Diagnóstico Social Plano de Desenvolvimento Social Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

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2 Diagnóstico Social Plano de Desenvolvimento Social Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

3 AGRADECIMENTOS O Diagnóstico Social do Concelho de Peso da Régua resultou do envolvimento e da participação das diferentes Entidades Públicas e Privadas, às quais o Conselho Local de Acção Social (CLAS) de Peso da Régua agradece toda a disponibilidade e colaboração para a execução do Diagnóstico Social e Plano de Desenvolvimento Social. O CLAS agradece também aos elementos do Núcleo Executivo pelo trabalho desenvolvido e que resultou na elaboração do presente documento. Nada é permanente, senão a mudança. Heráclito Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

4 COMPOSIÇÃO DO CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL (CLAS) DE PESO DA RÉGUA Agrupamento Vertical de Escolas do Peso da Régua Associação Amigos da Beira-Rio Associação Cultural de Beneficente de Santa Maria de Sedielos Associação Cultural do Alto Douro Associação Comercial e Industrial dos concelhos de Peso da Régua, Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião ACIR Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes - ARDAD Associação de Assistência de N.ª Senhora das Candeias- IPSS Associação de Desenvolvimento de Peso da Régua ADR Associação de Moradores do Bairro das Alagoas Associação Juvenil de Intervenção Cultural AJIC Associação O Baguinho Bombeiros Voluntários do Peso da Régua Casa do Povo de Godim, Régua e Covelinhas Casa do Povo de Vilarinho dos Freires Centro Comunitário da Casa de Povo de Fontelas Centro de Área Educativa de Vila Real Centro de Emprego e Formação Profissional de Vila Real- CAE Centro de Saúde de Peso da Régua Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Vila Real Centro Hospitalar de Vila Real/Peso da Régua Centro Social e Paroquial D. Manuel Vieira de Matos Centro Social Paroquial S. Pedro Loureiro Centro de Respostas Integradas de Vila Real Clube Caça e Pesca do Alto Douro CNE Agrupamento 282 Godim CNE Agrupamento 324 Peso da Régua CNE Agrupamento 840 Moura Morta Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

5 Colégio Salesiano de Poiares Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco - CPCJPR Cruz Vermelha Portuguesa, Núcleo de Peso da Régua Destacamento Territorial da GNR de Peso da Régua Escola Profissional do Desenvolvimento Rural do Peso da Régua Escola Secundária João de Araújo Correia Instituto de Reinserção Social IRS Instituto Português da Juventude IPJ Junta de Freguesia de Canelas Junta de Freguesia de Covelinhas Junta de Freguesia de Fontelas Junta de Freguesia de Galafura Junta de Freguesia de Godim Junta de Freguesia de Loureiro Junta de Freguesia de Moura Morta Junta de Freguesia de Peso da Régua Junta de Freguesia de Poiares Junta de Freguesia de Sedielos Junta de Freguesia de Vilarinho dos Freires Junta de Freguesia de Vinhós Patronato Padre Alberto Teixeira de Carvalho Santa Casa da Misericórdia de Peso da Régua Centro de Respostas Integradas CRI Núcleo Local de Inserção Social de Peso da Régua NLI Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

6 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO EXECUTIVO DO CLAS DE PESO DA RÉGUA Câmara Municipal de Peso da Régua Associação Cultural de Beneficiente de Santa Maria de Sedielos Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes Centro de Saúde de Peso da Régua Centro Distrital da Segurança de Vila Real Centro Comunitário da Casa de Povo de Fontelas Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

7 ÍNDICE Agradecimentos... 2 Composição do Conselho Local de Acção Social (CLAS) de Peso da Régua... 3 Composição do Núcleo Executivo do CLAS de Peso da Régua... 5 Índice... 6 Índice de Figuras Introdução Metodologia Parte 1 Enquadramento Geral do Concelho Quadro Geográfico do Concelho de Peso da Régua Enquadramento Caracterização Física Caracterização Climática Caracterização Demográfica Caracterização Sócio-Económica Parte 2 Realidade do Concelho de Peso da Régua Educação Panorama Concelhio Ensino Pré-escolar º Ciclo do Ensino Básico º e 3º ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário Ensino Profissional Colégio Salesiano de Poiares Educação e Formação de Jovens e Adultos Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

8 1.9 - Ensino Recorrente RVCC Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Saúde Hospital D. Luís I Centro de Saúde de Peso da Régua Problemáticas próprias da Saúde Emprego e Formação Profissional Desemprego no Concelho A Precariedade do Trabalho Habitação A habitação no Concelho A habitação social no Concelho Bairro da Azenha Bairro Calouste Gulbenkian Bairro Fundação Salazar Bairro Fundo Fomento de Habitação Bairro Junto Autónoma de Estradas Bairro Habitacional do Corgo Bairro das Alagoas (não camarário) Acção social Acção Social Escolar do Município A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens Rendimento Social de Inserção Equipamentos Sociais Associativismo Parte 3 Eixos de Intervenção Estratégica Eixo I - Grupos Vulneráveis Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

9 1 - Crianças e Jovens em Risco Famílias Carenciadas Isolamento da população idosa Minorias étnicas e Comunidade Imigrante Eixo II - Qualificação Escolar e Profissional Baixa escolaridade Absentismo/ abandono escolar Eixo III Promoção da Saúde Toxicodependências Deficiência Eixo IV Qualificação Profissional e Inserção no mercado de trabalho Desemprego e Precariedade do Trabalho no Concelho Falta de investimento empresarial Parte 4 Plano de Desenvolvimento Social Eixo I Grupos Vulneráveis Grupo 1 Crianças e Jovens em Risco Grupo 2 Famílias Carenciadas Grupo 3 Isolamento da População Idosa Grupo 4 Comunidade Imigrante e Minorias Étnicas Eixo II - Qualificação Escolar e Profissional Grupo 1 Absentismo e Abandono Escolar Grupo 2 - Baixa Escolaridade Eixo III Promoção da Saúde Grupo 1 Toxicodependências Grupo 2 Deficiência Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

10 Eixo IV Qualificação Profissional e Inserção no mercado de Trabalho Grupo 1 Desemprego e precariedade do trabalho Conclusão Bibliografia Webgrafia Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua

11 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1- Localização do Concelho de Peso da Régua 16 Figura 2 Freguesias do Concelho de Peso da Régua 17 Figura 3 Lugares do Concelho de Peso da Régua 18 Figura 4 Rede Viária do Concelho de Peso da Régua 19 Figura 5 Mapa hipsométrico do Concelho de Peso da Régua 20 Figura 6 Rede Hidrográfica do Concelho de Peso da Régua 21 Figura 7 Declives do Concelho de Peso da Régua 22 Figura 8 Declives preferenciais do Concelho de Peso da Régua 22 Figura 9 Exposições do Concelho de Peso da Régua 23 Figura 10 Gráfico termopluviométrico da meteorológica do Concelho de Peso da Régua 24 Figura 11 População residente, por freguesia, em Figura 12- População residente, por freguesia, em Figura 13 Variação da população residente, por freguesia, entre Figura 14 População residente por subsecção em Figura 15 Índice de envelhecimento, por freguesia, em Figura 16 Pirâmide etária do concelho de Peso da Régua 30 Figura 17 - Proporção da população residente afecta ao sector primário, por freguesia, em 2001 Figura 18 - Proporção da população residente afecta ao sector secundário, por freguesia, em 2001 Figura 19 - Proporção da população residente afecta ao sector terciário, por freguesia, em Figura 20 Taxa de analfabetismo, por freguesia, em Figura 21 Níveis de escolaridade, por freguesia, em Figura 22 Nº de crianças a frequentar os jardins-de-infância da rede pública, no ano lectivo de 2007/ Figura 23 Distribuição dos alunos a frequentar os jardins-de-infância 38 Figura 24 - Nº de crianças a frequentar os jardins-de-infância da rede privada, no ano lectivo de 2007/2008 Figura 25 Caracterização do 1º ciclo do ensino básico, quanto aos docentes, alunos e auxiliares de acção educativa Figura 26 Nº de alunos matriculados no 2º e 3º ciclo da escola E.B 2,3 de Peso da Régua, por anos escolares Figura 27 Nº de alunos matriculados no 3º ciclo da Escola Secundária 41 Figura 28 N.º de alunos matriculados no 2.º e 3.º ciclo do Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua 42 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 10

12 Figura 29 Nº de alunos matriculados no curso PIEF da Escola Secundária 42 Figura 30 Nº de alunos matriculados nos cursos CEF do Ensino Secundário 43 Figura 31 Nº total de alunos distribuídos pelos 3 anos do ensino secundário 43 Figura 32 Caracterização dos cursos profissionais de nível III 44 Figura 33 Nº de turmas de cursos EFA e ALPHA 46 Figura 34 Nº de alunos que frequentaram os cursos EFA, em 2007/ Figura 35 Caracterização do grau de dependência 54 Figura 36 Indicadores de Saúde do Concelho 54 Figura 37 População activa por sectores de actividade em Figura 38 - Habilitações literárias da população activa por sectores de actividade 59 Figura 39 Caracterização dos desempregados 59 Figura 40 - Edifícios construídos entre 1950 e 1985, por lugar 59 Figura 41 Edifícios construídos entre 1985 e 2001, por lugar 62 Figura 42 Dinâmica construtiva da região norte 63 Figura 43 Alojamentos com esgotos em 2001, por lugar 63 Figura 44 Alojamentos com electricidade em 2001, por lugar 63 Figura 45 Indicadores sobre as condições de habitabilidade, em Figura 46 Bairros de habitação social camarários na cidade de Peso da Régua 64 Figura 47 Apoios facultados pela autarquia aos alunos do 1º ciclo por ano e escalão, no ano lectivo 2007/ Figura 48 Distribuição dos processos por idade e género 66 Figura 49 Nº de agregados e beneficiários RSI segundo o género no Concelho 73 Figura 50 Nº de agregados e beneficiários RSI, por freguesia 82 Figura 51 Caracterização etária segundo o género da população com RSI total 83 Figura 52 Tipologia familiar segundo a titularidade RSI 84 Figura 53 Distribuição dos agregados RSI segundo os valores da prestação 84 Figura 54 Nº de agregados familiares com e sem acordos de inserção do período de Outubro de 2007 a Agosto de Figura 55 Distribuição de beneficiários por acções de inserção 85 Figura 56 Distribuição das acções de inserção no Concelho 86 Figura 57 Motivos de cessação dos programas de inserção 86 Figura 58 Caracterização dos equipamentos sociais por freguesia 90 Figura 59 Taxa de frequência das respostas sociais existentes no Concelho 92 Figura 60 Motivos de intervenção da CPCJ, em Figura 61 Nº de agregados beneficiários de RSI, segundo o género, no Concelho 101 Figura 62 Caracterização etária segundo o género da população RSI total 102 Figura 63 Caracterização geral da medida, pelas freguesias do Concelho 103 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 11

13 Figura 64 Índice de envelhecimento, por freguesia, em Figura 65 Nível de instrução da população residente 111 Figura 66 Caracterização da deficiência por género e tipo de deficiência 120 Figura 67 Distribuição, por percentagem, das pessoas com deficiência, por freguesia 120 Figura 68 Tipos de deficiência, por género 120 Figura 69 Sinalizações de pessoas com deficiência 121 Figura 70 Crianças abrangidas pelo subsídio de educação especial 122 Figura 71 População activa, por sectores de actividade, em Figura 72 Habilitações literárias da população activa por sectores de actividade 126 Figura 73 Caracterização dos desempregados 126 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 12

14 INTRODUÇÃO A pobreza é uma das dimensões, talvez a mais visível, de exclusão social. A evolução deste conceito procura enquadrar novas realidades associadas à pobreza, surgindo desta forma, dicotomias neste conceito que dão conta de uma multiplicidade de significados que pode assumir pobreza absoluta/pobreza relativa, pobreza objectiva/ pobreza subjectiva, pobreza tradicional/ nova pobreza, pobreza rural/ pobreza urbana, entre outros. Anthony Giddens defende a existência de dois tipos da pobreza segundo: a pobreza de subsistência que consiste na falta de rendimento básicos necessários para manter a saúde e o bom funcionamento do organismo e a pobreza relativa que consiste na ausência de recursos suficientes para manter as condições e comodidades de vida normais da sociedade. A pobreza de subsistência é exclusiva dos países do terceiro mundo onde milhares de crianças morrem todos os dias por mal nutrição, por doenças elementares que um simples fármaco antipirético podia afastar. Quanto à pobreza relativa, ela designa melhor a pobreza que há nas nossas sociedades ocidentais, mas ela é dissimulada. A falta de consciência pública em relação à dimensão da pobreza no mundo ocidental deve-se em grande parte à baixa visibilidade dos pobres (Giddens A. 1997). Contudo, determinados assuntos relacionados com a pobreza infantil e a exploração económica atraem regularmente a atenção do público, infelizmente, essa preocupação rapidamente se desvanece. Para ultrapassar as barreiras das desigualdades, é necessário apostar no desenvolvimento social e numa comunidade em que os direitos sociais são uma realidade e um objectivo permanente. Divulgar e difundir os direitos e deveres dos cidadãos, assim como promover um bom acesso aos benefícios a todos, mas essencialmente, aos desfavorecidos e marginalizados, é um passo decisivo para assegurar a cidadania e a qualidade de vida de uma forma justa e igualitária. Desta forma, contribui-se para a valorização do capital humano existente no território onde se pretende intervir e atenuação das situações de exclusão social. Cabe assim, às entidades públicas e privadas que actuam num determinado território, terem uma relação de abertura, informação e partilha de responsabilidades no sentido da melhor satisfação colectiva das necessidades sociais das comunidades onde desenvolvem a sua intervenção e apoio. Este trabalho apenas se torna efectivo se de Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 13

15 facto as entidades trabalharem em parcerias no sentido de um objectivo comum bem-estar da comunidade. Para se poder definir estratégias de intervenção o mais ajustadas possível, é fundamental como ponto de partida conhecer o melhor possível, não só o panorama e contexto gerais, bem como as características e perfis específicos do território humano e geográfico. Assim, este documento tem por objectivos, não só aprofundar um conjunto de informações (quantitativas e, particularmente, qualitativas), mas também identificar as problemáticas evidenciadas pelos actores locais e ao mesmo tempo, para posteriormente se elaborarem propostas de intervenção com estes mesmos agentes Organizar o conhecimento consensualizado da realidade de um território, numa estrutura técnica e reconhecida, não só a nível local como a nível central, é essencial para fundamentar orientações estratégicas de desenvolvimento. Este diagnóstico apresenta o enquadramento geográfico do Concelho e a síntese mais relevante dos dados recolhidos e respectivo tratamento, identificando-se por fim as prioridades de intervenção à luz das problemáticas sociais patentes. Este trabalho deve ser entendido como um documento fundamental na construção do Plano de Desenvolvimento Social que constitui a etapa seguinte e tem por objectivo principal a melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população residente do Concelho de Peso da Régua, mas não deve percebido como um documento estanque mas alvo contínuas reavaliações. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 14

16 METODOLOGIA Para a realização deste trabalho optou-se pela investigação-acção, com a pretensão de envolver toda a comunidade, para a definição de estratégias eficazes de intervenção participativa, de encontro à interpretação das causas dos problemas Recorreu-se ainda à análise documental e estatística, a entrevistas exploratórias a informantes privilegiados, nomeadamente os Presidentes de Junta, representantes da educação, representantes da saúde cujos resultados permitiram obter uma caracterização geral do Concelho, em cada uma das áreas. Realizaram-se ainda algumas de sessões de trabalho participadas, de modo a auscultar não só os parceiros do Conselho Local de Acção Social, mas também de outras entidades que desenvolvem actividades relevantes no domínio social. Para esta dinamização, as metodologias utilizadas foram a Brainstorning e a Estratégia Metaplan. Para a identificação e hierarquização dos problemas bem como dos pontos fracos e fortes relativos a cada problemática, recorreu-se à técnica Metaplan. A Metaplan consiste numa técnica de visualização que possibilita tornar visível o debate de ideias através do preenchimento de cartões pelos participantes e a sua afixação num painel, observável durante toda a sessão. Este método permite envolver todos os participantes e criar uma dinâmica de grupo que se traduz numa reflexão geradora de consensos e na responsabilização de todos perante o resultado. Após definição e priorização das problemáticas, foram elaboradas grelhas de priorização de problemas. Estas sessões de trabalho foram dinamizadas por elementos do Núcleo Executivo, enquanto elementos moderadores, tentaram assegurar uma boa comunicação e cooperação dentro do grupo, tarefa facilitada pelo empenho e participação demonstrados em todas as sessões. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 15

17 PARTE 1 ENQUADRAMENTO GERAL DO CONCELHO Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 16

18 1. QUADRO GEOGRÁFICO DO CONCELHO DE PESO DA RÉGUA 1.1. Enquadramento O concelho de Peso da Régua localiza-se na região Norte de Portugal, na margem direita do Rio Douro, sendo a porta de entrada para a mais antiga região demarcada do mundo. Em 1756, Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, ministro do Rei D. José I, lançou as bases da constituição da Região Demarcada do Douro, consagrada como Património Mundial da UNESCO em Esta distinção torna Peso da Régua, um concelho integrado numa região com um património consagrado à escala mundial, com uma forte identidade, ligado à terra e à cultura do vinho. Peso da Régua pertence ao distrito de Vila Real, distando da capital de distrito 33 km para sul. Está integrado na NUT III Douro e tem como limites a Norte os concelhos de Santa Marta de Penaguião e Vila Real, a Este Sabrosa, a Sul os concelhos de, Armamar e Lamego, já na margem esquerda do rio Douro, e a Oeste os concelhos de Mesão Frio e de Baião (Figura1). Vila Real Sta. Marta de Penaguião Vila Real Sabrosa Baião Peso da Régua Mesão Frio Lamego Armamar Legenda: Concelho de Peso da Régua Distritos Km Legenda: Concelho de Peso da Régua Concelhos Limítrofes Fonte: IGP - Carta Administrativa Oficial de Portugal Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 1 - Localização do concelho de Peso da Régua. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 17

19 Constituem o concelho de Peso da Régua 12 freguesias, totalizando uma área 94.8Km 2, sendo elas: Canelas, Covelinhas, Fontelas, Galafura, Godim, Loureiro, Mouramorta, Peso da Régua, Poiares, Sedielos, Vilarinho dos Freires e Vinhós.(Figura 2). Vinhós Sedielos Moura Morta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Câmara Municipal de Peso da Régua Legenda: Freguesias Fonte: IGP - Instituto Geográfico de Portugal Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 2 Freguesias do concelho de Peso da Régua. Do ponto de vista do povoamento e da distribuição da população no concelho de Peso da Régua, o rio Corgo separa duas realidades distintas. Na margem esquerda, especialmente nas freguesias de Covelinhas, Galafura e Poiares, temos um povoamento mais concentrado, constituindo núcleos populacionais bem delimitados e relativamente afastados entre si, característicos do povoamento transmontano. Na margem direita do rio Corgo, o povoamento encontra-se disperso por vários lugares de pequena dimensão, característico do Minho, à excepção do lugar de Peso da Régua, que corresponde ao núcleo urbano da Cidade e abrange as freguesias de Peso da Régua e Godim. É também aqui que reside cerca de metade dos habitantes do concelho 1 (Figura 3). Ainda de realçar a ausência de qualquer tipo de povoamento no extremo NW do concelho que corresponde à Serra do Marão, a área mais acidentada do concelho. 1 Fonte: Censos 2001: Instituto Nacional de Estatística Portugal. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 18

