Visita técnica ao Sistema Cooperativo da Alemanha Cooperativismo Financeiro

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Visita técnica ao Sistema Cooperativo da Alemanha Cooperativismo Financeiro"

Transcrição

1 Visita técnica ao Sistema Cooperativo da Alemanha Novembro de 2015 Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa - Cnac Antonio Alberto Sica Felipe Rodrigues Beiral Joelson de Siqueira de Souza Marcela Mies Laino O conteúdo deste relatório representa o entendimento e a percepção obtida pelos profissionais da Cnac durante as visitas de estudo realizadas, portanto não representa o conteúdo detalhado e minucioso sobre os assuntos relatados. Assim, a Cnac não assume qualquer responsabilidade sobre a utilização desse relatório e ele não deve ser utilizado para outros fins de divulgação, de estudos acadêmicos ou de pesquisas.

2 Visita técnica ao Sistema Cooperativo da Alemanha Sumário 1. Agradecimentos Introdução Dados geográficos e econômicos Organização do sistema financeiro Organizações do cooperativismo O cooperativismo financeiro Fundo garantidor dos bancos BVR Entidades de auditoria do cooperativismo Federação regional de auditoria - Genossenschaftsverband Bayern - GVB Visita técnica a três bancos Auditoria interna e externa Controles e gerenciamento de risco nos bancos Percepções de oportunidades e de desafios do cooperativismo no Brasil Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 2

3 1. Agradecimentos Agradecemos à diretoria da Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac pela oportunidade de participarmos do programa de estudos do cooperativismo na Alemanha. Também manifestamos nosso reconhecimento pela excelência da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV) e da Federação Regional de Auditoria, Genossenschaftsverband Bayern (GVB), na organização do programa de intercâmbio e na escolha das instituições visitadas e dos profissionais que, de forma voluntária, e com grande cordialidade dedicaram recursos financeiros, estruturas e logística para promover um ambiente favorável ao compartilhamento de conhecimento e expertises sobre o cooperativismo na Alemanha. Was der Einzelne nicht kann, vermögen viele. (Quando o indivíduo não é capaz, o conjunto é.) Friedrich Willhelm Raiffeisen Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 3

4 2. Introdução A Deutscher Genossenschafts und Raiffeisenverband e.v. - DGRV (Confederação Alemã de Cooperativas) é uma entidade de cúpula nacional do cooperativismo na Alemanha, equivalente à Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB no Brasil, e está presente no Brasil desde maio de 1996 apoiando o cooperativismo brasileiro. A DGRV organizou um programa de intercâmbio para gerentes da Cnac no período de 27/9 a 7/10/2015 com visitas técnicas em sua própria sede localizada na cidade de Bonn, na Federação Regional de Cooperativas da Baviera (GVB), situada na cidade de Munique, e nos bancos Starnberg-Herrsching-Landsberg eg, Raiffeisenbank Beuerberg-Eurasburg eg e VR-bank Werdenfels eg, localizados na região da Baviera. Os temas e os objetivos abordados estão relacionados com a estrutura do sistema cooperativo na Alemanha, com o sistema de proteção dos bancos cooperativos (BVR), com a auditoria externa da Federação Regional de Cooperativas da Baviera, a GVB, com a atividade de auditoria interna e com o gerenciamento de riscos das cooperativas de crédito, que, na Alemanha, utilizam a denominação banco, o que não é permitido no Brasil. A programação atendeu às seguintes abordagens no âmbito do cooperativismo: Visão geral sobre a estrutura; Atuação do sistema de proteção dos bancos cooperativos; Entendimento da atividade de auditoria externa; Procedimentos de auditoria interna; Controle e gerenciamento dos principais riscos. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 4

5 3. Dados geográficos e econômicos A Alemanha é a economia com maior Produto Interno Bruto (PIB) da Europa. A indústria alemã é altamente desenvolvida, possuindo tecnologia empregada e eficiência produtiva. Os setores de serviços e de finanças também merecem destaque. Embora o país tenha sido atingido pela crise econômica mundial de 2008, os efeitos ocasionados por ela não foram tão fortes quanto nos outros países europeus e a economia alemã tem apresentado um crescimento gradual nos últimos anos. Cabe salientar que na crise de 2008, os bancos cooperativos na Alemanha não precisaram de auxílio do governo. Os setores econômicos que contribuíram para o PIB de 2014 da Alemanha são: serviços (68,4% - tecnologia, finanças, construção civil e turismo), indústria (30,7% - automóveis, química e medicamentos) e agricultura (0,9%). Dados geográficos e econômicos em 2014 Referenciais Alemanha Brasil Área territorial km² km² População (milhões de habitantes) 82, Ranking das maiores economias do mundo em volume de PIB 4º lugar 7º lugar PIB (US$) (*) 3,62 trilhões 1,73 trilhão PIB per capita (US$) (*) Taxa de desemprego 4,8% em fevereiro/2015 4,8% média anual de 2014 Taxa de Inflação 0,4% ( abril) 6,41% (IPCA de 2014) Saldo da balança comercial (US$) Superávit de 300 bilhões Déficit de 3,930 bilhões Taxa básica de Juros do Banco Central (**) 0,05% 14,25% ao ano (Selic) Ranking mundial de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) 6º lugar 79º lugar Fontes: IBGE, Ministério de Minas e Energias, Banco Mundial, CIA The World Factbook. (*) taxa de câmbio utilizada - US$ 1,00 = R$ 3,19 (em 27/3/2015). (**) Banco Central Europeu e Banco Central do Brasil - data de referência setembro/2015. A economia alemã está caracterizada por aproximadamente 3,3 milhões de pequenas e médias empresas (PMEs) com até 500 funcionários que atuam no artesanato, comércio, turismo, serviços e profissões liberais. As PMEs representam 99,3% de todas as empresas alemãs e aproximadamente 60% do PIB do país. Além disso, aproximadamente 15 mil empregados, sujeitos às contribuições para a segurança social, foram contratados pelas PMEs da Alemanha e contribuem com 69,3% dos postos de trabalho. O volume de negócios de exportação das PMEs corresponde a 18% do volume total das exportações da Alemanha. As cooperativas na Alemanha são importantes para o desenvolvimento econômico do país. De acordo com a DGRV, uma em cada cinco pessoas é associada a uma cooperativa, sendo que praticamente todos os agricultores são associados a uma ou mais cooperativas (em torno de 0,9% da população com propriedades em média de 48,5 hectares). Além disso, 60% de todos os artesãos, 75% de todos os comerciantes de varejo, 90% de todos os padeiros e açougueiros, bem como mais de 65% de todos os consultores fiscais independentes participam de cooperativas. As cooperativas de habitação incluem 3,2 milhões de associados e representam cerca de 10% dos imóveis na Alemanha. Todas as Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 5

6 atividades cooperativas na Alemanha têm como foco o fomento do sócio e de suas necessidades econômicas. Cabe salientar que as cooperativas financeiras operam com associados e não associados, ou seja, não há obrigatoriedade de associação para usufruir de seus serviços. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 6

7 4. Organização do sistema financeiro A Alemanha é integrante do Banco Central Europeu (BCE) que é o responsável pela condução da política monetária na área do euro. O Banco Central Europeu é responsável pela supervisão prudencial das instituições de crédito, localizadas na área do euro, no âmbito do Mecanismo Único de Supervisão, que compreende também as autoridades nacionais competentes. No país, além do BCE, a supervisão bancária é de responsabilidade conjunta do Deutsche Bundesbank (Banco Central da República Federal da Alemanha) e da BaFin (Superintendência Financeira Federal). O Deutsche Bundesbank foi fundado em 1957 e executa a política monetária na Alemanha com o objetivo de manter a estabilidade no sistema financeiro e de pagamentos, monitora os mercados financeiros e trabalha em organismos e instituições internacionais, como o Banco Central Europeu e o Comitê de Basileia, a fim de identificar prontamente os riscos e evitar as crises financeiras. A BaFin foi fundada em 2002 e possui escritórios nas cidades de Bonn e de Frankfurt. Ela está vinculada ao Ministério da Fazenda da Alemanha, com autoridade administrativa responsável pela supervisão das instituições e tem as missões de limitar os riscos, assegurar a integridade e o correto funcionamento do sistema financeiro alemão. Essa entidade tem atuação comparada às instituições que, de certa forma, exercem o papel de supervisão no Brasil: CVM, Susep e Bacen. Distribuição dos papéis do sistema financeiro alemão: Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 7

8 O setor bancário na Alemanha é basicamente composto por três grandes categorias de bancos: bancos privados (em sua maioria estabelecidos como sociedades anônimas), caixas de poupança (de posse dos municípios e, portanto, públicas) e os bancos cooperativos. Os três tipos de intermediários financeiros são bancos universais com uma ampla gama de atividades permitidas. Sistema Bancário Alemão Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 8

