DESENVOLVIMENTO DE TRÊS BIOSSENSORES A BASE DE TIROSINASE E DIFERENTES NANOPARTICULAS PARA DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DESENVOLVIMENTO DE TRÊS BIOSSENSORES A BASE DE TIROSINASE E DIFERENTES NANOPARTICULAS PARA DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS."

Transcrição

1 DESENVOLVIMENTO DE TRÊS BIOSSENSORES A BASE DE TIROSINASE E DIFERENTES NANOPARTICULAS PARA DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS. Eliana Rezende Kray de Almeida Faculdade de Química Ceatec elianakrayalmeida@hotmail.com Renata Kelly Mendes Valente Metrologia Química,Quimiometria e Química Analítica-Ceatec renatavalente@puc-campinas.edu.br RESUMO: A utilização de nanopartículas no desenvolvimento de biossensores permite uma amplificação da resposta eletroquímica e, consequentemente, elevação da sensibilidade do dispositivo. Na literatura, há diversos estudos mostrando este efeito, mas não há um estudo comparativo entre os diferentes tipos de nanopartículas e sua influência na resposta avaliada. Neste contexto, o trabalho tem como objetivo o estudo da influência do uso de diferentes nanopartículas na resposta de um biossensor para a determinação de compostos fenólicos em amostras de interesse ambiental. Palavras-chave: Biossensores, compostos fenólicos, nanopartículas. Área do Conhecimento: Ciências Exatas e da Terra Química - CNPq 1. INTRODUÇÃO Fenol e seus derivados são encontrados em diversos processos industriais, como produção de: plásticos, corantes, tintas, drogas, polímeros sintéticos, resinas, detergentes, desinfetantes, refinaria de petróleo, mas principalmente de papel e celulose, sendo também responsáveis pelas propriedades organolépticas de flores e frutas. Mesmo em baixa concentração, os compostos fenólicos são preocupantes, devido sua alta toxicidade bem como gosto e odor desagradáveis em águas de abastecimento público [1]. Para proteção ambiental e controle destes efluentes industriais, estão sendo cobradas medidas rápidas e eficientes por órgãos governamentais ou pesquisadores ligados à área de poluentes e contaminação ambiental. Neste contexto, estudos envolvendo o uso de biossensores para esta finalidade têm aumentado a cada ano devido às suas características interessantes, tais como análises precisas, exatas, seletivas envolvendo simplicidade e rapidez associadas a baixos custos de obtenção. Um biossensor pode ser definido como um dispositivo analítico que incorpora um elemento biológico, como enzima, tecido animal ou vegetal, microorganismo, antígeno ou anticorpo, ácidos nucleicos, entre outros, com um transdutor analítico que produz um sinal proporcional à concentração da espécie de interesse. O transdutor converte a reação entre o material biológico e o substrato em uma resposta mensurável, como corrente elétrica, no caso se sensores eletroquímicos [2]. Dentre os biossensores, os mais utilizados são os que usam enzima como bioreconhecedor e denominados de enzimáticos, devido à especificidade da medida analítica e versatilidade na obtenção do dispositivo [3]. Podem ser utilizados vários tipos de enzimas, no caso do trabalho foi a tirosinase extraída do inhame, que por sua vez foi designado o melhor vegetal para detecção de compostos fenólicos em efluentes industriais [4]. No entanto, na construção de biossensores, uma das etapas mais críticas se refere à imobilização do bioelemento na superfície, de maneira que haja manutenção da atividade enzimática por um período longo de resposta. O uso de nanopartículas no processo de imobilização é uma metodologia que tem sido destacada, pois há comprovação de que os nanomateriais aumentam a área superficial, permitindo que quantidades maiores de material biológico sejam incorporadas à superfície sensora, consequentemente, incrementando a sensibilidade do aparato, que permite análises de fenóis com menores limites de detecção [5]. Neste contexto, o trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentes nanopartículas (Fe 2 O 3, ZnO e SiO 2 ) na resposta de biossensores para a determinação de compostos fenólicos em amostras de á- guas residuais, a fim de selecionar aquela que apresentou os melhores resultados analíticos.

2 2. METODOLOGIA 2.1 Materiais e Equipamentos Os equipamentos utilizados para a execução do projeto foram: Balança de precisão Shimadzu AW 220, Centrífuga Excelsa II Modelo 206 MP Fanem, Espectrofotômetro UV/Vis HP Agilent 8453, phmetro Digimed DM 20 e Potenciostato PGSTAT 101, Metrohm. Os reagentes utilizados foram: Solução Guaiacol 2% (Dinâmica), Óleo Mineral Nujol (Mantecorp), Fosfato de sódio bibásico heptahidratado P.A (Synth) e Fosfato de potássio monobásico P.A (Synth), Peróxido de Hidrogênio (Dinâmica), Pó de Grafite (Aldrich).Nanopartículas de Fe 2 O 3,ZnO e SiO 2 (cedidas pela Prof. Elizabeth F. de Souza) 2.2 Obtenção do extrato enzimático Após a lavagem e secagem, 25 g de inhame descascado foram picados e homogeneizados em um liquidificador com 100 ml de tampão fosfato 0,1 mol.l -1 ph 6,5 e ph 7,0 - devido ao fato da enzima ser sensível a variações de ph do meio e estas ocasionando a desprotonação de seus sítios ativos e a conseqüente inutilização da enzima. Em seguida, o extrato foi filtrado em quatro camadas de tecido gaze - e centrifugado a 25000xg 1800 rpm durante 20 min, a 4 o C. A solução sobrenadante foi dividida em diversas alíquotas, armazenadas em freezer a 5 o C e usadas como fonte de tirosinase Preparação do biossensor usando partículas magnéticas de Fe 2 O 3 Antes de se adicionar as nanopartículas à pasta de carbono, deve-se lavá-la com uma solução tampão adequada. A lavagem foi feita com a adição de 100 µl de tampão a 50 µl da nanopartícula em um frasco Eppendorf. Agitou-se a mesma por um minuto e, com o auxílio de um ímã, separou-se as partículas da água de lavagem, umas vez que as mesmas são magnéticas e, portanto, atraídas pelo imã [6]. Repetiuse a lavagem por três vezes. Após a lavagem, adicionou-se 200 µl de enzima às partículas. Agitou-se por um minuto e o Eppendorf foi colocado na geladeira por 30 minutos e a cada cinco minutos, agitou-se para garantir que a enzima interagisse com as nanopartículas. Após completar-se o tempo, separaram-se as partículas do líquido enzimático e adicionaram-se as mesmas ao pó de grafite. A pasta de carbono foi obtida a partir da homogeneização de 0,1875 g de pó de grafite com a partícula modificada com a enzima, em um almofariz com pistilo durante 20 minutos. Em seguida, foram adicionados três gotas de óleo aglutinante Nujol e homogeneizados por mais 20 minutos. A pasta resultante foi inserida em um tubo de vidro e após isto, a ponta com a pasta foi alisada em uma folha de sulfite e foi colocado na extremidade superior do tubo de vidro um fio de cobre para o contato elétrico. O pó de grafite foi escolhido devido ao seu baixo custo, baixa capacidade de adsorção de oxigênio e baixas impurezas eletroativas Preparação do biossensor usando nanopartículas de ZnO ou de SiO 2 A imobilização foi feita da seguinte maneira: em um Eppendorf, colocou-se 200 µl de nanoparticulas e 200 µl da enzima tirosinase, agitou-se por um minuto. O Eppendorf foi colocado na geladeira por 30 minutos e a cada cinco minutos agitou-se para garantir que a enzima interagisse com as partículas. Após completar-se o tempo, adicionaram-se as mesmas ao pó de grafite. A pasta de carbono foi obtida da mesma maneira descrita na seção Estudo da repetibilidade de medidas dos biossensores O estudo de repetibilidade foi realizado a fim de verificar qual nanopartícula construía biossensores que apresentava respostas eletroquímicas mais estáveis, ou seja, que não decresciam com o tempo nas mesmas condições experimentais. Para se realizar o estudo, construiu-se o biosssensor com a melhor quantidade de nanopartícula e realizou cinco medições na mesma solução, em sequencia, sem a necessidade de troca da pasta. O estudo foi realizado para biossensores contendo, cada um, nanopartícula de Fe 2 O 3, ZnO e SiO 2, respectivamente, em solução com 5 ml do tampão fosfato 0,1 mol.l -1 ph 7,0 e 1,8 mmol.l -1 de guaiacol. 2.6 Estudo da reprodutibilidade de preparação dos biossensores O estudo de reprodutibilidade é necessário para verificar se o procedimento de preparação dos dispositivos está sendo realizado corretamente e não causa variações significativas nas medições quando usados dispositivos preparados em momentos diferentes. Para isso, foram construídos três biossensores para cada nanoparticula avaliada (Fe 2 O 3, ZnO e SiO 2 ) e realizou uma medida eletroquímica para cada sensor em solução tampão fosfato ph 7,0 contendo solução de guaiacol 1,8 mmol.l -1. Com isso, pode-se averiguar qual nanopartícula prepara biossensores com