20 Câmara Municipal de Peso da Régua Legenda: Lugares Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 3 Lugares do concelho de Peso da Régua. A cidade de Peso da Régua encontra-se na confluência de dois importantes cursos de água, o rio Douro e o seu afluente, o rio Corgo. Estes foram estruturantes no povoamento, no desenvolvimento económico desta região, e decisivos para que a Régua constituísse o local de concentração das produções vinícolas oriundas do "Baixo Corgo" e fosse o entreposto comercial por excelência da Região Duriense. No entanto, a Região Demarcada do Douro oferecia grandes dificuldades à implementação de vias de comunicação, como afirma PINA (1997), e sofria, por isso, de graves problemas de acessibilidade. Até ao final do século XIX, o Alto Douro continuava extremamente periférico, apesar do impacte económico do Vinho do Porto na balança comercial portuguesa. (PINA, 2003, pp. 4). Esta situação só começou a ser alterada com a construção do caminhode-ferro, que chegou à Régua em Julho de O transporte fluvial tornava-se demasiado moroso e dispendioso e o caminho-de-ferro veio substitui-lo na sua função de via de comunicação, era notória a supremacia do transporte de vinhos conquistada pelo caminho-de-ferro enquanto decaía o transporte fluvial, (...). (PINA, 2003, pp. 15). Nas últimas duas décadas, o rio Douro viu a sua função de via de comunicação ser revitalizada com o impulso que lhe deu o turismo, com inúmeros operadores a fazerem cruzeiros ao longo do seu curso navegável. No que diz respeito à rede viária (Figura 4), internamente o concelho de Peso da Régua é servido por uma rede de estradas que assegura a ligação entre os diferentes Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 19

21 lugares do concelho e as várias sedes de freguesia. A implementação da rede viária veio também influenciar a distribuição da população e acompanhar o seu crescimento, as manchas de povoamento, ( ) posicionam-se preferencialmente em rechãs situadas entre os 350 e os 500 metros de altitude, expandindo-se sobretudo após a década de sessenta, ao longo das principais vias de comunicação (PINA, 1997, pp.73). Como é característico das áreas mais rurais e dos concelhos do interior, o concelho de Peso da Régua conta também com uma grande extensão de caminhos rurais. No eixo Norte-Sul, Peso da Régua vê assegurada uma ligação rápida a Lamego e Vila Real através da A24, sendo esta a principal via de comunicação que atravessa o concelho. Vinhós Sedielos Moura Morta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Rede Viária Caminhos Caminho-de-Ferro Freguesias Fonte: IGeoE - Instituto Geográfico do Exército. Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 4 Rede viária do concelho de Peso da Régua. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 20

22 1.2. Caracterização Física A geomorfologia desta região é fortemente dominada pelo dorso imponente da Serra do Marão, pelo vale profundo do Douro e pelos vales de alguns afluentes deste rio, (TEIXEIRA, C.; et al, 1967). No extremo NW do concelho de Peso da Régua ergue-se a Serra do Marão, de natureza essencialmente xisto-quartzítica, onde se registam as maiores altitudes do concelho, 1390 metros (Figura 5). Estas rochas formam as imponentes cristas do Alto do Marão e da Fraga da Ermida. (CMPR, 1993). O concelho está implementando, quase na totalidade, sobre rochas metassedimentares do complexo Xisto- Grauváquico, e que conferem a este território uma morfologia de vertentes arredondadas. Na localidade de Covelinhas encontra-se o único afloramento granítico do concelho, definido no PDM de Peso da Régua (1993) como um afloramento de pequenas dimensões, que parece estar controlado pelo filão-falha de S. Leonardo. Legenda: Hipsometria (m) < > 1200 Rede Hidrográfica Fonte: IGeoE - Instituto Geográfico do Exército. Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 5- Mapa hipsométrico do concelho de Peso da Régua. É ainda de destacar o marco geodésico de S. Leonardo de Galafura com uma altitude de 637 metros. Esta área corresponde a um filão de quartzo que atinge dimensões consideráveis e uma espessura de 30 metros. Por se encontrar num nível de aplanamento, definido por LAUTENSACH (1998), como um terraço do rio Douro, assim como os níveis aplanados aos 300 metros, S. Leonardo destaca-se na paisagem e é Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 21

23 um ponto de referência do concelho por constituir um miradouro sobre o Rio Douro, eternizado pela obra de Miguel Torga. O rio Douro corre na região meridional do concelho num vale apertado e de vertentes, em geral, abruptas. Apenas na cidade de Peso da Régua, o vale é mais largo existindo mesmo um pequeno terraço fluvial de pouca altitude, a cerca de 75 metros. Procurando o seu nível de base, os afluentes do Rio Douro abrem vales profundos, (Figura 6), mesmo quando são linhas de água de caudal diminuto ou secos grande parte do ano, o seu perfil longitudinal em escadaria traduz a penetração regressiva dos sucessivos níveis de erosão, que os terraços ( ) permitem reconhecer no vale do Douro. (LAUTENSACH, 1998, pp.147). A rede hidrográfica do concelho é ainda influenciada pela falha Verín-Penacova, que constitui um vale de fractura aproveitado pelo rio Corgo, e condiciona a orientação Tardi-Hercínica NNE-SSW das principais linhas de água. Vinhós Sedielos Moura Morta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Rede Hidrográfica Freguesias Fonte: IGeoE - Instituto Geográfico do Exército. Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 6 Rede hidrográfica do concelho de Peso da Régua. Pelas suas características geológicas e hidrográficas Peso da Régua é um concelho com declives bastante acentuados. Destacam-se as vertentes da Serra do Marão, onde se registam os maiores declives, acima dos 45º, o vale do Rio Corgo, o vale da Ribeira de Covelinhas e as vertentes do Rio Douro. LAUTENSACH (1998) diz-nos que é sobretudo junto do Douro, onde a densidade dos vales é elevada e forte a intensidade da erosão recente, que encontramos vertentes muito inclinadas (Figura 7). Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 22

24 Legenda: Declives (º) < > 35 Rede Hidrográfica Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 7 Declives do concelho de Peso da Régua. As áreas mais planas localizam-se do terraço fluvial de Peso da Régua, ao longo da Ribeira da Meia Légua, e no planalto de Galafura, Poiares e Canelas, cortado pela instalação da Ribeira de Covelinhas. Se definirmos os declives em apenas duas classes, tendo como valor de referência os 17º, valor a partir do qual o território é integrado em Reserva Ecológica Nacional, vemos de forma mais nítida as características acidentadas do concelho (Figura 8) e os seus níveis de aplanamento, onde encontramos a maior parte da área urbana. Legenda: Declives (º) 0-17 > 17 Rede Hidrográfica Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 8 Declives preferenciais do concelho de Peso da Régua Devido à sua posição geográfica, as exposições do concelho de Peso da Régua são maioritariamente ao quadrante Sul, apenas nos vales de algumas linhas de água se encontram exposições a Norte. Na Serra do Marão, pela sua orientação Tardi- Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 23

25 Hercínica, as exposições dominantes são a Este, assim como no vale da Ribeira da Meia Légua e na Ribeira de Covelinhas. Legenda: Exposições Todas Norte Este Sul Oeste Rede Hidrográfica Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 9 Exposições do concelho de Peso da Régua Caracterização Climática O clima de Portugal está relacionado com o jogo de massas de ar e centros de acção, que a circulação geral da atmosfera comanda nestas latitudes. Situado nas vizinhanças dum limite meteorológico importante, Portugal fica no Verão sob a influência do anticiclone subtropical dos Açores que origina tempo quente e seco, enquanto nas outras estações do ano, com a descida do anticiclone para Sul, fica enquadrado na faixa dos ventos variáveis de Oeste, os quais arrastam com frequência, para o território, depressões que correspondem a ondulações da superfície frontal polar e dão tempo chuvoso e instável. Além das condições gerais existem condicionalismos locais que influenciam o clima e o tornam tão díspar no território nacional. Eles são em parte resultantes da própria repartição das massas montanhosas, concentradas na metade setentrional do país e interpostas entre a faixa litoral e os planaltos interiores. Na região do Douro, a própria disposição do vale limita a deslocação das massas de ar para o interior, fazendo com que o ar húmido do Atlântico não penetre para além da barreira montanhosa constituída pela serra de Montemuro, Marão e Alvão, resultando Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 24

26 em temperaturas mais elevadas, precipitação e humidade mais reduzidas, que caracterizam a Terra Quente. Da análise do diagrama termopluviométrico da estação meteorológica de Peso da Régua para o período (Figura 10), verificamos que o valor máximo de temperatura se regista no mês de Julho e Agosto, 23.2ºC. É no mês de Julho que se registam os menores valores de precipitação com 12.2 mm. Como é característico do clima mediterrâneo, Peso da Régua conta com quatro meses secos, de Junho a Setembro, ou seja, meses em que o valor médio de temperatura é superior ao valor médio de precipitação. R (mm) 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 Peso da Régua ( ) J F M A M J J A S O N D T (ºC) 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 R (mm) T (ºC) Figura 10 Gráfico termopluviométrico da estação meteorológica de Peso da Régua. O pico do valor médio das precipitações verifica-se no mês de Março, enquanto que os meses mais pluviosos são os de Dezembro e Janeiro. Isto porque na Primavera a influência dos anticiclones formados no interior da Península Ibérica cessa e todo o território é invadido por depressões e chuvas abundantes. Os menores valores da precipitação mensal correspondem, naturalmente aos meses de Julho e Agosto, época em que a intensidade do Anticiclone dos Açores é maior. Segundo RIBEIRO (1999), o clima mediterrâneo no território português sofre alterações resultantes das características locais, sem contudo lhe retirar as características fundamentais. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 25

27 1.3. Caracterização Demográfica A Região Norte apresentou nas últimas década um crescimento demográfico positivo, superior à média de Portugal Continental. Contudo o município de Peso da Régua registou uma perda acentuada de população. Em 1991 o concelho de Peso da Régua contava com habitantes (Figura 11), três das suas freguesias tinham mais de 1500 habitantes: Godim com 5028 habitantes, Peso da Régua com 5249 habitantes e Loureiro com 1778 habitantes. Godim e Peso da Régua, por constituírem o núcleo urbano do concelho, concentravam 47% da população residente. Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: População Residente em 1991 < > 1500 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 11 - População residente, por freguesia, em As restantes freguesias apresentavam quantitativos populacionais bastante mais baixos. Covelinhas era a freguesia com menos população do concelho, contava apenas com 416 habitantes concentrados num único lugar, a sede de freguesia. As freguesias de Vinhós e Moura Morta também registaram valores diminutos de população residente, 866 habitantes a primeira e 702 a segunda. Em 2001, Peso da Régua possuía habitantes, o que significa uma diminuição de 2735 habitantes em relação a 1991, cerca de 12% da população. A diminuição da população residente é acompanhada por um envelhecimento dos seus habitantes. Esta tendência já se verifica desde a década de 60 e têm-se prolongado até à actualidade. CRISTÓVÃO (1995) aponta diversos factores que explicam este cenário demográfico, como a falta de investimento e a escassez de oportunidades de emprego, que levam as pessoas a emigrar. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 26

28 Apenas as freguesias de Godim e Peso da Régua têm uma população acima dos 1500 habitantes (Figura 12.), mas também estas assistem a uma diminuição de população, apesar de diminuta, menos 196 habitantes em Peso da Régua e menos 77 habitantes em Godim. A par desta diminuição verifica-se um aumento da concentração de população nestas duas freguesias. Em 2001, 51% dos habitantes vivia na cidade de Peso da Régua o que significa mais 4% da população do que em Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: População Residente em 2001 < > 1500 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 12 - População residente, por freguesia, em 2001 A freguesia de Covelinhas continua a ser a freguesia menos populosa do concelho, contando em 2001 com apenas 296 habitantes, registando uma diminuição acentuada da sua população residente. Esta tendência estende-se a todo o concelho, como podemos verificar na figura 13. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 27

29 Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Variação da População Residente ( ) < > 20 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 13 - Variação de população residente, por freguesia, entre Godim é a freguesia que apresenta uma diminuição menos significativa, seguida de Peso da Régua. Nos casos de Vinhós, Vilarinho dos Freires, Fontelas e Covelinhas a diminuição de população é muito acentuada. Vinhós é a freguesia que mais perde população (-36,3%), pois é a freguesia mais afastada da sede de concelho e também a que se encontra numa área mais montanhosa. Segue-se Covelinhas com uma diminuição de 35,3%, Vilarinho dos Freires também regista uma diminuição acentuada de - 32,2%, e Fontelas de - 25,5%. No seu conjunto, o concelho de Peso da Régua vê a sua população reduzir 12,6% em apenas 10 anos. Esta é uma tendência que contraria os valores nacionais e regionais. À escala nacional verifica-se um aumento populacional de 4,9%, e a Região Norte apresenta um crescido superior à média nacional, de 6,1%. No entanto, esta tendência só se verifica nas área litorais da Região Norte, pois a NUT III Douro, onde o concelho de Peso da Régua está integrado, regista uma diminuição de população de - 7% e a NUT III de Alto Trás-os-Montes de - 5%. Ao analisarmos a distribuição da população residente por subsecção estatística 2, destacam-se os lugares de Poiares e Canelas com mais de 400 habitantes e depois Peso da Régua e Godim. Canelas e Poiares apresentam-se bem definidos pois o 2 Entende-se por subsecção estatística a unidade territorial que identifica a mais pequena área homogénea, de construção ou não, existente dentro da secção estatística. Corresponde ao quarteirão nas áreas urbanas, ao lugar ou parte do lugar nas áreas rurais, ou a áreas residuais que podem conter ou não alojamentos (isolados). Fonte: Instituto Nacional de Estatística Portugal. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 28

30 povoamento aqui é mais concentrado enquanto em Godim e Peso da Régua apenas algumas subsecções apresentam este quantitativo populacional. Predominam os lugares com menos de 200 habitantes, característica de um povoamento disperso e constituído por pequenos povoados. Legenda: População Residente por Lugar em 2001 < > 300 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 14 População Residente por subsecção em A par da tendência de decréscimo populacional, o concelho de Peso da Régua também apresenta um elevado índice de envelhecimento da população, como podemos observar na figura 15. O índice de envelhecimento 3, para o território nacional, ultrapassou o índice 100 em 2001, fixando-se em Na Região Norte ainda se encontra abaixo deste valor, no entanto a NUT III Douro apresenta um índice de envelhecimento de 128,0. Neste contexto, o concelho de Peso da Régua regista um valor mais favorável que o nacional e que o regional, com um índice de Entende-se por índice de envelhecimento a relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos. Fonte: Instituto Nacional de Estatística Portugal. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 29

31 Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Índice de Envelhecimento em 2001 < > 130 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 15 Índice de Envelhecimento, por freguesia, em Contudo, existem várias freguesias que apresentam elevados índices de envelhecimento. As freguesias de Poiares e Loureiro registam um índice de envelhecimento acima dos 130. Seguem-se as freguesias de Sedielos com 127.6, Covelinhas com 120.4, Fontelas com 111.4, e Vinhós com As freguesias onde o número de idosos ainda é inferior ao número de jovens são Peso da Régua (95.4), Mouramorta (85.6), Vilarinho dos Freires (84.7), Canelas (81.9), Godim (79.4), e a freguesia mais jovem do concelho é Galafura com um índice de Segundo o Retrato Territorial de Portugal (2005), este comportamento do índice de envelhecimento resulta do efeito combinado da diminuição dos efectivos populacionais com 14 ou menos anos e do aumento dos efectivos populacionais no grupo de população com 65 e mais anos. Como podemos observar na pirâmide etária do concelho de Peso da Régua (Figura 16), existe uma redução significativa dos grupos etários com menos de 15 anos, enquanto os grupos etários acima dos 65 anos têm mantido um quantitativo populacional elevado. O fenómeno do envelhecimento, como podemos observar na figura, é mais forte entre as mulheres, reflectindo a sua maior longevidade. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 30

32 Figura 16 Pirâmide Etária do concelho de Peso da Régua, em A pirâmide etária do concelho apresenta a forma de uma pirâmide adulta, de facto cerca de 67% da população encontra-se nos grupos etários entre os 15 e os 64 anos. A população jovem representa 17% da população do concelho enquanto 16.2% dos habitantes do concelho de Peso da Régua tem 65 ou mais anos Caracterização Sócio-Económica O sector primário tem um peso muito elevado na empregabilidade da população residente no concelho de Peso da Régua. Quando a média nacional de população empregada neste sector é de 5%, em Peso da Régua esta percentagem sobe para 20,9%. A NUT III Douro, na qual o concelho de Peso da Régua está integrado, apresenta o valor mais elevado de toda a Região Norte, também de 20,9%. São as freguesias mais afastadas da sede de concelho que apresentam maior população afecta ao sector primário, como podemos observar na figura 17. Destacamse as freguesias de Vinhós (71.2%), Covelinhas (68.8%), Galafura (63.8%) e Sedielos (55.3%) com as maiores percentagens de população empregada afecta a este sector, sempre superior a 50%. A freguesia de Peso da Régua, por ser a freguesia sede de concelho, é aquela que regista a menor percentagem, 4.3%, segue-se Godim com 5.8% e Fontelas com 14.5%. da Régua. Nota: Encontram-se em anexo as pirâmides etárias de todas as freguesias do concelho de Peso Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 31

33 Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Sector Primário < > 45 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 17 - Proporção de população residente afecta ao sector primário, por freguesia, em Relativamente ao sector secundário (Figura 18), enquanto que em Portugal 35.1% da população empregada está afecta ao sector secundário, no concelho de Peso da Régua esse valor desce para 22.8%. Apenas as freguesias de Fontelas e Loureiro registam percentagens mais elevadas que a média nacional, 35.2% e 37.6%, respectivamente. As actividades secundárias que mais empregam população são a construção civil, e as indústrias transformadoras ligadas à produção de vinho. Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Sector Secundário < > 30 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 18 - Proporção de população residente afecta ao sector secundário, por freguesia, em Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 32

34 O sector terciário emprega 56.3% da população de Peso da Régua (Figura 19). Aqui as actividades ligadas à educação são as que empregam mais população, seguidas da administração pública, saúde, alojamento e restauração e por fim as actividades imobiliárias. As freguesias com maior percentagem de população afecta ao sector terciário são, naturalmente as freguesias que constituem o núcleo urbano, Peso da Régua (76.1%) e Godim (71.3%). As freguesias de Fontelas, Loureiro e Poiares também apresentam elevadas percentagens de população afecta ao sector terciário, 50.3%, 42.7% e 43.5% respectivamente. Por outro lado, as freguesias de Vinhós (16.7%) e Galafura (15.1%), são aquelas que têm menos população empregada no sector terciário. Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Sector Terciário < > 60 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 19 - Proporção de população residente afecta ao sector terciário, por freguesia, em Esta estrutura económica está estreitamente ligada ao nível de qualificação da população residente. De facto, a taxa de analfabetismo no concelho de Peso da Régua ainda é bastante elevada, 11.9% em No entanto, este valor é inferior ao da NUT III Douro, que regista 13.7% de população analfabeta. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 33

