CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PSICANÁLISE DE TEXTOS

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1 CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PSICANÁLISE DE TEXTOS Adriano Ricardo Silva RESUMO: Esse artigo tem como meta esclarecer alguns elementos significativos na psicanálise de textos. Fundamentando-se em Freud e Lacan, busca-se delinear possíveis caminhos que sugiram uma ré-significação nos rumos da crítica psicanalítica de modo a não reduzir o texto a uma mera manifestação do inconsciente do autor, tendo em visa que o texto literário, enquanto produção elaborada, jamais poderia configurar uma manifestação do inconsciente que é algo desordenado. Para tanto, lança-se mão de alguns conceitos já cristalizados: Inconsciente, Imaginário, Real. E olha para esses numa outra perspectiva. PALAVRAS-CHAVE: Literatura, Psicanálise, Crítica. ABSTRACT: This article tries to clarefy some important topics about text psychoanalisis. Based on Freud and Lacan, we want tosuggest some ways to improve the Psychoalises Literature Criticism the way we do not reduce the literary text a mere writer uncouncious production, specially because hte literary text as production never could be comprehended as the uncouncious, cause the uncouncious is out of order. So, we take some old concepts: Uncouncious, Imaginary, Real. And take a look in a different way. KEYWORDS: Literature, Psycchoanalisis, Criticism O texto que segue compreende uma breve abordagem de alguns elementos psicanalisáveis no texto literário. Para situarmos o nosso estudo, tomouse por base o texto ficcional já que este se aproxima do que Freud chama de romance familiar, logo situar os conceitos aqui explorados compreende uma tentativa de, não só teorizar, mas também de lançar mais questionamentos acerca da psicanálise de textos. Contudo, o estudo não tem sua finalidade em si mesmo, antes, apesar de partir de pressupostos já tão trabalhados na área em questão, tenta olhar por outro ângulo esses pressupostos e situar a oposição de Freud e Lacan no que tange à exploração psicanalítica do texto literário.

2 Trata-se de um trabalho de caráter ensaístico, no qual volta-se a atenção para as relações entre Inconsciente, Imaginário e Real e as suas implicações para o ato de escrever, levando-se em conta a ligação existente entre autor e leitor. Para tanto trabalhamos com alguns conceitos chave da psicanálise como meio de entender e teorizar a produção artística literária. O INCONSCIENTE Freud situa a literatura como sendo uma manifestação do desejo de satisfação de uma fantasia de desejos negados pelo princípio da realidade ou proibido por códigos morais, logo encarado dessa maneira o texto literário será visto como uma manifestação do inconsciente do autor, que busca um ponto de convergência com o inconsciente do leitor. Esse último, por sua vez, irá encontrar a realização pessoal dos seus desejos mais íntimos nesse texto construído à luz do imaginário do escritor, mas que é ré-escrito à sombra da visão do leitor a partir do momento que esse ler essa obra com base nos seus anseios e no seu romance familiar. Para Freud o neurótico é aquele que parece copiar a fábula ao narrar sua história familiar, a qual chama de o romance familiar, para dizer que a sua fantasia está estruturada como um romance (SOLER, 1998, p.14). Então tanto o autor quanto o seu leitor possuem romances familiares que de algum modo se complementam no ato de ler. Freud entra no campo da psicanálise aplicada quando trata o fazer artístico como um trabalho do inconsciente, colocando as obras literárias no mesmo nível dos sonhos, dos lapsos, dos atos falhos e dos sintomas, que por sua vez são todos interpretáveis. Ao instituir a interpretação dos sonhos, Freud nos possibilitou ver a obra literária não como mero um reflexo do inconsciente, mas como uma produção desse, ou seja, assim como o sonho a obra toma certas matérias primas (linguagem, outros textos literários, maneiras de perceber e escrever o mundo...) e as transforma, utilizando-se para isso certas técnicas para a elaboração de um produto

