Jurisdições Penais Internacionais I NISC Aula 5 11/04/2018

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Jurisdições Penais Internacionais I NISC Aula 5 11/04/2018"

Transcrição

1 National Archives/NARA/USA Fotograma legendado do julgamento de Eichmann em Jerusalém, 1961 Jurisdições Penais Internacionais I NISC Aula 5 11/04/2018

2 Alguns precedentes da justiça penal internacional 1872 Gustave Moynier apresenta o primeiro projeto de estatuto de uma jurisdição criminal internacional (Conferência da Cruz Vermelha, em Genebra) 1919 Tratado de Versalhes prevê, sem êxito, o julgamento de Guilherme II (ofensa suprema à moral internacional e à autoridade sagrada dos tratados)

3 Processos de Nuremberg Um Tribunal Militar Internacional criado pelo Acordo de Londres (1945) julga maiores autoridades nazistas sobreviventes, gestores de primeiro plano Processos seguintes Lei n. 10, dezembro de 1945, promulgada pelo Conselho do Controle Aliado para a Alemanha, autorizou o estabelecimento de tribunais em cada uma das 4 zonas de ocupação para julgamento de criminosos de guerra e outros

4 12 tribunais da zona americana Compostos por 3 membros, juízes de carreira experientes em sua maioria Corte internacional de juízes americanos Telford Taylor (1949) 177 pessoas julgadas: diplomatas, médicos, advogados, juízes, empresários e chefes militares

5 Processos célebres Processo dos médicos 20 médicos e 3 cientistas julgados por experiências médicas com deportados aos campos de concentração e de extermínio; berço da bioética moderna Código de Nuremberg Processo dos juízes 16 juristas alemães acusados de promover a eugenia e a purificação racial filme O Julgamento de Nuremberg

6 TRIBUNAL MILITAR INTERNACIONAL DE NUREMBERG ( )

7 Criação Acordo de Londres, de 8 de agosto de 1945 Anexo: Estatuto do Tribunal Militar Internacional Finalidade julgar e punir os grandes criminosos de guerra dos países europeus do Eixo cujos crimes não possuíam localização geográfica precisa acusados individualmente ou como membros de organizações ou grupos

8 Partes Signatários: Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética Posteriormente aderiram 20 Estados: Austrália, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Etiópia, Grécia, Haiti, Holanda, Honduras, Índia, Luxemburgo, Panamá, Paraguai, Polônia, Noruega, Nova Zelândia, República Tcheca, Sérvia, Uruguai e Venezuela xp_viewstates=xpages_normstatesparties&xp_treatyselected=350 Organização Com sede no Palácio de Justiça de Nuremberg Composto de 4 juízes + 4 Procuradores que acumulavam as funções de instrução e acusação (recolher provas, formular a denúncia, atuar no processo)

9 Composição Juízes França EUA RU URSS Henri Donnedieu de Vabres Francis Biddle Suplentes André Falco John Parker Procuradores François de Menthon -> Champetier de Ribes Robert Jackson Lord Justice Geoffrey Lawrence Sir Norman Birket Sir David Maxwell-Fyfe -> Sir Hartley Shawcross General Nikitchenko Coronel Volchkov General Rudenko

10 Réus 24 acusados Robert Ley suicidou-se antes do processo 21 compareceram ao processo Gustav Krupp von Bohlen und Halbach inapto por razões de saúd 20 de novembro de 1945 a 1 de outubro de 1946 Martin Bormann julgado à revelia

11 Abertura do Tribunal Militar de Nuremberg

12 Sentenças Penas de morte (12) Göring (Ministro da Aeronáutica), von Ribbentrop (MRE), Keitel (Forças Armadas), Kaltenbrunner (Chefe de Segurança), Rosenberg (Ministro dos Territórios Ocupados), Frank, Frick, Streicher, Sauckel, Jodl (Chefe do Estado Maior), Seyss-Inquart e Bormann (Líder SDAP - Partido Nazista) Penas de Prisão Perpétua (3) Hess (sucessor designado de Hitler), Funk, Raeder Penas de Detenção (4) Von Schirach (20 anos), Speer (20 anos), von Neurath (15 anos) e Dönitz (10 anos) Absolvições (3) Schacht, von Papen, Fritzshe Declaradas organizações criminosas SDAP (Partido nazista), Gestapo (Polícia Secreta do Estado), SS (inicialmente Tropa de Proteção, evolução complexa) e SD (Serviço de Segurança da SS)

13 Crimes internacionais (primeira tipificação)

14 Singularidade Desproporção absoluta entre atos que podem ser cometidos por indivíduos comuns (pirataria, escravidão, tráfico de drogas, interferência ilícita na aviação civil, terrorismo) e atos que são cometidos tendo à disposição a potência material do Estado

15 PRINCÍPIOS DE NUREMBERG

16 Aprovados por unanimidade pela Resolução 95 da AG/ONU em 11 de dezembro de view_doc.asp?symbol=a/res/95(i)&lang=f Considerados direito internacional costumeiro Bases do direito penal internacional, retomados nos tribunais ad hoc e no TPI Sistematizados em 7 pontos pela CDI em draft_articles/7_1_1950.pdf

17 I Responsabilidade penal individual Todo autor de um ato que constitua um crime de direito internacional é responsável por ele e passível de pena II Primazia da tipificação internacional em relação ao direito interno Direito interno não punir um ato que constitui um crime de direito internacional não isenta da responsabilidade penal internacional Admite-se há muito tempo que o direito internacional impõe deveres às pessoas físicas (Sentença TMI)

