Alternativas à Regressão Logística para análise de dados

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Alternativas à Regressão Logística para análise de dados"

Transcrição

1 XVIII Congresso Mundial de Epidemiologia VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia EIDEMIOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DA SAÚDE ARA TODOS: MÉTODOS ARA UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO Alternativas à Regressão Logística para análise de dados rof. Álvaro Vigo rograma de ós-graduação em Epidemiologia, Departamento de Estatística - UFRGS

2 Estimação de Razão revalência (R) e Risco Relativo (RR) em Desfechos Dicotômicos Comuns

3 Motivação esquisa clínica ou epidemiológica estimar risco Desfechos comuns freqüentes Métodos para doenças raras desfechos comuns Regressão logística (RC ajustada) Interpretação como RR ~ verdadeira quando desfecho < % Correção de Zhang & Yu (998) Estimativa do RR ajustado Viciado

4 Motivação Estudos demonstram que o uso da regressão logística não é indicado para estudos transversais e de coorte, Questão conceitual potencial interpretação de RC como RR ou R (pelo autor? pelo leitor?) RC superestima ou subestima RR ou R quando o desfecho é comum (> %)

5 Estudo Transversais Razão de prevalência (R) (prevalence ratio) Razão de chances de prevalência (RC) (prevalence odds ratio) Cálculo de R é idêntico ao RR Cálculo de e RC é idêntido a RC

6 Notação Fator de risco resente Doença Ausente Total Exposto p p (- ) p Não exposto q q (- ) q Total p + q p (- ) + q (- ) p proporção de expostos ao fator de risco q proporção de não expostos ao fator de risco proporção de indivíduos expostos que desenvolvem a doença (risco de doença entre expostos) proporção de indivíduos não expostos que desenvolvem a doença (risco de doença entre não expostos)

7 Risco Relativo (Coorte) Fator de risco resente Doença Ausente Total Exposto p p (- ) p Não exposto q q (- ) q Total p + q p (- ) + q (- ) Risco de doença entre os expostos p ( Doente Exposto) p Risco de doença entre os não expostos q Doente Não exp osto q ( ) Risco de doença entre expostos Risco Relativo Risco de doença entre não expostos

8 Razão de revalência (Transversal) Fator de risco resente Doença Ausente Total Exposto p p (- ) p Não exposto q q (- ) q Total p + q p (- ) + q (- ) revalência da doença entre os expostos p ( Doente Exposto) p revalência da doença entre os não expostos q Doente Não exp osto q ( ) revalência da doença entre expostos Razão de revalência revalência da doença entre não expostos

9 Razão de Chances Fator de risco resente Doença Ausente Total Exposto p p (- ) p Não exposto q q (- ) q Total p + q p (- ) + q (- ) robabilidade de exposição entre os doentes ( Exposto Doente) p p + q robabilidade de exposição entre os não doentes ( Exposto Não doente) p p( ) ( ) + q( )

10 Razão de Chances Fator de risco resente Doença Ausente Total Exposto p p (- ) p Não exposto q q (- ) q Total p + q p (- ) + q (- ) RC p p p + q p p + q p( ) ( ) + q( ) p( ) p( ) + q( ) p q p q ( ) ( ) ( ) ( )

11 RR ou R x RC e pequenos RC RR R

12 RR ou R x RC Razão de Chances Fonte: Zhang, J & Yu, KF - JAMA 998;28:69-69

13 Contexto Multivariável Fator de risco resente Doença Ausente Total Exposto (,x,x ) E 2,...,x p p ( E,x) [ ( E,x) ] p p Não exposto (,x,x ) E 2,...,x p q ( E,x) [ ( E,x)] q q RR ( E, x) ( E, x) RC ( E, x) ( E, x) ( E, x) ( E, x)

14 Regressão Logística RC RR Desfecho raro (<%) Risco constante entre grupos Caso-controle RR ou R não podem ser estimados Ajuste por confundimento Interpretar RC como RR ou R? Desfecho comum conversão Zhang & Yu Viés, inconsistência (viés não diminui com n) Métodos alternativos

15 Conversão de Zhang & Yu incidência (prevalência) do desfecho no grupo não exposto RC razão de chances ajustada, estimada por RL RR (R) estimado corrigido R RR RC ( ) + ( RC) IC(-α) % para RR corrigido aplicar fórmula acima nos limites de confiança do IC da RC

16 Conversão de Zhang & Yu Estimativas viesadas (confundimento) Não considera a relação mais complexa da incidência da doença nos distintos padrões de covariáveis Estimativas inconsistentes (vício não diminui com n) ICs viciados (não considera a covariância entre as estimativas de incidência e da RC falsa precisão) Balanço entre simplicidade e precisão Não recomendada (decisões clínicas, programas de intervenção ou tratamentos)

17 Métodos Alternativos Análise estratificada Modelagem Modelo de Cox com tempo constante Regressão de oisson Regressão de oisson modificada Modelo log-binomial Modelo complementar log-log

18 Modelo de Cox com tempo constante Tempo de seguimento igual para todos os indivíduos h Distribuição subjacente oisson Desfecho distribuição binomial Superestima a variância Erro padrão grande amplitude IC grande Estimativa de variância robusta Equivalente à Regressão de oisson com desfecho dicotômico ( t, x) h ( t ) exp ( β x + β x β ) 2 2 p x p

