REGIMES TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM PRESSÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "REGIMES TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM PRESSÃO"

Transcrição

1 REGIMES TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM PRESSÃO Dídia Isabel Cameira Covas IST, Dezembro de 2014

2 PARTE II Introdução Tipos de dispositivos de proteção Soluções-tipo

3 FUNÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO SISTEMAS GRAVÍTICOS As válvulas de controlo são tipicamente operadas com manobras suficientemente lentas Fazem-se simulações para que as manobras não provoquem variações de pressão muito elevadas Tipicamente não têm problemas, exceto se houver uma turbina de reação com saída súbita de serviço (corte de corrente) Nesse caso, pode ser necessário prever proteção Dispositivos de proteção São colocado a montante da válvula/turbina Para turbina, pode ser necessário prever também a jusante Servem para reduzir variações de pressão extremas máximas e mínimas na conduta gravítica (a montante do dispositivo)

4 FUNÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO A paragem e o arranque das bombas em situação normal de operação são efetuadas recorrendo também a válvulas As bombas centrífugas arrancam contra válvula fechada (a potência máxima) e a abertura de válvula a jusante é feita lentamente. A paragem normal é efetuada fechando lentamente a válvula a jus. Em águas residuais isto nem sempre acontece; muitas vezes os grupos arrancam e param sem atuação de válvulas Pode ocorrer uma paragem súbita da bomba decorrente de um corte de corrente elétrica ao motor Pelo que pode ser necessário prever proteção Dispositivos de proteção São colocado a jusante da bomba SISTEMAS ELEVATÓRIOS Em caso de sobrepressora é necessário prever também a montante Servem para reduzir variações de pressão extremas máximas e mínimas na conduta elevatória (a jusante do dispositivo)

5 CONTEÚDO DA LIÇÃO Introdução Dispositivos de proteção Soluções-tipo de proteção Exemplo de aplicação 5

6 TIPOS DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO Volantes de inércia Chaminés de equilíbrio Reservatórios hidropneumáticos Reservatórios unidirecionais Condutas de alimentação paralela ou by-pass Válvulas diversas Dispositivos não convencionais 6

7 TIPOS DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO Para cada dispositivo de proteção Em que consiste? Para que serve? Onde se coloca? Soluções tipo Vantagens e inconvenientes Dimensionamento 7

8 Volantes de inércia (só para turbomáquinas hidráulicas) 8

9 VOLANTES DE INÉRCIA O que são? São umas massas girantes de ferro/aço que se colocam no veio dos grupos eletrobomba ou turbinas, com o objetivo de reforçar (aumentando) a inércia dos grupos Para que servem? Aumentam a inércia total dos grupos >> Aumentam os tempos de paragem da bomba >> Reduzem as variações de pressão extremas 9

10 Onde são colocados? VOLANTES DE INÉRCIA No eixo de rotação de grupo eletrobomba ou turbinas Nas bombas: entre o motor e a roda Nas turbinas: entre o gerador e a roda 10

11 Onde são colocados? VOLANTES DE INÉRCIA No eixo de rotação de grupo electrobomba ou turbinas Nas bombas: entre o motor e a roda Nas turbinas: entre o gerador e a roda da turbina 11

12 VOLANTES DE INÉRCIA

13 VOLANTES DE INÉRCIA Quando usar? Solução para condutas curtas (< 500 m) Sempre que o aumento da inércia permita reduzir as sobrepressões e evitar as depressões, sem que traga prejuízos na operação normal Vantagens: Solução simples Desvantagens: Solução limitada a condutas curtas. Para condutas mais longas (e.g., > 500 m), chega-se a pesos exagerados do volante e o sistema deixa de ser económico Quanto mais pesado o volante, maior terá se ser a potência da bomba para vencer no arranque a inércia do volante e maior o desgaste do motor e menor a sua vida útil inferior pode levar a intensidades de corrente impraticáveis e põe em causa o arranque em condições satisfatórias 13

14 VOLANTES DE INÉRCIA Localização Junto aos grupos electrobomba ou hidroeléctricos Dimensionamento Definição da inércia do volante que controla variações de pressão Procedimento Calcular a inércia dos grupos Consultar no catálogo do fabricante a inércia dos grupos (se vários em paralelo e em simultâneo, a inércia total é a soma das inércias) ou estimar a inércia com base em fórmulas empíricas Calcular as variações extremas de pressão Formulas simplificadas Ábacos Simuladores Hidráulicos 14

15 VOLANTES DE INÉRCIA Como se estima a inércia de grupos eletrobomba? Fórmulas publicadas na bibliografia que têm por base as características de uma extensa base de dados de bombas (Fonte: Fluid Transients in Systems, Wylie et al., 1993) Inércia da roda/bomba: Inércia do motor eléctrico: Inércia total do grupo: I bomba I I motor total I P N P 118 N bomba I 1.48 motor Sendo P = potência [kw]; N = velocidade de rotação [r.p.m]; I = inércia [kg.m 2 ] Exemplo: Bomba de águas residuais com P=30 kw e N=1500 rpm, tem uma inércia total de 0,66 kgm 2 15

16 Estimativa do tempo de paragem do grupo EXEMPLO ESTIMATIVA DE PRESSÕES EXTREMAS COM BASE NO TEMPO DE PARAGEM (COM BASE EM FÓRMULAS EXPEDITAS) T p 2 MD N 357P P Sendo: M = massa girante [kg]; D = diâmetro da roda [m]; P = potência da bomba [kw]; N = velocidade de rotação [r.p.m]; I = inércia total incluindo volante [kgm2]; Tp = tempo [s] Comparar Tp com 2L/c para avaliar se manobra rápida ou lenta e estimar as variações de pressão Se manobras rápida (Tp<2L/c): Fórmula de Joukovsky 4 I N cq H 0 J gs Se manobra lenta(tp>2l/c): Fórmula de Michaud H M Q g S 2L 0 T p

17 Parâmetro de inércia: 2 I N c J 180 S L U o H o Parâmetro da conduta: A cu gh o H h o o sendo = rendimento dos grupos; I = inércia total incluindo volante [kgm2]; N = velocidade de rotação [rpm] c, S, L = celeridade [m/s], secção [m2] e comprimento da conduta [m]; Uo e ho = velocidade e carga (pressão) a jusante do grupo em regime permanente. J EXEMPLO ESTIMATIVA DE PRESSÕES EXTREMAS COM BASE NO TEMPO DE PARAGEM (COM BASE NO ÁBACO) Estima-se: h M /h o

18 Cota (m) ENVOLVENTES DE PRESSÃO PARA DIFERENTES INÉRCIAS DO VOLANTE (OBTIDAS POR PROGRAMA DE CÁLCULO) L (m) Terreno I = 1 kgm2 I = 2 kgm2 I = 3 kgm2 I = 10 kgm2 Regime permanente I = 1 kgm2 I = 2 kgm2 I = 3 kgm2 BOMBA Po = 30 kw No = 1500 rpm Qo = 59 l/s Ho = 55 m 18

19 Chaminé de equilíbrio 19

20 CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO O que são? São reservatórios com superfície livre, tipicamente cilíndricos e em betão, e de grande altura, que se colocam a montante de turbinas ou a jusante de bombas Para que servem? Protegem o trecho de conduta a jusante da chaminé e reduzem a intensidade do choque a montante 20

21 CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO TIPOS DE SURGE TANKS (CHAUDHRY, 1989) Chaminé simples Chaminé com orifício Chaminé diferencial Reservatório Unidireccional Reservatório Hidropneumático Chaminé com secção variável 21

22 CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO ONDE SÃO COLOCADAS AS CHAMINÉS DE EQUILÍBRIO? Tipicamente, usadas em sistemas hidroeléctricos, entre a galeria/túnel e a conduta forçada galeria/túnel (longa e com pequena diferença de cotas) conduta forçada (com descida brusca) Também em condutas elevatórias sempre que o desnível o permita 22

