as escotas vão sempre na mão e as adriças prontas a folgar à primeira ordem Rizará quando fôr necessário Desaparelhará a embarcação logo que chegue a bordo, depois de autorizado. EMBARCAÇÕES DE VELA Fará sentar a guarnição no fundo quando o vento fôr rijo Compassará convenientemente a sua embarcação, isto é, distribuirá os pesos de modo a que a embarcação tenha tendência para orçar Nunca navegará com vento exactamente da pôpa Não deve ter relutância em ajudar a virada com auxílio de remos, armados à proa e sotavento, quando necessário Arejará as velas da sua embarcação, pelo menos duas vezes por mês. X- Considerações práticas sôbre o govêrno duma embarcação de vela As velas de proa tendem a levantar a proa, endireitar e a fazer arribar a embarcação ndo de bolina, largando o leme por mão, a embarcação está compassada se tiver uma ligeira tendência para orçar.. 3.o- Toda a embarcação que anda a vante e abate, tende a orçar Toda a embarcação que cai a ré e abate, tende a arribar Pêso à proa faz orçar a embarcação e a ré faz arribar Navegando com vento de rajadas, orça-se e folga-se a escota a cada rajada Corre-se à pôpa debaixo de muito tempo, arriando a vêrga a meio do mastro, de modo a deixar apenas um bolso de pano para a embarcação fugir ao mar Procurando atingir um ponto a barlavento, deve-se virar de bordo todas as vezes que se marque êsse ponto pelo través.

38 50 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS 9.o- Com vento fraco, deve-se levar a escota um pouco folgada para a embarcação não rolar demasiado. 10. o - Com mar picado deve-se levar a escota um pouco folgada para a embarcação não se inclinar muito para sotavento A tendência a orçar aumenta com a velocidade da embarcação. 12.o -- De bolina não convém andar muito cingido ao vento, nem caçar muito o pano, para a embarcação não rolar demasiado. 13.o - Uma embarcação quando se inclina, tende a orçar porque aumenta a pressão do vento a barlavento, em virtude da flutuação se ter tornado dissimétrica. 14.o - As velas quadrangulares fazem andar, evoluir, abater, rodar, inclinar, imergir avante e orçar a embarcação. 15.o - O centro vélico nas velas de amurar ao mastro, está mais para ré do que nas de amurar a vante, o que faz com que, em igualdade de circunstâncias, as embarcações que usam as primeiras não se possam cingir tanto ao vento como as que usam as segundas. a) A fôrça de inclinação é combatida pela estabilidade transversal; b) A fôrça de rotação é pouco importante; c) A fôrça de imersão é combatida eficazmente pela estabilidade longitudinal. 16. o -- A inclinação da mastreação para ré dá lugar: a) A um aumento da fôrça de propulsão, porque o ângulo de incidência do vento sôbre as velas aumenta; b) A uma tendência para orçar; c) A uma fôrça de emersão a vante. 17. o - Com mar e vento p~tra ré do través a carga deve andar arrumada a meio da embarcação. 18.o - Com vento fresco para vante do través a carga deve andar a ré. EMBARCAÇÕES DE VELA o - Com calma e vento fraco melhorar-se há o andamento da embarcação molhando as velas. Em 3 de Junho de 1666 uma esquadra inglesa recorreu a êste expediente, para escapar à perseguição duma esquadra holandesa comandada por Ruyter. 20.o -- Uma embarcação vira de bordo tanto melhor quanto menor fôr o calado, menor fôr a relação entre o seu comprimento e a sua bôca, e mais para o centro estiver a sua carga. 2l.o - Deve-se virar de bordo quando a embarcação tenha o seguimento suficiente; com vento de rajadas ou mar picado deve-se aproveitar uma sota. 22.o - Navegando normalmente ao costado dum navio fundeado, ao qual se vai atracar, aproa-se um pouco avante do portaló, e orça-se a panejar, quando próximo do costado, afim de ficar atracado finda a manobra. 23.o - Recebendo reboque a par dum navio, deve-se governar com leme para fora, sem dar volta ao cabo de reboque. A embarcação deve ser desaparelhada e desmastreada. X-Continências em embarcações Fazem-se entre embarcações cruzando-se a menos de cem metros com outras, conduzindo entidades superiores (quadro 1). X- Mastrear e aparelhar uma embarcação a) Normas a atender antes de se resolver o problema Antes de iniciarmos o estudo dêste problema é conveniente fixar algumas regras práticas importantes. 1. o - A estabilidade duma embarcação é tanto maior quanto maior fôr a sua bôca em relação ao comprimento,

39 EMBARCAÇÕES DE VELA MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS ~~~~~--~~~~~~~~~-~ QUA ORO CAÇOES No embarque e desem- EM BAR Passageiros barque de oficiais e autoridades Categorias a quem se prestam honras De toleteiras De forquetas Mecânicas De vela Bandeiras nacionais, Presidente da Pdra - Guarni- Arria a vela - República, soberanos e pessoas de famí- ção levanta-se e Guarnição levanlia real. faz continência. ta-se e faz con- tinência Oficiais generais e equiparados e mi- Pdra - Guarni- Arria a vela - nistros. ção ~evanta-se e _o Guarnição levanpatrao faz co:fltl- 1 ta-se e o patrão nência. faz continência Demais oficiais e pessoas com cate- Devagar- O pa- ~ Folga a escolageria oficial. trão levanta-se e o patrão levanfaz continência. ta-se e faz conti- nência. Arvora remos- Larga remos - Levantam- se e Guarnição e v a n- Guarnição levan- Guarnição levan- fazem continên- ta-se e faz continênta-se e o patrão ta-se e faz conti- cia. cia ou arvora remos. faz continência. nência. Arvora remos- Leva remos -- Levantam-se e o Guarnição levano patrão levan- o patrão levan- mais graduado faz ta-se e <> patrão faz ta-se e faz conti- ta-se e faz conti- continência. continência. nência. nência Leva remos - Leva remos - o mais gra- O patrão faz cono patrão levan- o patrão levan- duado levanta-se tinência. ta-se e faz conti- ta-se e faz conti- e faz continência. nência. nência. '

