Rodada #1 Direito Penal Militar

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1 Rodada #1 Direito Penal Militar Professor Bruno Schettini Assuntos da Rodada DIREITO PENAL MILITAR: 1 Aplicação da lei penal militar, crime, imputabilidade penal, concurso de agentes, penas, medidas de segurança, ação penal, extinção da punibilidade. 2 Crimes militares em tempos de paz: crimes contra a segurança externa do país, crimes contra a autoridade ou disciplina militar; crimes contra o serviço militar e o dever militar; crimes contra a pessoa; crimes contra o patrimônio; crimes contra a incolumidade pública; crimes contra a administração militar; crimes contra a administração da justiça militar. 3 Crimes militares em tempo de guerra: favorecimento ao inimigo, hostilidade e ordem arbitrária, crimes contra a pessoa, crimes contra o patrimônio, rapto e violência carnal.

2 a. Teoria I. Aplicação da lei penal militar (art. 1º a 28) 1) Princípio da Legalidade Atenção! Aqui temos uma verdadeira limitação do poder punitivo estatal. São três aspectos importantes: a) Político - garantia constitucional dos direitos humanos fundamentais; b) Jurídico lato sensu - ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, conforme art. 5.º, II, CF; c) Jurídico stricto sensu - princípio da reserva legal, ou seja, os tipos penais incriminadores somente podem ser criados por lei em sentido estrito, emanada do Legislativo, de acordo com o processo previsto na CF. 2) Princípio da Anterioridade (ou da irretroatividade da lei penal) é onde a lei, em regra, pode alcançar somente fatos a ela supervenientes. Ou seja, é a necessidade de que a lei antecipe a pena para conduta criminosa para haver responsabilidade penal e, ainda, que a cominação da pena também seja anterior ao fato. 3) Princípio da especialidade Citado no art. 17 e 28, e também adotado no Código Penal (art. 12), observa que as regras gerais da Parte Geral se aplicam a toda legislação penal militar especial (não somente aos delitos previstos na Parte Especial) salvo disposição em sentido diverso. O princípio também determina que os delitos previstos no Código Penal Militar prevaleçam sobre outros, eventualmente dispostos noutras leis, ao menos no tocante à segurança externa e 2

3 contra as instituições militares. Como exemplo, as leis penais especiais podem apresentar preceitos próprios, modos particulares de aplicação da pena, cálculos diversos para a multa etc. 4) Interpretação extensiva e analógica - a interpretação é um processo de descoberta do conteúdo da lei e não de criação de normas. A extensiva é o processo de extração do autêntico significado da norma, ampliando-se o alcance das palavras legais, a fim de se atender à real finalidade do texto. A analógica é o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria lei, por meio do método de semelhança. Este é o caso do Art. 205, 2.º, III: qualifica-se o homicídio quando o agente cometer o crime com emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. Verifica-se que, dadas as amostras pelo tipo, permite-se a busca pelo intérprete de outros meios similares aos primeiros, igualmente configuradores de crueldade ou perigo comum. A adoção das interpretações extensiva e analógica é amplamente aceita pela doutrina e pela jurisprudência, onde consegue-se captar a vontade da lei. Somente quando houver dúvida na interpretação prevalece o critério restritivo para não prejudicar o réu e extensivo quando lhe for favorável. 5) Abolitio criminis (abolição do crime): trata-se da descriminalização de determinada conduta por lei posterior (alterando lei anterior que previa o crime), provocando a extinção da punibilidade do agente. Ou seja, o Abolitio criminis (abolição do crime) interfere em fato anterior a vigência da lei. Observe que não se eliminam as consequências civis do ato praticado. 3

4 6) Exceções ao Princípio da Anterioridade: a) Retroatividade ( 1º) É a retroação de lei mais benéfica para o réu, sem descriminalizar a infração penal (novatio legis in mellius ou lex mitior), ocorrida antes do período da vigência da mesma (art. 5º, XL, CF). Ou seja, não houve Abolitio criminis, mas a atenuação da severidade da lei; b) Ultra atividade: é a aplicação de uma lei penal já revogada, no instante da sentença, por ser a vigente à época do crime. Ou seja, a lei produz efeitos mesmo após o término de sua vigência. Atenção! Apesar do 1º fazer menção apenas à retroatividade, a presente exceção aparece expressamente no art. 4º. 7) Ressalva para os efeitos de natureza civil: Responsabilidade penal é diversa da civil. Apesar de cessar os efeitos na esfera penal, os de natureza cível permanecem. Neste caso, três situações podem ocorrer: a) a sentença condenatória já foi usada como título executivo no cível, obtendo a vítima a devida reparação, motivo pelo qual não há o que restituir ou refazer; b) a sentença condenatória ainda não for a utilizada como título executivo no cível, de forma que, embora não impeça a discussão da indenização, não mais presta como tal; a vítima deve ajuizar demanda reparatória, fundada em processo de conhecimento; c) a sentença condenatória fixa a pena e também a indenização civil situação autorizada pela atual legislação processual penal, razão pela qual cessa o seu efeito penal, mas remanesce o civil. 8) Lei posterior e anterior: 4

