UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL CARACTERIZAÇÃO DE BAMBUS E SEU POTENCIAL ENERGÉTICO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL CARACTERIZAÇÃO DE BAMBUS E SEU POTENCIAL ENERGÉTICO CURITIBA 2016

2 AMANDA APARECIDA FALCOSKI VIEIRA CARACTERIZAÇÃO DE BAMBUS E SEU POTENCIAL ENERGÉTICO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Florestal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, como requisito para a conclusão da disciplina ENGF006 e requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Florestal. Orientador: Prof. Dimas Agostinho da Silva CURITIBA 2016

3 RESUMO A crise energética mundial traz à tona uma realidade perturbadora, que é a escassez de recursos e das fontes não-renováveis para geração de energia. Essa problemática está também atrelada a outros fatores ambientais como o aquecimento global e a degradação de áreas. Com isso, as chamadas energias renováveis aparecem como parte da solução para amenizar o problema. Dentre as alternativas para se compor uma matriz energética renovável, encontramos a chamada bioenergia, proveniente de biomassa, sendo ela já plantada para esse fim, ou ainda, vinda de resíduos agrossilvipastoris. O presente trabalho teve como objetivo apresentar diversas espécies de bambus existentes que podem ser usados como insumo para essa finalidade. Através de pesquisas e revisões bibliográficas buscouse mostrar suas qualidades potenciais energéticas, apontando as características que mostram a viabilidade da planta nesse sentido. Entre os destaques estão a facilidade de implantação e manejo, alto índice de sequestro de carbono, alta capacidade de adaptação e recuperação de áreas, além de dispensar a necessidade de replantio, devido a sua rebrota contínua. Palavras-chave: energias renováveis, biomassa, bioenergia

4 ABSTRACT The global energy crisis brings to the surface a disturbing reality, which is the scarcity of resources and non-renewable sources for energy generation. This problem is also linked to other environmental problems, such as global warming and the degradation of areas. Then, the so-called renewable energies appear as a part for the solution to mitigate the problem. Among the alternatives to make up a renewable energy matrix, we find the so-called bioenergy, coming from biomass, being already planted for that purpose or coming from agrossilvipastoris systems. This present work aims to present several species of bamboo that can be used as input for this purpose. Through researches and bibliographical revisions, the aim was to show its potential energetic qualities, pointing out the characteristics that show the viability of the plant in this sense. Prominent among the main ones are the ease of implementation and management, high carbon sequestration rate, high capacity for adaptation and recovery of areas, besides the need to replant due to its constant regrowth. Keywords: renewable energies, biomass, bioenergy

5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivos gerais Objetivos específicos FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA METODOLOGIA RESULTADOS E DISCUSSÕES PROPRIEDADE FISÍCIO-QUIMICAS DO BAMBU Densidade Propriedades químicas Poder calorífico Densidade energética e Índice de Valor de Combustível do Bambu CONCLUSÃO... 25

6 1 1 INTRODUÇÃO Os plantios florestais, além de fornecerem matéria-prima para os mais diferentes usos, tanto industriais quanto domésticos, cumprem ainda diversas funções ambientais e sociais, desempenham um papel importante no desenvolvimento sustentável e contribuem com a conservação das florestas nativas (SILVA, 2016). A busca por soluções alternativas que minimizem a degradação ambiental através de materiais e tecnologias limpas que permitam o desenvolvimento sustentável é notável em todo o mundo (BARROS; SOUZA, 2004). Desde a percepção de mudanças ambientais a níveis globais, como os desastres ecológicos, o chamado efeito estufa, a extinção em massa de espécies e a ameaça de escassez de recursos naturais, tais como a água, o petróleo e outros, a questão ambiental vem sendo amplamente discutida em todas as partes do mundo. Esses problemas são, notoriamente, agravados por ações advindas da interferência humana no equilíbrio natural do ambiente, como queimadas e atividades industriais, além da falta de conscientização ambiental por parte da população (BARROS; SOUZA, 2004). Um dos fatores que causam diversas consequências negativas ao meio ambiente do mundo todo é a necessidade crescente de geração de energia, pois ela vem de fontes não-renováveis, como por exemplo o petróleo, que além do risco de escassez ainda causa danos ambientais na sua obtenção, ou de fontes renováveis, contudo algumas tão impactantes negativamente ao meio quanto a extração e uso do combustível fóssil, como por exemplo o represamento das águas para a construção de usinas hidrelétricas, que causam danos a flora e fauna da região afetada, além do desvio do curso natural do leito dos rios. O crescimento da população mundial é um fator que amplia a necessidade global por energia. A redução da disponibilidade de fontes energéticas e o aumento da sua demanda tem direcionado estudos para o melhor aproveitamento de materiais alternativos, naturais e renováveis. Um importante segmento das denominadas energias renováveis é a chamada bioenergia, que cada vez mais se torna uma fração representativa entre as matrizes energéticas de vários países do mundo (LEMOS; STRADIOTTO, 2012).

7 2 Para fins de uso energético, biomassa é todo recurso renovável proveniente de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) das quais, através de processos específicos, pode ser produzida energia. Esse recurso, assim como a energia hidráulica e outras fontes renováveis, é uma forma indireta de energia solar, pois é convertida em energia química, através da fotossíntese, base dos processos biológicos de todos os seres vivos (ANEEL, 2005). Resíduos agrícolas, florestais, urbanos e até mesmo de dejetos animais podem ser utilizados como combustíveis para geração energética. Por apresentar um custo inferior ao utilizar como insumo um resíduo, a geração de bioeletricidade tornase mais viável frente ao custo de outras fontes renováveis. Por sua grandeza em dimensões territoriais e pelas condições climáticas favoráveis o Brasil apresenta um gigantesco potencial na geração de biomassa (CASTRO; DANTAS, 2008) Visto que a produção de bioenergia é viável no Brasil frente ao seu baixo custo e comprovada eficiência, gerando inclusão social, mostrando-se capaz de recuperar áreas improdutivas e ainda provendo uma significativa parcela na deficiência energética atual, o desafio consiste, porém, no estudo e na busca por matérias-primas que apresentem bons níveis de geração energética atreladas aos benefícios já citados. Uma das alternativas que se mostra capaz de suprir todas as características requeridas para essa finalidade, é a espécie conhecida pelo nome popular de bambu. O bambu apresenta-se com grande relevância em diversos usos, tanto domésticos, quanto industriais. Apresenta-se como material de relevante potencial econômico de utilização, devido ao rápido crescimento, pois completa o seu ciclo em poucos meses e atinge resistência máxima em poucos anos (MARINHO, 2012), além de suas possibilidades de uso irem desde matéria-prima para construção civil, recuperação de áreas degradadas, mix de fibras para papel e para a indústria têxtil, passando por fontes de biomassa, entre outras, podendo até ser utilizada em bionanomateriais, como demonstram as mais recentes pesquisas (SANTI, 2015), ou seja, pode ser cultivado para atender especificamente o setor de bioenergia, ou ainda, quando usado para outros fins, utilizar os resíduos e/ou realizar uma cogeração de energia.