40 54 MANUAL Dt EMBARCAÇÕES MÍÚDAS quanto mais a sua acção transversal se aproximar da forma em V e quanto mais alta fôr a borda A área total do velame deve ser proporcional à estabilidade da embarcação A reünião de todas as velas deve formar um conjunto gracioso e apropriado ao B.m a que se destina a embarcação. 4.o- Para a mesma área de velame suportada por uma embarcação, é conveniente usar o maior número de velas possível. 5.o - A relação entre a superfície total do velame e a área do rectângulo circunscrito à flutuação varia com: a) Forma da embarcação; b) Pêso da embarcação; c) Velame adoptado; d) Paragens a que se destina; e) Serviço habitual que deverá desempenhar; f) Lastro Os valores da relação anterior, são: A) 4 a 5 para grandes embarcações com lastro permanente. B) 1 a 3 para embarcações sem lastro, sendo : a) 3 para lanchas ; b) 2,75 para escaleres de comprimento superior ou igual a 10 metros; c) 2,5 para escaleres de menos de 1 O metros de comprimento; d) 1,5 para baleeiras, canôas e botes; e),39 para embarcações usadas em escolas de vela Há vários factores que concorrem para tornar a embarcação ardente, tais como: a) Proa B.na e mergulhada; b) Roda de proa direita e sem lançamento; til < Q ' ' ' ' _..., X "' ~ --~:.a... "' _.,...

41 EMBARCAÇÕES DE VELA 55 c) Pôpa cheia e pouco mergulhada; d) Grande ca"imento do cadaste; e) Porta do leme estreita Os factores que fazem aumentar a velocidade da embarcação, além do vento, pouca carga, pouco mar, etc., são: a) V ela alta e o mais possível rectangular; b) Gurutil menor do que a esteira; c) Esteira, o maior possível; d) V êrgas pouco repicadas, aproximando-se da horizontal. 9. o - Os factores que permitem aumentar a área do velame, além da área de flutuação, são: a) Maior bôca em relação ao comprimento; b) Lastro; c) Coberta; d) Bom pessoal ; e) Centro vélico baixo centro vélico baixa com: a) A inclinação (1 Oo a 15o) da valuma; b) O comprimento total das esteiras. Portanto, deve utilizar-se todo o comprimento da embarcação, aumentando-o mesmo com paus a vante e a ré, e devem cruzar-se um pouco as esteiras de cada vela com a que se lhe segue Embora haja toda a vantagem em baixar o mais possível o centro vélico, há casos particulares em que convém o contrário como nos rios, canais, estreitos e bem assim em certas paragens, como no cabo Horn, onde as velas deverão ser altas por causa da vaga Os paus de proa e pôpa, embora úteis, não devem ser muito grandes porque fatigam muito a embarcação e tornam os balanços de pôpa à proa muito duros, além de aumentarem muito a área de manobra.

42 56 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS As posições limites do centro vélico, são a perpendicular média e a paralela a esta tirada 1 f 8 do comprimento para ré As testas devem ser paralelas aos mastros principais o -- A espicha deve fazer com o mastro um ângulo de As vêrgas devem ser paralelas entre si Nas armações em houari, a distância do tôpo inferior de cada vêrga ao tope do seu mastro, é de 0,74 bôcas A valuma da bujarrona deve ser paralela à testa do traquete A inclinação das vêrgas de pendão com os respectivos mastros varia de 35o a Na marinha francesa é regulamentar a inclinação da mastreação para ré, como se vê no quadro A distância dos mastros à roda de proa, em função do comprimento da embarcação na flutuação, é dada pelo quadro As dimensões de mastros e vêrgas, em fúnção da bôca da embarcação, são dadas pelo quadro V O centro de gravidade duma vela triangular é o ponto de intersecção das medianas e duma vela quadrangular é o ponto de intersecção das duas linhas que unem os centros de gravidade de cada par de triângulos, determinados pelas duas diagonais da vela Geometricamente o centro vélico de duas velas, determina-se marcando a partir do centro de gravidade da vela A, sôbre uma recta, um comprimento proporcional à área da vela B, e a partir do centro de gravidade da vela B, sôbre uma recta paralela à anterior, mas de sentido contrário, um comprimento proporcional à área da vela A. -- = ~t..,...~ L.., :::::>"--:.:c'------c > u: ' ~ ~~-r--1---l -----: ---->ç::---...=:--=,t-~--+4--~ -- 1 ~ E "' N

43 EMBARCAÇÕES Dt VELA 57 A intersecção da recta que une os dois pontos assim achados com a que une os centros de gravidade das duas velas é o centro vélico. Se as velas fôrem três, determinar-se-ia o centro vélico entre o centro vélico já encontrado e o centro de gravidade da terceira vela. É claro que, a partir do centro de gravidade da terceira vela, marcaríamos um comprimento proporcional à soma das áreas das outras duas velas O centro vélico, algebricamente, determina-se fàcilmente como vamos vêr : Consideremos dois eixos coordenados, perpendicular média (eixo dos pp) e linha de flutuação (eixo dos ff). Os valores de p consideram-se sempre positivos e os de f positivos para a direita (ou esquerda) da perpendicular média e negativos para a esquerda (ou direita). QUADRO 11 Lanchas e etcaleres Mastros Baleeiras Botes 3 mastros 2 mas tros Traquete ,11 0,20 0,35 - Grande ,14 0,20 0,35 Catita , ,17 - A s inclinações vêm expreuas em décimos de graus.

