GEOMORFOLOGIA COSTEIRA: PROCESSOS E FORMAS
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- Ana Lívia Antunes Chagas
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1 GEOMORFOLOGIA COSTEIRA: PROCESSOS E FORMAS
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3 Assoreamento Erosão
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8 ESTUDO DE CASO: ACIDENTE EM MARIANA - MG
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12 Estuda as paisagens resultantes da morfogênese marinha na zona de contato entre a terra (continente) e os mares Não se restringe apenas à parcela territorial atualmente sob a influência da morfogênese marinha, inclui toda a zona que foi afetada por tais processos, em virtude dos movimentos relativos do nível das terras e das águas no decorrer do passado geológico recente As flutuações do nível marinho, principalmente no decorrer do Quaternário, permitem distinguir formas atualmente submersas nas águas oceânicas, assim como verificar a existência de formas e terraços escalonados, esculpidos a várias altitudes acima do nível do mar
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14 O perfil litorâneo pode ser dividido em: a) zona interdital (shore=borda): é a que se estende entre o nível normal da maré baixa e o da efetiva ação das ondas nas marés altas. Pode ser subdividida em: - zona interdital menor (foreshore), exposta durante a maré baixa e submersa no decorrer da maré alta - zona interdital maior (backshore), que se estende acima do nível normal de maré alta, inundando-se com as marés altas excepcionais ou pelas grandes ondas durante as tempestades A linha do litoral (shoreline), é a linha que demarca o contato entre as águas e as terras, variando com os movimentos das marés entre os limites da zona interdital
15 Seleção granulométrica dos sedimentos
16 b) zona sub litorânea : - zona sub-litorânea interna (nearshore), que se estende entre a linha do litoral e aquela na qual ocorre a arrebentação das ondas - zona litorânea externa (offshore), que se estende da linha de arrebentação em direção das águas mais profundas, até um limite arbitrário A largura e a extensão ocupada por tais elementos são variáveis em função da oscilação das marés e das características locais das costas
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19 FATORES RESPONSÁVEIS PELA MORFOGÊNESE LITORÂNEA a) geológico: Os movimentos tectônicos como falhamentos, vulcanismos e dobramentos, possuem sensível influência no modelado costeiro Estruturas menores também sofrem o ataque dos processos litorâneos (estrutura e litologia) b) climático: controla a meteorização dos afloramentos rochosos, influenciando na qualidade e granulometria dos materiais a serem fornecidos ao remanejamento marinho Nos trópicos úmidos a meteriorização propicia o abastecimento de sedimentos de granulometria fina e escassez de fragmentos grosseiros, enquanto que nas regiões frias favorece a presença de fragmentos grosseiros O vento tem função importante na morfogênese litorânea por causa da formação de dunas costeiras e por gerar ondas e correntes que juntamente com as marés estabelecem o padrão de circulação das águas marinhas
20 c) biótico: é influenciado pelas condições climáticas que estabelecem a presença ou ausência de determinados organismos Os organismos podem ter ação erosiva, escavando e promovendo a desagragação dos minerais das rochas, ou protetoras e construtivas, facilitando a retenção dos sedimentos e acumulando esses detritos d) fator oceanográfico: relaciona-se com a natureza da água do mar, o sal da água do mar tem poder corrosivo, e compressivo, quando de cristalização, atuando como processo de meteorização nas rochas. Condiciona ambientes geológicos distintos, possuidores de fauna e flora específicas as quais por sua vez, influenciam nos processos de meteorização, transporte e deposição dos sedimentos ao longo da faixa litorânea
21 FORÇAS MARINHAS ATUANTES NO LITORAL As ondas, marés e correntes constituem as principais forças atuantes na morfogênese litorânea a) ONDAS: Resultam da ação dos ventos, representando a transferência direta da energia da atmosfera para a superfície oceânica. Quanto maior a velocidade do vento, a sua duração e a extensão da área, maiores serão as ondas As ondas transmitem energia e executam a maior parte do trabalho de esculturação das paisagens costeiras A altura das ondas é variável, podendo atingir até 30 metros, dependendo da intensidade dos ventos e da profundidade da água
22 Quando as ondas de profundidade do alto mar se aproximam da zona litorânea, elas sofrem alterações. A medida que diminui a profundidade da água, o movimento orbital vai passando de circular para o elítico e depois para o movimento linear de vaivém Os sedimentos do fundo do mar movem-se para frente e para trás e absorvem energia da água em movimento. A velocidade das ondas decresce pelo atrito no fundo O comprimento da onda torna-se menor, enquanto as ondas do alto mar continuam a se mover a toda velocidade. A altura da onda aumenta com a diminuição do comprimento