35 Vinhós Sedielos Mouramorta Loureiro Poiares Galafura Vilarinho dos Freires Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Taxa de Analfabetismo em 2001 (%) Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 20 Taxa de analfabetismo, por freguesia em As freguesias onde a população está mais afecta ao sector primário e onde o índice de envelhecimento é maior, são as que apresentam taxas mais elevadas, a saber: Covelinhas (29.7%), Canelas (23.6%), Sedielos (18.3%) e Vinhós (18.2%). Pelo contrário, as freguesias de Godim e Peso da Régua são as que apresentam menores taxas de analfabetismo, 8.1% e 7.7%, sendo as únicas freguesias do concelho com taxas inferiores a 10%. Perante o quadro geográfico de Peso da Régua aqui traçado, torna-se evidente que é fundamental e prioritário fixar a população residente, para isso é necessário criar infraestruturas base e melhorar a qualidade de vida da população. Os equipamentos de apoio à comunidade, podem ser entendidos como fazendo parte dessas infraestruturas integrando uma estratégia global de planeamento, por isso é fundamental conhecer o que existe, detectar eventuais necessidades e criar uma estrutura social coesa e sustentável, que abranja toda a população. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 34

36 PARTE 2 REALIDADE DO CONCELHO DE PESO DA RÉGUA Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 35

37 1 - EDUCAÇÃO Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender. Alexandre Herculano Panorama Concelhio Uma análise ao panorama concelhio, no que diz respeito ao nível de instrução da população do Peso da Régua, permite constatar que apresenta 15,86% de analfabetismo, segundo os Censos de 2001 e ainda que uma grande parte da população, cerca de 41,43%, possui apenas o 1º ciclo do ensino básico. Quanto ao 2º ciclo, segundo os dados dos Censos do mesmo ano, a nível concelhio, é possível apurar que 12,52% da população possuem este nível de instrução e apenas 10,72% da população possui a escolaridade mínima obrigatória. Estes dados podem indicar que os recursos humanos desta região são pouco qualificados. Aumentando os níveis de ensino, a percentagem da população diminui significativamente: 11,68% terminaram o ensino secundário, apenas 0,45% possuem o ensino médio e 7,34% terminaram o ensino superior. Conclui-se que a maioria da população possui um nível de instrução muito baixo e que se torna urgente reflectir sobre as formas de alterar estes valores. É fundamental investir em acções de formação profissional de forma a ultrapassar o baixo nível de escolarização e de qualificação de mão-de-obra, até porque os recursos humanos qualificados são cada vez mais o factor-chave para o desenvolvimento integrado e para o aproveitamento de recursos e potencialidades endógenas da sociedade. Mantendo-se este quadro, torna-se difícil para o concelho do Peso da Régua dar o salto para o exterior e assumir-se como um concelho cheio de potencialidades e recursos, assim como competir com outras cidades do país e da união europeia. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 36

38 Doutoramento Mestrado Licenciatura Bacharelato Ensino Médio Ensino Secundário Ensino Básico- 3º Ciclo Ensino Básico- 2º Ciclo Ensino Básico- 1º Ciclo Sabe ler e escrever sem possuir qualquer grau Não Sabe Ler Nem Escrever Total 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Covelinhas N.º Fontelas N.º Galafura N.º Godim N.º Loureiro N.º Moura Morta N.º Peso da Régua N.º Poiares N.º Sedielos N.º Vilarinho dos Freires N.º Vinhós N.º Canelas N.º Figura 21 Níveis de escolaridade, por freguesia em Através da leitura da figura anterior, pode-se observar que existe um grande fosso a separar as dez freguesias mais rurais das duas mais urbanas. Assim, a partir do 2º ciclo do ensino básico, só as freguesias do Peso da Régua e Godim possuem valores relevantes. As razões para este quadro podem estar associadas ao facto de as freguesias rurais mais isoladas, desertificadas e envelhecidas terem um nível de instrução mais baixo pois está associado às camadas etárias mais altas. Ao diminuir a população nas faixas etárias jovens, a percentagem de frequência de ensino diminui. Pelo contrário, as duas freguesias urbanas estão praticamente juntas. Têm boas acessibilidades entre elas, uma razoável rede de transportes, possuem todos os níveis de ensino, à excepção do ensino superior, o que facilita a continuidade dos estudos porque os alunos não têm que se deslocar para outra freguesia como acontece com os jovens das freguesias rurais. Quanto aos estabelecimentos de ensino público no concelho, constata-se que o 1º ciclo do ensino básico é o mais representativo com treze escolas repartidas pelas várias freguesias. Ao nível do pré-escolar, existem cinco estabelecimentos, repartidos por cinco freguesias. Godim é a freguesia do concelho que reúne todos os níveis de ensino desde o jardim-de-infância até ao ensino profissional. A escolaridade é obrigatória dos 6 aos 15 anos de idade. Os alunos que tenham atingido a idade limite da escolaridade obrigatória sem terem concluído o 3.º ciclo podem prosseguir os estudos, através de diversas modalidades de educação destinadas a jovens e adultos. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 37

39 No 1.º ciclo, o ensino visa o desenvolvimento de competências básicas definidas para este nível de ensino. Com a implementação da escola a tempo inteiro, as escolas funcionam, no mínimo, oito horas por dia, permitindo oferecer actividades de enriquecimento curricular em que se inclui o ensino de Inglês nos quatro anos de escolaridade e o apoio ao estudo para todos os alunos (de carácter obrigatório), bem como a actividade física e desportiva, o ensino da música ou outras expressões artísticas. Este nível de ensino funciona em regime de monodocência, havendo a possibilidade de recurso a professores especializados em determinadas áreas, como os professores do Ensino especial. No 2.º ciclo, o ensino está organizado por disciplinas e áreas de estudo de carácter pluridisciplinar. No 3.º ciclo, o ensino está organizado por disciplinas. Tem por objectivos principais a aquisição de conhecimentos e competências indispensáveis ao ingresso na vida activa e ao prosseguimento de estudos. Os 2º. e 3º. Ciclos funcionam em regime de pluridocência, com professores especializados nas diferentes disciplinas. O ensino das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) é obrigatório no 9.º ano de escolaridade. No ensino básico, os alunos são sujeitos à avaliação sumativa interna e externa através das provas de aferição. No 3.º ciclo, os alunos são submetidos a uma avaliação sumativa externa, através de exames nacionais, nas disciplinas de Português e Matemática. Aos alunos que completam com sucesso o 3.º ciclo é atribuído o diploma do ensino básico Ensino Pré-escolar A educação pré-escolar destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos, antecedendo a entrada oficial na escolaridade obrigatória. É de frequência facultativa e é ministrada em jardins-de-infância públicos ou privados. Os jardins-deinfância públicos são gratuitos. Os jardins-de-infância (JI) que integram a rede pública existentes no concelho, no ano lectivo de 2007/2008, totalizam 170 crianças distribuídas nas cinco freguesias do Concelho (Godim, Fontelas, Loureiro, Galafura, Peso da Régua). 4 Fonte: Site oficial do Ministério da Educação: Portal da Educação Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 38

40 Freguesia Nº de crianças a frequentar o jardim-de-infância Godim 72 Loureiro 14 Galafura 18 Fontelas 16 Peso da Régua 50 Total 170 Figura 22 Nº de crianças a frequentar o jardim-de-infância da rede pública no ano lectivo 2007/2008. Do total das crianças a frequentar, 41% encontram-se na freguesia de Godim e 29% na freguesia de Peso da Régua. As restantes freguesias do concelho apresentam valores abaixo dos 11%. Distribuição dos alunos por idades a frequentar os JI Freguesias 3 Anos 4 Anos 5 Anos Total Godim Loureiro Galafura Fontelas Peso da Régua Figura 23 Distribuição dos alunos por idades a frequentar os JI no ano lectivo 2007/2008. Da totalidade das crianças a frequentar o pré-escolar público, o jardim-de-infância de Godim apresenta 3 crianças com necessidades educativas especiais em que duas crianças apresentam deficiências sensoriais (surdos mudos). O jardim-de-infância de Peso da Régua tem uma criança com deficiência músculo-esquelética. As necessidades educativas especiais abrangem todas as crianças cujas necessidades se relacionem com deficiências ou dificuldades escolares. Inclui, crianças deficientes ou sobredotadas, crianças da rua ou que trabalham, crianças de populações remotas ou nómadas, crianças de minorias étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginalizados. Existem ainda estabelecimentos do pré escolar ligados à rede privada que apresentam, para além do serviço de jardim-de-infância, as valências de creche e ATL. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 39

41 Creche Jardimdeinfância ATL Canelas Godim Associação Assistência N. Sr.ª das Candeias Patronato Padre Alberto Teixeira Freguesias Peso da Régua O Baguinho Santa Casa da Misericórdia de Peso da Régua Centro Social e Paroquial Poiares Padre Manuel Vieira de Matos Sedielos Associação Cultural Beneficente STª Maria Figura 24 Nº de crianças a frequentar o jardim-de-infância da rede privada no ano lectivo 2007/ º Ciclo do Ensino Básico No Concelho, existem 13 escolas de 1º ciclo, distribuídas por 10 das 12 freguesias, que integram o Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua. A figura 25 apresenta a caracterização do 1º ciclo do ensino básico, quanto aos docentes, alunos e auxiliares de acção educativa. Estas escolas apresentam no seu total 837 alunos, 47 professores e ainda 24 auxiliares de educação. Verifica-se que é a escola EB1 de Godim que detém a maioria dos alunos do 1ºciclo, 36% dos alunos, seguindo-se da EB1 de Peso da Régua nº1 com 30% dos alunos do 1º ciclo do ensino básico do Concelho. Freguesia Estabelecimento de Ensino Nº Total de Alunos Nº de Professores lectivos Nº de Auxiliares de Acção Educativa Canelas EB1 de Canelas Galafura EB1 de Galafura Godim EB1 de Peso da Régua Nº Loureiro EB1 de Loureiro Moura Morta EB1 de Gervide EB1 de Moura Morta Fonte: IPSS s e Juntas de freguesia do Concelho, 2007 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 40

42 Peso da Régua Poiares EB1 de Peso da Régua Nº1 EB1 de Peso da Régua Nº2 EB1 de Poiares Nº Sedielos EB1 de Carvalho Vilarinho dos Freires EB1 de Sobre-a- Fonte EB1 de Vilarinho dos Freires Vinhós Eb1 de Cóvo Total Figura 25 Caracterização do 1º ciclo do ensino básico, quanto aos docentes, alunos e auxiliares de acção educativa. 6 Uma análise ao número de estabelecimentos de educação do 1.º Ciclo do Ensino Básico, permite verificar a diminuição do número de escolas a ministrarem este nível de escolaridade entre 2001 e 2007, devido à reorganização da rede escolar do 1º ciclo do ensino básico, existindo presentemente 11 escolas. Relativamente ao nº de alunos inscritos neste nível de ensino, verificamos uma diminuição gradual e constante desde o início do milénio. De 2001 a 2007, verificamos uma variação negativa de -19,3%, o que corresponde a uma redução de 71 alunos. A rarefacção demográfica, o envelhecimento progressivo das populações, a predominância de actividades de rendimento incerto, são os principais factores que ajudam a explicar esta realidade º e 3º ciclo do Ensino Básico O Concelho de Peso da Régua possui 3 equipamentos de ensino de 2º e 3º CEB: a EB 2, 3 de Peso da Régua e o Colégio Salesiano de Poiares (rede privada), o 3º CEB é ainda assegurado pela Escola Secundária Dr. João Araújo Correia. A escola EB 2, 3 de Peso da Régua, desde o ano lectivo de 2003/2004, tem vindo a sentir um decréscimo, cerca de 20,5%, no que diz respeito ao número de alunos matriculados no 2º ciclo e 3º ciclo. O mesmo cenário é verdadeiro para todos os níveis de ensino do concelho. Esta situação pode ser explicada se se recorrer aos dados dos 6 Fonte: Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua, 2007/2008 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 41

43 censos de 1991 e 2001, os quais revelam que a faixa etária dos [0-14) apresenta uma variação negativa de - 35,1% e o grupo dos [15-24[ uma variação de - 27,5% 7. Em 2003, no 2.º Ciclo, estavam matriculados no Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua 511 alunos que diminuíram para 392 alunos no presente ano. No 5º ano, em 2003, existiam 270 alunos; actualmente, apenas existem 188 alunos matriculados. O mesmo se faz sentir relativamente ao 6º ano que apresentava 241e agora 195 alunos matriculados. Verifica-se também a descida de valores relativos nos 7º e 8º anos. Actualmente, no 7º ano, há 72 alunos matriculados e 51 alunos no 8º ano (figura 26). O mesmo não se verifica em relação ao 9º ano que acaba por ser o único ano de escolaridade, relativo ao 3º ciclo, que apresenta um acréscimo de alunos matriculados. Este aumento é sentido nos anos lectivos a partir de 2003/2004, apesar de pouco significativo, e que contrasta, precisamente, com o actual ano lectivo de 2007/2008. A figura seguinte apresenta os dados relativos a essa mesma evolução ao longo dos últimos cinco anos lectivos. Nº de alunos matriculados Ano Lectivo 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Total 2003/ / / / / Total Figura 26 Nº de alunos matriculados no 2º e 3ºciclo da Escola EB. 2,3 de Peso da Régua, por anos escolares 8 Nº de Alunos matriculados no 3º ciclo Ano Lectivo2006/2007 7º Ano 8ºAno 9ºAno Nº de alunos Figura 27 Nº de alunos matriculados no 3ºciclo da Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia Fonte: INE 2001 Fonte: Agrupamento Vertical de Escolas, 2007 Fonte: Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 42

44 A tabela que se segue apresenta o número de turmas relativo ao 2º e 3º ciclo do Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua. Nº de Turmas de 2º, 3º ciclo Ano Lectivo: 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Figura 28 Nº de alunos matriculados no 2 º e 3º ciclo do Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua 10 Para responder a situações de iminente risco de abandono escolar ou em efectivo abandono escolar, foram desenvolvidas respostas diversificadas como o Programa Integrado de Educação e Formação e os Cursos de Educação e Formação. O PIEF é o Programa Integrado de Educação e Formação, medida de excepção que se apresenta como remediação quando tudo o mais falhou e à qual os jovens e suas famílias efectivamente aderem (depois de terem rejeitado outras existentes quer no sistema educativo quer na formação profissional ou de terem sido rejeitados...). O PIEF foi criado pelo Despacho conjunto n.º 882/99 do Ministério da Educação e do Trabalho e da Solidariedade, tendo sido revisto e reformulado pelo Despacho conjunto n.º 948/2003 dos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho, publicado a 26 de Setembro, DR n.º223, II série. 11 Nº de Alunos matriculados nos PIEF: Ano Lectivo 2006/2007 Electricista de Instalações Nº de Alunos: 17 Figura 29: Nº de alunos matriculados no curso PIEF da Escola Secundaria Dr. João de Araújo Correia 12 A partir do ano lectivo de 2003/2004, foi criada uma oferta formativa de educação e formação de níveis de qualificação 1 e 2, através do Despacho Conjunto nº 279/ os Cursos de Educação e Formação CEF. Os CEF pretendem proporcionar aos jovens um conjunto de ofertas diferenciadas que permitem o cumprimento da escolaridade obrigatória e a obtenção de qualificações profissionais, devidamente classificadas Fonte: Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua, 2007/2008 Fonte: Site oficial do Programa para a prevenção e eliminação do trabalho infantil. Fonte: Escola Secundaria Dr. João de Araújo Correia Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 43

45 Ano Lectivo 2006/2007 Nº de Alunos matriculados nos CEF: 1A Assistente Administrativo 1B Reparação de computadores 1C Electricista de Instalações Nº de Alunos: Figura 30: Nº de alunos matriculados nos cursos CEF da Escola Secundaria Dr. João de Araújo Correia Ensino Secundário O Ensino Secundário é assegurado ao nível público pela Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia. Esta escola tem a funcionar o 3º ciclo e o ensino secundário, no total existem 904 alunos no Secundário. Anos lectivos Agrupamento Nº turmas Nº de alunos Nº total de turmas Nº tota de alunos Ciências e Tecnologias º Ano 11 º Ano 12 º Ano Línguas e Humanidades 2 51 Artes Visuais 1 27 Ciências e Tecnologias Ciências Sociais e Humanas Artes Visuais 1 19 Ciências e Tecnologias Ciências Sociais e Humanas Artes Visuais 1 16 Figura 31 Número total de alunos distribuídos pelos três anos do ensino secundário A Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia oferece ainda dois cursos profissionais, um curso de técnico de recepção com 16 alunos e outro de técnico de multimédia com 20 alunos, (no ano lectivo 2007/2008) Fonte: Escola Secundaria Dr. João de Araújo Correia,2007 Fonte: Escola Secundário Dr. Araújo de Correia, 2007 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 44

46 1.6 - Ensino Profissional A Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo está sedeada na Quinta do Rodo, freguesia de Godim, do concelho de Peso da Régua. Detém uma área de aproximadamente nove hectares e uma exploração agrícola que abrange os sectores da fruticultura, viticultura, horticultura (uma estufa com área de 1000 metros quadrados dotada de fertilização, irrigação e controlo de temperatura informatizadas), enologia (adega e laboratórios) bem como um pequeno parque animal com fins exclusivamente pedagógicos. Está dotada de duas residências, uma de carácter misto e com capacidade para alojar 90 alunos, e uma segunda, destinada a um único sexo, com capacidade máxima para 60 utentes. Esta escola tem uma grande variedade de cursos de níveis II, III e IV. No curso de nível IV, os alunos têm à disposição o Curso de Especialização Tecnológica na área da viticultura e tecnologia de vinhos em colaboração com a Escola Superior Agrária de Bragança. Em Funcionamento (EF)/ Em Candidatura(EC) Designação do cuso Tipo Nível EC Serviço de Mesa Curso prof. II EF Logística e armazenagem Curso prof. II EF Operador de máquinas Curso prof. II Figura 32 Caracterização dos cursos profissionais do nível III EF Processamento e Controlo da Curso prof. III X X X Qualidade Alimentar EF Turismo Ambiental e Rural Curso prof. III X X X EF Produção Agrária Curso prof. III X X X EF Viticultura e Enologia Curso prof. III X X X EC Turismo Curso prof. III X X X EC Termalismo Curso prof. III X X X EC Animador Sócio-cultural Curso prof. III X X X EC Informática de Gestão Curso prof. III X X X EC Jardinagem e Espaços verdes Curso prof. III X X X EC Higiene e Segurança no Trabaçho e Curso prof. III X X X Ambiente EC Restauração - Variante Cozinha e Curso prof. III X X X Pastelaria EC Viticultura e tecnologias de vinhos Curso prof. IV Em 2007, verificou-se o aumento do número de alunos que passou de 70 para 248, oriundos do Norte e Sul do País. Esta escola é ainda produtora-engarrafadora de 15 Escola Profissional do Rodo Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 45

