CAMINHOS DA ANÁLISE DE ACIDENTES: DA ATRIBUIÇÃO DE CULPA À SISTEMATIZAÇÃO DAS ANÁLISES

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1 Curso de análise de Acidentes do Trabalho CAMINHOS DA ANÁLISE DE ACIDENTES: DA ATRIBUIÇÃO DE CULPA À SISTEMATIZAÇÃO DAS ANÁLISES Maio de 2006

2 A pré história da análise de acidentes O modelo dos dominós (Heinrich) A terceira pedra: Atos inseguros e condições ambientais de insegurança Desfecho reducionista: Acidentes decorrem do desrespeito às normas ou prescrições: Analisar AT: identificar atos inseguros Prevenir AT: premiar e, ou punir

3 Análise Tradicional: etapas 1) Preparação 2) O Evento e suas conseqüências 3) Análise do evento, propostas de correção e relatório. 5) Retro alimentação 4) Implantação e avaliação de providências

4 Como Analisar Acidentes? Definição de acidente: evento mudança que ultrapassa capacidades de controle do sistema Condução da análise: Questões: O que? Como? Onde?... Por que? Linha do tempo Modelo de acidente e análise de barreiras Risco Assumido Análise de mudanças Abordagens sócio-sistêmicas

5 Os primórdios da ampliação da análise propriamente dita Concepção de acidente: Acidente como fenômeno sistêmico ou psicoorganizacional (e não individual) Como conduzir a análise? Princípios da análise e técnicas derivadas Sistematização das descrições Análise de mudanças: ADC Análise de barreiras: ADC, MORT Princípios de seleção de medidas de prevenção Aprender com os acidentes: aprendizado organizacional

6 Análise de mudanças Acidente só acontece na vigência de mudança. Analisar acidente é identificar o que mudou e as condições do sistema que permitiram as origens dessa mudança Perguntas usadas: 1) Quais as razões que explicam a origem de X? 2) Apenas o fato Y explica a ocorrência de X? Se não: 3) Que outras razões foram necessárias à ocorrência de X?

7 Tipos de acidentes Tipologia de Reason: Acidentes individuais Acidentes organizacionais Tipologia de Monteau e Pham: Acidentes tipo 1: estrutura linear Acidentes tipo 2: conjunções de pequeno número de fatores. Acidentes tipo 3: conjunções de elevado número de fatores; infeliz coincidência

8 Análise de mudanças e tipologia de acidentes segundo Monteau Tipo 1: estrutura linear Tipo 2: Conjunções de poucos fatos variações Tipo 3: conjunções de muitos fatos variações

9 Análise de barreiras e modelo de acidente FA 1 Análise de barreiras FA 2 FD FA n Perigo? FG Encontro FG = Fatores geradores FD = Fatores liberadores de fluxo(s) de energia FA = Fatores antecedentes? Exposto (Adaptado de Dumaine 1985)

10 Análise de barreiras a) Quais as transferências de energia ocorridas no acidente? b) Quais as origens ou fontes de cada uma dessas formas de energia? c) Quais as barreiras que existiam no sistema para evitar acidentes daquele tipo? d) Quais as barreiras que falharam? Quais as razões dessas falhas? e) Alguma barreira não existente poderia ter evitado ou minimizado as conseqüências do acidente? Quais as razões de sua inexistência?

11 Tipos de Barreiras Dispositivos tecnológicos: Disjuntores, sinais de trânsito Procedimentos Homem Disposições organizacionais: Divisão de tarefas, Auditorias, inspeções

12 A visão tradicional O debate atual Abordagens recentes Acidentes decorrem de comportamentos das vítimas Produtos de escolhas conscientes com origens em aspectos individuais As origens de comportamentos estão nas circunstâncias materiais e sociais do contexto Essas circunstâncias influenciam os modos de gestão psíquica do trabalho.