5 a) Lei intermediária é o caso da lei que teve sua vigência iniciada após a infração penal e revogada antes da sentença condenatória. Atenção! Nesse caso, ocorrem concomitantemente a retroatividade e a ultra atividade. b) Vacatio legis: É o período de tempo entre a publicação e entrada em vigor da lei, determinado pelo legislador nos casos em que é necessário que a sociedade tome conhecimento prévio de uma nova norma. Atenção! Existe corrente que considera que não existe prejuízo a sociedade com a antecipação de seus efeitos, e a lei favorável já prevalece sobre a mais severa a partir da data da publicação e não pela entrada em vigor, aplicando-se retroativamente a fatos pretéritos. Entretanto, essa visão possui correntes opostas, que defendem a aplicação da lei somente após sua vigência. 9) O Estado em determinadas situações, para que possa preservar a ordem pública, poderá editar leis excepcionais ou temporárias. Estas leis têm vigência determinada, mas os infratores que praticarem ilícitos durante a vigência destas leis não ficam a salvo de serem punidos quando a lei cessa a sua vigência. Caso contrário, não adiantaria ao Estado editar leis especiais para combater determinados atos durante um período excepcional ou temporário, se o benefício de lei posterior mais benéfica fosse aplicado. a) Lei excepcional - são aquelas feitas para um período em que esteja vigendo uma situação de exceção, de anormalidade. São diplomas criados para regular um período de instabilidade. O término de vigência, dessa forma, será incerto, dependendo do término da situação para a qual ela foi elaborada (epidemias, catástrofe, calamidade pública etc.); b) Lei temporária - são aquelas que consignam no próprio texto a data de cessação de sua vigência (como a Lei Geral da Copa do Mundo). 5

6 c) Ambas se auto revogam - Atenção! Aqui a ultra atividade é mencionada de forma expressa, evitando a argumentação de que os fatos ainda não julgados, ocorridos na vigência dessas leis, após a auto revogação delas, seriam abrangidos pela lei posterior mais benigna. Argumenta-se, então, que o tempo integra o tipo penal incriminador, eternizando a norma. 10) Teorias do tempo e lugar do crime: a) Teoria da atividade: o delito é considerado no momento/local da conduta, sem considerar o instante do resultado (adotada no art. 5º CPM para definir o momento); b) Teoria do resultado: considera-se cometido o crime no momento/local do resultado; c) Teoria mista ou da ubiquidade: o momento/local do crime pode ser tanto o da conduta, quanto o do resultado (adotada no art. 6º CPM para definir o local dos crimes comissivos). 11) A lei penal militar acompanha os militares brasileiros no cumprimento de sua missão constitucional, onde quer que se encontrem (dentro ou fora do país). a) Conceitos de territorialidade: é a aplicação das leis penais militares aos delitos cometidos dentro do território nacional. Regra geral advinda do conceito de soberania, onde cabe a cada Estado decidir e aplicar as leis pertinentes aos acontecimentos dentro do seu território. b) Conceito de extraterritorialidade: é a aplicação das leis penais militares aos crimes cometidos fora do território nacional. 12) Atenção! Exceções ao conceito de territorialidade. 6

7 a) Convenções, tratados e regras de direito internacional - Exemplo: Convenções de Viena, aprovadas pelos Decretos /65 e /67, que tratam das imunidades diplomáticas. O diplomata que cometer um crime militar no Brasil não será preso, nem processado no território nacional, por força da exceção criada. A imunidade abrange os diplomatas de carreira e os membros do quadro administrativo e técnico da sede diplomática, desde que recrutados no Estado de origem. A imunidade é extensiva às famílias (art. 37, 2, Convenção de Viena) mas não aos empregados particulares, mesmo que tenham a mesma nacionalidade. Fica então afastada a incidência do presente artigo do CPM. b) Imunidades parlamentares - Consideradas essenciais ao integral desempenho do mandato parlamentar, ao garantir aos deputados e senadores a livre exposição de seus pensamentos: Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput, CF). c) Em virtude dessas exceções, o conceito é chamado de territorialidade temperada. 13) Território - espaço onde é exercida a soberania do país: a) Solo; b) Rios, lagos, mares interiores, c) Rios, lagos e mares contíguos (situados na fronteira entre países, onde tratados ou convenções internacionais fixam a quem pertencem); d) Golfos, baías e portos; e) Mar territorial (o Estado exerce soberania absoluta nas 12 milhas junto à costa, inclusive de suas ilhas, segundo Lei 8.617/93 fruto da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar - Montego Bay, Jamaica); 7

8 f) Espaço aéreo (todo o espaço acima do território, inclusive do mar territorial, até o limite da atmosfera); g) Navios nacionais; h) Aeronaves nacionais. 14) Passagem inocente: instituto jurídico próprio do Direito Internacional Marítimo que permite a uma embarcação (civil ou militar), de qualquer nacionalidade, o direito de atravessar o território de uma nação, com a condição de não ameaçar ou perturbar a paz, a boa ordem e a segurança do Estado costeiro (artigo 19, da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar). Aplicado ao Direito Penal Militar, o princípio permite que crimes cometidos dentro de navio estrangeiro, de passagem pelo país, não sejam julgados pela lei do país em trânsito, desde que não afetem um bem jurídico nacional. Atenção! O princípio da passagem inocente não ocorre no espaço aéreo. 15) Crimes militares próprios e impróprios: a) Próprios, ou autenticamente militares são os crimes com previsão única no Código Penal Militar, sem correspondência em qualquer outra lei, e que podem ser cometidos apenas por militares. b) Impróprios são os crimes que possuem dupla previsão, ou seja, no CPM, no CP e/ou legislação similar, ou que tendo previsão única na legislação militar, pode apresentar um civil como agente. 16) Tempo de Guerra - momentos de conflito, devidamente declarados pelo Presidente da República com o aval do Congresso Nacional, em atendimento as 8