47 vinho e detentora da marca registada Quinta do Rodo, lançando no mercado em Dezembro de Está ainda constituída como Entreposto Fiscal e possui um património de velhos Vinhos do Porto. São ainda ministrados nesta escola um curso tecnológico de desporto (2 turmas, uma 10º e outra de 11º ano) 1.7 Colégio Salesiano de Poiares O Colégio Salesiano de Poiares possui um protocolo de associação celebrado com a Direcção Regional de Educação Norte (DREN) sendo responsável pela escolarização dos alunos do 2º e 3º CEB das 3 maiores Freguesias do sector Nascente do Concelho: Canelas, Galafura e Poiares. Assim, este estabelecimento de ensino da rede privada é responsável pela escolarização dos alunos que finalizam o 1º CEB nestas Freguesias, e que são assim directamente encaminhados para o Colégio Salesiano de Poiares a fim de frequentarem os 2º e 3º CEB. A nível do 2º ciclo do ensino básico no ano lectivo 2007/2008 verificava-se um universo de 159 alunos e a taxa de sucesso era de 95%. Relativamente ao 3º ciclo, o número de alunos era de 199 (mais 32 dos CEF) e a taxa de sucesso era de 93,5%. Salienta-se a existência de 2 turmas de Cursos de Educação e Formação (CEF) no Colégio Salesiano de Poiares no ano lectivo de 2007/08. Estes cursos, com a duração de um ou dois anos, destinam-se a jovens com idade igual ou superior a 15 anos e que sofreram um elevado número de retenções, permitindo-lhes completar o 3º CEB em apenas 2 anos. No ano lectivo 2007/2008 teve em funcionamento um CEF de 1º ano de Empregado de Bar com 17 alunos e um CEF de 2º ano de Operador agrícola com 15 alunos. No CEF a taxa de sucesso foi de 100%. O Colégio Salesiano de Poiares encontra-se equipado com 9 campos de jogos, 2 salas de desporto e um pavilhão desportivo e apresenta ainda, actividades como complemento curricular: desporto, formação musical, actividades culturais. Tem ainda a vertente de Internato Educação e Formação de Jovens e Adultos A educação e formação de jovens e adultos oferece uma segunda oportunidade a indivíduos que abandonaram a escola precocemente ou que estão em risco de a abandono, bem como àqueles que não tiveram oportunidade de a frequentar quando Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 46

48 jovens e, ainda, aos que procuram a escola por questões de natureza profissional ou valorização pessoal, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida. No sentido de proporcionar novas vias para aprender e progredir surge a Iniciativa Novas Oportunidades que tem como objectivo alargar o referencial mínimo de formação ao 12.º ano de escolaridade e cuja estratégia assenta em dois pilares fundamentais: tornar o ensino profissionalizante uma opção efectiva para os jovens e elevar a formação de base da população activa. As diferentes modalidades de educação e formação de jovens e adultos permitem adquirir uma certificação escolar e/ou uma qualificação profissional e, ainda, o prosseguimento de estudos de nível pós -secundário ou o ensino superior. A educação e formação de jovens e adultos compreende as seguintes modalidades: - Sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC), - Cursos de educação e formação CEF- (a partir dos 15 anos); - Cursos de educação e formação de adultos EFA - (a partir dos 18 anos); - Sistema nacional de aprendizagem, em regime de alternância, da responsabilidade do Instituto de Emprego e Formação Profissional (a partir dos 15 anos); - Ensino recorrente (a partir dos 15 anos ou 18 anos de idade, para o ensino básico ou ensino secundário, respectivamente); A figura que se segue apresenta o número de turmas dos cursos ALFA (1º ciclo) e EFA (2º ciclo) a decorrer no Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua. Ano Lectivo: Cursos ALFA Cursos EFA Figura 33 Nº de turmas que compõem os cursos Alfa e EFA Ensino Recorrente O ensino recorrente corresponde à vertente da educação para adultos que, de uma forma organizada e segundo o plano de estudo, conduz à obtenção de um grau e à 16 Fonte: Agrupamento Vertical de Escolas, 2007/2008 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 47

49 atribuição de um diploma ou certificado, equivalentes aos conferidos pelo ensino regular. Através desta modalidade é assegurada uma nova oportunidade de acesso à escolaridade aos que não usufruíram na idade adequada, aos que abandonaram precocemente o sistema educativo e aos que o procuram por razões de promoção cultural ou profissional. O ensino recorrente pode dar-se a nível dos 3 ciclos do ensino básico e pretendem a eliminação do analfabetismo, a atribuição do diploma de escolaridade obrigatória, o prosseguimento de estudos e o desenvolvimento de algumas competências profissionais. A escola secundária Dr. João de Araújo Correia oferece dois cursos (Electricidade, Administração e Comercio) de equivalência ao 12 º ano, que funcionam em regime não presencial, em que os alunos têm de se propor a exame às unidades RVCC Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências No concelho de Peso da Régua o processo de RVCC Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, foi criado de forma a aumentar o número de alternativas e oportunidade aos adultos, de modo a reconhecer e/ou identificar, as competências das sua vidas. Todas estas competências, serão futuramente guardados e registadas na sua carteira de competências chave, servindo no futuro de certificado relativo ao nível B1,B2, B3, ou seja, (4º, 5º,6º e 9º ano, respectivamente). Este certificado é emitido pelo Ministério da Educação. Os destinatários são sujeitos com idades superiores a 18 anos, desempregados ou empregados activos, que através de experiência profissional ou de outros contextos, adquiriram competências e pretendem o seu reconhecimento, através de um diploma escolar de 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade. O processo de RVCC, apresenta a seu cargo diferentes etapas, Acolhimento, Profissional de RVCC, balanço de Competências, profissional de RVCC/Formadores, formação complementar, formadores, júri de Certificação e por ultima o profissional de RVCC, formadores e Avaliador externo. Este processo desenvolveu-se ao longo de um conjunto e sessões onde os candidatos, através do apoio de técnicos e formadores da área profissional, procuram Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 48

50 identificar e reconhecer as respectivas competências, comprovar e demonstra a sua aquisição. A avaliação destes candidatos é realizada por uma comissão que valida as competências de cada um e identifica as que tem em falta, apontando a formação adicional a frequentar no sentido de obter a certificação final, frente a um júri de certificação. Este processo visa a auto valorização dos adultos, a obtenção de um complemento de formação e possibilita a candidatura a empregos que exijam níveis de escolaridade superiores ao possuído. O Centro de RVCC do Instituto de Emprego e Formação Profissional tem parceria com o Município de Peso da Régua e tem as suas instalações no Pavilhão Gimnodesportivo e apresenta na actualidade 22 alunos a frequentar e 11 alunos em lista de espera, tendo sido já certificados 110 alunos. Para equivalência ao 12º ano existem 100 pessoas inscritas. Também existe parceria com a Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, onde funciona presentemente o RVCC, de equivalência ao Ensino Básico e Secundário (anteriormente encontravam-se em funcionamento na escola Secundária e Profissional do Rodo). Em termos de ensino Básico, no total de 504 alunos, encontram se já 461 inscritos, 14 em diagnóstico, 23 em reconhecimento e 6 em processo de transferência. Até à presente data, concluíram com certificação 154 alunos. No que diz respeito ao ensino Secundário, encontram-se já 300 alunos inscritos, 2 em diagnóstico e 4 em processo de transferência, perfazendo um total de 306 alunos. Em suma, Como reflexo da consciencialização de que são detentores de baixos níveis de instrução, uma franja da população do concelho procura retomar os estudos, seja através da frequência do Ensino Recorrente dos vários ciclos de ensino, de Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) ou da frequência do Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). No ano lectivo de 2007/2008, 27 indivíduos matricularam-se para a frequência do 1º ciclo do Ensino Recorrente. Constituíram-se 2 turmas, a funcionar nas antigas instalações militares. Estas turmas são compostas essencialmente por adultos em situação de desemprego ou beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 49

51 Um total de 56 indivíduos matriculou-se no 2º ciclo do Ensino Recorrente, distribuídos por 3 turmas. Uma frequenta a Escola Secundaria Dr. João de Araújo Correia e duas a EB 2,3 de Peso da Régua nas instalações da Ludoteca de Godim. No mesmo ano lectivo, registam-se 65 inscrições no nível Secundário do Ensino Recorrente, distribuídos pelo Curso Geral, A procura de qualificação/formação escolar, teimando em dar por terminado um percurso escolar abandonado anteriormente, denota a valorização da educação formal e a importância das habilitações académicas como uma arma para prosseguir numa realidade cada vez mais exigente e competitiva. Nível de ensino Nº de formandos Funcionamento 1º ciclo 27 Ex- Manutenção Militar 2º ciclo 56 Escola Secundaria/ EB 2,3 de Peso da Régua-Ludoteca de Godim Secundário 65 Escola Secundaria Figura 34 Nº de alunos que frequentaram os Cursos EFA, no ano lectivo 2007/2008 A adesão ao Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) tem sido bastante significativa. Desde 2006 que o CRVCC já certificou 154 indivíduos com o 9º ano de escolaridade. Em 2008, no que diz respeito ao ensino básico, existe um total de 504 alunos. Destes, encontram se já 461 inscritos, 14 em diagnóstico, 23 em reconhecimento e 6 em processo de transferência. A Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia para todo este processo conta com a presença de dois psicólogos na avaliação psicológica, acompanhamento e orientação vocacional dos alunos das suas escolas mas que são insuficientes para dar cobertura a toda a população escolar concelhia. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 50

52 2- SAÚDE Saúde é o mais completo bem-estar físico, mental e social e não só a ausência de doença ou enfermidade (OMS, 2005) Para que seja possível manter e elevar o nível de saúde das populações, torna-se indispensável a existência de infra-estruturas de saúde organizadas, distribuídas de acordo com as necessidades, que sejam física e economicamente acessíveis a toda a população. Os recursos saúde existentes no concelho de Peso da Régua são o Hospital D. Luís I o Centro de Saúde, farmácias, laboratórios de análises, clínicas privadas, entre outros 2.1 Hospital D. Luís I O hospital D. Luís I, localiza-se na praceta Delfim Ferreira, funciona desde 1957, e presta serviços de cuidados diferenciados à população. Actualmente integra o centro hospitalar Vila Real/Peso da Régua. Os serviços existentes nesta instituição de saúde são: - Cirurgia Geral - Medicina Interna - Consulta Externa A Consulta externa funciona com as especialidades de: - Medicina Interna - Nutrição - Psiquiatria Ao nível dos recursos humanos, possui 3 médicos, 1 técnico superior de nutrição, 18 enfermeiros, 19 administrativos e 53 auxiliares de acção médica. Não se pode inferir relativamente aos números apresentados, visto que estes profissionais podem ser deslocados para o Hospital de Vila Real. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 51

53 Relativamente aos recursos materiais possui RX, bem como o restante material para assegurar os serviços acima referido Centro de Saúde de Peso da Régua Centro de Saúde (CS) é um estabelecimento público de saúde integrado, polivalente e dinâmico, prestador de cuidados de saúde primários, que visa a promoção e a vigilância da saúde, a prevenção, diagnostico e o tratamento da doença, dirigindo globalmente a sua acção ao individuo, família e comunidade. MINISTÉRIO DA SAÚDE ( 1994) De acordo com a Declaração de Alma-Ata Conferência Internacional sobre Cuidados de Saúde Primários (CSP) (1978), estes [...] são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance de todos os indivíduos e famílias da comunidade, mediante a sua plena participação [ ], representando [ ] o primeiro nível de contacto com dos indivíduos, da família e da comunidade, com o sistema nacional de saúde, devendo ser levados o mais próximo possível dos lugares onde as pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um processo continuado de assistência à saúde. O CS do Peso da Régua abrange o respectivo concelho, e é constituído pelo edifício sede que funciona na cidade do Peso da Régua, nove extensões de saúde (Canelas, Fontelas, Galafura, Loureiro, Moura Morta, Poiares, Sedielos, Vilarinho dos Freires e Vinhos). No que respeita à estrutura física do CS, este é constituído por dois pisos., sendo que no piso inferior é no qual se encontram os módulos e sala de vacinas enquanto que no piso superior encontram-se os vestiários, serviços administrativos e gabinetes. No piso inferior, todos os módulos são constituídos por um gabinete de apoio administrativo, uma sala de despir e pesar, dois gabinetes médicos (à excepção do módulo A que tem três gabinetes médicos), uma sala de enfermagem, outra sala de apoio ou de saúde materna, e uma sala de tratamentos. Neste piso, também existe a sala de vacinação e o módulo no qual funciona as consultas de nutrição, psicologia, e o Centro de Diagnóstico Pneumológico. No piso superior, encontram-se o bar, a esterilização, salas de stock de material, biblioteca, gabinete da assistente social, uma sala destinada a delegados de informação médica, três gabinetes de serviços administrativos, uma sala de trabalho e Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 52

54 os gabinetes do Delegado de Saúde Pública, da Directora do CS, da Enfermeira Chefe e da Chefe Administrativa. O Centro de Saúde desenvolve os vários programas de saúde, preconizados pela Direcção Geral de Saúde (DGS): - Consultas de Medicina Geral e Familiar; - Consulta de Planeamento Familiar; - Consulta de Saúde Materna; - Consulta de Saúde Infanto-juvenil; - Consulta do Adulto Idoso; - Consulta de Grupos de Risco Hipertensos e Diabéticos - Consulta do Pé diabético; - Consulta de Cessação tabágica; - Consulta de Alcoologia - Visitação domiciliária de promoção da saúde; - Visitação domiciliária a doentes dependentes; - Saúde Escolar; - Vacinação - Programa das escolas livres de Tabaco (PELT) Para desenvolver os vários programas anteriormente referidos, conta uma equipa de profissionais constituída por 13 médicos, 19 enfermeiros, 18 administrativos, 8 auxiliares de apoio e vigilância, tendo ainda 1 motorista, 1 um técnico de saúde ambiental, 1 técnica superior de serviço social, 1 técnica superior de psicologia e 1 nutricionista (três dias/ semana). O CS do Peso da Régua (sede e extensões) funciona por equipas de saúde compostas por médicos, enfermeiros e administrativos. Em termos de cooperações interinstitucionais, está presente nos núcleos: Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 53

55 - Do Rendimento Social de Inserção; - Da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco; - Do Projecto de Intervenção Precoce; - É parceiro da Rede Social de Peso da Régua. - É parceiro do Sim Saúde Projecto de Saúde da Escola Secundária João de Araújo Correia. O Centro de Saúde dispõe da consulta para situações agudas, não programadas, ou seja, com aparecimento recente, que não sendo urgências ou emergências, carecem de resolução rápida - no mesmo dia ou em horas, também designada por Consulta aberta, funciona fora das instalações do cento de saúde, nas antigas instalações do serviço de urgência do hospital da Régua. O horário de funcionamento é dias úteis das 8.00 às 24 horas, sábados, domingos e feriados das 8 ás 22 horas. Sendo assegurada por um médico, um enfermeiro e um administrativo. Foram registados pelo Centro de Saúde (C.S) entre o período de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2007, 1895 consultas de planeamento familiar. Ao nível da Saúde Infantil, relativamente às consultas de vigilância até aos 23 meses e às consultas juvenis, foram efectuadas para o mesmo período 1161 e 2491 consultas, respectivamente. O que soma neste serviço um total de 3652 consultas. No que diz respeito ao Serviço de Saúde Materna e Obstetrícia, foram efectuadas para o mesmo período 733 consultas. Relativamente à visitação Domiciliária de Enfermagem, foram efectuadas 1532 visitas domiciliárias de promoção de saúde e 6346 visitas para tratamentos, curativos de pessoas em situação de dependência (perfazendo um total de 7878 visitas), no ano No mesmo período foram efectuados 891 visitas médicas ao domicílio. No ano de 2006 foi efectuado a caracterização das pessoas dependentes no concelho de Peso da Régua 2006, utilizando a escala de Barthel (escala de avaliação do grau de dependência) sendo que num total de 491 pessoas, 22.6% apresentavam uma dependência total. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 54

56 GRAU DE DEPENDÊNCIA Nº Dependência Total 111 Dependência Grave 18 Dependência Moderada 37 Dependência Leve 117 Independente 208 Figura 35 Caracterização do grau de dependência 17 Entre o período de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2008, foram efectuadas consultas de adultos entre os 19 e os 65 anos. Os indicadores de saúde permitem medir a situação de saúde de uma população. Indicadores de natalidade, mortalidade e morbilidade dão uma visão genérica do nível de saúde. A figura que se segue, traduz de maneira sintética, alguns indicadores de impacto no conselho do Peso da Régua. INDICADORES DE SAÚDE DO CONCELHO 18 Índice de Envelhecimento, ,69 Índice de dependência jovem (2001) 25,44 Índice de dependência idoso (2001) 24,34 Índice de dependência total ( 2001) 49,77 Taxa de Natalidade, ( por mil habitantes) 8,23 Taxa de Mortalidade Infantil,2006- ( por mil habitantes) 0,05 Taxa de mortalidade Geral,2006- ( por mil habitantes) 10,46 Índice de Fecundidade (2006) ( %) 2,99 Figura 36 Indicadores de Saúde do concelho Problemáticas próprias da Saúde No que respeita às problemáticas próprias da saúde, refere-se especificamente ao campo das adições, nomeadamente, estupefacientes e álcool e de seguida à temática da deficiência. De destacar, mais uma vez, que não existem diagnósticos que apontem com precisão não só a quantidade, como as características destes grupos, sejam os relativos aos consumidores, sejam às das pessoas portadoras de deficiência, por forma a termos Fonte: Centro de Saúde de Peso da Régua, 2006 Fonte: INE, 2001 e Centro de Saúde de Peso da Régua, 2007 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 55

57 uma leitura social da situação destas pessoas, principalmente no que respeita à sua situação face à integração social e necessidades específicas. Em termos de ambulatório, o Centro de Saúde possui em funcionamento as consultas de tabagismo, uma vez por semana, sendo que relativamente ao consumo de estupefacientes não existe um sistema de detecção, atendimento e encaminhamento de indivíduos. Relativamente às consultas anteriormente referidas, o Centro de Saúde tem capacidade para tratamento em ambulatório, inclusivé e como já se constata, em funcionamento, a administração de medicação de substituição para os adictos em estupefacientes. Quanto ao tratamento com internamento: para os casos de alcoolismo, existe uma estrutura a nível regional, o ex-centro Regional de Alcoologia do Norte (CRAN), actual Unidade de Alcoologia do Norte e, para atendimento e encaminhamento a casos de toxicodependência, a nível distrital, o Centro de Repostas Integradas (CRI) do IDT, (ex-cat), em Vila Real. Desta forma, e porque aferir o número aproximado à realidade de toxicodependentes se torna extremamente difícil sem um diagnóstico realizado no terreno, e em termos estatísticos não existem dados, tendo-se sobretudo como base de informação os dados proporcionados pelo CRI, sendo que em relação ao alcoolismo não possuímos nenhum dado oficial. E mesmo em relação aos dados do CRI, estes tornam apenas visíveis oficialmente resultados que sabemos ser apenas uma parte de um todo, pois nem todos os toxicodependentes recorrem a este serviço e quando o fazem é o geralmente em situações limite ou por consequência de pressões. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 56

58 3 - EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL "A experiência não é aquilo que nos acontece É o que fazemos com aquilo que nos acontece" Aldous Huxley O emprego é um direito social básico que se encontra reconhecido a todos os cidadãos e cidadãs na Constituição da República Portuguesa (4ª revisão de 1997). No seu artigo 58º a Constituição refere que incumbe ao Estado promover a execução de políticas de pleno emprego ; saliente-se a alínea a) do artigo 59º onde se escreve que todos/as trabalhadores/as têm direito, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, convicções políticas ou ideológica, à retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna. A exclusão face ao direito ao emprego, ou numa perspectiva mais ampla, ao trabalho, tem sido uma das questões centrais no debate sobre a exclusão social. Tal exclusão ultrapassa hoje a vertente mais fácil de identificar, e também a mais visível, que é a do desemprego mas contempla as dimensões da ausência de qualidade no emprego, que passam pelo baixo nível de remunerações, pela precariedade ou inexistência de vínculos contratuais, pela clandestinidade de determinadas actividades profissionais, pelas enormes desigualdades que caracterizam o sistema de remunerações e que afectam, em particular, as mulheres e os estratos escolar e profissionalmente menos qualificados. A exclusão face ao direito ao emprego é, em si mesmo, uma dimensão da exclusão social e é, também, um factor potenciador de outras dimensões dessa mesma exclusão. Repare-se que o emprego, ou o desempenho de uma actividade profissional remunerada, representa, para a maior parte das famílias, a principal fonte de rendimentos. Ter um emprego / uma profissão é, pese embora todas as transformações sociais, ter acesso a um determinado estatuto que, geralmente, se assume como uma referência social muito importante. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 57