8 3 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Reunir informações sobre o potencial energético de espécies de bambu 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Analisar dados sobre as propriedades energéticas, produtividade e qualidade das diferentes espécies de bambu; Avaliar e interpretar os parâmetros densidade energética e de índice de valor combustível. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De acordo com a classificação botânica o bambu enquadra-se como tribo Bambusae. Todas as plantas pertencentes à subfamília Bambusoideae são classificadas como bambu. Pelas características de seu colmo é considerado uma planta pertencente às angiospermas e ao grupo das monocotiledônea (PEREIRA, 2012). São plantas lenhosas e herbáceas, pertencentes à família das Poaceae ou Gramineae, com mais de espécies classificadas e distribuídas em cerca de 90 gêneros distintos. Desenvolvem-se, de maneira geral, em regiões com clima tropical e subtropical, com temperaturas moderadas, e adaptam-se tanto ao nível do mar quanto em altitudes próximas de quatro mil metros (LÓPEZ, 1974, citado por NETO et al., 2009). O bambu é um vegetal com mais de 200 milhões de anos e cerca de espécies, das quais 50 domesticadas e 38 estudadas. Do total de florestas do planeta, o bambu corresponde a 3% (REVISTA O PAPEL, 2015).

9 4 O bambu não se caracteriza como uma espécie exigente quanto ao solo, contudo se desenvolvem melhor em solos bem drenados, soltos e férteis. Seu desenvolvimento pode ser inibido em locais muito úmidos ou com lençol freático alto, também como em solos salinos. (ESPELHO; BERALDO, 2008). Duarte et al (2007) reforça que em relação ao tipo de solo têm-se pouca exigência, entretanto respondem bem ao uso de adubos. De maneira geral não aceitam areia pura, solos muito argilosos ou banhados (DUARTE et al., 2007) O bambu ocorre naturalmente em todos os continentes, exceto na Europa, onde ele é cultivado apenas em alguns parques e viveiros. Quanto a pluviosidade, apresenta preferência a chuvas bem distribuídas ao longo de todos os meses do ano, porém, também pode ocorrer em regiões onde as precipitações são concentradas apenas em certas épocas do ano ou em regiões menos chuvosas, todavia com menor produtividade (DUARTE et al., 2007) A copa localiza-se na parte superior dos colmos e é composta por ramos laterais, que sustentam a folhagem. Vale destacar que o bambu pode ser cultivado a uma temperatura média entre -15ºC e 40ºC, com melhor produtividade em solos de ph entre 4,5 e 7,5, de 0 a metros de altitude, enfrentando umidade relativa de 35% a 100% e com índice pluviométrico de mm/ano. Além disso, suas fibras celulósicas têm largura média de 15 a 20 micrômetros e comprimento médio de 1,6 a 3,5 mm (REVISTA O PAPEL, 2015). Outra característica do bambu se deve a estrutura morfológica de suas fibras estreitas e compridas, paredes celulares espessas e com pouco lúmen que lhe conferem baixa porosidade e alta resistência ao rasgo. Em sua composição química destacam-se elevadas proporções de cinzas e pentosanas, seu poder calórico assemelha-se ao das árvores lenhosas e há também baixa proporção de lignina, alta solubilidade em água quente, álcool, benzeno e soda (DUARTE et al., 2007) Dentre as vantagens do bambu pode-se citar a sua composição química em relação a outro material lignocelulósico, pois ele apresenta menor teor de lignina, bem como alto teor de holocelulose, economizando assim energia na purificação da celulose, além disso a espécie apresenta bons resultados de ângulo de microfibrila e alta razão de aspecto entre suas fibras, sinalizando boas propriedades mecânicas e dimensionais (REVISTA O PAPEL, 2015). Externamente a parede do colmo é constituída por uma camada cutinizada e com cera, além de duas camadas de células epidermais. Internamente uma camada

10 5 altamente lignificada e mais espessa é encontrada, formada por muitas células esclerenquimáticas, dificultando assim movimentos laterais de líquidos. Seu tecido é constituído por células parenquimáticas, além de fibras e feixes vasculares, numa proporção de aproximadamente 10% de tecidos condutores, 40% de fibras e 50% de células de parênquima. Compreendendo o floema e o xilema tem-se os feixes vasculares que se localizam em maior quantidade, porém de menor tamanho na periferia e menos numerosos, porém maiores na parte interna. No interior da parede os feixes diminuem no sentido da base para o topo, ao contrário de sua densidade, que aumenta nesse sentido. Verticalmente no colmo, as fibras aumentam em quantidade no sentido base ao topo, enquanto que a quantidade de parênquima diminui, concluindo assim que não se utilizar as partes mais altas é um grande desperdício de material, pois lá se encontram um grande conteúdo de fibras (ESPELHO; BERALDO, 2008) O ciclo do bambu inicia-se na primavera ou no início do verão quando emergem seus brotos, os quais crescem muito rapidamente, alcançando sua máxima altura entre quatro e seis meses juntamente com a formação de seus galhos e folhas (DUARTE et al., 2007). Sua altura máxima é alcançada em aproximadamente cento e oitenta dias para as espécies gigantes e trinta dias para as de menor porte (PEREIRA, 2012). Nesse período a espécie Bambusa vulgaris, a mais comum em territórios brasileiros, pode crescer até 20 cm por dia. Terminada a fase de crescimento, os colmos passam por um período em que aumentam sua resistência mecânica até completarem três anos. Entre três a seis anos os colmos consideram-se maduros e já podem ser usados em aplicações que exijam a máxima resistência física do material. A partir do sexto ano ocorre a redução gradativa da resistência, motivo pelo qual não se recomenda o uso depois dessa fase (DUARTE et al., 2007) Com periodicidade bienal, após o primeiro corte realizado aos três anos de idade, quando se adota a área de produção e o tempo essa característica representa uma maior produção de matéria-prima, apresentando vantagem em relação a outras fibras (REVISTA O PAPEL, 2015). Até os dois anos de idade os colmos são considerados imaturos e com baixa resistência, sendo assim, dependendo da intenção de uso, como por exemplo para fins estruturais, devem ser deixados na moita para maturação, assim possibilitam também novas brotações (ESPELHO; BERALDO, 2008)