3 maior repetição de medida, mesmo sendo produzido em períodos distintos. 2.7 Determinação de compostos fenólicos em amostras de interesse ambiental Contaminou-se uma amostra de água residual industrial com solução de guaiacol e mediu se a corrente elétrica desta amostra usando cada um dos biossensores. Então, substituiu o valor desta corrente na equação da reta do respectivo biossensor e encontrou-se o valor da concentração de guaiacol na amostra. Os resultados dos biossensores de cada nanopartícula foram comparados, a fim de se determinar o que produzia análises mais confiáveis. Para este estudo avaliou-se a exatidão no uso dos biossensores com nanopartículas de Fe 2 O 3, ZnO e SiO 2 em amostras de águas residuais contaminadas com compostos fenólicos. Para isso, foi necessário construir uma curva de calibração para cada nanopartícula avaliada. A curva de calibração foi obtida a partir de sucessivas adições de uma solução de guaiacol 1,8 mol.l -1 a 5 ml de tampão fosfato 0,1 mol L -1 ph 7,0. Mediu-se a corrente a cada adição. Com os valores de concentração no eixo x de corrente no eixo y construiu-se a curva de calibração, obtendo-se a equação da reta. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Obtenção da atividade enzimática Foi feito o cálculo da atividade da tirosinase que é uma etapa muito importante do processo, pois a partir dos resultados obtidos, pode-se descobrir se a atividade da enzima se mantém quando a biomolécula é transferida para uma solução aquosa. O resultado da atividade enzimática foi de 4567,5U.mL -1.O resultado obtido está acima do indicado em estudos similares encontrados na literatura para biossensor de extrato vegetal, indicando que o processo usado para extrair as enzimas no inhame e levar a uma solução aquosa foi realizado com eficiência. 3.2 Estudo da resposta de biossensores com e sem partículas de Fe 2 O 3, ZnO e SiO 2 em solução contendo o composto fenólico guaiacol O uso de nanopartículas no processo de imobilização da enzima em biossensores tem como uma das finalidades a amplificação do sinal analítico. Isso porque esse nanomaterial possui a importante propriedade de elevação da área superficial, que acarreta na imobilização de uma maior quantidade de biomoléculas, aumentando as reações bioquímicas e, consequentemente, a resposta do dispositivo. Para testar se a resposta de biossensores em solução contendo composto fenólico está sendo melhorada com o uso de nanopartículas na pasta de carbono, foram realizadas medidas voltamétricas com uma solução contendo apenas tampão fosfato 0,1 mol L -1, ph 7,0 e após a adição de guaiacol 1,8 mmol L -1. A Figura 1 apresenta o resultado obtido para as nanopartículas de ZnO. Figura 1 Comportamento do biossensor, com e sem nanopartículas de ZnO, em relação ao seu substrato. Observando a Figura 1, percebe-se que apenas em solução tampão linha azul não há nenhum pico referente à atividade do biossensor devido à ausência de fenol. Com a adição de guaiacol ocorre o aparecimento dos picos de oxiredução, como visto na linha vermelha. A linha verde, obtida para o biossensor com as nanopartículas de ZnO, apresenta um aumento considerável nos valores de corrente, indicando que maiores quantidades de enzima são imobilizadas na superfície sensora. Este resultado de incremento no sinal analítco do dispositivo foi observado para as outras nanopartículas avaliadas (Fe 2 O 3 e SiO 2 ). No entanto, o biossensor contendo ZnO foi o que apresentou a maior variação na resposta quando comparado com o aparato contendo somente enzima e pasta de carbono. 3.3 Estudo da reprodutibilidade do biossensor e repetibilidade das medidas A repetibilidade do biossensor é um parâmetro importante, pois estuda se a medida eletroquímica de um biossensor decresce com o passar do tempo nas mesmas condições experimentais. Portanto, para o estudo da repetibilidade do biossensor, foram realizadas cinco medições sem a troca da pasta ou da solução, utilizando as nanopartículas de Fe 2 O 3, ZnO e SiO 2, como suporte para tirosinase, em solução tampão 0,1 mol L -1 ph7,0 contendo 1,8mmolL -1 de guaiacol. Com estes resultados foi possível calcular a precisão das medidas obtidas com os diferentes biossensores

4 Tabela 1 Valores de corrente obtidos para os três biossensores estudados e os respectivos coeficientes de variação obtidos. Medidas Fe 2 O 3 I/A ZnO I/A SiO 2 I/A 1 2,63 x10-6 1,43 x ,75 x ,66 x10-6 1,46 x ,90 x ,63 x10-6 1,46 x ,97 x ,66 x10-6 1,46 x ,12 x ,58 x10-6 1,44 x ,18 x 10-6 CV 1,09% 0,97% 1,02% Conforme observado na Tabela 1, os coeficientes de variação encontrados para os três biossensores estudados foram baixos, indicando uma boa repetibilidade de medidas. Valores até 5% são aceitos para biossensores obtidos a partir de extrato vegetal. No entanto, quando os valores de coeficiente de variação são comparados entre os biossensores, verificase que o contendo as nanopartículas de ZnO foi o que apresentou valor menor e, portanto, é o dispositivo com maior precisão entre suas medidas analíticas. O estudo da reprodutibilidade de preparação é necessário para verificar se o procedimento de preparação dos dispositivos está sendo realizado corretamente e não causa variações significativas nas medições quando usados dispositivos preparados em momentos diferentes. Então foram construídos três biossensores (para cada nanopartícula avaliada) nas mesmas condições experimentais. A finalidade é verificar se dispositivos preparados em dias ou períodos distintos fornecem o mesmo sinal analítico, sem que haja variações consideráveis. As medidas eletroquímicas foram realizadas em solução tampão fosfato ph 7,0 contendo solução de guaiacol 1,8 mmol.l -1 Com a finalidade de calcular a reprodutibilidade desses biossensores, os valores de corrente bem como o cálculo do desvio padrão relativo (DPR) estão apresentados na Tabela 2. Analisando os dados da Tabela 2, verifica-se que os valores de reprodutibilidade de preparação para os três biossensores (Fe 2 O 3 ; ZnO e SiO 2 ) são bons, visto que não se está utilizando enzimas comerciais liofilizadas. No entanto, quando comparados entre si, verifica-se que o dispositivo contendo as nanopartículas de ZnO é que apresentou maior reprodutibilidade de preparação. Tabela 2 Valores de corrente obtidos para o estudo da reprodutibilidade de preparação dos biossensores. Biossensor Fe 2 O 3 I/A ZnO I/A SiO 2 I/A 1 1,85 x10-6 1,43 x10-5 6,42 x ,76 x10-6 1,44 x10-5 6,40 x ,73 x10-6 1,36 x10-5 5,44 x10-6 média 1, ,41x ,08x10-6 desvio padrão 6, ,4x10-7 5,60x10-7 DPR 3,51% 3,09% 9,21% 3.4 Determinação de compostos fenólicos em amostra de interesse ambiental Na etapa final do trabalho, após a otimização dos parâmetros analíticos, o biossensor está pronto para ser aplicado em amostras contaminadas com compostos fenólicos. A análise foi iniciada pela construção da curva de calibração Construção da curva de calibração A construção da curva de calibração para cada biossensor (Fe 2 O 3 ; ZnO e SiO2) foi feita através de sucessivas adições da solução de guaiacol em 5 ml de solução tampão fosfato 0,1 mol L -1 ph 7,0 e para cada adição, uma medida eletroquímica. A Figura 2 apresenta o resultado obtido para o biossensor contendo as nanopartículas de ZnO. Com base na Figura 2, verifica-se que a região linear de guaiacol para o biossensor com nanopartículas de ZnO foi de 1,08 a 7,20 mmol L -1, com equação da reta de y=0, x + 3, (R 2 =0,993525, n=18). Para o biossensor de Fe 2 O 3 a região linear foi de 3,24 a 8,28 mmol L -1 com equação da reta de y=0,027133x (R 2 =0,993801, n=15). Para SiO 2 a região linear foi de 1,44 a 7,20 mmol L -1, levemente inferior aquela encontrada para o biossensor de ZnO, com equação da reta de y=0,019622x + 5, (R 2 =0,990445, n=17).

