Indicações Geográficas como fator de desenvolvimento no meio rural
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- Bruna Marinho Ximenes
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1 Indicações Geográficas como fator de desenvolvimento no meio rural II Workshop de Inovação e Transferência de Tecnologia: UFMA/Empresa São Luís/MA - 21/11/2011 Coordenação de Incentivo a Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia Agropecuária Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo
2 TENDÊNCIAS DE CONSUMO Consumidor julga a qualidade de um alimento por sinais de informação (intrínsecos e extrínsecos) que associa ao produto. FATORES INTRINSECOS FATORES EXTRÍNSECOS Características físico-químicas e sensoriais Sinais externos ao produto em si Marca Preço Imagem Origem
3 Atributos Diferenciadores de Valor Ambiente Responsabilidade Social e Trabalhista Origem Geográfica Qualidade Sensorial Superior Método Tradicional (M. Prima, Composição) Método artesanal Satisfação do Consumidor IGP (origen + tradición + características) ETG (M. primamétodocomposición) ORGÂNICOS (ambiente + método) Cataluña (Dpto de Agricultura) Artesanía agroalimentaria (Manual+Familiar+ Não Químico) Comércio Justo (Preço+Comercialização+Am biente + Leis Trabalhistas) Selo Vermelho (qualidade superior) Cataluña (Dpto de Agricultura)
4 SINAIS DISTINTIVOS São nomes ou elementos gráficos (logotipos) que distinguem produtos ou serviços por sua origem, qualidade, fabricante ou outra característica própria. MARCAS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS
5 MARCAS COLETIVAS Identifica produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade. Elemento característico: regulamento de uso determinando as regras de uso da marca. Fortalecimento de Marca exige investimento em qualidade do produto e publicidade marca coletiva reduz custos e é uma boa opção para pequenos e médios produtores/empresários.
6 MARCAS DE CERTIFICAÇÃO Conformidade de produtos a determinadas normas e padrões específicos. Não distingue produtos e sim atesta quanto ao atendimento de regras. Uso mínimo: marca de produto ou serviço + marca de certificação.
7 TERROIR Fatores naturais dimensão física Fatores humanos dimensão humana Características de solo, Clima, relevo, etc. Cultura, tradição, ambiente sócio-econômico, etc. Composição bioquímica Fatores humanos e naturais não reproduzíveis Produto típico Fonte: InterGI 2010, La Grande Motte - FR Prática de técnicas específicas (Saber-fazer) Saber-fazer: longo prazo de adaptação das técnicas produtivas a realidade local.
8 Lei nº 9.279/96 Lei de Propriedade Industrial Duas espécies de Indicações Geográficas: Indicação de procedência é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. Denominação de origem é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.
9 EXEMPLOS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS América Latina: Café da Colômbia, Pisco (Peru) Tequila (México) Café Blue Mountain (Jamaica) Charutos de Cuba
10 EXEMPLOS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS França: Champagne Vinhos tintos de Bourdeaux Queijos das regiões de Roquefort, Comté Cognac.
11 MOTIVAÇÕES PARA PROTEÇÃO CONCORRÊNCIA DESLEAL DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E RURAL PATRIMÔNIO E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS GENÉTICOS, BIODIVERSIDADE, SABERES LOCAIS Ações convergentes: Slow food, PAA (MDA), projeto gastronomia sustentável, proteção do patrimônio imaterial IPHAN etc. Nem todo produto é potencial IG: deve possuir notoriedade comprovada e/ou qualidade ligada ao meio.
12 INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL Vinho tinto, branco e espumantes Café Carne bovina e seus derivados Aguardentes, tipo cachaça e aguardente composta azulada
13 INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL Couro acabado Uvas de mesa e manga Vinhos tintos, brancos e espumantes Arroz
14 INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL Café Panelas de barro Capim Dourado Queijo
15 INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL Doces Camarão
16 POTENCIAIS BENEFÍCIOS Proteção dos consumidores e produtores contra usurpação do nome concorrência desleal Melhoria da organização da produção/produtores e promoção das especificidades regionais Evolução qualitativa dos produtos Ampliação/manutenção de renda, emprego, preços, mercados Promoção da imagem da região Resgate e promoção turística e cultural da região Desenvolvimento do turismo local, preservação e valorização do patrimônio cultural, gastronômico
17 Demandas específicas das diferentes cadeias produtivas quanto a proteção e promoção dos sinais distintivos Identificar e caracterizar as diferentes origens produtoras de café no Brasil
18 Demandas específicas das diferentes cadeias produtivas quanto a proteção e promoção dos sinais distintivos Cachaça Proteção da IG da Cachaça em outros países para evitar usurpação, conferir exclusividade de uso do nome aos produtores brasileiros Consolidação do uso do nome Cachaça como exclusivo do Brasil e reconhecimento no mercado internacional notoriedade! Criação e controle do regulamento de uso para produção da Cachaça no Brasil Outras
19 PAPEL DO ESTADO IG como ferramenta de desenvolvimento sustentável abrange aspectos sociais, ambientais e econômicos Promoção da IDENTIDADE de produtos do Brasil - reconhecimento e demanda Tipicidade de produtos e regiões Comunidades tradicionais Meio ambiente e biodiversidade relacionados Um país, diferentes origens e diferentes sabores Inserção do autocontrole e controle social da produção - autofiscalização Resgate e preservação da histórica e cultura Diversificação econômica produto associado a cultura, turismo e gastronomia Promoção da imagem de país produtor de alimentos de forma sustentável, com qualidade vinculada a origem e valoração de comunidades e sistemas produtivos regionais.
