A LEI \2012 E O ENFRENTAMENTO AO ABUSO E VIOLÊNCIA SEXUAL COMETIDOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES RESUMO

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1 A LEI \2012 E O ENFRENTAMENTO AO ABUSO E VIOLÊNCIA SEXUAL COMETIDOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 1 Nivia Valença Barros 2 Emanuele Cristina Diogo Melo 3 Janaina Porto Serqueira Rocha 4 Janet Cerra Lima 5 Luanda Bomfim Guerra RESUMO Nos últimos anos a violência sexual contra crianças e adolescentes vêm sendo particularmente uma questão a ser enfrentada, especialmente nos contextos familiar, institucional e comunitário. A notificação é de fundamental importância para que a rede de proteção seja mobilizada. O presente artigo é baseado na pesquisa realizada em uma Organização Não Governamental (ONG) - CON-TATO, que em parceria com a Fundação para Infância e Adolescência (FIA), realiza avaliação psicossocial às famílias que vivenciam em seu cotidiano a denúncia da violência sexual contra crianças e adolescentes. Para tanto, realizamos uma análise dos documentos institucionais para subsídio á pesquisa. Desde já, abordamos o caráter sexista da violência sexual, a quebra do silêncio, o local de maior incidência e o gênero mais vulnerável à esse tipo de violência. Sendo assim, o estudo visa refletir como a nova lei , de 17 de maio de 2012, conhecida como a lei "Joanna Maranhão" pode contribuir para dar visibilidade aos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes do Município do Rio de Janeiro. Palavras-Chave: Criança e Adolescente, Abuso Sexual e Violência. 1 Nivia Valença Barros - Professora da Universidade Federal Fluminense UFF/RJ. Graduada em Serviço Social, Mestre em Educação e Doutora em Psicologia barros.nivia@gmail.com- (Orientadora) 2 Emanuele Cristina Diogo Melo Assistente Social do Instituto Synthesis. Pós-Graduanda em Atendimento à Criança e Adolescente Vítima de Violência Doméstica pela PUC/Rio. emanuele.melo@institutosynthesis.org.br. 3 Janaina Porto Serqueira Rocha Assistente Social do Núcleo de Atendimento a Criança e Adolescente NACA/RIO. Pós- Graduanda em Atendimento à Criança e Adolescente Vítima de Violência Doméstica pela PUC/Rio. janainaspr@yahoo.com.br. 4 Janet Cerra Lima Assistente Social da Prefeitura Municipal de Itaguaí (RJ) e Assistente Social do Hospital Estadual Albert Schweitzer Pós-Graduanda em Atendimento à Criança e Adolescente Vítima de Violência Doméstica pela PUC/Rio e Família Infância e Juventude pela FAGOC. janetcerra2006@yahoo.com..br 5 Luanda Bomfim Guerra Pós-Graduanda em Atendimento à Criança e Adolescente Vítima de Violência Doméstica pela PUC/Rio e Serviço Social e Políticas Sociais pela FAGOC. luandaguerra@ig.com.br

2 2 INTRODUÇÃO É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Art.º 227 Constituição Federal de 05 de Outubro de O presente estudo busca refletir sobre a importância da Lei /2012 e o enfrentamento ao abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes. O abuso sexual contra a infância e a adolescência tem sido foco constante de análises, reflexões e ações no âmbito público e civil em diversos países. Historicamente, o tema vem ganhando relevância desde a aprovação da Declaração dos Direitos da Criança, em 1959, a qual consolida os princípios presentes na Declaração dos Direitos Humanos, aprovada em 1948, pela Assembléia Geral das Nações Unidas. A Lei /2012 trouxe nova hipótese de termo inicial da prescrição da pretensão punitiva antes do trânsito em julgado da sentença. A partir desta nova lei o art. 111 do Código Penal passou a contar com o inciso V, segundo o qual, nos delitos contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, o prazo prescricional terá início na data em que a vítima completar 18 anos, salvo se há esse tempo já houver sido proposta a ação penal. A pesquisa foi realizada através da análise documental conduzida pelo método de análise do conteúdo que segundo Gil (1999), (...) a pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Através desta foi possível o desenvolvimento de reflexões e a organização do presente trabalho em duas partes: A primeira que discorre sobre o conceito de violência sexual e as considerações da Lei /2012. A segunda que está reservada para a apresentação e análise dos resultados da pesquisa, realizada na Organização Não Governamental CON-TATO. Esta ONG atua em parceria com a Fundação para Infância e Adolescência (FIA), desenvolve o projeto NACA (Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente), e tem como objetivo a realização de avaliação psicossocial às famílias que vivenciam em seu cotidiano a denúncia da violência sexual contra crianças e adolescentes no município do Rio de Janeiro.