44 58 MANUAL D~ EMARCAÇÕES MÚDAS EMBARCAÇÕES DE VELA 59 ~~ T QUA ORO Dois pen- Dois pen j Pendão Pendão 1 Dois pen dões dões Pendão Mastros e vela e vela ] de amurar a vante ao mastro de amurar ao mastro ao mastro Espicha Baioneta de amurar de amurar dões de amurar! de amurar H iate Houari com duas velas de proa de proa de proa a vante e catita e catita a v nte e vela catita e vela de proa de proa ,50 0,120 0,131 0,117 0,275 raquete _ j j- i - -- G rande... 0,35 0,26 0,333 0,2l 0,07f) 0,84 0,55 0,50 0,423 0,56 c 1--- atita ,96 0, , '

45 60 MANUAL DE EMBAR CAÇÕES MÚDAS ~~~-v~ EMBARCAÇÕES DE VELA 61 Espicha e vel a Mastros e vêrgas da proa Grande Traquete Catita... ~ ~ ~ 1 2,50 Pendão Baioneta de amurar e vela de proa a vante 2,00 2, QUA Pendão de amurar a vante e catita \ 2.85 a 3,25-1,80 a 1,65 1 ORO V Pendão de amurar ao mastro e catita Dois pendões de amurar a vante Dois pendões de amurar ao mastro e vela de proa Dois pendões de amurar ao mastro, catita e vela de proa 3,00 2,85 2,60 2,75 Houari Híate com duas velas de proa 2,00 3, ,40 2,15 2,60 2,00 3, ,80 a 1, , V. grande.. V. traquete Carangueja da catita Retranca do grande... Retranca da catita.... 2,50 1, , ,90-1,25 a 1,35-11,35 a 1,70 2,00 1,50 2,43 2,20 2,50 1, ,40 2,00 2,10 2,50 1,40 1,25 a 1, ' ,25 a 1, ;;-1--;10, ,35 a 1, ,25 a 1, Pau da bujar. fora da roda\ : Espicha , ,20 1,85-1,28 _-,

46 62 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS EMBARCAÇÕES DE "VELA 63 Determina-se o momento de cada vela em relação aos eixos coordenados, multiplicando a sua superfície pelas respectivas coordenadas do seu centro de gravidade. Somam-se algebricamente e separadamente os momentos relativos à flutuação e à perpendicular média. Finalmente, os quocientes encontrados, dividindo cada soma pela superfície total do velame, são as coordenadas' do centro vélico. b) Mastrear O problema de mastrear consiste em determinar a distância dos mastros à roda de proa e achar as suas dimensões. Êste problema acha-se resolvido pràticamente como já foi dito, bastando-nos apenas harmonizar a prática e a teoria. c) Aparelhar O problema de aparelhar consiste em determinar, com exactidão, a superfície de pano mais conveniente para cada vela, num dado tipo de armação. Nêste capítulo, vamos resolver os dois problemas, mastrear e aparelhar conjuntamente. As normas a seguir são: 1. o - Traçar o plano longitudinal da embarcação, representando com toda a exactidão a sobrequilha e a linha de flutuação média ou ordinária, sem diferença de calado. 2.o - Calcular a superfície de flutuação da embarcação. 3. o - Traçar as linhas que hão-de representar os mastros e as vêrgas de acôrdo com os dados práticos, se os houver. 4.o - Traçar as velas com que se pretende aparelhar a embarcação. S.o - Determinar a superfície de cada vela, dividindo-a para isso em triângulos ou melhor por meio de planímetro, e fazer a sua soma para ter a superfície total do velame Primeira verificação - A relação entre a superfície total do velame e a área do rectângulo circunscrito à flutuação, deve estar de harmonia com as normas já estudadas Com a relação aplicada à embarcação que estamos a aparelhar, corrigir o plano, aumentando ou diminuindo a superfície do velame, sem variar a forma das velas. Uma vez satisfeita aquela relação, teremos o aparelho ajustado à estabilidade Traçar a meio da embarcação uma perpendicular à flutuação, que chamaremos perpendicular média Determinar o centro de gravidade de cada vela Determinar o centro vélico do sistema, preferindo o processo geométrico Segunda verificação - O centro vélico, como Ja sabemos, deve ficar para ré da perpendicular média, duma distância inferior a 1 / 8 do comprimento da embarcação Se o centro vélico não ficar bem colocado, teremos de: a) Baixá-lo: para o que baixaremos as velas sem alterar a sua superfície ; b) Ou deslocá-lo para vante: para o que diminuiremos o velame a ré da perpendicular média e aumentaremos a v ante sem alterar a superfície total ; c) Ou deslocá-lo para ré: para o que diminu"iremos o velame a vante da perpendicular média e aumentaremos a ré sem alterar a superfície total Tirar do plano as dimensões da mastreação e velame. d) Tornar as medidas para uma vela Supondo resolvido o problema de mastrear, podemos resolver o problema de aparelhar, seguindo apenas as normas tradicionais da estética naval.

