CONTEXTUALIZAÇÃO (NO PROJETO)
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- Lucas Gabriel Antas Pinhal
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1 Este trabalho é financiado por Fundos FEDER através do Programa Operacional Fatores de Competitividade COMPETE e por Fundos Nacionais através da FCT Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto PTDC/CPE- CED/116674/2010. CONTEXTUALIZAÇÃO (NO PROJETO) Conhecer as perspetivas dos diretores das escolas avaliadas relativamente ao grau de satisfação com o processo de avaliação externa Identificar o impacto e efeitos da avaliação externa na melhoria da escola em termos organizacionais, curriculares e pedagógicos Opc aõ por metodologias quantitativas e qualitativas, materializadas num modelo misto de recolha de dados, com destaque para anáĺise de documentos, entrevistas e questionáŕios 1
2 tipo de entrevista em avaliação OBJETO/CAMPO DE ESTUDO Avaliação de eficiência Avaliação do impacto e efeitos Universo das escolas avaliadas entrevistas a diretores (n= 25) Amostra estratificada: regiões do país (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve ) Singularidade das escolas (casos aleatórios) Amostragem por casos múltiplos (Guerra, 2006; Pires, 1997) Semi estruturada ou semidiretiva permite reorientar o guião da entrevista em func ão das verbalizac ões e reac ões dos entrevistados nem todas as intervenc ões do entrevistador são previamente determinadas permite uma maior possibilidade de expressão dos entrevistados - as informac ões recolhidas refletem melhor as suas representac ões o guião, na sua versão final, será sujeito a uma validac ão aparente e de conteúdo Bardin (2004), Bisquerra (1989), De Ketele & Rogiers (1993, 1996), Fox (1981) 2
3 Menor ambiguidade Grau de profundidade dos elementos de análise recolhidos recolha de informação válida ESTRATÉGIA DE RECOLHA DE DADOS (OBJETIVOS PARA OS QUAIS A ESTRATÉGIA É ESPECIALMENTE ADEQUADA) Análise do sentido que os atores dão às suas práticas e aos acontecimentos com os quais são confrontados (sistemas de valores, referências normativas, interpretações em situações conflituosas, leituras que fazem das suas próprias experiências) Análise de um problema específico (dados, pontos de vista, sistemas de relações, funcionamento de uma organização, etc.) Reconstituição de um processo de ação, experiências ou acontecimentos do passado Adaptado de Bogdan & Biklen (1994) e Ghiglione & Matalon (1997) PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS Adequada para aprofundar um determinado domínio ou verificar a evolução de um domínio já conhecido A flexibilidade e a fraca diretividade do dispositivo permite recolher os testemunhos e as interpretações dos interlocutores, respeitando os próprios quadros de referência (linguagem e categorias mentais) Informadores privilegiados (diretores de escolas): focada num respondente influente, proeminente e bem informado da organização/comunidade possibilidade de uma perspetiva geral sobre a organização, de conhecimento da estrutura, das políticas, da história e dos planos da organização Obter dados comparáveis entre os vários sujeitos Adaptado de Bogdan & Biklen (1994); Ghiglione & Matalon (1997); Quivy & Campenhoudt (1995) 3
4 dimensões a considerar 1º ciclo de avaliação externa ( ) 2º ciclo de avaliação externa (2011-) impacto e efeitos da avaliação externa na consolidação da autoavaliação institucional impacto e efeitos da avaliação externa na melhoria da escola ao nível organizacional, curricular e pedagógico impacto e efeitos da avaliação externa na participação da comunidade nas escolas grau de apropriação pelas escolas e pela comunidade dos referenciais utilizados na avaliação institucional PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS Transcrição da entrevista Leitura das entrevistas Construção das sinopses das entrevistas Análise descritiva: análise tipológica, categorial e temática aprofundada Análise interpretativa: as hipóteses explicativas e os ideais-tipo (fase exploratória de organização das hipóteses explicativas do fenómeno; investigação analítica no sentido da construção de um modelo científico de interpretação dos resultados) Guerra (2006); Poirier & Valladon (1983); Schnapper (1999) 4