18 III Recusa do excludente fundado na posição oficial do acusado Agir na qualidade de Chefe de Estado ou de governo não isenta da responsabilidade penal internacional Não há imunidade nem quando se pratica o crime no exercício das funções IV Recusa da justificativa de obediência à ordem superior O fato de agir por ordem de um governo ou de um superior hierárquico não isenta da responsabilidade penal se houve moralmente a possibilidade de escolhas Pode ser considerado atenuante ou como um elemento que tente provar a ausência da liberdade de escolha

19 V Direito ao devido processo Regras mínimas de boa administração da justiça e respeito aos direitos do acusado VII Criminalização da participação em um crime de direito internacional Cumplicidade no cometimento de um crime Elaboração ou participação em um plano concertado para cometer um crime VI Tipificação internacional das violações das regras sobre o uso da força, das leis e costumes de guerra, e dos direitos fundamentais da pessoa humana Crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade

20

21 TRIBUNAL MILITAR PARA O EXTREMO ORIENTE OU DE TÓQUIO

22 Instituído pela Decisão do Comandante em Chefe das Tropas de Ocupação do Japão, em 19 de janeiro de 1949

23

24 11 potências aliadas na Guerra do Pacífico 11 juízes: EUA, RU, França, URSS, Holanda, China, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Índia e Filipinas Procurador norte-americano, demais procuradores adjuntos

25 Veredito em 12 de novembro de 1948 reafirma princípios de Nuremberg 28 acusados, 25 julgados (2 faleceram durante o processo, 1 interdito): 7 condenações à morte, 16 prisões perpétuas, 2 penas de prisão (20 e 7 anos)

26 CASO EICHMANN

27 Jurisdição do Estado de Israel Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém /10/22/epilogo-eichmann-em-jerusalemum-relato-sobre-a-banalidade-do-mal-arendt/ Sequestro ensejou a Resolução 138 do Conselho de Segurança da ONU em

28

29

NISC Aula 8 31/05/2017

NISC Aula 8 31/05/2017 Na#onal Archives/NARA/USA Jurisdições Penais Internacionais. Nuremberg, Tóquio, ex-iugoslávia, Ruanda NISC Aula 8 31/05/2017 Alguns precedentes 1872 Gustave Moynier apresenta o primeiro projeto de estatuto

Leia mais

Tribunal Penal Internacional. Carlos Eduardo Adriano Japiassú

Tribunal Penal Internacional. Carlos Eduardo Adriano Japiassú Tribunal Penal Internacional Carlos Eduardo Adriano Japiassú ABORDAGEM ῆ Introdução ao Direito Penal Internacional Justiça transicional ῆ Jurisdição internacional ῆ O Tribunal Penal Internacional O Estatuto

Leia mais

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL DAVID AUGUSTO FERNANDES Mestre em Direito pela UNIG. Professor de Direito Internacional Público e Privado da Universidade Iguaçu - UNIG. Professor da Academia Nacional de Polícia ANP - Brasília. Delegado

Leia mais

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Aula 03 NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... Surgimento dos Direitos Humanos Internacionalização dos Direitos Humanos Sistemas Globais de Proteção dos Direitos Humanos 1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Contextualização

Leia mais

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS. Aula expositiva 9ºs anos 2º bimestre

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS. Aula expositiva 9ºs anos 2º bimestre ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Aula expositiva 9ºs anos 2º bimestre PRECEDENTES Início do século XX: - Muitas diferenças culturais, econômicas, políticas, religiosas etc. entre os países. - Muitos conflitos,

Leia mais

O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL EM CRIMES DE GUERRA

O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL EM CRIMES DE GUERRA O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL EM CRIMES DE GUERRA Juline Meincke Lucca 1 Resumo O Tribunal Penal Internacional surgiu através de um longo processo histórico em Haia na Holanda em 2002 pela ratificação

Leia mais

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 1939-45 11/3/2010 TIS 1 CLC_7 FERNANDO GUITA GRUPO: JOÃO ALEXANDRE, TOMÉ E THEODORE DEFINIÇÃO A segunda guerra mundial foi um acontecimento que teve impacto no mundo inteiro. 11/3/2010

Leia mais

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Alianças político-militares: Eixo: Itália, Alemanha e Japão Aliados: EUA, URSS, França e Inglaterra 1ª FASE - Cronologia da Guerra Expansão Alemã: 1931: Japão anexa a Manchúria;

Leia mais

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Aula 02 REALMENTE VALE TUDO EM NOME DO PODER? 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A construção dos direitos humanos está associada em sua origem ao reconhecimento da

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Parte 7 Prof. Renata Menezes O TPI e a CF/88: Antinomias aparentes? Assuntos principais: Entrega de nacionais ao TPI Pena de prisão perpétua Imunidades relativas ao foro de

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Estatuto de Roma e o Tribunal Penal Internacional Parte 2. Profª. Liz Rodrigues

DIREITOS HUMANOS. Estatuto de Roma e o Tribunal Penal Internacional Parte 2. Profª. Liz Rodrigues DIREITOS HUMANOS Estatuto de Roma e o Tribunal Penal Internacional Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Crimes de guerra: o rol de condutas previstas como crimes de guerra é enorme, mas todos os atos devem ter

Leia mais

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL 1. ESTATUTO DE ROMA O ESTATUTO DE ROMA, documento normativo que dá base jurídica para a criação do Tribunal Penal Internacional, foi assinado em 17 de julho de 1998, com 120

Leia mais

HISTÓRIA. aula Segunda Guerra Mundial ( )

HISTÓRIA. aula Segunda Guerra Mundial ( ) HISTÓRIA aula Segunda Guerra Mundial (1939 1945) Após a Primeira Guerra Motivação para movimentos totalitários Nazismo (Alemanha) Fascismo (Itália) EUA como grande potência mundial Formação da União das

Leia mais

- Antecedentes/causas (década de 1930):. Novas discussões sobre o IMPERIALISMO. Fortalecimento de regimes totalitários nazifascistas.