47 64 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS Para isso vamos apresentar uma série de desenhos, para os diversos tipos de velame usados entre nós, tendentes a mostrar a maneira de tirar as medidas das velas. e) Tornar as medidas para uma vela de proa Em F (chicote da adriça) amarram as linhas F D e FCD. Em D (punho da amuia) amarra a linha FCD. A linha F D (gurutil) consegue-se por tentativas. O ângulo no punho da escota deve ser maior do que Qüo e menor do que 120o. Em C passa a linha F C D e enrabicha a escota C C no moitão C. A Feito o que se indica em cima, ala-se pela adriça até que F D tenha o comprimento desejado, e manobram-se as linhas F C D (em D) e C C ( escota) até se ter conseguido a Hgura que se pretende. Estando na posição conveniente reünem-se por um nó as linhas F D B ~--->""----==->- D e F C D, no sítio onde deve Hcar G,' o punho da amura. Depois mede-se o comprimento destas linhas para desenhar a Hgura ou estacá-la no chão. A escota deve ser amarrada no seu lugar depois de conseguida a Hgura da vela. f) Tornar as medidas para uma vela de baioneta Em A amarram as linhas A C e A B. Em B amarra a linha B C. E e D representam as urracas. Feito o que se indica em cima iça-se a vêrga convenientemente. Com a linha da valuma ( AC) bem atesada, rondam-se e reünem-se com um nó, no sítio onde deve Hcar o punho da escota, as linhas que representam a valuma (A C) e a esteira ( B C). A linha que representa o. gurutil amarra-se no sítio da. a mura. Depois mede-se o c '-----/---' ' '-:----liib c omprimento destas linhas "- para desenhar a Hgura ou estacá-la no chão. g) Tomar as medidas para um latino quadl'angular B F, carangueja. DE, retranca. Em A amarram as linhas A C e ABD. B -.,',,, Em D amarra a linha D C. C C deve ser igual a 25 em. ',',,_ Feito o que se indica em cima, _ iça-se a carangueja e manobram-,, -se as linhas D C, BC e A C até ',, c se conseguir a Hgura desejada. pu-=========~ 6 ;._./i Estando na posição conveniente, reünem-se por um nó as três linhas que formam o diagonal (BC), a esteira ( D C) e a válvula (A C), no sítio onde deve Hcar o punho da escota (C). Devem dar-se pequenos descontos ao gurutil e à testa. Depois mede-se o comprimento destas linhas para desenhar a Hgurã- õlr estacá-la no chão.

48 66. MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS h) Tomar as medidas para uma vela de espicha Em A amarram três linhas A B, A D e A C. Em B amarram BC (na espicha) e o chicote livre de A B (também na espicha). Em D amarra a linha D C. 11 O comprimento A B consegue-se por tentativas. Feito o que se indica em cima, ala-se a espicha ao seu lugar com a linha de gurutil (A B) atesada, rondam-se e reünem-se com um nó, no sítio onde deve ficar o punho E da escota, as linhas que repre- 6 sentam a valuma (BC), a esteira (C D) e a diagonal (A C). Depois mede-se o comprimento destas linhas para desenhar a figura ou estacá-la no chão. i) Tornar as medidas para uma vela de pendão de amurar ao mastro Em A amarram as linhas A C ead. Em B amarra a linha B C. Em D amarra a linha C D. A E= 1 / 4 AB. Feito o que se indica em cima, iça-se a vêrga até um pouco abaixo da altura em que deve ficar, afim de dar desconto ao que a vela há-de estender com o uso; ala-se pela linha da testa (AD) para GL ' A EMBARCAÇÕES DE VELA 67 dai: à vêrga o repique preciso de modo que não fique muito descaída de ré, nem muito repicada. Estando na posição conveniente, fixa-se a linha da testa no sítio da amura e reünem-se por um nó as três linhas que formam a valuma (BC), a esteira (C D) e a diagonal (C A), no sítio onde deve ficar o punho da escota. Deve-se dar também um pequeno desconto à diagonal para o que ~ vela há-de estender com o uso. Depois mede-se o comprimento destas linhas para desenhar a figura ou estacá-la no chão. j) Tomar as medidas para uma vela de pendão de amurar a vante Em A fixam-se as linhas A E e A D. Em C fixa-se a linha C D. No sítio da amura, perto de E, fixa-se E D. B4=lfs AC. Feito o que se indica acima, iça-se a vêrga até um pouco abaixo da altura em que deve ficar, afim de dar desconto G ao que a vela há-de estender com o uso; ala-se pela linha da testa para dar à vêrga o repique preciso, de modo que não fique muito descaída de ré, nem muito repicada. Estando na posição conveniente, fixa-se a linha da testa l-----'...: ' >~,.D no gato da amura e reünem-se ', por um nó as três linhas que formam a valuma, a esteira e a diagonal, no sítio onde deve ficar o P.unho da escota. Deve-se dar também um pequeno desconto à diagonal para o 9ue a vela há-de estender com o uso.

49 68. MANUAL. DE EMBARCAÇÕES MÚDAS Depois mede-se o comprimento destas linhas para desenhar a figura ou estacá-la no chão. k) Aplicação prática Pretende-se mastrear e aparelhar um escaler, com dois pendões de amurar ao mastro, catita e uma vela de proa, tendo as características: C. t f Entre perpendiculares ompnmen o { N l a flutuação.... Bôca { Máxima Na flutuação Pontal m,00 8m,60 2m,20 2m, 10 Om,80 Traça-se o plano longitudinal da embarcação e o plano da armação. Do plano tira-se: Área da bujarrona.. ±rea do traquete... : : : : : : : : : : : : rea do grande..... Área da catita Total...,.... 3m 2,75 15m 2,55 17m2,80 6m 2,40 43m 2,50 A superfície do rectângulo circunscrito à flutuação é : 8,6 x 2,1 = 18m2,06 EMBARCAÇÕES DE VELA 69 eixos coordenados {perpendicular média e linha de flutuação). B. { 5,08 3,75=- 19,05 UJarrona. 1,75 X 3,75 = ,56 1,92 x 15,55=-29,86 Traquete { 2,78 X 15,55 = ,23 G d { 1,73 x 17,80=+30,79 ran e. 2,95 X 17,80 = ,51 { 5,36 X 6,40 = + 34,30 Catita 2,20 X 6,40 = , ,98 116,38 Nota: Supomos positivas as flutuações para ré da perpendicular média. Dividindo a soma dos momentos, em relação a cada um dos eixos, pela superfície total do velame, temos as coordenadas do centro vélico do sistema: 116,38 _ 2 m,4 5 43,50 O centro vélico está portanto Om,41 para ré da perpendicular média e 2m,45 acima da linha de flutuação, isto é, justifica-se a segunda verificação. Portanto o plano do velame traçado para o escaler em questão, satisfaz. Resta-nos apenas tirar do plano as dimensões da mastreação e do velame. Como :::: = 2,4, temos o aparelho ajustado à estabilidade. Tirando do plano as coordenadas do centro de gravidade de cada uma das velas e multiplicando-as pelas respectivas áreas, teremos os momentos dessas velas em relação aos