23 CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO EXEMPLO DO SISTEMA ELEVATÓRIO DE CASTELO DE BODE (ALIMENTA LISBOA) Sistema de Castelo do Bode É constituído pela albufeira de Castelo do Bode, pela torre de captação na albufeira, pelo túnel que irá ligar à estação elevatória e pelas condutas que ligam a estação elevatória à ETA da Asseiceira. 23

24 CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO VANTAGENS E INCONVENIENTES Quando usar? Solução muito usada para proteção de condutas forçadas Solução também usada para condutas elevatórias mas limitada a condições topográficas para não resultarem chaminés muito elevadas Grandes desníveis e chaminé colocada no ponto alto Pequenos desníveis Vantagens: Soluções mais económicas se condições topográficas favoráveis Exigem pouca manutenção Desvantagens: Solução limitada a condições topográficas Construções de grande altura 24

25 CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO Na mudança de declive para grandes desníveis LOCALIZAÇÃO Junto à EE para pequenos desníveis topográficos 25

26 CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO DIMENSIONAMENTO Tipo de chaminé (simples, diferencial, com orifício, de secção variável) Altura total (altura de água inicial, máxima e mínima; definida acima da linha de energia) Diâmetro /secção (constante ou variável) Características do ramal de ligação (diâmetro=2/3 a 1 DN da conduta, perdas de carga) 26

27 Reservatórios hidropneumáticos 27

28 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS O que são? São reservatórios cilíndricos fechados, de aço, com água e ar verticais ou horizontais alguns com membrana a separar os dois fluidos 28

29 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS Para que servem? Alimentam a conduta com água em caso de ocorrência de depressões Recebem água da conduta e amortecem as variações de pressão em caso de ocorrência de sobrepressões Controlam as sobrepressões e as depressões 29

30 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS Onde são colocados? Imediatamente a jusante de EE (com reservatório a montante) mediatamente a montante de turbinas 30

31 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS Onde são colocados? Imediatamente a montante e a jusante de estações sobrepressoras Há outras casos em que podem ser utilizados (caso da EE de Socorridos) 31

32 . Estações Elevatórias Sobrepressoras protecção a montante e a jusante

33 . Estações Elevatórias Sobrepressoras protecção a montante e a jusante

34 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS Vantagens: Os dispositivos mais utilizados e muito eficientes Controlam sempre as depressões porque alimentam de água a conduta (quanto maior diâmetro melhor, pois sai mais água) Controlam as sobrepressões desde que tenham by-pass porque precisam de dissipar mais energia e não encher tão rapidamente (simulados com perda de carga assimétrica à saída e à entrada, K out /K in >1) DN250 By-pass DN80 DN50 à Central DN500 34

35 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS Modo de funcionamento Na depressão sai água pelas duas condutas DN80 DN50 DN250 By-pass à Central DN500 Na sobrepressão Entra água só pelo bypass porque fecha a válvula de retenção do ramal principal DN80 DN50 DN250 By-pass à Central DN500 35

36 1 Válvula de seccionamento de borboleta motorizada DN250 PN Válvula de retenção de fecho rápido DN250 PN40 3 Junta rígida de desmontagem DN250 PN40 4 Reservatório Hidropneumático 5 Indicador de nível 6 Conduta DN50 com válvula de seccionamento para ligação ao sistema de drenagem 7 Válvula de segurança do RH DN250 DN80 Ligação ao sistema de drenagem DN500 Exemplo: DN250 By-pass Para K out /K in =1/161, Vem DN250/DN80 DN80 DN50 à Central DN500 36

37 Cota piezométrica (m) PARAGEM DOS TRÊS GRUPOS EM SIMULTÂNEO PARA DIFERENTES CARACTERÍSTICAS DO RH COM E SEM BY-PASS S.Quitéria sem RAC S.Quitéria com RH (Var=1m3;Vt= 3.5 m3; sem Kdif) S.Quitéria com RH (Var=1m3;Vt= 3.5 m3; Kdif=1/161) S.Quitéria com RH (Var=1.5m3;Vt= 4 m3; Kdif=1/161) S.Quitéria com RH (Var=1m3;Vt= 3.5 m3; Kdif=10/161) Tempo (s) 37

38 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS Desvantagens: Grandes volumes de RH podem conduzir a: soluções pouco económicas Soluções difíceis de acomodar no espaço disponível Exigem manutenção Exigem o enchimento frequente com ar comprimido (excepto, se tiverem membrana) Necessário prever e dimensionar um reservatório de ar comprimido com compressores para alimentarem o RH Obrigam a distâncias mínimas de segurança de m dos edifícios adjacentes (nova legislação em Portugal), caso os RH estejam ao ar livre Reservatório de ar comprimido (RAC) e compressores 38

39 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS DIMENSIONAMENTO Volumes de ar Volumes de ar inicial (de regime permanente) Volumes de ar máximo do ar Volume total do RH 1,15-1,25 Volume máximo de ar Dimensões geométricas adoptadas Diâmetro, Secção Altura (ver dimensões e formas tipo) Características do ramal de ligação do RH à conduta - DN e PN de: Tubagem do ramal (DN = 1/2 a 2/3 do DN da conduta principal) Tubagem do By-pass (DN = 1/3 a ½ do DN do ramal) Válvulas e acessórios Especificação dos níveis de alarme Outra informação: coeficiente politrópico utilizado nas simulações 39

40 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS COEFICIENTE POLITRÓPICO Uma transformação politrópica é uma transformação termodinâmica na qual a pressão e o volume de um gás se relacionam através de: pv N =C Equação politrópica dos gases sendo p=pressão absoluta, V=volume gás, N =coeficiente politrópico; C=constante dada pelas condições iniciais C=p 0 V 0 Coeficiente politrópico (ou adiabático ) N=1,0 transformação isotérmica (T=const); o gás considerado ideal pv=nrt Válido para regimes transitórios lentos e grandes volumes de ar N=1,4 transformação adiabática (p=const) válido para regimes transitórios rápidos e pequenos volumes de ar N=1,2 Valor médio usado para cálculo, uma vez que os transitórios são rápidos no início de lentos no final 40

41 RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS O controlo do nível de água no RH será efectuado a partir de um sistema de medição do nível de água com 4/5 níveis associados a volumes de ar : Nível de alarme muito alto LSAHH (emitido alarme à central de telegestão e impedido o arranque do grupo ) Nível alto LSH (nível do início da admiss.o de ar) Nível normal LSN (fim de admissão de ar / fim de purga de ar) Nível baixo LSL (nível de paragem da admissão de ar e início de purga de ar) Nível de alarme muito baixo LSALL (emitido alarme à central de telegestão e impedido o arranque do grupo ) Alarmes devem disparar durante reg. transitório NÍVEIS NO RH EXEMPLO 41

42 DIMENSIONAMENTO DO BYPASS (K OUT /K IN =?) Coeficientes de perda de carga localizadas À saída (sai por ambos, mas pode-se assumir que sai só pelo ramal principal) H K 2 U1 2g K 2 U1 g Lout out outi i 2 Sendo U1 = velocidade no ramal; K out = soma dos coeficientes de perda de carga em todas as singularidades (tê com conduta principal, curvas e VR), consultar por exemplo: Idel'cik, I.E. (1986). «Mémento des pertes de charges. Coefficients de pertes de charge singulières et de pertes de charge par frottement.» Collection Direction des études et recherches d'electricité de France (EDF). Novembre

