ANÁLISE DO CENÁRIO DE PATENTES DE PRODUTOS PROBIÓTICOS VIA BASES TECNOLÓGICAS INPI, ESPACENET E WIPO

Transcrição

1 ANÁLISE DO CENÁRIO DE PATENTES DE PRODUTOS PROBIÓTICOS VIA BASES TECNOLÓGICAS INPI, ESPACENET E WIPO Thiago Silva Conceição Meneses thiagosilvadm@hotmail.com Programa de Pós Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual Universidade Federal de Sergipe João Antônio Belmiro dos Santos joaoantonio@ufs.br Programa de Pós Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual Universidade Federal de Sergipe Resumo - O presente estudo teve o objetivo destacar o cenário do patenteamento dos métodos e produtos probióticos através da prospecção tecnológica via INPI, ESPACENET e WIPO. Para isso foi realizado uma análise da evolução anual de pedidos de patentes no período de 2010 a 2016, distribuição dos pedidos de patentes por países de origem, por empresas depositantes e identificação através do CIP Classificação Internacional de Patentes o retrato do desenvolvimento tecnológico. Os resultados da pesquisa verificou um número significativo de pedidos de patentes nas bases tecnológicas do ESPACENET e WIPO, no entanto, na base do INPI apresentou número pequeno de patentes, principalmente no ano de 2013 a 2016 na qual somente contabilizou 4 patentes. Os países que mais se destacaram nos pedidos de patentes foram à Suíça, China e EUA, e a empresa foi a NESTEC S.A subsidiada da NESTLÉ considerada a maior produtora de alimentos no mundo, atuante em 83 países. Foi observado que as patentes encontradas estão na seção A, que trata das necessidades humanas, sendo que as subclasses com maiores números de depósitos foram a A61K, A23L e A23K. Faz-se necessário incentivar principalmente no Brasil novas pesquisas e desenvolvimento de inovações tecnológicas voltadas na industrial alimentícia de probióticos, tendo em vista, que os produtos probióticos estão influenciando na qualidade de vida e prevenção de doenças que afetam a população mundial. Palavras-Chaves Prospecção tecnológica, patentes, probióticos. Abstract - This study aimed to highlight the patenting of scenario methods and probiotic products through technological prospecting via INPI, WIPO and Espacenet. For this was done an analysis of the annual evolution of patent applications in the period , distribution of patent applications by country of origin, by identifying depositors and businesses through CIP - International Patent Classification picture of technological development. The survey results found a significant number of patent applications in the technological basis of Espacenet and WIPO, however, the INPI base had a small number of patents, especially in the year 2013 to 2016 in which only accounted for 4 patents. The countries that stood out in patent applications were Switzerland, China and the US, and the company was the Nestec S.A Subsidised NESTLÉ considered the largest food producer in the world, operating in 83 countries. It was observed that the patents are found in the section, which deals with human needs, and the subclasses with larger numbers of deposits were A61K, A23L and A23K. It is necessary to encourage mainly in Brazil new research and development of technological innovations aimed at food industry of probiotics in order that the probiotic products are influencing the quality of life and prevention of diseases affecting the world's population. Keywords technological researches, patents, probiotics. Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