5 I / A 2,00E-04 1,80E-04 1,60E-04 1,40E-04 1,20E-04 1,00E-04 8,00E-05 6,00E-05 4,00E-05 2,00E-05 0,00E+00 y = 0,019591x + 0, R² = 0, ,00E+00 1,00E-03 2,00E-03 3,00E-03 4,00E-03 5,00E-03 6,00E-03 7,00E-03 8,00E-03 concentração guaiacol / mol L-1 Figura 2 Curva de calibração obtida para o biosensor contendo nanopartículas de ZnO em solução tampão fosfato 0,1 mol L -1, ph 7,0, com sucessivas adições de guaiacol Determinação de compostos fenólicos em amostras de interesse ambiental. Após obtenção das curvas de calibração para os biossensores avaliados, foi possível a análise do composto fenólico em matriz ambiental. A amostra consistiu de água residual industrial que foi contaminada com solução de guaiacol e mediu se a corrente desta amostra usando cada um dos biossensores. A Figura 3 exibe o voltamograma resultante dessa análise para o ZnO. A corrente máxima obtida na Figura 3 foi de 9, A e a concentração de guaiacol correspondente, u- sando a respectiva equação da reta é de 3, mol L -1. Sabendo-se que a concentração do composto fenólico adicionada à amostra foi de 3, mol L -1, o erro relativo foi de 0,62%. Para o Fe 2 O 3, a corrente máxima obtida foi de 2, A e a concentração de guaiacol correspondente, usando a respectiva equação da reta é de 5, mol L -1. Sabendo-se que a concentração do composto fenólico adicionada à amostra foi de 5, mol L - 1, o erro relativo é de 1,85%. foi de 1, A. Para o biossensor de SiO 2 a concentração de guaiacol correspondente, usando a respectiva equação da reta é de 3, mol L -1. Sabendo-se que a concentração do composto fenólico adicionada à amostra foi de 3, mol L -1, o erro relativo é de 0,92%. Analisando os erros relativos obtidos com os três biossensores, verifica-se que estão excelentes, com valores bem baixos, indicando a boa exatidão dos dispositivos. No entanto, quando os erros são comparados entre os biossensores, constata-se que o contendo nanopartículas de ZnO foi o que apresentou os melhores resultados. Portanto, avaliando os parâmetros estudados no trabalho, este nanomaterial é o mais adequado para a construção de dispositivos sensores, pois fornece sistemas que apresentam boa precisão e exatidão e, além de tudo, confiabilidade nos resultados. 4. CONCLUSÃO No trabalho foram construídos três biossensores que tinham como elemento de reconhecimento a enzima tirosinase, extraída de inhame, imobilizadas sobre distintas nanopartículas: de Fe 2 O 3, ZnO e de SiO 2. Todas as nanopartículas avaliadas produziram dispositivos que apresentaram aumento de sinal analítico quando o nanomaterial estava presente. Além disso, os dispositivos possuíram alta repetibilidade de medidas e reprodutibilidade de construção, indicando sua boa precisão. Quando usados para análise do composto fenólico selecionado, no caso o guaiacol, os erros relativos obtidos foram bem pequenos, atestando sua exatidão. Porém, de todas as nanopartículas avaliadas, as de ZnO foram as que apresentaram os melhores valores em todos os estudos avaliados. Por isso, esse seria um promissor suporte para o preparo de biossensores para uso em detecção de contaminantes em matrizes de interesse ambiental. Figura 3 Voltamograma obtido na determinação de guaiacol em amostras de águas residuais industriais usando o biossensor baseado em nanopartículas de ZnO. AGRADECIMENTO à PUC-Campinas pela oportunidade de realização da Iniciação Científica e bolsa concedida.

6 REFERÊNCIAS [1] Barbosa, C.S.; Santana, S.A.A.; Bezerra, C.W.B.; Silva, H.A.S. (2014) Remoção de compostos fenólicos de soluções aquosas utilizando carvão ativado preparado a partir do aguapé (Eichhornia crassipes): estudo cinético e de equilíbrio termodinâmico. Quim. Nova, vol.37, n.3, p [2] Franzoi, A.C.; Brondani, B.; Zapp, e.; Moccelini, S.K.; Fernandes, S.C.; Vieira, I.C. (2011) Incorporação de liquídos iônicos e nanoparticulas metálicas na construção de sensores eletroquímicos. Quim. Nova, vol. 34, n.6, p [3] Call, S.S.; Silva, P.R.Q. Biossensores: estrutura, funcionamento e aplicabilidade. [4] Rosatto,S.S.;Freire, R.S.; Durán, N.; Kubota, L.T. (2001) Biossensores amperométricos para determinação de compostos fenólicos em amostras de interesse ambiental. Quim. Nova, vol. 24, n. 1, p [5] Vidotti, M.; Carvalhal, R.F.; Mendes, R.K.; Ferreira, D.C.M.; Kubota, L.T. (2011) Biosensors Based on Gold Nanostructures. J. Braz. Chem. Soc. vol. 22, n.1, p [6] Mendes, R.K.; Laschi, S.; Stach-Machado, D.R.; Kubota, L.T.; Marrazza, G. (2012) A disposable voltammetric immunosensor based on magnetic beads for early diagnosis of soybean rust. Sens. Actuat. B: Chemical vol , p

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR VOLTAMÉTRICO PARA DETECÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR VOLTAMÉTRICO PARA DETECÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR VOLTAMÉTRICO PARA DETECÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS João Pedro Penna Guilherme Faculdade de Química CEATEC joaopedrojao_02@hotmail.com Renata Kelly Mendes Valente Metrologia

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE BIOSSENSORES POTENCIOMÉTRICOS PARA CONTROLE DA ESTABILIDADE DO BIODIESEL

DESENVOLVIMENTO DE BIOSSENSORES POTENCIOMÉTRICOS PARA CONTROLE DA ESTABILIDADE DO BIODIESEL DESENVOLVIMENTO DE BIOSSENSORES POTENCIOMÉTRICOS PARA CONTROLE DA ESTABILIDADE DO BIODIESEL João Pedro P. Guilherme Faculdade de Química CEATEC joaopedrojao_02@hotmail.com Renata K. Mendes Valente Metrologia

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR A BASE DE PEROXIDASE E ESFERAS MAGNÉTICAS PARA DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR A BASE DE PEROXIDASE E ESFERAS MAGNÉTICAS PARA DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR A BASE DE PEROXIDASE E ESFERAS MAGNÉTICAS PARA DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS Gabriela Valério Faculdade de Química CEATEC gabizinhavaleriio@hotmail.com Renata K.