43 DIMENSIONAMENTO DO BYPASS (K OUT /K IN =?) Coeficientes de perda de carga localizadas À entrada (entra só pelo bypass) H Lin Sendo U1 = velocidade no ramal; U2 = velocidade no bypass; K in = soma dos coeficientes de perda de carga em todas as singularidades (tê com conduta principal, tês com o ramal, curvas, válvulas) No entanto, pretende-se exprimir este coeficiente em função do termo cinético do ramal (U 12 /2g) H Lin 2 U1 Kin 2g j j K in U Q S S U1 2 K K K K j in1 i 2 2 in1j in2i 2 2g i 2gS1 S 2 j i S 2 2g U Donde HLin K 1 in eq 2g sendo 2 2 U2 g 1 K j in2i i 2 U2 2 1 Kin K 1 K eq in j in2i 2 j i S2 U1 S ineq 2 U1 2g 43

44 DIMENSIONAMENTO DO BYPASS (K OUT /K IN =?) Exemplo Conduta principal DN 500 Tubagem do ramal (DN = 1/2 a 2/3 do DN da conduta) Aço D 250 >> Dint = 260 mm Tubagem do By-pass (DN = 1/3 a ½ do DN do ramal) Aço D ½* 250 >> Dint = 82 mm Coeficientes de perda de carga à saída K1(curva) = 0,2; K VR = 0.5; K6 (tê+curva) = 0.3 K outi 1 i Coeficientes de perda de carga à entrada i i K K in1 i in2 i Coeficientes K out /K in = 1/153 K in eq i K in 2 S1 1 K ,5 i in i 2 S i 2 K1 K3 K2 K sai V.retenção K entrada K5 K4 44

45 Reservatórios unidireccionais (ou tanques de alimentação) 45

46 RESERVATÓRIOS UNIDIRECCIONAIS (RUD) O que são? São reservatórios com superfície livre, equipados com válvula se retenção Para que servem? Alimentam a conduta com água em caso de ocorrência de depressões (designados por tanques de alimentação) O reenchimento do reservatório pode ser efectuado através da própria conduta através de um circuito de bypass (não usar se conduta elevatória de águas residuais) de um sistema de abastecimento autónomo com água limpa 46

47 RESERVATÓRIOS UNIDIRECCIONAIS (RUD) Onde são colocados? Nos pontos altos das condutas O tanque só funciona quando a linha de energia desce abaixo do nível do tanque Por vezes, só um RUD pode não ser suficiente Ou porque há mais pontos altos e é necessário colocar outros RUD Ou porque é necessário controlar também as sobrepressões e é necessário associar outros dispositivos (e.g., RH) 47

48 RESERVATÓRIOS UNIDIRECCIONAIS (RUD) Vantagens Controla bem as depressões Inconvenientes Não controla directamente as sobrepressões (mas indirectamente porque reduz as depressões) Requer a alimentação com água limpa, caso se trate de um sistema de águas residuais Dimensionamento Volume RUD Relativamente pequeno, só para alimentar de água nas depressões (2-10 m 3 ) Características do ramal de alimentação e válvula de retenção DN ramal é igual (ou 2/3) do DN da conduta principal Características do circuito de by-pass DN do by-pass deverá ser suficiente para reencher o RUD antes que ocorra o próximo transitório 48

49 Conduta de alimentação paralela 49

50 CONDUTAS DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) O que são? São condutas paralelas à conduta principal instaladas em derivação ou em bypass Para que servem? Alimentam a conduta principal com água em caso de ocorrência de depressões, ou seja sempre que a linha piezométrica for inferior ao nível do reservatório de aspiração. Estabelecem um bypass entre a aspiração e a compressão 50

51 CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) PRÉ-DIMENSIONAMENTO (APÓS A PARAGEM DA BOMBA) Após fechamento da VR, a CAP alimenta a conduta com caudal Q o. Para esse caudal, gera uma perda de carga H o no bypass O máximo abaixamento da pressão é h m =A h o sendo A = parâmetro característico da conduta A A 1 A 4 ho ho cu gh e h 0 = H 0 /h 0 A máxima sobrepressão junto à bomba é h M = h m -P sendo P = perda de carga em regime permanente na conduta A h o o o H h o J 51

52 CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) PRÉ-DIMENSIONAMENTO (APÓS A PARAGEM DA BOMBA) O tempo médio de anulação do caudal é: T A 1 A O volume mínimo do reservatório de montante é: LQ o c K 0.52A 1.8 sendo K um coeficiente de segurança entre 5 e 10 A válvula de retenção do by-pass deverá ser : de abertura rápida (para que abra quase instantaneamente aquando da depressão) de fechamento lento (para reduzir o golpe de Aríete subsequente) 52

53 CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) Dimensionamento Especificar o ponto (os pontos) de ligação à conduta principal Diâmetro e classe de pressão da conduta bypass (normalmente igual ao da conduta principal Características da válvula de retenção Características da válvula de seccionamento Esquemas de ligação possíveis Em derivação Em bypass 53

54 CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) Vantagens Solução simples e económica Solução de fácil dimensionamento Muito usada em condutas elevatórias de águas residuais Inconvenientes A válvula de retenção não actua com abertura rápida A válvula de retenção muitas vezes não tem manutenção, não abrindo mesmo A solução muitas vezes, ao fim de algum tempo, não funciona!!! 54

55 CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) EXEMPLO: CONDUTA ELEVATÓRIA DE ÁGUAS RESIDUAIS 55

56 Válvula de segurança 56

57 VÁLVULAS DE SEGURANÇA São actuadas por uma mola ou contrapeso que: abre assim que a pressão dentro da conduta excede um determinado valor (p1) e fecha abruptamente mal a pressão desça abaixo de outro valor (p0) Só funcionam totalmente abertas ou fechadas Tipo: panela de pressão Abertura (%) 100% 0% p0 p1 Pressão 57

58 VÁLVULAS DE SEGURANÇA São obrigatórias em RH / RAC 58

59 Válvula de alívio 59

60 VÁLVULAS DE ALÍVIO São similares às de segurança excepto que a abertura é proporcional ao acréscimo de pressão (p-p0) até estar totalmente aberta Necessitam de um circuito piloto de controlo associado Há alguma histeresis na abertura/fecho Abertura (%) 100% 0% p0 p1 Pressão 60

61 VÁLVULAS DE ALÍVIO Quando se usam? São muito usadas para controlar as sobrepressões a montante de turbinas ou a jusante de grupos electrobomba Podem ser colocadas baterias de válvulas de alívio na conduta principal ou no ramal de cada grupo, em vez de uma de grande diâmetro Vantagens Solução simples e económica Desvantagens Não controlam depressões (directamente) Requerem manutenção periódica senão não funcionam Não devem ser usadas para águas não limpas (e.g. águas residuais, águas brutas com sedimentos) porque tendem a entupir o circuito A experiência mostra que acabam sempre por funcionar mal!!! 61

62 VÁLVULAS DE ALÍVIO 62

63 Dispositivos não convencionais 63

64 DISPOSITIVOS NÃO CONVENCIONAIS x Ventosas de duplo efeito Permitem a entrada e saída e ar Não se recomenda a utilização ventosas especificamente para protecção contra golpe de Aríete (não são fiáveis) 64

65 DISPOSITIVOS NÃO CONVENCIONAIS x Ventosas de duplo efeito x Válvulas de retenção intercalares x Válvulas redutores de pressão Trechos de conduta flexível (amortece o transitório; viscoelasticidade) Reservatórios hidropnemáticos com membrana elástica (para não necessitarem de enchimento com ar) ao longo do circuito Juntas fusíveis que rompem em caso de ocorrência de sobrepressão Reservatórios hidropnemáticos com ventosa simples de admissão de ar por forma a que a pressão interior não seja inferior à atmosférica e funcionam parcialmente como chaminé de equilíbrio 65

66 CONTEÚDO DA LIÇÃO Introdução Dispositivos de proteção Soluções-tipo de proteção Exemplo de aplicação 66

67 Soluções de protecção tipo (para perfis topográficos tipo) 67

68 PERFIL ASCENDENTE COM DESNÍVEL Solução: RH (típica de águas) TOPOGRÁFICO SIGNIFICATIVO Solução utilizada na maioria das situações Solução tecnicamente possível, mas raramente utilizada 68 68