9 5. Organizações do cooperativismo A DGRV (Confederação Alemã de Cooperativas) é a confederação nacional do setor cooperativo alemão. Agrupa cooperativas de base nas áreas de agricultura, crédito, pequenos produtores, comércio e serviços. Essa confederação conta com uma sólida experiência no estabelecimento e no apoio de sistemas cooperativos em muitos países da Europa. Além disso, a DGRV vem trabalhando há muitos anos na América Latina, África e Ásia. DGRV - Bonn/Alemanha A estrutura da DGRV conta com o apoio da Federação Alemã Raiffeisen (Deutscher Raiffeisenverband e.v DRV), da Associação Federal de bancos Populares e de bancos Raiffeisen, da Federação Central dos Grupos Industriais Integrados, da Federação Nacional de Cooperativas de Consumo, das federações regionais de auditoria, do banco cooperativo de âmbito nacional DZ BANK AG, do banco cooperativo regional WGZ BANK, dos institutos especializados (como companhia de seguros, Caixa Econômica para Habitação, Union Investment etc.) e de muitas cooperativas de base e centros regionais. Desse modo, a DGRV promove o desenvolvimento do cooperativismo e alcança know-how de toda a estrutura. Essa entidade também mantém relação com várias organizações internacionais, tais como a União Internacional Raiffeisen (IRU), a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), a Associação Europeia de Bancos Cooperativos (EACB), a Confederação Latinoamericana de Cooperativas de Crédito (COLAC), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (WOCCU). As atividades da DGRV contribuem com conhecimentos técnicos para toda a rede cooperativista, além de manter assessoria para o desenvolvimento em mais de 30 países, com participação do Ministério Federal, para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (BMZ) com os seguintes objetivos: Incentivar que a ampla população participe do desenvolvimento econômico e social do país; Eliminar de modo permanente as causas e as consequências da pobreza e das distorções estruturais; Incentivar a prática da autoajuda e de autorresponsabilidade; Criar estruturas para o desenvolvimento sustentável. Para o alcance de seus objetivos, a DGRV realiza as seguintes atividades no âmbito do cooperativismo: Fomenta as cooperativas de todos os ramos: finanças, agricultura, manufatura, comércio e pequenas indústrias; Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 9

10 Apoia e assessora as federações regionais de cooperativas; Incentiva a formação e a capacitação cooperativista; Auxilia na implementação de sistemas de auditoria e dos processos de supervisão. As atividades da DGRV são orientadas pelas seguintes diretrizes: Necessidades das pessoas nos países parceiros; Autoajuda com orientação empresarial; Diretrizes e projetos do governo alemão e a sua política de cooperativa para o desenvolvimento; Instituições internacionais e da Alemanha do setor cooperativista. Cooperativas no setor agrícola No setor agrícola tem-se um total de cooperativas e 19 cooperativas centrais que trabalham pelo bem econômico dos 1,5 milhões de sócios. A participação das cooperativas agrícolas no mercado alemão oscila entre 30% para a carne e vinhos, e 50% para cereais, verduras etc. e alcançam até 60% para a indústria leiteira. Em volume de negócio total no ano de 2014, chegou a 66 bilhões de euros. Cooperativas que atuam no setor da pequena indústria, do comércio e de serviços O terceiro e o quarto pilar das cooperativas na Alemanha são as cooperativas nas áreas da pequena indústria, do comércio e de serviços e suas 7 cooperativas centrais, além de 285 cooperativas de consumo. Elas contam com 900 mil sócios. As cadeias de supermercados cooperativos, as cooperativas de compra para padeiros e as cooperativas de profissionais da saúde representam somente uma parte do segmento crescente de atividades cooperativas. Principais dados do sistema cooperativo alemão em 31/12/2014: (a) Atuação em 3 setores: Agricultura: cooperativas de base, 19 cooperativas centrais e 1 federação nacional. O volume de negócios é de 66 bilhões de euros; Bancário: cooperativas de base, 2 bancos centrais cooperativos, vários institutos financeiros específicos e uma federação. O total de ativos totaliza 788 bilhões de euros; Pequenas indústrias e setor de serviços: cooperativas, 7 cooperativas centrais e 2 federações nacionais. O volume de negócios é de aproximadamente 117 bilhões de euros. (b) 19,5 milhões de sócios e de clientes que representam aproximadamente 24% da população da Alemanha; (c) 5 federações regionais de auditoria e 6 federações de auditoria especializada; Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 10

11 (d) 9 centros de capacitação tanto de âmbito regional quanto de âmbito nacional; (e) Nenhum tipo de interferência, nem financiamento público. As cooperativas não possuem benefícios tributários na Alemanha. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 11

12 6. O cooperativismo financeiro O grupo bancário cooperativo está organizado de maneira descentralizada. Todas as instituições locais são autônomas. Todos os bancos e os institutos financeiros cooperativos regionais e nacionais (por exemplo, o DZ BANK AG Deutsche Zentral- Genossenschaftsbank e o Banco Central Cooperativo) apoiam o nível local (princípio de subsidiariedade). O sistema de cooperativas de crédito, que na Alemanha são chamadas de banco, está organizado em três níveis com ativos que totalizaram 788 bilhões em Sua forte base é constituída por uma rede de bancos cooperativos de base e de suas filiais, que são os bancos Populares, os bancos Raiffeisen e os bancos cooperativos a serviço de profissionais determinados, como funcionários públicos, pessoal administrativo e profissionais da área da saúde. O grupo engloba também 125 cooperativas Raiffeisen com transações comerciais (cooperativas mistas) que desenvolvem operações bancárias e comerciais sob o mesmo teto. Hoje, os ativos totais de um banco cooperativo alcançam, em média, 752 milhões de euros. Essa cifra aumentou visivelmente devido às fusões realizadas no setor e no incremento geral de transações (1970: bancos cooperativos 40 milhões de euros em média de total de ativos, 1990: bancos cooperativos 298 milhões de euros em média de total de ativos). As participações de mercado variam de 15% a 27,9% em crédito (dependendo do grupo de clientes grandes firmas, PME) e de 16% a 29% em distintos tipos de depósitos. O segundo nível do sistema bancário cooperativo é constituído por dois bancos regionais (o WGZ BANK Westdeutsche Genossenschafts-Zentralbank e o Banco Central Cooperativo Regional do Oeste) e escritórios regionais do DZ BANK AG, dedicados, entre outros, à gestão de liquidez, ao refinanciamento e às atividades de comércio internacional. O número de bancos regionais, originalmente fundados por bancos locais, era maior, mas para atender aos interesses dos seus sócios e clientes da melhor maneira possível e, devido à necessidade de adaptação às mudanças gerais do setor bancário alemão, foram realizadas fusões dos bancos regionais e dos bancos cooperativos de base, em um processo que ainda persiste. Os bancos cooperativos de base e o WGZ BANK também são os principais acionistas do Banco Central Cooperativo DZ BANK AG - Deutsche Zentral-Genossenschaftsbank que representa o terceiro e o mais alto nível do sistema bancário cooperativo. O sistema inclui também uma série de instituições que oferecem serviços financeiros especiais ou outros serviços especializados. A maioria dessas empresas integradas é filial de propriedade comum do WGZ BANK e do DZ BANK AG. Os serviços e os produtos dessas empresas são precificados, dessa forma, é evitada a prática de rateios de custos às cooperativas. A soma dos ativos do sistema financeiro cooperativo do qual fazem parte também os bancos cooperativos hipotecários, a cooperativa de habitação Bausparkasse Schwäbisch- Hall (a maior cooperativa de habitação da Europa), a companhia de seguros R+V Versicherung e a companhia de Asset Management Union Investment chegou a Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 12

13 aproximadamente trilhão de euros em Esse valor é equivalente a aproximadamente 76% do PIB do Brasil. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 13

14 7. Fundo garantidor dos bancos BVR A Federação Nacional dos Bancos Cooperativos (BVR) é uma associação de proteção do setor bancário cooperativo, constituída há mais de 80 anos com a finalidade de gerir e aportar os recursos do fundo de proteção e administrar a marca única dos bancos cooperativos na Alemanha. Os aportes realizados são basicamente para ações preventivas, objetivando a recuperação econômica e financeira dos bancos cooperativos em dificuldade, ou para a reorganização de cooperativas em processos de incorporação. Esse fundo garantidor assegura 100% dos depósitos de seus clientes e associados, sendo esse um dos diferenciais competitivos do cooperativismo na Alemanha, porque os bancos privados não possuem o mesmo percentual de cobertura que atualmente é limitado a Elementos do sistema de proteção da BVR: Desde a constituição da Federação Nacional dos Bancos Cooperativos (BVR) não houve falência de bancos cooperativos ou perda de recursos de seus cooperados e clientes. A proteção dessa associação alcança bancos cooperativos, postos de atendimento, 18 milhões de associados, 30 milhões de clientes e 788 bilhões de euros em ativos, o que representa aproximadamente 20% do sistema financeiro da Alemanha. A BVR mantém escritórios nas cidades de Berlim e de Bruxelas para a representação dos interesses dos bancos cooperativos na Alemanha e na União Europeia, com atribuições de organização de cúpula das instituições de crédito. Desde 2001, o estatuto da BVR permite amplas possibilidades de intervenções nos bancos com o objetivo de afastar os riscos de dificuldades econômicas iminentes ou existentes nas cooperativas de crédito, mediante as seguintes atuações: Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 14

15 Representações dos interesses das cooperativas em âmbito nacional e internacional; Coordenação e desenvolvimento da estratégia comum dos bancos cooperativos; Assessoria e apoio para os bancos associados em matéria jurídica, fiscal, tributária e de gestão; Além de responsabilidade pela manutenção do sistema de proteção cooperativista na Alemanha. As principais possibilidades de intervenções da BVR no âmbito do sistema de proteção são: Incentivos para alterações de políticas de negócios que caracterizam elevado apetite a riscos; Exigências de projetos de reestruturação ou de saneamento; Orientações para mudanças no nível técnico ou de pessoal; Autoridade para excluir integrantes do sistema de proteção. As decisões na BVR são adotadas com base em propostas emitidas pelo comitê central ou pelo comitê regional de saneamento. Os comitês formulam propostas de apoio para as medidas de cobertura e atuam com alçadas distintas. As propostas com valores até 25 milhões de euros são emitidas pelo comitê regional e os valores superiores são avaliados pelo comitê central. Os principais benefícios do sistema de proteção são caracterizados pelos seguintes aspectos: Prática da proteção das instituições financeiras cooperativas como fator fundamental para a credibilidade e a manutenção da imagem do setor; Defesa dos interesses comuns da rede cooperativista de crédito; Manutenção do patrimônio líquido em situação de dificuldade econômica das instituições; Solvência das instituições filiadas; Segurança no modelo de funcionamento descentralizado do cooperativismo de crédito alemão; Rating dos bancos cooperativos com ponderação baixa e adequada. Na década de 90, e ainda no início do século XXI, o sistema de proteção realizou diversos saneamentos em decorrência da reunificação da Alemanha Oriental e da Ocidental: fusões de instituições, saneamentos de deficiências na estrutura interna de controles e gestão das filiadas. Em consequência desse contexto, a BVR adotou um sistema de alerta preventivo para detectar situações indesejáveis nas instituições, monitoramento da solvência e procedimentos de intervenções preventivas nas instituições. Nesse sistema, as federações regionais de auditoria são fundamentais para o sucesso do modelo de proteção, porque atuam na segurança da integridade dos valores apresentados nas demonstrações contábeis e, de forma preventiva, dos riscos mediante avaliações da gestão e dos controles das entidades filiadas. Dessa forma, constituem importante linha de defesa da BVR. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 15