9 disposições da Constituição Federal de A legislação militar é mais severa nestes momentos que o homem da guerra, o militar, deve demonstrar a sua coragem, e o seu amor incondicional para com a Pátria, o mesmo ocorrendo com os civis, que também possuem o dever de preservar a integridade do território nacional. II. Prazos 17) Contagem de prazo Os prazos no direito penal e processual penal são contados de formas diferentes: a) Penal A contagem se inicia no dia do começo do cumprimento da pena, desprezando-se o último. Exemplo: A pessoa, que é presa no dia 10/04 para cumprir uma sentença de 1 mês de pena privativa de liberdade, será solta no dia 09/05. a. Atenção! No exemplo, a contagem se inicia no dia 10/04, independentemente do horário em que o indivíduo foi recolhido ao cárcere. Mesmo que a prisão ocorra às 23h (apenas uma hora faltando para o fim do dia), o dia de início é considerado de forma integral. b. Atenção! A contagem se dá pelo calendário comum (ou Gregoriano), o que facilita o cômputo das penas, sem divergência, pelo Judiciário. Ou seja, um mês de reclusão não pode ser convertida em 30 dias como regra geral. Deve-se aplicar a contagem do calendário do dia 1º ao último dia do mês (seja este 28, 29, 30 ou 31). No exemplo acima, a pessoa ficaria presa por 30 dias (visto que abril possui 30 dias). Caso fosse presa no dia 10/05, a soltura ocorreria no dia 09/06 (resultando em 31 dias de prisão). b) Processual Penal A contagem não inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento. Exemplo: Uma decisão judicial emitida em 05/03, e que fixa prazo de recurso de 10 dias, terá seu vencimento no dia 15/03. Atenção! No exemplo, 9

10 a contagem se inicia no dia 06/04, independentemente do horário em que a decisão foi emitida na véspera. III. Crime (art. 29 a 47) 18) Conceituação de crime formalmente, é a conduta lesiva a bem juridicamente tutelado, merecedora de pena e devidamente prevista em lei. Na doutrina brasileira majoritária, o crime é visto como fato típico, antijurídico e culpável (corrente tripartida), onde a culpabilidade é elemento essencial ao conceito de delito. Esta é vista como relevante fator ético que conecta o crime e a pena, pois representa o juízo de censura atribuível ao autor do fato típico e ilícito. Ou seja, sem a reprovação da sociedade, não há que se falar em crime. 19) Sujeitos do crime a) Sujeito ativo é a pessoa que pratica a conduta criminosa. b) Sujeito passivo é o titular do bem jurídico protegido pelo tipo penal incriminador e que foi violado. Temos: i) Sujeito passivo formal (ou constante) É sempre o Estado, por ser o titular do interesse jurídico de punir e que aparece com a prática da infração penal; ii) Sujeito passivo material (ou eventual) é o titular do bem jurídico diretamente lesado pela conduta do agente; c) Atenção! i) O Estado é o único que pode figurar simultaneamente como sujeito passivo formal e material; ii) Animais, coisas e mortos não figuram como sujeitos passivos; iii) Em condutas variadas, a mesma pessoa pode figurar como sujeito ativo e passivo, visto que cada uma terá por destinatário outra pessoa. Exemplo: rixa (art. 209, 5º, do CPM). 10

11 iv) Em conduta única, a mesma pessoa não pode figurar simultaneamente como sujeito ativo e passivo. Exemplo: o agente que se feriu por conduta exclusivamente sua, não terá provocado crime. Mas observem que no exemplo, o agente é o titular do bem jurídico. Se o mesmo agente se agredir para não participar do serviço militar, terá cometido crime de criação de incapacidade física (art. 184, do CPM), visto que o bem tutelado pertence ao Estado. 20) Objetos do crime a) Objeto material é o bem jurídico, de natureza corpórea ou incorpórea (como a reputação da pessoa, no crime contra a honra), sobre o qual recai a conduta criminosa; b) Objeto jurídico é o interesse protegido pela norma penal, como a segurança externa do país, a autoridade ou disciplina militar, a vida, o patrimônio, entre outros. 21) Classificação dos crimes a) Crimes comuns e próprios: i) Comuns são aqueles que podem ser cometidos por qualquer pessoa. No âmbito penal militar, são os chamados crimes militares impróprios, visto que podem ser cometidos tanto pelo militar quanto pelo civil, ou seja, qualquer um. Exemplo: homicídio (art. 205, do CPM); ii) Próprios são aqueles onde os crimes possuem sujeito ativo especial ou qualificado, isto é, somente podem ser praticados por determinadas pessoas. É exatamente o caso da maior parte dos crimes militares, que exigem a qualidade de militar (da ativa, da reserva ou reformado, dependendo do caso) para figurar como agente. Exemplo: desrespeito a superior (art. 160, do CPM). 11

12 b) Crimes instantâneos, permanentes e continuados: i) Instantâneos são aqueles cuja consumação se dá com uma única conduta, não produzindo um resultado prolongado no tempo. Assim, ainda que a ação possa ser arrastada no tempo, o resultado é instantâneo. Exemplo: homicídio (art. 205, do CPM); ii) Permanentes são os delitos que se consumam com uma única conduta, embora a situação antijurídica gerada se prolongue no tempo de acordo com a vontade do agente, ou seja, o crime ocorre durante todo o período da atividade delituosa. Exemplo: sequestro ou cárcere privado (art. 225, do CPM). O delito se consuma ao se tirar a liberdade da vítima e se prolonga enquanto esta esteja em cativeiro, por vontade do agente; (1) Atenção para a aplicação da Teoria da Atividade! Se durante um sequestro, o infrator vier a completar a maioridade, será considerado imputável para todos os fins penais. iii) Continuado - dois ou mais crimes da mesma espécie, que pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro. (1) Atenção para a aplicação da Teoria da Atividade! Se durante uma série de quatro roubos, o infrator vier a completar 18 anos, será considerado imputável apenas para os crimes que cometeu após atingir a maioridade (art. 228 da CF - penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos ). c) Crimes comissivos e omissivos: i) Comissivos é aquele praticado por meio de uma ação. Exemplo: homicídio (art. 205, do CPM); ii) Omissivos praticados por meio de omissão do agente, ou seja, pela abstenção de comportamento. O crime se consuma assim que caracterizada a omissão, em ato único. Atenção! A conduta omissiva (como deixar de prestar socorro ou de se apresentar para o serviço em determinado posto) 12