69 PERFIL ASCENDENTE COM DESNÍVEL TOPOGRÁFICO SIGNIFICATIVO Solução: VA (típica de águas; funciona mal) Solução tecnicamente possível, mas raramente utilizada Solução muito utilizada 69 69

70 PERFIL ASCENDENTE COM PONTO ALTO INTERMÉDIO Solução: RUD simples ou combinado (vários RUD; RUD+RH) (típica de águas residuais)

71 PERFIL EM VALE Solução: dois RH (típica de águas) 71

72 PERFIL COM GRANDE MUDANÇA DE DECLIVE Solução: chaminé de equilíbrio 72

73 PERFIL COM PEQUENO DESNÍVEL TOPOGRÁFICO Solução: chaminé de equilíbrio (10-15 m), RH enterrado, CAP Águas Poços de bombagem de águas residuais 73

AULAS 11 e 12 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÓRGÃOS DE MANOBRA E CONTROLO CÂMARAS DE PERDA DE CARGA, ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E SOBREPRESSORAS EXEMPLOS

AULAS 11 e 12 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÓRGÃOS DE MANOBRA E CONTROLO CÂMARAS DE PERDA DE CARGA, ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E SOBREPRESSORAS EXEMPLOS SANEAMENTO Aulas 11 e 12 - Sumário AULAS 11 e 12 ÓRGÃOS DE MANOBRA E CONTROLO Tipos, função e localização. Exemplos CÂMARAS DE PERDA DE CARGA, ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E SOBREPRESSORAS Disposições dos órgãos

Leia mais

Órgãos de manobra e controlo. Tipos, função e localização. Válvulas de seccionamento. Ventosas. Válvulas de descarga.

Órgãos de manobra e controlo. Tipos, função e localização. Válvulas de seccionamento. Ventosas. Válvulas de descarga. DISCIPLINA DE SANEAMENTO AULA 8 / SUMÁRIO AULA 8 ÓRGÃOS E ACESSÓRIOS Órgãos de manobra e controlo. Tipos, função e localização. Válvulas de seccionamento. Ventosas. Válvulas de descarga. SANEAMENTO / FEVEREIRO

Leia mais

Terceira Unidade Transientes hidráulicos. Transientes Hidráulicos em Condutos Forçados

Terceira Unidade Transientes hidráulicos. Transientes Hidráulicos em Condutos Forçados Transientes Hidráulicos em Condutos Forçados - Introduçã ção 1. Introdução. Na natureza ou instalações industriais os escoamentos são variáveis no e no espaço Regime não permanente Mudança lenta de regime

Leia mais

ÍNDICE DO TEXTO. Nota prévia Nomenclatura. I.1 Enquadramento 1 I.2 Ciclo Hidrológico 4

ÍNDICE DO TEXTO. Nota prévia Nomenclatura. I.1 Enquadramento 1 I.2 Ciclo Hidrológico 4 ÍNDICE DO TEXTO Nota prévia Nomenclatura xv xvii CAPÍTULO I INTRODUÇÃO I.1 Enquadramento 1 I.2 Ciclo Hidrológico 4 CAPÍTULO II ELEMENTOS DE BASE II.1 Introdução 7 II.2 Horizonte de Projecto ou Período

Leia mais

n perdas de carga localizadas, determine a expressão genérica da curva característica da instalação. L 2 D 2 D 1

n perdas de carga localizadas, determine a expressão genérica da curva característica da instalação. L 2 D 2 D 1 1 Uma bomba eleva um caudal Q de um reservatório R1 para um reservatório R2, desnivelado de Z 2 -Z 1. Supondo a existência de n perdas de carga localizadas, determine a expressão genérica da curva característica

Leia mais

MANUAL DE PROJETOS DE SANEAMENTO MPS MÓDULO DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE SANEAMENTO ESTUDO DOS TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

MANUAL DE PROJETOS DE SANEAMENTO MPS MÓDULO DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE SANEAMENTO ESTUDO DOS TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS MÓDULO VERSÃO 2018 SUMÁRIO 1. OBJETIVO... 3 2. ANÁLISES DOS TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS... 3 3. SOFTWARE... 4 4. CONDIÇÕES DE CONTORNO... 4 5. CENÁRIOS... 5 6. ALTERNATIVA ÓTIMA... 6 7. APRESENTAÇÃO... 7

Leia mais

PROJECTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO PEDRÓGÃO, NA PERSPECTIVA DOS EQUIPAMENTOS

PROJECTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO PEDRÓGÃO, NA PERSPECTIVA DOS EQUIPAMENTOS PROJECTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO PEDRÓGÃO, NA PERSPECTIVA DOS EQUIPAMENTOS Pedro SANTOS Eng.º Mecânico no Núcleo de Electromecânica da COBA, pgs@coba.pt Luís GUSMÃO Eng.º Mecânico, Administrador da COBA,

Leia mais

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO ESTUDO TRANSIENTE HIDRAULICO OBJETIVO Definir critérios para elaboração de Estudo de Transientes Hidráulicos em tubulações sob pressão. As seguintes situações de operação devem ser avaliadas quanto à possibilidade

Leia mais

Bombas. Máquinas hidráulicas capazes de elevar a pressão de um fluído, isto é, de lhe comunicar energia;

Bombas. Máquinas hidráulicas capazes de elevar a pressão de um fluído, isto é, de lhe comunicar energia; Bombas Máquinas hidráulicas capazes de elevar a pressão de um fluído, isto é, de lhe comunicar energia; As bombas classificam-se de acordo com a forma do propulsor em centrífugas (ou radiais), mistas (ou

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB 0472 HIDRÁULICA Prof. Fernando Campos Mendonça ROTEIRO Tópicos da aula: AULA 11

Leia mais

Hidráulica Geral (ESA024A)

Hidráulica Geral (ESA024A) Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Hidráulica Geral (ESA04A) º semestre 01 Terças de 10 às 1 h Quntas de 08 às 10h Golpe de Aríete Conceito -Denomina-se golpe de aríete ou transiente hidráulico

Leia mais

flucon Valvulas Automáticas de controlo

flucon Valvulas Automáticas de controlo Valvulas Automáticas de controlo PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Tomando como área de obturação A, a área do diafragma será de aproximadamente 3A. Este valor de 3A só é considerado na situação de modulação,

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Mecânica de Fluidos II 2009/2010 Laboratório de Turbomáquinas INSTRUÇÕES PARA A EXECUÇÃO DE ENSAIOS DE BOMBAS 1. INTRODUÇÃO O circuito hidráulico do banco de ensaio de bombas

Leia mais

I RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS PARA A PROTEÇÃO DE ADUTORAS POR RECALQUE EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: ESTUDO DE DOIS CASOS

I RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS PARA A PROTEÇÃO DE ADUTORAS POR RECALQUE EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: ESTUDO DE DOIS CASOS I-140 - RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS PARA A PROTEÇÃO DE ADUTORAS POR RECALQUE EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: ESTUDO DE DOIS CASOS Marcos Rocha Vianna (1) Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia

Leia mais

Aula 8 Bombas hidráulicas

Aula 8 Bombas hidráulicas Aula 8 Bombas hidráulicas Bombas hidráulicas Conceito: São máquinas que comunicam ao líquido um acréscimo de energia Classificação das bombas Bombas volumétricas ou estáticas pistão diafragma engrenagem

Leia mais

UFC6 Manual de Utilização

UFC6 Manual de Utilização UFC6 Manual de Utilização C.1 INTRODUÇÃO O programa UFC6 Versão 1.0 é parte integrante da Dissertação de Mestrado intitulada Modelagem Computacional de Dispositivos de Atenuação do Golpe de Aríete em Adutoras.