13 Abordagem tradicional: Centradas nos indivíduos Abordagens sócio- ou Psicologizantes Sistêmicas

14 Ampliação conceitual de análises de acidentes

15 Tipos de acidentes Acidentes individuais Acidentes organizacionais

16 Estágios no desenvolvimento e análise de um acidente organizacional Perigo, fatores de risco Perdas Caminho das condições latentes Causas Falhas ativas Análise Fatores do ambiente de trabalho Fatores organizacionais

17 Propostas de Segurança Comportamental partem do pressuposto que as principais causas de acidentes são atos inseguros (erros ativos) e defendem prevenção centrada em mudanças de comportamentos dos operadores. Propostas de Segurança Sistêmica partem do pressuposto que as principais causas de acidentes são condições latentes - como escolhas estratégicas e decisões organizacionais - que devem ser alvo prioritário de programas de prevenção. Erros ativos têm importância menor para a prevenção. São mais efeitos do que causas.

18 Caminhos da exploração de aspectos organizacionais na análise de acidentes

19 Implicações teóricas: novas formas de entender o erro, o risco e a segurança Abordagem tradicional Erro como desvio em relação a normas, procedimentos, etc Desafio atual: analisar acidentes incorporando novas formas de compreender o erro: Erro como desvio em relação a práticas conhecidas e usadas com sucesso no passado.

20 Modos de Gestão (controle) Psíquica da Ação (SRK) e Tipos de Situação Situação Rotina Problemas geridos com regras Problemas novos Modo de controle da ação Consciente Misto Automático Baseado em conhecimentos Baseado em regras Baseado em habilidades

21 Acidente com omissão em elevador Abre-fecha é manual?... esquece?... chamado??... atraso?... chuva Aberta, a porta fica na posição Sr X deixa a porta aberta A porta abre para frente O acesso é na frente da porta A porta do elevador está aberta? O elevador desce A porta choca-se com o acesso

22 Sem relação com objetivo principal Mudança em relação à rotina Falha de concepção (Condição latente) Sem relação com operação seguinte Pouco visível e disparado por sinal fraco Pós parada inesperada?

23 Armadilha cognitiva

24 Acidente com omissão em elevador Sem relação Abre-fecha (Condição Aberta, latente) a A porta com objetivo é manual porta fica abre para principal Armadilha na posição frente? Sem relação Mudança em... esquececom operação O acesso é na seguinte relação à rotina Pouco visível e disparado por sinal fraco?... chamado? frente da porta A porta do Sr X deixa cognitiva elevador? a porta está aberta aberta... atraso??... chuva Falha de concepção Pós parada inesperada? O elevador desce A porta choca-se com o acesso

25 Novas abordagens do erro humano Ergonomia Cognitiva: Importância da compreensão do operador na atividade para a segurança. Ergonomia da Atividade, Segurança Sistêmica e Psicologia Cognitiva: Propriedades emergentes e migração sistemática: Pressões ambientais fazendo emergir adaptações que empurram o sistema para fronteiras da segurança Constrangimentos ao uso de estratégias de evitação de risco usadas no trabalho real

26 Ildeberto Muniz de Almeida

27 Condições que aumentam a chance de omissões em passos de tarefas Reason 2002 Carga elevada de informações (memória imediata) Passos funcionalmente isolados da etapa anterior Passos que se repetem Passos que se seguem à obtenção do objetivo principal da tarefa Passos pouco visíveis ou imprecisos Mudança em relação a ação de rotina Passos que se seguem a interrupções inesperadas Tarefas disparadas por sinais fracos ou ambíguos Associação desses passos: Armadilha

28 Origens da atribuição de culpa A atribuição fundamental de erro Atribuir erros a aspectos da personalidade ou das capacidades da pessoa A Ilusão da vontade livre Crença de que as pessoas controlam seus destinos e são capazes de escolher os cursos certos ou errados de suas ações A hipótese do mundo justo Crença de que as coisas ruins acontecem às pessoas que as merecem O viés ou distorção da análise retrospectiva

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