5 Análise tipológica Análise categorial Método de excelência Ordenar os materiais, classificá-los segundo critérios pertinentes, encontrar as dimensões de semelhanças e diferenças, as variáveis mais frequentes e particulares Identificação das variáveis cuja dinâmica é potencialmente explicativa de um fenómeno Percorrer os dados na procura de regularidades e padrões, bem como de tópicos presentes nos dados TIPOS: 1) Construção de tipologias por semelhança (reagrupar por critérios de proximidade de conteúdo sujeitos, fenómenos, opiniões, etc.) em agrupamentos exclusivos (dimensões de análise não são cumulativas) 2) Análise categorial (identificação das unidades pertinentes que influenciam determinado fenómeno em estudo, reduzindo o espaço de atributos de forma a sacar apenas as variáveis explicativas pertinentes) CATEGORIZAÇÃO EMERGENTE: trabalho analítico de comparac aõ constante dos dados e abstrac aõ progressiva; identificac aõ das categorias indiǵenas, sucessiva redefinic aõ à medida que vaõ sendo introduzidos novos dados e comparac aõ constante e posterior reduc aõ e abstrac aõ dando origem a emerge ncia de categorias teoŕicas ou concetuais; acesso a diversos campos experienciais característicos das organizações CATEGORIZAÇÃO PREDETERMINADA Bogdan & Biklen (1994); Demazie re e Dubar (1997); Ghiglione & Matalon (1993); Guerra (2006); Poirier & Valladon (1983); Schnapper (1999) PRINCÍPIOS ORIENTADORES: induc aõ, codificac aõ aberta e teorizac aõ (essenciais para gerar uma teoria local, ancorada nos factos) Indutivo: pressupoẽ a inexiste ncia de categorias preestabelecidas, devendo ser identificadas a partir dos dados categorias que inicialmente saõ descritivas, indiǵenas, mas que progressivamente vaõ sendo redefinidas (processo de comparac aõ constante), organizadas e reduzidas ate a definic aõ da estrutura categorial final que supoẽ a identificac aõ de categorias mais abstratas Categorizac aõ aberta: permite que um mesmo conteu do seja susceti vel de ser integrado em mais do que uma categoria e estabelecer relac oẽs entre categorias que deêm acesso a anaĺises e compreensoẽs da realidade estudada com um alcance mais geral Teorizac aõ: pressupõe a passagem das categorias descritivas ou indiǵenas a s categorias sa bias, atraveś de um processo de reduc aõ de categorias e abstrac aõ progressiva Demazie re e Dubar (1997); Huberman & Miles (1991); Maroy (1997); Strauss e Corbin (1991) 5
6 ESPECIFICIDADES processo indutivo de codificac aõ e de comparac aõ constante Identificar campos emergentes (níveis de análise) presentes em todas as narrativas, estruturantes dos sentidos vividos e expressos das trajetórias, das prá ticas e das expectativas dos diretores análise estrutural do discurso modo de acesso importante aos sistemas de sentido, a s loǵicas subjacentes aos processos de formac aõ e construc aõ de identidade(s) que queremos compreender e interpretar texto interpretativo articula as lógicas e os sentidos dos sujeitos participantes no estudo com o quadro teórico diversificado que consideraḿos relevante mobilizar para documentar, sustentar e triangular a nossa interpretac aõ Bertaux (1997); Barthes (1981); Demazie re & Dubar (1997); Denzin (1970, 1994); Hiernaux (1997) NA PRÁTICA (OBJETIVOS GERAIS DA ENTREVISTA) Analisar a perspetiva de desenvolvimento organizacional defendida pela equipa diretiva/diretor(a) Identificar as dinâmicas envolventes da comunidade escolar Avaliar mudanças nas práticas pedagógicas decorrentes do processo de avaliação externa Perceber quais os fatores que contribuem para o autodesenvolvimento profissional docente Analisar diferentes trajetórias curriculares 6
7 PROPOSTA DE ALGUMAS DIMENSÕES A CONSIDERAR mudanças organizacionais, curriculares e pedagógicas Desafios da escola/ agrupamento Contributo do processo de avaliação externa Processo de autoavaliação Estilo de liderança do(a) diretor(a) Estrutura organizacional da escola/ agrupamento Sucesso escolar e qualidade de ensino (evidências) Implicações para o corpo docente (compromisso com a missão, valores e visão) Relações com a comunidade educativa Grau de satisfação e feedback Participação ativa e envolvimento ALGUMAS QUESTÕES Que opções têm sido tomadas no âmbito da autonomia pedagógica? Como descreve a cultura atual de escola? Que alterações significativas regista nos últimos dois a cinco anos? No âmbito da atual política de diferenciação, o que pensa sobre o reconhecimento da escola a nível local/regional/nacional? Quais os maiores desafios com que a escola é confrontada? Como reagiu face aos desafios e contextos atuais (alterações legislativas/crise económica/classificações em exames) no sentido de promover um maior sucesso da escola e dos alunos? Quais as maiores barreiras ao sucesso das aprendizagens dos alunos? Considerando o conceito de sucesso que enunciou, que importância atribui e como gere a relação com pais /encarregados de educação /famílias, a comunidade (parcerias) e os diretores de outras escolas? Em termos curriculares e pedagógicos, quais considera terem sido as maiores alterações decorrentes do processo de avaliação externa? 7
8 OBRIGADA PELA VOSSA ATENÇÃO 8
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