19 Regressão de oisson Aplicada a um desfecho dicotômico Distribuição do erro é oisson Superestima erro binomial Erro padrão grande amplitude IC grande arâmetro de escala ajustado (DEVIANCE, EARSON) Estimativa de variância robusta ( sandwich estimator ) R modificada equivalente ao modelo de Cox com tempo constante e variância robusta

20 Modelo log-binomial Distribuição do erro é binomial RR ou R ajustado não viciado Amplitude do IC pode ser menor do que a verdadeira Convergência? ln Y ( x) β x + β 2 x β p x p R i RR i exp ( β ) i

21 Modelo complementar log-log Distribuição do erro é binomial RR ou R ajustado não viciado Assume taxa da doença constante no tempo ln ( ln ( ( Y x) ) β x + β 2 x β p x p R i RR i exp ( β ) i

22 Ilustrações Empíricas Martuzzi, M & Elliott,, AE, Vol,8 (), 998,

23 Ilustrações Empíricas Martuzzi, M & Elliott,, AE, Vol,8 (), 998, Estudo transversal com 4395 crianças, Inglaterra Objetivos Estimar a prevalência de asma e outros sintomas respiratórios (aumenta com a idade) Estimar a taxa de incidência (λ) subjacente da ocorrência do primeiro episódio respiratório ara o i-ésimo indivíduo p ( x ) e i λ t i onde t i é o tempo do estudo (idade)

24 Ilustrações Empíricas Martuzzi, M & Elliott,, AE, Vol,8 (), 998, O componente ln t i é especificado como offset, tal que o modelo pode ser escrito como ln ( ln( p( x ))) ( ) ( ) i ln ti + lnλ α + β xi β i expressa a mudança no ln λ associada com o preditor e não depende da inclusão ou não do offset Este modelo pode ser útil para estimar taxas e razões de taxas em estudos transversais

25 Ilustrações Empíricas Martuzzi, M & Elliott,, AE, Vol,8 (), 998, resença de chiado em 4395 crianças no estudo de Huddersfield, UK, por sexo. Homens Total SEXO Mulheres Número de crianças Com chiado Sem chiado Total

26 Método Ilustrações Empíricas Estimativa da Razão de revalência* IC 95% RC (Mantel-Haenszel) R (Mantel-Haenszel) Regressão logística oisson / Cox** oisson (Deviance) oisson (earson) oisson Robusta Log-binomial Complementar log-log Zhang & Yu * Masculino x Feminino ** Sem variância robusta Razão de taxas de incidência,6766,443,6766,443,443,443,443,443,547,444,47 -,92,35 -,588,47 -,92,2893 -,692,38 -,585,325 -,586,35 -,589,35 -,589,384 -,7293,397,5659

27 Ilustrações Empíricas A diferença entre as estimativas de razão de prevalência,443 e a razão de taxa de incidência,547 reflete a relação linear entre a prevalência e a incidência, segundo a equação p ( x ) e i λ t i

28 Ilustrações Empíricas

29 Ilustrações Empíricas Regressão de oisson Robusta

30 Ilustrações Empíricas Modelo Log-binomial

31 Ilustrações Empíricas Modelo Complementar Log-log Modelo Log-binomial com linkcloglog

32 Resumo do Resultados Empíricos Regressão logística superestima R Regressão de oisson & Cox Estimativas pontuais iguais IC diferentes Modificada (com variância robusta) mais precisa Modelo Log-binomial Estimativas pontuais menores Amplitude do IC menor (verdadeiros?) Correção de Zhang & Yu (víés,, menor precisão) Consistentes (literatura + simulações)

33 Estudos de Simulação McNutt, L-A et al Am J Epidemiol 23;57: Cox com tempo constante (não é com variância robusta)

34 Skov, T et al Int J Epidemiol 998;27: Log-binomial Estudos de Simulação Regressão logística com variância robusta (GEE-logistic model) Modelo de Cox com tempo constante oisson sem variância robusta

35 Conclusões Correção de Zhang & Yu não recomendada Modelos sem variância robusta (Cox, oisson, RL) Estimativas pontuais corretas Superestimam erro padrão Amplitude do IC robabilidade do erro tipo I incorreta Modelos com variância robusta (Cox, oisson, GEE-logistic logistic) Estimativas pontuais corretas Variâncias usualmente diferentes (< ) Modelo Log-binomial Estimativa pontual correta robabilidade do erro tipo I correta Não convergência

36 Recomendações Modelo Log-binomial Regressão de oisson modificada Modelo GEE-logistic Não usar correção de Zhang & Yu

37 Modelos usuais, delineamento do estudo e medida de associação Modelo Regressão de oisson Log-binomial Complementar log-log Regressão logística Coorte Delineamento Coorte (pessoa-anos, com offset) Transversal Coorte Transversal Transversal Caso-controle Coorte Transversal Medida de Associação Risco relativo (RR) Razão de taxas de incidência (IRR) Razão de prevalência (R) Risco relativo (RR) Razão de prevalência (R) Razão de taxas de incidência (IRR) Razão de chances (RC)

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ESTIMAÇÃO DE RISCO RELATIVO E RAZÃO DE PREVALÊNCIA COM DESFECHO BINÁRIO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ESTIMAÇÃO DE RISCO RELATIVO E RAZÃO DE PREVALÊNCIA COM DESFECHO BINÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ESTIMAÇÃO DE RISCO RELATIVO E RAZÃO DE PREVALÊNCIA COM DESFECHO BINÁRIO

Leia mais

diferença não aleatória na distribuição dos fatores de risco entre os dois grupos

diferença não aleatória na distribuição dos fatores de risco entre os dois grupos Confundimento erro devido a uma diferença não aleatória na distribuição dos fatores de risco entre os dois grupos. A variável de confundimento está distribuída desigualmente entre os grupos comparados.