50 CAPTULO EMBARCAÇÕES MECÂNCAS - Generalidades Já vimos que a propulsão nas embarcações pode ser a remos e à vela. V amos agora estudar a propulsão por meio de hélice. Os hélices podem ser de passo direito ( destrogiros ou dextrorsum) ou esquerdo (levogiros ou sinistrorsum), segundo giram para a direita ou para a esquerda dum observador colocado à pôpa, fora da embarcação. As embarcações miúdas dos navios de guerra possuem apenas uma hélice, que geralmente é destrogiro Efeitos combinados de hélice e leme V amos estudar uma embarcação de hélice direito. Embarcação e hélice a vante Com leme a meio - A proa terá tendência em ir para E B, a pequena velocidade. A meia velocidade aquela tendência desaparece ; e nalgumas embarcações é substituída pela tendência em ir para B B, a grandes velocidades. Com leme a B B (E B) antes de iniciar a marcha A proa irá bruscamente para B B (E B). À medida que aumenta a velocidade vai desaparecendo o efeito da hélice.

51 72 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS Com leme a B B (E B) depois de iniciar a marcha A proa irá para B B (E B), mais vagarosamente do que no caso anterior. Embarcação a vante com hélice a ré Com leme a meio - A proa irá para E B. Com leme a B B no momento da inversão do hélice - A proa irá devagar a princípio para B B e depois para E B. Com leme a E B no momento lia inversão do hélice A proa irá a princípio para E B persistindo nalguns casos nesta caída ainda que em menor grau do que no caso anterior, e em seguida pára e vai lentamente para B B. Embarcação a ré e hélice a vante, Com leme a meio - É impossível saber à priori para onde irá a proa porque estão em jôgo duas fôrças opostas ; pressão lateral das pás que tende a levar a proa para B B, e a corrente de expulsão do hélice actuando transversalmente contra Õ costado de E B, tendendo a levar a proa para EB. Com leme a B B (E B) - A proa vai, geralmente, para B B, no primeiro caso, e decididamente para E B no segundo caso. Embarcação a ré e hélice a ré Com leme a meio - A proa irá para E B. Com leme a B B (E B) antes da arrancada ou com pequena velocidade - A proa no primeiro caso, terá grande tendência em ir para E B, no segundo, terá também, embora em menor grau, tendência em ir para E B. Com leme a B B (E B) depois da arrancada e com certa velocidade - A proa, no primeiro caso, terá grande tendência em ir para E B, e no segundo caso, terá alguma tendência em ir para B B. EMBARCAÇÕES MECÂNCAS Atracações a) Efeitos das espias Embarcação parada paralelamente ao molhe Com espia dada da amura para terra normalmente ao costado - Alando por ela, a proa do navio aproxima-se do molhe e a pôpa afasta-se. Com espia dada da alheia para terra normalmente ao costado - Sucede o contrário do caso precedente. Com as duas espias passadas normalmente - A embarcação encostará ao molhe, alando alternadamente as espias aflm de se aproveitar só o movimento angular. Nunca se devem alar simultãneamente as duas espias. Com espia dada obliqüamenie ao costado - A embarcação neste caso mover-se há para vante ou para ré, segundo as espias são dadas para vante ou para ré do centro de rotação da embarcação. Embarcação em movimento e máquina parada perto do molhe Com seguimento a vanie e leme a meio - Passando obliqüamente uma espia pela amura a embarcação atracará ràpidamente, e com menos rapidez se fôr passada pela alheta. Com seguimento a vanie e leme a meio - Passando obliqüamente uma espia pela alheta a embarcação atracará ràpidamente, e com menos rapidez se fôr passada pela amura. Os efeitos de rotação são tanto mais acentuados, quanto mais aos extremos da embarcação se acham passadas as espias.

52 74 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS b) Efeito do leme Embarcação com aeguimeuto a vante Com espia pela amura -- O leme ajuda a proa a aproximar-se do molhe, se fôr metido para êsse lado; contraria êsse efeito, se fôr metido para o lado de fora. Com espia pela alheia - Sucede o contrário. Com espia pelo meio - A embarcação conserva integras as suas faculdades de govêrno, aproximando-se por isso do molhe por meio da espia. c} Efeito do hélice Deve atender-se ao seguinte: Embarcação com a proa prêaa por uma espia Com hélice a vanle- A proa vai para o lado onde estiver metido o leme. Com hélice a ré- A proa vai para E 8, independentemente do leme, se o passo do h.:!lice fôr direito. d) Efeito da corrente O momento mais oportuno para atracar a um molhe é com a maré parada, ou com corrente, não muito forte, da proa. Dever-se há evitar sempre a corrente pela pôpa Com corrente da proa deve atracar-se quásí paralelamente ao molhe para evitar ser atirado sôbre êle com demasiada violência Com uma espia passada à proa, a embarcação pode ser governada com o leme como se estivesse em marcha. V- Considerações práticas sôbre o govêrno duma embarcação mecânica Convém atracar, sempre que seja possível, com a maré parada, ou havendo corrente tê-la pela proa Atracar por 8 8 se o hélice fôr de passo direito, e por E 8 se fôr esquerdo. Havendo corrente, aquela consideração é preferida por esta Com corrente da pôpa, deve atracar-se passando uma espia pela pôpa e nunca pela proa, pois isto traria como conseqüência afastar a pôpa consideràvelmente. nversamente, se a corrente fôsse da proa Com corrente da proa, deve a embarcação colocar-se mais avante do lugar em que se quere amarrar e dar em seguida a espia pela proa fora O uso duma espia pela pôpa, sempre que não haja corrente, é desnecessário, pois que a embarcação será suficientemente governada pelo leme. 6. o - A posição de equilíbrio duma embarcação, com vento, é um pouco para vante do través Uma embarcação que anda a vante e abate, tem tendência a vir para barlavento ; uma que ande a ré e abata, tem tendência a vir para sotavento O efeito do leme duma embarcação que anda a ré com pouca velocidade é quási nulo, senão prejudicial; convém, por isso, tê-lo a meio. 9.o - A proa duma embarcação de hélice de passo direito (esquerdo) cai a E 8 (8 8) na marcha a ré, por isso são mais fáceis as manobras por E 8 (8 8). lo. o- Uma embarcação amarrada com corrente para vante do través, obedece ao leme como se estivesse em marcha a vante.