59 3.1 Desemprego no Concelho Nos últimos anos o fenómeno do desemprego tem vindo a crescer progressivamente na sociedade portuguesa, sendo hoje um dos problemas que, do ponto de vista social, mais atenção tem merecido. Pela análise demográfica feita ao concelho, recorrendo aos dados dos censos do Instituto Nacional de Estatísticas de 1991 e 2001, pode-se concluir que se assiste a uma perda contínua da população, principalmente nas freguesias mais isoladas. A distribuição da população activa pelos vários sectores de actividade poderá estar associada a uma estrutura quase nada industrializada. Através da leitura do gráfico pode-se verificar que, no Concelho de Peso da Régua, o sector com maior relevância é o sector terciário, em que mais de metade da população se encontra empregada nos serviços, nomeadamente, comercio, hotelaria, restauração e organismos públicos. População activa empregada por sectores de actividade em % 56% 23% Primario Secundário Terciario Figura 37: População activa por sectores de actividade 19 Esta tendência do sector terciário parece ser comum nas regiões do interior em parte, devido talvez à falta de incentivos à dinamização do sector industrial. O sector terciário apesar de estar mais dinamizado continua a processar-se nos moldes mais tradicionais, consequentemente pouco diversificado. Esta análise pode ainda traduzir que, a agricultura apesar de continuar a ser na região um dos eixos estruturantes da vida social, já não parece ser a base do emprego da população. Sendo assim, é pois urgente criar novas perspectivas de sucesso para novas actividades económicas em regime de complementaridade com a agricultura. Estas novas actividades como o turismo, podem ser um dos factores preponderantes 19 Fonte: INE, 2001 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 58

60 para o desenvolvimento da região. Por outro lado, é igualmente sublinhada a necessidade de aproveitar as diversidades locais e regionais e as vantagens específicas de produtos tradicionais de elevada qualidade, como a cultura de vinha. O sector secundário é o segundo principal sector de actividades no Concelho, em que a construção civil se destaca como determinante no emprego. No entanto, apesar deste sector ter vindo a aumentar, ele tem sido marcado pelos seguintes factores: - Incipiente e atomizada base industrial existente; - Periferização espacial desta área; - Deficientes acessos entre concelhos; - Falta de empreendedorismo. - Baixa densidade populacional e dispersão do povoamento que constituem um obstáculo à obtenção de limiares mínimos de viabilidade de certas empresas que queiram maior dimensão de mercado e de emprego. Face a este quadro é fundamental desenvolver um trabalho integrado de forma a abranger a multidimensionalidade dos problemas que afectam os três sectores de actividade. Este trabalho integrado deverá ter como objectivo combater os constrangimentos ao desenvolvimento pretendendo o reforço das capacidades humanas, técnicas e sócio-culturais como forma de criação de uma dinâmica de desenvolvimento adequado às necessidades da população de Peso da Régua. No que se refere à escolaridade e qualificação profissional,pelos Censos de 2001, constata-se que o nível de instrução da população do concelho de Peso da Régua é reduzido e que a percentagem de analfabetismo é bastante elevada (15,86%), em que uma parte significativa da população apenas possui o 1º ciclo (27.8%) e 7.3% tem o 2º ciclo. Assim, uma primeira conclusão permite-nos afirmar que este concelho acolhe uma grande fatia da população com falta de qualificação e formação. Apenas 4.2% possui o 3º CEB ou seja, concluíram a escolaridade obrigatória. 11,68% da população terminou o ensino Secundário e, por fim, apenas 7,34% da população acaba o ensino Superior. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 59

61 Doutoramento Mestrado Licenciatura Bacharelato Ensino Médio Ensino Secundário Ensino Básico- 3º Ciclo Ensino Básico- 2º Ciclo Ensino Básico- 1º Ciclo Sabe ler e escrever sem possuir qualquer grau Não Sabe Ler Nem Escrever Total 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Covelinhas N.º Fontelas N.º Galafura N.º Godim N.º Loureiro N.º Moura Morta N.º Peso da Régua N.º Poiares N.º Sedielos N.º Vilarinho dos Freires N.º Vinhós N.º Canelas N.º Figura 38: Habilitações literárias da população activa por sectores de actividade 20 Segundo dados do Centro de Emprego, relativos a Dezembro de 2007, existem 930 desempregados no Concelho de Peso da Régua, dos quais 54% são mulheres. A tabela seguinte descreve o número de pessoas desempregadas por faixa etária. Em relação às habilitações académicas, verifica-se que 32% dos desempregados possui o 1º ciclo completo, 22% possui o 2º ciclo completo e 9,7% habilitações de nível superior. Estes dados manifestam uma evidente falta de escolaridade neste grupo e consequente falta de formação profissional. Dos 930 desempregados, 541 são de longa duração e 381 estão inscritos há menos de um ano. Realça-se ainda que 65.1% da população desempregada possui habilitações inferiores à escolaridade mínima obrigatória. Taxa da população População Desempregada Grupo Etário Tempo de inscrição no IEFP < >=55 Des. D.L.D anos anos anos anos HM H M HM H M HM HM Figura 39 - Caracterização dos desempregados 21 Se o facto da população desempregada apresentar uma baixa qualificação escolar e profissional o que pode dificultar a sua entrada para o mercado de trabalho, a população jovem qualificada também enfrenta fortes dificuldades em integrar o Fonte: INE, 2001 Fonte: Concelho: Estáticas Mensais IEFP, Dezembro, 2007 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 60

62 mercado de trabalho. Esta situação pode ser justificada por um tecido empresarial de reduzida dimensão e um perfil de empresários que não valoriza a formação académica e/ou profissional A Precariedade do Trabalho A qualidade do próprio emprego é factor de vulnerabilidade, ou de protecção, à pobreza. Neste sentido, no levantamento efectuado pela ex-dasc, actualmente denominada Divisão de Desenvolvimento Social (DDS), da Autarquia de Peso da Régua, relativamente aos pedidos da habitação social e de informações sobre a caracterização do agregado familiar de algumas famílias que integram a CPCJ, verifica-se a existência de uma parte importante dos trabalhadores/as que não efectua descontos para a segurança social. Muitos destes/as trabalhadores/as enquadram-se na indústria da construção civil e na agricultura e os restantes, nos serviços pessoais e domésticos. Esta forma de precariedade afecta sobretudo os/as trabalhadores/as designados como por conta própria, entre os quais a situação mais frequente é a do trabalhador/a sem trabalho certo, que faz o que aparece. Por outro lado, é entre os indivíduos menos escolarizados que se registam as maiores percentagens de ausência de descontos para a Segurança Social. Esta situação pode significar que a integração profissional destas pessoas se faz fortemente através da economia informal. A precariedade do emprego é, ainda, consubstanciada pelo tipo de contrato dos/as trabalhadores/as por conta de outrém. Neste grupo, menos de metade tem um contrato de trabalho permanente; entre os restantes, salienta-se a importância dos contratos a prazo, ou a termo, e do trabalho à empreitada. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 61

63 4 - HABITAÇÃO As condições de habitação constituem um indicador privilegiado para a detecção de fracções mais marginalizadas da população (Couto, 1999) O artigo 65ª da Constituição da Republica Portuguesa consagra os direitos básicos à habitação nos seguintes termos: Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e privacidade familiar (art. 65º, nº1). A expressão mais visível da exclusão relativamente ao direito habitação tem sido, sem dúvida, a existência de bairros de abarracados nas principais aglomerações urbanas e, por outro lado, a persistência, no País em geral, de certos indicadores que atestam, ainda, deficientes condições de habitabilidade, ausência de privacidade e conforto, pese embora as grandes evoluções a este nível. Para além das dimensões mais objectivas o alojamento transporta consigo uma dimensão simbólica que é necessário ter em conta, sobretudo aquando do processo de realojamento sob pena de se criarem autênticos guettos. É que o espaço alojamento é ele próprio um signo de estatuto social. E esta simbologia do espaço dá lugar a uma competição cujo resultado é a exclusão, ou marginalização, de alguns em relação a certos locais; esta marginalização consiste não apenas da incapacidade económica de escolher, de facto, o seu alojamento mas resulta também de uma imagem estigmatizada de certas categorias da população. A ideia de que ter certa vizinhança é factor de despromoção social é bem patente na desvalorização efectiva dos preços de habitações, do mercado formal, a quando da instalação, nas proximidades, de bairros de realojamento e na concomitante reacção das populações de acolhimento, perante situações de realojamento (Cardoso, 2000). 4.1 A habitação no Concelho A qualidade de vida da população depende, em grande parte, do acesso à habitação e das características da mesma. As condições de habitabilidade são analisadas genericamente através dos seguintes indicadores de qualidade: serviço de infraestruturas, instalações existentes, tipo de ocupação do alojamento e índice de lotação. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 62

64 Figura 40 Edifícios construídos entre 1950 e 1985,por lugar. 22 Legenda: Edificios construídos entre 1985 e 2001 (%) < > 80 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 41 Edifícios construídos entre 1985 e 2001,por lugar Como se pode verificar pelas figuras 40 e 41, grande parque habitacional é constituído por habitações bastante envelhecidas e, ainda, geralmente, de arquitectura exígua. Os dados dos censos de 2001 permitem ainda constatar necessidades extremamente básicas, em termos de condições de habitabilidade, de destacar que ainda existem no concelho: 2225 alojamentos sem electricidade, 2885 alojamentos sem retrete e 3455 alojamentos sem esgotos. Em termos de dinâmica efectiva de construção de habitação, no período de 1990 a 2005, construíram-se 599 novas habitações (85% do total de edifícios construídos). Neste período, construíram-se em média 37 habitações por ano no concelho da 22 Fonte: INE, 2001 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 63

65 Régua. Na região Norte do País, apenas Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião apresentaram uma dinâmica construtiva mais baixa que a Régua (Quaternaire, 2007). Figura 42 Dinâmica construtiva da Região Norte 23 As figuras seguintes, mostram a distribuição dos alojamentos com esgotos e com electricidade no concelho, em Legenda: Alojamentos com Esgotos em 2001 (%) < > 80 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 43 Alojamentos com esgotos em 2001,por lugar Fonte: Quaternaire, 2007 Fonte: INE, 2001 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 64

66 Legenda: Alojamentos com Electricidade em 2001 (%) < > 80 Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 44 Alojamentos com electricidade em 2001,por lugar Segundo um levantamento, realizado pela ex-divisão da Acção Social e Cultural (DASC), actual Divisão de Desenvolvimento Social (DDS) da Câmara Municipal de Peso da Régua, existem 253 famílias residentes no Concelho que habitam em condições precárias. Do total de famílias sinalizadas, 60 vivem em construções antigas, 140 residem em construções clássicas em mau estado de conservação e 13 habitam em barracas, sejam estas de alvenaria ou de madeira, as restantes não apresentam deficiências significativas em termos de habitabilidade mas rendas demasiado altas para os rendimentos do agregado. Por ordem crescente, pode-se assumir como sendo situações mais críticas as que se referem ao alojamento de pessoas idosas, famílias numerosas em situação de risco e por último, a existência de algumas barracas pertencentes à etnia cigana. Tal foi possível verificar anteriormente, através dos dados recolhidos nos censos de 2001, ainda se constatam necessidades extremamente básicas, em termos de condições de habitabilidade. A figura com o quadro seguinte apresenta alguns indicadores sobre as condições de habitabilidade que permitem justificar os dados referidos anteriormente. De facto, pela análise do quadro pode-se verificar que o Concelho de Peso da Régua apresenta valores acima da média nacional no que se refere a alojamentos sem electricidade, ou sem retrete ou ainda sem banho ou duche, destacando-se que na situação de alojamento sem retrete ultrapassa de forma preocupante os valores para a região Douro. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 65

67 Indicadores Peso da Régua Douro Portugal Alojamentos s/ electricidade Alojamentos s/ retrete Alojamento s/ instalação de banho ou duche Figura 45 Indicadores sobre as condições de habitabilidade, censos A habitação social no Concelho Para as famílias a qualidade da habitação, bem como das condições que reúne como, por exemplo, o estado de conservação e as infra-estruturas de que dispõe, é, extrema importância para a qualidade de vida das pessoas que nela residem. A questão da habitação pode ainda constituir um factor de vulnerabilidade face à exclusão, na medida que é neste espaço que decorre parte importante da vida familiar e do processo de socialização dos seus habitantes, principalmente das crianças. Abordar a Política Social de Habitação, é em primeiro lugar pensar nas pessoas, isto é, pensar numa política de valorização da qualidade de vida da população que passando muito pela habitação, não se acaba nela, pelo contrário dá inicio a um processo global de melhoria da qualidade de vida das pessoas. A problemática dos bairros sociais estende-se à sua interferência com a cidade que os acolhe, na vida de quem os habita e de quem é vizinho destes. É pois necessário fazer coincidir a melhoria das condições de alojamento, com a melhoria das condições envolventes aos conjuntos habitacionais, por forma a criar nos moradores, através de uma participação activa destes, uma identificação positiva do conjunto habitacional onde moram. A mudança de casa deve significar uma mudança efectiva de vida e se muitas famílias conseguem produzir essa mudança qualitativa com esforço pessoal dos seus membros, outras há que revelam dificuldades e debilidades e que, por isso, requerem ajuda e acompanhamento, desde a simples adaptação a uma casa com condições de habitabilidade normal que anteriormente tinham, até a problemas mais vastos como alcoolismo, deficiência, inserção no mercado de trabalho, insucesso e abandono escolar, falta de cuidados a dispensar às crianças, aos jovens, aos idosos, etc. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 66

68 Todo este processo é moroso, requer dedicação e esforço, bem como recursos humanos para se poder dinamizar acções de intervenção, inserção e valorização social. Loureiro Bairro das Alagoas!( "Bairro Branco"!( Godim Bairro da Azenha!( Peso da Régua Bairro do Fundo de Fomento de Habitação!( Fontelas Vilarinho dos Freires Bairro do Corgo!( Canelas Vinhós Sedielos Moura Morta Poiares Loureiro Vilarinho dos Freires Galafura Godim Peso da Régua Covelinhas Fontelas Canelas Km Legenda:!( Bairros Sociais Municipais Área Edificada Freguesias Câmara Municipal de Peso da Régua Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica Sistema de Hayford Gauss Datum Meters Figura 46 Bairros de Habitação Social camarários na Cidade de Peso da Régua 25 De seguida apresentam-se tabelas dos vários Bairros camarários, que permitem traçar um perfil individual, com a informação relativa à sua constituição (tipologia, numero de blocos, anos de construção, obras realizadas, carências), assim como a descrição dos respectivos arrendatários. No que se refere à Habitação Social, o concelho possui quatro bairros sociais camarários e dois pertencentes ao Instituto Nacional da Habitação. No entanto, este número de fogos é insuficiente para a elevada procura (254 pedidos). A procura de habitação é mais significativa nas freguesias urbanas (Peso da Régua e Godim), apesar de se registarem maiores problemas habitacionais nas freguesias rurais. 25 Fonte: DDS da Câmara Municipal de Peso da Régua, 2008 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 67

69 De seguida seguem-se os quadros com a caracterização de cada Bairro Social Camarário: Bairro da Azenha Localização Tempo de Construção Número de Blocos Fogos da Autarquia Tipologia Renda Média Mensal Famílias Residentes Média de Indivíduos por Agregado Escolaridade Predominante Profissões Predominantes Serviços Próximos do Bairro Dentro do centro da cidade. Oito anos de construção e três anos de habitabilidade. Cinco, com seis fogos por bloco. Trinta fogos. T2 (dois quartos, sala cozinha e uma casa de banho), T3 (três quartos, sala cozinha uma ou duas casas de banho) e T4 (quatro quartos, sala cozinha duas ou três casas de banho) Euros/mês. Trinta. De quatro a seis. Quarta classe. Desempregados e feirantes. Centro de Saúde, Escolas e Autarquia. Bairro Calouste Gulbenkian Denominação Localização Tempo de Construção Número de Blocos Fogos da Autarquia Tipologia Renda Média Mensal Famílias Residentes Bairro Branco. Fora do centro da cidade de Peso da Régua, numa área já na saída da cidade em direcção ao Porto, denominada Godim. Quarenta anos. 14 blocos, com seis fogos por bloco. Catorze fogos. Muitos fogos deste complexo habitacional já foram comprados pelos arrendatários, existindo apenas alguns ainda propriedade da autarquia. T3, três quartos, sala cozinha uma ou duas casas de banho /Mês. Treze Média de Indivíduos por Agregado 1.5 Escolaridade Predominante Profissões Predominantes Doenças Predominantes Serviços Próximos do Bairro Levantamento de Necessidades Quarta classe. Reformados. Diabetes e osteoporose. Hipermercados (Intermarché e Pingo Doce, Escola Secundaria, Escola primária nº1. Pintura dos prédios. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 68

70 Bairro Fundação Salazar Denominação Localização Tempo de Construção Número de Blocos Fogos da Autarquia Tipologia Renda Média Mensal Famílias Residentes Bairro Branco. Fora do centro da cidade de Peso da Régua, numa área já na saída da cidade em direcção ao Porto, denominada Godim. Trinta e cinco anos. Três, com seis fogos por bloco. Treze. T3 (três quartos, sala, cozinha, uma ou duas casas de banho). 28,68 Euros/mês. Treze. Média de Indivíduos por Agregado 1.5 Escolaridade Predominante Profissões Predominantes Serviços Próximos do Bairro Levantamento de Necessidades Quarta classe. Reformados. Hipermercados (Intermarché e Pingo Doce, Escola Secundaria, Escola primária nº3, Apeadeiro de Godim. Pintura dos prédios. Bairro Fundo Fomento de Habitação Denominação Localização Tempo de Construção Número de Blocos Fogos da Autarquia Tipologia Renda Média Mensal Famílias Residentes Média de Indivíduos por Agregado Escolaridade Predominante Profissões Predominantes Doenças Predominantes Serviços Próximos do Bairro Levantamento de Necessidades Bairro Branco. Fora do centro da cidade de Peso da Régua, numa área já na saída da cidade em direcção ao Porto, denominada Godim. Vinte e oito anos. Três blocos, com seis fogos cada. Vinte. T3 (três quartos, sala, cozinha, uma ou duas casas de banho) Euros/mês. Vinte. De um a três. Quarta classe. Reformados e desempregados. Diabetes e sistema nervoso. Hipermercados e escolas. Pintura dos prédios. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 69