2 I. INTRODUÇÃO A expressão alimento funcional teve origem no Japão na década de 80, com o objetivo de denominar alimentos industrializados que, além de nutritivos, continham algum ingrediente que auxilia em funções fisiológicas e corporais específicas (FAO, 2007). São consumidos em dietas convencionais, mas demonstram capacidade de regular funções corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças como hipertensão, diabetes, câncer, osteoporose e coronariopatias (SOUZA, 2003). São todos os alimentos ou bebidas que, consumidos na alimentação cotidiana, trazem benefícios fisiológicos específicos, graças à presença de ingredientes fisiologicamente saudáveis (CÂNDIDO & CAMPOS, 2005). Segundo Moraes e Colla (2006), inúmeros fatores influenciam a qualidade da vida moderna, levando a população a conscientizar-se da importância de alimentos contendo substancias que auxiliam a promoção da saúde, melhorando o estado nutricional. Em função deste contexto, houve uma maior preocupação da comunidade cientifica em produzir e pesquisar inúmeros estudos com o intuito de comprovar a atuação de alguns alimentos na redução de riscos de certas doenças, além do considerável interesse em incentivar as pesquisas de novos componentes naturais e o desenvolvimento de novos ingredientes, possibilitando a inovação em produtos alimentícios e a criação de novos nichos de mercado para estes ingredientes (THAMER; PENNA, 2006; ARAUJO, 2007). Dentre os alimentos funcionais existem os probióticos que segundo Goldin (1998), foi introduzida por Lilley e Stillwell, em 1965, para descrever microorganismos que desempenhavam atividades benéficas. Os probióticos são definidos como microorganismos vivos que, quando consumidos, agem no trato gastrintestinal do organismo hospedeiro melhorando o balanço microbiano intestinal (Kurmann, 1988). A Organização Mundial de Saúde define probióticos como microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, têm uma influência positiva sobre a saúde do indivíduo (THUSHARA, GANGADARAN, SOLATI, MOGHADASIAN, 2016). Do ponto de vista científico, é inquestionável que os probióticos constituem um importante campo de investigação e estudo, tendo o aparelho digestivo, mais especificamente a microbiota intestinal como ponto principal para sua ação (MORAIS;JACOB, 2006). Acredita-se que os alimentos funcionais cientificamente compostos contendo probióticos e outros componentes funcionais dispõem de uma estratégia nutricional para a prevenção e tratamento da doença alérgica. A pesquisa de probióticos conduzida nos últimos 20 anos tem resultado em uma valiosa fonte de dados relacionada a efeitos (JANKOVIC et al., 2010). Exemplos são a melhora da capacidade de absorção de nutrientes no intestino, a atividade antimicrobiana contra possíveis patógenos, a modulação do sistema imune do hospedeiro e a atividade anti-carcinogênica. A indústria de laticínios tem acrescentado culturas probióticas para conferir propriedades funcionais aos seus produtos. Lactobacilos e bifidobactérias, pertencentes ao grupo de bactérias benéficas, estão sendo utilizados como probióticos para a recuperação e também para a manutenção do equilíbrio da microbiota intestinal (FERREIRA, 2012). O mercado de produtos probióticos ainda é bem promissor. A influência dos hábitos, necessidades e atitudes dos consumidores, pressiona o desenvolvimento das indústrias aumentando a competitividade por novos produtos a preços acessíveis. O segmento deste mercado foi dominado por produtos lácteos porque os consumidores já estão familiarizados com o fato de que os leites fermentados contêm microrganismos viáveis e os reconhecem como benéficos para a saúde, facilitando a recomendação da sua ingestão para o consumo de probióticos (BALLUS et al., 2010). Os probióticos são um dos ingredientes mais importantes para a indústria de lácteos e funcionais pela consequência dos seus benefícios à saúde, contribuindo para um mercado de milhões de dólares. Ao contrário da Europa, onde os agentes reguladores têm barrado as empresas Danone e Yakult de anunciar alguns supostos benefícios de saúde de seus produtos, as empresas de laticínios têm uma margem de manobra mais ampla para fazer tais afirmações na China, Índia e outros países da região. De acordo com os dados mais recentes do Euromonitor International, o produto Yakult subiu para terceiro lugar entre as bebidas lácteas probióticas na China, com vendas de 174 milhões de dólares em Na Índia, a Yakult e a Danone realizaram uma parceria e empregam 250 mulheres chamadas de Yakult Ladies que percorrem as cidades vendendo os produtos com motonetas. Apesar de sua receita na Índia serem pequenas, aumentaram suas vendas no país em pelo menos 60% a cada ano (DOHERTY et al., 2012). Diante do exposto, o presente estudo teve o objetivo destacar o cenário do patenteamento dos métodos e produtos probióticos através da prospecção tecnológica via INPI, ESPACENET e WIPO. Desta forma, pretendeu-se analisar a evolução anual de pedidos de patentes dos alimentos probióticos no período de 2010 a 2016, distribuição dos Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