Leia mais

Aplicação à estação elevatória do Alfundão

Aplicação à estação elevatória do Alfundão Aplicação à estação elevatória do Alfundão Sofia Azevedo; Vitor Paulo Zonas de grande propriedade baixa pressão Zonas de pequena propriedade alta pressão N ALFUNDÃO BAIXO 3408 ha ALFUNDÃO ALTO 609 ha 0

Leia mais

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1 Resumo de exercícios de bombas Exercício 1 Considere uma bomba centrífuga cuja geometria e condições de escoamento são : Raio de entrada do rotor = 37,5 mm, raio de saída = 150 mm, largura do rotor = 12,7

Leia mais

3 ESCOAMENTOS SOB PRESSÃO

3 ESCOAMENTOS SOB PRESSÃO 3 ESCOAMENTOS SOB PRESSÃO PROBLEMA 3.1 Dois reservatórios estão ligados por uma tubagem com os acidentes e a disposição indicados na figura. Proceda ao traçado qualitativo das linhas de energia e piezométrica

Leia mais

ITUMBIARA GO 04 de SETEMBRO de Reunião Técnica para Análises de Adutoras de Irrigação e Fertirrigação

ITUMBIARA GO 04 de SETEMBRO de Reunião Técnica para Análises de Adutoras de Irrigação e Fertirrigação ITUMBIARA GO 04 de SETEMBRO de 2015 Reunião Técnica para Análises de Adutoras de Irrigação e Fertirrigação ITUMBIARA GO 04 de SETEMBRO de 2015 Reunião Técnica para Análises de Adutoras de Irrigação e Fertirrigação

Leia mais

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA. Decreto Regulamentar nº 23/95 Artigo 21º / Critérios de velocidade

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA. Decreto Regulamentar nº 23/95 Artigo 21º / Critérios de velocidade Redes de Distribuição / Dimensionamento Hidráulico Decreto Regulamentar nº 23/95 Artigo 21º / Critérios de velocidade 1 - No dimensionamento hidráulico deve ter-se em conta a minimização dos custos, que

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL AULA 4 SISTEMAS ELEVATÓRIOS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL AULA 4 SISTEMAS ELEVATÓRIOS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL AULA 4 SISTEMAS ELEVATÓRIOS Prof. Dr. Fernando Ernesto Ucker 2015 SISTEMAS ELEVATÓRIOS Um sistema de recalque

Leia mais

Tema 2: Turbo máquina Hidráulicas,

Tema 2: Turbo máquina Hidráulicas, Tema 2: Turbo máquina Hidráulicas, 2.1 Definição Máquinas Hidráulicas -são máquinas que trabalham fornecendo, retirando ou modificando a energia do líquido em escoamento. 2.1.1 Tipos de Máquinas Hidráulicas

Leia mais

Hidráulica Geral (ESA024A)

Hidráulica Geral (ESA024A) Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Hidráulica Geral (ESA024A) 1º semestre 2013 Terças de 10 às 12 h Sextas de 13 às 15h Conceito Capítulo 2 Escoamento em Conduto Forçado Simples Condutos

Leia mais

6 ESCOAMENTOS SOB PRESSÃO

6 ESCOAMENTOS SOB PRESSÃO 6 ESCOAMENTOS SOB PRESSÃO PROBLEMA 6.1 Dois reservatórios estão ligados por uma tubagem com os acidentes e a disposição indicados na figura. Proceda ao traçado qualitativo das linhas de energia e piezométrica

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental PHA Saneamento

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental PHA Saneamento Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental PHA3412 - Saneamento Renato Carlos Zambon Ronan Cleber Contrera Theo Syrto Octavio de Souza softwares disponíveis...

Leia mais

Mecânica dos Fluidos II

Mecânica dos Fluidos II Mecânica dos Fluidos II Laboratório de Turbomáquinas ENSAIO DE UMA BOMBA Trabalho realizado por: Stefano Favaro N.º 0798 Leonardo Moreira N.º 44348 Miguel Ribeiro N.º 47158 Luís Pimentel N.º 49847 Introdução

Leia mais

SELEÇÃO DE BOMBAS HIDRÁULICAS

SELEÇÃO DE BOMBAS HIDRÁULICAS SELEÇÃO DE BOMBAS HIDRÁULICAS Prof. Jesué Graciliano da Silva https://jesuegraciliano.wordpress.com/aulas/mecanica-dos-fluidos/ 1- EQUAÇÃO DE BERNOULLI A equação de Bernoulli é fundamental para a análise

Leia mais

Mecânica dos Fluidos II Problemas de Apoio às aulas práticas Semanas de 26 a 30 de Maio de 2008 e 2 a 6 de Junho de 2008

Mecânica dos Fluidos II Problemas de Apoio às aulas práticas Semanas de 26 a 30 de Maio de 2008 e 2 a 6 de Junho de 2008 Mecânica dos Fluidos II Problemas de Apoio às aulas práticas Semanas de 26 a 30 de Maio de 2008 e 2 a 6 de Junho de 2008 Problema 1 Na instalação da Figura 1 foi montada uma bomba cujas curvas características

Leia mais

Conceitos- Vazão, movimento e regime de escoamento. 1) Determine o regime de escoamento sabendo que o tubo tem um diâmetro de 75 mm e

Conceitos- Vazão, movimento e regime de escoamento. 1) Determine o regime de escoamento sabendo que o tubo tem um diâmetro de 75 mm e Lista de exercícios- Hidráulica I Conceitos- Vazão, movimento e regime de escoamento 1) Determine o regime de escoamento sabendo que o tubo tem um diâmetro de 75 mm e transporta água (ν=10 6 m 2 /s) com

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Mecânica de Fluidos II 007/008 Laboratório de Turbomáquinas INSTRUÇÕES PARA A EXECUÇÃO DE ENSAIOS DE BOMBAS 1. INTRODUÇÃO O circuito hidráulico do banco de ensaio de bombas do

Leia mais

Mecânica dos Fluidos II (MEMec) Aula de Resolução de Problemas n o 10

Mecânica dos Fluidos II (MEMec) Aula de Resolução de Problemas n o 10 Mecânica dos Fluidos II (MEMec) Aula de Resolução de Problemas n o 10 (Turbomáquinas: Análise dimensional, curvas de instalação e cavitação) EXERCÍCIO 1 Resolva o exercício 7 das folhas do Prof. António

Leia mais

RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/

RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes   Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ INSTALAÇÕES DE RECALQUE Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ MÁQUINA DESIGNAÇÃO GENÉRICA DADA A TODO TRANSFORMADOR DE ENERGIA. ELA ABSORVE

Leia mais

Sumário. Prefácio... Simbologia...

Sumário. Prefácio... Simbologia... Sumário Prefácio.... Simbologia... V VII Capítulo 1 Energia Hidráulica... 1 1.1 Modelagem... 3 1.2 Sistema Equivalente Hidromecânico... 4 1.2.1 Hipóteses Energias... 4 1.2.2 Potências Bruta e Disponível...

Leia mais

5. HIDRODINÂMICA TURBOMÁQUINAS. BOMBAS E TURBINAS

5. HIDRODINÂMICA TURBOMÁQUINAS. BOMBAS E TURBINAS 5. HIDRODINÂMICA 5.1.10. TURBOMÁQUINAS. BOMBAS E TURBINAS Unidade Curricular: Hidráulica, Hidrologia & Recursos Hídricos Docente: Prof. Dr. H. Mata-Lima Universidade da Madeira, 2007 5.1.10. MÁQUINAS HIDRÁULICAS

Leia mais

Elementos do Projeto Mecânico

Elementos do Projeto Mecânico Elementos do Projeto Mecânico DEPCO/SUPRO/DEXP/CORSAN VJul18 Memoriais, Desenhos, Especificações, Orçamento, Cronograma. Folha de rosto Onde deverá constar o nome, símbolo ou logomarca da empresa, o título

Leia mais

Mecânica dos Fluidos I

Mecânica dos Fluidos I Mecânica dos Fluidos I Aula prática 11 (Semana de 2 a 5 de Dezembro de 2008) EXERCÍCIO 1 A figura 1 representa esquematicamente uma pequena central mini-hídrica com uma conduta de descarga para a atmosfera.