- Antecedentes/causas (década de 1930):. Novas discussões sobre o IMPERIALISMO. Fortalecimento de regimes totalitários nazifascistas. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( 1939-1945) - Antecedentes/causas (década de 1930):. Novas discussões sobre o IMPERIALISMO. Fortalecimento de regimes totalitários nazifascistas. Invasão da CHINA (1931 - Manchúria)

Leia mais

HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 43 II GUERRA MUNDIAL: AS CONFERÊNCIAS ENTRE OS TRÊS GRANDES

HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 43 II GUERRA MUNDIAL: AS CONFERÊNCIAS ENTRE OS TRÊS GRANDES HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 43 II GUERRA MUNDIAL: AS CONFERÊNCIAS ENTRE OS TRÊS GRANDES Fixação 1) (UNIFESP) Uma das ironias deste estranho século XX é que o resultado mais duradouro da Revolução de Outubro

Leia mais

SOCIEDADE INTERNACIONAL. SUJEITOS NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. PROFA. ME. ÉRICA RIOS

SOCIEDADE INTERNACIONAL. SUJEITOS NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. PROFA. ME. ÉRICA RIOS SOCIEDADE INTERNACIONAL. SUJEITOS NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. PROFA. ME. ÉRICA RIOS ERICA.CARVALHO@UCSAL.BR QUEM SÃO OS SUJEITOS INTERNACIONAIS? Todos aqueles entes ou entidades cujas condutas estão diretamente

Leia mais

Nuremberg: o nazismo no banco dos réus

Nuremberg: o nazismo no banco dos réus Nuremberg: o nazismo no banco dos réus Com o fim da Segunda Guerra, os Aliados organizaram um tribunal para processar a cúpula do III Reich pelas atrocidades cometidas durante o conflito. Tinha início

Leia mais

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS Aula 02 NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... Identificamos a evolução histórica dos direitos humanos Direitos Humanos Direitos fundamentais Geração x Dimensões Documentos Históricos MAGNA

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL 2011.2 Prof.º Professor Alexandre Mattos Passaporte Visto 1 Passaporte Decreto nº 1.983, de 14 de agosto de 1996 e publicado no DOU em 15/08/1996 a) Azul escuro PF 5 aa b) Verde MRE

Leia mais

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS 29 de março 217 198 9+ 8 8 7 7 6 6 4 4 3 3 2 2 2.. 1.. 1.... 1.. 1.. 2.. + 6 anos Fonte: IBGE (Projeção da População,

Leia mais

Declaração nº A/63/635. Direitos humanos, orientação sexual e identidade de gênero

Declaração nº A/63/635. Direitos humanos, orientação sexual e identidade de gênero Declaração nº A/63/635 Direitos humanos, orientação sexual e identidade de gênero Lida na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, em 18 de dezembro de 2008, no marco dos 60 anos

Leia mais

Legislação da Justiça Militar

Legislação da Justiça Militar Legislação da Justiça Militar Lei nº 8.457 de 1992 - Organiza a Justiça Militar da União Professora Karina Jaques Art. 89. Na vigência do estado de guerra, são órgãos da Justiça Militar junto às forças

Leia mais

Direito Internacional dos Direitos Humanos Nova Mentalidade Emergente Pós Juruá Editora. Curitiba, 2006

Direito Internacional dos Direitos Humanos Nova Mentalidade Emergente Pós Juruá Editora. Curitiba, 2006 Bernardo Pereira de Lucena Rodrigues Guerra Mestre e Doutorando em Filosofia do Direito pela PUCSP; Bolsista de Doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Capes; Advogado.

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale COMPETÊNCIA (continuação) Competência Criação dos TRFs OBS: Resolução n.1, de 06/10/88, do Tribunal Federal de Recursos, que estabeleceu: a) o Tribunal Regional Federal

Leia mais

TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO DO SÉCULO XX E SEUS REFLEXOS NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO DO SÉCULO XX E SEUS REFLEXOS NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO DO SÉCULO XX E SEUS REFLEXOS NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Gabriel PAULINO DE SÁ 1 Sérgio TIBIRIÇÁ AMARAL 2 RESUMO: Estudo sobre a instauração e desenvolvimento dos tribunais penais

Leia mais

TABELA - Destinos das exportações brasileiras de Laranja em NCM 8 dígitos: Sucos de laranjas, congelados, não fermentados

TABELA - Destinos das exportações brasileiras de Laranja em NCM 8 dígitos: Sucos de laranjas, congelados, não fermentados País Via de Volume Valor Preço Médio Transporte Bélgica Marítima 141.569.475 235.767.952 1.665,39 Estados Unidos Marítima 93.624.168 162.298.316 1.733,51 Países Baixos (Holanda) Marítima 78.144.511 139.108.254