13 do militar se caracteriza mesmo que no exterior, visto a lesão ao bem jurídico tutelado (hierarquia, disciplina e interesse das Forças Armadas). O art. 6º afasta a incompetência da Justiça Militar brasileira para julgar, mesmo que fora do país. Exemplo: omissão de oficial (art. 194, do CPM); d) Crimes de atividade e de resultado: i) De Atividade são os crimes que se contentam com a ação humana esgotando a descrição típica, havendo ou não resultado naturalístico. Ou seja, independe dos resultados pretendidos. Exemplo: aliciação de militar (art. 360, do CPM). O tipo penal se contenta em prever o aliciamento, independentemente do militar aliciado passar para o inimigo ou prestar-lhe auxílio; ii) De Resultado são aqueles que somente se concretizam se produzirem um determinado resultado. O efeito lesivo deve se concretizar em uma exteriorização destacada da ação. Ou seja, a não-ocorrência desse resultado impede a consumação do crime. Exemplo: peculato (art. 303, do CPM); e) Crimes de dano e de perigo: i) De dano são os que se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico visado. Exemplo: lesão à honra, na injúria (art. 216, do CPM); ii) De perigo delito consuma-se com o simples perigo criado para o bem jurídico, com a mera probabilidade de haver um dano. Tem por objetivo a intenção de evitar a prática dos crimes de dano. Sendo assim, observamos penas mais brandas das previstas nos crimes de dano. Exemplo: maus tratos, na exposição a perigo de vida ou saúde (art. 213, CPM); f) Crimes Complexos e Progressivos: i) Complexo Encerra dois ou mais tipos em uma única descrição legal. Nessas hipóteses, há tutela de dois ou mais bens jurídicos. Exemplo: Latrocínio (art. 242, 3º, do CPM), sendo a reunião de um crime de roubo 13

14 (art. 242, do CPM) e de homicídio (art. 205, do CPM), onde estão protegidos os bens jurídicos patrimônio e vida. ii) Progressivo Onde um tipo contém implicitamente outro que deve ser realizado para se alcançar o resultado. Ou seja, o anterior é simples passagem para o posterior e fica absorvido por este. Exemplo: homicídio (art. 205, do CPM), que absorve a lesão corporal (art. 209, do CPM) que ocasione a morte. g) Crimes unissubjetivos e plurissubjetivos: i) Uissubjetivos os crimes que podem ser praticados por uma só pessoa. Exemplo: recusa de obediência (art. 163, do CPM); ii) Plurissubjetivos aqueles que somente podem ser cometidos por mais de uma pessoa. Exemplo: motim (art. 149, do CPM); h) Crime habitual é aquele que somente se consuma através da prática reiterada e contínua de várias ações. Pune-se o conjunto dessas condutas habitualmente desenvolvidas, e não somente uma delas (que é atípica). Exemplo: desobediência a decisão sobre perda ou suspensão de atividade ou direito (art. 354, CPM); i) Crimes de forma livre e de forma vinculada: i) De forma livre os que podem ser praticados de qualquer modo pelo agente, não havendo, no tipo penal, qualquer vínculo com o método. Exemplo: homicídio (art. 205, do CPM); ii) De forma vinculada aqueles que somente podem ser cometidos por meio de fórmulas expressamente previstas no tipo penal. Exemplo: motim (art. 149, do CPM); j) Crimes condicionados são aqueles que dependem do acontecimento de uma condição qualquer para se configurar. Exemplo: provocação direta ou auxílio a suicídio (art. 207, CPM). Atenção! Não admitem tentativa; 14

15 k) Crimes de atentado - também conhecido como crime de empreendimento, consiste naquele que prevê expressamente em sua descrição típica a conduta de tentar o resultado. Ou seja, são os delitos previstos no CPM em que a forma tentada é equiparada à modalidade consumada, sem distinção de pena. Exemplo: Evasão de preso ou internado (art. 180, do CPM - Evadir-se ou tentar evadir-se... ). l) Crime Tentado Três teorias explicam o crime tentado: i) Teoria Subjetiva - Preocupa-se com a intenção do agente, independente da ineficácia/inidoneidade absoluta ou relativa do meio e/ou ineficácia absoluta ou relativa do objeto. Ou seja, se o sujeito ativo quis praticar o crime, pouco importa se ele iria chegar ao resultado pretendido. Analisa-se o dolo. ii) Teoria Sintomática - Preocupa-se com a periculosidade do agente, que estabelece seu comportamento em determinado intento delitivo. É necessário adotar as medidas de segurança, se comprovada no caso concreto. Independente da ineficácia/inidoneidade absoluta ou relativa do meio e/ou ineficácia absoluta ou relativa do objeto à prática criminosa. Se o sujeito ativo demonstrou periculosidade, é caso de medida de segurança e não hipótese de crime impossível. iii) Teoria Objetiva evidencia que diante da impossibilidade do bem jurídico sofrer abalo decorrente da conduta que se analisa não pode haver reação jurídico-penal. Divide-se em: (1) Pura: tanto faz se a ineficácia do meio empregado, ou a impropriedade do objeto, sobre o qual incide a conduta é relativa ou absoluta. Não tendo havido lesão, não se discute potencialidade lesiva da ação ou omissão. Haverá crime impossível, seja pela inidoneidade absoluta ou relativa; (2) Temperada: apenas reconhece como crime impossível a conduta que absolutamente mostra-se ineficaz no ataque ao bem juridicamente protegido. Haverá crime impossível, apenas na hipótese de inidoneidade 15