3 3 1. REFLEXÕES SOBRE A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE E A IMPORTÂNCIA DA LEI /2012 (LEI JOANNA MARANHÃO). A violência sexual contra crianças e adolescentes acontecem em todo o mundo e têm mobilizado diversos segmentos sociais, no sentido de se pensar formas de enfrentamento desta cruel forma de violação dos direitos humanos. A prática desta violência contra o segmento infantojuvenil é uma violação aos direitos fundamentais da pessoa humana. A Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2002 no Relatório Mundial sobre Violência e Saúde definiu a violência como: Uso da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. ( OMS, 2012) Seguindo essa perspectiva, caracterizou a violência sexual como: Qualquer ação na qual uma pessoa, valendo-se de sua posição de poder e fazendo uso de força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, com uso ou não de armas ou drogas, obriga outra pessoa, de qualquer sexo, a ter, presenciar, ou participar de alguma maneira de interações sexuais ou a utilizar, de qualquer modo a sua sexualidade, com fins de lucro, vingança ou outra intenção. (OMS, 2012) Falar de Violência sexual contra crianças e adolescentes é sinalizar a importância da proteção à infância e a adolescência que no Brasil está juridicamente garantida na Constituição Federal em seu art. 277 e no Estatuto da Criança e Adolescente que em seu art. 4º coloca É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Baseado nesta legislação criou-se o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual InfantoJuvenil (2000), aprovado pelo CONANDA (Conselho nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), que criou um conjunto de instrumentos para defesa e garantia de direitos de crianças e adolescentes. Este instrumento aponta a criação, o fortalecimento e a implementação de ações e metas articuladas que assegurem a proteção integral à criança e ao adolescente que vivenciam a violência sexual. Os novos decretos possibilitaram avanços e (re) significação às políticas voltadas para o público infantojuvenil. O paradigma da Proteção Integral abrange todas

4 4 as crianças e adolescentes compreendidos como sujeitos em condição peculiar de desenvolvimento, que devem ser prioridade absoluta da família, da sociedade e do Estado. Implica, portanto, mudanças nos métodos de intervenção, superando a lógica punitiva e corretiva como no Código de Menores, mas de respeito, especialmente, às fases de desenvolvimento biopsicossocial das crianças e adolescentes. Guerra (1998) acrescenta que a intenção da prática da violência sexual é satisfazer o prazer do adulto, e para isso força crianças e adolescentes a praticarem o ato, a coerção tem suas raízes no padrão adultocêntrico de relações adulto-criança, vigente em nossa sociedade. A violência sexual contra crianças e adolescentes sempre se manifestaram em todas as classes sociais de forma articulada ao nível de desenvolvimento civilizatório da sociedade, relacionando-se com a concepção de sexualidade humana, compreensão sobre as relações de gênero, posição da criança e o papel das famílias no interior das estruturas sociais e familiares. Desta forma, devemos entendê-la em seu contexto histórico, econômico, cultural e ético (FALEIROS, 2000, p 17). A violência sexual contra crianças e adolescentes retrata um fenômeno complexo de difícil enfrentamento, instituído em um contexto sócio-histórico resultante de elementos internos e externos, considerando as dimensões estrutural, social e interpessoal. O abuso sexual deve ser pensado a partir das desigualdades socioeconômicas, raciais, éticas e de gênero; fruto das relações sociais, expresso por profundas desigualdades, principalmente por uma sociedade onde a figura do adulto é extremamente valorizada em contrapartida à de crianças e adolescentes. A rigor, relações de poder revelam a desigualdade social entre seus protagonistas. Crianças são consideradas socialmente inferiores a adultos, 6 mulheres socialmente inferiores a homens, negros socialmente inferiores a brancos, pobres socialmente inferiores a ricos. (SAFFIOTI, 2000, p 18). Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a criação da Convenção sobre os Direitos da Criança e mais especificamente com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990, estes, são juridicamente reconhecidos como sujeitos de direitos, rompendo com a lógica de menores incapazes, objetos de tutela, de obediência e de submissão. Essas regulamentações garantiram às crianças e aos adolescentes o direito a expressar opiniões, participar de processos decisórios, proporem 6 Grifos nosso.

