FELIPE ROSSI PROCESSO CIVIL

Transcrição

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2 FELIPE ROSSI PROCESSO CIVIL

3 Teorias da ação A doutrina busca explicar o direito de ação em um sentido mais restrito por meio das chamadas teorias da ação. Tratase de uma questão dogmática que visa identificar a natureza do direito de ação.

4 Teoria Concretista: Essa teoria afirma que o direito de ação é autônomo do direito material, contudo para que o direito de ação exista, o direito material deve ser procedente ao autor. Deve ser concreto (real). Teoria Imanentista: O direito de ação não seria independente, pois era a forma que se manifestava o direito material após o dano. Teoria Abstrata (pura): O direito de ação e o direito material são autônomos, sendo o primeiro considerado o meio abstrato para se alcançar a prestação jurisdicional do Estado. Teoria Eclética ( ou abstrata eclética): É uma derivação da teoria abstrata, que também reconhece a autonomia entre o direito de ação e o direito material. Porém, afirma que para a análise jurisdicional, são necessárias algumas condições, e no caso de não estarem presentes essas condições, a ação será extinta sem resolução do mérito (do pedido). Assim, o Juízo deve analisar inicialmente as questões formais (condições) para que haja análise de mérito. Então a doutrina majoritariamente considera a teoria eclética com a premissa O Direito de ação surge como direito a uma resposta de mérito. Importante destacar que tanto o CPC/73 quanto o de CPC/2015 elegeram a teoria eclética como vigente. Doutrina de ENRICO TÚLIO LIEBMAN!

5 Teoria Assertiva: A doutrina assenta essa teoria como um meio termo entre a teoria abstrata pura e a eclética, pois também apresenta que o direito de ação e o direito material são autônomos, afirma quanto a necessidade de preenchimento das condições da ação, porém se diferencia da teoria eclética quando verificada ausência das condições da ação posteriormente, pois tal hipótese não acarretaria na extinção sem julgamento de mérito, mas sim de própria improcedência da ação.

6 Para não esquecer!! Teoria concretista -> Só tinha ação, em sentido estrito, se a sentença fosse de procedência Teoria Imanentista (civilista) ->O direito de ação é manifestação do próprio direito material Teoria abstratista pura- > Direito de ação e direito material são autônomos, possibilidade de levar ação ao juízo ainda que julgado o pedido improcedente, procedente ou extinto sem resolução do mérito. Teoria Eclética ou mista -> Incorpora parte da teoria abstrata e condiciona o direito da ação ao preenchimento de condições da ação, e caso não sejam preenchidos, a ação seja julgada extinta sem resolução do mérito. (VIGENTE)

7 Teoria da asserção - >Afirma que o direito material e o direito de ação são autônomos, que deve haver o preenchimento de condições. Entretanto, caso seja verificado em fase posterior ao momento inicial de apreciação pelo juiz, a decisão que verificar ausência dos elementos da ação irá julgar improcedente o pedido de mérito. teoria della prospettazione

8 Dos elementos da ação São 3 elementos: As partes, o pedido e a causa de pedir. Por partes podemos entender como os sujeitos da relação jurídica processual que pleiteiam direito próprio ou de terceiro e quem se defende. Assim, parte é quem busca a tutela jurisdicional e contra quem é postulada, ou seja, o autor como o detentor de direito que pede e o réu contra quem o pedido é formulado.

9 Já o pedido consiste objeto buscado em juízo podendo ainda ser dividido como pedido imediato (processual) e o pedido mediato (material). O pedido imediato é o provimento jurisdicional que se postula em juízo, em outras palavras, é o que se espera que o juiz julgue procedente. Por pedido mediato entende-se que seja qual bem da vida que se busca alcançar, qual a questão na vida real que se pretende deduzir em juízo, exemplo: obrigação de fazer, pagamento de indenização entre outros. No CPC, os artigos 322 e 324 dispõem que o pedido deve ser certo e determinado. Certo é aquele que identifica o seu objeto, permitindo que seja perfeitamente individualizado; determinado é o pedido líquido, em que o autor indica a quantidade que pretende receber Pedido genérico * -> caso de pedido de prestação de contas de gestão por exemplo. Art. 324