16 absoluta (ineficácia e/ou impropriedade). Teoria adotada no sistema jurídico brasileiro. 22) Teorias do nexo de causalidade: nexo causal ou relação de causalidade, é o elo que existe entre a conduta e o resultado. É a relação de causa e efeito existente entre a ação, ou omissão, do agente e a modificação produzida no mundo exterior. O nexo de causalidade integra o fato típico, pois existe a necessidade de se verificar se o resultado é ou não imputável ao agente, ou seja, se foi este que deu causa ao resultado criminoso. Possui algumas teorias: a) Teoria da equivalência das condições/antecedentes - qualquer condição anterior que faça parte da totalidade dos antecedentes é, também, causa do resultado, pois a sua inocorrência impediria a produção do evento (conditio sine qua non). Em seu art. 29, o Código Penal Militar adota essa teoria, sustentando que a causa da causa também é causa do que foi causado (causa causae est causa causati). Exemplo: no homicídio (art. 205, do CPM) causado por arma de fogo, a fabricação e venda da arma são consideradas causas do resultado, visto que sem elas, o disparo não teria ocorrido. Entretanto, o vendedor não é punido, visto que que não agiu com dolo ou culpa, tendo fabricado/vendido sem noção da finalidade do uso da arma; b) Teoria da causalidade adequada - segundo a qual a causa é a condição mais adequada a produzir o evento. Baseia-se essa teoria no critério de previsibilidade do que usualmente ocorre na vida humana, onde um determinado evento somente será produto da ação humana quando esta tiver sido apta e idônea a gerar o resultado. No caso do homicídio causado por arma de fogo, a fabricação/venda da arma, desde que lícita, jamais seria considerada causa do crime (por não se tratar de ação idônea à produção do referido resultado, pois, armas não são vendidas em lojas para gerar crimes de homicídio). 16

17 c) Teoria da imputação objetiva - ao agente é imputada a prática de um resultado delituoso apenas quando o seu comportamento tiver criado, realmente, um risco não tolerado, nem permitido, ao bem jurídico. No mesmo exemplo de homicídio por arma de fogo, a fabricação/venda da arma, independentemente de qualquer outra análise, não pode ser considerada causa do resultado, uma vez que o vendedor não agiu de modo a produzir um risco não permitido e intolerável ao bem jurídico. 23) Estado de necessidade - se configura quando houver dois ou mais bens jurídicos em perigo e um deles tiver de ser sacrificado ante a impossibilidade de se proteger ambos. Possui duas teorias na doutrina: a) Teoria Unitária - entende que o estado de necessidade é hipótese de exclusão da ilicitude quando o bem jurídico protegido é de valor maior que o sacrificado (estado de necessidade justificante). b) Teoria Diferenciadora observa a situação de acordo com a comparação entre o valor do bem jurídico protegido e sacrificado, onde ora exclui a antijuridicidade (bem jurídico protegido é de valor maior que o sacrificado - estado de necessidade justificante), ora a culpabilidade (bem jurídico protegido é de valor igual ou menor que o sacrificado - estado de necessidade exculpante). Somente excluirá a ilicitude quando o bem jurídico protegido for de valor maior que o bem sacrificado. 24) Conceituação de ilicitude ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo (contrariedade) entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. 17

18 25) Excludente de ilicitude afasta um dos elementos do crime, que é a contrariedade da conduta ao direito. De acordo com o art. 42, do CPM, não há crime quando o agente pratica o fato: a) Em estado de necessidade - se configura quando houver dois ou mais bens jurídicos em perigo e um deles tiver de ser sacrificado ante a impossibilidade de se proteger ambos. b) Em legítima defesa - uso moderado dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Caracteriza-se pela reação moderada ao ataque injusto (proporcionalidade) e o suficiente para fazer cessar a agressão (caso contrário o agente responde pelo excesso), onde a agressão deve ser atual ou iminente, a direito seu ou de terceiro. c) Estrito cumprimento do dever legal é a ação praticada em cumprimento a um dever imposto por lei, mesmo que cause lesão a bem jurídico de outrem. Exemplo: um policial, a fim realizar uma prisão, pode utilizar a violência necessária para realizar o ato. Entretanto, o dever legal precisa advir de lei. d) Exercício regular de direito - é o desempenho de uma atividade ou conduta autorizada por lei. Ao exercitar um direito seu, que se encontra previsto e autorizado pelo ordenamento jurídico, a pessoa não pode ser punida. Ela não pratica um delito, visto a lei tornou o ato lícito. e) Consentimento do ofendido é causa supralegal e limitada de exclusão da antijuridicidade. Nela, permite-se que o titular de um bem juridicamente protegido, considerado disponível, concorde, livremente, com a sua perda. Atenção! Não se trata de matéria de aceitação pacífica, tanto na doutrina quanto na jurisprudência. Alguns autores afirmam que o consentimento só pode ocorrer antes ou durante à conduta do agente, nunca após. Não está prevista expressamente em lei, sendo causa excludente de ilicitude supralegal. IV. Imputabilidade Penal: 18