16 O sistema de proteção da BVR não é um sistema de capitalização, porque sua manutenção é por rateio. Possui as seguintes características e vantagens: É capaz de superar crises, quando houver necessidade de saneamento; Calcula e mantêm fixas as contribuições anualmente, considerando prováveis riscos do ano subsequente; É financiado pelas instituições filiadas e não recebe recursos públicos; Dispõe de capital e de reservas para eventuais medidas de saneamento; Possibilita às instituições filiadas pagarem somente as contribuições que são julgadas necessárias para superar as crises; Não é um fundo para o acúmulo de capital. A base de cálculo das contribuições é determinada segundo os ativos ponderados pelo risco, conforme os critérios definidos pelo comitê de Basileia II, e multiplicada pelo indicador de contribuição básica, que é definido anualmente pela presidência da BVR, podendo variar de 0,4% até 2% dependendo dos riscos esperados para o exercício seguinte. O resultado dessa equação é ponderado por um método de rating com 9 categorias que resultam em 6 percentuais que variam de 80% até 140% do referencial de contribuição. Os referenciais para os critérios mencionados consideram informações contidas nas demonstrações contábeis auditadas. Método de cálculo das contribuições da BVR: O método de classificação de risco da BVR considera 8 indicadores referentes ao patrimônio, às receitas e aos riscos, proporcionando um estímulo eficaz para fomentar uma política de negócio das instituições filiadas orientadas ao risco. Também possibilita o cálculo de probabilidade da instituição filiada de utilizar os recursos do fundo garantidor, mediante critérios uniformes, transparentes e com elevado poder de discriminação dos riscos. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 16

17 Indicadores de monitoramento das instituições financeiras utilizados pela BVR: As ações de prevenção e de saneamento adotadas pela BVR estão estabelecidas no estatuto do sistema de proteção. Para o gerenciamento dessa temática as instituições são classificadas em três categorias: Instituições com baixo risco: são entidades que não apresentam desenquadramentos nos indicadores ou advertências sobre exposição a riscos em relatórios da auditoria. Para essas entidades, não há procedimentos estabelecidos no estatuto do sistema de proteção. Instituições qualificadas para prevenção: são cooperativas que apresentam políticas de negócios duvidosas, desenquadramentos em indicadores utilizados no monitoramento da BVR ou advertências sobre exposição a riscos em relatórios da auditoria. As medidas adotadas na fase de prevenção são calibradas conforme a dimensão dos problemas e estão classificadas da seguinte forma: Observação: são iniciativas para motivar a alteração da política de negócio que apresenta elevada exposição ao risco. As exigências dessa medida compreendem o envio de relatórios mais abrangentes e o controle periódico de resultado e de risco. Acompanhamento: nessa fase são aplicadas medidas específicas para tratamento do risco, além daquelas previstas na fase de observação. Reestruturação: essa medida requer a avaliação da diretoria da instituição com a finalidade de verificar se os diretores apresentam condições de elaborar e de Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 17

18 implementar um projeto de reestruturação, podendo ocorrer o afastamento da diretoria. Instituições qualificadas para saneamento: o processo de saneamento ocorre em duas fases, detalhadas a seguir: 1ª fase: compreende um período de 3 a 6 meses e inclui solicitação de aporte para saneamento, assinatura de contrato condicionado à aprovação da BVR, compromisso de evitar novas perdas e eventual substituição dos dirigentes; 2ª fase: compreende um período de até 5 anos e estabelece metas para o banco restabelecer a rentabilidade básica, elabora um projeto de reestruturação, realiza o saneamento econômico, avalia os recursos humanos e controla, periodicamente, a evolução do banco. O processo de reestruturação inicia-se pela avaliação das causas que determinaram os resultados negativos da instituição mediante avaliação da estratégia de negócios, desempenho das vendas, estrutura de pessoal, governança e controle de riscos. Após essas avaliações, são definidos os posicionamentos, as ideias para reorientação dos administradores, as medidas centrais para alcançar as metas do projeto de reestruturação e um plano de negócio contendo os efeitos das medidas planejadas em médio prazo. A eficácia e a implementação do projeto de reestruturação são periodicamente acompanhadas mediante relatórios padronizados. O contrato de saneamento assinado pela administração da instituição que recebeu o aporte de recursos e o sistema de proteção da BVR abrange, entre outros, os seguintes compromissos: A instituição é obrigada a utilizar todas as reservas para a recuperação econômica; Há necessidade de o banco manter patrimônio líquido suficiente para satisfazer todos os limites legais definidos pela BaFin e dar continuidade ao desenvolvimento planejado para os negócios, caso contrário, teria que ocorrer a liquidação do banco; A distribuição de dividendos é permitida e desejável; A garantias devem ser suficientes para os riscos previstos no período de até 5 anos; Os prejuízos em valores são compensados por aportes contabilizados na forma de doação no resultado da instituição; A instituição é obrigada a elaborar o projeto de saneamento e manter controle do êxito no alcance das metas; A obrigação de amortização dos aportes de saneamento possui base em lucros futuros. Cabe salientar que a contabilidade das cooperativas na Alemanha é realizada com base no código comercial alemão e a referida obrigação não é refletida no passivo das demonstrações financeiras; É obrigatória a verificação da possibilidade de processos judiciais contra os diretores. Em alguns casos, o saneamento ocorre mediante a sessão da carteira de crédito de difícil liquidação para um bad bank. Essa instituição é controlada pela BVR e dedica-se ao processamento de créditos com difícil recuperação. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 18

19 8. Entidades de auditoria do cooperativismo Visita técnica ao Sistema Cooperativo da Alemanha A Lei Geng obriga que todas as cooperativas na Alemanha sejam auditadas anualmente, sendo que as cooperativas de crédito também estão sujeitas à auditoria da Superintendência Federal (BaFin) e do Banco Central Europeu. O mandato de auditoria foi outorgado à DGRV e é atribuição das federações cooperativas regionais de auditoria. Dessa forma, as cooperativas estão sujeitas à auditoria estatutária obrigatória por parte dessas federações. Outra atividade importante das federações regionais é a consultoria às cooperativas, particularmente no que se refere à gestão de negócios, às questões jurídicas e à organização de atividades e de treinamentos. Além disso, essas federações oferecem uma ampla gama de serviços adicionais, tais como: assessoria específica em processamento eletrônico de dados e sistemas de gestão de informação. Os diretores, os executivos e os auditores das federações regionais são capacitados na Academia de Cooperativas Alemã, ADG, com sede em Montabaur. Essa entidade atua com instrumentos e métodos modernos de capacitação e oferece uma seleção ampla de treinamentos, orientados pela demanda das cooperativas. A seguir, elencamos as federações regionais filiadas à DGRV: Baden-Württemberg Cooperative Federation BWGV Genossenschaftsverband GV Genossenschaftsverband Bayern GVB Genossenschaftsverband Weser-Ems GVWE Rheinisch-Westfälischer Genossenschaftsverband RWGV As federações são responsáveis pela prestação de serviços de auditoria e de consultoria para as cooperativas associadas, que atuam nos segmentos bancário, de agricultura, de comércio, de serviço, entre outras empresas não associadas de interesse do segmento cooperativo. Cabe salientar que os dois bancos cooperativos WGZ BANK e DZ BANK AG, com atuação nacional, são auditados pela DGRV. Federação - Genossenschaftsverband Bayern GVB em Munique/Alemanha Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 19

20 9. Federação regional de auditoria - Genossenschaftsverband Bayern - GVB Área de atuação A GVB é uma federação regional de auditoria localizada na cidade de Munique, no estado da Baviera, ao sul da Alemanha, com responsabilidade pela auditoria externa de cooperativas, que representam 2,9 milhões de associados e clientes, sendo 275 cooperativas de crédito. Diretrizes para as atividades O trabalho da federação GVB observa diretrizes da DGRV e tem caráter estratégico para o sistema cooperativo, forte alinhamento com os interesses do sistema de proteção da BVR (fundo garantidor) e coopera com a supervisão bancária do Banco Central alemão, além de incentivar a intercooperação entre os diferentes setores do cooperativismo na Alemanha. Essa atuação é considerada um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento e o fortalecimento do cooperativismo no país. Estrutura de recursos humanos A diretoria executiva da Federação Regional GVB é composta por dois diretores executivos com status de presidente, com mesmo nível hierárquico segundo o princípio dos quatro olhos. Esses executivos são supervisionados por um conselho eleito em assembleia geral, que exerce a função de nomeá-los e fiscalizá-los. A estrutura operacional possui 204 funcionários, sendo 6 colaboradores alocados em um departamento de normas, que é responsável pelo gerenciamento do conhecimento com atividades de suporte às equipes de auditores, pela interpretação de legislações, pelo desenvolvimento de modelos de papel de trabalho e de programas de auditoria, e pelos treinamentos internos presenciais e online. Papel e responsabilidades dos chefes de equipe Os trabalhos, em média, possuem duração de 1 a 3 três meses e são coordenados por 17 equipes. As equipes são lideradas por um chefe de auditoria que é responsável pela elaboração de cronograma de trabalho, participação em assembleias de associados, participação em reuniões do conselho fiscal e da diretoria para tratamento de assuntos críticos, além de supervisionar, desenvolver e motivar a sua equipe. Os chefes de equipe assumem trabalhos em aproximadamente 25 bancos e têm o apoio de equipes próprias compostas por assistentes de auditoria, auditores certificados internamente na Academia de Cooperativas Alemã - ADG, auditores certificados na Câmara de Contadores (certificação externa) e especialistas em TI e Tributos. Somente há compartilhamento de auditores entre os chefes de equipes, em caráter de exceção. De acordo com o Sr. Werner Schartel, chefe de equipe na GVB, o tempo de revisão de uma auditoria, considerando relatórios e papéis de trabalho é de aproximadamente 3 dias. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 20