3 final, a essas técnicas vamos atribuir nome de formas literárias, essas é que vão dar forma ao texto. Ao ser trabalhado sobre suas matérias primas, o texto literário tende a condicioná-las a sua forma de revisão secundária. E assim como o texto-sonho, o texto literário pode ser analisado, decifrado, decomposto, de sorte a revelar alguma coisa do processo pelo qual ele fora produzido. É aí que entra o trabalho de psicanálise do texto. A preocupação de não apenas ler o texto, mas principalmente, descobrir, desvendar os processos de elaboração desse, o trabalho onírico existente por trás da sua produção. Lacan desenvolveu uma interpretação lingüística da visão freudiana acerca do inconsciente, para ele esse inconsciente estrutura-se como uma linguagem. Não só porque funciona por metáforas, mas especialmente porque, assim, como a concepção estruturalista de linguagem, é composto por significantes. Para ele o inconsciente compreende um movimento constante de significantes, cujos significados nos são muitas vezes inacessíveis por serem reprimidos. Desta feita, depreende-se que a visão lacaniana de inconsciente afirma esse ser um deslizar do significados sob o significante, como um desaparecimento e evaporação constantes da significação, um texto quase ilegível que nunca revelará seus segredos finais à interpretação. E para que o ego ou consciência funcione, é necessário que haja uma repressão dessa atividade turbulenta, fixando as palavras às significações, logo: Neste ponto Lacan inverte a posição freudiana: o texto escrito não deve ser psicanalisado; antes é o psicanalista que deve ser bem lido. A psicanálise não se aplica à literatura. As tentativas de fazê-lo sempre manifestaram sua futilidade, seu desajuste em fundamentar mesmo o mais tosco julgamento literário. Por quê? Porque os trabalhos artísticos não são produtos do inconsciente. É bem possível interpretar um romance ou poema isto é, compreendê-lo porém nesse sentido não tem nada a ver com a criação do próprio trabalho.(soler, 1998, p.14) Ou seja, não há, para Lacan uma psicanálise de texto, uma vez que jamais será possível desvendar os mistérios de sua produção, podemos até compreendê-lo mas independentemente do seu trabalho de produção.

4 Um outro aspecto da concepção lacaniana de inconsciente é a visão desse como algo resultante das nossas relações com os outros, ou seja, o inconsciente encontra-se antes fora que dentro de nós. Quer dizer, ele não é uma região tumultuada e pulsante no nosso interior. Sob esse prisma, a linguagem será o elemento imprescindível para a construção do inconsciente no qual o desejo é dirigido para o Outro assim como, também é recebido do Outro (acabamos desejando o que esse Outro deseja pra nós os pais por exemplo). Como base nisso podemos afirmar que o escritor, quando se aventura na produção de um texto literário é conduzido pelo desejo do Outro, e quando ele constrói um cenário de sentimentos flamejantes representa muito mais o mundo desejado pelo leitor, que mesmo o seu próprio, pois o ato de escrever corresponderia a atividade de repressão de seus sentimentos verdadeiros em função da produção de um texto prazeroso para esse leitor, pois esse ato pressupõe um cuidado com a elaboração, escolha das palavras, ordenação dessas, definindo assim o seu estilo. Essa definição do ato de escrever configura uma atitude neurótica por parte do autor, pois é resultante da repressão da desordem pré-existente a ele, ou seja, em função de desenvolver um estilo próprio e de buscar desvendar o mundo e especialmente o homem para os outros homens, o autor elabora um texto no qual conduzirá o leitor por caminhos traçados previamente, persuadindo-o através de um encantamento que não se vê. É a harmonia das palavras que desperta as paixões no leitor, sem que este se dê conta disso, e são esses elementos que definirão o estilo da prosa do autor e conseqüentemente a atribuirão o seu valor. Dessa maneira vamos compreender o ato de escrever como a repressão do princípio do prazer em favor do princípio da realidade, ou fazendo uma analogia com a trilogia freudiana Id, Superego, Ego seria uma resultante da ação do Superego sobre o Id na elaboração do Ego, na qual o Id corresponde às idéias pré-existentes à construção do texto, ao romance familiar do autor, o Superego às imposições do desenvolvimento de um estilo, já que esse supostamente está