11 6 Considerando uma mesma espécie, o diâmetro dos colmos se dá em função das condições locais, principalmente pelo solo e pelo clima, e pela idade da moita, atingindo seu tamanho máximo por volta do quarto ano após o plantio (PEREIRA, 2012). Exercendo um fundamental papel o rizoma possui a função não só de armazenar nutrientes para depois distribui-los, mas também atua como responsável pela propagação do vegetal, pois para que novos colmos nasçam, fatores como nutrição fornecida pelo rizoma e pelos colmos mais velhos, são fundamentais. Anualmente, novos colmos nascem de maneira assexuada, através da ramificação desses rizomas, podendo ocorrer de duas formas e dando origem aos dois principais tipos de bambu, o tipo moita e o alastrante. No grupo tipo alastrante os colmos se desenvolvem separados uns dos outros, e no tipo moita, se desenvolvem de maneira agrupada (ESPELHO; BERALDO, 2008). De acordo com Duarte et al. (2007) os alastrantes formam florestas homogêneas com colmos mais distanciados entre si, e os entouceirantes ou tipo moita, formam florestas com grupos de colmos agrupados e de formato arredondado com espaços livres somente entre as touceiras. O bambu do grupo alastrante também pode ser chamado de leptomorfo ou ainda monopodial. Se desenvolvem melhor em zonas temperadas e são resistentes às baixas temperaturas, com seu período de brotação ocorrendo no início de uma estação chuvosa. Possui rizomas de formato cilíndrico, delgados e longos, que podem crescer entre 1 a 6 metros por ano, formando uma teia que pode vir a atingir entre 50 a 100 mil metros lineares por hectare. São ocos e segmentados em cada nó por um diafragma, comumente de diâmetro ou espessura menor do que os colmos que vão se originar. No rizoma existem vários nós e neles várias gemas laterais em estado de dormência, que podem vir a produzir novos colmos ou ainda novos rizomas, que se desenvolvem lateralmente, porém germinam apenas 10% das gemas (ESPELHO; BERALDO, 2008) O bambu do tipo moita também pode ser chamado de entouceirante, paquimorfo ou grupo simpodial. Se distribuem por regiões tropicais e quentes. Seus rizomas são grossos, sólidos e curtos, com raízes na parte inferior e com internós assimétricos, possuem gemas laterais que se ativam e desenvolvem novos colmos e novos rizomas, contudo grande parte das gemas se mantem inativa ou dormente, porém, quando se desenvolvem se fazem de maneira horizontal, em curtas distâncias e comumente seu ápice volta-se para cima dando origem a um novo colmo.

12 7 Anualmente, uma formação de rizomas se desenvolvem perifericamente e acarreta em um agrupamento de entre 30 a 100 colmos, formando uma moita. Conforme a espécie e as condições ambientais, 5 a 10 novos colmos podem se formar a cada ano, geralmente entre o verão e o outono ou na estação chuvosa seguinte a uma estação seca (ESPELHO; BERALDO, 2008). Contudo os bambus raramente florescem e com isso as espécies dificilmente são identificadas com exatidão (DUARTE et al., 2007). Comumente os colmos do tipo alastrantes se desenvolvem mais e preferencialmente a noite, enquanto que os do tipo entouceirantes crescem de maneira mais lenta e geralmente durante o dia (PEREIRA, 2012). A dispensa do replantio é outra de suas vantagens, visto que novos brotos surgem espontaneamente por mais de 100 anos, fato que conta muito nos processos em que é utilizado (DUARTE et al., 2007). O corte de uma ou algumas varas não compromete a sobrevivência da touceira, pois a produção de novos colmos são clones da planta original e são produzidos através de propagação vegetativa (REVISTA O PAPEL, 2015). As características botânicas das diversas espécies dessa planta, oferecem inúmeras vantagens para o seu uso, tais como: - Rápido crescimento: Depois que se estabelece o bambu apresenta uma rápida velocidade de propagação, sendo que seu tempo de estabelecimento acontece entre três e quatro anos, ou seja, comparativamente é mais rápido do que a mais rápida árvore. Seus brotos e colmos já podem ser coletados a partir do terceiro ou quarto ano e em média a sua produção anual de biomassa, por hectare, é de aproximadamente 10 toneladas (NETO et al., 2009); - Facilidade de estabelecimento, manutenção e colheita: O bambu se estabelece facilmente como plantação, não sendo necessário técnicas complexas para isso. Não é necessária a aplicação de agrotóxicos e sua manutenção é feita através de irrigação. A colheita é feita com instrumentos manuais e ainda fortalece o bambual quando realizada. Em comparação às madeiras seu transporte é facilitado pelo seu peso leve (NETO et al., 2009); - Inserção Cultural: O bambu já é um material muito explorado na Ásia, movimentando uma parte significativa da economia e sendo encarado como forma de desenvolvimento econômico. Culturas utilizam o bambu em muitos aspectos da vida, como: música, cerimônias, alimentação, moradia, etc. Em alguns países existem

13 8 grandes projetos de reflorestamento de bambu para estimular a economia local e utilizá-lo como matéria-prima para diferentes usos. Em outros, o reflorestamento está sendo usado para empregar uma parte da população que se encontra desempregada (NETO et al., 2009); Possuindo uma das maiores taxas de crescimento e também uma elevada resistência mecânica devido a suas fibras, o bambu apresenta-se como uma opção viável para o uso industrial além de ser uma promissora alternativa de fonte renovável e sustentável (MARINHO, 2012); O bambu surge como uma opção construtiva viável ecologicamente, visto que se trata de um material de reduzido consumo energético, baixo custo e de fácil obtenção (BARROS; SOUZA, 2004); Estudiosos de diversas áreas de todo o mundo vem apreciando essa planta como forma alternativa na confecção de materiais e na aplicação de estruturas em construções, substituindo assim, os resíduos gerados, que passam a ser passíveis de decomposição pelo meio ambiente. A lista de uso do bambu é extensa passando desde utilizações simples e rotineiras até usos mais sofisticados, porém esse material sofre preconceito por alguns que o consideram uma matéria-prima de segunda categoria. O principal uso do bambu no Brasil está concentrado nas áreas rurais, empregado tradicionalmente em usos pontuais, como pequenas construções e cercas, devido a sua grande disponibilidade e facilidade de obtenção, caracterizando um uso mais casual do que estratégico (NETO et al., 2009). Além de apresentar ótimas características mecânicas, químicas e físicas, também é considerado um eficiente sequestrador de carbono e possui ainda, características que o tornam viável a ser utilizado no desenvolvimento de produtos normalmente produzidos com madeira de reflorestamento ou nativa. O bambu pode ser utilizado in natura ou após sofrer um processamento adequado (PEREIRA, 2012). Para países em desenvolvimento que planejam obter rendimentos na comercialização de créditos de carbono, por meio do florestamento e do reflorestamento, ele também se apresenta como opção viável pois possui altas taxas de sequestro de gás carbônico. Porém, para salvaguardar uma maior diversidade de espécies, outras plantas podem, e devem ser associadas ao plantio (BARROS; SOUZA, 2004). O bambu possui o status de planta com um dos maiores graus de sustentabilidade do planeta, pois caracteriza-se como o maior consumidor de gás