Leia mais

Renata Kelly Mendes Valente Metrologia Química, Quimiometria e Química Analítica - CEATEC

Renata Kelly Mendes Valente Metrologia Química, Quimiometria e Química Analítica - CEATEC DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS UTILIZANDO UM BIOSSENSOR VOLTAMÉTRICO A BASE DE LACCASE E NANO- COMPÓSITO HÍBRIDO USANDO PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS Beatriz Silva Arruda Faculdade de Química CEATEC

Leia mais

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Blucher Chemical Engineering Proceedings Dezembro de 2014, Volume 1, Número 1 X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Influência da pesquisa em Engenharia Química no desenvolvimento

Leia mais

ESTUDO ELETROANALÍTICO DO CARRAPATICIDA FIPRONIL PELA TÉCNICA DE VOLTAMETRIA CÍCLICA. Resumo 800

ESTUDO ELETROANALÍTICO DO CARRAPATICIDA FIPRONIL PELA TÉCNICA DE VOLTAMETRIA CÍCLICA. Resumo 800 ESTUDO ELETROANALÍTICO DO CARRAPATICIDA FIPRONIL PELA TÉCNICA DE VOLTAMETRIA CÍCLICA Resumo 800 Este trabalho objetivou a caracterização eletroquímica do carrapaticida fipronil, por meio da técnica de

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR ELETROQUÍMICO PARA DETECÇÃO SIMULTÂNEA DE DIFERENTES COMPOSTOS FENÓLICOS USANDO CALIBRAÇÃO MULTIVARIADA

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR ELETROQUÍMICO PARA DETECÇÃO SIMULTÂNEA DE DIFERENTES COMPOSTOS FENÓLICOS USANDO CALIBRAÇÃO MULTIVARIADA DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR ELETROQUÍMICO PARA DETECÇÃO SIMULTÂNEA DE DIFERENTES COMPOSTOS FENÓLICOS USANDO CALIBRAÇÃO MULTIVARIADA Marcos Venicios Correr Dantas Faculdade de Química CEATEC fufuh@live.com

Leia mais

Utilização de lama vermelha tratada com peróxido de BLUE 19

Utilização de lama vermelha tratada com peróxido de BLUE 19 Utilização de lama vermelha tratada com peróxido de hidrogênio i e ativada por tratamento térmico como meio adsorvedor do corante Reativo Kelli Cristina de Souza BLUE 19 Orientadora: Prof. Dra. Maria Lúcia

Leia mais

7 Determinação de Fe, Ni e V em asfaltenos por extração ácida assistida por ultra-som usando ICP OES

7 Determinação de Fe, Ni e V em asfaltenos por extração ácida assistida por ultra-som usando ICP OES 136 7 Determinação de Fe, Ni e V em asfaltenos por extração ácida assistida por ultra-som usando ICP OES Baseando-se nos bons resultados obtidos descritos no Capítulo 6, com a extração de metais-traço

Leia mais

Laboratório de Análise Instrumental

Laboratório de Análise Instrumental Laboratório de Análise Instrumental Prof. Renato Camargo Matos Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos http://www.ufjf.br/nupis DIA/MÊS ASSUNTO 06/03 Apresentação do curso 13/03 PRÁTICA 1: Determinação de

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓLICOS TOTAIS (FOLIN-CIOCALTEU) - ESPECTROFOTOMETRIA

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓLICOS TOTAIS (FOLIN-CIOCALTEU) - ESPECTROFOTOMETRIA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓLICOS TOTAIS (FOLIN-CIOCALTEU) - ESPECTROFOTOMETRIA MATERIAIS Reagentes Carbonato de sódio P.A. (PM= 106) Reagente Folin Ciocalteu Padrão de ácido gálico anidro (PM= 170,2)

Leia mais

EXTRATOS ENZIMÁTICOS OBTIDOS DE VEGETAIS

EXTRATOS ENZIMÁTICOS OBTIDOS DE VEGETAIS EXTRATOS ENZIMÁTICOS OBTIDOS DE VEGETAIS Laura Eduarda Lopes dos Reis 1, Adalgisa Reis Mesquita 1 1. IF Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena lauralopes13@hormail.com 1. Introdução Enzimas são biomoléculas,

Leia mais

Nanopartículas de Prata e. Curva de Calibração da Curcumina

Nanopartículas de Prata e. Curva de Calibração da Curcumina RELATÓRIODEAULAPRÁTICA Disciplina:NanotecnologiaFarmacêutica NanopartículasdePratae CurvadeCalibraçãodaCurcumina Grupo 4 Erick Nunes Garcia Fernanda Buzatto Gabriela do Amaral Gleicy Romão Manuela Pereira

Leia mais

TITULAÇÕES POTENCIOMÉTRICAS DE CÁTIONS METÁLICOS EM MEIO NÃO AQUOSO. Palavras chave: Potenciometria, interação soluto-solvente, eletrodo de vidro.

TITULAÇÕES POTENCIOMÉTRICAS DE CÁTIONS METÁLICOS EM MEIO NÃO AQUOSO. Palavras chave: Potenciometria, interação soluto-solvente, eletrodo de vidro. TITULAÇÕES POTENCIOMÉTRICAS DE CÁTIONS METÁLICOS EM MEIO NÃO AQUOSO Anderson Martin dos Santos 1 ; Edemar Benedetti Filho 2 1 Estudante do Curso de Química Industrial da UEMS, Unidade Universitária de

Leia mais

4 Materiais e métodos

4 Materiais e métodos 40 4 Materiais e métodos 4.1. Reagentes O fenol (C 6 H 5 OH) utilizado foi fornecido pela Merck, com pureza de 99,8%. O peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ) 50% P/V foi fornecido pela Peróxidos do Brasil

Leia mais

5.1. Estudos preliminares e otimização.

5.1. Estudos preliminares e otimização. 106 5 Resultados: Determinação de azoxistrobina e dimoxistrobina por voltametria adsortiva de redissolução catódica em eletrodo de gota pendente de mercúrio e varredura no modo de onda quadrada. 5.1. Estudos

Leia mais

VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS

VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS RE nº 899, de 2003 da ANVISA - Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos; Validation of analytical procedures - UNITED STATES PHARMACOPOEIA - última edição;

Leia mais

I Identificação do estudo

I Identificação do estudo I Identificação do estudo Título estudo Validação de método bioanalítico para quantificação de cefadroxil em amostras de plasma para aplicação em ensaios de biodisponibilidade relativa ou bioequivalência

Leia mais

Centro Universitário Anchieta Análise Química Instrumental 2016/1 Semestre - Prof.Ms. Vanderlei I. Paula Lista 3A Nome: RA

Centro Universitário Anchieta Análise Química Instrumental 2016/1 Semestre - Prof.Ms. Vanderlei I. Paula Lista 3A Nome: RA Centro Universitário Anchieta Análise Química Instrumental 2016/1 Semestre - Prof.Ms. Vanderlei I. Paula Lista 3A Nome: RA 1) Qual é a relação entre *(a) absorbância e transmitância? (b) absortividade

Leia mais

DETERMINAÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS CINÉTICOS DA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO.

DETERMINAÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS CINÉTICOS DA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO. DETERMINAÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS CINÉTICOS DA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO. Glauber Silva Godoi Aula 13 META Desenvolver no aluno a capacidade de extrair informações quanto aos parâmetros

Leia mais

Detecção de IL-1 por ELISA sanduíche. Andréa Calado

Detecção de IL-1 por ELISA sanduíche. Andréa Calado Detecção de IL-1 por ELISA sanduíche Andréa Calado andreabelfort@hotmail.com ELISA O teste identifica e quantifica Ag ou Ac, utilizando um dos dois conjugados com enzimas; PRINCIPAIS TIPOS: INDIRETO:

Leia mais

02/05/2016 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE ANÁLISE DE ALIMENTOS

02/05/2016 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE ANÁLISE DE ALIMENTOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE Disciplina: Análise de Alimentos ANÁLISE DE ALIMENTOS É a parte da química que trata de determinações qualitativas e/ou quantitativas

Leia mais

5 Determinação da primaquina em ECV.

5 Determinação da primaquina em ECV. 5 Determinação da primaquina em ECV. 5.1 Estudos preliminares Tentou-se inicialmente realizar a determinação direta da primaquina no EGPM. Apesar de já existirem vários trabalhos publicados na literatura

Leia mais

E S T U D O D E U M E L É C T R O D O S E L E T I V O D E I Ã O N I T R A T O

E S T U D O D E U M E L É C T R O D O S E L E T I V O D E I Ã O N I T R A T O E S T U D O D E U M E L É C T R O D O S E L E T I V O D E I Ã O N I T R A T O OBJETIVO Pretende-se com este trabalho experimental que os alunos avaliem as características de um eléctrodo sensível a ião

Leia mais

EFEITO DA TEMPERATURA DE GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA NA ADSORÇÃO DE CORANTE REATIVO

EFEITO DA TEMPERATURA DE GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA NA ADSORÇÃO DE CORANTE REATIVO EFEITO DA TEMPERATURA DE GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA NA ADSORÇÃO DE CORANTE REATIVO J. J. SORNAS¹, W. UTECH JUNIOR¹, R. F. dos SANTOS¹, A. R. VASQUES², C. MARANGON¹I, C. R. L. de AGUIAR¹, E. FONTANA¹, R.