5 impregnado de juízo de valor, e o Ego ao produto final dessa relação, ou seja, a obra literária, na visão freudiana, é um sintoma de neurose. É o sintoma que cria a singularidade do sujeito, sujeito de outra forma à grande lei do querer-ser. O sintoma é uma função uma função lógica de exceção relativa ao trabalho infinito, a cifra infinita do inconsciente. Um sintoma represa, crava o gozo, ao passo que o inconsciente desaloja o gozo.(soler, 1998, p.17) Compreendida como um bloqueio defensivo de um desejo que tenta de exteriorizar, sair do inconsciente, a neurose, configura um elemento que, no caso da produção literária caracteriza a repressão da desordem e do tumulto entre as palavras e as significações, logo, é uma atitude neurótica. Por sua vez, apoiado na visão lacaniana de produção textual também podemos considerar o autor um neurótico e a sua escrita um sintoma. [...] a criação literária pode ser um sintoma porque o sintoma é por si só uma invenção. O que significa criar? A resposta é: trazer algo à luz lá onde antes não havia nada. Entretanto dizer lá onde havia nada, eu já implico em lugar. E não há tal coisa como um lugar sem o simbólico e suas marcas, toda marca simbólica engendrando como vazio o lugar que cria (create).(soler, 1998, p.15) Se nos apoiarmos em Freud vamos conceber a produção literária como um texto estruturado como o texto do sonho, e que configura a manifestação do inconsciente do autor, por isso psicanalisável e interpretável no sentido de se desvendar os recursos usados na construção deste, enquanto que Lacan não vai aceitar essas possibilidades já que, para ele o texto não é uma mera representação do inconsciente do autor e sim uma elaboração, por meio de mecanismos técnicos específicos e que não são possíveis de ser identificados por meio de uma psicanálise do texto, ao contrário de Freud, Lacan não aceita a idéia de uma psicanálise aplicada à literatura.

6 O IMAGINÁRIO A arte do escritor consiste, em parte, na capacidade de criar a partir da realidade um mundo imaginário 1 de personagens e suas vidas que é, em certo sentido, mais real(mais verdadeiro) e portanto mais atraente do que a realidade usada como ponto de partida para a sua criação.( HANLY, 1995, p.138) Segundo Lacan, o imaginário é um espaço agradável, onde vivemos/vemos as mais belas cenas, nas quais nós somos a estrela principal. Às vezes o texto dessas cenas é triste, mas mesmo assim é sempre mais interessante que a vida real. Pena que seja uma mentira, uma neurose. Ao tratarmos o texto literário como uma configuração do imaginário, e nos apoiando na idéia de imaginário instituída por Lacan, vamos nos deparar, em princípio, com a seguinte questão: É o texto uma representação do imaginário do autor? De acordo com Iser 2, a ficção é uma configuração do imaginário, pois ela é proveniente do ultrapasse das fronteiras entre o imaginário e o real, ou seja, por sua forma ela assume as características da realidade, e pela elucidação de seu caráter de ficção, guarda os predicados do imaginário. Nela o real e o imaginário se entrelaçam de tal modo que estabelecem as condições para a interdisciplinaridade constante da interpretação (ISER, 2002, p. 948) Esse entrelaçamento é expresso por uma das características da ficção, o ato de sempre representar algo, que por sua ficcionalidade assume um papel de como se, que não é idêntico nem ao real nem ao imaginário, pois em contraposição a esse último ele é dotado de forma, e em oposição ao real, é irreal. Deste modo, a ficção tanto é diferente do real quanto do imaginário, pois ela não é idêntica com o por ele representado e desta identidade carente deriva a presença do imaginário. Logo, sendo compreendida dessa maneira, como uma figuração do imaginário, a 1 Grifo nosso 2. Problemas da Teoria da Literatura atual: o imaginário e os conceitos chave. In: LIMA, Costa. Teoria da Literatura em suas fontes. 3ª edição. Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 2001

7 ficção impõe a necessidade de uma interpretação, que só é possível por sua manifestação verbal. Essa manifestação é a condição para que se descubra o significado latente, velado, garantindo dessa forma o papel do como se. Hanly 3, fundamentado em Freud diz que o espaço imaginário não está num mundo literário e artístico separado da vida: trata-se de um espaço imaginário que é contínuo com o mundo dos sonhos, não importando o quão similar ele seja à realidade, logo, para ele, a boa literatura é aquela capaz de imitar a realidade psíquica. Ele justifica seu argumento por meio do discurso da psicologia onírica que, segundo Freud, pode iluminar a maneira pela qual o romance é construído a partir de condensações, deslocamentos, representações plásticas e simbolização. O REAL [...] aperte o botão do Id e aparecerão as imagens terríveis do Real. Melhor dizendo, não é preciso apertar, porque esse botão funciona automaticamente, e quando menos se espera; e, se, assim não fosse, ninguém ia querer ver esse canal. Seus filmes têm cenários de Bosch, roteiro do Marquês de Sade e música de Nero. Enfim, uma barra (que por isso se barra). Aliás, quem vê esse canal em tempo integral já entrou no departamento da psicose.(perrone-moisés, 2000, p.107) De forma bem humorada Leyla Perrone-Moisés nos apresenta a concepção lacaniana do real, ou seja, para ele o real é o lugar das frustrações, é onde as imagens terríveis se apresentam independentemente da nossa vontade. Para Freud o real, ou mundo consciente é onde estão situadas as neuroses o Ego e seus desejos reprimidos pelo Superego quer dizer: também corresponde ao lugar da frustração. Mas qual a relação desses elementos com a literatura? É fato que desde a Poética de Aristóteles desenvolveu-se uma tendência de compreender a literatura como uma representação da realidade, cuja definição 3. O problema da verdade na psicanálise aplicada.