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição * Jurisdição é a capacidade de dizer o Direito Jurisdição * Competência é a delimitação do poder jurisdicional. A competência determina-se:

Leia mais

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Antecedentes > Tratado de Versalhes - 1919; r Tribunal Militar Internacional de Nüremberg - 1945; > Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente - 1946; > Convenção

Leia mais

Direito Internacional dos Direitos Humanos Gonzalo Lopez

Direito Internacional dos Direitos Humanos Gonzalo Lopez Direito Internacional dos Direitos Humanos Gonzalo Lopez DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS SISTEMA GLOBAL (UNIVERSAL) DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS PRECEDENTES DA INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO, Expulsão e Deportação 1ª Parte Professora Raquel Perrota 1. Conceito é a entrega, por um estado a outro, e a pedido deste, de pessoa que em seu território deva responder

Leia mais

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL AULA 4 TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL EMENTA DA AULA 4 Direito Internacional Penal. O Tribunal Penal Internacional. O Estatuto de Roma. Jurisdição. A complementaridade. Legitimidade

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Direito A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Direito A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Direito A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Gabriela Maciel Lamounier Belo Horizonte 2008 Gabriela

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Crimes contra a Administração Militar Parte 1 Prof. Pablo Cruz Desacato a superior Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, ou procurando deprimir-lhe

Leia mais

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO PARECER

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO PARECER O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO PARECER É um mecanismo de cooperação judicial internacional em virtude do qual, mediante um pedido formal, um Estado obtém de outro a entrega de um processado ou condenado

Leia mais

PREPARATÓRIO ESPCEX HISTÓRIA GERAL. Aula 19 Segunda Guerra Mundial

PREPARATÓRIO ESPCEX HISTÓRIA GERAL. Aula 19 Segunda Guerra Mundial PREPARATÓRIO ESPCEX HISTÓRIA GERAL Aula 19 Segunda Guerra Mundial A Europa pré-1939 (I) 2 Caracterização 1939 a 1945. 35 milhões de mortos. 190 milhões de feridos (em números aproximados) O Eixo: ALE,

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Estatuto de Roma e o Tribunal Penal Internacional Parte 1. Profª. Liz Rodrigues

DIREITOS HUMANOS. Estatuto de Roma e o Tribunal Penal Internacional Parte 1. Profª. Liz Rodrigues DIREITOS HUMANOS Estatuto de Roma e o Tribunal Penal Internacional Parte 1. Profª. Liz Rodrigues - A Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio (1948) já previa a criação de um tribunal

Leia mais

ORGANISMOS MULTILATERAIS TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR SISTEMA BRETTON WOODS

ORGANISMOS MULTILATERAIS TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR SISTEMA BRETTON WOODS ORGANISMOS MULTILATERAIS TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR SISTEMA BRETTON WOODS - Atuação segundo orientações estratégicas - Adotar normas comuns de comportamento político, social, etc. Planejar e concretizar

Leia mais

JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA IV

JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA IV JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA IV - FORO PRIVILEGIADO (POR PRERROGATIVA DA FUNÇÃO) é o direito de uma pessoa, ocupante de determinado cargo, ser julgada e processada criminalmente por órgãos jurisdicionais superiores,

Leia mais

IDADE CONTEMPORÂNEA II GUERRA MUNDIAL

IDADE CONTEMPORÂNEA II GUERRA MUNDIAL Os custos de um guerra são muito altos, não só econômicos,, mas humanos e psicológicos. O poder de destruição do homem é muito maior que o de construção. Primeira Guerra Mundial Quando: de 1914 a 1918

Leia mais

Fatores da Segunda Guerra

Fatores da Segunda Guerra EUROPA 1942 Fatores da Segunda Guerra O império Austro-Húngaro desintegrou-se dando origem a Áustria, Hungria e Tchecoslováquia O império Turco- Otomano desapareceu dando origem a Turquia. Tratado de Versalhes

Leia mais

PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %)

PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %) PIB PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %) dez/92 jun/93 dez/93 jun/94 dez/94 jun/95 dez/95 jun/96 dez/96 jun/97 dez/97 jun/98 dez/98 jun/99 dez/99 jun/00 dez/00 jun/01 dez/01 jun/02 dez/02 jun/03

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Parte 8 Prof. Renata Menezes Veja: Lei 6815/80 art. 91: não se referia à pena de prisão perpétua. Interpretação do STF: no EE não havia nenhuma menção à pena de prisão perpétua.

Leia mais

REVISÃO ANTECEDENTES DO CONFLITO

REVISÃO ANTECEDENTES DO CONFLITO REVISÃO ANTECEDENTES DO CONFLITO Cria-se uma Revolução na Alemanha, o Kaiser foge para Holanda -> República de Wiemar. 1919 Janeiro EUA (Woodrow Wilson) apresenta plano -14 pontos para paz: Descolonização

Leia mais

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO NA GUATEMALA

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO NA GUATEMALA O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO NA GUATEMALA CONCEITO Ato pelo qual o Estado guatemalteco entrega, de acordo com um tratado vigente, um indivíduo a um Estado que o reclama com o objetivo de submetê-lo a processo

Leia mais

LAAD - Defence & Security

LAAD - Defence & Security LAAD - Defence & Security LAAD 2011 registra expansão inédita e presença recorde de autoridades e representantes da indústria A LAAD Defence & Security teve crescimento expressivo nesta oitava edição:

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Silvana Dantas Aula 01 MPU 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR PROFª SILVANA DANTAS.