Leia mais

I Identificação do estudo

I Identificação do estudo I Identificação do estudo Título estudo Validação de método bioanalítico para quantificação de metronidazol em amostras de plasma para aplicação em ensaios de biodisponibilidade relativa ou bioequivalência

Leia mais

Laboratório de Análise Instrumental

Laboratório de Análise Instrumental Laboratório de Análise Instrumental Prof. Renato Camargo Matos Tutora: Aparecida Maria http://www.ufjf.br/nupis Caderno de Laboratório 1. Título 2. Introdução 3. Objetivo 4. Parte Experimental 4.1. Reagentes

Leia mais

4 Materiais e Métodos

4 Materiais e Métodos 62 4 Materiais e Métodos Neste capítulo serão apresentados os materiais, reagentes e equipamentos, assim como as metodologias experimentais utilizadas na realização deste trabalho. 4.1. Obtenção e preparo

Leia mais

08/11/2015 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE. Amostragem, preparo de amostra e tratamento de dados INTRODUÇÃO

08/11/2015 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE. Amostragem, preparo de amostra e tratamento de dados INTRODUÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE Disciplina: Análise de Alimentos INTRODUÇÃO BROMATOLOGIA: Ciência que estuda os alimentos em sua composição química qualitativa e

Leia mais

Teoria da Prática: Transporte de Glicídios

Teoria da Prática: Transporte de Glicídios Teoria da Prática: Transporte de Glicídios INTRODUÇÃO Os estudos dos fatores que afetam a síntese enzimática nos microrganismos levaram à hipótese de que há duas classes de enzimas: as constitutivas e

Leia mais

Todas as soluções foram preparadas com água desionizada utilizando. Os reagentes utilizados como eletrólito suporte foram: cloreto de potássio

Todas as soluções foram preparadas com água desionizada utilizando. Os reagentes utilizados como eletrólito suporte foram: cloreto de potássio Parte Experimental 30 CAPÍTULO 2 - PARTE EXPERIMENTAL 2.1. Reagentes e Soluções Todas as soluções foram preparadas com água desionizada utilizando reagentes de grau analítico (PA). Os reagentes utilizados

Leia mais

Enzimas extraídas de frutas e legumes barateiam procedimentos d ambiental, biológica, farmacêutica e industrial

Enzimas extraídas de frutas e legumes barateiam procedimentos d ambiental, biológica, farmacêutica e industrial 10 Enzimas extraídas de frutas e legumes barateiam procedimentos d ambiental, biológica, farmacêutica e industrial Valda Rocha, abobrinha, batata doce e pepino, à venda em toda e qualquer feira livre no

Leia mais

Seleção de um Método Analítico. Validação e protocolos em análises químicas. Validação de Métodos Analíticos

Seleção de um Método Analítico. Validação e protocolos em análises químicas. Validação de Métodos Analíticos Seleção de um Método Analítico Capítulo 1 SKOOG, D.A.; HOLLER, F.J.; NIEMAN, T.A. Princípios de Análise Instrumental. 5 a edição, Ed. Bookman, Porto Alegre, 2002. Validação e protocolos em análises químicas

Leia mais

Determinação de Ácido Ascórbico em Amostras de Mel Utilizando Titulação Iodométrica

Determinação de Ácido Ascórbico em Amostras de Mel Utilizando Titulação Iodométrica Determinação de Ácido Ascórbico em Amostras de Mel Utilizando Titulação Iodométrica Isabella de Avelar Santos 1, Vanézia Liane da Silva 1 1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Sudeste

Leia mais

AMOSTRA METODOLOGIA ANALITOS TÉCNICA Óleo diesel Emulsificação em Cr, Mo, Ti e V PN-ICP OES. Ni, Ti, V e Zn

AMOSTRA METODOLOGIA ANALITOS TÉCNICA Óleo diesel Emulsificação em Cr, Mo, Ti e V PN-ICP OES. Ni, Ti, V e Zn 163 9 Conclusões Neste trabalho, duas abordagens diferentes para análise de amostras de óleos e gorduras foram estudadas visando o desenvolvimento de métodos analíticos baseados em técnicas que utilizam

Leia mais

Físico-Química Experimental Exp. 10. Cinética Química

Físico-Química Experimental Exp. 10. Cinética Química Cinética Química 1. Introdução Cinética química é o estudo da progressão das reações químicas, o que determina suas velocidades e como controlá-las. Ao estudar a termodinâmica de uma reação, leva-se em

Leia mais

MÉTODOS DE CALIBRAÇÃO

MÉTODOS DE CALIBRAÇÃO MÉTODOS DE CALIBRAÇÃO Sinais obtidos por equipamentos e instrumentos devem ser calibrados para evitar erros nas medidas. Calibração, de acordo com o INMETRO, é o conjunto de operações que estabelece, sob

Leia mais

ANALISE DE RENDIMENTO DO CATALISADOR HETEROGÊNEO ÓXIDO DE ALUMÍNIO (Al2O3) NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE SOJA (glycine max)

ANALISE DE RENDIMENTO DO CATALISADOR HETEROGÊNEO ÓXIDO DE ALUMÍNIO (Al2O3) NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE SOJA (glycine max) ANALISE DE RENDIMENTO DO CATALISADOR HETEROGÊNEO ÓXIDO DE ALUMÍNIO (Al2O3) NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE SOJA (glycine max) Rayanne Samara de Sousa Reinaldo(1); Maria Rosimar de Sousa(2); Leonardo Alcântara

Leia mais

Minicurso: Medição de ph e Íons por Potenciometria

Minicurso: Medição de ph e Íons por Potenciometria Minicurso: por Potenciometria Instrutor: Nilton Pereira Alves São José dos Campos 29/05/2010 1/37 Instrutor: Nilton Pereira Alves Técnico químico ECOMPO SJC - SP Bacharel em Química Oswaldo Cruz SP Mestre

Leia mais

A análise de muitos cátions metálicos, incluindo o cátion cálcio,

A análise de muitos cátions metálicos, incluindo o cátion cálcio, DETERMINAÇÃ DE CÁLCI N LEITE 1. INTRDUÇÃ A análise de muitos cátions metálicos, incluindo o cátion cálcio, Ca, pode ser feita através da formação de complexos estáveis e solúveis em água. Um agente complexante

Leia mais

MF-612.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE NITRATOS EM SUSPENSÃO NO AR POR COLORIMETRIA

MF-612.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE NITRATOS EM SUSPENSÃO NO AR POR COLORIMETRIA MF-612.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE NITRATOS EM SUSPENSÃO NO AR POR COLORIMETRIA 1. OBJETIVO Definir o método de determinação de nitratos em suspensão no ar, por colorimetria, utilizando 2,4 dimetilfenol

Leia mais

Prática de Ensino de Química e Bioquímica

Prática de Ensino de Química e Bioquímica INSTITUTO DE QUÍMICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Prática de Ensino de Química e Bioquímica Alex da Silva Lima Relatório final sobre as atividades desenvolvidas junto à disciplina QFL 1201 São Paulo -2009-

Leia mais

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 122 6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 6.1. Estudos preliminares Nas determinações voltamétricas de espécies químicas tais como Cd (II) e Pb (II), o ajuste das

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE GENOSSENSOR ELETROQUÍMICO BASEADO EM ELETRODOS IMPRESSOS DE CAROBONO E POLIPIRROL PARA APLICAÇÃO EM DIAGNÓSTICO DO HPV-18

DESENVOLVIMENTO DE GENOSSENSOR ELETROQUÍMICO BASEADO EM ELETRODOS IMPRESSOS DE CAROBONO E POLIPIRROL PARA APLICAÇÃO EM DIAGNÓSTICO DO HPV-18 DESENVOLVIMENTO DE GENOSSENSOR ELETROQUÍMICO BASEADO EM ELETRODOS IMPRESSOS DE CAROBONO E POLIPIRROL PARA APLICAÇÃO EM DIAGNÓSTICO DO HPV-18 Eloisa Neves Almeida Pimentel 1 ; Rosa Amalia Fireman Dutra

Leia mais

ESTUDO DA ADSORÇÃO DO CORANTE BÁSICO AZUL DE METILENO POR CASCAS DE Eucalyptus grandis LIXIVIADAS

ESTUDO DA ADSORÇÃO DO CORANTE BÁSICO AZUL DE METILENO POR CASCAS DE Eucalyptus grandis LIXIVIADAS ESTUDO DA ADSORÇÃO DO CORANTE BÁSICO AZUL DE METILENO POR CASCAS DE Eucalyptus grandis LIXIVIADAS H. F. DE MARCHI 1, T. N. SOEIRO 1 e M. R. T. HALASZ 1 1 Faculdades Integradas de Aracruz, Departamento