8 encontra-se no conceito de mimèsis. Porém conceber o texto literário sob o olhar da psicanálise como uma representação do real é no mínimo reducionista frente aos outros conceitos que perpassam pelas entrelinhas desse texto e que já foram apresentados anteriormente. É fato que a realidade do autor materializa-se em seu texto por meio de uma personagem, de uma situação criada, mas essa materialização será sempre uma criação, um como se que na verdade ré-elabora, um universo real à luz das concepções imaginário do autor: o texto ficcional contém elementos do real sem que esgote na descrição deste real, então o seu componente fictício não tem caráter de uma finalidade em si mesma, mas é, enquanto fingida, uma preparação do imaginário.(iser, 2002,p.957) 4 Dessa forma o texto ficcional se refere à realidade sem que se esgote nessa referência, quer dizer, o texto ficcional apropria-se dessa realidade em função de um ato de fingir que se delineia ao provocar a repetição no texto da realidade vivencial para configurar o imaginário, através disso a realidade repetida se transforma em signo e o imaginário em efeito do que é assim referido. Disso, depreendemos a relação triádica do real com o fictício e o imaginário. No ato de fingir, o imaginário ganha uma determinação que não lhe é própria e, por conseguinte, essa determinação atribuída lhe impõe um estatus de realidade. Isso não quer dizer que o imaginário se transforme em um real, muito embora possa ser confundido como tal na medida em que consegue penetrar no mundo e aí agir. Isso caracteriza uma transgressão na determinação da realidade repetida por força de seu emprego, ou seja: [...] no caso do imaginário o seu caráter difuso é transferido para uma configuração determinada, que se impõe no mundo dado como produto de uma transgressão de limites. Assim também no ato de fingir ocorre uma transgressão de limites entre o real e o imaginário.(iser, 2002, p.959) 5 4. Os atos de fingir ou o que é fictício no texto ficcional. In LIMA, Costa. Teoria da Literatura em suas fontes. 3ª edição. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, Os atos de fingir ou o que é fictício no texto ficcional. In LIMA, Costa. Teoria da Literatura em suas fontes. 3ª edição. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 2002.

9 Quer dizer, o imaginário passa a se confundir com o real a medida em que este assume o estatuto de realidade, mediante a criação do texto literário, através da representação de uma realidade recriada em função da arte à luz das imagens existentes no universo inventivo do autor. E justamente o ato de fingir como a irrealização do real é a realização do imaginário que vai criar simultaneamente um pressuposto central que irá permitir saber até que ponto as transgressões de limite provocadas representam a condição para a reformulação do mundo formulado, possibilitam a compreensão de um mundo reformulado e permitem que tal acontecimento seja experimentado, culminando assim no desaparecimento da oposição entre ficção e realidade. De uma vez que passa-se a compreender a ficção como uma realidade composta por elementos fictícios que têm sua fundamentação no real, assim como o real possui as suas ficções. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como afirma Eagleton a crítica psicanalítica está divida em quatro tipos: a que se volta para o autor, a que se volta para o conteúdo, a que se volta para a construção formal e que se volta para o leitor. A maior parte dos trabalhos nessa área tem se concentrado nos dois primeiros elementos supracitados. Quando se volta para o autor o resultado é um trabalho especulativo que enfrenta os mesmos problemas que a discussão da relevância da intenção desse autor para as obras literárias. Quando se volta para o conteúdo tem um valor limitado e é redutiva, concentra sua atenção em desenvolver comentários sobre as motivações inconscientes das personagens, ou sobre a significação psicanlítica de objetos ou acontecimentos do texto. Nosso trabalho tenta de certa forma romper com esse lugar comum da crítica psicanalítica. É certo que, como já fora enunciado anteriormente, nós