14 9 carbônico do reino vegetal. Através da fotossíntese, o bambu retira o gás carbônico, incorporando-o aos seus compostos, libera oxigênio para a atmosfera, contribuindo para o sequestro de dióxido de carbono (BARROS; SOUZA, 2004). Algumas espécies de bambu apresentam grande capacidade de ocupação de solos marginais e erodidos, além de maiores taxas de crescimento dentre os vegetais de porte arbóreo (FILHO; SALGADO, 1987). Apresenta também um grande potencial em várias atividades silviculturais, como: quebra-vento, recuperação de margens de rio, corredor ecológico, plantios de encosta e em áreas degradadas e plantação comercial integrada a agricultura e pecuária (REVISTA O PAPEL, 2015). Além disso é um importante aliado no combate a devastação das florestas podendo substituir a madeira em diversas aplicações (NETO et al., 2009) A alta velocidade de crescimento do bambu torna-o acessível em um curto espaço de tempo, assim verifica-se a potencialidade do mesmo como meio alternativo no reflorestamento de áreas devastadas por desmatamentos (BARROS; SOUZA, 2004). A cultura do bambu é condicente com preceitos de sustentabilidade, além de que, se manejada adequadamente, pode ser utilizada, geração após geração, por longos períodos de tempo num mesmo local (PEREIRA, 2012). O bambu não se apresenta como uma única solução para os problemas ligados à diminuição acentuada dos recursos florestais e/ou ao meio ambiente, porém pode ser estudado e considerado como uma alternativa ou um material alternativo e de baixo custo a ser explorado. O cultivo da cultura do bambu e o estudo da sua cadeia produtiva podem gerar renda e emprego, beneficiar o meio ambiente e contribuir para fixar o homem ao campo. (PEREIRA, 2012). A maioria das espécies de bambu oferece baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos, sendo fungos ou insetos. Assim, técnicas que possam aumentar a durabilidade dos colmos devem ser buscadas e é favorável quando se pode utiliza-las em escala industrial, assim o bambu se torna competitivo quando relacionado com materiais convencionais. Sua durabilidade pode ser aumentada de dois modos: pelo tratamento com produtos químicos ou por procedimentos culturais (ESPELHO; BERALDO, 2008). Outra desvantagem em seu uso está no fato de conter sílica e amido em sua composição. O amido acelera a degradação do bambu durante a estocagem, enquanto que a sílica dificulta a recuperação do licor negro na indústria papeleira, por exemplo. (DUARTE et al., 2007).

15 10 A extração do bambu é comumente realizada de forma manual, utilizando-se de facões, serrotes, machados, ou ainda de forma semi-mecanizada, através de motosserras. Para espécies do tipo alastrantes, o corte deve ser realizado rente ao solo, pois seu rizoma localiza-se protegido abaixo do mesmo e para as espécies do tipo entouceirantes deve ser realizado a aproximadamente 20cm acima do solo e logo acima de um nó, para que assim se evite a entrada e o acumulo de água, e consequentemente, o apodrecimento do colmo remanescente (ESPELHO; BERALDO, 2008). Além disso, a extração do bambu deve ser realizada nos meses mais frios, pois nessa condição há menos seiva nas varas, diminuindo assim a probabilidade de ataques por insetos. Nessa época também há menor quantidade de água nos colmos, facilitando o transporte, visto que eles ficam mais leves. Após realizada a extração dos colmos desejados, deve-se limpar e excesso de folhas no restante da touceira, para facilitar o crescimento sadio e rápido dos colmos remanescentes, renovando assim a touceira (BARROS; SOUZA, 2004). Os países do Sudeste Asiático mostram-se como a maior região produtora de bambu de todo o mundo. Até a metade do século passado, utilizavam as florestas naturais como único meio de obtenção da espécie, contudo ampliaram a escala de produção com a introdução do plantio e sua industrialização (DUARTE et al., 2007). Estima-se que por ano, na China e na Índia, sejam processados 5 milhões de toneladas de bambu em cada país (REVISTA O PAPEL, 2015). Embora milenar, a cultura do bambu tem maior pesquisa e utilização no oriente, embora que cada vez mais o ocidente está dedicando atenção a essa cultura (PEREIRA, 2012). Também há grandes reservas naturais na América Latina especialmente do gênero Guadua (DUARTE et al., 2007). Existem diversas espécies de bambu espalhadas pelo mundo e centenas nativas pelo Brasil, porém o conhecimento básico de suas aplicações, características e seus usos ainda é pouco difundido e conhecido no ocidente. A necessidade de pesquisa vai desde sua introdução no meio, seu plantio, o manejo de espécies tanto nativas, quanto exóticas, suas características mecânicas e físicas, necessitam ser estudadas (PEREIRA, 2012). De acordo com Filho e Salgado (1987) o Brasil, país que se utiliza intensamente de biomassa para atendimento de suas necessidades energéticas, deve também considerar o bambu como uma alternativa de matéria-prima, destacando a