Leia mais

5.1. Estudos preliminares e otimização.

5.1. Estudos preliminares e otimização. 105 5 Resultados: Determinação de azoxistrobina e dimoxistrobina por voltametria adsortiva de redissolução catódica em eletrodo de gota pendente de mercúrio e varredura no modo de onda quadrada. 5.1. Estudos

Leia mais

Prática 10 Determinação da constante de equilíbrio entre íons Fe 3+ e SCN -

Prática 10 Determinação da constante de equilíbrio entre íons Fe 3+ e SCN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC Disciplina: Química Geral Experimental QEX0002 Prática 10 Determinação da constante de equilíbrio

Leia mais

Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Biociências de Botucatu IBB Bioquímica Vegetal

Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Biociências de Botucatu IBB Bioquímica Vegetal Campus de Botucatu Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Biociências de Botucatu IBB Bioquímica Vegetal ROTEIRO PARA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO: DETERMINAÇÃO DA PROTEÍNA SOLÚVEL

Leia mais

MF-420.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE AMÔNIA (MÉTODO DO INDOFENOL).

MF-420.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE AMÔNIA (MÉTODO DO INDOFENOL). MF-420.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE AMÔNIA (MÉTODO DO INDOFENOL). Notas: Aprovada pela Deliberação CECA nº 686, de 25 de julho de 1985. Publicada no DOERJ de 14 de julho de 1985. 1. OBJETIVO O objetivo

Leia mais

DETERMINAÇÃO DE FERRO TOTAL EM SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR

DETERMINAÇÃO DE FERRO TOTAL EM SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR 59 DETERMINAÇÃO DE FERRO TOTAL EM SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR Wendhy Carolina VICENTE 1 Natália Maria Karmierczak da SILVA 2 Amarildo Otavio MARTINS 3 Elisangela Silva

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - IV REGIÃO (SP)

CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - IV REGIÃO (SP) CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - IV REGIÃO (SP) Medição de ph e íons por potenciometria Ministrante: Nilton Pereira Alves Quimlab Química Contatos: nilton@quimlab.com.br Apoio São José dos Campos, 29 de

Leia mais

5 Parte experimental Validação analítica

5 Parte experimental Validação analítica 58 5 Parte experimental Validação analítica A validação analítica busca, por meio de evidências objetivas, demonstrar que um método produz resultados confiáveis e adequados ao uso pretendido 40. Para isso,

Leia mais

Título: Método de microextração em baixa temperatura, em etapa única, para determinação de resíduos de agrotóxicos em soro sanguíneo

Título: Método de microextração em baixa temperatura, em etapa única, para determinação de resíduos de agrotóxicos em soro sanguíneo Título: Método de microextração em baixa temperatura, em etapa única, para determinação de resíduos de agrotóxicos em soro sanguíneo Autores: SILVA, T. L. R. (thais.lindenberg@ufv.br; Universidade Federal

Leia mais

PROSPECÇÃO DE BACTÉRIAS E LEVEDURAS LIPOLÍTICAS DO ESTADO DO TOCANTINS PROMISSORAS EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

PROSPECÇÃO DE BACTÉRIAS E LEVEDURAS LIPOLÍTICAS DO ESTADO DO TOCANTINS PROMISSORAS EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS PROSPECÇÃO DE BACTÉRIAS E LEVEDURAS LIPOLÍTICAS DO ESTADO DO TOCANTINS PROMISSORAS EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS Maysa Lima Parente Fernandes¹; Ezequiel Marcelino da Silva². 1 Aluna do Curso de Engenharia

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO ESPECTRO DE ABSORÇÃO DE SOLUÇÕES AQUOSAS DE PERMANGANATO DE POTÁSSIO, CROMATO DE POTÁSSIO, DICROMATO DE POTÁSSIO E SULFATO DE COBRE

DETERMINAÇÃO DO ESPECTRO DE ABSORÇÃO DE SOLUÇÕES AQUOSAS DE PERMANGANATO DE POTÁSSIO, CROMATO DE POTÁSSIO, DICROMATO DE POTÁSSIO E SULFATO DE COBRE ATIVIDADE EXPERIMENTAL N o 1 DETERMINAÇÃO DO ESPECTRO DE ABSORÇÃO DE SOLUÇÕES AQUOSAS DE PERMANGANATO DE POTÁSSIO, CROMATO DE POTÁSSIO, DICROMATO DE POTÁSSIO E SULFATO DE COBRE Materiais: 01 balão volumétrico

Leia mais

Eletrodo redox. Eletrodos construídos com metais inertes: platina, ouro, paládio. do sistema de óxido-redução presente na solução.

Eletrodo redox. Eletrodos construídos com metais inertes: platina, ouro, paládio. do sistema de óxido-redução presente na solução. Eletrodo redox Para sistemas de óxido-redução. Eletrodos construídos com metais inertes: platina, ouro, paládio Atuam como fontes ou depósito de elétrons transferidos a partir do sistema de óxido-redução

Leia mais

Avaliação da casca de banana como potencial biossorvente natural na remoção de cobre da água (1).

Avaliação da casca de banana como potencial biossorvente natural na remoção de cobre da água (1). Avaliação da casca de banana como potencial biossorvente natural na remoção de cobre da água (1). Janaína Beatriz Toniello Vieira (2) ; Bruna Felipe da Silva (2). (1) Trabalho executado com recursos disponibilizados

Leia mais

3º - CAPÍTULO: RESULTADOS e DISCUSSÃO

3º - CAPÍTULO: RESULTADOS e DISCUSSÃO 3º - CAPÍTUL: RESULTADS e DISCUSSÃ 39 40 3 3.1 - Estudo de Dependência do ph na Formação do Filme 3.1.1 - Comportamento Eletroquímico de Ácido 4-HFA Voltametria cíclica em solução aquosa contendo o par

Leia mais

GRUPO 14 CARBONO E SEUS COMPOSTOS

GRUPO 14 CARBONO E SEUS COMPOSTOS GRUPO 14 CARBONO E SEUS COMPOSTOS O carbono é um elemento químico extremamente importante, por ser indispensável à existência da vida - seja ela animal e vegetal - sem falar dos compostos inorgânicos constituídos

Leia mais

OTIMIZAÇÃO MULTIVARIADA NA EXTRAÇÃO DE GUAIACOL POR PONTO DE NUVEM

OTIMIZAÇÃO MULTIVARIADA NA EXTRAÇÃO DE GUAIACOL POR PONTO DE NUVEM OTIMIZAÇÃO MULTIVARIADA NA EXTRAÇÃO DE GUAIACOL POR PONTO DE NUVEM Michelle Suemy Suzuki Faculdade de Química CEATEC mi.suemy.suzuki@uol.com.br Resumo: Este trabalho teve por objetivo otimizar a pré-concentração

Leia mais

26/03/2015 VALIDAÇÃO CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DA QUALIDADE RDC 899/2003. Por que validar? OBJETIVO DA VALIDAÇÃO:

26/03/2015 VALIDAÇÃO CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DA QUALIDADE RDC 899/2003. Por que validar? OBJETIVO DA VALIDAÇÃO: VALIDAÇÃO CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DA QUALIDADE RDC 899/2003 VALIDAÇÃO: ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema realmente conduza aos resultados

Leia mais

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Rapidez Média das Reações

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Rapidez Média das Reações Cinética Química Prof. Alex Fabiano C. Campos Rapidez Média das Reações A cinética é o estudo da rapidez com a qual as reações químicas ocorrem. A rapidez de uma reação pode ser determinada pela variação

Leia mais

Desenvolvimento de um método

Desenvolvimento de um método Desenvolvimento de um método -Espectro: registro de um espectro na região de interesse seleção do comprimento de onda -Fixação de comprimento de onda: monitoramento da absorbância no comprimento de onda

Leia mais

Uso de vermiculita revestida com quitosana como agente adsorvente dos íons sintéticos de chumbo (Pb ++ )

Uso de vermiculita revestida com quitosana como agente adsorvente dos íons sintéticos de chumbo (Pb ++ ) Uso de vermiculita revestida com quitosana como agente adsorvente dos íons sintéticos de chumbo (Pb ++ ) Anne.P. O. da Silva, Josette.L.de S. Melo, Jailson V. de Melo São Paulo/Brazil May /2011 Introdução