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Silvana Dantas Aula 01 MPU 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR PROFª SILVANA DANTAS. 01 MPU 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR PROFª SILVANA DANTAS 1 APRESENTAÇÃO CURRÍCULO DO PROFESSOR : possui graduação em direito pela Universidade Federal de Campina Grande PB; Pós-graduanda em Direito

Leia mais

O DIREITO PENAL MILITAR, OS CRIMES MILITARES, O INQUÉRITO POLICIAL MILITAR, OS PROCESSOS CRIMINAIS MILITARES E AS PECULIARIDADES DA JMU

O DIREITO PENAL MILITAR, OS CRIMES MILITARES, O INQUÉRITO POLICIAL MILITAR, OS PROCESSOS CRIMINAIS MILITARES E AS PECULIARIDADES DA JMU O DIREITO PENAL MILITAR, OS CRIMES MILITARES, O INQUÉRITO POLICIAL MILITAR, OS PROCESSOS CRIMINAIS MILITARES E AS PECULIARIDADES DA JMU Dra. Mariana Queiroz Aquino Campos Juíza Federal Substituta da 1ª

Leia mais

Apresentação Capítulo I

Apresentação Capítulo I Su m á r i o Apresentação... 13 Capítulo I Premissas Fundamentais e aspectos introdutórios... 15 1. A importância do exame da competência criminal... 15 2. Jurisdição e competência... 19 3. Princípio do

Leia mais

CONTATO DO DE LUCA Facebook: profguilhermedeluca Whatsapp: (18)

CONTATO DO DE LUCA   Facebook: profguilhermedeluca Whatsapp: (18) CONTATO DO DE LUCA E-mail: guilhermeddeluca@gmail.com Facebook: profguilhermedeluca Instagram: @profguilherme Whatsapp: (18) 9 9783 5953 DIREITO INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO EXISTE OU NÃO?

Leia mais

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES DEZEMBRO 2018 SUMÁRIO PÁG. 1 ANÁLISE 3 2 CAPÍTULO 41 COMPLETO 4 3 DESTINOS.. 5 4 COURO BOVINO POR TIPO 6 5 DISTRIBUIÇÃO POR ESTADO 7 QUALQUER PARTE DESTA OBRA PODERÁ SER REPRODUZIDA, DESDE QUE CITADO COMO

Leia mais

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES NOVEMBRO 2017 SUMÁRIO PÁG. 1 ANÁLISE 3 2 CAPÍTULO 41 COMPLETO 4 3 DESTINOS.. 5 4 COURO BOVINO POR TIPO 6 5 DISTRIBUIÇÃO POR ESTADO 7 1 - ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES

Leia mais

Ação Cultural Externa Relatório Anual 2014 Indicadores. 2. Número de iniciativas apoiadas por áreas geográficas

Ação Cultural Externa Relatório Anual 2014 Indicadores. 2. Número de iniciativas apoiadas por áreas geográficas Ação Cultural Externa Relatório Anual 2014 Indicadores 1. Iniciativas apoiadas pelo Camões, IP a) número (total): 1071 2. Número de iniciativas apoiadas por áreas geográficas Áreas Geográficas Nº Iniciativas

Leia mais

A primeira guerra mundial não conseguiu resolver os problemas que lhe deram origem.

A primeira guerra mundial não conseguiu resolver os problemas que lhe deram origem. A primeira guerra mundial não conseguiu resolver os problemas que lhe deram origem. O final da primeira guerra agravou a situação europeia (grave crise), tendo sido a razão para o surgimento de diversos

Leia mais

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL SEGUNDA GUERRA MUNDIAL1939-1945 CAUSAS -Continuação da Primeira Guerra; *disputas imperialistas; *mesmos países controlando os mercados; *crises econômicas: empobrecimento dos trabalhadores nos anos 20

Leia mais

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO ESTABELECIMENTO DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO ESTABELECIMENTO DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO ESTABELECIMENTO DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Cláudia Perrone-Moisés Professora Doutora do Departamento de Direito Internacional da Faculdade de Direito da Universidade de

Leia mais

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES 2017 SUMÁRIO PÁG. 1 ANÁLISE 3 2 CAPÍTULO 41 COMPLETO 4 3 DESTINOS.. 5 4 COURO BOVINO POR TIPO 6 5 DISTRIBUIÇÃO POR ESTADO 7 1 ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

Leia mais

HISTÓRIA GERAL A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( ) Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus 3 ANO

HISTÓRIA GERAL A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( ) Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus 3 ANO HISTÓRIA GERAL A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945) Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus 3 ANO A Segunda Guerra Mundial (1939 1945) O -Introdução: O desfecho da Primeira Guerra Mundial não proporcionou a

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO PONTO 1: IMUNIDADES E PRIVILÉGIOS DE AGENTES DE ESTADOS ESTRANGEIROS PONTO 2: INTEGRAÇÃO REGIONAL PONTO 3: MERCOSUL