21 Precificação dos serviços de auditoria Os custos da equipe de auditoria são calculados conforme a quantidade de dias necessários para a realização do trabalho e o nível de qualificação dos profissionais envolvidos na auditoria. O dia de trabalho dos auditores certificados na Academia de Cooperativas Alemã custa aproximadamente 700 euros e o valor dos auditores certificados na Câmara de Contadores alcança a euros/dia. As cooperativas podem optar por duas formas de pagamento, sendo por projeto com valores prefixados ou pelo custo variável conforme a quantidade de dias utilizados para o trabalho de auditoria. No banco VR Starnberg-Herrsching-Landsberg eg, com ativos de aproximadamente 2 bilhões de euros, o custo da auditoria da federação corresponde a 200 mil euros, e a auditoria interna a 600 mil euros, a soma desses custos representam aproximadamente 4% do resultado operacional anual. Faturamento da federação regional da Baviera Em 2014, o faturamento anual da GVB foi de 80 milhões de euros, sendo 40 milhões referente a serviços de auditoria, e 40 milhões com atividades de assessoria e treinamentos. As áreas de assessoria e de auditoria são segregadas para evitar conflito de interesses, sendo a expertise dos auditores insumo para treinamentos. Auditorias especiais Além desses serviços, a federação realiza sob demanda dos bancos ou da BaFin, auditorias especiais de prevenção ao crime de lavagem de dinheiro, avaliação de instrumentos financeiros e trabalho de auditoria interna, especialmente quando o banco não possui estrutura suficiente para cumprir o escopo da auditoria interna, como o banco Raiffeisenbank Beuerberg-Eurasburg eg, que contrata serviços pontuais na federação regional de auditoria GVB para cumprir sua programação de auditoria interna anual. Planejamento de auditoria O planejamento de auditoria é plurianual, para o período de 5 anos, e apresenta mapeamento de riscos, agenda de teste, avaliação do risco de continuidade mediante simulação de efeito de possíveis cenários adversos baseados no risco país, taxa de juros, taxa de desemprego e riscos setoriais relacionados à economia da área de atuação da cooperativa. A auditoria é orientada ao risco, dessa forma, os controles-chave e os fatores que representam alto risco são anualmente examinados e mediante ciclo de até 3 anos são avaliadas as demais áreas, consideradas de baixo risco. Os novos funcionários que ocupam funções-chave nos controles da cooperativa são incluídos na avaliação de risco e monitorados nos exames de auditoria com a finalidade de mitigar os riscos de perdas relacionadas a erros. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 21

22 Etapas de auditoria O escopo da auditoria está organizado em duas etapas: na primeira é executado o trabalho de ínterim, no período de julho até dezembro, com a realização de exames das operações de crédito, avaliação dos controles internos e avaliação da atividade de auditoria interna e de normas estabelecidas pelos órgãos de supervisão bancária da Alemanha. A segunda etapa da auditoria é realizada entre o período de janeiro até maio, e abrange a revisão das demonstrações contábeis e a avaliação do risco de continuidade da cooperativa e da atuação da diretoria e dos conselheiros fiscais. Materialidade As distorções nas demonstrações contábeis a débito e a crédito são somadas e quando o valor supera a materialidade de auditoria, 1% do valor do ativo ou 10% do resultado operacional, são comunicadas à Superintendência Federal (BaFin), juntamente com outros fatos considerados relevantes. Auditoria de gestão De acordo com a federação, a auditoria de gestão é um desafio, porque nem sempre é possível comprovar os assuntos. Nesses trabalhos, os indicadores de controle interno e de resultado são comparados com o desempenho das demais cooperativas e constituem importantes fontes de evidências para a auditoria de gestão. Fatores de risco que influenciam no tamanho da amostra A avaliação de risco influencia no tamanho das amostras e na época dos exames. O risco pode ser aumentado em decorrência de flutuações no saldo da carteira de crédito em valores acima do referencial de expectativa, no aumento de operações sem garantias, na identificação de riscos setoriais da economia que possam afetar a capacidade de pagamento dos devedores, entre outros assuntos. Características da amostragem de operações de crédito A seleção da amostra da carteira de crédito é direcionada e a quantidade de itens é definida por julgamento. Não há aplicação de amostra estatística e extrapolação dos ajustes. Dentre a seleção encontram-se os 5 maiores saldos devedores, as operações com parcelas clean (sem garantia), 3 operações com parcelas menores do que 50 mil euros e 4 créditos com maior probabilidade de inadimplência. A representatividade da amostra geralmente é de 5% a 10% da carteira. Os critérios de seleção da amostra não são modificados para dar a oportunidade de qualquer operação da população ser selecionada. Relatórios A federação de auditoria emite relatórios no decorrer do exercício sobre a adequação do relatório anual, a gestão da instituição, os controles de prevenção à lavagem de dinheiro e as operações de títulos e valores mobiliários, totalizando 4 tipos de relatórios. O formato dos relatórios é alinhado com a DGRV em conjunto com a Superintendência Financeira Federal (BaFin) e parametrizado no sistema de auditoria, de forma que os Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 22

23 auditores selecionam opções de textos pré-formatados para a elaboração dos relatórios e, dessa forma, alcançam elevado nível de padronização, reduzem os custos de elaboração e os esforços de revisão. Os principais usuários são os órgãos de supervisão bancária (BaFin e Bundesbank), o sistema de proteção BVR e a administração das cooperativas. Legislação contábil Cabe salientar que, na Alemanha, somente as empresas de capital aberto, com ações na bolsa de valores, são obrigadas a observar as normas internacionais de contabilidade. Por isso, a contabilidade das cooperativas é realizada conforme o Código Comercial Alemão e não observa as normas contábeis publicadas pelo IASB. Nesse contexto de regulamentação, as cooperativas podem reter sobras do exercício corrente, de forma prudencial, mediante o registro de provisão para ágio pago na aquisição de títulos e valores mobiliários, além de constituir provisão de crédito de até 4% do total de recebíveis, denominadas de reservas invisíveis, previstas no Código Comercial Alemão. Essas reservas estão à disposição dos diretores das cooperativas e sua utilização deve respeitar as normas previstas no Código Comercial Alemão. Federação Genossenschaftsverband Bayern (GVB) em Munique/Alemanha Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 23

24 10. Visita técnica a três bancos Nos dias 1 e 2 de outubro de 2015, visitamos o banco VR Starnberg-Herrsching-Landsberg eg e fomos recepcionados pelo Sr. Peter Geub, diretor, e pelo Sr. Peter Wilhelm, chefe da auditoria interna. Nos dias 5 e 6 de outubro de 2015, visitamos o banco BR banco Werdenfels EG e fomos recepcionados pelo Sr. Walter Beller, diretor, pelo Sr. Hans Peter Fuchs, chefe da auditoria interna e pelo Sr. Robert Horl, chefe do gerenciamento de negócios. No dia 7 de outubro, visitamos o banco Raiffeisenbank Beuerberg-Eurasburg eg e fomos recepcionados pelo Sr. Helmuth Lutz, diretor. Durante essas visitas, estávamos acompanhados pelo Sr. Werner Schartel, chefe de auditoria da Federação Regional da Baviera, GVB. Apresentação do banco VR-Bank Starnberg-Herrsching-Landsberg eg O banco VR Starnberg-Herrsching-Landsberg eg está localizado na cidade de Starnberg, no estado da Baviera, e foi fundado em Atualmente, está em processo de fusão com os bancos Raiffeisenbank Südöstl Lago Starnberg eg e Raiffeisenbank Lech AmmerseeeG devido aos custos crescentes com a implementação de marcos regulatórios e à baixa taxa de juros decorrente da política econômica do Banco Central Europeu. Dados dos bancos VR Starnberg-Herrsching-Landsberg eg, Raiffeisenbank Südöstl Lago Starnberg eg, Raiffeisenbank Lech Ammersee-eG na data base de 31/12/2014: VR Starnberg- Herrsching- Landsberg eg Raiffeisenbank Südöstl. Lago Starnberg eg Raiffeisenbank Lech AmmerseeeG Referenciais Total Empregado Estagiário Postos de atendimento (PACs) Clientes Associados Total de ativos (em Euros) Depósitos incluindo obrigações (em Euros) Operações de crédito (em Euros) A equipe de auditoria interna é formada por 10 auditores e coordenada pelo Sr. Peter Wilhelm, chefe da auditoria interna, o qual se reporta à diretoria. VR-Bank Starnberg-Herrsching-Landsberg eg em Starnberg/Alemanha Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 24