71 Bairro Junto Autónoma de Estradas Localização Fora do centro da cidade de Peso da Régua, numa área já na saída para a variante em direcção a Vila Real, denominada Peso. Tempo de Construção Número de Blocos Fogos da Autarquia Tipologia Renda Média Mensal Famílias Residentes Média de Indivíduos por Agregado Escolaridade Predominante Profissões Predominantes Doenças Predominantes Serviços Próximos do Bairro Levantamento de Necessidades Vinte e sete anos. Quatro blocos, com seis fogos cada. Vinte e quatro T3 (três quartos, sala cozinha uma ou duas casas de banho) e T4 (quatro quartos, sala cozinha duas ou três casas de banho) 9.77 Euros/mês. Vinte e quatro. De um a três. Quarta classe. Reformados e desempregados. Diabetes Centro de Saúde, Escola e mercearia Pintura dos prédios e implementação de uma farmácia Bairro Habitacional do Corgo Localização Fora do centro da cidade de Peso da Régua, numa área já na saída para a variante em direcção a Vila Real, denominada Peso. Tempo de Construção Número de Blocos Fogos da Autarquia Tipologia Renda Média Mensal Famílias Residentes Média de Indivíduos por Agregado Escolaridade Predominante Profissões Predominantes Doenças Predominantes Serviços Próximos do Bairro Levantamento de Necessidades Doze anos. Seis blocos, com seis fogos cada e nove caves Quarenta e três T2 (dois quartos, sala cozinha e uma casa de banho), T3 (três quartos, sala cozinha uma ou duas casas de banho) e T4 (quatro quartos, sala cozinha duas ou três casas de banho) Euros/mês. Quarenta e três De um a três. Quarta classe e sexto ano Desempregados e domésticas Diabetes e hepatite C Não existem Vedação das marquises Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 70

72 Bairro das Alagoas (não camarário) Denominação Número total de residentes em Alagoas: Famílias residents Número de residentes de etnia cigana Número de famílias de etnia cigana Tempo de Construção Número de Blocos Fogos da Autarquia Tipologia Renda Média Mensal Famílias Residentes Bairro Verde 600 moradores 160 famílias : 125 moradores cerca de 30 famílias 28 anos Três blocos, com seis fogos cada. nenhum IHRU T1; T2;T3;T Euros/mês. Vinte. Média de Indivíduos por Agregado 5 Escolaridade Predominante Profissões Predominantes Doenças Predominantes Serviços Próximos do Bairro Levantamento de Necessidades Quarta classe. Reformados; trabalhadores por conta de outrem osteoporose; reumatismo; diabetes Hipermercados, escolas.e farmacia Arranjos nos interiores das habitações; escolaridade dos moradores; trabalhos precários; dependência estatal Alagoas é uma pequena área de habitação social. Foi construída em 1979 para realojar famílias de baixo estatuto sócio económico (condição social modesta) que viviam em condições de habitação precária e/ou eram vítimas desalojadas das cheias do Douro. O bairro é constituído por 8 blocos, 22 entradas e nele residem aproximadamente 600 moradores, 160 famílias, onde 20% são de etnia cigana. Este bairro foi alvo de intervenção, com um projecto denominado: Velhos Guetos, Novas Centralidades. Este projecto resulta de uma candidatura do Instituto Nacional da Habitação e do Estado Português aos fundos do Instrumento financeiro do Espaço Económico Europeu (EFTA). Esta candidatura visou duas áreas de intervenção (Alagoas e Rabo de Peixe) que partilham do mesmo estatuto periférico, caracterizado por dois grandes problemas: a insularidade e a interioridade e por graves assimetrias sociais e económicas. O projecto Alagoas, tem por base princípios orientadores do espírito do Plano Nacional de Acção para a inclusão: promover a sustentabilidade ambiental e a requalificação Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 71

73 urbana; assegurar a coesão social e a qualidade de vida; promover novas formas de regulação social entre os diferentes níveis de administração pública e a sociedade civil; implementar uma abordagem multidimensional a problemas e potencialidades; utilizar a inovação e conhecimento em termos Know-how organizacional, técnico e prático. No seu interior existem na sua generalidade dois problemas estruturais evidentes e que deram origem a alguns problemas específicos: inexistência de gestão consolidada; intervenção descontinuada no tempo; guetização social e urbana. A materialização destes problemas específicos é sentida na degradação do ambiente construído; na existência e prevalência de trajectórias de vida de pobreza e exclusão social; na guetização da zona habitacional em relação à envolvente e no desenvolvimento de uma imagem do bairro negativa. Como potencialidades em Alagoas e sendo estas um ponto de partida para a intervenção no terreno foram identificados alguns aspectos positivos como a centralidade urbana do bairro (dado que a cidade envolveu o bairro ao longo do seu crescimento e ali foram criadas infra-estruturas, desde a educação, à segurança, superfícies comerciais); prevalência de uma população jovem e disponibilidade/predisposição interna para a mudança. Assim, e tendo em consideração os problemas e potencialidades mencionados, foram definidas quatro áreas de intervenção, todas elas interligadas: residentes, ambiente construído, gestão e comunicação e representações sócio espaciais. Ao nível dos residentes, gestão e comunicação bem como ao nível das representações sócio espaciais e falando de um primeiro nível de intervenção no terreno, foram desenvolvidas actividades que aumentassem a qualificação profissional, bem como o nível de escolaridade dos residentes tendo como objectivo primordial a facilitação da inserção no mercado de trabalho. Promoção de actividades que visassem o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, dinamização de seminários no ensino escolar para adultos para uma população beneficiaria de RSI residente em Alagoas, criação e apoio nas actividades promovidas pela Associação de moradores, as mesmas e todas as acções colocadas em prática foram direccionadas para a diminuição da rejeição e do preconceito social dentro e fora das Alagoas. Num segundo momento da intervenção pretendeu-se aproximar a população da cidade ao bairro, sendo importante que em conjunto com a Associação de moradores, em que se pretende que a mesma adquira uma estrutura forte o suficiente para que se torne autónoma e prevaleça no tempo, e a Equipa Executiva Local definissem actividades a realizar dentro do bairro, atractivas o suficiente para aliciar a população Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 72

74 para dentro do espaço habitacional de Alagoas, contemplando-se a diminuição do estereótipo criado em relação às Alagoas e aos seus residentes. Ao nível do ambiente construído foi renovado o sistema de águas e esgotos, o sistema de águas pluviais, o sistema de iluminação pública, as áreas de estacionamento, criação de arruamentos transversais interiores ao Bairro; acessos pedonais a equipamentos envolventes; zona de lazer e actividades sócio-culturais e recreativas; remodelação do campo de jogos; reconstrução e remodelação do parque infantil; construção do novo edifício multifuncional para associações; criação de passeios envolventes aos blocos habitacionais; criação de zonas verdes e sistemas de rega automática; criação de pérgolas de sombreamento; colocação de estendais; criação de zonas de estacionamento automóvel na proximidade dos blocos Ver documento em anexo Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 73

75 5- ACÇÃO SOCIAL A acção social é um sistema que tem como objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade socio-económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidade sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o desenvolvimento das respectivas capacidades ISS, 2005 A Autarquia e o Serviço Local de Segurança Social apresentam competências e acções distintas e de relevância no domínio público. Por sua vez, o papel das IPSS s destaca-se dado a proximidade que têm junto da população, o que permite um diagnóstico dos problemas de índole social da comunidade em que se encontram inseridas, obrigando à procura de soluções com mais rapidez, eficiência e eficácia. A Autarquia reconhece a importância de um trabalho participado com outros parceiros locais, destacando o papel crucial das IPSS, com larga experiência de intervenção no território. Esta parceria possibilita uma coesão da consciência colectiva, uma vez que se representam localmente as populações, permitindo ainda envolver e sensibilizar a sociedade civil; 5.1 Acção Social Escolar do Município No que se refere à acção social escolar, a Câmara Municipal presta apoios às crianças e jovens dos diversos ciclos e níveis de ensino, actuando com maior incidência e aplicando mais meios financeiros, no ensino pré-escolar, 1º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico. Estes apoios baseiam-se em: Os alunos do ensino secundário que necessitam, recebem apoio ao nível do transporte em circuitos especiais de ligação às carreiras públicas (16 alunos beneficiados em ), em carreiras públicas/cp (300 alunos beneficiados em ) e em veículos privativos do Município, suportando apenas o encargo de 50% do custo das viagens nas carreiras públicas. Actualmente o apoio prestado aos alunos do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, centrase na garantia de transporte gratuito em circuitos especiais de ligação às carreiras públicas, em carreiras públicas e em veículos privativos do Município, para os que dele necessitam (em beneficiaram 191 alunos do 2.º Ciclo e 343 do 3.º Ciclo) Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 74

76 Os alunos do 1.º Ciclo têm apoios ao nível das seguintes medidas: - Transporte Escolar gratuito, através de circuitos especiais (88 alunos beneficiados em ) e viaturas Municipais (26 alunos beneficiados em ) criados para alunos oriundos da área geográfica de influência das escolas extintas, para as escolas de acolhimento; - Livros Escolares e Almoço nos refeitório escolares, cujo apoio é concedido aos alunos que se candidatam e cujo resultado do cálculo da capitação mensal se enquadra num dos dois escalões de capitação mensal definidos NORMAS INTERNAS DE APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DE ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR DO MUNICIPIO DO PESO DA RÉGUA -1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO actualizáveis anualmente, tendo sido atribuídos no ano lectivo os seguintes apoios: Alunos que frequentam o 1 º ciclo Total de alunos Escalão A 27 Escalão B 28 1º ano º ano º ano º ano Total Figura 47 Apoios facultados pela Autarquia aos alunos do 1º ciclo 29 por ano e escalão, no ano lectivo Os alunos beneficiados com o Escalão A (45,7% do total dos alunos) recebem gratuitamente da Câmara Municipal, os livros adoptados pelo Agrupamento de escolas para as disciplinas curriculares e almoçam gratuita e diariamente nos refeitórios escolares. Os alunos beneficiados com o Escalão B (4,65% do total dos alunos), recebem gratuitamente da Câmara Municipal, os livros de português e matemática adoptados pelo Agrupamento de escolas para essas disciplinas curriculares e pagam apenas 50% do custo do almoço nos refeitórios escolares. A Câmara Municipal no ano lectivo , aderiu e empenhou-se na implementação do programa da escola a tempo inteiro proporcionando também gratuitamente aos alunos, de cada ano escolar, três actividades de enriquecimento Escalão A: 100% do custo dos livros adoptados e alimentação em refeitórios escolares Escalão B: 50% do custo dos livros adoptados alimentação em refeitórios escolares 29 (Língua Portuguesa e Matemática) e Fonte: Divisão de Acção Social e Cultural da Câmara Municipal de Peso da Régua, 2008 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 75

77 curricular (Ensino do Inglês, Ensino da Música e Actividade Física e Desportiva), ministradas por 9 licenciados em cada área/ com mérito reconhecido na respectiva área. A adesão dos alunos à participação nas actividades é em elevada percentagem. Com o objectivo de proporcionar a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico do concelho, a Câmara apostou no apetrechamento informático. Assim, cada sala de cada escola do 1º ciclo do ensino básico está dotada de computador com acesso à internet e impressoras, dispondo ainda de variados conteúdos multimédia educativos adequadas à idade das crianças. Destaca-se ainda como o equipamento de interesse para apoio das escolas mais afastadas da sede do Concelho a biblioteca itinerante. Relativamente ao ensino Pré-escolar a Câmara Municipal assegura gratuitamente às crianças que desejem recorrer a esses apoios, os serviços da componente de apoio à família que se baseiam no fornecimento do almoço no respectivo refeitório escolar e actividades lúdico-didáticas no período de prolongamento de horário que vai do final das actividades educativas até às 19H00, sendo que do total das 170 crianças que frequentam o pré-escolar no Concelho 88,82% recorreram a esse apoio. 5.2 A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens A Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei 147/99, de 1 de Setembro) regula a criação, competência e funcionamento das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) em todos os concelhos do país, valendo como lei geral da república. A CPCJ de Peso da Régua foi constituída ao abrigo da Portaria de instalação nº 50 de 22 de Janeiro de A CPCJ de Peso da Régua exerce a sua competência na área do Município de Peso da Régua e tem a sua sede e local de funcionamento no Bairro das Alagoas Bloco 5 R/C Esquerdo, Godim. As CPCJ s enquanto entidades não judiciárias com marcada expressão territorial, são um exemplo ao nível da participação e mobilização da comunidade, uma vez que são constituídas por elementos representantes de serviços e entidades do concelho. A saber: Câmara Municipal, Assembleia Municipal, Instituto de Solidariedade e Segurança Social, Centro de Saúde, Guarda Nacional Republicana, Representante da Associação dos pais, Instituto Português da Juventude, Instituições de Solidariedade Social de relevância, entre outros. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 76

78 A Comissão é constituída por parceiros, técnicos de outras instituições que são destacados pelos seus serviços, por um determinado número de horas semanais. A CPCJ é dividida em duas, uma parte denominada Comissão Alargada tem função de implementar programas de prevenção primária, a outra, conhecida como Comissão Restrita, é composta por alguns técnicos que intervêm directamente nas situações de perigo sinalizadas. Volume Processual de 2007 Nº Processos Transitados 88 Nº Processos Reabertos 5 Nº Processos Instaurados 40 Em 2007, o volume processual global da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Peso da Régua (CPCJPR) ascendia aos 133 processos. Destes 88 transitaram de anos anteriores, 5 foram reabertos e 40 foram instaurados. Destacando-se que 7 foram arquivados liminarmente. O público-alvo das CPCJ s é crianças e jovens dos 0 aos 18 anos que sejam sinalizadas por instituições ou pessoas singulares, por se encontrarem em situação de perigo. As crianças são sinalizadas por vários motivos, tais como: abandono; abuso sexual; abandono escolar; maus-tratos; exposição a comportamentos desviantes; negligência; pornografia infantil. De uma forma genérica, pode considerar-se criança em risco/ perigo, aquela que pelas suas características biológicas e/ou pelas características do seu contexto familiar e social, está sujeita a elevadas probabilidades de vir a sofrer omissões e privações que comprometam a satisfação das suas necessidades básicas, de natureza material ou afectiva (Canha, 2003). A figura seguinte apresenta a distribuição dos processos por faixa etária e género. Da análise do gráfico verifica-se que existe uma maior sinalização das situações na faixa etária dos 6-10 anos, talvez por coincidir com a entrada para a escola primária. Distribuição dos processos por idade e género Faixa Etária Masculino Feminino Figura 48 Distribuição dos processos por idade e género Fonte: CPCJ de Peso da Régua, 2007 Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 77

79 Existe ainda um elevado número de sinalizações no género masculino coincidente com a faixa etária dos anos, possivelmente associado às situações de absentismo/ abandono escolar. A Negligência é o principal motivo de sinalização da CPCJ. Ocupa 53,3% das MOTIVOS DE INTERVENÇÃO EM 2007 sinalizações que ocorrem na CPCJ 32. Trata-se de pais e famílias que acumulam comportamentos negligentes quanto à saúde, higiene, alimentação, com comportamentos de desresponsabilização educativa, ausência de regras e desinvestimento afectivo. Não raramente, encontram-se nestes agregados familiares distorções ao nível conjugal e parental sendo que, quer a função vinculativa, quer a função socializadora dos pais estão perturbadas. Com efeito, o cuidado emocional é substituído pela utilização instrumental das crianças, os membros deste tipo de família revelam dificuldades na capacidade de escuta e compreensão e, em gerir os seus sentimentos e dos outros (Strecht, 2001). Na maioria das situações, as famílias das CPCJ s apresentam um défice de competências parentais e sociais, que deveriam ser trabalhadas de modo a que estas famílias adquirissem competências. Associado ao défice de competências das famílias, acresce ainda problemas de alcoolismo, falta de recursos económicos, desemprego e, algumas vezes, trafico e consumo de drogas. De facto, as questões relacionadas com a falta de competências parentais, negligência e ausência de estruturas de acolhimento surgem no actual diagnóstico como problemas de prioridade de intervenção. Negligência 71 Maus-tratos 12 Violência Doméstica 4 Abandono Escolar 14 Absentismo Escolar 20 Tentativa de Suicídio 1 Exposição comportamento desviante 3 Prática de facto qualificado como crime 1 Em alguns casos, apesar das crianças viverem com os seus pais, elas são emocionalmente órfãs e necessitam de um ambiente que lhes possibilite experiências estimulantes e securizantes, capazes de conter e reparar as experiências relacionais primárias pouco gratificantes e distorcidas desde idades muito precoces. A seguir à problemática da negligência, absentismo/ abandono escolar apresenta uma taxa de 26% das sinalizações. Trata-se de um problema grave visto que, compromete o futuro destes jovens, que sem habilitações literárias, têm dificuldade em entrar no mercado de trabalho e acabam por reproduzir o ciclo de pobreza dos pais. Esta 32 Fonte: CPCJ de Peso da Régua Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 78

80 problemática é muitas vezes percebida pelos pais como pouco relevante, talvez porque os mesmos apresentam uma taxa de alfabetização baixa e não valorizem o papel da escola no processo de socialização dos filhos. Para melhorar a intervenção junto deste publico alvo, é importante a criação de um serviço multidisciplinar de apoio parental e familiar, de modo a possibilitar o atendimento e acompanhamento ajustado ao indivíduo e sua família, através da melhoria das suas competências parentais e responsabilização progressiva pela educação, socialização e desenvolvimentos dos seus filhos, como um por exemplo, um projecto de intervenção precoce (PIP) e um centro de aconselhamento familiar e apoio parental (CAFAP). É também fundamental que existam respostas para as situações em que se verifica a impossibilidade da continuidade da criança/jovem no seu seio familiar. No concelho existe resposta de acolhimento de crianças de género feminino e inexistência deste tipo de resposta de acolhimento de curta ou longa duração para crianças de sexo masculino. Esta situação provoca muitas vezes a separação de irmãos, originando perdas sucessivas e agravando os sentimentos de desamparo e desesperança na criança/ jovem, com repercussões incalculáveis no seu desenvolvimento pessoal e social. Seria igualmente pertinente, treinar famílias de acolhimento para receberem crianças com problemas de comportamentos mais desajustados e com origens familiares mais traumatizantes, uma vez que estas crianças/ jovens são muitas vezes desgastantes emocionalmente, o que leva a que as famílias que as acolheram, as rejeitem. 5.3 Rendimento Social de Inserção Em termos legislativos importa começar por se referir que a Lei nº 13/2003, de 21 de Maio veio revogar o Rendimento Mínimo Garantido, previsto na Lei nº 19-A/96, de 29 de Junho substituindo-o pelo Rendimento Social de Inserção (RSI). As competências e linhas orientadoras de funcionamento dos Núcleos Locais de Inserção (NLI), encontram-se definidas na Lei nº 13/2003, de 21 de Maio que revogou o RMG e criou o RSI, no diploma que os regulamenta (Decreto Lei nº 283/2003, de 8 de Novembro), no Despacho nº 1810/2004, de 27 de Janeiro, assim como na Lei nº 45/2005, de 25 de Agosto que introduziu algumas alterações à Lei nº 13/2003. Por conseguinte, os Núcleos Locais de Inserção, são estruturas operativas do RSI, aos quais compete a aprovação dos programas de inserção e a organização dos Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 79