53 76 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS Caindo a ré com o leme todo a um bordo, a pôpa safar-se há dos obstáculos, sempre que a distância do través da embarcação àqueles seja superior a um têrço de comprimento da embarcação Para evolucionar em espaços apertados, preferir os movimentos da máquina de breve duração, mas enérgicos Sempre que seja possível dever-se há passar a sotavento e sotacorrente de todos os obstáculos, quaisquer que sejam O vento da proa ou quási, aumenta o efeito do leme sôbre a embarcação porque o retrocesso do hélice aumenta com a resistência oferecida pelo vento à marcha a vante O vento da alheta torna a embarcação ardente Paira-se com muito mar andando a vante, intermitentemente, aproado ao mar; com pouco mar, atravessa-se a embarcação e pára-se a máquina Embarcação a v ante e hélice a ré, guinará mais fàcilmente para E B do que para B B Agüenta-se o mar por qualquer dos processos : a) Aproar ao mar com velocidade sufl.ciente para conservar o govêrno; b) Dar ao mar a pôpa com a velocidade mínima; c) Levar o mar na alheta com a máquina parada ou com pouquíssima velocidade Os perigos a que se expõe uma embarcação com mar grosso diminuem quando diminui também a velocidade daquela Para evitar um perigo imprevisto à proa poderá efectuar-se qualquer das manobras seguintes: a) Meter o leme todo a um bordo e continuando a vante; b) Andar a ré a toda a fôrça com o leme a meio. EMBARCAÇÕES MECÂNCAS o - Se o meter o leme a um bordo fôsse para desviar a embarcação dum obstáculo a menos de três comprimentos da proa, seria seguramente ineficaz tal medida. 22.o - nvertendo repentinamente a máquina duma embarcação que navega em linha recta, esta pára depois de ter andado três a cinco comprimentos. Supõe-se que se emprega a mesma potência da máquina na marcha a vante e a ré, mas, se fôr po~sível aumentá-la neste caso, claro está que a embarcação parará depois de percorrer dois comprimentos. 23.o -- Aparecendo de repente um obstáculo na proa, carrega-se o leme ràpidamente (de preferência a E B) e anda-se a ré a toda a fôrça pondo o leme ao revés, quando a proa começa a guinar. 24.o - A fórmula O = 0,21 v. t., dá-nos o tempo (em segundos) e o espaço (em metros) precisos para parar uma embarcação que navega à velocidade (em milhas). O tempo é contado desde que se inverte a máquina até que pára a embarcação.. 25.o -- Carregando o leme a um bordo e pondo a máquina a vante a toda a fôrça, a pôpa ca irá bruscamente para êsse bordo, se o hélice fôr de passo direito e para o outro bordo se fôr esquerdo. 26.o - O primeiro efeito do leme ao carregar-se a um bordo é produzir um efeito oposto à evolução que se vai efectuar. 27.o - Depois de carregar o leme, a embarcação percorre ainda, segundo o rumo privativo, dois ou três comprimentos. 28.o - O caminho andado, no sentido do rumo primitivo, desde que se carrega o leme até que se guina 90o, é aproximadamente uns quatro comprimentos. 29.o - Uma embarcação abandonada no seio duma corrente, tende a atravessar-se a ela e a abater.

54 78 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS V- Deveres do patrão de embarcação mecânica Saber os deveres de patrão de embarcação de remos na parte aplicável, cumpri-los e fazê-los cumprir Fazer com que a sua embarcação esteja pronta a largar de bordo, quando arriada, três minutos depois do apito do contra-mestre Ter presente, ao entrar numa passagem estreita, que a proa se subtrai primeiro ao vento que a pôpa; portanto deverá passar o mais a barlavento possível da margem a dobrar Para atracar a um cais, não mandar alar simultâneamente as espias de pôpa e proa Deverá saber qual o sentido do passo do hélice da sua embarcação Ter bem presente as qualidades particulares da sua embarcação, porque a manobra mais segura para a generalidade das embarcações pode ser perigosa para a sua. V-Ordens para a máquina EMBARCAÇÕES MECÂNCAS 79 Usualmente, esta voz é substituída por a de à vontade. Pára - Parar a máquina. b) Por meio de sinais de apito Como as ordens para o fagueiro, nas embarcações de hélice, são dadas por meio de sinais de apito, é conveniente regulamentar os que há em uso : Um silvo - Parar, se está àvante ou a ré; ou andar àvante se está parado. Dois silvos - Andar a ré. Três silvos- Devagar (a ré ou àvante ). ndo já devagar significa mais devagar. Quatro silvos - Mais fôrça (a ré ou àvante). ndo já com mais fôrça significa toda a fôrça. Silvos repetidos - Andar à vontade. a) Verbaia Avante - Dispor a máquina para a marcha a vante. A ré - Praticar a inversão da máquina. Devagar - Reduzir a velocidade a % Mais devagar - Reduzir a velocidade um pouco mais. Mais fôrça - Aumentar a velocidade um pouco mais. Toda a fôrça--- Aumentar a velocidade ao máximo, mas sem forçar a máquina. A seguir - V elo cidade normal. Esta voz serve para indicar ao encarregado da máquina ou motor que pode dispor a máquina ou motor para viagem seguida.