19 26) Imputabilidade - é o conjunto de condições pessoais que dão à agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível. As condições pessoais consistem em: a) Sanidade mental onde presume-se que todos nascem saudáveis, a não ser que se prove o contrário. b) Maturidade adquire-se com a idade, aos dezoito anos. Vide art. 228, da CF: são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. 27) Actio libera in causa é princípio de que a causa da causa também é causa do que foi causado. Observemos essa teoria, em especial, nos casos de exclusão da imputabilidade penal prevista no artigo 49 do CPM. Exemplo: Visando cometer um crime, o agente decide se embriagar, com o intuito de encorajar-se ou de buscar deliberadamente a excludente de culpabilidade. Nesse caso, o sujeito deve responder pelo que fez dolosamente, visto que o elemento subjetivo estava presente no ato de ingerir a bebida. Outro exemplo é quando o agente, apesar de saber que irá dirigir seu carro, ingere álcool e aumenta as chances de ocorrer uma imprudência e atropelar um transeunte. V. Concurso de agentes: 28) Concurso de pessoas é a cooperação desenvolvida por vários agentes para o cometimento de um delito penal. Existem três teorias principais, quando ocorre a pluralidade de agentes: a) Teoria unitária (ou monista) existem diversas condutas, mas que provocam apenas um resultado. Nesse caso, há somente um delito. Ou seja, todos os que participam da infração penal cometem o mesmo crime. Em regra, essa é a teoria adotada pelo Código Penal Militar. 19

20 b) Teoria pluralista existem diversas condutas, mas ainda que provoquem um único resultado, cada agente responde por seu delito. É o chamado delito de concurso (série de delitos conectados por relação de causalidade). O Código Penal Militar, como exceção à regra, também adota essa teoria nos casos de corrupção (arts. 308 e 309, do CPM). c) Teoria dualista - existem diversas condutas, que provocam apenas um resultado. Nessa teoria, os coautores devem ser separados, que praticam um delito, e os partícipes, que cometem outro. Atenção! Excepcionalmente, em face da característica da matéria, e em conversa com o Prof. Igor, achamos que será mais proveitoso você ler as normas antes de responder as questões. Ou seja, leia as normas logo após estudar a teoria. Posteriormente, o professor Igor vai alocar um dia pra você ler essas normas novamente, a fim de reforçar o conteúdo. 20

21 b. Mapa Mental - Território: 21

22 - Lugar e Tempo do crime: L LUGAR U UBIQUIDADE T TEMPO A ATIVIDADE - Prazos: 22

23 - Crime: 23

24 24

25 c. Revisão 1 QUESTÃO 1 - CESPE ANALISTA STM 2004 De acordo com a legislação penal militar, em tempo de paz, são considerados crimes comuns e são julgados pelo tribunal do júri os crimes dolosos contra a vida cometidos por militar contra civil. QUESTÃO 2 - CESPE ANALISTA STM 2004 O civil que pratica o crime de furto de quantia em dinheiro pertencente a instituição militar comete, de acordo com a legislação penal militar, crime militar. QUESTÃO 3 - CESPE ANALISTA STM 2011 Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior a quinze dias, sem a devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e redefinindo o crime de deserção, entre em vigor. Nessa situação, será aplicada a lei referente ao momento da conduta de se ausentar sem autorização, porquanto o CPM determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade. QUESTÃO 4 - CESPE ANALISTA STM 2011 No Código Penal Militar, para efeitos de incidência da norma penal castrense, consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente 25

26 utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. QUESTÃO 5 - CESPE ANALISTA STM 2011 A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do contido no Código Penal (CP) comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a ultra atividade da norma e impõe a incidência da retroatividade da lei penal mais benigna. QUESTÃO 6 - CESPE ANALISTA STM 2011 Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade. QUESTÃO 7 PROFESSOR 2017 Sobre os crimes no Direito Penal Militar, julgue a assertiva abaixo: De acordo com o princípio da culpabilidade, não há crime sem dolo ou culpa. QUESTÃO 8 PROFESSOR 2017 Sobre a aplicação da lei penal militar: No cômputo dos prazos não se inclui o dia do começo, onde contam-se os dias, os meses e os anos de acordo com o calendário comum. 26

27 QUESTÃO 9 - CESPE PROMOTOR MPE-ES 2010 Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são perpetrados por civis. QUESTÃO 10 MPM PROMOTOR MPM 2013 (Adaptada) Um cadete da PM, com 17 anos de idade, durante o desfile de 7 de setembro, desentende-se com um cadete do Exército, que estava em forma no pelotão ao lado do seu, desferindo no militar do EB um golpe com a coronha do fuzil, lesionando-o gravemente (CPM, art. 209, 1º). A competência para processo e julgamento é da Justiça Militar da União. 27

28 d. Revisão 2 QUESTÃO 11 CESPE ANALISTA STM 2004 Julgue o item seguintes, referente à imputabilidade penal e ao concurso de agentes no direito penal militar. É inimputável o agente que pratica o fato criminoso sem capacidade de entendimento e sem determinação, em razão de doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado. QUESTÃO 12 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o resultado. QUESTÃO 13 CESPE ANALISTA STM 2004 Julgue o item seguintes, referente à imputabilidade penal e ao concurso de agentes no direito penal militar. O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, exceto quando elementares do crime, o que significa dizer que responde por crime comum a pessoa civil que, juntamente com um militar, cometa, por exemplo, crime de peculato tipificado no CPM. 28