16 11 possibilidade da utilização dos seus colmos para a geração de energia, carvão, briquetes, carvão ativado, etc. A criação da Lei n.º /2011, que dispõe sobre a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu (PNMCB) se caracterizou como um marco no país pois incentivou a destinação de terras por produtores rurais para o cultivo desse vegetal (REVISTA O PAPEL, 2015). O Grupo Penha, usava um mix de outras fibras secundárias com a fibra de bambu na linha de produção de papel para embalagens, porém descontinuou seu uso e passou a investir no bambu como biomassa para geração de energia nas caldeiras. Com isso, o custo de operação e na implantação baixou aproximadamente 36% quando comparado à cultura do eucalipto (REVISTA O PAPEL, 2015). A tendência do uso do bambu para fins energéticos cresce anualmente. No Nordeste, florestas energéticas são a aposta de empresas como a Proflora, empresa de gestão e consultoria de bambu no Maranhão, que as cultivam para a utilização das industrias da região. O racionamento e a crise energética já são uma realidade brasileira, justificando a necessidade de implantação de fontes renováveis, como a biomassa, surgindo o bambu com potencial energético para atender essa demanda (REVISTA O PAPEL, 2015). O retorno econômico do investimento com a cultura do bambu é muito vantajoso, pois novos colmos brotam assexuadamente a cada ano, além de atingir seu crescimento máximo em alguns meses (REVISTA O PAPEL, 2015). Através de um banco clonal de touceiras selecionadas em florestas plantadas pela proflora são obtidas mudas de bambu com um alto nível técnico de melhoramento, através de hastes secundárias com o gênero Bambusa vulgaris. Resultados em produção de mudas de viveiro, espaçamento, adubação de implantação e manutenção, preparo de solo, ciclo de corte, bem como em tratos culturais de implantação e pós-colheita, foram obtidos após vinte e cinco anos de estudos (REVISTA O PAPEL, 2015). O cultivo do bambu ainda não é uma realidade em larga escala pois sofre resistência por parte de grandes indústrias ao seu uso como insumo por não estar totalmente consolidado, no entanto médias empresas, que usam tonelagens menores, bem como em biorrefinarias e para produção de energia, essa matéria-prima já é uma realidade, além de, atualmente, ser objeto de estudo em universidades e institutos de

17 12 pesquisas de todo o Brasil como uma fibra substituta de materiais não renováveis (REVISTA O PAPEL, 2015). A Universidade Federal de Viçosa está desenvolvendo pesquisas para verificar a aplicação do bambu no conceito de biorrefinaria, ou seja, a possibilidade de, além da produção de polpa celulósica, avalia-se o potencial de se produzirem paralelamente biocombustíveis. Entre as alternativas observadas pela UFV, tem-se por exemplo, a extração do amido presente no bambu promovendo sua sacarificação e posterior fermentação para a produção de etanol, paralelamente à produção de polpa celulósica, foco de um projeto de pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq (REVISTA O PAPEL, 2015). Para se obter retorno sobre o investimento em uma plantação de bambu para biomassa alguns fatores podem interferir, como o preço na região da plantação, custo da terra, demanda, transporte das mudas e custos de mão de obra local (REVISTA O PAPEL, 2015). Alguns desafios terão de ser superados para que essa atividade possa ser ampliada, como por exemplo o adequado manejo da espécie e as estratégias de mercado. Um dos maiores gargalos do setor é a plantação de mudas, por se tratar de uma planta rústica e sem normatizações ou estudos adequados para sua reprodução, pois a fase reprodutiva do bambu leva cerca de 30 anos para se produzir sementes, geralmente inviáveis, sendo assim seu cultivo se dá melhor por micropropagação (REVISTA O PAPEL, 2015). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) já está trabalhando em um projeto para produção em larga escala de mudas de várias espécies de bambu, com apoio técnico da BambuSC e apoio financeiro do CNPq (REVISTA O PAPEL, 2015). O mercado do bambu ainda é incipiente, irrisório quando se compara com outras espécies plantadas no Brasil, com uma baixa demanda e oferta, por esse motivo e pelo apelo estético único, os preços presentes no mercado são muitas vezes exorbitantes, principalmente quando é para os setores de arquitetura e construção. É um mercado visto como muito promissor, porém, deve-se trabalhar nele para que se alcance maiores patamares (REVISTA O PAPEL, 2015). Outro empecilho que compromete o desenvolvimento do bambu é o preconceito que muitos brasileiros têm ao considerá-lo como praga, devido ao tipo alastrante. Poucos sabem as inúmeras possibilidades de seu uso e desconhecem a existência do outro tipo, o entouceirante (REVISTA O PAPEL, 2015).

18 13 4 MATERIAL E MÉTODO O presente trabalho foi elaborado através de pesquisa bibliográfica. As informações foram obtidas de material já publicado, constituído de livros, artigos de periódicos e materiais disponibilizados na Internet. Além da pesquisa bibliográfica de materiais publicados, foi realizada uma busca em órgãos de governos, entidades profissionais, institutos de pesquisa e dados de empresas obtidos em endereços eletrônicos. Para as espécies Bambusa vulgaris, Bambusa vulgaris vittata, Bambusa tuldoides, Dendrucalamus giganteus e Guadua angustifolia utilizou-se dados referentes a estudos já publicados na literatura, a título de comparação. Para as espécies Phyllostachys bambusoides, Phyllostachys nigra cv henonis e Phyllostachys pubescens foram realizadas análises, no Laboratório de Energia de Biomassa da Universidade Federal do Paraná, com amostras provenientes de Santa Catarina. Para a determinação das propriedades químicas seguiu-se: a norma TAPPI T264 (TAPPI, 2007) no preparo das amostras, a norma TAPPI T222 (TAPPI, 2002) para obtenção do teor de lignina, a norma TAPPI T204 (TAPPI, 1997) para a obtenção do teor de extrativos totais. Para os teores de materiais voláteis, carbono fixo e cinzas sua determinação de acordo com a NBR 8112 (ABNT, 1983). Para se determinar o poder calorífico superior usa-se uma bomba calorimétrica, onde água é formada durante a combustão e depois condensada, recuperando o calor derivado, conforme Norma NBR 8333 (1984). Já no poder calorífico inferior a água presente no combustível é encontrada, ao final, no estado de vapor. A diferença entre os dois relaciona-se com a umidade e a presença de H no material, conforme mostra a Equação (SILVA, 2001, 2013). PCI = PCS (600 x 9H) 100 Onde: PCI = Poder Calorífico Inferior (kcal/kg) PCS = Poder Calorífico Superior (Kcal/Kg)

19 14 H = Teor de Hidrogênio (%) A densidade energética considera a energia contida em um determinado volume de madeira. Ela é obtida através da equação a seguir: DE = (PCS x DB)/1000 Onde: DE: Densidade energética (Mcal/m 3 ) PCS: Poder calorífico superior (kcal/kg) DB: Densidade básica (Kg/m³) O Índice de valor do combustível (IVC), para melhor comparação das propriedades e o potencial enérgico é calculado com base em Mayer e Silva (2016) e é calculado pela equação seguinte: Onde: IVC: Índice de valor combustível DE: Densidade básica (Kg/m³) IVC = U: Umidade da amostra em base úmida (%) TZ: Teor de cinzas (%) (DE) (Ubu x TZ) 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Como informação geral, a composição da biomassa de bambu distribui-se na forma de 15% a 20% de folhas e ramos, 15% a 20% raízes e rizomas e 50% a 70% nos colmos (LIESE 1985, citado por GUARNETTI, 2013) justificando assim o fato da colheita apenas de colmos para fins de biomassa. 5.1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DO BAMBU