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Princípios de Bioestatística Medidas de efeito: Risco Relativo e Razão de Chances Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1 / 19 2 / 19 Medidas de Efeito

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia Geral HEP 141. Maria Regina Alves Cardoso

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia Geral HEP 141. Maria Regina Alves Cardoso UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia Geral HEP 141 Maria Regina Alves Cardoso 2017 INTERPRETAÇÃO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Vamos considerar... Causa: uma característica ou evento que produz ou influencia

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Princípios de Bioestatística Aula 3: Medidas de Associação entre Variáveis Qualitativas: Risco Relativo Razão

Leia mais

Análise de Dados Categóricos Tabelas 2 2

Análise de Dados Categóricos Tabelas 2 2 1/49 Análise de Dados Categóricos Tabelas 2 2 Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/49 Tabela 2 2: Exemplo Exemplo: Fischl et al. (1987) publicaram o primeiro relato de um ensaio clínico

Leia mais

Medidas de efeito e associação em epidemiologia

Medidas de efeito e associação em epidemiologia Medidas de efeito e associação em epidemiologia Objetivo central da pesquisa epidemiológica: identificação de relações causais entre exposições (fatores de risco ou proteção) e desfechos (doenças ou medidas

Leia mais

Medidas de Associação-Efeito. Teste de significância

Medidas de Associação-Efeito. Teste de significância Medidas de Associação-Efeito Teste de significância 1 O método Epidemiológico estudos descritivos Epidemiologia descritiva: Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado à saúde-doença

Leia mais

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão.

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Glossário Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Análise de co-variância: Procedimento estatístico utilizado para análise de dados que

Leia mais

Introdução à Regressão Logística Quantílica

Introdução à Regressão Logística Quantílica UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Introdução à Regressão Logística Quantílica Autor: Tiago Buchweitz Correa Orientador: Professor

Leia mais

ESTUDOS SECCIONAIS. Não Doentes Expostos. Doentes Expostos. Doentes Não Expostos. Não Doentes Não Expostos

ESTUDOS SECCIONAIS. Não Doentes Expostos. Doentes Expostos. Doentes Não Expostos. Não Doentes Não Expostos ESTUDOS SECCIONAIS ESTUDOS SECCIONAIS Doentes Expostos Doentes Não Expostos Não Doentes Expostos Não Doentes Não Expostos Frequencias de doença e exposição observadas em um estudo seccional Frequencias

Leia mais

Epidemiologia Analítica

Epidemiologia Analítica Epidemiologia Analítica Validade interna dos estudos observacionais Site: www.epi.uff.br Tipo de estudos epidemiológicos observacionais A) Transversal: causa (exposição) e efeito (desfecho) são mensurados

Leia mais

Modelo marginal de odds proporcionais para dados longitudinais: um estudo de simulação

Modelo marginal de odds proporcionais para dados longitudinais: um estudo de simulação Modelo marginal de odds proporcionais para dados longitudinais: um estudo de simulação Nívea B. da Silva 1 Enrico A. Colosimo 2 Leila A. F. Amorim 3 1 Introdução Nos últimos anos muitas metodologias têm

Leia mais

Medidas de Associação em Epidemiologia

Medidas de Associação em Epidemiologia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Medidas de Associação em Epidemiologia Prof. Fredi Alexander Diaz Quijano Departamento Epidemiologia FSP E-mail: frediazq@msn.com Comparando riscos: 30% 25% 20% 15% 10% 5% Incidência

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS TRANSVERSAIS

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS TRANSVERSAIS UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS TRANSVERSAIS 2018 - I www.epi.uff.br Prof Cynthia Boschi Epidemiologia analítica Objetivos:

Leia mais

Tipos de estudos epidemiológicos

Tipos de estudos epidemiológicos Tipos de estudos epidemiológicos Vítor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Laboratório de Epidemiologia Veterinária - EpiPlan Objetivos da aula

Leia mais

Seqüência comum dos estudos

Seqüência comum dos estudos FMRP - USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente Seqüência comum dos estudos Relatos de casos Reconhecem o problema ESTUDOS DE CASO-CONTROLE Masirisa Mus 2017 Estudos descritivos

Leia mais

Métodos para estimar razão de prevalência em estudos de corte transversal

Métodos para estimar razão de prevalência em estudos de corte transversal Leticia M S Coutinho I,II Marcia Scazufca II,III Paulo R Menezes I,II Métodos para estimar razão de prevalência em estudos de corte transversal Methods for estimating prevalence ratios in cross-sectional

Leia mais

RPP Estudos observacionais. Seqüência comum dos estudos ESTUDOS DE CASO-CONTROLE

RPP Estudos observacionais. Seqüência comum dos estudos ESTUDOS DE CASO-CONTROLE RPP 5722 2014 69 FMRP - USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente ESTUDOS DE CASO-CONTROLE Heloisa Bettiol 2011 Modelos de estudos de investigação científica em clínica e epidemiologia

Leia mais

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Padrão Pontual

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Padrão Pontual Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Estatística espacial Padrão Pontual Padrão de Pontos A análise de padrão de pontos, é o tipo mais simples de análise

Leia mais

Utilização de estratificação e modelo de regressão logística na análise de dados de estudos de caso-controle. Fabiana Grifante