10 Por causa de pedir, devemos entender que se trata de o porquê pedir, será quais os fundamentos factíveis para ilustrar a demanda. Os argumentos, seja em razão dos fatos, seja em razão dos fundamentos jurídicos. Temos assim que se trata dos elementos a instruir o porquê de pedir determinado objeto. CUIDADO: teoria da substanciação da causa de pedir, que determina que o juiz irá analisar as questões conforme narram os fatos, mas não fica restrito a julgar conforme os fundamentos jurídicos aduzidos, podendo utilizar de outros fundamentos para analisar os fatos. Entretanto, não pode o juiz julgar sobre algo que não foi pedido, sobre pena de incorrer em uma sentença extra petita. Em outras palavras os fatos delimitam o que ocorreu, os fundamentos jurídicos auxiliam para convencer o juízo e os pedidos limitam quais as pretensões deduzidas. (Lembrem-se da expressão, diga-me os fatos que lhes direi o direito!)

11 Das condições da ação Teoria eclética e as condições da ação. Incidência do artigo 485, VI do CPC sem resolução de mérito. Art. 17 do CPC - > Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade Assim, são condições o interesse de agir e a legitimidade. L.I CUIDADO!!!! POSSIBILDIADE JURÍDICA DO PEDIDO NÃO É MAIS CONDIÇÃO DA AÇÃO.

12 - DA COISA JULGADA (art. 502 a 508) Coisa julgada formal Preclusão máxima Coisa julgada material: Torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso Inter partes Ações coletivas ** Teoria da imprevisão Rebus sic stantibus

13 Teoria dos recursos Pressupostos recursais: Intrínsecos e Extrínsecos O que é preciso para recorre? Como recorre?

14 * Pressupostos Intrínsecos: Direito de recorrer a) Cabimento Quais recursos são cabíveis de determinadas decisões. b) Interesse Condicionada à sucumbência ou interesse material de discussão. c) Legitimidade Quem pode interpor o recurso partes, MP, defensoria, terceiro interessado. d) Inexistência de súmula impeditiva O recurso fica com sua admissibilidade condicionada a ausência de súmula impeditiva.

15 * Pressupostos extrínsecos: modo do exercício de recorrer a) Tempestividade Prazo para interposição - Prazos: Art 1003, 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. b) Preparo Custas com o processamento do recurso - Fique atento para o preparo! As regras estão mais flexíveis! Art !! 2o (custas complementares em 5 dias) e 4o (na ausência de pagamento, haverá intimação para pagamento das custas em dobro sob pena de deserção do recurso).

16 c) Regularidade Formal Forma de apresentação dos recursos. ( princípio da fungibilidade *** cuidado!). d) Inexistência de fatos extintivos ou impeditivos do direito de recorrer Trata-se da renúncia/confissão sobre o direito e desistência do recurso.

17 RECURSOS EM ESPÉCIE Apelação art Cabimento -> sentença Interposição -> ATENÇÃO juízo de admissibilidade art. Atenção em dobro!!! Preliminar de apelação e a preclusão art º 1

18 Possui efeito devolutivo e efeito suspensivo. Contudo, o efeito suspensivo possui exceção: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição.

19 O tribunal irá julgar, podendo anular, decidir, remeter ao juízo a quo, suprir determinados vícios. 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. TEORIA DA CAUSA MADURA**

20 Embargos de Declaração art Cabimento Contradição, Omissão, Obscuridade e Corrigir Erro Material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; Processamento: Será oposto ao juízo que proferir a decisão judicial.

21 Efeitos Não possuirão efeito suspensivo, salvo: Art o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação. Possui efeito interruptivo, o prazo será restituído após a sua apreciação, isso quer dizer que, se o embargo for oposto em momento que caberia também apelação, após o julgamento do embargo, o prazo para apresentação de apelação será totalmente restituído.

22 MUITA ATENÇÃO!!! EMBARGOS INTEMPESTIVOS NÃO POSSUEM EFEITO INTERRUPTIVO!

23 Embargos com efeito infringente Condão de modificar a decisão Art Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. Art o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.

24 Pré-questionamento O CPC trouxe importantíssima inovação, pois agora no que tange ao pré-questionamento da matéria, o Art afirma que: consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. A consequência jurídica de tal alteração atinge diretamente nos elementos necessários de admissibilidade dos Recursos Especial e Extraordinário.

25 Multas art. 1026: 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.

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