20 Densidade A madeira, sendo utilizada como matéria prima pode ter diversos usos e cada qual exige propriedades específicas que são essenciais para tal escolha. Para a destinação de carvão vegetal por exemplo, uma das primordiais características a serem observadas é a densidade do material (SILVA, 2016), ela é obtida a partir da relação entre o volume saturado e a massa seca da madeira (SANTOS, 2010 citado por SILVA, 2016), com isso altos valores de densidade são desejáveis para a destinação de bioenergia. Na Tabela 1 estão dispostos os valores obtidos para diferentes espécies de bambu: TABELA 1 DENSIDADE BÁSICA DE ALGUMAS ESPÉCIES DE BAMBU Espécies Densidade básica (g/cm³) Fonte Bambusa vulgaris 0,687 Brito et al 1987 Bambusa vulgaris vittata 0,744 Brito et al 1987 Bambusa tuldoides 0,712 Brito et al 1987 Dendrucalamus giganteus 0,744 Brito et al 1987 Guadua angustifólia 0,629 Brito et al 1987 Phyllostachys bambusoides 0,780 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys pubescens 0,790 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys nigra cv henonis 0,860 Laboratório de biomassa - UFPR Percebe-se que as diversas espécies de bambus listadas demonstram ter altos níveis de densidade, qualidade requerida para a biomassa, com o menor valor ficando para a espécie Guadua angustifolia e o maior valor para a espécie Phyllostachys nigra cv henonis. Quando comparado ao Eucaliptus, espécie comumente utilizada para carvoaria, por exemplo, a densidade das espécies de bambu se mostra superior, conforme Tabela 2: TABELA 2 COMPARAÇÃO ENTRE DENSIDADE BÁSICA DE BAMBU E EUCALIPTO PARA ENERGIA Espécies Densidade básica (g/cm³) Eucalyptus urophylla 0,496 Eucalyptus benthamii 0,470 Phyllostachys nigra, P.bambusoides e P. bissetii 0,512 a 0,698 Bambusa vulgaris vittata 0,744 B. tuldoides 0,712 B. vulgaris 0,687

21 16 Dendrocalamus giganteus 0,744 Guadua angustifólia 0,624 FONTE: RIBEIRO (2005) citado por MANHÃES (2008), adaptado. Mesmo a espécie G. angustifolia que apresentou o menor valor de densidade entre as espécies estudadas, mostrou valores de densidade superior ao de algumas espécies de eucalipto Propriedades químicas A estrutura da madeira está relacionada com a resistência dos constituintes químicos da mesma. Do ponto de vista térmico, quanto mais condensada for a estrutura, mais rígida e mais complexa, mais estável será seus correspondentes componentes químicos (ANDRADE, 2004 citado por SILVA 2016). Conhecer as características químicas e térmicas dos combustíveis é essencial quando se tem a pretensão de estudar seu potencial energético, sejam eles provenientes de biomassa ou de origem fóssil. A maneira como se comporta o combustível nos processos de combustão pode ser avaliada a partir de tais informações. Visando melhores resultados nos processos, as tomadas de decisões e melhorias nos sistemas térmicos podem ser realizadas a partir dos parâmetros fornecidos (GUARNETTI, 2013). As características mais importantes a serem analisadas em materiais para fins de biomassa são: a composição química elementar (carbono, hidrogênio, oxigênio e enxofre) e os conteúdos de carbono fixo, materiais voláteis e cinzas; umidade e poder calorífico. Destes, o hidrogênio e o carbono são elementos que oxidam na presença de oxigênio e são responsáveis diretos da qualidade do combustível, sendo assim altos valores de Nitrogênio e Oxigênio diminuem o poder calorífico do material. A análise elementar consiste na obtenção dos valores de compostos orgânicos que são utilizados em cálculos energéticos. A Tabela 3 apresenta os valores obtidos para a espécie Bambusa vulgaris por KLEINLEIN (2010) citado por GUARNETTI (2013). TABELA 3 VALOR ILUSTRATIVO ENCONTRADO NA LITERATURA PARA COMPOSIÇÃO ELEMENTAR DE BAMBUS Elementos químicos % Carbono 47 Hidrogênio 6 Nitrogênio 0,9

22 17 Enxofre 0,8 Oxigênio 45 FONTE: KLEINLEIN (2010) citado por GUARNETTI (2013). As propriedades químicas da madeira, como a lignina, a holocelulose e os extrativos totais (TABELA 4), juntamente com a umidade, influenciam no chamado poder calorífico, ainda mais quando associados à massa específica. Para a destinação de biomassa são desejáveis altos teores de lignina e de extrativos totais. TABELA 4 COMPOSIÇÃO MÉDIA DOS CONSTITUINTES QUÍMICOS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE BAMBUS Espécies Extrativo Lignin Holocelulos s totais a (%) e (%) (%) Fonte Bambusa vulgaris 17,5 66,3 16,2 Brito et al 1987 Bambusa vulgaris vittata 20,2 66,1 13,7 Brito et al 1987 Bambusa tuldoides 19,0 66,7 14,3 Brito et al 1987 Dendrucalamus giganteus 23,4 63,7 12,9 Brito et al 1987 Guadua angustifólia 20,6 60,4 19,0 Brito et al 1987 Phyllostachys bambusoides 21,2 56,1 22,7* Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys pubescens 23,5 44,9 31,6* Laboratório de biomassa - UFPR P. nigra cv henonis 23,8 52,1 24,1* Laboratório de biomassa - UFPR *dados parciais. Browning, 1963, citado por Kerschbaumer (2014) aponta que madeiras com maiores teores de lignina e extrativos apresentam valores menores de teor de oxigênio, tornando mais alto o poder calorífico. Na Tabela 5 visualiza-se um comparativo entre os valores de teor de lignina entre espécies de bambus, comparados ainda, com outras espécies. TABELA 5 TEOR DE LIGNINA EM BAMBU E EM DIFERENTES ESPÉCIES VEGETAIS Espécies Lignina (%) Referências Phyllostachys bambusoides 21,3 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys nigra cv henonis 23,9 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys pubescens 23,5 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys heterocycla 26,1 Higuchi, (1955) citado por Li, (2004) Phyllostachys nigra 23,8 Higuchi, (1955) citado por Li, (2004) Phyllostachys reticulata 25,3 Higuchi, (1955) citado por Li, (2004) Bambusa vulgaris 14,5 Beraldo e Azzini, (2004) Eucalyptus saligna 25,5 Beraldo e Azzini, (2004) Pinus elliottii 26,0 Beraldo e Azzini, (2004) Mimosa scabrella 23,7 Pereira e Lavoranti, (1986) FONTE: KERSCHBAUMER (2014).