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO PONTO 1: IMUNIDADES E PRIVILÉGIOS DE AGENTES DE ESTADOS ESTRANGEIROS PONTO 2: INTEGRAÇÃO REGIONAL PONTO 3: MERCOSUL 1 PONTO 1: IMUNIDADES E PRIVILÉGIOS DE AGENTES DE ESTADOS ESTRANGEIROS PONTO 2: INTEGRAÇÃO REGIONAL PONTO 3: MERCOSUL 1. IMUNIDADES E PRIVILÉGIOS DE AGENTES DE ESTADOS ESTRANGEIROS 1) Autoridades do Poder

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Executivo Responsabilidade do Presidente da República e Lei nº 1.079 de 1950 (Crimes de Responsabilidade) Parte 2. Profª. Liz Rodrigues - Além do PR, podem ser processados

Leia mais

Ação Cultural Externa Relatório 1º Semestre 2014 Indicadores Número de iniciativas apoiadas por áreas geográficas

Ação Cultural Externa Relatório 1º Semestre 2014 Indicadores Número de iniciativas apoiadas por áreas geográficas Ação Cultural Externa Relatório 1º Semestre 2014 Indicadores 1 1. Iniciativas apoiadas pelo Camões, IP a) número (total): 558 2. Número de iniciativas apoiadas por áreas geográficas Áreas Geográficas Nº

Leia mais

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx Arbitragem no Chile Uma visão geral 22451167_1.docx LEI DE ARBITRAGEM No Chile, existe uma dualidade quanto à legislação arbitral, já que a regulação da arbitragem não adota um sistema monista. As arbitragens

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição * Jurisdição é a capacidade de dizer o Direito Jurisdição * é a delimitação do poder jurisdicional. A competência determina-se: Pelo

Leia mais

Donald Trump, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a mudança da Embaixada dos EUA em Israel

Donald Trump, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a mudança da Embaixada dos EUA em Israel Anunciado em dezembro pelo presidente americano Donald Trump, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a mudança da Embaixada dos EUA em Israel para a cidade são movimentos delicados e que

Leia mais

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: O FIM DA CARTA BRANCA AOS PODEROSOS E O COMEÇO DE UMA ERA DE JUSTIÇA

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: O FIM DA CARTA BRANCA AOS PODEROSOS E O COMEÇO DE UMA ERA DE JUSTIÇA TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: O FIM DA CARTA BRANCA AOS PODEROSOS E O COMEÇO DE UMA ERA DE JUSTIÇA Natália Agostinho Bomfim ROCHA 1 Resumo: Este artigo pretende abordar a criação do Tribunal Penal Internacional,

Leia mais

h"ps://www.pri.org/stories/ /icc- finds- thomas- lubanga- guilty- using- child- soldiers NISC Aula 10! 14 de junho! Caso Lubanga!

hps://www.pri.org/stories/ /icc- finds- thomas- lubanga- guilty- using- child- soldiers NISC Aula 10! 14 de junho! Caso Lubanga! h"ps://www.pri.org/stories/2012-03- 14/icc- finds- thomas- lubanga- guilty- using- child- soldiers NISC Aula 10! 14 de junho! Caso Lubanga! h"p://www.un.org/ga/search/view_doc.asp?symbol=a/ 70/836&referer=/english/&Lang=S

Leia mais

Prof. David Nogueira. quinta-feira, 2 de junho de 2011

Prof. David Nogueira. quinta-feira, 2 de junho de 2011 1 Antecedentes/causas (década de 30): Fortalecimento de regimes totalitários nazifascistas. Invasão da CHI (1931 - Manchúria) pelo JAP. Invasão da Etiópia (1935) pela ITA. Desrespeito da ALE ao Tratado

Leia mais

Direito da Segurança

Direito da Segurança Direito da Segurança Direito Constitucional, Internacional, Europeu, Legal e Regulamentar I DIREITO CONSTITUCIONAL DA SEGURANÇA 1. Constituição da República Portuguesa (artigos) - Artigo 7º - Relações

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Competência em razão da pessoa: o foro por prerrogativa de função Parte 4 Prof. Thiago Almeida . E no caso da prática de homicídio doloso?. Tribunal do

Leia mais

Profº Leonardo Galardo Direito Penal Aula 02

Profº Leonardo Galardo Direito Penal Aula 02 A EXCEÇÃO é a Extraterritorialidade: (Artigo 7º do Código Penal) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.379, DE 2006 (MENSAGEM N o 20, de 2006) Aprova o texto do Tratado sobre Extradição entre o Governo da República Federativa

Leia mais

DIRETORIA DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS, INFORMAÇÕES E DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL DEPARTAMENTO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES

DIRETORIA DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS, INFORMAÇÕES E DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL DEPARTAMENTO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DA EXPORTAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA - 2005 2005 Estados Unidos 421.693.481 25,29 México 124.421.946 7,46 Argentina 73.091.226 4,38 Federação da Rússia 59.379.834 3,56

Leia mais

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 49

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 49 Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 49 Divisão de Poderes Poder Executivo O Poder Executivo é exercido pelo Chefe de Governo que, no Brasil, é o Presidente da República, sua

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Profª. Liz Rodrigues - Criada em 2006 e ratificada pelo Brasil em 2007, nos termos da Convenção entende-se por

Leia mais

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES MARÇO 2017 SUMÁRIO Pág. 1 - ANÁLISE 3 2 - CAPÍTULO 41 COMPLETO 4 3 - DESTINOS 5 4 - COURO BOVINO POR TIPO 6 5 - DISTRIBUIÇÃO POR ESTADO 7 1 ANÁLISE DAS MARÇO 2016 As Exportações de Couros e Peles apresentadas