Leia mais

TÍTULO: ANÁLISE TITRIMÉTRICA (Volumétrica)

TÍTULO: ANÁLISE TITRIMÉTRICA (Volumétrica) Componente Curricular: Química dos Alimentos Prof. Barbosa e Prof. Daniel 4º Módulo de Química Procedimento de Prática Experimental Competências: Identificar as propriedades dos alimentos. Identificar

Leia mais

7. POTENCIOMETRIA E ELÉTRODOS SELETIVOS

7. POTENCIOMETRIA E ELÉTRODOS SELETIVOS 7. POTENCIOMETRIA E ELÉTRODOS SELETIVOS 7.1. Conceitos básicos Potenciometria uso de elétrodos para medir diferenças de potencial com o objetivo de obter informação sobre sistemas químicos Espécie eletroativa

Leia mais

Introdução aos métodos titulométricos volumétricos. Prof a Alessandra Smaniotto QMC Química Analítica - Farmácia Turmas 02102A e 02102B

Introdução aos métodos titulométricos volumétricos. Prof a Alessandra Smaniotto QMC Química Analítica - Farmácia Turmas 02102A e 02102B Introdução aos métodos titulométricos volumétricos Prof a Alessandra Smaniotto QMC 5325 - Química Analítica - Farmácia Turmas 02102A e 02102B Definições ² Métodos titulométricos: procedimentos quantitativos

Leia mais

4. Reagentes e Metodologia Analítica

4. Reagentes e Metodologia Analítica 4. Reagentes e Metodologia Analítica 4.1. Reagente para os testes de oxidação Os reagentes P.A empregados durante os testes de oxidação foram: KCN (Merck) NaOH (Vetec) H 2 SO 4 (Vetec) H 2 O 2 (Peróxidos

Leia mais

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet ADSORÇÃO DE CORANTE ÁCIDO UTILIZANDO RESÍDUO DE FIBRA DE VIDRO ACID DYE ADSORPTION USING FIBERGLASS WASTE Ferreira, Raquel Pisani Baldinotti Campus de Sorocaba Engenharia Ambiental raquelpisani@hotmail.com

Leia mais

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 122 6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 6.1. Estudos preliminares Ao se ajustar a concentração de Bi (III) para a formação in situ do eletrodo de bismuto (BiFE)

Leia mais

mundo inteiro com uma variedade de aplicações como clonagem, genotipagem e sequenciamento.

mundo inteiro com uma variedade de aplicações como clonagem, genotipagem e sequenciamento. mundo inteiro com uma variedade de aplicações como clonagem, genotipagem e sequenciamento. necessária para que você possa alcançar o melhor desempenho nesta técnica. AGAROSE A agarose é um polissacarídeo

Leia mais

Detecção de proteínas. Proteínas são heteropolímeros de aminoácidos unidos por ligações peptídicas

Detecção de proteínas. Proteínas são heteropolímeros de aminoácidos unidos por ligações peptídicas Detecção de proteínas Proteínas são heteropolímeros de aminoácidos unidos por ligações peptídicas A detecção e quantificação de uma proteína através de espectrofotometria se baseia nas propriedades de

Leia mais

Neste caso, diz-se que a reação é de primeira ordem, e a equação pode ser resolvida conforme segue abaixo:

Neste caso, diz-se que a reação é de primeira ordem, e a equação pode ser resolvida conforme segue abaixo: 1. Introdução Cinética Química A termodinâmica indica a direção e a extensão de uma transformação química, porém não indica como, nem a que velocidade, uma reação acontece. A velocidade de uma reação deve

Leia mais

SURFACE DX A R E A S U P E R F I C I A L R Á P I D A B E T A N A L I S A D O R D E A L T A V E L O C I D A D E E P E R F O R M A N C E

SURFACE DX A R E A S U P E R F I C I A L R Á P I D A B E T A N A L I S A D O R D E A L T A V E L O C I D A D E E P E R F O R M A N C E SURFACE DX A R E A S U P E R F I C I A L R Á P I D A B E T A N A L I S A D O R D E A L T A V E L O C I D A D E E P E R F O R M A N C E I N T R O D U Ç Ã O A área superficial específica e a distribuição

Leia mais

5 MATERIAIS E MÉTODOS

5 MATERIAIS E MÉTODOS - 93-5 MATERIAIS E MÉTODOS 5.1. Preparação da emulsão sintética Para preparar um litro de emulsão sintética misturaram-se 3g de óleo lubrificante Shell Talpa 30 e água destilada, através de um misturador

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A DIATOMITA E VERMICULITA NO PROCESSO DE ADSORÇÃO VISANDO APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS PRODUZIDAS

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A DIATOMITA E VERMICULITA NO PROCESSO DE ADSORÇÃO VISANDO APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS PRODUZIDAS ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A DIATOMITA E VERMICULITA NO PROCESSO DE ADSORÇÃO VISANDO APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS PRODUZIDAS André Luís Novais Mota; Antônio Kennedy da Silveira Brito; Amyllys Layanny

Leia mais

5. Resultados e Discussão

5. Resultados e Discussão 47 5. Resultados e Discussão 5.1.1. Faixa de trabalho e Faixa linear de trabalho As curvas analíticas obtidas são apresentadas na Figura 14 e Figura 16. Baseado no coeficiente de determinação (R 2 ) encontrado,

Leia mais

1º SIMULADO DISCURSIVO IME QUÍMICA

1º SIMULADO DISCURSIVO IME QUÍMICA QUÍMICA Questão 1 A partir do modelo da Repulsão por Pares Eletrônicos da Camada de Valência (RPECV), identifique as geometrias moleculares das espécies químicas abaixo e, com base nelas, classifique cada

Leia mais

Protocolo de extração de DNA de tecido vegetal: (Doyle & Doyle, 1987)

Protocolo de extração de DNA de tecido vegetal: (Doyle & Doyle, 1987) Protocolo de extração de DNA de tecido vegetal: (Doyle & Doyle, 1987) PROCEDIMENTOS 1. Preparo do Material» Primeiro verifique se todas as soluções estão preparadas;» Ligue o banho-maria a 65ºC;» Prepare

Leia mais

Vantagens das colunas SEC Agilent AdvanceBio para análises biofarmacêuticas

Vantagens das colunas SEC Agilent AdvanceBio para análises biofarmacêuticas Vantagens das colunas SEC Agilent AdvanceBio para análises biofarmacêuticas Comparação de colunas de diferentes fornecedores para melhorar a qualidade dos dados Descrição técnica Introdução A cromatografia

Leia mais

MF-0419.R-1 - MÉTODO COLORIMÉTRICO DE DETERMINAÇÃO DE CIANETO TOTAL

MF-0419.R-1 - MÉTODO COLORIMÉTRICO DE DETERMINAÇÃO DE CIANETO TOTAL MF-0419.R-1 - MÉTODO COLORIMÉTRICO DE DETERMINAÇÃO DE CIANETO TOTAL Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 0042 de 04 de janeiro de 19. Publicado no DOERJ de 16 de março de 1979. 1. OBJETIVO O objetivo

Leia mais

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES II

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES II EXTRAÇÃO COM SOLVENTES II (Quimicamente Ativa) Discentes: Ana Carolina G. V. Carvalho Laisa dos Santos Lípari Docentes: Profª. Amanda Coelho Danuello Prof.Dr. José Eduardo de Oliveira Prof.Dr. Leonardo

Leia mais

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Introdução a Química Analítica Instrumental Parte 2

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Introdução a Química Analítica Instrumental Parte 2 Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas Depto. de Química QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental Aula 1 Introdução a Química Analítica Instrumental Parte

Leia mais

Variável (número da variável) Símbolo para variável (-) (+) Emulsão com Triton X-100 Oxigênio (1) a X 1 sem com Quantidade de amostra (2)

Variável (número da variável) Símbolo para variável (-) (+) Emulsão com Triton X-100 Oxigênio (1) a X 1 sem com Quantidade de amostra (2) 95 5 Resultados e discussão: Comparação entre dois procedimentos de emulsificação para a determinação de Cr, Mo, V e Ti em óleo diesel e óleo combustível por ICP OES utilizando planejamento fatorial Neste

Leia mais

Departamento de Bioquímica Instituto de Química USP EXERCÍCIOS BIOQUÍMICA EXPERIMENTAL QBQ 0316N Professores. Carlos T. Hotta Ronaldo B.

