Rodada #1 Redação. Professor Diego Fontes. Prezado aluno e futuro servidor do TRT da 1ª Região,

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1 Rodada #1 Redação Professor Diego Fontes Assuntos da Rodada 1. Introdução. 2. Proposta de Estudo de Caso 3. Padrão de Resposta 1. Introdução Prezado aluno e futuro servidor do TRT da 1ª Região, Com muita satisfação iniciamos o nosso curso voltado para a prova discursiva do próximo concurso do TRT-RJ, focado nos cargos de Analista Judiciário Área Judiciária e Analista Judiciário Área Judiciária Especialidade Oficial de Justiça Avaliador Federal. Mas antes de tudo, qual a importância de um curso direcionado especificamente para essa prova? Para responder com propriedade a essa indagação, precisamos conhecer o perfil exigido no Edital.

2 Para esses cargos, o Edital prevê uma prova discursiva na modalidade Estudo de Caso, valendo 30 pontos. Para sobreviver a essa etapa, o candidato precisará obter pelo menos 15 pontos, ou seja, a nota de corte é de 50%. Mas Professor, o que seria esse tal Estudo de Caso...? Para os cargos de Analista, os concursos de Tribunais têm passado a exigir o Estudo de Caso no lugar daquela clássica dissertação argumentativa ou expositiva. No Estudo de Caso, a prova traz um caso prático hipotético... narra uma estorinha... logo em seguida, em cima dessa situação concreta, o examinador passa a fazer questionamentos que envolvem os assuntos cobrados nas disciplinas de Conhecimentos Específicos do seu Edital. Veja, por exemplo, o Estudo de Caso cobrado na última prova do cargo de Analista Judiciário Área Judiciária no concurso do TRT da 3ª Região, aplicada pela Fundação Carlos Chagas (que tem o estilo bem semelhante ao da AOCP): A sua prova seguirá o mesmo modelo, pelo qual você terá que desenvolver argumentos jurídicos dentro de determinado contexto fático hipotético. O examinador quer saber se além de dominar os assuntos do conteúdo programático, você é capaz de aplicar o Direito de forma prática, o que será basicamente o seu trabalho como Analista do TRT quando você for aprovado. 2

3 Temos ainda algumas importantes previsões e inferências. Veja que você terá à disposição no mínimo 20 e no máximo 30 linhas para escrever o seu texto, o que leva a crer que o examinador não fará apenas um questionamento nesse Estudo de Caso, mas pelo menos 3 perguntas envolvendo diferentes temas dentro da mesma situação. Apesar de em teoria o Estudo de Caso poder versar sobre qualquer disciplina entre aquelas cobradas em conhecimentos específicos, o foco da situação apresentada e dos questionamentos muito provavelmente estará nos temas pertinentes ao Direito do Trabalho e ao Direito Processual do Trabalho, tendo em vista a natureza do órgão para o qual você está concorrendo: um Tribunal Regional do Trabalho. Logicamente, podem ser cobrados assuntos que tangenciem as relações trabalhistas, como, por exemplo, os aspectos constitucionais do Direito do Trabalho e do Direito Processual do Trabalho. Todavia, alerto que a proposta desse curso, não é acertar o tema do Estudo de Caso. Estaria sendo, no mínimo, desonesto se lhe prometesse isso. Ao contrário, o que pretendemos é abrir a sua visão sobre o fenômeno trabalhista, de modo que você seja capaz de visualizar o emprego efetivo dos conhecimentos assimilados. Você sairá do formalismo teórico e passará a enxergar a aplicação prática desses conhecimentos à realidade que lhe cerca. E como você fará isso, Professor? A cada rodada, além da teoria de redação trazida pelo Prof. Ricardo, você terá acesso a uma proposta de Estudo de Caso elaborada por mim, simulando o que você terá que encarar no dia da prova. Disponibilizarei também o padrão de resposta correspondente, de forma que você possa conferir o seu desempenho após escrever o texto. Nunca veja o padrão de resposta antes de escrever o texto. Você apenas estará se sabotando! Agora a maior razão pela qual esse curso é indispensável na sua preparação: nas propostas das rodadas 4 e 7 você irá escrever e nos enviar o seu texto para correção. Serão duas propostas de dissertação elaboradas por mim e corrigidas em conjunto com o 3