29 QUESTÃO 14 PROFESSOR 2017 Julgue o item a seguir, relativo à aplicação da lei penal militar e a crime militar. Se o erro praticado pelo agente deriva de culpa, o mesmo responderá a este título, mas apenas se o fato estiver previsto como punível na modalidade culposa. QUESTÃO 15 PROFESSOR 2017 De acordo com o texto da lei penal militar: Considera-se agregado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento. QUESTÃO 16 MPE/PR PROMOTOR MPE/PR 2014 (Adaptada) Quanto ao estado de necessidade, julgue o item a seguir: O direito penal militar brasileiro adota a teoria diferenciadora do estado de necessidade, reconhecendo-o em certos casos como causa de exculpação e em outros como justificação, conforme a ponderação de valores entre o bem sacrificado e o protegido. QUESTÃO 17 - FUMARC OFICIAL DE JUSTIÇA TJM/MG 2013 O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste: 29

30 a) o princípio da legalidade, o princípio da ultra atividade da lei penal e o princípio da territorialidade. b) o princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da extraterritorialidade. c) o princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio da retroatividade da lei mais benéfica ao réu. d) o princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio da legalidade. QUESTÃO 18 MPE/PB PROMOTOR MPE/PB 2011 (Adaptada) Para efeitos da lei penal militar, considera(m)-se: I - território nacional por extensão, as aeronaves brasileiras onde quer que estejam, desde que sejam de propriedade das Forças Armadas do Brasil. II - praticado o delito militar no momento da conduta ou do resultado, diferentemente do que estabelece o Código Penal. III - navio, toda embarcação sob comando militar. a) Apenas I e III estão erradas. b) Apenas I está correta. c) Apenas I e II. QUESTÃO 19 PROFESSOR

31 Para os efeitos de aplicação da lei penal militar, julgue o item a seguir. Qualquer pessoa que seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em posto, graduação, ou sujeição à disciplina militar, passa a ser considerada militar, apenas no caso do Brasil estar em tempo de guerra. QUESTÃO 20 CESPE ANALISTA STM 2004 Julgue o item seguintes, referente à imputabilidade penal e ao concurso de agentes no direito penal militar. O CPM, ao estabelecer que aquele que, de qualquer modo, concorrer para o crime incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em matéria de concurso de agentes, a teoria monista. 31

32 e. Revisão 3 QUESTÃO 21 CESPE ANALISTA STM 2011 Com relação ao direito penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código Penal Militar (CPM). Um adolescente com dezessete anos de idade que, convocado ao serviço militar, após ser incorporado, praticar conduta definida no CPM como crime de insubordinação praticado contra superior será alcançável pela lei penal militar, a qual adotou, para os menores de dezoito e maiores de dezesseis anos de idade, o sistema biopsicológico, em que o reconhecimento da imputabilidade fica condicionado ao seu desenvolvimento psíquico. QUESTÃO 22 PROFESSOR 2017 O sargento X e o cabo Y são conhecidos no quartel em que trabalham por serem desafetos um do outro. A dificuldade de relacionamento vem de longa data, onde o sargento X é normalmente visto perseguindo o cabo Y com escalas extras de serviço. Em dado momento, cansado das perseguições, o cabo Y resolve matar o sargento X, mas não quer aparecer. Assim, quando o soldado Z vem até o refeitório para pedir açúcar para o sargento X, o cabo maliciosamente lhe dá veneno. Entretanto, antes de consumir o açúcar (veneno), o sargento X oferece o adoçante ao tenente K, que vem a falecer imediatamente. De acordo com o Direito Penal Militar: Na situação descrita, o cabo Y responderá exclusivamente pelo homicídio do tenente K, na modalidade culposa. 32

33 QUESTÃO 23 FESMIP/BA PROMOTOR MP (Adaptada) O artigo 32 do CPM versa sobre crime impossível, que, no direito penal militar brasileiro, é tratado sob o amparo da teoria objetiva temperada, exigindo a ineficácia absoluta dos meios ou impropriedade absoluta do objeto. QUESTÃO 24 CESPE ANALISTA STM 2004 Julgue o item seguintes, referente à imputabilidade penal e ao concurso de agentes no direito penal militar. A embriaguez patológica recebe o mesmo tratamento que a embriaguez voluntária ou culposa no CPM, segundo o qual ambas isentam de pena o agente, por não possuir esta consciência no momento da prática do crime. QUESTÃO 25 - FUMARC TÉCNICO TJ/MG 2013 (Adaptada) Em relação aos crimes tentados no Direito Penal Militar: O Código Penal Militar não adota a teoria objetiva para os crimes tentados, sendo esta exclusiva do Código Penal Comum. QUESTÃO 26 - FUNCAB SOLDADO PM/GO 2010 (Adaptada) A respeito das disposições legais sobre o crime no Código Penal Militar: Em regra, todos os crimes admitem a modalidade culposa, devendo constar expressamente da lei a vedação ao tipo culposo. 33

34 QUESTÃO 27 PROFESSOR 2017 Com relação à lei processual penal militar e aos crimes praticados em tempo de guerra: Aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, salvo disposição especial, com o aumento de um terço. QUESTÃO 28 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 (Adaptada) No que concerne ao direito penal militar e a seus critérios de aplicação, julgue o item a seguir. Considere que um militar, no exercício da função e dentro de unidade militar, tenha praticado crime de abuso de autoridade, em detrimento de um civil. Nessa situação, classifica-se a sua conduta como crime propriamente militar, porquanto constitui violação de dever funcional havida em recinto sob administração militar, sendo o crime julgado pela Justiça Militar. QUESTÃO 29 - CESPE ANALISTA STM 2004 Julgue o item a seguir, relativo à aplicação da lei penal militar e a crime militar. O Código Penal Militar (CPM), ao estabelecer a relação de causalidade no crime, adotou o princípio da equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, o qual se contrapõe à teoria monista adotada pelo mesmo código quanto ao concurso de pessoas. QUESTÃO 30 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 (Adaptada) 34