Leia mais

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES JULHO 2018 SUMÁRIO PÁG. 1 ANÁLISE 3 2 CAPÍTULO 41 COMPLETO 4 3 DESTINOS.. 5 4 COURO BOVINO POR TIPO 6 5 DISTRIBUIÇÃO POR ESTADO 7 1 ANÁLISE DAS JULHO 2018 As Exportações de Couros e Peles apresentadas

Leia mais

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA AULA. Conteúdo: Geopolítica e Conflitos Entre os Séculos XIX e XX

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA AULA. Conteúdo: Geopolítica e Conflitos Entre os Séculos XIX e XX Conteúdo: Geopolítica e Conflitos Entre os Séculos XIX e XX Habilidade: Analisar a interferência na organização dos territórios a partir das guerras mundiais. Geopolítica e Território A Europa foi cenário

Leia mais

Innovation Digest. Dezembro Análise de Posicionamento relativo de Portugal

Innovation Digest. Dezembro Análise de Posicionamento relativo de Portugal Innovation Digest Dezembro 2010 Análise de Posicionamento relativo de Indicadores de Posicionamento relativo de Posicionamento Global Suiça E.U.A Dinamarca Suécia Alemanha Reino Unido Luxemburgo Coreia

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO PREFÁCIO PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ASPECTOS INTRODUTÓRIOS... 19

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO PREFÁCIO PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ASPECTOS INTRODUTÓRIOS... 19 RENATO BRASILEIRO DE LIMA. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO... 15 PREFÁCIO... 17 CAPÍTULO I PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ASPECTOS INTRODUTÓRIOS... 19 1. A importância do exame da competência criminal... 19

Leia mais

META DA TAXA SELIC 14,5% 14,25% 13,75% 13,75% 13,5% 13,00% 13,25% 12,75% 12,25% 11,75% 12,75% 12,25% 12,75% 12,50% 12,5% 12,00%

META DA TAXA SELIC 14,5% 14,25% 13,75% 13,75% 13,5% 13,00% 13,25% 12,75% 12,25% 11,75% 12,75% 12,25% 12,75% 12,50% 12,5% 12,00% abr-08 ago-08 dez-08 abr-09 ago-09 dez-09 abr-10 ago-10 dez-10 abr-11 ago-11 dez-11 abr-12 ago-12 dez-12 abr-13 ago-13 dez-13 abr-14 ago-14 dez-14 abr-15 ago-15 dez-15 abr-16 ago-16 dez-16 META DA TAXA

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sujeitos Processuais. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sujeitos Processuais. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Sujeitos Processuais Gustavo Badaró aula de 11.10.2016 1. Noções Gerais 2. Juiz PLANO DA AULA Peritos, interpretes e auxiliares da justiça 3. Ministério

Leia mais

META DA TAXA SELIC 14,5% 13,75% 14,25% 13,75% 13,5% 13,25% 12,75% 13,00% 12,75% 12,50% 12,00% 12,25% 11,75% 12,5% 11,25% 11,00% 10,50% 11,25% 11,5%

META DA TAXA SELIC 14,5% 13,75% 14,25% 13,75% 13,5% 13,25% 12,75% 13,00% 12,75% 12,50% 12,00% 12,25% 11,75% 12,5% 11,25% 11,00% 10,50% 11,25% 11,5% abr-08 ago-08 dez-08 abr-09 ago-09 dez-09 abr-10 ago-10 dez-10 abr-11 ago-11 dez-11 abr-12 ago-12 dez-12 abr-13 ago-13 dez-13 abr-14 ago-14 dez-14 abr-15 ago-15 dez-15 META DA TAXA SELIC Cenário básico

Leia mais

ARTE E JUSTIÇA XXII. O julgamento de Nuremberga : uma reflexão sobre o positivismo jurídico

ARTE E JUSTIÇA XXII. O julgamento de Nuremberga : uma reflexão sobre o positivismo jurídico ARTE E JUSTIÇA XXII O julgamento de Nuremberga : uma reflexão sobre o positivismo jurídico Filme: O Julgamento de Nuremberga, Canadá/EUA, 2000. Citações retiradas do livro: Entrevistas de Nuremberga Revelações

Leia mais

META DA TAXA SELIC 14,5% 14,25% 13,75% 13,75% 13,5% 13,00% 13,25% 12,75% 12,25% 11,75% 12,75% 12,25% 12,75% 12,50% 12,5% 12,00%

META DA TAXA SELIC 14,5% 14,25% 13,75% 13,75% 13,5% 13,00% 13,25% 12,75% 12,25% 11,75% 12,75% 12,25% 12,75% 12,50% 12,5% 12,00% abr-08 ago-08 dez-08 abr-09 ago-09 dez-09 abr-10 ago-10 dez-10 abr-11 ago-11 dez-11 abr-12 ago-12 dez-12 abr-13 ago-13 dez-13 abr-14 ago-14 dez-14 abr-15 ago-15 dez-15 abr-16 ago-16 dez-16 META DA TAXA

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática Professor: Rodrigo J. Capobianco LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI DOS CRIMES HEDIONDOS Lei 8072/90 Trata dos crimes hediondos e dos assemelhados (equiparados)