3 pedidos de depósito de patentes por países de origem, as empresas depositantes e por fim identificar através do CIP Classificação Internacional de Patentes o desenvolvimento tecnológico desses produtos. Percebe-se que os indicadores de patentes, de ciência e tecnologia, com base na prospecção tecnológica colaboram para o entendimento do sistema de inovação e dos fatores que sustentam o crescimento econômico (INPI, 2014). II. METODOLOGIA Realizou-se a prospecção tecnológica no período de maio a junho de 2016, os pedidos de patentes depositadas foi filtrados nas bases de dados Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) do Brasil, European Patent Office (Espacenet) e World Intellectual Property Organization(WIPO). Utilizou-se as palavras-chave nos resumos e títulos: probióticos, probioticos, probiotics, probiotic foods, os termos em inglês foram utilizados nas bases internacionais e os em português foi utilizada na base Nacional. III. RESULTADOS Conforme os resultados obtidos verificou-se que no período entre 2010 a 2016 foram realizados 628 pedidos de patentes de métodos e processos de produtos probióticos nas bases tecnológicas, sendo que destes 49 foram na base do INPI, 470 na base do ESPACENET e 109 no WIPO. O período que houve maior destaque de pedidos de patentes na base do INPI foi no ano de 2010 na qual constatou 20 pedidos, já na base ESPACENET destacou o ano de 2015 com 170 patentes e na base WIPO o ano de 2013 com 23 patentes. No ano de 2013 a 2016 os resultados dos pedidos de patentes no INPI do Brasil foram baixos contabilizando somente 4 pedidos, demonstrando que, no Brasil, apesar da existência de bons centros de pesquisa em produtos naturais e de inovação tecnológica, no que se refere à grande parte das empresas brasileiras, verifica-se o problema da falta de investimento em inovação e consequentemente, poucos produtos com depósitos de patentes (GUARATINI, CALLEJON, PIRES, 2009). Figura 1. Evolução anual de depósitos de patentes dos métodos e produtos probióticos entre 2010 a Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados INPI, ESPACENET e WIPO (2016) Com base na distribuição dos pedidos de patentes por país de origem no INPI (Figura 2) destacou-se respectivamente a Suíça com 31 pedidos de patentes, em seguida o EUA com 7 patentes e o Brasil com 5 patentes. A Europa destacou com a Nestlé, empresa originaria da Suíça, considerada a maior produtora de alimentos no mundo, Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

4 atuante em 83 países operando no Brasil desde 1876, detentora de um lucro líquido de mais de 8,9%, equivalente a 5,24 bilhões de dólares. Para o primeiro semestre de 2012, a Nestlé superou as vendas nos mercados emergentes aumentando emb 12,9% em detrimento aos países desenvolvidos, que somaram 2,6% no mesmo ano. A empresa revela, também, que 26% de suas vendas concentram-se em produtos lácteos (NESTLE, 2012). De acordo com as informações da Euromonitor International (2013) o mercado de alimentos funcionais movimentou cerca de US$ 264 bilhões em Segundo a organização, a América Latina representa 17% do mercado de alimentos e bebidas funcionais, movimentando valor próximo a US$ 45 bilhões, sendo que o Brasil é responsável por US$ 14,6 bilhões desse total, liderando a tendência de crescimento latino americano nesse setor. Para as indústrias alimentares, o sucesso no mercado dos alimentos funcionais reside na inovação, o que constitui uma poderosa barreira à entrada de novas empresas. Para atender às demandas específicas em termo de saúde, as indústrias devem cada vez mais especializar-se e segmentar seus produtos, o que lhes obriga a realizar investimentos pesados na área da pesquisa e desenvolvimento e na área da comunicação (RAUD, 2008). Figura 2. Distribuição dos pedidos de patentes por país de origem relacionado aos métodos e produtos de probióticos entre 2010 a Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados INPI, (2016) Em relação à distribuição dos pedidos de patentes por país na base ESPACENET (figura 3) destacou-se respectivamente a China com 325 patentes, a Suíça com 104 patentes e EUA com 22 patentes. O mercado global para alimentos contendo probióticos provavelmente aumentará em mais de 50%, isso significa um aumento para 42 mil milhões de dólares até Para bebidas fortificadas como o Actimel e o Yakult, a região da Ásia- Pacífico tem o melhor mercado depois da América do Norte, gerando aproximadamente 18 milhões em vendas no ano passado e ficando a Europa Ocidental em terceiro lugar, com 11 milhões de dólares (DOHERTY et al., 2012). Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

5 Figura 3. Distribuição dos pedidos de patentes por país de origem relacionado métodos e produtos probióticos entre 2010 a Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados ESPACENET (2016). No tocante à distribuição dos pedidos de patentes por país de origem na base WIPO (figura 4) destacou-se respectivamente a China com 45 patentes, a Suíça com 26 patentes, Dinamarca 12 patentes e EUA com 9 patentes. Figura 4. Distribuição dos pedidos de patentes por país de origem relacionado aos métodos e produtos probióticos entre 2010 a Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados WIPO (2016). Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