55 CAPTULO V PNTURA DE EMBARCAÇÕES -Embarcações de madeira Os inimigos da madeira mais a temer são: Taredo - Molusco que pode destruir uma peça de madeira nalguns meses; vive somente na água salgada pura e límpida. H umidade - Principal agente de decomposição da madeira ; para combater a sua acção empregam-se as pinturas. As pinturas são aplicadas com dois fins : a) Dar côr diferente aos objectos que cobrem; b) Conservar os materiais que cobrem. As pinturas s'ó devem ser aplicadas a madeiras perfeitamente sêcas e absolutamente sãs porque do contrário produzem efeito contra-producente. a} Preparar a embarcação para receber pintura O tratamento a fazer a uma embarcação para a pôr em estado de ser pintada, depende da sua madeira ter ou não já levado tinta. a) A embarcação a pintar pela primeira vez deve ser bem raspada e lixada, os nós queimados com ácido nítrico muito diluído, vernizes especiais, ou camadas de cola (neutralisa também a resina), ou ainda grude e zarcão. Sendo possível tiram-se fora os nós;

56 82 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS ~~~~,~~ b) A pintura a aplicar a embarcações que já anteriormente hajam recebido tinta, não deverá sê-lo sem que cuidadosamente a sua madeira tenha sido posta a descoberto. sto consegue-se, quer raspando completamente a tinta que a cobre, quer aplicando-lhe uma camada pastosa de cal virgem e potassa (ou soda), cinza e potassa, só potassa diluída em água, ou ainda apenas sabão mole, e repetir a operação umas três vezes no dia. No dia seguinte raspar bem toda a embarcação e aplicar novamente a camada pastosa se se julgar necessário. Usando sabão mole, devemos salpicá-lo de vez em quando com água doce. Empregando qualquer dos outros processos, devemos lavar, com a água doce, a embarcação para evitar que alguns restos de cal ou potassa venham mais tarde atacar ou destruir a pintura nova. b) Condições a que deve satisfazer uma boa tinta Ser suficientemente líquida para ser estendida com pincéis, mas possuir a viscosidade bastante para aderir às superfícies sem escorrer Secar depois de aplicada. 3.o - Ficar energicamente aderente à superfície que a recebeu depois de solidificada. c) Preceitos a seguir na pintura l.o- Um dia antes da pintura, as superfícies devem ser bem esfregadas com pedra pomes e água (ou soda diluída em água), bem lavadas e enxutas com panos de algodão Limpar cuidadosamente os salpicas de água salgada para evitar corrosões. PNTURA DE EMBARCAÇÕES Limpar com aguarrás os lugares que tenham cêbo ou óleo e deixar secar. 4.o - Em climas onde cai muita cacimba (à noite) ou no inverno, é conveniente pintar cedo de modo a passarem pelo menos quatro horas até ao comêço do orvalho Esfregar com pedra pomes os pintados da primeira demão depois de secos. Havendo tempo tapar fendas, encher depressões, etc., e limpar a poeira com pano ou escôva própria. 6.o - Usar nas imediações dos lugares com óleo, vasilha e pincel que não sirvam para o resto da pintura, anm de evitar manchas de óleo ou de gasolina. 7.o - Lavar as brochas ou pincéis que tenham servido a tinta de côr e que se queiram empregar a branco, passando-os duas ou três vezes em aguarrás ou gasolina, e em seguida lavando-os com água dôce e sabão até que a água da lavagem saia limpa. 8.o - Aplicar a tinta sôbre 40'"' a 80"", espalhá-la bem e passar com a brocha sôbre a obra em sentido contrário àquêle em que se tenciona acabar. 9.o - Pintar, como regra, na direcção das libras da madeira, da esquerda para a direita e de baixo para cima. 1 O. o - Empurrar com a brocha qualquer matéria extranha que deva ser tirada. ll.o - É boa prática pesar sempre os diversos componentes que hão-de constituir a tinta, porque poderemos ter necessidade de mais, e não tendo êste cuidado, dificilmente encontraremos uma tinta igual à primeira. d) Defeitos naa pinturas Empolas -- Espécie de bexigas que a pintura forma sôbre a superfície que cobre. São devidas a não se encontrar aquela suficientemente sêca ao ser pintada. A humidade.