25 Apresentação do banco VR-Bank Werdenfels eg Visita técnica ao Sistema Cooperativo da Alemanha O Banco VR Werdenfels eg, com sede na cidade de Garmisch-Partenkirchen, localizada no estado da Baviera, conta com 350 funcionários, 36 postos de atendimento e clientes sendo apenas associados. Os ativos totalizam 1,3 bilhão de euros, empréstimos em 1,1 bilhão de euros e depósitos administrados de 1,6 bilhão de euros. A equipe de auditoria interna é formada por 6 auditores e coordenada pelo Sr. Hans Peter Fuchs, chefe da auditoria interna com experiência de mais de 40 anos na atividade, o qual se reporta à diretoria. Esse banco passou por 3 fusões em virtude da necessidade de estrutura para a implementação e a manutenção dos marcos regulatórios. VR-Bank Werdenfels eg em Garmisch-Partenkirchen/Alemanha Apresentação do banco Raiffeisenbank Beuerberg-Eurasburg eg O banco Raiffeisenbank Beuerberg-Eurasburg eg, com sede na cidade de Eurasburg, localizada no estado da Baviera, conta com 42 funcionários, 2 postos de atendimento, clientes e associados. Os ativos totalizam 190 milhões de euros. A equipe de auditoria interna é formada por um auditor, o qual se reporta à diretoria. A particularidade desse banco é o acúmulo de atividades financeiras e de comércio, incluindo a administração de 2 supermercados (banco misto). Esse banco realiza operações com derivativos, o que o torna peculiar entre as demais cooperativas. O diretor da cooperativa explicou que essas operações foram questionadas pela federação de auditoria da Baviera e as divergências de opinião sobre esse assunto causaram descontentamento com o modelo de monopólio da atuação da auditoria. Perante esse contexto é possível perceber que mesmo em um ambiente regulado, com governança evoluída, o trabalho da auditoria está exposto a desgastes e que a sustentabilidade e a independência dessas entidades somente são possíveis mediante a obrigatoriedade de filiação. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 25

26 Raiffeisenbank Beuerberg-Eurasburg eg em Eurasburg/Alemanha Responsabilidades do conselho fiscal O conselho fiscal é um colegiado de administração estratégica, com poder de convocar assembleias quando houver necessidade, para tratar de qualquer assunto que careça da apreciação e da decisão dos associados. Esse colegiado é responsável pela defesa dos interesses dos associados na administração dos bancos, além da contratação, supervisão e definição da renumeração dos diretores executivos. Também aprova a prestação de contas anual, além de assegurar o cumprimento das decisões da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária. Eleições e política de remuneração do conselho fiscal Os integrantes do conselho fiscal são eleitos em assembleia geral de delegados a cada três anos, sendo obrigatória a renovação de no mínimo um terço. A remuneração desses conselheiros ocorre mediante cédulas de presença com valor equivalente à ajuda de custo. Representatividade da governança Os conselheiros são integrantes do quadro social e escolhidos mediante critérios que favorecem a participação dos diferentes grupos de interesses regionais, setoriais, profissionais, de tomadores e de poupadores que participam da cooperativa. Diferenciais competitivos Os diretores dos bancos visitados destacaram que o preço não é um diferencial competitivo dos bancos cooperativos em relação às entidades publicas e privadas que atuam no mercado financeiro alemão, porém, os seguintes aspectos são relevantes para o alcance de êxito nos negócios cooperativos na Alemanha: Elevada rede de atendimento; Agilidade no atendimento; Relacionamento e participação na comunidade que atua com o intuito de fidelizar o cliente; Sistema de proteção da BVR que garante 100% dos depósitos; Transparência com o associado. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 26

27 Portfólio de produtos O portfólio de produtos das cooperativas de crédito é amplo e competitivo no mercado financeiro e consiste em diversos produtos desenvolvidos pelos bancos cooperativos (WGZ BANK e DZ BANK AG) para atuar em negócios de seguros, crédito massificado, leasing, financiamento imobiliário, poupança e investimento, planos de aposentadoria, cartões de crédito etc. Publicidade As publicidades apresentam destaques para a atuação regional das cooperativas, inclusive com divulgação de patrocínios em eventos comunitários na região em que atua. Em 2014, o banco VR Starnberg-Herrsching-Landsberg eg divulgou doações regionais de euros para a região com o objetivo de fidelização de seus associados e clientes. De acordo com os bancos, o apelo regional é um importante diferencial dos bancos privados. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 27

28 11. Auditoria interna e externa Diferenças fundamentais entre a auditoria interna e a auditoria externa da federação A auditoria interna é considerada uma linha de defesa importante para o êxito da diretoria na atividade de identificar, monitorar e mitigar riscos antes de ocorrer apontamentos pela auditoria da federação e pelos órgãos supervisores do sistema financeiro, Superintendência Financeira Federal (BaFin) e Banco Central da Alemanha (Bundesbank). A federação é considerada uma linha de defesa das entidades externas, como o fundo de proteção (BVR), o Banco Central da Alemanha e os associados. Nesse contexto, não há elementos que caracterizem sobreposição de atividades. Remuneração A política de remuneração da auditoria interna está alinhada com os interesses do cooperativismo com destaque para a continuidade do negócio. Há 9 categorias de faixas salariais, balizadas nos critérios de formação, antiguidade e desempenho qualitativo. O aumento de categoria ocorre quando o auditor assume maior responsabilidade, normalmente após participar de cursos de especializações em assuntos específicos do trabalho, como carteira de crédito, títulos e valores mobiliários e prevenção ao crime de lavagem de dinheiro. Se não houver alteração de categoria, o aumento salarial do auditor será pequeno e pelo critério de antiguidade. Política para melhoria do clima organizacional As equipes de auditoria interna e da federação também possuem programas individuais voltados à melhoria do clima organizacional, com destaque para atividades esportivas, passeios e encontros anuais. Enfoque de auditoria O enfoque da auditoria é baseado em três princípios orientados ao risco, à abrangência e à progressividade. Com base nessas diretrizes, o planejamento dos trabalhos é plurianual, com abrangência de três anos, e estabelece que todas as áreas devem ser auditadas naquele período. As áreas de maior risco são examinadas anualmente e os processos com baixo risco são analisados em até três anos. Referencial para avaliação de controle A avaliação dos controles em todo o processo de auditoria interna e também da Federação de Auditoria, observa a regulamentação interna do país, de forma que não há adoção de referencias como COSO (The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) ou COCO (Criteria of Control Committe of Canadian Institute of Chartered Accountants). Todas as referências de controle estão no manual MaRisK, emitido pela BaFin, ou em normativos específicos aplicáveis ao cooperativismo na Alemanha. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 28

29 Fatores de risco que influenciam no tamanho da amostra Visita técnica ao Sistema Cooperativo da Alemanha A auditoria na carteira de crédito inicia-se pela obtenção de informação nos sistemas de TI com a finalidade de identificar os riscos do banco mediante a avaliação da segregação de atividades, os níveis de autorização para acesso aos sistemas automatizados, as operações sem garantia, o prazo médio da carteira, a concentração de crédito em determinados setores de atuação dos tomadores do crédito, a situação econômica da área de atuação da cooperativa e a taxa de desemprego por segmento de negócio. Tamanho da amostragem de operações de crédito Após o entendimento dos riscos da carteira de crédito, com base na avaliação dos controles nos sistemas de TI, ocorre a seleção de amostragem de 5% a 10% da carteira de crédito de forma direcionada para os riscos mapeados na fase inicial do trabalho. Volume de horas alocadas para o exame de operações de crédito Para o exame de cada item da amostra de operações de crédito são alocadas, em média, de 10h a 15h para a análise da capacidade de pagamento do tomador, do fluxo de caixa dos pagamentos, do ramo de atividade, do registro na junta comercial, do capital das empresas, das propostas de crédito, das cláusulas do instrumento de crédito, da taxa e do prazo da operação. Premissas para o cálculo e a escrituração da provisão de crédito A provisão de crédito é constituída para as perdas incorridas no fim do exercício, conforme o Código Comercial Alemão. O valor das perdas esperadas é calculado com base no histórico de inadimplência do setor de atuação do devedor, mediante modelos estatísticos. Normalmente, esse valor é provisionado no ativo e compõe as reservas invisíveis (provisões limitadas a 4% dos recebíveis). Risco de inadimplência Cabe salientar que o risco de inadimplência do crédito é pequeno e está diretamente relacionado ao desempenho do setor de atuação do tomador do crédito. Em 2014, o banco VRStarnberg-Herrsching-Landsberg eg provisionou 0,03% para um montante de bilhão de euros em operações de crédito e informou que há 32 associados em monitoramento que estão com dificuldade de realizar os pagamentos. O banco Raiffeisenbank Beuerberg-Eurasburg eg mencionou que em 17 anos foi necessário executar apenas 3 garantias em pagamento de operações de crédito. Processo de recebimento de bens não de uso Outro diferencial é a forma que a legislação na Alemanha trata o recebimento de garantias para pagamento de operações de crédito. De forma diferente do Brasil, onde o leilão ocorre somente após o esgotamento do prazo regulamentar para alienação, na Alemanha, as garantia oferecidas para pagamento de operações de crédito são primeiramente leiloadas por empresas especializadas e o valor recebido é utilizado para a liquidação das operações de crédito. A propriedade do bem somente é transferida para o banco e contabilizada se não houver compradores interessados no processo de leilão. Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa Cnac 29

Sistema de Proteção dos Bancos Cooperativos da Alemanha

Sistema de Proteção dos Bancos Cooperativos da Alemanha Sistema de Proteção dos Bancos Cooperativos da Alemanha Dr Paul Armbruster, Diretor do Departamento Internacional Confederação de Cooperativas da Alemanha - DGRV Pilares Supervisão O Sistema Bancário Alemão

Leia mais

Política institucional de governança corporativa. 1. Esta Política institucional de governança corporativa:

Política institucional de governança corporativa. 1. Esta Política institucional de governança corporativa: 1. Esta Política institucional de governança corporativa: a) é elaborada por proposta da área de Normas da Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação), entidade definida como

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO, INTEGRIDADE, RISCOS E CONTROLES INTERNOS MGI MINAS GERAIS PARTICIPAÇÕES S.A.