81 meios inerentes à sua prossecução das suas atribuições, procedendo ao acompanhamento e avaliação da respectiva execução. Assumem também um papel relevante na dinamização e sensibilização das comunidades locais e dos agentes sociais para a partilha das responsabilidades de inserção social e económica. Os NLI s integram os representantes dos organismos públicos, responsáveis na respectiva área de actuação, pelos sectores da segurança social (que acumula a coordenação desta estrutura, de acordo com nº 2 do art.º 33º da Lei nº 13/2003 de 21 de Maio), do emprego e formação profissional, da educação, da saúde e das autarquias locais. Não obstante, podem ainda fazer parte do NLI, representantes de outros organismos, públicos ou não, sem fins lucrativos, que desenvolvam actividades na respectiva área geográfica. Para o efeito, é necessário que as instituições interessadas ( ) se disponibilizem, contratualizando com o núcleo competente a respectiva parceria e comprometendo-se a criar oportunidades efectivas de inserção (nº 4 do artº. 33º da mesma lei). Quanto às competências atribuídas aos NLI, cabe-lhes: - No domínio da atribuição e pagamento da prestação de RSI, a responsabilidade de elaborar o relatório social e a informação social que servem de suporte à decisão de concessão da prestação pecuniária; - No domínio da inserção, elaborar, aprovar e acompanhar o cumprimento do programa de inserção, procedendo à sua avaliação quanto à sua adequação e eficácia. - Cabe-lhes ainda, de acordo com a Lei nº 45/2005, de 29 de Agosto, que vem introduzir alterações à Lei nº 13/2003, de 21 de Maio (n.2 do art.17.º), o envio dos documentos necessários à entidades distrital de segurança social da área de residência dos interessados, para desencadeamento e instrução da prestação e programa de inserção, assim como (segundo o nº 4 do art.18. da mesma Lei) a elaboração do relatório social relativos ao programa de inserção com todos os apoios a conceder e as obrigações assumidas pelo titular do direito ao RSI assegurando o cumprimento do programa de inserção. Os NLI funcionam em permanência para assegurar o desenvolvimento do RSI na respectiva área de intervenção e os Centros Distritais devem prestar o apoio necessários aos NLI, designadamente, financeiro, administrativos e mesmo em termos de afectação de recursos humanos. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 80

82 Cabe também aos NLI acompanhar e avaliar a execução de protocolos e ainda neste domínio a lei refere que devem avaliar, em articulação com os Conselhos Locais de Acção Social do programa da Rede Social, os recursos e meios existentes na comunidade para a inserção dos beneficiários no mercado de trabalho e da comunidade. No âmbito da articulação e colaboração com outras entidades, os NLI podem propor aos Centros Distritais a celebração de protocolos com IPSS ou outras entidades com os mesmos fins, protocolos estes que visam o desenvolvimento de acções de acompanhamento dos beneficiários do RSI. O Despacho nº 451/2007, de 10 de Janeiro, vem justamente regulamentar e propor um modelo de protocolo a estabelecer entre as referidas entidades Constituição O NLI do Peso da Régua é composto pelas seguintes entidades obrigatórias: Agrupamento Vertical de Escolas do Peso da Régua, Centro de Emprego de Vila Real, Centro de Saúde do Peso da Régua, Centro Distrital de Segurança Social de Vila Real e Município do Peso da Régua. Posteriormente aderiram ao núcleo 4 entidades não obrigatórias: Santa Casa da Misericórdia PRG, ARDAD, CPCJ e ADR. O NLI tem sede na sala de reuniões do Município do Peso da Régua. Sempre que for decidido pelos parceiros, o NLI pode funcionar noutro local a designar. Compete ao coordenador do NLI convocar e dirigir as reuniões de trabalho. O NLI reúne obrigatoriamente com periodicidade mensal, tendo em atenção a eficácia de funcionamento e exercício das acções a desenvolver e o número de beneficiários a acompanhar. Os representantes das entidades que compõem o NLI podem fazer-se representar nas reuniões por outro elemento credenciado, em situações de impedimento do representante formal, devidamente justificado. De cada reunião deverá ser lavrada uma acta a remeter a cada entidade representada no NLI, devendo a mesma ser apreciada e aprovada na reunião seguinte. Da mesma deverá constar a data, hora e o local da reunião seguinte. O NLI deverá elaborar o plano de acção anual e o relatório das actividades desenvolvidas anualmente. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 81

83 Deverá o NLI articular com o Concelho Local de Acção Social do programa da Rede Social, com vista ao desenvolvimento de respostas territorializadas de prevenção e minimização de problemas sociais, no âmbito da sua intervenção social. As decisões são tomadas por maioria absoluta dos presentes e, em caso de empate, o coordenador tem voto de qualidade. O regulamento Interno do NLI do Peso da Régua foi aprovado por unanimidade no dia 14/09/ Eixos de actuação do NLI 1 Reunir mensalmente com a equipa do protocolo, com o objectivo de aprovar os programas de inserção, organizar os meios para a sua prossecução e acompanhar e avaliar a respectiva execução; 2 Articular com o Programa da Rede Social, no sentido de informar a evolução da medida RSI no concelho e encontrar respostas e recursos na comunidade para a prossecução dos objectivos a alcançar junto dos beneficiários da medida (Desenvolvimento pessoal e desenvolvimento local); 3 Identificar outros recursos locais que promovam a autonomização das famílias e indivíduos; 4 Promover o cumprimento da inserção dos beneficiários de RSI em 90% até final de 2008; 5 Divulgação/promoção de boas práticas Constituição e objectivos da Equipa do RSI A equipa foi constituída a 2 de Junho de 2007 através do protocolo assinado entre o ISS, IP e a Sta. Casa da Misericórdia Peso da Régua, e iniciou funções a 11 de Junho de A equipa de RSI é constituída por 12 elementos, 5 Técnicos Superiores e 7 Ajudantes de Acção Directa. Técnica Gestora do Processo Gestão dos processos de cada Agregado Familiar (AF), enquanto mediadora da intervenção em articulação com os diferentes intervenientes e entidades envolvidas no desenvolvimento do Programa Inserção. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 82

84 Ajudante de Acção Directa Estimular e desenvolver com a família conhecimentos sobre as diversas áreas das competências familiares, bem como as suas competências sociais básicas, potenciando os recursos e saberes existentes (educação parental; relações interfamiliares; relações de vizinhança e de proximidade; relações institucionais). (In, Manual de Protocolos RSI, ISS, IP 2007) Objectivos estratégicos da equipa RSI 1 Actualização/caracterização diagnóstica de todas as famílias e indivíduos beneficiários da prestação RSI; 2 Reunir periodicamente com a Coordenadora de NLI, com o objectivo de obter: orientações técnicas, supervisão de casos e avaliação da intervenção; ao nível da gestão da equipa, promover relações interpessoais funcionais; 3 Diagnosticar, definir e negociar programas de inserção com as famílias beneficiárias de RSI tendo em conta as suas necessidades, potencialidades e recursos disponíveis da comunidade; Desde Junho de 2007 até 31 de Agosto de 2008, foram realizados 1256 atendimentos e 672 visitas domiciliárias Caracterização geral da medida RSI no Concelho Numa análise comparativa com a população residente, habitantes (a data do recenseamento geral da população, censos 2001) observou-se que o nº de beneficiários de RSI em Agosto de 2008 representava 6,8% da população. Em termos, de distribuição por sexo observou-se a mesma tendência desde o inicio da prestação, ou seja há um predomínio das mulheres, pois são as que mais se mobilizam para requerer o RSI: 53% face a 47% do sexo masculino. Nº BENEFICIARIOS M F Titulares. M F Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 83

85 Figura 49- Nº de agregados e de beneficiários RSI segundo o género no Concelho do PRG 33 Em Agosto de 2007 o número de beneficiários activos do RSI perfaziam um total 1145, destaca-se as freguesias de PRG e Godim com o maior nº de AFs. Em análise do quadro podemos concluir que as freguesias com maior densidade populacional, correspondem ao maior nº de AFs beneficiários de RSI, assim como as de menor densidade populacional correspondem ao menor número de AFs beneficiários da medida (Vinhós, Galafura e Moura Morta). Nº FREGUESIA Nº agregados RSI Nº Beneficiários 1 Canelas Covelinhas Fontelas Galafura Godim Loureiro Moura Morta Peso da Régua Poiares Sedielos Vilarinho dos Freires Vinhós TOTAL Figura 50 Nº Agregados e Beneficiários RSI segundo as freguesias de PRG 34 Em termos etários, a população beneficiária RSI caracterizou-se por ser predominante uma população jovem, onde 38% tem idades inferior a 18 anos, In: Listagem mensal de processamentos RSI 18 de Agosto de 2008 CDSS Vila Real Idem Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 84

86 o que evidencia o peso das crianças e jovens dos agregados familiares que beneficiam desta prestação. Relativamente ao restastes escalões etários verifica-se que 20 % se situam nos escalões entre os 19 e o 34 (jovens adultos) e 29% da população entre os 35 e os 64, sendo menos relevantes os restantes escalões etários, registando-se nomeadamente a baixa expressividade da população mais velha, com 3%. Figura 51- Caracterização etária segundo o género da população RSI total 35 A tipologia dominante dos AF s beneficiários de RSI corresponde em Agosto de 2008 as famílias Nucleares com filhos, perfazendo um total 42,7% do total dos AFs considerados. Seguem-se os AF s Isolados com 22%, Monoparentais com 15%, Nuclear sem filho 14,5%. As restantes tipologias (alargada e composta) assumem valores residuais. 35 Idem Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 85

87 Figura 52- Tipologia familiar segundo a titularidade RSI 36 O valor médio da prestação de RSI paga por agregado, em Agosto de 2008, situa-se entre os 100 e os 200 mensais (40%) < < < < < <600 > Figura 53 - Distribuição dos agregados RSI segundo os valores da prestação RSI Inserção RSI De acordo com a competência atribuída ao NLI, cabe-lhe elaborar, aprovar e acompanhar o cumprimento o PI, procedendo a sua avaliação quanto, a sua adequação e eficácia. Face ao exposto apresentamos de seguida o nº total de acordos assinados até Agosto de 2008 e respectivas áreas de inserção. O programa de inserção é um conjunto de acções estabelecido por acordo entre os núcleos executivos dos NLI e os titulares do direito à prestação de RSI e membros dos respectivos AF s, no sentido, de criar, de acordo com as respectivas situações, facilitadoras do acesso à sua autonomia social e económica. Com a definição de Programa de Inserção pretende-se a inserção dos beneficiários por áreas adequadas às suas especificidades: emprego, formação profissional, educação, saúde, e habitação, correspondendo a cada uma destas áreas acções específicas ao nível da inserção O acordo de inserção passa pela formalização do PI, através da subscrição pela coordenadora do NLI, pelos representantes das entidades parceiras responsáveis 36 Idem Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 86

88 pelas acções de inserção previstas, pelo titular da prestação ESO e pelos indivíduos maiores de 16 anos que integrem o respectivo AFs e sejam beneficiários daquelas acções. O seu inicio deverá ter lugar no prazo máximo de três meses a contar da data em que tiver inicio da concessão da prestação. Figura 54 Nº de AF s com e sem acordos de inserção do período de Outubro de 2007 a Agosto de Numa análise do concelho verifica-se que no período compreendido entre Junho de 2007 (inicio do trabalho da equipa RSI) a Agosto de 2008 de um total de 306 acordos de inserção assinados. O que perfaz um total de 74% de AFs com acordos de inserção. Figura 55- Distribuição de beneficiários por acções de inserção In: Relatório de execução mensal do NLI PRG de 31 de Agosto de 2008 Idem Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 87

89 Do total das 1325 acções de inserção definidas, em termos de temáticas destacaramse as áreas de acção social com 997 acções (75%), de saúde com 79 acções (6%), de Educação 58 acções (4%). As que registaram pesos menores foram as de Emprego as áreas de Habitação com 52 acções (4%), formação profissional com 46 acções (3,5%) e Emprego com 23 acções (1,7%). Figura 56 - Distribuição das acções de inserção do concelho 39 Com a apresentação deste quadro pretendemos especificar as áreas de inserção no concelho. Do total das 1255 acções de inserção frequentadas, em termos de temáticas destacam-se as áreas de acção social com 987 acções (79%), de saúde com 79 (6.2%), de Educação com 58 (5%) e habitação com 52 (4%). As que registaram pesos menores foram as de Formação Profissional com 46 acções (4%) e Emprego com 23 (2%).. Figura 57 - Motivos da cessação dos Programas Inserção Idem Idem Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 88

90 A alteração de rendimentos constitui-se como o principal motivo que conduziu à cessação da prestação de RSI (53%), embora com pesos menos relevantes são ainda de salientar o incumprimento do Programa de Inserção (PI) com 18% e encaminhamento para CSI com 14%. 5.4 Equipamentos Sociais Em relação às valências/respostas sociais existentes no concelho apresenta-se uma breve caracterização das áreas mais comuns desenvolvidas por estas entidades: Creche Resposta social a funcionar em estabelecimento da instituição. Destina-se a Crianças a partir dos quatro meses até aos 3 anos de idade; Jardim-de-infância Resposta social a funcionar em estabelecimento institucional. Destina-se a crianças a partir dos 3 anos de idade até aos 6 anos de idade. Actividade de Tempos Livres (ATL) Modalidade de apoio, a funcionar em estabelecimento da instituição. Destina-se a crianças entre os 6 e 12 anos de idade. Apoio Domiciliário Resposta social que assegura a prestação de cuidados individualizados e personalizados na residência dos indivíduos e famílias, quando estes por motivos de doença, deficiência ou incapacidade não possam assegurar, temporária ou permanente, a satisfação das suas necessidades básicas. Centro de Convívio Proporciona serviços de apoio e desenvolvimento de actividades sócio recreativas, culturais e de lazer organizadas e dinamizadas pelas instituições e seus utilizadores; Centro de Dia Assegura um conjunto de serviços tais como refeições, convívio/ocupação, cuidados de higiene, tratamento de roupas, férias organizadas e outros que contribuem para a manutenção dos Idosos no seu meio sócio familiar; Atendimento/Acompanhamento Social Consiste no encaminhamento informação e apoio a indivíduos e famílias, prestado por técnicos habilitados, com a observação e garantia do sigilo profissional. No Concelho, as Instituições Particulares de Solidariedade Social constituem um importante recurso social e local para a promoção da igualdade de oportunidades e cidadania. Com efeito, são estas entidades que intervêm directamente com as populações que se encontram numa situação de maior vulnerabilidade económica e social, proporcionando-lhes, desta forma, a prestação de serviços de apoio. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 89

91 Em jeito de síntese, pode-se considerar que no concelho do Peso da Régua, existem três tipos de entidades vocacionadas para a intervenção: Instituições de apoio à Infância - entidades vocacionadas para o apoio específico, através da prestação de serviços a este grupo etário; Instituições de apoio população Idosa - entidades vocacionadas para o apoio específico através da prestação serviços de diversa ordem a este grupo específico; Centros Comunitários - entidades polivalentes e flexíveis, vocacionadas para apoio à comunidade e família, incluindo a prestação de serviços tanto na área da infância como na área dos idosos Caracterização dos Equipamentos Sociais Existem no Concelho do Peso da Régua, 11 Instituições que prosseguem objectivos de âmbito de Acção Social e que, segundo a sua natureza jurídica, se caracterizam como Entidades sem Fins Lucrativos. Estas Entidades sem Fins Lucrativos, também conhecidas/classificadas como IPSS ou Instituições de Utilidade Pública asseguram, neste concelho, a maior parte dos equipamentos sociais existentes. Quanto à tipologia jurídica dos equipamentos vigentes, estes subdividem-se em: - 5 Associações de Solidariedade Social: Associação Cultural e Beneficente de Santa Maria de Sedielos; Associação de Assistência Nossa Senhora das Candeias; Associação O Baguinho; Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes e o Patronato Padre Alberto Teixeira de Carvalho; - 2 Centros Sociais e Paroquiais: Centro Social e Paroquial São Pedro de Loureiro e Centro Social e Paroquial D. Manuel Vieira Matos. - 3 Casas do Povo: Centro Comunitário da Casa de Povo de Fontelas; Casa de Povo de Godim e Casa do Povo de Vilarinho dos Freires. - 1 Irmandade da Misericórdia: Santa Casa da Misericórdia do Peso da Régua. Para a execução das suas actividades de apoio às populações, estas Instituições celebram, na sua maioria, Acordos de Cooperação com o Instituto de Segurança Social (no caso da Associação O Baguinho os Acordos realizados são com o Ministério da Educação e, no caso da A.R.D.A.D, celebram-se protocolos com o Instituto de Emprego e Formação Profissional), que lhes permite assegurar uma parte Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 90

92 importante dos seus financiamentos. Importa referir que, em obediência aos princípios e fins que prosseguem, as mensalidades /pagamentos decorrentes do benefício, usufruto dos serviços e apoios prestados aos beneficiários não é uniforme, ou seja, tem por base os rendimentos e/ou a sua inserção social, havendo, por isso, situações isentas de pagamento. Apresenta-se, de seguida, a figura 58 onde é possível obter-se uma análise por freguesia da rede de respostas sociais existentes por áreas de intervenção; o número de valências; a capacidade/lotação das respostas e o número de utentes abrangidos. O mesmo permite, ainda, auferir informação relativa quanto ao número de pessoas em lista de espera para as diversas valências. FREGUESIA DESIGNAÇÃO ÁREA INTERVENÇÃO VALÊNCIAS CAPACIDADE ACORDO FRE QUÊ NCIA LISTA ESPER A Poiares Centro Social e Paroquial Manuel Vieira de Matos Terceira Idade S.A.D Infância Creche Pré-Escolar Canelas Associação Assistência Nª Srª Candeias Terceira Idade Centro Conv. S.A.D Infância Creche Pré-Escolar Vilarinho Freires Casa Povo Vilarinho Freires Terceira Idade Centro Dia S.A.D Peso da Régua Sta Casa Misericórdia Peso Régua Terceira Idade Lar Idosos Infância/ A.T.L Juventude Creche Pré-Escolar Lar Jovens O Baguinho Infância/ A.T.L. 40 (ver) Juventude Creche Pré-Escolar Godim Patronato P.Alberto Teixeira Infância/ Juventude A.T.L. Creche Pré-Escolar Refira-se que esta Instituição não tem firmado qualquer acordo de cooperação com o Instituto de Segurança Social. O financiamento é-lhes atribuído segundo o espaço e o pessoal docente a recrutar. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 91

93 Fontelas Casa Povo Godim Centro Comunitário da Casa Povo Fontelas Loureiro Centro Social Paroquial S. Pedro de Loureiro Sedielos Associação Cultural Beneficente Stª Maria Terceira Idade Terceira Idade Centro Dia Centro Conv. S.A.D. Centro Dia S.A.D. Juventude A.T.L Família Atend. Integ. ACORDO ATIPICO Terceira Idade S.A.D Terceira Idade Infância/ Juventude Centro Dia S.A.D. A.T.L. Pré-Escolar Figura 58 Caracterização dos equipamentos sociais por freguesias Cobertura das valências da área social Da análise da figura supra, verifica-se que o concelho é servido por um leque de valências de apoio social que prestam serviços, cada vez mais diversificados e abrangentes, em áreas como a Infância e Juventude, a Terceira Idade e a Família. Quanto às áreas de intervenção verifica-se que das 32 valências em funcionamento, 17 se destinam a crianças/jovens, 14 a idosos e apenas 1 à Família. Note-se que o concelho se encontra totalmente desprovido de equipamentos que prestem apoio social ao portador de deficiência. Relativamente à cobertura das áreas do concelho verifica-se que, de um modo geral, todas as instituições possuem listas de espera em quase todas as respostas sociais. Esta premissa pressupõe que o número de utentes que recorrem a estes serviços é superior à oferta designada nos Acordos de cada valência dos equipamentos sociais em análise. Concorda-se, portanto, que a oferta de respostas é inferior à procura. Na área da Infância e Juventude é de se realçar a capacidade que os equipamentos que desenvolvem a resposta de A.T.L. mostraram ao se adaptarem activamente às novas exigências decretadas para o seu funcionamento. O quadro acima exposto referencia a necessidade de se proceder ao alargamento da oferta nas freguesias rurais de Poiares e Canelas bem como na freguesia urbana do Peso da Régua. Saliente-se ainda que a Associação O Baguinho apoia, na sua totalidade, 156 crianças dos 3 meses aos 12 anos de idade. Contudo, as suas infra-estruturas apresentam-se bastante deterioradas pondo em risco o nível de qualidade e bem-estar a que as Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 92