Leia mais

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES JANEIRO 2019 SUMÁRIO PÁG. 1 ANÁLISE 3 2 CAPÍTULO 41 COMPLETO 4 3 DESTINOS.. 5 4 COURO BOVINO POR TIPO 6 5 DISTRIBUIÇÃO POR ESTADO 7 QUALQUER PARTE DESTA OBRA PODERÁ SER REPRODUZIDA, DESDE QUE CITADO COMO

Leia mais

Material de Apoio Quant. De questões Disciplina Prova 2004 Prova 2009 Prova 2012 Total geral Direito Constitucional Total geral

Material de Apoio Quant. De questões Disciplina Prova 2004 Prova 2009 Prova 2012 Total geral Direito Constitucional Total geral Material de Apoio Quant. De questões Disciplina Prova 2004 Prova 2009 Prova 2012 Total geral Direito Constitucional 7 4 5 16 Questões Difíceis 3 3 2 8 Questões Fáceis 4 1 3 8 Total geral 7 4 5 16 Quant.

Leia mais

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx Arbitragem no Chile Uma visão geral 22451190_1.docx LEI DE ARBITRAGEM A regulamentação da arbitragem no Chile não segue um sistema monista, existindo uma dualidade quanto à legislação arbitral. As arbitragens

Leia mais

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( )

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( ) AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas RUBENS expostos. RAMIRO Todo JR exemplo (TODOS citado

Leia mais

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DO CAPÍTULO 71 DA NCM. Por Principais Países de Destino. Janeiro - Dezembro. Bijuterias

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DO CAPÍTULO 71 DA NCM. Por Principais Países de Destino. Janeiro - Dezembro. Bijuterias Bijuterias Principais Países 2010 2011 2012 2013 2014 US$ mil 2014/ 2013 Estados Unidos 5.667 3.828 2.668 3.491 5.006 43 Colômbia 407 800 748 1.112 993-11 França 1.085 931 910 998 969-3 Argentina 2.112

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA VITÓRIA, MARÇO DE Bruno Brandão Departamento das Américas

FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA VITÓRIA, MARÇO DE Bruno Brandão Departamento das Américas FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA VITÓRIA, MARÇO DE 2017 Bruno Brandão Departamento das Américas TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL Fundada em 1993 por Peter Eigen (Banco Mundial) Rede de capítulos em mais de 100

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Jurisdição e Competência Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA TÍTULO V Da Competência Art. 69. Determinará

Leia mais

Este libro forma parte del acervo de la Biblioteca Jurídica Virtual del Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM

Este libro forma parte del acervo de la Biblioteca Jurídica Virtual del Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM BRASIL / Gustavo Badaró * O Anteprojeto de lei de adaptação da legislação brasileira ao Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional: tramitação e questões constitucionais polêmicas 1. O Anteprojeto

Leia mais

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES 2015 SUMÁRIO PÁG. 1 - ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES 3 2 - EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES - CAPÍTULO 41 COMPLETO 4 3 - DESTINO

Leia mais

COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO

COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO 22/10/12 22/11/12 22/12/12 22/01/13 22/02/13 22/03/13 22/04/13 22/05/13 22/06/13 22/07/13 22/08/13 22/09/13 22/10/13 22/11/13 22/12/13 22/01/14 22/02/14 22/03/14 22/04/14

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais - Remédios Constitucionais e Garantias Processuais Remédios Constitucionais habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular

Leia mais

JUROS E RISCO BRASIL

JUROS E RISCO BRASIL JUROS E RISCO BRASIL META DA TAXA SELIC FONTE: BANCO CENTRAL 13.75% 12.75% 11.25% 10.25% 8.75% 9.50% 10.25% 10.75% 11.25% 12.50% 11.00% 10.50% 9.75% 9.00% 8.50% 8.00% 7.25% 8.50% 9.00% 10.00% 10.50% 11.00%

Leia mais

JUROS E RISCO BRASIL

JUROS E RISCO BRASIL JUROS E RISCO BRASIL META DA TAXA SELIC FONTE: BANCO CENTRAL 11,75% 13,00% 13,75% 12,75% 11,25% 10,25% 8,75% 9,50% 10,25% 10,75% 11,25% 12,50% 11,00% 10,50% 9,75% 9,00% 8,50% 8,00% 7,25% 8,00% 8,50% 9,00%

Leia mais

COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO

COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO 11/09/12 11/10/12 11/11/12 11/12/12 11/01/13 11/02/13 11/03/13 11/04/13 11/05/13 11/06/13 11/07/13 11/08/13 11/09/13 11/10/13 11/11/13 11/12/13 11/01/14 11/02/14 11/03/14

Leia mais

Direito Processual Penal. Aula demonstrativa. Prof. Aurélio Casali

Direito Processual Penal. Aula demonstrativa. Prof. Aurélio Casali Direito Processual Penal Aula demonstrativa Prof. Aurélio Casali 1 (SEJUS/PI 2017) Quanto a lei processual no tempo, marque a alternativa CORRETA. a) Um processo que tiver sido encerrado sob a vigência

Leia mais

JUROS E RISCO BRASIL

JUROS E RISCO BRASIL JUROS E RISCO BRASIL META DA TAXA SELIC FONTE: BANCO CENTRAL 11.75% 13.00% 13.75% 12.75% 11.25% 10.25% 8.75% 9.50% 10.25% 10.75% 11.25% 12.50% 11.00% 10.50% 9.75% 9.00% 8.50% 8.00% 7.25% 8.00% 8.50% 9.00%

Leia mais