POLÍTICA DE GESTÃO, INTEGRIDADE, RISCOS E CONTROLES INTERNOS MGI MINAS GERAIS PARTICIPAÇÕES S.A. POLÍTICA DE GESTÃO, INTEGRIDADE, RISCOS E CONTROLES INTERNOS MGI MINAS GERAIS PARTICIPAÇÕES S.A. 1 SUMÁRIO 1. OBJETIVO... 3 2. ABRANGÊNCIA... 4 3. DEFINIÇÕES... 4 4. FUNDAMENTAÇÃO... 5 5. REVISÃO DESTA

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016 COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO DOS MÉDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR DA ÁREA DE SAÚDE E EMPRESÁRIOS

Leia mais

R$ mil 100 %

R$ mil 100 % RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores cooperados, Submetemos à apreciação de V.S.as as demonstrações contábeis do exercício de 2017 da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empresários de Americana,

Leia mais

Manual de regras, procedimentos e controles internos ICVM 558/15

Manual de regras, procedimentos e controles internos ICVM 558/15 Manual de regras, procedimentos e controles internos ICVM 558/15 Atualizado em Maio de 2019 Sumário 1. Introdução... 3 2. Relatório Anual de Controles Internos... 3 3. Publicação de Informações Obrigatórias...

Leia mais

COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, DA EDUCAÇÃO, PEQ.EMPR.,MICROEMPR.E MICROEMPREEND.DO NORTE PAULISTA - SICOOB UNIMAIS NORTE PAULISTA

COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, DA EDUCAÇÃO, PEQ.EMPR.,MICROEMPR.E MICROEMPREEND.DO NORTE PAULISTA - SICOOB UNIMAIS NORTE PAULISTA DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016 COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, DA EDUCAÇÃO, PEQ.EMPR.,MICROEMPR.E MICROEMPREEND.DO NORTE PAULISTA

Leia mais

Instrumento Organizacional. Política Institucional GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS PI0028 V.2

Instrumento Organizacional. Política Institucional GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS PI0028 V.2 Instrumento Organizacional Tipo: Política Institucional Fase: Vigente Título: Número e Versão: GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS PI0028 V.2 Área Emitente: Aprovador: Vigência da 1ª versão: Vigência desta versão:

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO

DISTRIBUIÇÃO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO O COOPERATIVISMO DISTRIBUIÇÃO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO Produção 3% Consumo 2% Infra-estrutura 2% Transporte 12% Habitacional 5% Mineral 1% 1 Saúde 12% Agropecuário 20% Trabalho 24% Crédito 15% Educacional

Leia mais

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP RELATÓRIO ANUAL RESUMIDO DO COMITÊ DE AUDITORIA ESTATUTÁRIO - 2018 Aos Conselheiros de Administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 1. APRESENTAÇÃO O Comitê de Auditoria Estatutário

Leia mais

POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A.

POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. Demonstrações Financeiras Em 31 de Dezembro de 2010 Conteúdo Relatório dos Auditores

Leia mais

PARECER CONSOLIDADO DA COOPERATIVA. Cooperativa de Credito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha-Sicredi Pioneira RS

PARECER CONSOLIDADO DA COOPERATIVA. Cooperativa de Credito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha-Sicredi Pioneira RS PARECER CONSOLIDADO DA COOPERATIVA CNPJ: 91.586.982/0001-09 Cooperativa de Credito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha-Sicredi Pioneira RS Ano-base: 2016 Sumário Executivo A Cooperativa

Leia mais

Orientações para elaboração do Descritivo Sobre Aspectos Relevantes de Controles Internos - Circular Bacen 3.467/09

Orientações para elaboração do Descritivo Sobre Aspectos Relevantes de Controles Internos - Circular Bacen 3.467/09 Políticas e procedimentos a respeito da segregação de atividades, de modo a evitar conflitos de interesse e acúmulo de funções incompatíveis. Evidências de que a cooperativa mapeou as principais atividades

Leia mais

Gerenciamento de Riscos e Gestão do Capital

Gerenciamento de Riscos e Gestão do Capital Gerenciamento de Riscos e Gestão do Capital 2º Trimestre 2013 Sumário Introdução... 03 1. Sobre o Gerenciamento de Riscos... 04 1.1. Risco de Mercado... 04 1.2. Risco de Liquidez... 05 1.3. Risco de Crédito...

Leia mais

GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RISCOS CORPORATIVOS, CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE. Histórico de Revisões. Elaboração do Documento.

GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RISCOS CORPORATIVOS, CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE. Histórico de Revisões. Elaboração do Documento. Histórico de Revisões Versão: 01 Data de Revisão: Histórico: Elaboração do Documento. Índice I. Objetivo... 1 II. Abrangência... 1 III. Documentação Complementar... 1 IV. Conceitos e Siglas... 2 V. Responsabilidades...

Leia mais

Banco Santander, S.A. e empresas que compõem o Grupo Santander

Banco Santander, S.A. e empresas que compõem o Grupo Santander Banco Santander, S.A. e empresas que compõem o Grupo Santander Demonstrações Financeiras Consolidadas correspondentes ao exercício anual findo em 31 de dezembro de 2014, juntamente com o Relatório de Auditoria

Leia mais

Corporativa e Compliance

Corporativa e Compliance Lei 13.303 Lei 13.303 - Aspectos de Governança Corporativa e Compliance Aspectos de Governança 25a CONVECON Corporativa e Eliete Martins Compliance Sócia- Diretora Governança Corporativa - KPMG 25a CONVECON

Leia mais

As cooperativas de crédito no Brasil

As cooperativas de crédito no Brasil As cooperativas de crédito no Brasil RICARDO TERRANOVA FAVALLI Departamento de Supervisão de Cooperativas de Crédito e Instituições Não Bancárias Banco Central do Brasil 07 de agosto de 2014 Cronograma:

Leia mais

DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL

DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL JANEIRO A DEZEMBRO DE 2012 SUMÁRIO DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL... 4 1. FINALIDADE... 4 2. RESPONSABILIDADE

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Relatório de Gerenciamento de Riscos Relatório de Gerenciamento de Riscos Introdução Relatório elaborado em concordância com as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia e com as determinações do Banco Central do Brasil (Circular

Leia mais

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE MERCADO

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE MERCADO 1/5 POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE MERCADO 1. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCO A gestão de risco é considerada pela Instituição como instrumento essencial para a otimização do uso do capital e

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Conteúdo Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações contábeis.... 3 Balanço Patrimonial... 9

Leia mais

REGULAMENTO DA AUDITORIA INTERNA CORPORATIVA

REGULAMENTO DA AUDITORIA INTERNA CORPORATIVA REGULAMENTO DA AUDITORIA INTERNA CORPORATIVA 15/05/2018 1. Definição da atividade de auditoria A Auditoria Interna da TOTVS é uma atividade independente e objetiva que presta serviços de avaliação e de

Leia mais

Código: MSFC-P-004 Versão: 05 Emissão: 10/2011 Última Atualização em: 02/2016

Código: MSFC-P-004 Versão: 05 Emissão: 10/2011 Última Atualização em: 02/2016 Política de Controles Internos Código: MSFC-P-004 Versão: 05 Emissão: 10/2011 Última Atualização em: 02/2016 OBJETIVO Garantir a aplicação dos princípios e boas práticas da Governança Corporativa, e que

Leia mais

Plano Anual de Auditoria Interna

Plano Anual de Auditoria Interna Plano Anual de Auditoria Interna Responsável Hélder de Queiroz Lacerda Abrangência Sicredi Alagoas Cargo Área Coordenador de Auditoria Auditoria Interna Período de Vigência Exercício 2018 CNPJ: 41.180.092/0001-16

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS - ORIGINAL ASSET MANAGEMENT

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS - ORIGINAL ASSET MANAGEMENT POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS - ORIGINAL ASSET MANAGEMENT Índice A) OBJETIVOS 3 B) APROVAÇÃO 3 C) ABRANGÊNCIA 3 D) DISPOSIÇÕES GERAIS 3 1. DEFINIÇÕES 3 2. ESTRUTURA DE CONTROLE E DIRETRIZES

Leia mais

Política de Investimentos Plano D

Política de Investimentos Plano D Política de Investimentos Plano D Aprovada na 276ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo em 24/08/2017 VIGÊNCIA: 11/07/2017 a 31/12/2017 (Horizonte: 2017 a 2021) CONTEÚDO 1. O PLANO D... 2 2. ADMINISTRADOR

Leia mais

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Vida Tratada Com Respeito

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Vida Tratada Com Respeito FOLHA DE CONTROLE Título Política de Controles Internos Número de versão 1 Status Lançamento Autoria Superintendência de Controles Internos e Gestão de Riscos - SUCIR Pré-aprovação Diretoria Colegiada

Leia mais

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2004

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2004 BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2004 I. A EMPRESA O BNDES foi criado em 20 de junho de 1952, pela Lei n.º 1.628, como Autarquia

Leia mais

POLÍTICA DE COMPLIANCE E CONTROLES INTERNOS

POLÍTICA DE COMPLIANCE E CONTROLES INTERNOS POLÍTICA DE COMPLIANCE E CONTROLES INTERNOS 11/08/2017 INFORMAÇÃO INTERNA SUMÁRIO 1 OBJETIVO... 3 2 ABRANGÊNCIA... 3 3 REFERÊNCIAS... 3 4 CONCEITOS... 4 5 REGRAS GERAIS... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

Leia mais

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Vida Tratada Com Respeito

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Vida Tratada Com Respeito FOLHA DE CONTROLE Título Política de Gestão de Riscos Corporativos Número de versão 1 Status Lançamento Autoria Superintendência de Controles Internos e Gestão de Riscos Pré-aprovação Diretoria Colegiada

Leia mais

ANEXO II ENTIDADES DE CRÉDITOS 2º INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA CORRESONDENTE AO ANO 2015 DATA DO ENCERRAMENTO DO PERÍODO 31/12/2015

ANEXO II ENTIDADES DE CRÉDITOS 2º INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA CORRESONDENTE AO ANO 2015 DATA DO ENCERRAMENTO DO PERÍODO 31/12/2015 BANCO SANTANDER, S.A 2º SEMESTRE 2015 ANEXO II ENTIDADES DE CRÉDITOS 2º INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA CORRESONDENTE AO ANO 2015 DATA DO ENCERRAMENTO DO Razão Social: BANCO SANTANDER, S.A. I. DATOS DE IDENTIFICAÇÃO

Leia mais

ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE

ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 CONTEÚDO

Leia mais

Mais um fator que comprova a excelência dos serviços prestados.