23 b) MARÉS: A sua influência na esculturação litorânea se dá de modo indireto e relaciona-se com as variações do nível do mar que lhe são implicadas É o resultado de atrações gravitacionais entre a Terra, a Lua e o Sol. As marés se desenvolvem primariamente como resposta as forças gravitacionais da Lua e do Sol e também da força centrífuga de rotação da Terra Podemos considerar três ciclos de maré: 1) Ciclo associado à rotação da Terra Podem estar associados a marés diurnas (1ciclo em 24 horas, freqüente em altas latitudes); marés semi-diurnas (dois ciclos em 24 horas, freqüente em baixas latitudes); marés mistas Justificam-se por o eixo de rotação da terra não ser perpendicular ao plano de translação da lua em torno da terra
24 2) Ciclo associado à translação da Lua em torno da Terra. Demora 28 dias. A atração é maior durante as fases de lua cheia e lua nova, quando a lua e o sol estão alinhados. Os efeitos exercidos pelo sol e lua têm o mesmo sinal (marés vivas) 3) Ciclo associado à translação da Terra em torno do Sol. Origina marés de maior amplitude durante os equinócios (marés vivas)
25 As marés não se fazem sentir em alto mar, o efeito aumenta à medida que esta se aproxima da costa. A amplitude das ondas de maré depende da morfologia da costa (em geral são maiores em costas côncavas e são especialmente elevadas em golfos e bacias semi-fechadas) As costas são classificadas em: - micromareal: amplitude média das marés inferior a 2 metros; - mesomareal: amplitude média das marés entre 2 e 4 metros - macromareal: amplitude média das marés superior a 4 metros. c) CORRENTES MARINHAS: São originadas pelos ventos e por diferenças de densidade das águas, as quais, por sua vez, dependem da salinidade, temperaturas, etc.. As correntes marinhas têm grande importância no transporte e sedimentação do material detrítico em suspensão
26 FORMAS LITORÂNEAS (Costeiras)
27 Uso e Cobertura do Solo (CPRM) RJ
28 Dependem principalmente da atividade tectônica regional, natureza de suas rochas, clima, vazão dos rios, altura média das ondas, desníveis da maré As formas das regiões costeiras podem ser tanto erosivas como de deposição Falésia (forma erosiva): Ressalto não coberto pela vegetação, com declividades muito acentuadas e de alturas variadas, localizado na linha de contacto entre a terra e o mar A medida que a falésia vai recuando para o continente, amplia-se a superfície erodida pelas ondas que é chamada de terraço de abrasão Os sedimentos erodidos das falésias são depositados em águas mais profundas, constituindo o terraço da construção marinha, e formando um plano suavemente inclinado em conjunto com o terraço de abrasão
29 Islândia Fonte: Leonardo Santos (2016)
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31 Delta do Paranaíba Fonte: Leonardo Santos (2017)
32 Matinhos - PR
33 FORMAS DEPOSICIONAIS: A) PRAIA: é o conjunto de sedimentos, depositados ao longo do litoral. Em geral, o sedimento dominante e formado pelas areias, mas também existem praias formadas por cascalhos, seixos e por elementos mais finos que as areias. No Brasil, predominam as praias arenosas, entretanto, no Amapá, por causa de sedimentação dos detritos em suspensão e em solução transportados pelos rios, as praias são compostas por sedimentos argilosos. Dunas frontais Nas áreas de climas temperados, frios ou áridos, as praias são constituídas de sedimentos mais grosseiros, de seixos e cascalhos
34 DUNAS
35 PRAIA
36 PRAIAS
37 DELTAS: O termo Delta foi primeiramente aplicado a cerca de 450 A.C. para identificar feições triangulares representada pela acumulação de sedimentos fluviais do rio Nilo Paraíba do Sul São Francisco
38 ESTUÁRIOS: É um tipo de desembocadura de rio no mar, caracterizada por uma abertura larga, relativamente profunda. Ambiente com pouca acumulação de sedimentos, devido à ação das correntes de maré e das correntes litorâneas
39 B) RESTINGAS: São formadas por faixas arenosas depositadas paralelamente à praia que se alongam tendo ponto de apoio nos cabos e saliências do litoral As restingas se formam pelo transporte de areias por ondas dirigidas a costa e pelo transporte de areias efetuados pelas correntes longitudinais
40 Vista da Lagoa Rodrigo de Freitas em 1870, pintura de Camões, cartão postal da Art Collection Studio Editora
41 Fotografia aérea, 1976
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43 Tômbolo: praia que liga continente a uma ilha ou que liga duas ilhas Ilha-barreira: são acumulações que desenvolvem-se paralelamente ao continente ficando separadas deste por uma laguna. Podem apresentar centenas de metros ou km de largura e alguns metros de altura Planícies argilosas: São zonas com domínio de sedimentos finos, transportados em suspensão do continente ou pelas correntes marinhas
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