10 trabalhamos com aspectos deveras explorados ao longo dos últimos anos de crítica psicanalítica, mas busca-se uma ré-significação de conceitos na ânsia de se sair da comodidade da repetição de fórmulas praticadas há décadas. Inconsciente, imaginário e real já não são termos novos no campo da crítica psicanalítica, porém questionarmo-nos acerca do que vamos explorar nesses elementos é o que vai garantir o encaminhamento do trabalho da crítica. Chega de ficar analisando estruturas de palavras, atribuindo significados a letras de nomes em busca de lapsos de linguagem que possam representar a manifestação de uma neurose ou de simplesmente tratar o texto literário como sendo uma manifestação de um sonho que mexe com as nossas emoções. Também não podemos nos limitar ao texto literário como uma mera representação da realidade onde a verossimilhança encarrega-se de descrevê-la, situando acontecimentos criados pelo autor à luz de uma observação do real, não. Busca-se por uma exploração menos reducionista onde os elementos em questão se articulam em função da criação da obra literária. Fala-se em escrita como sintoma e do autor como neurótico, ora essa relação quando mal analisada pode causar a idéia de que todo texto literário irá compreender alguma forma de neurose, como se esse fosse uma espécie de alucinação/sonho e o leitor um paciente que está mergulhado nesse sonho quando ler. Assim o ato de fechar o livro equivale ao momento de despertar do que pode ser um pesadelo, caso mexa com as angústias do sonhador/leitor. Mas essa compreensão ainda é reducionista, de uma vez que trata o texto literário como instrumento de na análise do leitor. E não é bem assim que as coisas funcionam, o texto, antes de mais nada, precisa ser um objeto de prazer o qual o leitor sinta-se seduzido a desvendá-lo, logo o trabalho do autor vai está voltado para a elaboração de um texto que desperte o interesse de ser lido, invadindo o universo do leitor, materializando os desejos inconscientes desse, de modo a envolvê-lo na leitura. Para isso é de suma importância que o autor se aproprie de alguns elementos de construção textual que

11 possam imprimir-lhe estilo através da harmonia existente entre as palavras do seu texto, então, se o objetivo da psicanálise é descobrir as causas ocultas da neurose a fim de libertar o paciente de seus conflitos fazendo assim desaparecer os sintomas perturbadores, cabe aqui dizer que a meta da crítica psiacnalítica é explorar, ler com profundidade as implicações da elaboração do texto literário e as contradições inerentes a ele. Enfim, se o romance está estruturado como o sonho, assim como afirma Freud, e os sonhos são realizações simbólicas dos desejos inconscientes disfarçados por essa simbologia e por isso precisam ser decifrados para que não sejam chocantes demais para nós, então o texto literário também possui suas estruturas decifráveis e é aí onde entra a psicanálise do texto, no ato de desvendar os mistérios que pairam sobre a construção desse, que mexem com o imaginário do leitor por meio de uma suposta representação do imaginário do autor mas que não se esgotam aí imaginário esse que toma forma de real por meio do ato de fingir na criação artística que incorpora o como se da ficção no momento em que o leitor não só ler, mas é lido e ré-escreve o texto à luz das suas representações e seu romance familiar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARTUCCI, Giovanna(org). Piscanálise, Literatura e Estéticas de Subjetivação. Rio de Janeiro: Imago, 2001 COMPAGNON, Antoine. O Demônio da Teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003 EAGLETON, Terry. Teoria da Literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2001 HANLY, Charles. O problema da verdade na psicanálise aplicada. Rio de Janeiro: Imago, 1995 KAHN, Michael. Freud básico: pensamentos psicanalíticos para o século XXI. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003 LIMA, Costa. Teoria da Literatura em suas fontes. 3ª edição, vols. 01 e 02. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002 PERRONE-MOISÉS, Leyla. Inútil Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

12 SAMUEL, Rogel. Novo manual de teoria literária. 2ª edição. Petrópolis :Vozes, 2002 SOLER, Colete. A psicanálise na civilização. Rio de Janeiro: Contra Capa, 1998.

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