4 Prof. Ricardo. Eu, como especialista na área, analisarei os aspectos de conteúdo, enquanto o professor Ricardo estará encarregado da correção de gramática e de estruturação textual. Em suma, você terá duas críticas qualitativas: a do Prof. Ricardo, na qual irá discorrer sobre os pontos fortes e fracos da sua coesão, coerência e demais elementos que ficam a meio caminho entre conteúdo e gramática, frisando especialmente o que precisa melhorar; e a minha crítica na qual especificarei os aspectos de conteúdo que deveriam ter sido explorados e apontarei os eventuais equívocos no seu texto. Embora sejam apenas 30 pontos em jogo, não se esqueça de que estamos falando de uma banca com perfil de cobrar lei seca na prova objetiva, o que leva os candidatos a obterem altíssimas pontuações nessa etapa e chegarem mais ou menos empatados para a correção da discursiva. Veja que a discursiva será uma espécie de voto de minerva, a prova que de fato irá decidir a sua aprovação. Além disso, você não pode esquecer que terá de atingir uma nota de corte de pelo menos 15 pontos. Não adianta nada saber todas as leis na ponta da língua, fechar a prova objetiva e não estar apto a aplicar de forma prática esses conhecimentos. Ao longo da minha trajetória de concurso, já vi muita gente boa rodar nessa fase quando já se considerava praticamente dono da vaga após a correção do gabarito preliminar da objetiva. Não podemos, portanto, negligenciar a nossa preparação para a discursiva. Tenho certeza de que você não pretende virar estatística no dia do resultado. Para evitarmos que isso ocorra, quero que se dedique ao estudo tanto da teoria trazida pelo Prof. Ricardo quanto treine à exaustação as propostas que serão de minha responsabilidade. Eu e o Prof. Ricardo faremos uma dobradinha, para que você tenha a preparação mais abrangente possível. Tudo visando o seu sucesso na hora da discursiva. Você verá como uma prova que hoje é o grande temor da maior parte dos candidatos, poderá se 4

5 transformar em um diferencial competitivo seu em relação à concorrência. Está pronto para embarcar conosco nesse desafio?! Mãos à obra! 2. Proposta de Estudo de Caso ESTUDO DE CASO João Sabido, Pedro Boaventura e Tiago Modesto foram admitidos na empresa De Olho na Vaga LTDA em João usufruiu de férias por 30 dias consecutivos em 2015 e em 2016, concedidas em e em , respectivamente, ambas pagas três dias antes do início do gozo. Pedro teve suas férias concedidas em , por 30 dias corridos, sendo o pagamento efetuado em , dia de seu pagamento habitual. Não gozou férias em 2016 ou Tiago teve seu único período de férias concedido em , por 30 dias, com o pagamento efetuado dois dias antes do início do gozo. Demitidos em , os três ingressaram com ação trabalhista pleiteando o pagamento em dobro das férias dos anos de 2015 e Considerando a hipótese acima, responda com fundamento na Constituição Federal, na CLT e no entendimento consolidado no Tribunal Superior do Trabalho (TST): 5

6 a) O direito às férias tem previsão constitucional? A concessão de férias por 30 dias corridos e o período de gozo podem ser determinados pelo empregador? Há previsão legal para o parcelamento de férias? Em caso positivo, informe em até quantos períodos e se demanda anuência do empregado. b) Há fundamento jurídico para o pleito de João Sabido ao pagamento de férias em dobro? Explique. c) Pedro e Tiago têm direito ao pagamento em dobro das férias de 2015 e 2016? Por que? 6

7 3. Padrão de Resposta O direito a férias anuais remuneradas, acrescidas de pelo menos 1/3, tem fundamento no artigo 7º, XVII, da Constituição. A regra geral é a concessão de férias por 30 dias corridos (art. 130 da CLT), e o período de gozo será aquele que melhor atenda os interesses do empregador (art. 136 da CLT). Caso o empregador deseje parcelar as férias do empregado, pode fazer atualmente em até três períodos, se houver concordância do trabalhador, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um (art. 134, 1º da CLT), João Sabido não terá direito ao pagamento em dobro das férias, pois foram usufruídas dentro do período concessivo e pagas dentro do prazo legal, que é de até dois dias antes do início do respectivo período (artigo 145 da CLT). Por sua vez, Pedro terá direito ao pagamento em dobro das férias de 2015, pois, apesar de usufruídas dentro do período concessivo, foram pagas após o prazo legal do artigo 145 da CLT, o que, segundo a Súmula 450 do TST, confere o direito ao pagamento em dobro. Por fim, Tiago também terá direito ao pagamento em dobro das férias de 2015, já que concedidas e pagas somente após o transcurso do primeiro período concessivo. As férias de 2016 também serão devidas em dobro para Pedro e Tiago, já que não concedidas pelo empregador no 2º período concessivo, que foi de à Espero que tenha curtido a nossa rodada demonstrativa. Foi só um aperitivo. Ainda temos uma estrada muito interessante a percorrer e espero contar com a sua companhia! Você também pode me encontrar no Instagram (@profdiegofontes) e no Facebook ( Sempre estou postando novidades e curiosidades sobre o seu concurso. Forte abraço e até o nosso próximo encontro! Professor Diego Fontes. 7