5 5 soluções e intervir no processo de mudança social. O Art. 12 da Convenção sobre os Direitos da Criança aponta o incentivo aos governos, as organizações governamentais e não governamentais e aos cidadãos comuns para propiciar às crianças a capacitação com o objetivo de envolvê-las em processos decisórios. Desse modo, permitir a participação infantojuvenil significa lutar contra a desigualdade de poder adulto-criança e ao abuso (BRUÑOL, 2001). Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 5º - ECA Lei 8.069, de 13 de Julho de A atenção e notificação de maus-tratos praticados contra crianças e adolescentes são determinações legais, contempladas nos Arts. 11, 13 e 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº de 13/07/1990. A notificação é de fundamental importância para o combate à violência. Em 2012 foi criada a Lei /2012 conhecida como Lei Joanna Maranhão que traz grandes contribuições para o enfrentamento a violência sexual no seguimento infantojuvenil, o qual é particularmente atingido nas suas estruturas psíquicas e sociais, A violência sexual é o elemento constitutivo e conceitual, e, portanto, explicativo da natureza, de todas as situações em que crianças e adolescentes são vitimizados sexualmente. (FALEIROS, 2004, p 75). Com isto, publicada na edição de do Diário Oficial da União e de aplicação imediata, a Lei , inseriu o inciso V ao artigo 111 do Código Penal. A nova Lei trouxe mais um termo inicial para a prescrição antes do trânsito em julgado. A prescrição é uma causa extintiva da punibilidade, em que ela pode ocorrer antes ou depois do transito em julgado. Sendo assim, a que ocorre antes do transito em julgado chama-se prescrição da pretensão punitiva. De acordo com o artigo 111, o prazo prescricional começa a ocorrer a partir da consumação do crime, ou seja, no momento consumativo do crime. Art A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final passou a vigorar acrescido do seguinte inciso V: nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se há esse tempo já houver sido proposta a ação penal. Destarte, os crimes perpetrado contra crianças e adolescentes somente irão

6 6 prescrever 20 anos após a vítima ter completado 18 anos, ou seja, quando a vítima completar 38 anos. Esta é uma Lei que impedindo sua ocorrência da prescrição é considerada uma Lei Penal gravosa, entra no conceito de novatio legis in pejus"onde a Lei Penal Gravosa não retroage, assim, a nova regra (Lei /2012) só se aplica para fatos ocorridos a partir do momento que a nova Lei entrou em vigor, 18 de Maio de Deste modo, a violência é, antes de tudo, uma violação dos direitos humanos fundamentais, manifesta-se sob diversas formas, nos mais diferentes espaços e em todas as classes sociais, afetando a saúde e a qualidade de vida das pessoas. 2. PESQUISA A tabela abaixo se configurou a partir de dados colhidos e analisados na ONG CON-TATO. Esta instituição atua em parceria com a Fundação para Infância e Adolescência (FIA), desenvolve o projeto NACA (Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente), que tem como objetivo a realização de avaliação psicossocial às famílias que vivenciam em seu cotidiano a denúncia da violência sexual contra crianças e adolescentes no município do Rio de Janeiro. Estes dados se tornam relevantes para a discussão da importância da nova lei no contexto já existente no cenário de denúncias de abuso sexual infantojuvenil. Cabe pontuar que as famílias chegam ao NACA através de encaminhamentos realizados pelos atores do sistema de garantia de direitos como: Conselho Tutelares, Promotorias da infância e adolescência e Delegacias.