94 nossas crianças têm direito. Urge a necessidade de candidaturas a apoios estatais, de forma a garantir o financiamento necessário para o melhoramento das condições físicas existentes, de acordo com as normativas do Instituto de Segurança Social. As Valências de Apoio à Deficiência são, como se pode verificar, inexistentes. Existe, em todo o concelho, apenas uma instituição, a Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes, que opera a nível do emprego e formação profissional e tem como objectivo desenvolver e potenciar competências nos indivíduos com deficiência física e mental, de forma a promover a integração destes indivíduos no mercado de trabalho. Saliente-se que a mesma está a perspectivar a implementação de duas respostas de apoio social para o concelho, nomeadamente um C.A.O. e um Lar Residencial. As IPSS do concelho tentam minimizar as consequências desta falta de infraestruturas, apoiando-os, pontualmente, nas suas respostas sociais. Considera-se urgente a emergência de respostas direccionadas para o portador de deficiência, quer para o próprio concelho quer para os concelhos limítrofes (Lamego; Mesão Frio; Santa Marta de Penaguião) devido à sua localização privilegiada. No que diz respeito às valências de apoio à Terceira Idade, um dado importante é o facto destas Instituições terem, na sua totalidade, uma listagem de frequência até ao limite permitido bem como uma lista de espera significativa. Conclui-se, portanto, que estes equipamentos estão a trabalhar no limite das suas capacidades o que as impede de aceitar novos utentes. É nesta área de intervenção que a sobrelotação dos equipamentos se revela mais preocupante. No nosso concelho a oferta destas respostas apresenta-se muito inferior à procura, nomeadamente, na valência de Lar para Idosos onde a lista de espera ronda as 200 pessoas ultrapassando o número de utentes que estão, efectivamente, a ser apoiados - 58 utentes. Saliente-se que este equipamento, pertença da Santa Casa da Misericórdia, é único em todo o concelho. Neste contexto, merece referência a Associação Cultural e Beneficente de Santa Maria de Sedielos que, no âmbito do programa PARES, teve a sua candidatura aprovada para a construção de um Lar de Idosos com capacidade para 25 utentes. Este equipamento irá atenuar as necessidades sentidas de uma população, que se apresenta, na sua maioria, envelhecida. Torna-se crucial para os equipamentos que desenvolvem respostas sociais direccionadas ao idoso Reguense, apostar em candidaturas a projectos sociais, por exemplo, o PARES, bem como sensibilizar o Centro Distrital de Segurança Social para o alargamento dos acordos com as Instituições que tenham capacidade e condições de resposta. Por fim, é de se realçar a necessidade evidente da resposta de Serviço Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 93

95 de Apoio Domiciliário Integrado, justificado pelo elevado Índice de Dependência vivido no concelho (24,2%). Relativamente ao Apoio à Família, existe para todo o concelho, um único Acordo de Cooperação celebrado entre o Instituto de Segurança Social e o Centro Comunitário da Casa de Povo de Fontelas, que promulga uma prestação de serviços, por parte da Técnica da Instituição, três vezes por semana, no Centro Local de Segurança Social do Peso da Régua. Sugere-se, contudo, a celebração destes protocolos de forma a que os mesmos se possam desenvolver nas freguesias rurais. Esta medida iria atenuar um dos maiores problemas destes serviços: a afluência em massa ao Serviço Local. Das efectivas parcerias que se realizam com as demais entidades (Juntas de Freguesia; dirigentes de IPSS; representantes da Educação e Saúde, entre outras) é referido, por unanimidade, a falta de equipamentos que ofereçam as respostas sociais de Lar de Idosos; CAO; Gabinetes de Atendimento; Serviço de Apoio Domiciliário Integrado e Creches em todo o concelho. Esta insuficiência é sentida não só a nível de freguesias mas sim em todo o município Repartição das respostas sociais pelas freguesias Pelo exposto conclui-se que as IPSS se encontram sedeadas, em maior número e maior variedade, nas freguesias urbanas do concelho. Verifica-se, ainda, que as freguesias de Covelinhas, Moura-Morta e Galafura estão completamente a descoberto. Ainda que as IPSS existentes façam um esforço no sentido de colmatar esta situação e tentem alargar o seu apoio para além das suas zonas de implementação, refira-se que as necessidades sentidas estão muito além da oferta disponível. Apresenta-se, de seguida, o gráfico da figura 48, onde se pode analisar a taxa de frequência destes equipamentos por respostas sociais no nosso concelho. 98,80% % ,00% 98,60% 63,30% Centro di S.A.D Lar Idoso Centro de Convvio A.T.L. Creche Pré Escolar Respostas Sociais Lar Criança e Figura 59 Taxa de frequência das respostas sociais existentes no Concelho de Peso da Régua Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 94

96 A figura 59 vem reforçar, uma vez mais a ideia que as Instituições actuam de forma exaustiva no terreno, de forma a fazer face às necessidades emergentes. A realidade acima esboçada apela ao carácter urgente das entidades competentes tomarem noção do panorama social vigente, uma vez que a rede de equipamentos sociais que o concelho dispõe está-se a revelar insuficiente para dar resposta às necessidades em geral, e de forma mais particular às necessidades sentidas pela população mais velha do concelho. Esta situação justifica-se, essencialmente, com o progressivo envelhecimento da população, associado ao fenómeno de isolamento dos idosos, bem como à dificuldade crescente das famílias em conciliarem a vida profissional com os cuidados à terceira idade. De forma a dar a conhecer estas Instituições, esboçou-se um modelo de caracterização individual para cada equipamento que se encontra em anexo. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 95

97 6 - ASSOCIATIVISMO O homem é, por natureza, um animal social, nisso, afinal, residem as raízes do associativismo. Anónimo A vida associativa só tem sentido quando vivida com intencionalidade ética, como caminho para agir, intervir e viver de forma plena a cidadania, para que juntos caminhemos num só rumo, de forma a alcançar o bem-estar social. Para tal as Associações 42 têm uma dupla função no seu papel na sociedade, um papel de carácter social fazendo intervenção directa com todos os grupos etários, com as suas expectativas, gostos e interesses e também um carácter associativo de divulgação de uma determinada cultura, forma de vida e forma de pensar. As Associações são focos de intervenção social, na medida em que são responsáveis pela ocupação cultural e social de uma parte da população que vive nas freguesias, às quais as Associações pertencem, não só de uma camada jovem, mas também de uma parte da população activa do Concelho. Com isto, pode dizer-se que quanto maior for o número de associações existentes num Concelho, maior o envolvimento da sua população e maior o dinamismo em diversos aspectos, contribuindo assim para uma sociedade activa e mais aberta aos impulsos exteriores que são agentes modificadores quer de comportamentos, quer de mentalidades. No Concelho de Peso da Régua o Associativismo, envolve todas as freguesias e todos os escalões etários. O papel desempenhado pelas diversas associações, permite que a Cultura duriense se vá divulgando por todo o país e até pelo mundo. O associativismo também está intrinsecamente ligado ao espírito do povo e da sua mentalidade. O povo duriense sempre foi muito acérrimo em juntar-se em grupo, defender os seus interesses e também aliar a isso a parte cultural e de divertimento de cada associação. Podem dividir-se em oito tipologias, as associações do Concelho do Peso da Régua: 42 Associação é uma organização resultante da reunião legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, para a realização de um objectivo comum. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 96

98 Tipologia Juvenil Desportivo Folclore Cantar Duriense Cultural e Recreativo 1- AEP 43 Grupo 21; 2- Agrupamento CNE 44 nº 638; 3- Agrupamento CNE nº 324; 4- Agrupamento CNE nº Agrupamento CNE Nº 840; 6- Agrupamento CNE nº 116; 7- AJIC Caminho Jovem Comercial 1- ACIR Amadores de Pesca da Régua; 2- Associação Desportiva de Godim; Associações 3- Clube de Pesca de Competição Reguense; 4- Grupo Desportivo e Recreativo da Ferraria; 5- União Recreativa Poiarense; 6- Sport Clube da Régua; 7- Sport Clube de Fontelas; 1- Rancho Folclórico de Loureiro; 2- Rancho Folclórico de Mouramorta; 3- Rancho Folclórico e Recreativo de Godim; 4- Rancho Folclórico e Teatral de S. José de Godim; 5- Rancho Folclórico da Casa do Povo de Godim; 6- Rancho Folclórico de Galafura; 1- Conjunto Regional Duriense; 2- Grupo Coral Nª Sª do Socorro; 3- Grupo Coral S. José de Godim; 4- Grupo de Cantares Os Rabelos do Douro 1- Associação Cultural do Alto Douro; 2- Associação Cultural e Recreativa de Vila Seca de Poiares; 3- Associação Cultural Social e Desportiva de Galafura; 4- Associação Desportiva e Cultural de Alvações do Tanha; 5- Grupo Cultural e Artístico Nª Sª das Neves; 6- Grupo Cultural e Recreativo de Vilarinho dos Freires; 7- Tertúlia Dr. João de Araújo Correia; 8- Associação Cultural da Casa do Povo de Fontelas. Religioso e Social 1-Conferência de S. Vicente de Paulo de Godim; 2- Conferência de S. Vicente de Paulo de Peso da Régua; 3- Cruz Vermelha; 4- Associação dos Amigos dos Animais Associação dos Escuteiros de Portugal. Corpo Nacional de Escutas. Associação Juvenil Associação de Comerciantes. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 97

99 Para além do trabalho social feito entre os vários constituintes das Associações, estas correspondem a uma forma de dinamizar o Concelho com festas, convívios, saraus e uma infinidade de situações que agitam a população com carácter cultural, social e até educacional e consequentemente corresponde a uma forma de Ocupação de Tempos Livres, e de intercâmbio Cultural e Pessoal. Das entrevistas semi-estruturas às Associações concelhias foi possível concluir que a maior parte não possui instalações, viaturas e outro tipo de material relacionado directamente com o seu carácter associativo; Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 98

100 PARTE 3 EIXOS DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 99

101 EIXO I - GRUPOS VULNERÁVEIS Os países somente chegarão mais perto das suas metas de paz e desenvolvimento se chegarem mais perto da realização dos direitos de todas as crianças Kofi A. Annan Na tabela seguinte apresentam-se esses mesmos problemas, já com a devida priorização. Identificação de Problemas 1 - Crianças e Jovens em Risco 2 - Famílias Carenciadas 3 - Isolamento da população idosa 4 - Comunidade Imigrante e minorias étnicas 1 - Crianças e Jovens em Risco A palavra família tem a sua origem etimológica no latim, do vocábulo famulus, que significa servidor, apenas no Séc XVII aparece com uma definição moderna mais próxima da dos nossos dias, dicionário de Academia, 1835 ( ) parentes que habitam em conjunto; e mais particularmente do pai, da mãe e dos filhos. Actualmente, a família tem entrado em profundas mutações, pelo que parece dissipar as certezas (Leandro, 2001). Desta maneira, a família tem-se tornado uma noção polissémica, em virtude da diversidade das suas estruturas, formas de organização e representações, que integra uma componente da estrutura da sociedade. Podemos entender a família como um grupo institucionalizado, relativamente estável, e que constitui uma importante base da vida social (Alarcão, 2000). Em algumas famílias verifica-se negligencia familiar que pode ser definida como a omissão dos pais ou familiares nos cuidados básicos (alimentação, higiene, educação, vestuário, entre outros) das crianças, com claros reflexos no seu desenvolvimento físico e psicológico, é uma problemática a ter em atenção no Concelho de Peso da Régua. É contudo necessário distinguir o não provimento das necessidades dos Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 100

102 cuidadores dos casos em que há dolo, ou seja, em que estes são bem cientes do que a criança/jovem precisa e não provimento a essas necessidades. Esta problemática assume uma transversalidade em relação a outros problemas relacionados com os comportamentos de risco. A negligência familiar surge recorrentemente associada ao consumo abusivo de substâncias aditivas, nomeadamente álcool e estupefacientes. Este consumo interfere mental e fisicamente com o indivíduo que a consome, uma vez que se vê incapaz de resolver os seus próprios problemas e de dar apoio à família. A principal problemática que motivou a intervenção da CPCJ de Peso da Régua foi precisamente a negligência familiar (71 processos), o absentismo/ abandono escolar (34 processos), maus-tratos (12 processos). Não se verificam no Concelho de Peso da Régua casos relacionados com a prostituição ou pornografia infantil, com a corrupção de crianças e jovens ou com a mendicidade Motivos de Intervenção Negligência 71 Maus-tratos 12 Violência Doméstica 4 Abandono Escolar 14 Absentismo Escolar 20 Tentativa de Suicídio 1 Exposição a modelos de 3 comportamento desviante Prática de facto qualificado 1 como crime Figura 60 Motivos de intervenção, CPCJ 2007 Relativamente ao tipo de família, 113 das crianças vivem com a família biológica. O principal rendimento destes agregados advém do trabalho, segue-se o Rendimento Social de Inserção (RSI) como meio de subsistência destas famílias. A maioria das medidas aplicadas é em meio natural de vida, tal como é definido na Lei de Protecção de crianças e jovens (Lei 147/99 de 1 de Setembro). Assim foram aplicadas em 113 das situações apoio junto dos pais, 12 apoio junto de outro familiar e 8 em acolhimento institucional. De referir que as medidas de colocação, tal como a medida de acolhimento institucional apenas devem ser usadas em último recurso, pois a Lei 147/99 defende que se deve sempre privilegiar a família em primeiro lugar. Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 101

103 Apesar de reconhecer que se verifica défice de competências parentais, o mesmo não implica que a criança/jovem esteja em perigo de vida e muitas vezes é possível trabalhar e desenvolver essas mesmas competências. Dos 133 processos activos, 73 apresentam elementos com algum problema de saúde. Destes 47%, manifestam problemas de alcoolismo, sendo este o principal problema de saúde a afectar estas famílias. Os consumos aditivos não se ficam pelo alcoolismo, já que o consumo de estupefacientes persiste em 14 agregados. Recursos Existentes no Concelho - Autarquia - Escolas; - IPSS s; - Centro de Saúde; - GNR; - Ministério Público - Serviço Local da Segurança Social - CPCJ - Escuteiros - Associações Juvenis; - Associações Desportivas - Paróquias - Bombeiros Voluntários Oportunidades que podem ajudar a resolver os problemas - Criação de um gabinete de atendimento a jovens e APAV; - Gabinete de Atendimento Integrado Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 102

104 - Criação de um Centro de Atendimento Temporário (CAT); - Criação de um Centro de Atendimento Familiar e Acompanhamento Parental - Formação dos técnicos e pessoal auxiliar das Escolas, IPSS s e CPCJ s na área das crianças e jovens em Perigo - Acção de sensibilização à comunidade. Factores que podem dificultar a solução dos problemas - Falta de articulação; - Falta de conhecimento da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo por parte das entidades com competência em matéria de infância e juventude de 1ª linha; - Falta de motivação das famílias - Inadequação das respostas existentes - Falta de recursos humanos e materiais 2 Famílias Carenciadas Enquanto medida de protecção social, o RSI pretende proporcionar aos indivíduos por eles abrangidos os apoios que possam contribuir para a satisfação das suas necessidades e a sua integração social. Existem no Concelho de Peso da Régua 412 agregados a beneficiar desta medida, dos quais 107 são do género masculino. Nº BENEFICIARIOS M F Titulares. M F Figura 61- Nº Agregados e Beneficiários RSI segundo Género concelho PRG Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 103

105 Figura 62 Caracterização etária segundo o género da população RSI total Recursos Existentes no Concelho - IPSS s do Concelho; - Autarquia (Acção Social / Habitação) - Serviço Local da Segurança Social - Escuteiros - Associações Juvenis; - Associações Desportivas - PCAAC- Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados - Instituto de emprego e formação profissional (IEFP) Oportunidades que podem ajudar a resolver os problemas - Criação de um gabinete de atendimento a jovens e APAV; - Gabinete de Atendimento Integrado - Criação de um Centro de Atendimento Familiar e Acompanhamento Parental Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 104

106 - Formação dos técnicos das Escolas, IPSS s e CPCJ s a nível do atendimento integrado - Criação do Cartão Social do Munícipe para famílias carenciadas Factores que podem dificultar a solução dos problemas - Falta de articulação entre os serviços; - Falta de motivação das famílias - Inadequação das respostas existentes; - Falta de recursos humanos e materiais. Observando a distribuição geográfica dos beneficiários do RSI por freguesia constatase que os mesmos se concentram nas freguesias de Godim (34,77%) e Peso da Régua (24,43%). Nº FREGUESIA Nº agregados RSI Nº Beneficiários 1 Canelas Covelinhas Fontelas Galafura Godim Loureiro Moura Morta Peso da Régua Poiares Sedielos Vilarinho dos Freires Vinhós TOTAL Figura 63 - Caracterização geral da medida pelas freguesias do concelho Relatório de execução mensal Núcleo de Inserção Social de Peso da Régua Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 105

107 Um outro grupo social particularmente vulnerável a situações de exclusão social e de pobreza são as famílias monoparentais com filhos. Os censos de 2001 indicam como valor 8.3% no concelho de Peso da Régua a par com os valores nacionais (8.3%). Estes valores são preocupantes e indicam que é urgente procurar uma política de apoio a este novo tipo de família, que na sua esmagadora maioria são femininas. 3 - Isolamento da população idosa A população residente no concelho com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos tem vindo a diminuir. Paralelamente, a população com 65 anos ou mais tem vindo a aumentar. Neste sentido, esta é uma problemática sobre a qual é urgente reflectir e na qual é necessário investir, atendendo a que representam uma grande parte da população que partilha necessidades e preocupações comuns. Como já foi referido anteriormente a maior parte dos equipamentos existentes apresenta como valência o apoio domiciliário, seguido pela dos Centros de dia e até ao momento um único lar, ressalvando que está aprovado um Programa Pares para construção de lar na freguesia de Sedielos. Apresenta-se então um quadro de envelhecimento da população do concelho que tem vindo a agravar-se. O concelho de Peso da Régua apresentava, em 2001, um índice de envelhecimento de Fixando-se assim em 3048 indivíduos com idade superior a 65 anos contra 3194 indivíduos com idade inferior a 14 anos. Para este panorama terá contribuído, certamente a percentagem de população muito idosa (75 ou mais anos) 6.52% residente no concelho em Vinhós Sedielos Mouramort a Loureiro Vilarinho dos Freires Poiare s Galafura Godim Peso da Régua Fontelas Canelas Covelinhas Legenda: Índice de Envelhecimento em 2001 < > 130 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal Divisão de Acção Social e Cultural Sistema de Hayford Gauss Datum Km Figura 64 Índice de Envelhecimento, por freguesia, em Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social de Peso da Régua 106

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