Utilização de estratificação e modelo de regressão logística na análise de dados de estudos de caso-controle. Fabiana Grifante Utilização de estratificação e modelo de regressão logística na análise de dados de estudos de caso-controle. Suely Godoy Agostinho Gimeno Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública,SP

Leia mais

Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional

Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional Profª. Drª Marly Augusto Cardoso Departamento de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública, USP e-maile mail: marlyac@usp usp.br Delineamento dos Estudos

Leia mais

TESE DE DOUTORADO MODELOS BAYESIANOS PARA ESTIMAR RISCO RELATIVO EM DESFECHOS BINÁRIOS E POLITÔMICOS

TESE DE DOUTORADO MODELOS BAYESIANOS PARA ESTIMAR RISCO RELATIVO EM DESFECHOS BINÁRIOS E POLITÔMICOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA TESE DE DOUTORADO MODELOS BAYESIANOS PARA ESTIMAR RISCO RELATIVO EM DESFECHOS BINÁRIOS E POLITÔMICOS

Leia mais

RISCO. em epidemiologia e ciências da saúde

RISCO. em epidemiologia e ciências da saúde RISCO em epidemiologia e ciências da saúde Factor de risco Um factor (ou exposição ) que se suspeita estar associado a uma doença, no sentido em que a sua presença aumenta a probabilidade de doença Pode

Leia mais

Modelo de Regressão Múltipla

Modelo de Regressão Múltipla Modelo de Regressão Múltipla Modelo de Regressão Linear Simples Última aula: Y = α + βx + i i ε i Y é a variável resposta; X é a variável independente; ε representa o erro. 2 Modelo Clássico de Regressão

Leia mais

Bioestatística F Desenho de Estudos na Área da Saúde

Bioestatística F Desenho de Estudos na Área da Saúde 1/24 Bioestatística F Desenho de Estudos na Área da Saúde Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/24 Perguntas Relevantes Os grupos são comparáveis? As variáveis de confusão foram medidas/controladas?

Leia mais

RISCO. em epidemiologia

RISCO. em epidemiologia RISCO em epidemiologia Dois dogmas da epidemiologia 1. Os casos de doença não têm distribuição aleatória no espaço e no tempo. 2. Existem factores de risco que influenciam o aparecimento e/ou desenvolvimento

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: Validade em estudos epidemiológicos observacionais

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: Validade em estudos epidemiológicos observacionais UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: Validade em estudos epidemiológicos observacionais 2018 - I www.epi.uff.br Prof Cynthia Boschi Validade

Leia mais

Epidemiologia de Doenças Transmissíveis Aulas Práticas

Epidemiologia de Doenças Transmissíveis Aulas Práticas Epidemiologia de Doenças Transmissíveis Aulas Práticas Módulo 18 Regressão Logística 1. A tabela seguinte classifica 100 homens hospitalizados quanto à idade ( 55 anos=0; >55 anos=1) e quanto a evidência

Leia mais

Disciplina de Modelos Lineares Professora Ariane Ferreira

Disciplina de Modelos Lineares Professora Ariane Ferreira Disciplina de Modelos Lineares 2012-2 Regressão Logística Professora Ariane Ferreira O modelo de regressão logístico é semelhante ao modelo de regressão linear. No entanto, no modelo logístico a variável

Leia mais

ESTUDOS DE COORTE. Baixo Peso Peso Normal Total Mãe usuária de cocaína

ESTUDOS DE COORTE. Baixo Peso Peso Normal Total Mãe usuária de cocaína UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA ESTUDOS DE COORTE 1) Com o objetivo de investigar

Leia mais

AULA 03 Estimativas e tamanhos amostrais

AULA 03 Estimativas e tamanhos amostrais 1 AULA 03 Estimativas e tamanhos amostrais Ernesto F. L. Amaral 03 de outubro de 2013 Centro de Pesquisas Quantitativas em Ciências Sociais (CPEQS) Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM EPIDEMIOLOGIA 2 o. semestre de 2010

PROGRAMA DE DISCIPLINA MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM EPIDEMIOLOGIA 2 o. semestre de 2010 PROGRAMA DE DISCIPLINA MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM EPIDEMIOLOGIA 2 o. semestre de 2010 Professores: Antônio Augusto Moura da Silva Carga horária: 60 horas Alcione Miranda dos Santos 1. APRESENTAÇÃO A disciplina

Leia mais

Estatística stica na Pesquisa Clínica

Estatística stica na Pesquisa Clínica Estatística stica na Pesquisa Clínica Thaïs s Cocarelli Sthats Consultoria Estatística stica NAPesq (HC-FMUSP) Alguns conceitos Estudos observacionais e experimentais Exploração e apresentação de dados

Leia mais

Comparações de modelos de regressão com resposta binária em delineamentos transversais

Comparações de modelos de regressão com resposta binária em delineamentos transversais Comparações de modelos de regressão com resposta binária em delineamentos transversais Alyne Stuckert Florentino Trabalho de conclusão de curso do primeiro semestre de 2017 do Departamento de Estatística

Leia mais

Análise de Dados Longitudinais Aula

Análise de Dados Longitudinais Aula 1/24 Análise de Dados Longitudinais Aula 31.10.2018 José Luiz Padilha da Silva - UFPR www.docs.ufpr.br/ jlpadilha 2/24 Sumário 1 Dados Ausentes em Estudos Longitudinais 2 Imputação de Dados 3 Simulações

Leia mais

Cap 7 Modelo de Cox. Outline. 2 Cap 2 O tempo. 3 Cap 3 Funções de Sobrevida. 5 Modelo de Cox. Carvalho MS (2009) Sobrevida 1 / 22