7 7 Ano Números de casos encaminhados ao NACA RJ Sexo Violência Intrafamiliar Violência extrafamiliar Total 837 Números de Crianças e Adolescentes atendidos entre os anos de 2009 a a 6 anos Faixa Etária 7 a 12 anos 13 a 18 anos F M ,84% % % ,16% FONTE: NÚCLEO DE ATENDIMENTO A CRIANÇA E ADOLESCENTE NACA/RIO No decorrer da pesquisa foi possível observar que a maior parte dos casos de violência sexual contra a criança e ao adolescente se concentra no espaço doméstico, pois do total de 837 denúncias encaminhadas ao NACA, foi possível observar que 685, estavam relacionados ao âmbito intrafamiliar, e que o gênero feminino é a maior vítima. Apesar de historicamente o espaço intrafamiliar ser considerado a princípio como um lugar de proteção que deve propiciar o pleno desenvolvimento de seus membros, os dados acima confirmam o que Saffioti (1999) expõe em sua literatura: no espaço doméstico, por um processo de domínio e de poder estabelecido pelas regras sociais, agressores com laços consanguíneos ou de parentescos perpetram também a violência sexual. Os maus-tratos sofridos na infância e adolescência em sua maioria praticados no âmbito intrafamiliar, por pessoas que inicialmente deveriam ser sinônimo de segurança, muitas vezes permanecem velados, se justificando pela alegada inviolabilidade do lar e não invasão da sua privacidade. Esses argumentos dificultam a atuação preventiva e o adequado encaminhamento das vítimas, podendo se perpetuar por meses e anos. Essa lógica encontra fundamento em princípios neoliberais onde os

8 8 sujeitos devem se voltar para suas mazelas, circunscrito aos seus próprios espaços. A publicização dos casos de violência contra crianças e adolescentes se torna mais aparente nas camadas empobrecidas da nossa sociedade, sobretudo por estarem mais visíveis às ações do Estado. O que muitas vezes equivocadamente pode ser compreendido que as famílias pobres são as que mais cometem violência. Guerra (1998) corrobora com essa análise, e acrescenta que são comuns os casos de crianças abusadas e violentadas que ficam temerosas em denunciar, ou até mesmo exporem o fato. Elas permanecem silenciosas por medo do abusador ou medo de provocar uma desagregação familiar, ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. Ao se pensar na categoria gênero enquanto uma construção social como coloca (Saffioti, 2004), os dados possibilitaram a observação da desigualdade de gênero presente na sociedade brasileira e já tão presente no cotidiano da infância. Ao deparar-se com este contexto torna-se notório que esta desigualdade e esta violência perpassam todas as classes sociais independente do cenário social, econômico, étnico, cultural, político e cultural da família. Azevedo (2007) acrescenta que a relação de abuso sexual a crianças não é um fenômeno característico da pobreza, onde nenhuma etnia, credo religioso, classe social está imune de sua ocorrência. E que o ambiente doméstico tem sua origem privilegiada para a prática, reproduzindo assim o ciclo da violência. Embora o abuso também seja cometido com os meninos, tem na mulher-criança sua vítima mais frequente, devido à relação desigual entre gênero, onde o agressor é predominante o homem (AZEVEDO et al., 2007, p. 43, 2007) CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando, o conceito do paradigma da Proteção Integral que considera crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento, prioridade absoluta da família, da sociedade e do Estado, torna-se necessário expor que a notificação dos casos de violência sexual contra este público é de responsabilidade de todos. Quanto a isto o ECA coloca: Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente

9 9 comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais (Art. 13º - ECA Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990). O Estatuto da Criança e do Adolescente mais do que uma lei, trata-se de um pacto nacional em defesa dos direitos da criança e do adolescente. Portanto, a efetividade dos direitos da infância é meta e desafio do ECA, exigindo a imprescindível intersetorialidade nas políticas públicas e ações governamentais, bem como a interface no seu cotidiano, entre as ações desenvolvidas pelos Conselheiros Tutelares e Conselheiros de Direitos e pelos demais atores sociais da rede de proteção dos direitos da criança e do adolescente Esta prática aliada ao propósito da Lei , traz a possibilidade de novos questionamentos e reflexões acerca da realidade da violência sexual contra o segmento infantojuvenil na história do Brasil. Com isto, será possível contribuir com novos dados que pontuarão a necessidade de maior efetivação da política pública formulada para o enfrentamento a violência sexual contra criança e adolescente no município do Rio de Janeiro. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS ANDREATO, Danilo; ARAS, Vladimir. Termo inicial da prescrição nos crimes sexuais contra crianças e adolescentes: o art. 111, V, do Código Penal (Lei nº /2012). Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3253, 28 maio Disponível em: < Acesso em: 8 set ARAÚJO, Claudia. O sistema único de saúde e o enfrentamento ao abuso e violência sexual cometidos contra crianças e adolescentes. Disponível em: Acesso em: 25 de Agosto de AZEVEDO, Viviane Nogueira. AZEVEDO, Maria Amélia. Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder / organizadoras Maria Amélia Azevedo, Viviane Nogueira de Azevedo. - 2ª ed. - São Paulo: Iglu, AZEVEDO et al. Vitimação e vitimização: questões conceituais. In: Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. AZEVEDO et al (Orgs.), 2ª Ed., São Paulo: Iglu, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de ed. São Paulo: Saraiva, 1990.

10 10 BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei Federal nº 8.069/90, Imprensa Oficial, CONDECA, BRUÑOL, Miguel Cillero. O interesse superior da criança no marco da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. In: MENDEZ, Emílio García; BELOFF, Mary (orgs.). Infância, Lei e Democracia na América Latina.v. 1. Blumenau: FURB, FALEIROS, Eva T. Silveira. Repensando os conceitos de violência, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes Brasília: ed. Thesaurus, FERARI, Dalka C.A., VECINA, Tereza C.C. (orgs.) O Fim do Silêncio na Violência Familiar: Teoria e Prática. São Paulo : ed. Ágora, p GUERRA, V. N. de A. Violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 3. ed. São Paulo: Cortez, LIBÓRIO, RenataMaria Coimbra, SOUSA, Sônia M. Gomes, (Organizadoras) et al. A exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil: reflexões teóricas, relatos de pesquisas e intervenções psicossociais. São Paulo: ed. Casa do Psicólogo, Goiânia, GO: Universidade Católica de Goiás, LIMA, Jeanne de Souza e DESLANDES, Suely Ferreira. A notificação compulsória do abuso sexual contra crianças e adolescentes: uma comparação entre os dispositivos americanos e brasileiros. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 15, n. 38, julho/setembro 2011 Disponível em: Acesso em: 20 de Agosto de ONU. Declaração dos direitos da criança - Resolução ONU, 20 de novembro de ONU. Regras mínimas das Nações Unidas para administração da Justiça da Infância e da Juventude Regras de Beijing - Resolução 40/33 ONU 29 de novembro de ONU. Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da delinqüência juvenil Diretrizes de Riad - 1 de março de 1988 RIAD. SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo (Coleção Brasil Urgente), SAFFIOTI, H. I. B. Já se mete a colher em briga de marido e mulher. São Paulo em Perspectiva : SIENA, David Pimentel Barbosa de. Lei Joanna Maranhão: novo termo inicial da prescrição da pretensão punitiva. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3254, 29 maio Disponível em: < Acesso em: 20 ago

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