26/03/2015 VALIDAÇÃO CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DA QUALIDADE RDC 899/2003. Por que validar? OBJETIVO DA VALIDAÇÃO:
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- Kléber Isaac de Barros Fialho
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1 VALIDAÇÃO CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DA QUALIDADE RDC 899/2003 VALIDAÇÃO: ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. (RDC 7/200) A validação do método é feita para garantir que a metodologia analítica é exata, reprodutível e flexível sobre uma faixa específica que uma substância será analisada. É uma avaliação que garante a conformidade com as exigências legais ou fim proposto (interesse de terceiros) do método analítico. Profa. Priscila Torres - Atendimento às BPF; Por que validar? - Cumprimento às normas das agências regulatórias (ANVISA E OUTRAS); - Rastreabilidade dos resultados; - Garantir integridade, segurança e confiabilidade dos produtos. VALIDAÇÃO ATOS DOCUMENTADOS - Prospectiva: realização de testes para avaliar se um novo sistema, processo, equipamento ou instrumento, a ser usado, satisfaz as expectativas de desempenho. - Retrospectiva: revisão e análise de registros, atestando que um sistema, processo, equipamento ou instrumento, já em uso, satisfaz as expectativas de desempenho. - Revalidação: execução de um plano de testes quando é necessário modificar o sistema, processo, mudança de equipamento ou instrumento. OBJETIVO DA VALIDAÇÃO: O objetivo da validação de um método analítico é demonstrar que é adequado para o seu propósito, assegurando resultados reprodutíveis e confiáveis Depende muito do analista - critérios Arco e Flecha!!! Onde deve ser aplicado a validação? - Testes de controle de matéria-prima; - Testes de controle executados em fases intermediárias do processo de fabricação; - Testes de controle de produto acabado; - Testes de estabilidade. OBS. Cada novo teste tem que ser validado e revalidado durante os testes de rotina.
2 I II Categoria Categorias de ensaios Farmacopéia e RDC 899 Finalidade do teste Testes quantitativos para determinação do princípio ativo em produtos farmacêuticos ou matérias-primas. Testes quantitativos ou ensaio limite para determinação de impurezas e produtos de degradação em produtos farmacêuticos e matérias-primas. III Testes de performance (Ex: dissolução, liberação do ativo - desintegração) IV Testes de identificação Etapas envolvidas Seleção do método (literatura, novo) Desenvolvimento do método analítico Validação do método Especificidade Lineariedade Precisão / Repetibilidade Limite de detecção Exatidão Robustez Utilização do método validado ANVISA: RESOLUÇÃO RE Nº 899 de 29 de MAIO de ANTES DE VALIDAR: VAMOS À VALIDAÇÃO! -Equipamento e materiais: CALIBRADOS!!! - Analistas: qualificados e treinados; - Utilizar substâncias químicas de referências oficiais: espécie com estabilidade e natureza confiáveis, para análise quali e quantitativa, permite comparação entre as espécies analisadas, além de ser parâmetro de exatidão. MÉTODOS ANALÍTICOS: ESPECTROFOTOMETRIA CROMATOGRAFIA E OUTROS PROCEDIMENTO: REFERE-SE A FORMA DE REALIZAR UMA ANÁLISE. DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PASSOS NECESSÁRIOS PARA DESEMPENHAR CADA TESTE ANALÍTICO. ATRIBUTOS: ESPECIFICIDADE LINEARIEDADE EXATIDÃO LIMITE DE DETECÇÃO LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO REPRODUTIBILIDADE ROBUSTEZ PRINCIPAIS ATRIBUTOS - - EXATIDÃO - - REPRODUTIBILIDADE (ROBUSTEZ) - REPETIBILIDADE - ESPECIFICIDADE (SELETIVIDADE) - LIMITE DE DETECÇÃO - LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO ESPECIFICIDADE / SELETIVIDADE Capacidade do método em determinar o analito na presença de componentes (impurezas, produtos de degradação) que podem interferir na análise. Demonstra que o resultado do teste não é afetado por esses materiais. Determinada por: - Comparação dos resultados obtidos na análise da amostra com os resultados obtidos na análise de um padrão. % concordância = teor do padrão x 00 teor da amostra -Valores > 00%: possíveis interferentes podem estar contribuindo para aumento do sinal analítico. - Valores < 00%: possíveis interferentes podem estar suprindo o sinal analítico. 2
3 ESPECIFICIDADE / SELETIVIDADE - Para análise qualitativa (teste de identificação) a seletividade deve ser confirmada pela comparação de resultados: *positivos em amostras contendo o fármaco (amostra referência). *negativos obtidos com amostras que não contém o fármaco. - Para análise quantitativa (teor) e análise de impurezas, a especificidade pode ser determinada pela comparação dos resultados obtidos de amostras (fármaco ou medicamento) contaminadas com quantidades apropriadas de impurezas ou excipientes e amostras não contaminadas, para demonstrar que o resultado do teste não é afetado por esses materiais. É a capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração do analito na amostra, dentro de um intervalo especificado. Determinada por análise de 5 concentrações diferentes do padrão e construção da curva analítica Equação da reta. (RES. 899/2003) Absorbância 0,35 0,30 0,25 0,20 0,5 Sinal analítico 0 0, 0,2 0,3 0,4 0,5 (concentração) Seleção dos pontos Diluições Concentrações finais Análise Curva de calibração por diluição da solução mãe Métodos: Espectrofotometria Soluçãomãe Absorbância,2 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Equação da reta: y = bx + a 0 0, 0,2 0,3 0,4 0,5 (concentração) Y= 0,06.x + 0,0068 R²= 0,9993 Regressão linear Coeficiente de correlação linear b = coeficiente angular (inclinição da reta) a = coeficiente linear (intercepto da curva) x = concentração