6 As empresas que mais destacam (figura 5) no pedido de patentes de probióticos no período de 2010 a 2016 foram a NESTEC S.A com 31 patentes representando a Suíça, DEGAMA SMART LTD com 2 patentes representado os EUA e a SIEGFRIED RHEIN S.A. DE C.V do país México também apareceu com 2 patentes, as demais empresas apareceram somente com 1 pedido de patente, entre estas localizadas nos EUA, Brasil, Itália e Dinamarca. As instituições de ensino no Brasil que se destacaram nas pesquisas em patentes foram respectivamente a Universidade Federal de Viçosa (BR/MG) / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (BR/MG); Universidade de São Paulo - USP (BR/SP) / Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (BR/SP) / Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo- FAPESP (BR/SP). Esse cenário demonstra que as principais Universidades presentes na região Sudeste possuem seus núcleos de inovação tecnológica muito bem estruturados, ao contrário dos núcleos na região Norte e Nordeste que apresentam escassez dos escritórios representativos do Instituto Nacional de Propriedade Industrial o que corrobora para maior dificuldade do acesso dos empresários a estes locais. Figura 5. Distribuição dos pedidos de patentes por empresas relacionadas aos métodos e processos de produtos probióticos entre 2010 a Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados INPI (2016) Em relação à base tecnológica do ESPACENET (figura 6) foi constatado que a Nestlé S.A (Suíça) liderou com 13 pedidos de patentes, logo atrás vieram com 2 pedidos as empresas BRIGHT DAIRY & FOOD CO LTD (China) e a MEAD JOHNSON NUTRITION (EUA), as demais empresas que não apareceu somente contabilizou 1 pedido, e a maioria é oriunda da China. Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

7 Figura 6. Distribuição dos pedidos de patentes por empresas relacionadas aos probióticos entre 2010 a Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados ESPACENET (2016) As empresas que mais se destacaram com o pedido de patentes relacionado aos alimentos probióticos na base WIPO (figura 7) foram a NESTEC S.A (Suíça) com 7 pedidos, a ARLA FOODS AMBA (Dinamarca) com 4 pedidos, HINODE SANGYO KK (China) e SUNVOLD GREGORY DEAN (Dinamarca) com 2 pedidos de patentes. Figura 7. Distribuição dos pedidos de patentes por empresas relacionadas aos métodos e processos de produtos probióticos entre 2010 a Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados WIPO (2016). Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

8 A caracterização das patentes depositadas foi identificada conforme os códigos do CIP Classificação Internacional de Patentes, sendo que na base do INPI (Figura 8) a seção que mais se destacou foi A (necessidades humanas), com a subclasse A61K com 23 patentes que são relacionados a preparação e métodos de uso medicinais e composição de produtos alimenticios, e logo em seguida apareceu o código A23L com 12 patentes que estão relacionadas a produtos alimentícios ou bebidas não alcoólicas, seu preparo ou tratamento, modificação das qualidades nutricionais, tratamento físico, conservação de alimentos ou produtos alimentícios em geral. Figura 8. Distribuição por CIP (código Internacional de patente) dos depósitos de patentes. Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados INPI (2016). Em relação a base ESPACENET os códigos de subclasse que mais destacaram foram respectivamente o A61K com 128 patentes, A23L com 102 patentes, A23K com 78 patentes e C12N (Micro-organismos ou Enzimas; suas composições micri-organismos ou enzimas; suas composições) com 52 patentes (Micro-organismos ou Enzimas; suas composições micri-organismos ou enzimas; suas composições). Figura 9. Distribuição por CIP (código Internacional de patente) dos depósitos de patentes. Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

9 Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados ESPACENET (2016). Na base WIPO a classe A (necessidades humanas ) também foi a que mais apareceu dando ênfase respectivamente a subclasse com o código A23L com 35 patentes, o A23K (Produtos alimenticios especialmente adptados para animais; métodos especialmente adptados para a produção dos mesmos) com 28 patentes e o A61K com 25 patentes; Figura 10. Distribuição por CIP (código Internacional de patente) dos depósitos de patentes. Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados WIPO (2016). IV. CONCLUSÃO Diante deste estudo pode-se verificar que um número significativo de pedidos de patentes nas bases tecnológicas do ESPACENET e WIPO, no entanto, na base do INPI apresentou numero pequeno de patentes, principalmente no Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