23 18 O teor de cinzas encontrado depois do processo de carbonização é geralmente pequeno, podendo incluir magnésio, potássio, cálcio e outros materiais (ANDRADE, 1993 citado por SILVA 2016). Com o aumento da temperatura, a madeira passa a sofrer transformações e com isso a eliminação de produtos voláteis, além de uma crescente concentração de material mais resistente à ação do calor (carbono fixo) no produto sólido residual (BRITO, 1992 citado por SILVA 2016). Na Tabela 6 pode-se observar os teores de materiais voláteis, de cinzas e de carbono fixo, de carvão vegetal oriundo de diferentes espécies de bambus. TABELA 6 COMPOSIÇÃO QUÍMICA IMEDIATA PARA CARVÃO VEGETAL DE ALGUMAS ESPÉCIES DE BAMBU Espécies Materiais Cinzas Carbono fixo Fonte Voláteis (%) (%) (%) Bambusa vulgaris 10,2 3,5 86,3 Brito et al 1987 Bambusa vulgaris 10,7 5,1 84,2 Brito et al 1987 vittata Bambusa tuldoides 6,6 3,0 90,4 Brito et al 1987 Dendrucalamus 7,3 5,0 87,7 Brito et al 1987 giganteus Guadua angustifólia 8,4 12,3 79,3 Brito et al 1987 Phyllostachys bambusoides Phyllostachys pubescens Phyllostachys nigra cv henonis 14,2 3,6 82,2 Laboratório de biomassa - UFPR 15,1 3,3 81,6 Laboratório de biomassa - UFPR 16,2 2,8 80,5 Laboratório de biomassa - UFPR Como a geração de cinzas é um resíduo resultante do processo, porcentagens altas da mesma não é desejado. Na Tabela 7 a seguir é possível comparar a porcentagem de cinzas encontradas em processos com bambus, e ainda, com outras espécies. Os valores observados de cinzas situam-se intermediariamente entre as espécies vegetais analisadas TABELA 7 TEOR DE CINZAS EM DIFERENTES ESPÉCIES DE BAMBUS E DISTINTAS ESPÉCIES FLORETAIS Espécies Cinzas (%) Referências Phyllostachys bambusoides 1,6 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys nigra cv henonis 0,8 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys pubescens 1,3 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys heterocycla 1,3 Higuchi, 1955 citado por Li, 2004 Phyllostachys nigra 2,0 Higuchi, 1955 citado por Li, 2004

24 19 Phyllostachys reticulata 1,9 Higuchi, 1955 citado por Li, 2004 Dendrocalamus giganteus 1,1 Marinho et al Bambusa vulgaris 1,8 Beraldo e Azzini, 2004 Eucalyptus saligna 0,3 Beraldo e Azzini, 2004 Pinus elliottii 0,3 Beraldo e Azzini, 2004 Mimosa scabrella 1,9 Pereira e Lavoranti, 1986 Mimosa scabrella 0,5 Lisbão Jr., 1981 Casca de palmito 5,9 Feitosa Netto et al., 2006 Fibra de coco 4,7 Feitosa Netto et al., 2006 Fibra de dendê 4,2 Feitosa Netto et al., 2006 Palmito 6,1 Feitosa Netto et al., 2006 FONTE: KERSCHBAUMER (2014) Marinho (2012) aponta os teores de cinzas, extrativos e de lignina para a espécie Dendrocalamus giganteus de acordo com sua idade (Tabela 8). TABELA 8. PARTICIPAÇÃO DE CONSTITUINTES QUÍMICOS PARA A ESPÉCIE Dendrocalamus giganteus Extrativos Teor de Teor de Extrativos em Extrativos em Extrativos em Idade totais cinzas lignina água quente (%) água fria (%) NaOH (%) (%) (%) (%) 2 12,04 a 10,25 a 25,72 a 12,91 a 0,74 a 22,66 a 3 9,62 ab 7,96 b 24,04 bc 9,21 bc 1,09 b 22,77 a 4 7,06 bc 4,61 c 21,01 bc 10,27 b 0,66 ac 23,48 a 5 10,02 ab 8,14 b 21,64 bcd 9,93 b 0,64 ac 24,11 a 6 7,25 c 4,86 c 20,17 e 7,87 c 0,84 a 23,28 a Fonte: Marinho (2012) Os valores médios dos constituintes químicos mostram que a espécie tem elevado teor de extrativos em diferentes idades do bambu. O teor de cinzas é baixo enquanto o teor de lignina situa-se próximo a valores encontrados para madeira de reflorestamento no Brasil. Os resultados também mostram que as diferentes expressões de extrativos e teor de cinzas variam em diferentes idades, porém não de forma direta com a variação com o aumento da idade. O teor de lignina não diferiu com o aumento da idade do plantio de bambu Poder Calorífico

25 20 No intuito de caracterizar a biomassa proveniente do bambu para ser utilizada para fins energéticos, ensaios em laboratórios podem ser realizados análises voltadas a determinar seu poder calorifico, além de pesquisas em publicações com o objetivo de caracterizar de forma complementar o material. Para que se possa entender a variação do poder calorífico superior ao longo do colmo, corta-se as amostras em três regiões (topo, meio e base), de acordo com a Figura 1, para que as análises sejam concentradas nesses pontos. O teor de umidade das amostras deve estar em torno de 30% (GUARNETTI 2013). FIGURA 1 PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS DE BIOMASSA DE BAMBU FONTE: Projeto bambu, citado por Guarnetti (2013). A quantidade de energia liberada na forma de calor durante a combustão completa de uma unidade de biomassa é o que chamamos de poder calorífico de um combustível. São divididos de duas formas, poder calorifico superior (PCS) conforme apresentado na Tabela 9 e poder calorifico inferior (PCI) (GUARNETTI, 2013). O poder calorífico superior é entendido como o valor máximo ou téorico da expressão energética, enquanto o poder calorífico inferior representa a expressão real e prática deste potencial energético para biomassa com teor de umidade zero (Silva,2001). TABELA 9 RESULTADOS DOS ENSAIOS DE PODER CALORÍFICO (PCS) DE DIFERENTES ESPÉCIES DE BAMBU E DE SEU CARVÃO VEGETAL Espécies Poder calorífico superior (Kcal/kg) Fonte Bambusa vulgaris 4219 Brito et al 1987 Bambusa vulgaris vittata 4750 Brito et al 1987 Bambusa tuldoides 4473 Brito et al 1987 Dendrucalamus giganteus 4462 Brito et al 1987