Leia mais

Estações Elevatórias de Água

Estações Elevatórias de Água Universidade Regional do Cariri URCA Pró Reitoria de Ensino de Graduação Coordenação da Construção Civil Disciplina: Hidráulica Aplicada Estações Elevatórias de Água Renato de Oliveira Fernandes Professor

Leia mais

ISEL Área Departamental de Engenharia Civil GRUPO DISCIPLINAR DE HIDRÁULICA

ISEL Área Departamental de Engenharia Civil GRUPO DISCIPLINAR DE HIDRÁULICA P1 - O canal de secção rectangular com 2,00 m de largura representado na Fig. 1 inicia-se num reservatório e termina numa queda brusca. Todos os troços têm uma extensão suficiente para neles se estabelecer

Leia mais

António PINHEIRO CEHIDRO, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa AQUALOGUS Engenharia e Ambiente, Lda.

António PINHEIRO CEHIDRO, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa AQUALOGUS Engenharia e Ambiente, Lda. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA PEDRÓGÃOPEDRÓGÃO-MARGEM ESQUERDA E REFORÇO DE POTÊNCIA DO PEDRÓGÃO. CONCEPÇÃO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS António PINHEIRO CEHIDRO, Instituto Superior Técnico, Universidade

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA 1ª ÉPOCA DO ANO LECTIVO 2001/2002 28/01/2002 13 h DURAÇÃO: 2h 00m 1. Diga como varia qualitativamente, ao longo do tempo, desde o início de exploração até ao horizonte de projecto, numa conduta adutora

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA ª ÉPOCA DO º SEMESTRE DO ANO LECTIVO 006/007 14/07/007 9 h DURAÇÃO: h 00m QUESTÕES TEÓRICAS (45 minutos) 1) No dimensionamento hidráulico duma conduta adutora, quando se opta por um factor de ponta mensal

Leia mais

Introdução às máquinas de fluido

Introdução às máquinas de fluido Introdução às máquinas de fluido Matéria: Pontos dinamicamente semelhantes Mesma máquina a diferente rotação Curva da instalação Ponto de funcionamento Optimização do funcionamento de turbomáquinas Condições

Leia mais

AULA 8. SANEAMENTO Aula 8 - Sumário RESERVATÓRIOS

AULA 8. SANEAMENTO Aula 8 - Sumário RESERVATÓRIOS SANEAMENTO Aula 8 - Sumário AULA 8 RESERVATÓRIOS Finalidade / Função Classificação. Tipos de Reservatórios Localização Aspectos Construtivos Órgãos, Acessórios e Instrumentação Saneamento 96 Reservatórios

Leia mais

Bancada Hidráulica P6100

Bancada Hidráulica P6100 ÍNDICE ENSAIOS EXPERIMENTAIS NA BANCADA HIDRÁULICA ----------------------- 1. ALGUNS COMPONENTES DA BANCADA HIDRÁULICA P6100 --------------4. INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO --------------------------------------------------------

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA ANO LETIVO 01/013 ÉPOCA DE RECURSO 013/0/04 15h00 DURAÇÃO: h00 QUESTÕES TEÓRICAS (máximo 45 minutos) 1. Descreva dois métodos utilizados em projecto de saneamento para estimativa de evolução populacional.

Leia mais

Saneamento Ambiental I. Aula 08 Rede de Distribuição de Água: Parte III

Saneamento Ambiental I. Aula 08 Rede de Distribuição de Água: Parte III Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental Saneamento Ambiental I Aula 08 Rede de Distribuição de Água: Parte III Profª Heloise G. Knapik 1 Aula de hoje 1. Condutos equivalentes Utilizado para

Leia mais

SANEAMENTO. Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor (semana 1) Aula Prática da Semana:

SANEAMENTO. Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor (semana 1) Aula Prática da Semana: Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor (semana 1) Constituição do Grupo; Impressão do enunciado; receber o enunciado; receber os dados de base para o cálculo dos caudais de projecto dos aglomerados

Leia mais

Jornadas TécnicasAPRH

Jornadas TécnicasAPRH Jornadas TécnicasAPRH José Honrado Eng.º Agrónomo; Chefe do Núcleo de Hidráulica Internacional Manuel Valadas Eng.º Agrónomo; Chefe de Projeto Abdelaziz El Bayed Eng.º Agrónomo; Chefe do Núcleo Aproveitamentos

Leia mais

Laboratório de Turbomáquinas

Laboratório de Turbomáquinas UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Licenciatura em Engenharia Mecânica Mecânica dos Fluidos II Laboratório de Turbomáquinas Trabalho realizado por : Adelino Fernandes Nº48434 Ana

Leia mais

GOLPE DE ARÍETE E CONTROLE HIDRÁULICO EM ADUTORAS DE IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO

GOLPE DE ARÍETE E CONTROLE HIDRÁULICO EM ADUTORAS DE IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO GOLPE DE ARÍETE E CONTROLE HIDRÁULICO EM ADUTORAS DE IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO RIBEIRÃO PRETO, 14 de JUNHO de 2018 Aranisio Rodrigues Junior - Hidro-Ambiental GOLPE DE ARÍETE E CONTROLE HIDRÁULICO EM ADUTORAS

Leia mais

Estações Elevatórias Compactas ECODEPUR

Estações Elevatórias Compactas ECODEPUR 0 v1.0-030510 Estações Elevatórias Compactas ECODEPUR APRESENTAÇÃO A Estação Elevatória é uma estação completa de recolha e elevação para águas carregadas pronta a ser instalada. É composta por um reservatório

Leia mais

Unidade Curricular HIDRÁULICA II

Unidade Curricular HIDRÁULICA II Unidade Curricular HIDRÁULICA II Luís Tecedeiro luistecedeiro@dec.isel.ipl.pt Gab. C 2.18 - ext. 1728 http://pwp.net.ipl.pt/dec.isel/luistecedeiro TURBINAS Tipos de Turbinas: de acção (Pelton) de reacção

Leia mais

Pneumática e Hidráulica

Pneumática e Hidráulica Pneumática e Hidráulica Nível III Exercícios adicionais Exercícios de Aplicação e Avaliação 1- Os Compressores pneumáticos: Transformam energia eléctrica em pneumática. Transformam energia mecânica em

Leia mais

XXVIII CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

XXVIII CENTRAIS HIDRELÉTRICAS Sumário Prefácio Simbologia V VII Capítulo 1 Energia Hidráulica 1 1.1 Modelagem 3 1.2 Sistema Equivalente Hidromecânico 4 1.2.1 Hipóteses - Energias 4 1.2.2 Potências Bruta e Disponível 6 1.2.3 Energia

Leia mais

SUMÁRIO. Prefácio Autores do Livro Capítulo 1 - Aspectos Hidráulicos e Elétricos Básicos

SUMÁRIO. Prefácio Autores do Livro Capítulo 1 - Aspectos Hidráulicos e Elétricos Básicos SUMÁRIO Prefácio Autores do Livro Capítulo 1 - Aspectos Hidráulicos e Elétricos Básicos 1.1 - Introdução 1.2 - Mecânica dos Fluidos e Hidráulica 1.3 - Viscosidade e Outras Propriedades 1.3.1 - Viscosidade

Leia mais

Mecânica dos Fluidos II. Aula VI Análise Dimensional Aplicada às Turbomáquinas e Modelos Reduzidos

Mecânica dos Fluidos II. Aula VI Análise Dimensional Aplicada às Turbomáquinas e Modelos Reduzidos Mecânica dos Fluidos II Aula VI Análise Dimensional Aplicada às Turbomáquinas e Modelos Reduzidos Prof. António Sarmento Tel. 21 8417405 Email: antonio.sarmento@ist.utl.pt Exercício (Adaptado do Exame