Mais um fator que comprova a excelência dos serviços prestados. O Sicoob vem consolidando seu espaço entre as grandes instituições financeiras do país tornando-se o 39º maior grupo privado no ranking Melhores & Maiores, da Revista Exame. Mais um fator que comprova

Leia mais

Buscar uma empresa de consultoria é sempre um trabalho que requer cuidados e, por que não dizer, confiança e credibilidade.

Buscar uma empresa de consultoria é sempre um trabalho que requer cuidados e, por que não dizer, confiança e credibilidade. A PK Group é especializada em reestruturação Tributária e Financeira, a qual oferece um portfólio diversificado de serviços e soluções personalizadas aos clientes, garantindo-lhes um alto índice de sucesso

Leia mais

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 CONTEÚDO

Leia mais

Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito

Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito Risco de Crédito 1. Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito Conforme a Resolução 3.721 do Conselho Monetário Nacional define-se risco de crédito como

Leia mais

RELATÓRIO DE ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS

RELATÓRIO DE ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS RELATÓRIO DE ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS NOVEMBRO / 2016 1. ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS 1.1 INTRODUÇÃO O gerenciamento de riscos da Biorc Financeira é acompanhado constantemente pela Diretoria, sendo

Leia mais

Divulgação Quantitativa de Informações

Divulgação Quantitativa de Informações Divulgação Quantitativa de Informações Gestão de Riscos e Adequação do Capital Regulamentar Relatório contendo informações referentes à gestão de riscos, ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e à adequação

Leia mais

GESTÃO DE CAPITAL 2017

GESTÃO DE CAPITAL 2017 GESTÃO DE CAPITAL 2017 RELATÓRIO DE ACESSO PÚBLICO CONTENDO A DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL, EM CUMPRIMENTO AO ART. 7, 3º DA RESOLUÇÃO 3.988 DE 30 DE JUNHO DE 2011. Banco ABC Brasil

Leia mais

MERCADO DE CAPITAIS E BANCOS E SERVIÇOS FINANCEIROS

MERCADO DE CAPITAIS E BANCOS E SERVIÇOS FINANCEIROS MERCADO DE CAPITAIS E BANCOS E SERVIÇOS FINANCEIROS 21/2/2017 BANCO CENTRAL SUBMETE À CONSULTA PÚBLICA MINUTA DE RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE A EMISSÃO DE LETRA IMOBILIÁRIA GARANTIDA (LIG) No dia 30 de janeiro

Leia mais

FIP GESTORA DE RECURSOS LTDA. POLÍTICA DE RISCO. São Paulo, Junho de SP v1

FIP GESTORA DE RECURSOS LTDA. POLÍTICA DE RISCO. São Paulo, Junho de SP v1 FIP GESTORA DE RECURSOS LTDA. POLÍTICA DE RISCO São Paulo, Junho de 2016 SP - 17811769v1 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS 1. Introdução A FIP Gestora conta com os procedimentos referentes a gestão de riscos

Leia mais

Em aprovação: [Política] Governança Corporativa - Singulares Segregada Com Delegado]

Em aprovação: [Política] Governança Corporativa - Singulares Segregada Com Delegado] Em aprovação: [Política] Governança Corporativa - Singulares Segregada Com Delegado] Responsável [Clairton Walter] Abrangência [Sistêmico] Cargo [Superintendente Jurídico] Substitui e revoga NA Área [Jurídico]

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS Junho/2016 Sócios / Administração 1 / 7 Índice 1. Objetivo... 3 2. Estrutura... 3 a. Comitê de Risco... 3 3. Risco de Preço... 4 4. Risco de Liquidez e Concentração... 4 5.

Leia mais

ARTESIA GESTÃO DE RECURSOS S.A. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS

ARTESIA GESTÃO DE RECURSOS S.A. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS ARTESIA GESTÃO DE RECURSOS S.A. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS São Paulo, 30 de maio de 2016 1. Introdução A presente Política de Gestão de Riscos ( Política ) estabelece procedimentos de controle e gerenciamento

Leia mais

Política de Gerenciamento de Riscos dos Fundos e Carteiras Geridos pelo Sicredi

Política de Gerenciamento de Riscos dos Fundos e Carteiras Geridos pelo Sicredi Política de ÍNDICE 1. OBJETIVO... 3 2. DEFINIÇÕES... 3 2.1 Fatores de Risco Relevantes... 3 2.1.1 Risco de Mercado... 3 2.1.2 Risco de Liquidez... 4 2.1.3 Risco de Crédito e Contraparte... 4 2.1.4 Risco

Leia mais

Política de Gestão de Riscos Financeiros. 11 de Abril de 2013

Política de Gestão de Riscos Financeiros. 11 de Abril de 2013 Política de Gestão de Riscos Financeiros 11 de Abril de 2013 Índice Objetivos da Política Atribuições Riscos Financeiros Gerenciamento de Riscos Financeiros Gerenciamento de Dívida e Indicadores Financeiros

Leia mais

COOPERTEL DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006 E O PARECER DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

COOPERTEL DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006 E O PARECER DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COOPERTEL DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006 E O PARECER DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Fevereiro de 2008 TELEFÔNICA - COOPERTEL DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2007

Leia mais

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ SUL AMERICA S/A Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ SUL AMERICA S/A Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2 Índice Dados da Empresa Composição do Capital 1 Proventos em Dinheiro 2 DFs Individuais Balanço Patrimonial Ativo 3 Balanço Patrimonial Passivo 5 Demonstração do Resultado 7 Demonstração do Resultado Abrangente

Leia mais

Divulgação Quantitativa de Informações

Divulgação Quantitativa de Informações Divulgação Quantitativa de Informações Gestão de Riscos e Adequação do Capital Regulamentar Relatório contendo informações referentes à gestão de riscos, ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e à adequação

Leia mais

Demonstrações Financeiras Polpar S.A. 31 de dezembro de 2007 e 2006 com Parecer dos Auditores Independentes

Demonstrações Financeiras Polpar S.A. 31 de dezembro de 2007 e 2006 com Parecer dos Auditores Independentes Demonstrações Financeiras Polpar S.A. com Parecer dos Auditores Independentes DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Índice Parecer dos Auditores Independentes... 1 Demonstrações Financeiras Auditadas Balanços Patrimoniais...

Leia mais

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 1T - 2014 O Banco Maxinvest, em atendimento a Circular BACEN nº 3.477/09, vem através deste, apresentar o Relatório de Gerenciamento de Riscos, que tem por objetivo

Leia mais

Política Gerenciamento de Riscos dos Fundos e Carteiras Geridos pelo Sicredi

Política Gerenciamento de Riscos dos Fundos e Carteiras Geridos pelo Sicredi Política Área Risco de Mercado, Liquidez e Alocação de Capital Período de Vigência De: 26/11/2018 Até: Indeterminado ÍNDICE 1. OBJETIVO... 3 2. DEFINIÇÕES... 3 2.1 Fatores de Risco Relevantes... 3 2.1.1

Leia mais

Painel. Alterações na Legislação das Sociedades por Ações e no Mercado de Valores Mobiliários Lei Federal nº /2007 TAX

Painel. Alterações na Legislação das Sociedades por Ações e no Mercado de Valores Mobiliários Lei Federal nº /2007 TAX Painel Alterações na Legislação das Sociedades por Ações e no Mercado de Valores Mobiliários Lei Federal nº. 11.638/2007 TAX 0 Demonstrações Financeiras Aplicabilidade As normas da Lei n 6.404/76, para

Leia mais

CONSELHO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE ANEXO I

CONSELHO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE ANEXO I ANEXO I DETALHAMENTO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PARA A PROVA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA GERAL 7º EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA 1. LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL a) A LEGISLAÇÃO SOBRE A ÉTICA PROFISSIONAL RESOLUÇÃO

Leia mais

ITAÚ UNIBANCO HOLDING S.A.

ITAÚ UNIBANCO HOLDING S.A. ITAÚ UNIBANCO HOLDING S.A. CNPJ 60.872.504/0001-23 Companhia Aberta NIRE 35300010230 RELATÓRIO DE ACESSO PÚBLICO GESTÃO INTEGRADA DE RISCO OPERACIONAL, CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE Objetivo Este documento

Leia mais

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP RELATÓRIO ANUAL RESUMIDO DO COMITÊ DE AUDITORIA - 2016 Aos Conselheiros de Administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 1. APRESENTAÇÃO O Comitê de Auditoria (Comitê) da Companhia

Leia mais

Apresentação: Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Administração de Recursos de Terceiros

Apresentação: Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Administração de Recursos de Terceiros Apresentação: Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Administração de Recursos de Terceiros CÓDIGO DE DE DE TERCEIROS Direcionadores Mudança de escopo de produto para atividade Definição clara

Leia mais

Acer Consultores em Imóveis S/A

Acer Consultores em Imóveis S/A Acer Consultores em Imóveis S/A Demonstrações Contábeis acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes Em 30 de Junho de 2007 e 31 de Dezembro de 2006 e 2005 Parecer dos auditores independentes Aos

Leia mais

29/04/ Comunicado ao Mercado - Demonstrações Contábeis em IFRS

29/04/ Comunicado ao Mercado - Demonstrações Contábeis em IFRS 29/04/2011 - Comunicado ao Mercado - Demonstrações Contábeis em O Banco do Brasil S.A. comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em conformidade com a Resolução CMN 3.786/09 e Instrução CVM