10 ano de 2013 a 2016 que foram somente contabilizados 4 patentes. Os países que mais se destacaram nos pedidos de patentes foram à Suíça, China e EUA, e a empresa foi a NESTEC S.A subsidiada da NESTLÉ considerada a maior produtora de alimentos no mundo, atuante em 83 países. Foi observado que as patentes encontradas estão na seção A, que trata das necessidades humanas, sendo que as subclasses com maiores números de depósitos foram a A61K, A23L e A23K. Diante dos resultados encontrados, faz-se necessário incentivar principalmente no Brasil o desenvolvimento de inovações tecnológicas voltadas para a patente dos métodos, preparação de produtos probióticos, tendo em vista, que estes estão influenciando na qualidade de vida e prevenção de doenças que afetam a população mundial. REFERÊNCIAS ARAÚJO, E. A. Desenvolvimento e caracterização de queijo tipo Cottage adicionado de Lactobacillus Delbrueckii UFV H2b20 e de Inulina, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS (ABIA). A Força do Setor de Alimentos, 2012a. Disponível via Internet: <acessado em 18 de maio de 2015>. BALLUS, C. A.; KLAJN, V. M.; CUNHA, M. F.; OLIVEIRA, M. L.; FIORENTINI, A. M. Aspectos científicos e tecnológicos do emprego de culturas probióticas na elaboração de produtos lácteos fermentados: Revisão. Ceppa, v. 28, n. 1, p , CANDIDO, L. M. B.; CAMPOS, A. M. Alimentos funcionais. Uma revisão. Boletim da SBCTA. v. 29, n. 2, p , COSTA, Neuza Maria Brunoro; ROSA, Carla de Oliveira Barbosa. Alimentos funcionais: componentes bioativos e efeitos fisiológicos. Rio de Janeiro: Rubio, DOHERTY, D.; SHARMA, M.; NARAYAN, A. Danone Touts Yogurt in Asia as Europe Tightens Ad Rules. Euromonitor International. 18 de Setembro, FAO.Report on Functional Foods (November 2007).Disponível em:. Acesso em 01. Jun FERREIRA, C. L. L. F. Grupo de Bactérias Lácticas e Aplicação Tecnológica de Bactérias Probióticas. In: FERREIRA, C. L. L. F. SANTOS, F. L. et al GUARATINI, T.; CALLEJON, D.R.; PIRES, D.C. et al. Fotoprotetores derivados de produtos naturais: perspectivas de mercado e interações entre o setor produtivo e centros de pesquisa. Química Nova, v. 32, n. 3, p , GOLDIN, B.R. Health benefits of probiotics. Br. J. Nutr., Oxon, v.80, p.s203-s207, KURMANN, J.A. Starters with selected intestinal bacteria. Bulletin IDF/FIL, Brussels, n.227, p.41-55, INPI. Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Maiores depositantes de pedidos de patente no Brasil, com prioridade brasileira, JANKOVIC, I.; SYBESMA, W.; PHOTHIRATH, P.; ANANTA, E.; MERCENIER, A. Application of probiotics in food products challenges and new approaches. Current Opinion in Biotechnology, v. 21, p , MORAIS, M.B; JACOB, C.M.A; O Papel dos probióticos e prebióticos na prática pediátrica. Jornal de Pediatria, vol.82, n.5, Porto Alegre, nov, NESTLE S Half-year Profi ts Rise Led by Emerging Markets. BBC NEWS Business, 09 ago Disponível em:. Acesso em: 19 maio RAUD, C Bourdieu e a nova sociologia econômica. Tempo Social, v. 19, n. 2, p Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p

11 SAAD, S. M. I. Probióticos e prebióticos: o estado da arte., Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, vol. 42, n. 1, jan./mar., 2006 SAAD, S. M. I.; KOMATSU, T. R.; GRANATO, D.; BRANCO, G. F.; BURITI, F. C. A. Probióticos e Prebióticos em Alimentos:Aspectos Tecnológicos, Legislação e Segurança no Uso. In: SAAD, S. M. I.; CRUZ, A. G.; FARIA, J. A. F. Probióticos e Prebióticos em Alimentos: Fundamentos e Aplicações Tecnológicas. São Paulo: Varela, p SOUZA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. H.; MAIA, G. A. Componentes funcionais nos alimentos. Boletim da SBCTA. v. 37, n. 2, p , THAMER, K. G.; PENNA, A. L. B. Caracterização de bebidas lácteas funcionais fermentadas por probióticos e acrescidas de prebiótico. Ciênc. Tecnol. Aliment., v. 26, n. 3, p ,2006. Proceeding of ISTI/SIMTEC ISSN: Aracaju/SE 21 a 23/09/ Vol. 3/n.1/ p