Cap 7 Modelo de Cox. Outline. 2 Cap 2 O tempo. 3 Cap 3 Funções de Sobrevida. 5 Modelo de Cox. Carvalho MS (2009) Sobrevida 1 / 22 Outline Cap 7 Modelo de Cox 1 Cap 1 Introdução 2 Cap 2 O tempo 3 Cap 3 Funções de Sobrevida 4 Cap 4 Não-Paramétrica 5 Modelo de Cox Carvalho MS (2009) Sobrevida 1 / 22 Riscos Proporcionais Cap 7 Modelo

Leia mais

Aula 2 Tópicos em Econometria I. Porque estudar econometria? Causalidade! Modelo de RLM Hipóteses

Aula 2 Tópicos em Econometria I. Porque estudar econometria? Causalidade! Modelo de RLM Hipóteses Aula 2 Tópicos em Econometria I Porque estudar econometria? Causalidade! Modelo de RLM Hipóteses A Questão da Causalidade Estabelecer relações entre variáveis não é suficiente para a análise econômica.

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Departamento de Estatística Prof. Daniel Furtado Ferreira 6 a Lista de Exercícios Teoria da Estimação pontual e intervalar 1) Marcar como verdadeira ou falsa as seguintes

Leia mais

Fundamentos do Controle Estatístico do Processo

Fundamentos do Controle Estatístico do Processo Fundamentos do Controle Estatístico do Processo Roteiro 1. Introdução 2. Monitoramento de Processos 3. Etapa Inicial: Estabilização e Ajuste do Processo 4. Estimação da Variabilidade 5. Referências Introdução

Leia mais

Associação entre variáveis categóricas e IC95%

Associação entre variáveis categóricas e IC95% Associação entre variáveis categóricas e IC95% Andréa Homsi Dâmaso Programa de pós-graduação em Epidemiologia UFPEL Biotecnologia: Bioestatística e Delineamento Experimental Aula de hoje Teste do qui-quadrado

Leia mais

Análise de Dados Categóricos

Análise de Dados Categóricos 1/50 Análise de Dados Categóricos Introdução à Disciplina Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/50 Disciplina Análise de Dados Categóricos Resposta vs Covariáveis Resposta: categórica

Leia mais

Odds Ratio: Reflexão sobre a Validade de uma Medida de Referência em Epidemiologia

Odds Ratio: Reflexão sobre a Validade de uma Medida de Referência em Epidemiologia Odds Ratio: Reflexão sobre a Validade de uma Medida de Referência em Epidemiologia Odds Ratio: Review about the Meaning of an Epidemiological Measure Pedro AGUIAR 1, Baltazar NUNES 2 Acta Med Port 2013

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM EPIDEMIOLOGIA

PROGRAMA DE DISCIPLINA MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM EPIDEMIOLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM EPIDEMIOLOGIA Professores: Antônio Moura da Silva Carga horária: 60 horas Miranda dos Santos 1. APRESENTAÇÃO A disciplina pretende capacitar o aluno com técnicas

Leia mais

UNIDADE PRESIDÊNCIA/PROCC INSTITUIÇÃO FIOCRUZ/RJ SUBPROJETO - INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC) ALGUNS DESAFIOS METODOLÓGICOS DO ELSA-BRASIL

UNIDADE PRESIDÊNCIA/PROCC INSTITUIÇÃO FIOCRUZ/RJ SUBPROJETO - INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC) ALGUNS DESAFIOS METODOLÓGICOS DO ELSA-BRASIL UNIDADE PRESIDÊNCIA/PROCC INSTITUIÇÃO FIOCRUZ/RJ SUBPROJETO - INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC) ALGUNS DESAFIOS METODOLÓGICOS DO ELSA-BRASIL Aluno: Adriana dos Santos Lima Orientador: Aline Araújo Nobre Co-orientador:

Leia mais

Métodologia científica e estudos epidemiológicos observacionais. Jorge Barros, semestre 3

Métodologia científica e estudos epidemiológicos observacionais. Jorge Barros, semestre 3 Métodologia científica e estudos epidemiológicos observacionais. Jorge Barros, semestre 3 1. Metodologia científica Da definição do tema à divulgação dos resultados. Introdução à metodologia científica

Leia mais

Qualidade na empresa. Fundamentos de CEP. Gráfico por variáveis. Capacidade do processo. Gráficos por atributos. Inspeção de qualidade

Qualidade na empresa. Fundamentos de CEP. Gráfico por variáveis. Capacidade do processo. Gráficos por atributos. Inspeção de qualidade Roteiro da apresentação Controle de Qualidade 2 3 Lupércio França Bessegato UFMG Especialização em Estatística 4 5 Abril/2007 6 7 Exemplo: Sacos de Leite : Volume de cada saco (ml) do Controle Estatístico

Leia mais

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Profa. Carla Viotto Belli Maio 2019

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Profa. Carla Viotto Belli Maio 2019 TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Profa. Carla Viotto Belli Maio 2019 ESTUDOS DE CASO Características: Primeira abordagem Avaliação inicial de problemas mal conhecidos Formulação da hipóteses Enfoque em

Leia mais

Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental

Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental Saúde Pública Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental Tema 8 Estudos em Epidemiologia Bloco 1 Danielle Cristina Garbuio Objetivo da aula Apresentar os principais desenhos de pesquisa em epidemiologia.