57 84 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS - -~~-~~~~~-w-- ---~-~-~-~w-~ que continha, por não poder escapar-se pelos poros, levanta a pintura para abrir saída. Esquartejamento - Gretas e escamas que a pintura apresenta e que interrompem duma maneira notável a continuidade das camadas de tinta. Êste defeito pode ser devido : A aplicarem-se novas tintas a superfícies cobertas com tintas velhas sem cuidado de bem as raspar ou tirar de todo A exporem-se ao ar pinturas muito secativas antes de terem tido o tempo necessário para penetrar na madeira A aplicarem-se pinturas com óleos secativos sôbre outras em que prodominam óleos gordos. e) Pintar Preparadas as tintas e as madeiras a pintar, procede-se do modo seguinte : Dar a primeira demão da mistura, duas partes de óleo para uma de aguarrás, (ou querendo branco dar brajlco) e deixar secar durante um dia. E a chamada demão de aparelho. Tem por fim obter uma superfície bem lisa Depois de sêca a demão de aparelho, cobrem-se todas as irregularidades da madeira, tais como fendas, buracos de pregos, revessos de fibras, falhas de nós, etc., com uma massa composta de alvaiade de zinco e óleo de linhaça com a consistência necessária. Esta operação chama-se betumar ou emmassar Lixar ao de leve e tirar a poeira, e em seguida aplicar as camadas de tinta que se reputem necessárias. Em geral, vai o número delas até. quatro nas madeiras novas. PNTURA DE -EMBARCAÇÕES Lixar levemente cada -demão e limpar a poeira antes da demão seguinte Sôbre as pinturas estendem-se por vezes camadas de verniz para lhes dar brilho e mais fixidez Embarcações de costado de ferro Pintar Para que uma pintura seja eficaz é necessário que não exista nenhuma ferrugem no acto de aplicar a tinta, que esteja perfeitamente_ sêca e limpa a embarcação e que a tinta seja de boa qualidade. Depois de convenientemente picada e raspada dá-se a primeira demão de zarcão (não sendo bom é prejudicial). Depois de secar durante um dia, aplicar um revesti :rp.ento de cimento em aguada ou e.m mas~ a (alvaiade em massa e zarcão, alcatrão vegetal ou coltar). Dá-se em seguida a segunda demão de zarcão. Passados dois ou três dias, esfregar bem com pedra pomes e água, e depois de sêca dar mais uma demão de zarcão, para tapar alguns pontos que tenham ficado nús. Feito isto, aplicar três demãos da tinta que se desejar. No fundo a primeira demão é geralmente dada com uma tinta especial que tem a propriedade de secar ràpidamente. Havendo zarcão de boa qualidade, é melhor dar primeiro uma demão de zarcão. A pintura do fundo não deve ser feita de manhã nem com tempo húmido. A seguir à demão de zarcão, dão-se as duas demãos duma tinta anti-corosiva (n.os 1 e 2) afim de proteger o metal, e depois uma anti-scéptica (n. 0 3) com o nm de evitar incrustações vegetais.

58 86 MANUAL DE EMBARCAÇÕES MÚDAS PNTURA DE EMBARCAÇÕES 87 Quadro demonstrativo da composição das fintas mais vulgares, usadas em embarcações miúdas Alvaiade em mana Secante Negro de Zarcão Oleo Aguarrás fumo em pó de linhaça De chumbo De zinco em pó De De zinco fezes de ouro Demãos de branco de preparo para pintura.... 0,780 0,020 0,100 0,100 Branco para pintura externa.... 0,780 0,020 0,200 Última demão de branco para receber verniz 0,780 0,220 Última demão de branco exterior ,660 0,010 0,330 - Cinzento claro ,765 0,005 0,030 0,200 Cinzento escuro....., ,760 0,010 0,030 0,200 Tinta vermelha de zarcão......, 0,770 Nota- Quando se emprega tinta em mana em vez de tinta em pó, deverá acrescentar-se - 0, /o no pêso da tinta, reduzindo no mesmo pêso a quantidade de óleo.

59 ÍNDCE CAPiTULO - Embarcações de remos : - Geqeralidades Tipos de embarcações Nomenclatura V - Palamenta V- Arriar uma embarcação V - çar uma embarcação V- Sinais P"{a chamar embarcações......, V - Deveres do patrão de embarcação de remos X- Considerações práticas sôbre o govêmo duma embarcação de remos X - Preparar uma embarcação para viagem longa X- Lotação duma embarcação miúda X - Dimensões dos remos X - Transporte de ferros XV - Rocegar XV - Reboques XV - Regatas XV- Bandeira nacional XV - Exercício de remos a) Preliminares b) Embarcações de forquetas c) Embarcações de toleteiras CAPÍTULO 11 - Embarcações de vela: - Generalidades......, V elas de pendão V ela de baioneta V - Vela de espicha V - V ela latina quadrangular

60 ÍNDCE CAPíTULO ll - V - V ela de bastardo V - Manobras de embarcações de vela a) Generalidades b) Mareações c} Para movimento de mastros d) Para movimento de velas e) Virar por davante f) Virar em roda g) Largar de bordo h) Atracar ao portaló V- Deveres do patrão de embarcação de vela X- Considerações práticas sôbre o govêmo duma embarcação de vela X - Continências em embarcações X - Mastrear e aparelhar uma embarcação a) Normas a atender antes de se resolver o problema b) Mastrear c) Aparelhar , d) Tornar as medidas para uma vela e} Tornar as medidas para uma vela de proa.. 64 f) Tornar as medidas para uma vela de baioneta 64 g} To mar as medidas para um latino quadrangular h) Tornar as medidas para uma vela de espicha 66 i) Tornar as medidas para uma vela de pendão de amurar ao ma.stro j) To mar as medidas para uma vela de pendão de amurar a vante kj Aplicação prática Embarcações mecdnicas: - Generalidades , Efeitos combinados de hélice e leme lli - Atracações a) Efeitos das espias b) Efeito do leme c) Efeito do hélice..., d) Efeito da corrente V - Considerações práticas sôbre o govêmo duma embarcação mecânica V - Deveres do patrão de embarcação mecânica V -- Ordens para a máquina a} Verbais b) Por meio de sinais de apito CAPÍTULO V - Pintura de embarcações : 1- Embarcações de madeira a) Preparar a embarcação pan reeeber pimura 81 b) Condições a que deve satisfazer uma boa tinta 82 c) Preceitos a seguir na pintura d) Defeitos nas pinturas e} Pintar Embarcações de costado de ferro

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