Leia mais

Vazão. - Saneamento I

Vazão. - Saneamento I 1 Adutoras 2 Vazão 3 Definição Conduzem a água para as unidades que precedem a rede de distribuição Tubulações utilizadas para transportar a água 4 Classificação Quanto ao produto transportado: - Adutora

Leia mais

Aula 6 de laboratório. Segundo semestre de 2012

Aula 6 de laboratório. Segundo semestre de 2012 Aula 6 de laboratório Segundo semestre de 2012 1. Um fluido escoa por um tubo à velocidade média de 3m/s. A pressão no eixo do tubo é de 0,350 kgf/cm 2 e sua altura sobre a referência adotada é de 4,5

Leia mais

Centrais e aproveitamentos hidrelétricos

Centrais e aproveitamentos hidrelétricos Centrais e aproveitamentos hidrelétricos 1 - Introdução ao Estudo da Geração Elétrica 1.1 Fundamentos 1.2 Tipos de Correntes Elétricas Geradas por Geradores Eletromecânicos 1.2.1 Aspectos Gerais 1.2.2

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA SANEAMENTO AMBIENTAL I SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA SANEAMENTO AMBIENTAL I SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA SANEAMENTO AMBIENTAL I SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Castelo Branco Eduardo Ribeiro de Sousa António Jorge Monteiro Lisboa, Março de 2007

Leia mais

Estações Elevatórias de Água

Estações Elevatórias de Água Universidade Regional do Cariri URCA Pró Reitoria de Ensino de Graduação Coordenação da Construção Civil Disciplina: Hidráulica Aplicada Estações Elevatórias de Água Renato de Oliveira Fernandes Professor

Leia mais

Exercício 9 Água escoa do reservatório 1 para o 2 no sistema mostrado abaixo. Sendo:

Exercício 9 Água escoa do reservatório 1 para o 2 no sistema mostrado abaixo. Sendo: 1 a LIST DE EXERCÍCIOS DE SISTEMS FLUIDO MECÂNICOS 014 Referências: 1) Giles, Evett & Liu - Mecânica dos Fluidos e Hidráulica Coleção Schaum, a edição, Makron ooks, 1997. ) Fox e McDonald Introdução à

Leia mais

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental IV - 005

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental IV - 005 EVOLUÇÃO DO COMPORTAMENTO DA LINHA PIEZOMÉTRICA DURANTE A PARADA ACIDENTAL DO BOMBEAMENTO EM LINHAS DE RECALQUE MUNIDAS DE DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA O FENÔMENO DE GOLPE DE ARIETE Angélica Yumi Hirata

Leia mais

Esquemas de instalação de válvulas de alívio e segurança

Esquemas de instalação de válvulas de alívio e segurança Esquemas de válvulas de alívio e segurança Esquemas utilizados Padrão de válvula PSV com descarga para atmosfera Figura da instalação recomendada Referência de uso API RP 576 Inspection of Pressure-Relieving

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITECTURA E GEORECURSOS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITECTURA E GEORECURSOS 1ª DATA DO ANO LECTIVO 2010/2011 09/06/2011 DURAÇÃO: 2h 00m QUESTÕES TEÓRICAS (máximo 45 minutos) (1,5) 1- Indique três factores que influenciam a definição da capitação de projecto em obras de saneamento

Leia mais

ENUNCIADO: Dimensionar a adutora por recalque CAP - ETA através do método do diâmetro econômico.

ENUNCIADO: Dimensionar a adutora por recalque CAP - ETA através do método do diâmetro econômico. ENUNCIADO: Dimensionar a adutora por recalque CAP - ETA através do método do diâmetro econômico. I Dados: Conforme Figura 01em anexo, Q = 25,77 L/s ; C = 130 (F O F O ) ; K = 1,2 ; K FOFO = 1,0 Custo de

Leia mais

2a LISTA DE EXERCÍCIOS

2a LISTA DE EXERCÍCIOS IPH 01107 a LISTA DE EXERCÍCIOS 1) Para o escoamento de 15 N/s de ar [R = 87 m /(s.k)] a 30 o C e 100 kpa (absoluta), através de um conduto de seção transversal retangular com 15 X 30 cm, calcule (a) a

Leia mais

Redes de Distribuição de Água. Disciplina: Saneamento Prof. Carlos Eduardo F Mello

Redes de Distribuição de Água. Disciplina: Saneamento Prof. Carlos Eduardo F Mello Redes de Distribuição de Água Disciplina: Saneamento Prof. Carlos Eduardo F Mello e-mail: cefmello@gmail.com Conceito Rede de distribuição de água é a parte do sistema de abastecimento formada de tubulações

Leia mais

Central Hidroeléctrica da Ribeira da Janela

Central Hidroeléctrica da Ribeira da Janela Central Hidroeléctrica da Ribeira da Janela Descrição Geral A Central da Ribeira da Janela foi a primeira das duas centrais hidroeléctricas construídas na segunda fase do plano hidroagrícola, tendo ficado

Leia mais

CAPÍTULO VI: HIDRODINÂMICA

CAPÍTULO VI: HIDRODINÂMICA CAPÍTULO VI: HIDRODINÂMICA Aula 0 Diferenças e semelhanças para a dedução da Equação de Bernoulli fluido ideal e real Equação de Bernoulli para os fluidos reais Representação gráfica dos termos da Equação

Leia mais

PERFIL DA CANALIZAÇÃO

PERFIL DA CANALIZAÇÃO PERFIL DA CANALIZAÇÃO - (11) 2784.4311 / 2784.4188 / 2784.4311 - www.pasquetti.com.br 26 O ar é prejudicial ao bom funcionamento de uma canalização sob pressão. Sua presença pode acarretar: uma redução

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA SECÇÃO DE HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTAIS. Hidráulica Aplicada 2011/2012.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA SECÇÃO DE HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTAIS. Hidráulica Aplicada 2011/2012. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA SECÇÃO DE HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTAIS Hidráulica Aplicada 2011/2012 2º Semestre Enunciados dos problemas * * Problemas seleccionados dos

Leia mais

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos Características de Desempenho 1ª Parte Características de Desempenho Para especificar uma máquina de fluxo, o engenheiro deve ter em mãos alguns dados essenciais: altura

Leia mais

hydrostec VÁLVULAS DE REGULAÇÃO MULTIJATO Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa

hydrostec VÁLVULAS DE REGULAÇÃO MULTIJATO Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa B30.15.0-P VÁLVULAS DE REGULAÇÃO ULTIJATO Regulação da vazão e pressão Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa A Válvula Regulação ultijato, foi desenvolvida

Leia mais

Tipos de Reservatórios

Tipos de Reservatórios Reservatórios / Tipos de reservatórios Tipos de Reservatórios Reservatórios de Distribuição às populações (RD) Reservatórios de Regularização de Transporte (RRT) RRT3 Elevatório- Gravitico RD1 RRT2 Elevatório-Elevatório

Leia mais

Dep. Ar Condicionado 1 Fechar Catálogo

Dep. Ar Condicionado 1 Fechar   Catálogo 1 Mapa de Apresentação Conforto térmico Climatização Remoção de cargas térmicas Equilíbrio de sistemas hidráulicos Sistemas de distribuição de água Ar ou Água? Equilíbrio dinâmico de sistemas hidráulicos

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Mecânica Laboratório de Mecânica dos Fluidos II Ensaio de uma bomba António Cumbre n.º 47042 Inês Faria n.º 48469 Joana Tavares n.º 49825 Mariana Coimbra

Leia mais

COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO

COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO PROJECTO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUAS COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO 1/10 TERMO DE RESPONSABILIDADE José Henrique Galego Vicente, Engenheiro Técnico, titular do Bilhete de Identidade