Leia mais

Análise de dados em Geociências

Análise de dados em Geociências Análise de dados em Geociências Regressão Susana Barbosa Mestrado em Ciências Geofísicas 2014-2015 Resumo Introdução Regressão linear dados independentes séries temporais Regressão de quantis Regressão

Leia mais

Distribuição Amostral e Estimação Pontual de Parâmetros

Distribuição Amostral e Estimação Pontual de Parâmetros Roteiro Distribuição Amostral e Estimação Pontual de Parâmetros 1. Introdução 2. Teorema Central do Limite 3. Conceitos de Estimação Pontual 4. Métodos de Estimação Pontual 5. Referências População e Amostra

Leia mais

Vigilância de Eventos Adversos Pós-P Vacina contra difteria, coqueluche e tétano tano no Estado de São Paulo. gravidade.

Vigilância de Eventos Adversos Pós-P Vacina contra difteria, coqueluche e tétano tano no Estado de São Paulo. gravidade. Vigilância de Eventos Adversos Pós-P Vacina contra difteria, coqueluche e tétano tano no Estado de São Paulo. Características e preditores de gravidade. Faculdade de Saúde Pública Universidade de São Paulo

Leia mais

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia Modelo de Poisson e Análise de Dados Longitudinais Enrico A. Colosimo Departamento de Estatística Universidade Federal de Minas Gerais http://www.est.ufmg.br/

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Julgue os itens que se seguem, acerca da estatística descritiva. 51 Na distribuição da quantidade de horas trabalhadas por empregados de certa empresa, é sempre possível determinar

Leia mais

Desenho de Estudos. Enrico A. Colosimo/UFMG enricoc. Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/28

Desenho de Estudos. Enrico A. Colosimo/UFMG  enricoc. Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/28 1/28 Introdução à Bioestatística Desenho de Estudos Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/28 Perguntas Relevantes Os grupos são comparáveis? As variáveis

Leia mais

Meio ambiente e saúde: novos desafios, bases de dados e métodos

Meio ambiente e saúde: novos desafios, bases de dados e métodos Meio ambiente e saúde: novos desafios, bases de dados e métodos Antonio Ponce de Leon Departamento de Epidemiologia Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro Outubro 2016 Panorama

Leia mais

Edital para Inscrição de Alunos Especiais no Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva do ISC/UFMT 2013/1

Edital para Inscrição de Alunos Especiais no Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva do ISC/UFMT 2013/1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva Edital para Inscrição de Alunos Especiais no Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em

Leia mais

Análise de Dados Categóricos

Análise de Dados Categóricos 1/43 Análise de Dados Categóricos Modelo de Regressão de Poisson Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Departamento de Estatística Universidade Federal de Minas Gerais 2/43 Revisão:

Leia mais

Epidemiologia Analítica. Estudos transversais 2017-II Site:

Epidemiologia Analítica. Estudos transversais 2017-II Site: Epidemiologia Analítica Estudos transversais 2017-II Site: www.epi.uff.br O método Epidemiológico estudos descritivos Epidemiologia descritiva: Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado

Leia mais

Análise de Regressão Logística

Análise de Regressão Logística Modelo de Regressão logística Análise de Regressão Logística Regressão logística: Binária (variável dependente com duas categorias) Multinomial (variável dependente com 3 ou mais categorias) Rute Marina

Leia mais

VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA -DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA 1º semestre

Leia mais

Estudos Epidemiológicos Analíticos: Definição, tipologia, conceitos. Prof. Dr.Ricardo Alexandre Arcêncio

Estudos Epidemiológicos Analíticos: Definição, tipologia, conceitos. Prof. Dr.Ricardo Alexandre Arcêncio Estudos Epidemiológicos Analíticos: Definição, tipologia, conceitos Prof. Dr.Ricardo Alexandre Arcêncio Estudos epidemiológicos analíticos Estudo transversal Exposição (Causa) Coorte Caso-controle Doença

Leia mais

1.1 Analise e interprete o efeito da cobertura da ESF na razão de taxa de mortalidade infantil bruta e ajustada.

1.1 Analise e interprete o efeito da cobertura da ESF na razão de taxa de mortalidade infantil bruta e ajustada. CONCURSO PÚBLICO DA FIOCRUZ - 2016 GABARITO DA DISCURSIVA CARGO: Pesquisador em Saúde Pública (PE 4004) PERFIL: PE 4004 Epidemiologia em Saúde Pública 1ª QUESTÃO 1.1 Analise e interprete o efeito da cobertura

Leia mais

Análise de Dados Longitudinais Aula

Análise de Dados Longitudinais Aula 1/35 Análise de Dados Longitudinais Aula 08.08.2018 José Luiz Padilha da Silva - UFPR www.docs.ufpr.br/ jlpadilha 2/35 Sumário 1 Revisão para dados transversais 2 Como analisar dados longitudinais 3 Perspectiva

Leia mais

Distribuição Amostral e Estimação Pontual de Parâmetros

Distribuição Amostral e Estimação Pontual de Parâmetros Roteiro Distribuição Amostral e Estimação Pontual de Parâmetros 1. Introdução 2. Teorema Central do Limite 3. Conceitos de Estimação Pontual 4. Métodos de Estimação Pontual 5. Referências Estatística Aplicada

Leia mais

Exemplos Equações de Estimação Generalizadas

Exemplos Equações de Estimação Generalizadas Exemplos Equações de Estimação Generalizadas Bruno R. dos Santos e Gilberto A. Paula Departamento de Estatística Universidade de São Paulo, Brasil giapaula@ime.usp.br Modelos Lineares Generalizados dos