da amostra y = sinal (espectro = abs, cromatóg. = área/pico) R = coeficiente de correlação linear, relação de x e y na curva. VALOR IDEAL = e - (quanto mais próximo maior a relação linear = aceitáveis de 0,99 a,0) INTERVALO OU FAIXA LINEAR - É a faixa entre os limites de quantificação superior e inferior. - É derivado do estudo de linearidade e depende da aplicação pretendida do método (Determinação quantitativa do analito em matérias-primas ou em formas farmacêuticas, Determinação de impurezas, Uniformidade de conteúdo, Ensaio de dissolução). -É estabelecido pela confirmação de que o método apresenta exatidão, precisão e linearidade adequados quando aplicados a amostras contendo quantidades de substâncias dentro do intervalo especificado. LIMITE DE DETECÇÃO - Menor concentração que pode ser detectada. - O limite de detecção é estabelecido por meio da análise de soluções de concentrações conhecidas e decrescentes do analito, até o menor nível detectável. - No caso de métodos não instrumentais (CCD, titulação, comparação de cor), esta determinação pode ser feita visualmente, onde o limite de detecção é o menor valor de concentração capaz de produzir o efeito esperado (mudança de cor, turvação, etc). - No caso de métodos instrumentais (CLAE, CG, absorção atômica), a estimativa do limite de detecção pode ser feita com base na relação de 3 vezes o ruído da linha de base. Pode ser determinado pela equação LD = DPa x 3 IC DPa: desvio padrão do intercepto com o eixo do y de 3 curvas construídas com concentrações do fármaco próximas ao limite de quantificação. IC: inclinação da curva. 3
4 SENSIBILIDADE - Quanto o método é capaz de discriminar amostras com teores semelhantes ao analito. - Depende da inclinação da curva de calibração. LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO - É a menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada com precisão e exatidão aceitáveis sob as condições experimentais estabelecidas. Sinal Método a Θ = 45º Método b PS. Quanto mais sensível o método, mais próximo de 45º é a reta. LD = DPa x 0 IC DPa: desvio padrão do intercepto com o eixo do y de 3 curvas construídas com concentrações do fármaco próximas ao limite de quantificação. IC: inclinação da curva Concentração EXATIDÃO E Exatidão: valor obtido é muito próximo ao valor real. Precisão: concordância entre valores. Determinada por: EXATIDÃO -Análise do padrão de referência (concentração exatamente conhecida) e comparação com os resultados obtidos na determinação da amostra. - Comparação dos resultados usando métodos diferentes e validados. - Determinada após estabelecer a linearidade e seletividade do método. - No mínimo 9 determinações entre intervalo linear do procedimento, ou seja: Preciso e Inexato Preciso e Exato Impreciso e Inexato * 3 concentrações (baixa, média e alta) * 3 réplicas cada. Exatidão = concentração média experimental x 00 concentração teórica BOA EXATIDÃO = VALORES ENTRE 95 05% (pode variar conforme a monografia) (REPETIBILIDADE) É a avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Esta é considerada em três níveis:. Repetibilidade = Precisão intra-corrida: concordância entre os resultados dentro de um curto período de tempo. Mesmo analista e mesma instrumentação. É verificada por, no mínimo, 9 determinações, do intervalo linear do método, ou seja: *3 concentrações (baixa, média e alta) * com 3 réplicas cada 2. Precisão intermediária = precisão inter-corridas: concordância entre os resultados. Do mesmo laboratório, mas obtidos em dias diferentes, com analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes. Para a determinação da precisão intermediária recomenda-se um mínimo de 2 dias diferentes com analistas diferentes. 4
5 3. Reprodutibilidade = precisão inter-laboratorial: concordância entre os resultados. A precisão de um método analítico pode ser expressa como desvio padrão relativo ou coeficiente de variação (DPR ou CV) de uma série de medidas. Em laboratórios diferentes como em estudos colaborativos, geralmente aplicados à padronização de metodologia analítica, por exemplo, para inclusão de metodologia em farmacopéias. DPR ou CV = DP x 00 CMD DP = desvio padrão CMD = concentração média determinada Parâmetros (pode variar conforme a monografia específica): Precisão instrumental CV < 2% = indica boa precisão Precisão intra-corrida do método CV <5% = indica boa repetibilidade Precisão inter-corrida do método CV < 5% = indica boa repetibilidade ROBUSTEZ - É a medida da capacidade de um método em resistir a pequenas variações dos parâmetros analíticos. - Indica sua confiança durante o uso normal. - Durante o desenvolvimento da metodologia, deve-se considerar a avaliação da robustez. Constatando-se a susceptibilidade do método à variações nas condições analíticas, estas deverão ser controladas e precauções devem ser incluídas no procedimento. EX:Manter padrão protegido da luz; manter reagentes com temperatura controlada. Fatores que devem ser considerados na determinação da robustez dos métodos analíticos. Preparo das Amostras Espectrofotometria Líquida Gasosa Estabilidade das soluções analíticas Tempo de extração Variação do ph da solução Diferentes fabricantes de solventes Variação do ph da fase móvel Variação na composição da fase móvel Diferentes lotes ou fabricantes de colunas Fluxo da fase móvel Diferentes lotes ou fabricantes de colunas Velocidade do gás de arraste Não ter validação é ter apenas um número, não um resultado. Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes. O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos. Albert Einstein 5
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