Leia mais

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ CEMEPE INVESTIMENTOS SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ CEMEPE INVESTIMENTOS SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2 Índice Dados da Empresa Composição do Capital 1 DFs Individuais Balanço Patrimonial Ativo 2 Balanço Patrimonial Passivo 3 Demonstração do Resultado 4 Demonstração do Resultado Abrangente 5 Demonstração

Leia mais

MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS AGOSTO

MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS AGOSTO 1 MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS 2 1 - Objetivo... 3 2 - Identificação dos riscos... 3 I. Risco de Crédito.... 3 II. Risco de Mercado.... 3 III. Risco de Liquidez.... 3 IV. Risco Operacional.... 3

Leia mais

CNseg / CGR / GT Modelos Internos. IN DIOPE nº14/07. Aplicabilidade no mercado regulado SUSEP

CNseg / CGR / GT Modelos Internos. IN DIOPE nº14/07. Aplicabilidade no mercado regulado SUSEP IN DIOPE nº14/07 Aplicabilidade no mercado regulado SUSEP Introdução Assunto da IN: Regulamenta os critérios e diretrizes para substituição da formulação de cálculo da Margem de Solvência com a utilização

Leia mais

A experiência do Volksbank no fomento do desenvolvimento regional. Norbert Friedrich Diretor do Volksbank Trier eg

A experiência do Volksbank no fomento do desenvolvimento regional. Norbert Friedrich Diretor do Volksbank Trier eg A experiência do Volksbank no fomento do desenvolvimento regional. Norbert Friedrich Diretor do Volksbank Trier eg Agenda 1. A nossa área de atuação: Cidade de Trier e região de Trier - Saarburg 2. O Volksbank

Leia mais

SP v1 POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS

SP v1 POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS 1 ÍNDICE 1. Objetivo... 3 2. Responsabilidade... 3 3. Referência... 3 4. Definições... 3 5. Papéis e Responsabilidades... 4 6. Documentação de Controles Internos...5 7. Auto

Leia mais

Divulgação Quantitativa de Informações. Gestão de Riscos e Alocação de Capital

Divulgação Quantitativa de Informações. Gestão de Riscos e Alocação de Capital Divulgação Quantitativa de Informações Gestão de Riscos e Alocação de Capital Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico-Financeiro Banco de Brasília S.A. 1º Trimestre/2011 Índice MÓDULO 1 DISPOSIÇÕES

Leia mais

33/81/ /196/ 128/128/ 128 1º Trimestre 70/133/ /218/ /190/ /231/ /231/ 246

33/81/ /196/ 128/128/ 128 1º Trimestre 70/133/ /218/ /190/ /231/ /231/ 246 1º Trimestre 2015 1 Aviso Importante Esta apresentação faz referências e declarações sobre expectativas, sinergias planejadas, estimativas de crescimento, projeções de resultados e estratégias futuras

Leia mais

4. INFORMAÇÕES RELATIVAS À EMISSORA Informações Financeiras Selecionadas da Companhia Análise e Discussão da Administração sobre Demonstrações

4. INFORMAÇÕES RELATIVAS À EMISSORA Informações Financeiras Selecionadas da Companhia Análise e Discussão da Administração sobre Demonstrações 4. INFORMAÇÕES RELATIVAS À EMISSORA Informações Financeiras Selecionadas da Companhia Análise e Discussão da Administração sobre Demonstrações Financeiras e Resultados Operacionais da Emissora Eventos

Leia mais

POLÍTICA CONTROLES INTERNOS E CONFORMIDADE SICOOB COCRED COOPERATIVA DE CRÉDITO

POLÍTICA CONTROLES INTERNOS E CONFORMIDADE SICOOB COCRED COOPERATIVA DE CRÉDITO 1 POLÍTICA CONTROLES INTERNOS E CONFORMIDADE SICOOB COCRED COOPERATIVA DE CRÉDITO 1. APRESENTAÇÃO Esta Política estabelece diretrizes de monitoramento do Sistema de Controles Internos e Conformidade da

Leia mais

Relatório dos auditores independentes sobre a revisão limitada Aos Administradores Banco Gerador S.A 1 Revisamos as informações contábeis contidas nas Informações Financeiras Trimestrais (IFT) do Banco

Leia mais

Sumário do Resultado 1S17

Sumário do Resultado 1S17 Sumário do Resultado 1S17 Sumário do Resultado Lucro Líquido Ajustado de R$ 5,2 bilhões O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,2 bilhões no 1S17, impactado principalmente pelo aumento

Leia mais

BAUMER S.A. Mogi Mirim - SP NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE JUNHO 2012 E 2011.

BAUMER S.A. Mogi Mirim - SP NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE JUNHO 2012 E 2011. 1 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) BAUMER S.A. Mogi Mirim - SP NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE JUNHO 2012 E 2011. NOTA 1. INFORMAÇÕES GERAIS A Baumer

Leia mais

Teleconferência de Resultados 1T10

Teleconferência de Resultados 1T10 Teleconferência de Resultados 1T10 Sumário Destaques 1T10 Pág. 3 Balanço Pág. 4 Resultados Pág. 5 Carteira de Crédito Pág. 6 Carteira de Crédito Empresas Pág. 7 Carteira de Crédito Empresas Pág. 8 Carteira

Leia mais

1. Esta Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Crédito:

1. Esta Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Crédito: 1. Esta Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Crédito: a) é elaborada e revisada anualmente por proposta da área responsável pelo gerenciamento do risco de crédito do Sicoob Confederação,

Leia mais

Política de Gestão de Riscos Operacionais. 14 de fevereiro

Política de Gestão de Riscos Operacionais. 14 de fevereiro Política de Gestão de Riscos Operacionais 14 de fevereiro 2017 Define os objetivos, as responsabilidades e as diretrizes que orientam a Gestão de Riscos Operacionais na Cetip S.A. Versão da Política: 1ª

Leia mais

BANCO DO BRASIL 2º Trimestre 2012

BANCO DO BRASIL 2º Trimestre 2012 BANCO DO BRASIL 2º Trimestre 2012 Aviso Importante Esta apresentação faz referências e declarações sobre expectativas, sinergias planejadas, estimativas de crescimento, projeções de resultados e estratégias

Leia mais

Manual de Regras, Procedimentos e Controles

Manual de Regras, Procedimentos e Controles 1. CONTEÚDO DESTE DOCUMENTO 2. VIGÊNCIA / SUBSTITUIÇÃO / ALTERAÇÃO Este manual contém os conceitos e a descrição da Estrutura, Regras, Procedimentos, Controles Internos e Gerenciamento de Risco adotados

Leia mais

Caixa Econômica Federal

Caixa Econômica Federal Caixa Econômica Federal Apresentação Institucional caixa.gov.br Março, 2018 Declarações Prospectivas Esta apresentação baseia-se nas Demonstrações Contábeis Consolidadas da CAIXA em 31 de março de 2018,

Leia mais

DINÂMICA PATRIMONIAL CONSULTORIA & ASSESSORIA EMPRESARIAL Normas Brasileiras de Contabilidade RESOLUÇÃO CFC Nº 944/02

DINÂMICA PATRIMONIAL CONSULTORIA & ASSESSORIA EMPRESARIAL Normas Brasileiras de Contabilidade RESOLUÇÃO CFC Nº 944/02 DINÂMICA PATRIMONIAL CONSULTORIA & ASSESSORIA EMPRESARIAL Normas Brasileiras de Contabilidade RESOLUÇÃO CFC Nº 944/02 Aprova, da NBC T 10 Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Diversas, o item:

Leia mais

COSIF Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade editadas pelo IASB URA 03 Maio/10

COSIF Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade editadas pelo IASB URA 03 Maio/10 COSIF Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade editadas pelo IASB URA 03 Maio/10 1- Normas Editadas pelo CMN -Resolução nº 3.533 -Resolução nº 3.534 -Resolução nº 3.565 -Resolução nº 3.566

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014 CONTEÚDO Relatório dos auditores

Leia mais

Política de Gestão de Riscos Junho 2016

Política de Gestão de Riscos Junho 2016 Política de Gestão de Riscos Junho 2016 Elaboração: Risco Aprovação: Comex Classificação do Documento: Público ÍNDICE 1. OBJETIVO... 3 2. ABRANGÊNCIA... 3 3. IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS RISCOS... 3 4.

Leia mais

RELEASE DE RESULTADOS 1T17

RELEASE DE RESULTADOS 1T17 RELEASE DE RESULTADOS BANCO SEMEAR O Banco Semear S.A. é um banco múltiplo, de capital privado, com atuação em todo território brasileiro, focado nos segmentos de Crédito Pessoa Física, destinado a financiamentos

Leia mais

Manual de Compliance Lavoro Asset

Manual de Compliance Lavoro Asset Manual de Compliance Lavoro Asset SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 3 2. OBJETIVO... 3 3. ABRANGÊNCIA... 3 1. COMITÊ DE COMPLIANCE... 4 5. ESCOPO E ATRIBUIÇÕES... 4 5.1 CONTROLE... 4 5.2 VERIFICAÇÃO... 5 6. RESPONSABILIDADES...

Leia mais

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INCORPORADORAS IMOBILIÁRIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INCORPORADORAS IMOBILIÁRIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INCORPORADORAS IMOBILIÁRIAS 1 MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DESAFIOS E SOLUÇÕES PARA O FUTURO O setor de incorporação imobiliária, representado pela ABRAINC (Associação Brasileira de

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS CONTAX PARTICIPAÇÕES S.A CAPÍTULO I OBJETIVO E ABRANGÊNCIA

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS CONTAX PARTICIPAÇÕES S.A CAPÍTULO I OBJETIVO E ABRANGÊNCIA POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS CONTAX PARTICIPAÇÕES S.A CAPÍTULO I OBJETIVO E ABRANGÊNCIA 1.1 Definir os processos de identificação, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos inerentes

Leia mais