Leia mais

Tipo de estudos epidemiológicos

Tipo de estudos epidemiológicos Tipo de estudos epidemiológicos Observacionais: A causa (exposição) e o efeito (desfecho) são mensurados em um único momento no tempo. Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em pelo menos em um momento

Leia mais

Modelos de Regressão Múltipla - Parte VI

Modelos de Regressão Múltipla - Parte VI 1 Modelos de Regressão Múltipla - Parte VI Erica Castilho Rodrigues 7 de Fevereiro de 2017 2 3 Podemos fazer uma transformação na variável resposta Y e/ou na preditora X para: solucionar problemas de variância

Leia mais

Transformações e Ponderação para corrigir violações do modelo

Transformações e Ponderação para corrigir violações do modelo Transformações e Ponderação para corrigir violações do modelo Diagnóstico na análise de regressão Relembrando suposições Os erros do modelo tem média zero e variância constante. Os erros do modelo tem

Leia mais

Medidas de freqüência

Medidas de freqüência Medidas de freqüência IESC/UFRJ Mestrado em Saúde Coletiva Especialização em Saúde Coletiva Modalidade Residência Professores: Pauline Lorena Kale e Antonio José Leal Costa 2009 Ocorrência de doença Medidas

Leia mais

Inferência Estatistica

Inferência Estatistica Inferência Estatistica Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Modelos e Inferência Um modelo é uma simplificação da realidade (e alguns

Leia mais

Estudos Caso-Controle

Estudos Caso-Controle Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia Caso-controle

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS fonte de graus de soma de quadrado variação liberdade quadrados médio teste F regressão 1 1,4 1,4 46,2 resíduo 28 0,8 0,03 total 2,2 A tabela de análise de variância (ANOVA) ilustrada acima resulta de

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS DE COORTE

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS DE COORTE UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS DE COORTE 2018 - I www.epi.uff.br Prof Cynthia Boschi O que são estudos epidemiológicos Estudos

Leia mais

METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA

METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS: ESTUDOS DESCRITIVOS Os estudos descritivos objetivam informar sobre a distribuição de um evento, na população, em termos quantitativos.

Leia mais

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Mestrado e Doutorado em Controladoria e Contabilidade Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Prof. Dr. Marcelo Botelho da Costa Moraes www.marcelobotelho.com mbotelho@usp.br Turma: 2º / 2016 1 Agenda

Leia mais

Meta-análise: comparação de proporções para o caso de duas amostras independentes

Meta-análise: comparação de proporções para o caso de duas amostras independentes Meta-análise: comparação de proporções para o caso de duas amostras independentes Arminda Lucia Siqueira 1 Edna Afonso Reis 1 Ilka Afonso Reis 1 Luana Sílvia dos Santos 1 Pollyanna Vieira Gomes da Silva

Leia mais

AULA 11 Heteroscedasticidade

AULA 11 Heteroscedasticidade 1 AULA 11 Heteroscedasticidade Ernesto F. L. Amaral 30 de julho de 2012 Análise de Regressão Linear (MQ 2012) www.ernestoamaral.com/mq12reg.html Fonte: Wooldridge, Jeffrey M. Introdução à econometria:

Leia mais

Definição. Os valores assumidos pelos estimadores denomina-se estimativas pontuais ou simplesmente estimativas.

Definição. Os valores assumidos pelos estimadores denomina-se estimativas pontuais ou simplesmente estimativas. 1. Inferência Estatística Inferência Estatística é o uso da informção (ou experiência ou história) para a redução da incerteza sobre o objeto em estudo. A informação pode ou não ser proveniente de um experimento

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS DA SAÚDE. Processo seletivo 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS DA SAÚDE. Processo seletivo 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS DA SAÚDE Processo seletivo 2018 PROVA DE CONHECIMENTO EM METODOLOGIA CIENTÍFICA E INTERPRETAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO

Leia mais

Aplicação dos modelos de Cox e Poisson para obter medidas de efeito em um estudo de coorte. por. Luciane de Souza Velasque

Aplicação dos modelos de Cox e Poisson para obter medidas de efeito em um estudo de coorte. por. Luciane de Souza Velasque Aplicação dos modelos de Cox e Poisson para obter medidas de efeito em um estudo de coorte por Luciane de Souza Velasque Tese apresentada com vistas à obtenção do título de Doutor em Ciências na área de

Leia mais

Análise de Sobrevivência

Análise de Sobrevivência Análise de Sobrevivência Modelagem paramétrica Valeska Andreozzi 1 valeska.andreozzi@fc.ul.pt & Marilia Sá Carvalho 2 cavalho@fiocruz.br 1 Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa,

Leia mais

Quiz Econometria I versão 1

Quiz Econometria I versão 1 Obs: muitos itens foram retirados da ANPEC. Quiz Econometria I versão 1 V ou F? QUESTÃO 1 É dada a seguinte função de produção para determinada indústria: ln(y i )=β 0 + β 1 ln( L i )+β 2 ln( K i )+u i,

Leia mais

2 FUNDAMENTACÃO TEÓRICA

2 FUNDAMENTACÃO TEÓRICA 2 FUNDAMENTACÃO TEÓRICA Este capítulo apresenta os modelos de séries temporais chamados estruturais, nos quais o valor das observações é visto como composto de uma parte sistemática, modelada por uma equação

Leia mais

Questão clínica: Prognóstico/sobrevida. Análise de sobrevida 2015

Questão clínica: Prognóstico/sobrevida. Análise de sobrevida 2015 Questão clínica: Prognóstico/sobrevida Análise de sobrevida 2015 Objetivo Estimar a sobrevida de um grupo populacional desde um determinado tempo T até a ocorrência de algum DESFECHO (doença, morte...)