Departamento de Bioquímica Instituto de Química USP EXERCÍCIOS BIOQUÍMICA EXPERIMENTAL QBQ 0316N Professores. Carlos T. Hotta Ronaldo B. Departamento de Bioquímica Instituto de Química USP EXERCÍCIOS BIOQUÍMICA EXPERIMENTAL QBQ 0316N 2016 Professores Carlos T. Hotta Ronaldo B. Quaggio 1 1. Um extrato de proteínas foi obtido a partir da

Leia mais

Determinação Potenciométrica de Cloridrato de Hidroxizina em Formulações Farmacêuticas

Determinação Potenciométrica de Cloridrato de Hidroxizina em Formulações Farmacêuticas Determinação Potenciométrica de Cloridrato de Hidroxizina em Formulações Farmacêuticas Pedro Henrique Cotrim Cunha (IC), Viviane Gomes Bonifacio (PQ)* viviane.bonifacio@ueg.br Rodovia BR 153, 3105 - Fazenda

Leia mais

ESTUDO DA CINÉTICA DA HIDRÓLISE ÁCIDA DO ACETATO DE ETILA.

ESTUDO DA CINÉTICA DA HIDRÓLISE ÁCIDA DO ACETATO DE ETILA. ESTUDO DA CINÉTICA DA HIDRÓLISE ÁCIDA DO ACETATO DE ETILA. Glauber Silva Godoi Aula 14 META Desenvolver no aluno a capacidade de extrair informações quanto aos parâmetros cinéticos de uma reação a partir

Leia mais

CATÁLOGO DE KITS DE EXTRAÇÃO

CATÁLOGO DE KITS DE EXTRAÇÃO CATÁLOGO DE KITS DE EXTRAÇÃO KITS DE EXTRAÇÃO BIOPUR A extração de DNA é o primeiro passo para diferentes procedimentos na Biologia Molecular. Este processo é parte fundamental para se obter alta eficiência

Leia mais

Exercício 1. Calcule a concentração dos reagentes listados abaixo em mol L -1 Tabela 1. Propriedades de ácidos inorgânicos e hidróxido de amônio.

Exercício 1. Calcule a concentração dos reagentes listados abaixo em mol L -1 Tabela 1. Propriedades de ácidos inorgânicos e hidróxido de amônio. ATIVIDADE 2 - CÁLCULO DE CONCENTRAÇÃO Exercício 1. Calcule a concentração dos reagentes listados abaixo em mol L -1 Tabela 1. Propriedades de ácidos inorgânicos e hidróxido de amônio. Exercício 2. Calcule

Leia mais

Catálogo de Kits de Extração

Catálogo de Kits de Extração Catálogo de Kits de Extração Kits de Extração Biopur A extração de DNA é o primeiro passo para diferentes procedimentos na Biologia Molecular. Este processo é parte fundamental para se obter alta eficiência

Leia mais

Experimento 03: Cinética Química

Experimento 03: Cinética Química Experimento 03: Cinética Química 1 OBJETIVO - Verificar alguns fatores que influenciam na velocidade das reações químicas: temperatura, superfície de contato e efeito do catalisador. 2 INTRODUÇÃO A cinética

Leia mais

ESTUDO DE ADSORÇÃO DE COBRE II UTILIZANDO CASCA DE ABACAXI COMO BIOMASSA ADSORVENTE

ESTUDO DE ADSORÇÃO DE COBRE II UTILIZANDO CASCA DE ABACAXI COMO BIOMASSA ADSORVENTE ESTUDO DE ADSORÇÃO DE COBRE II UTILIZANDO CASCA DE ABACAXI COMO BIOMASSA ADSORVENTE G. N. DOURADO 1 ; S. M. MACEDO 1 e A. K. C. L. LOBATO 1,* 1 Universidade Salvador UNIFACS, Escola de Arquitetura, Engenharia

Leia mais

Anthony Bryan Araújo de Freitas (1); Nathália Stefane Gomes Tavares (2); Ana Maria Araújo de Freitas (3); Henrique John Pereira Neves (4)

Anthony Bryan Araújo de Freitas (1); Nathália Stefane Gomes Tavares (2); Ana Maria Araújo de Freitas (3); Henrique John Pereira Neves (4) TRATAMENTO DE ÁGUA CONTAMINADA PELA BACTÉRIA Pseudomonas aeruginosa POR ADSORÇÃO USANDO CARVÃO ATIVADO: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO ph, MASSA DE ADSORVENTE E AGITAÇÃO Anthony Bryan Araújo de Freitas (1); Nathália

Leia mais

-0,1-0,2-0,3-0,4-0,5. 0, mol contidos na alíquota de 10 ml. 0,00525 mol contidos no balão de 100 ml. M = 72,0 g/mol

-0,1-0,2-0,3-0,4-0,5. 0, mol contidos na alíquota de 10 ml. 0,00525 mol contidos no balão de 100 ml. M = 72,0 g/mol 1) Um ácido monoprótico puro desconhecido foi analisado por titulação potenciométrica. Para isso,,378g do ácido foi dissolvido em água e o volume foi completado até 1,mL. Uma alíquota de 1, ml do ácido

Leia mais

Poliéster-toner: plataforma alternativa para aplicações microfluídicas

Poliéster-toner: plataforma alternativa para aplicações microfluídicas 23/01/2013 Universidade Federal de Goiás Instituto de Química Programa de Pós-Graduação em Química Poliéster-toner: plataforma alternativa para aplicações microfluídicas Ellen Flávia Moreira Gabriel Disciplina

Leia mais

3 Síntese e Deposição de Nanopartículas

3 Síntese e Deposição de Nanopartículas 3 Síntese e Deposição de Nanopartículas O efeito de Ressonância de Plasmon de Superfície Localizado (LSPR), característico de nanopartículas metálicas, pode ser detectado a partir de um pico no espectro

Leia mais

REAÇÕES ENDOTÉRMICAS E EXOTÉRMICAS

REAÇÕES ENDOTÉRMICAS E EXOTÉRMICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA - DISCIPLINA QUÍMICA I Prof. Dr. Moacir Cardoso Elias, Prof. Dr. Leonardo Nora, Pós-Doc Fabiana Roos

Leia mais

UTILIZAÇÃO DA REAÇÃO FOTO-FENTON PARA REMEDIAÇÃO DE EFLUENTE FENÓLICO EM REATOR PARABÓLICO

UTILIZAÇÃO DA REAÇÃO FOTO-FENTON PARA REMEDIAÇÃO DE EFLUENTE FENÓLICO EM REATOR PARABÓLICO UTILIZAÇÃO DA REAÇÃO FOTO-FENTON PARA REMEDIAÇÃO DE EFLUENTE FENÓLICO EM REATOR PARABÓLICO José Daladiê Barreto da Costa Filho; Gabriel Henrique Moreira Gomes; Osvaldo Chiavone-Filho Universidade Federal

Leia mais

USO DA SEMENTE DE MORINGA OLEIFERA NO TRATAMENTO DE EFLUENTES DE OFICINAS MECÂNICAS.

USO DA SEMENTE DE MORINGA OLEIFERA NO TRATAMENTO DE EFLUENTES DE OFICINAS MECÂNICAS. USO DA SEMENTE DE MORINGA OLEIFERA NO TRATAMENTO DE EFLUENTES DE OFICINAS MECÂNICAS. Antônio José da Silva Sousa 1, Erbênia Lima de Oliveira 2, Regina Célia Pereira Marques 3, Maria Joceli Noronha de Andrade

Leia mais

PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULOS DE TEORES DE METABÓLITOS VEGETAIS BIB0315 METABÓLITOS VEGETAIS ANTONIO SALATINO 22/09/2016

PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULOS DE TEORES DE METABÓLITOS VEGETAIS BIB0315 METABÓLITOS VEGETAIS ANTONIO SALATINO 22/09/2016 PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULOS DE TEORES DE METABÓLITOS VEGETAIS BIB0315 METABÓLITOS VEGETAIS ANTONIO SALATINO 22/09/2016 UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS 1. g L -1 mg L -1 µg L -1 2. mg g -1 µg g

Leia mais