26 21 Guadua angustifólia 4387 Brito et al 1987 Phyllostachys bambusoides 4588 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys pubescens 4575 Laboratório de biomassa - UFPR Phyllostachys nigra cv henonis 4569 Laboratório de biomassa - UFPR Considerando o valor médio encontrado para a Bambusa vulgaris de PCS = 4.000kcal/k e de acordo com análise química elementar (TABELA 3), a porcentagem de hidrogênio na composição da biomassa de bambu foi considerada 6% (GUARNETTI, 2013). Quando comparado com outras espécies (Tabela 10) frequentemente utilizadas para obtenção de energia, como por exemplo, o Eucaliptus e o Pinus, o bambu pode ser considerado igual ou até superior, conforme ilustrado por Ribeiro 2005 citado por Manhães (2008). TABELA 10 COMPARAÇÃO ENTRE PODER CALORÍFICO INFERIOR DE BAMBU E EUCALIPTO PARA ENERGIA Espécies Poder calorífico (Kcal/Kg) Eucalyptus urophylla 4531 Eucalyptus benthamii 4587 Phyllostachys nigra, P.bambusoides e P. bissetii 4567 a 4682 Bambusa vulgaris vittata 4750 B. tuldoides 4473 B. vulgaris 4219 Dendrocalamus giganteus 4462 Guadua angustifolia 3879 FONTE: RIBEIRO (2005) citado por MANHÃES (2008). Salgado e colaboradores (SALGADO, 1987 citado por GUARNETTI, 2013) realizaram experiências com carvão de bambu. Em laboratório, as amostras de bambu foram carbonizadas e caracterizadas em carvões e depois comparadas a carvões obtidos a partir do Eucalyptus. Dentre as diferenças resultadas, destacam-se: Maior teor de extrativos totais nos colmos, menor teor de holocelulose e lignina e maior densidade básica. Os carvões de bambu caracterizaram-se como mais densos e com maiores teores de cinzas Densidade energética e Índice de Valor de Combustível do Bambu

27 22 A densidade energética e índice de valor do combustível para diferentes espécies de bambus são mostrados na Tabela 11. TABELA 11 RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE DENSIDADE ENERGÉTICA E INDICE DE VALOR COMBUSTÍVEL DAS DIFERENTES ESPÉCIES DE BAMBU Espécies Umidade* (%) Densidade básica Densidade energética Índice de valor combustível (g/cm³) Cinzas (%) (Mcal/m³) Bambusa vulgaris 30 0,687 3,5 2898, ,43 Bambusa vulgaris 30 vittata 0,744 5,1 3534, ,80 Bambusa tuldoides 30 0,712 3,0 3184, ,64 Dendrucalamus 39 giganteus 0,744 5,0 3319, ,15 Guadua angustifólia 30 0,629 12,3 2759,42 747,81 Phyllostachys 30 bambusoides 0,780 1, , ,19 Phyllostachys 30 pubescens 0,790 1, , , ,860 0, , ,1 Phyllostachys nigra cv henonis *considerou, para umidade base úmida, o valor de 30% por ser próximo ao ponto de saturação das fibras e também um valor adequado e usual para utilização da biomassa em caldeiras no Brasil Os resultados mostram diferenças entre as espécies. Este parâmetro reflete resultados distintos tanto de poder calorífico e de densidade básica. O índice de valor combustível (IVC) caracteriza-se por utilizar propriedades que tem influência para uso energético; sendo as positivas como densidade básica e poder calorífico superior, e as negativas como umidade e teor de cinzas. Na Tabela 11 pode-se observar uma grande variância nos índices. Isso ocorre devido a diferença de valores entre as variáveis que compõe sua equação, como por exemplo, a densidade energética das espécies. Com os resultados obtidos observa-se que a espécie Phyllostachys nigra cv henonis, seguidas por Phyllostachys pubescens e Phyllostachys bambusoides possuem melhor índice de valor de combustível em relação as outras espécies de bambus analisadas;, mostrando assim melhor potencial energético. Já a espécie Guadua angustifólia demonstrou inferior valor de IVC, significando qualidade inferior para energia devido menor densidade e poder calorífico e elevado teor de cinzas.

28 23 6 CONCLUSÕES Conclui-se que o bambu representa potencial na produção de biomassa para fins energéticos. Mostra-se como alternativa viável ao uso de combustíveis fósseis e fontes renováveis exauridas pela extração e uso constante. Seus níveis de densidade energética e de índice de valor combustível apontaram valores desejáveis para a destinação de bioenergia. A espécie Phyllostachys nigra cv henonis, seguidas por Phyllostachys pubescens e Phyllostachys bambusoides possuem melhor índice de valor de combustível em relação as outras espécies de bambus analisadas. A espécie Guadua angustifólia demonstrou inferior valor de IVC, significando qualidade inferior para energia devido menor densidade e poder calorífico e elevado teor de cinzas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEEL. Atlas de energia elétrica do Brasil. Brasília Disponível em: > f5-98e2-f58d67ddbac4<. Acesso em: 29/09/2016. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8112: Carvão vegetal Análise imediata. Rio de Janeiro, BARROS, B. R. de; SOUZA, F. A. M. de. Bambu: alternativa construtiva de baixo impacto ambiental. São Paulo, CASTRO, N. J. de; DANTAS, G. de A. Bioenergia no brasil e na Europa: uma análise comparativa. Rio de Janeiro, DORNELLES, R. G. de. Relatório da sessão Bioenergia. Brasília, DUARTE, J.; MORAES, R.; PERECIN, L. Bambu uma fibra a ser descoberta pelo setor. Revista o Papel. p.42 a 45, FILGUEIRAS, T.S., GONÇALVES, A.P.S. A Checklist of the Basal Grasses and Bamboos in Brazil (POACEAE). Bamboo Science and Culture: The Journal of the American Bamboo Society, p.18 (1): 7-18, 2004.

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