Leia mais

Comparação por simulação de metodologias para estimar risco relativo em dados correlacionados

Comparação por simulação de metodologias para estimar risco relativo em dados correlacionados UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Comparação por simulação de metodologias para estimar risco relativo em dados correlacionados

Leia mais

MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS

MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS 1 Diversas distribuições podem ser consideradas para a modelagem de dados positivos com distribuição contínua e assimétrica, como, por exemplo, as

Leia mais

Capítulo 2. Distribuições de Probabilidade Estimativas de parâmetros e tempos-atéfalha. Flávio Fogliatto

Capítulo 2. Distribuições de Probabilidade Estimativas de parâmetros e tempos-atéfalha. Flávio Fogliatto Capítulo 2 Distribuições de Probabilidade Estimativas de parâmetros e tempos-atéfalha Flávio Fogliatto 1 Ajustes de distribuições Em estudos de confiabilidade, dados são amostrados a partir de uma população

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Cap. 10 Multicolinearidade: o que acontece se os regressores são correlacionados? Fonte: GUJARATI; D. N. Econometria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro.

Leia mais

Introdução Regressão linear Regressão de dados independentes Regressão não linear. Regressão. Susana Barbosa

Introdução Regressão linear Regressão de dados independentes Regressão não linear. Regressão. Susana Barbosa Regressão Susana Barbosa Mestrado em Ciências Geofísicas 2012-2013 Regressão linear x : variável explanatória y : variável resposta Gráfico primeiro! Gráfico primeiro! Gráfico primeiro! Modelo linear x

Leia mais

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Departamento de Matemática Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Exame a Época / o Teste (Grupos III e IV) o semestre 009/00 Duração: 80 / 90 minutos /06/00 9:00 horas Grupo I Exercício 5 valores

Leia mais

Universidade Federal de Alfenas Programa de Pós-graduação em Estatística Aplicada e Biometria-PPGEAB Prova de Conhecimentos Específicos

Universidade Federal de Alfenas Programa de Pós-graduação em Estatística Aplicada e Biometria-PPGEAB Prova de Conhecimentos Específicos -PPGEAB Dados que podem ser necessários na resolução de algumas questões: Quantis de distribuições P (t > t α ) = α P (F > F 0,05 ) = 0, 05 ν 1 ν 0,05 0,025 ν 2 42 43 56 57 89 1,66 1,99 42 1,67 1,67 1,63

Leia mais

AULA 10 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Variância)

AULA 10 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Variância) AULA 10 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Variância) Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Variância dos estimadores MQO Vamos incluir mais uma hipótese: H1 [Linear nos parâmetros]

Leia mais

INFERÊNCIA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS ANÁLISE DE DEVIANCE

INFERÊNCIA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS ANÁLISE DE DEVIANCE INFERÊNCIA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS ANÁLISE DE DEVIANCE A análise de deviance é uma generalização, para modelos lineares generalizados, da análise de variância. No caso de modelos lineares, utiliza-se

Leia mais

AULAS 25 E 26 Heteroscedasticidade

AULAS 25 E 26 Heteroscedasticidade 1 AULAS 25 E 26 Heteroscedasticidade Ernesto F. L. Amaral 10 e 15 de junho de 2010 Métodos Quantitativos de Avaliação de Políticas Públicas (DCP 030D) Fonte: Wooldridge, Jeffrey M. Introdução à econometria:

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL INTRODUÇÃO ROTEIRO POPULAÇÃO E AMOSTRA. Estatística Aplicada à Engenharia

DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL INTRODUÇÃO ROTEIRO POPULAÇÃO E AMOSTRA. Estatística Aplicada à Engenharia ROTEIRO 1. Introdução; DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL. Teorema Central do Limite; 3. Conceitos de estimação pontual; 4. Métodos de estimação pontual; 5. Referências. 1 POPULAÇÃO E AMOSTRA População:

Leia mais

Capítulo 4 Inferência Estatística

Capítulo 4 Inferência Estatística Capítulo 4 Inferência Estatística Slide 1 Resenha Intervalo de Confiança para uma proporção Intervalo de Confiança para o valor médio de uma variável aleatória Intervalo de Confiança para a diferença de

Leia mais

Modelos para dados de contagem

Modelos para dados de contagem O modelo de Poisson Sumário 1 Introdução 2 Regressão de Poisson Taxa de Incidência Inclusão de covariáveis Interpretação dos parâmetros 3 Exemplos 4 Superdispersão Dados de Contagem Podemos estar interessados

Leia mais

4 Modelos Lineares Generalizados

4 Modelos Lineares Generalizados 4 Modelos Lineares Generalizados Neste capítulo, serão apresentados arcabouços teóricos dos modelos lineares generalizados (MLGs) e como casos particulares desses modelos são aplicáveis ao problema da

Leia mais

AULA 13 Análise de Regressão Múltipla: MQO Assimptótico

AULA 13 Análise de Regressão Múltipla: MQO Assimptótico 1 AULA 13 Análise de Regressão Múltipla: MQO Assimptótico Ernesto F. L. Amaral 15 de abril de 2010 Métodos Quantitativos de Avaliação de Políticas Públicas (DCP 030D) Fonte: Wooldridge, Jeffrey M. Introdução

Leia mais