20 ATUAÇÃO DO MAPA O objetivo maior é o desenvolvimento sustentável, via agregação de valores aos produtos, ressaltando as diferenças e identidades culturais próprias, organizando as cadeias produtivas e assegurando a inocuidade e qualidade dos produtos agropecuários
21 ATUAÇÃO DO MAPA Divulgar e incentivar o uso de sinais distintivos na agropecuária Formar parcerias interinstitucionais para ação conjunta de incentivo ao registro e gerenciamento dos sinais distintivos Formalizar convênios de apoio a projetos com cooperativas e associações de produtores Apoiar as organizações de produtores no desenvolvimento, reconhecimento e registro de IG e Marcas, bem como a melhoria das condições higiênico-sanitárias da produção.
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23 15 Instituições parceiras (BANDES, ELEMENTUS CONSULTORIA, FAES, FAPES, INPI, IPHAN, MAPA, MDA, OCB-SESCOOP/ES, RUMOS CONSULTORIA, INCAPER, SEBRAE, SECULT, SETUR e UFES) 9 reuniões ( e ) Realização do I Seminário Capixaba sobre IG e MC Ação em andamento - Diagnóstico estadual de IG e MC
24 ATUAÇÃO INTERINSTITUCIONAL PREFEITURAS MAPA MAPA PREFEITURAS SEBRAE SEAG Associações Outras Instituições do setor Preparação do registro I N P I REGISTRO Apoio à manutenção e supervisão do registro SEBRAE SEAG Associações Outras Instituições do setor
25 ATUAÇÃO INTERINSTITUCIONAL INPI INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL (REGISTRO) MAPA - (INCENTIVO, APOIO TÉCNICO E FINANCEIRO) SEBRAE (INCENTIVO E APOIO FINANCEIRO) EMBRAPA (PESQUISAS: PRODUTO E VÍNCULO AO MEIO) OUTRAS UNIVERSIDADES, EMPRESAS DE CONSULTORIA, INTITUIÇÕES FINANCEIRAS, DE TURISMO, CULTURA ETC. - (INCENTIVO, PESQUISA E APOIO TÉCNICO E FINANCEIRO)
26 PONTOS-CHAVE DE SUCESSO 1. União e organização dos produtores 2. Controle e avaliação 3. Apoio governamental
27 REFLEXÕES Qual a identidade dos produtos agropecuários brasileiros no Brasil e no exterior? Como estamos trabalhando a percepção dos consumidores para o produto brasileiro? Qual o papel do setor privado e qual o papel do Estado na promoção das origens, da tipicidade etc.? Brasil produz vinho? Cachaça produto genuinamente brasileiro? Carne brasileira promove desmatamento? Como devemos nos posicionar estrategicamente no mercado setores público e privado?
28 NOVA PERSPECTIVA DE PROMOÇÃO
29 NOVA PERSPECTIVA DE PROMOÇÃO
30 CONSIDERAÇÕES FINAIS Oportunidade para regiões menos favorecidas Orgulho do homem pelo seu produto, região, identidade e iniciativa coletiva Região de produção mais atrativa promove a permanência dos jovens e atração de outros investimentos (turismo, gastronomia etc.)
31 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Brasil apresenta expressiva diversidade biológica e diversidade de povos (indígenas, negros, europeus, asiáticos, quilombolas etc.) que resultam em diferentes culturas, consumo, produtos, criações e adaptações de saber-fazer. Por isso o país tem potencial de inúmeros produtos para proteção e promoção por meio de IG e/ou Marcas Coletivas Para que isto ocorra, o Governo, os produtores e as instituições representativas devem estar inteiramente articulados e envolvidos.
32 Equipe MARANHÃO DPDAG/SFA-MA/MAPA EQUIPE: Antonio Dias de Moraes Ronaldo Coutinho Rodrigues Walber da Silva Pereira (98)
33 Coordenação de Incentivo às Indicações Geográficas de Produtos Agropecuários CIG/DEPTA/SDC/MAPA EQUIPE: OBRIGADA! (61) Beatriz de Assis Junqueira - beatriz.junqueira@agricultura.gov.br Dayana Pereita Xavier da Silva - dayana.silva@agricultura.gov.br Edma Silveira G. de Carvalho - edma.carvalho@agricultura.gov.br José Carlos Ramos - josecarlos.ramos@agricultura.gov.br Valéria Menezes Santos - valeria.santos@agricultura.gov.br
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