35 Sobre a aplicação da lei penal militar: A pena cumprida no estrangeiro não atenua nem é computada da pena imposta no Brasil pelo mesmo crime. 35

36 f. Normas comentadas CÓDIGO PENAL MILITAR (art. 1º a 14) TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR Princípio de legalidade cominação legal. Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia Lei supressiva de incriminação Art. 2 Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. Atenção! No Código Penal, havendo abolitio criminis, cessa a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Entretanto, a letra da lei no Código Penal Militar observa que cessa a vigência da sentença condenatória irrecorrível. Apesar de em ambos os casos tornar o fato praticado pelo agente penalmente irrelevante, o texto não é idêntico. Retroatividade de lei mais benigna 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplicase retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. Apuração da maior benignidade 36

37 2 Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. Atenção! Para determinar a lei mais favorável, o 2º proíbe a combinação das leis. Dessa forma, não se permite ao juiz legislar, criando uma outra lei (HC MG, 1.ª T., rel. Luiz Fux, ,v.u.). O sistema jurídico deve manter a unicidade, caso contrário, poderá ocorrer uma flagrante quebra do princípio da segurança jurídica, onde ocorre a aplicação das duas leis penais ao mesmo tempo, ora utilizando um artigo da lei anterior, ora utilizando um artigo da lei posterior. Entretanto, cabe ao juiz a competência da escolha de qual norma é a mais favorável, pois cabe ao Estado, e não ao particular, aplicar a lei ao caso concreto. Medidas de segurança Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. Caso o juiz verifique que o acusado não tem condições de ser considerado imputável deverá impor a este uma medida de segurança. Apesar de não ser uma pena, a medida ainda se configura como um tipo de sanção penal (internação, tratamento etc.) por representar a provação de liberdade. Lei excepcional ou temporária Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Atenção! Poderá ser apresentado o argumento de que o princípio da retroatividade penal benéfica é expresso na Constituição Federal (art. 5º, XL), sem qualquer tipo de restrição ou condição. Logo, necessita aplicação integral, sem que se possa invocar 37

38 lei ordinária para barrá-lo. O argumento não tem validade no nosso ordenamento jurídico!!! Não há conflito temporal entre as normas. A lei temporária traz em si o período de vigência, de modo que o tempo do fato faz parte da tipicidade. Exemplo: A extinção da punibilidade prevista no art. 32 do Estatuto do Desarmamento (lei temporária) teve reconhecida sua eficácia temporária (STF, RHC , Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 05/06/2012). Tempo do crime Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. É utilizada para determinar a imputabilidade do agente e as condições da prática criminosa para aplicar a pena relacionada, além de oportunizar a possibilidade aplicação da anistia e prescrição Atenção! Adotando-se essa teoria, se houver, por exemplo, um homicídio (crime material), o mais importante é detectar o instante da ação (desfecho dos tiros), e não o momento do resultado (ocorrência da morte). Assim fazendo, se o autor dos tiros for menor de 18 anos à época dos tiros, ainda que a vítima morra depois de ter ele completado a maioridade penal, não poderá responder pelo delito. Lugar do crime Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. Territorialidade, Extraterritorialidade 38

39 Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. O CPM utiliza a incondicionalidade da extraterritorialidade, ou seja, não existe obstáculo para a aplicação da lei ao crime cometido fora do território brasileiro. É definido, inclusive, o interesse punitivo mesmo que o agente esteja sendo processado no estrangeiro ou já tenha aí sido julgado. Território nacional por extensão 1 Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. Observe que o fato de ser propriedade privada, ou não, não interfere. O critério recai sobre o fato de estar sob comando militar ou militarmente utilizados. Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. A aplicação da lei penal brasileira também ocorre se a aeronave ou navio estrangeiro estiver no exterior, mas em lugar administrado por órgão militar brasileiro (exemplo da Marinha do Brasil, na Estação Comandante Ferraz - Antártida). Nesse caso, o julgamento de delito contra instituição militar brasileira recai sobre a Justiça Militar do Brasil. 39

40 Conceito de navio 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda embarcação sob comando militar. Conceito de navio para afastar qualquer restrição referente ao tamanho e porte das embarcações, o 3º define o critério para aplicação do CPM estar sob o comando militar. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8 A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Caso o infrator brasileiro seja julgado no exterior e condenado a pena que for cumprida no estrangeiro, a mesma será descontada da pena que tiver que ser cumprida no Brasil. Se a pena for diversa o montante a ser cumprido no Brasil será atenuado, mas se a pena for idêntica será computada para todos os efeitos legais, inclusive para a concessão dos benefícios previstos na legislação. Atenção!!! Existe corrente que aponta a inconstitucionalidade deste artigo (há idêntico dispositivo no Código Penal) por ferir o princípio do Non Bis In Idem (Ninguém será processado, ou punido, duas vezes pelo mesmo fato). Entretanto, o caso se configura como exceção para premiar a soberania nacional e se encontra válido no nosso ordenamento jurídico, conforme jurisprudência (TRF1, RcCr /AM. Rel.: Juiz Saulo Casali 3ª Turma. Unânime. DJ 2 de 07/07/06). Crimes militares em tempo de paz Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 40

41 I os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; quando praticados: II os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de ) d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar; III os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; 41

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