Leia mais

CENTRAIS HIDROPRESSORAS DELTAMATIC (SEM VARIAÇÃO DE VELOCIDADE)

CENTRAIS HIDROPRESSORAS DELTAMATIC (SEM VARIAÇÃO DE VELOCIDADE) CENTRAIS HIDROPRESSORAS DELTAMATIC (SEM VARIAÇÃO DE VELOCIDADE) APLICAÇÃO As centrais hidropressoras IDEAL DELTA são unidades projetadas para a distribuição e pressurização de água limpa em instalações

Leia mais

Sustentabilidade dos Serviços de Água e Boas Práticas no Controlo de Perdas GESTÃO DE PRESSÕES. Margarida Pinhão APDA/CESDA

Sustentabilidade dos Serviços de Água e Boas Práticas no Controlo de Perdas GESTÃO DE PRESSÕES. Margarida Pinhão APDA/CESDA Sustentabilidade dos Serviços de Água e Boas Práticas no Controlo de Perdas GESTÃO DE PRESSÕES Margarida Pinhão APDA/CESDA ENQUADRAMENTO Gestão de Pressão - ferramenta para a redução das perdas reais de

Leia mais

Aluno: Matrícula: Data: CC76D HIDRÁULICA TRABALHO DE CASA #1

Aluno: Matrícula: Data: CC76D HIDRÁULICA TRABALHO DE CASA #1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PR Aluno: Matrícula: Data: CC76D HIDRÁULICA TRABALHO DE CASA #1 Orientações: A entrega será individual na aula do dia 07/05 (turma S51)

Leia mais

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS AULA 05 Prof. Guilherme Nanni prof.guilherme@feitep.edu.br 7º Semestre Engenharia civil ALIMENTADOR PREDIAL SISTEMA DIRETO Cálculos conforme o das canalizações de água

Leia mais

Saneamento Urbano II TH053

Saneamento Urbano II TH053 Universidade Federal do Paraná Arquitetura e Urbanismo Saneamento Urbano II TH053 Estimativas de consumo de água & Reservatórios e redes distribuição de água Profª Heloise G. Knapik 1 Consumo de Água Importante

Leia mais

IPV.ESTG ,5 Volume de Trabalho Total (horas): 145,8 Total Horas de Contacto: 81,9 T TP PL OT 19, ,4 Competências

IPV.ESTG ,5 Volume de Trabalho Total (horas): 145,8 Total Horas de Contacto: 81,9 T TP PL OT 19, ,4 Competências Unidade Curricular: Hidráulica Aplicada I Área Científica: Engenharia Civil Curso / Ciclo: Licenciatura em Engenharia Civil - 1º Ciclo Docente Responsável: Francisco José Paulos Martins Ano Regime Tipo

Leia mais

AULA 10. SANEAMENTO Aula 10 - Sumário AULA 10 RESERVATÓRIOS. Dimensionamento hidráulico Exemplos. Saneamento [133]

AULA 10. SANEAMENTO Aula 10 - Sumário AULA 10 RESERVATÓRIOS. Dimensionamento hidráulico Exemplos. Saneamento [133] SANEAMENTO Aula 10 - Sumário RESERVATÓRIOS Dimensionamento hidráulico Exemplos Saneamento [133] SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Reservatórios / Tipos de reservatórios Tipos de Reservatórios

Leia mais

9 Rede de distribuição. TH028 - Saneamento Ambiental I 1

9 Rede de distribuição. TH028 - Saneamento Ambiental I 1 9 Rede de distribuição TH028 - Saneamento Ambiental I 1 Água potável à disposição dos consumidores: forma contínua quantidade qualidade pressão adequadas TH028 - Saneamento Ambiental I 2 Custo da rede

Leia mais

Instalações Hidráulicas/Sanitárias Água Fria (Parte 2)

Instalações Hidráulicas/Sanitárias Água Fria (Parte 2) Instalações Hidráulicas/Sanitárias Água Fria (Parte 2) Critérios para Dimensionamento Consumo máximo possível das Tubulações Este critério se baseia na hipótese do uso simultâneo de todas as peças de utilização

Leia mais

PRV - VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO

PRV - VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO PRV - VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO - Mantém o nível de pressão a jusante ajustado e fixo num dado valor, independentemente dos valores de pressão a montante e do caudal Designação Características DN PVP

Leia mais

I EMPREGO DE TANQUES ALIMENTADORES BIDIRECIONAIS (TAB) PARA ATENUAÇÃO DAS CARGAS TRANSITÓRIAS EM ADUTORAS POR RECALQUE: ESTUDO DE CASO

I EMPREGO DE TANQUES ALIMENTADORES BIDIRECIONAIS (TAB) PARA ATENUAÇÃO DAS CARGAS TRANSITÓRIAS EM ADUTORAS POR RECALQUE: ESTUDO DE CASO I-284 - EMPREGO DE TANQUES ALIMENTADORES BIDIRECIONAIS (TAB) PARA ATENUAÇÃO DAS CARGAS TRANSITÓRIAS EM ADUTORAS POR RECALQUE: ESTUDO DE CASO Marcos Rocha Vianna (1) Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia

Leia mais

Curso: a) 24 b) 12 c) 6,5 d) 26,5 e) 97

Curso: a) 24 b) 12 c) 6,5 d) 26,5 e) 97 IST / DEQ Mestrado Integrado em Engenharia Química Mestrado Integrado em Engenharia Biológica Mestrado em Engenharia e Gestão da Energia Fenómenos de Transferência I 2014-2015 1º Semestre 1º Exame / 15.01.2015

Leia mais

Reguladores Automotores. Válvula Redutora de Pressão Tipo 2333 com válvula piloto Válvula Estabilizadora de Pressão Tipo 2335 com válvula piloto

Reguladores Automotores. Válvula Redutora de Pressão Tipo 2333 com válvula piloto Válvula Estabilizadora de Pressão Tipo 2335 com válvula piloto Reguladores Automotores Piloto operado pelo fluido Válvula Redutora de Pressão Tipo 2333 com válvula piloto Válvula Estabilizadora de Pressão Tipo 2335 com válvula piloto Aplicação Reguladores de pressão

Leia mais

ELECTROBOMBAS SUBMERSÍVEIS PARA DRENAGEM DELTA APLICAÇÃO CONSTITUIÇÃO

ELECTROBOMBAS SUBMERSÍVEIS PARA DRENAGEM DELTA APLICAÇÃO CONSTITUIÇÃO ELECTROBOMBAS SUBMERSÍVEIS PARA DRENAGEM DELTA APLICAÇÃO As eletrobombas submersíveis IDEAL DELTA do tipo SP, destinamse à elevação, transferência e drenagem de águas pluviais e de infiltrações. Devido

Leia mais

Válvula Redutora de Pressão Modelo 42 LP (Ação Direta)

Válvula Redutora de Pressão Modelo 42 LP (Ação Direta) Válvula Redutora de Pressão Modelo 42 LP (Ação Direta) Reduz perdas por vazamentos Admite vazões extremamente baixas Possui filtro incorporado ao cartucho removível Apresenta baixos níveis de ruído Possui

Leia mais

Condensadores. Principais Tipos. Resfriados a ar sistema de ar condicionado e refrigeração comercial

Condensadores. Principais Tipos. Resfriados a ar sistema de ar condicionado e refrigeração comercial Condensadores Principais Tipos Resfriados a ar sistema de ar condicionado e refrigeração comercial Condensadores Resfriados a água sistema de ar condicionado e refrigeração comercial Trocador casco e tubo

Leia mais

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA PARTE I 1) PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA (CONTINUAÇÃO)

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA PARTE I 1) PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA (CONTINUAÇÃO) INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA PARTE I 1) PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA (CONTINUAÇÃO) 1.20. Quebrador de vácuo Dispositivo destinado a evitar o refluxo por sucção da água

Leia mais

Hidráulica Geral (ESA024A)

Hidráulica Geral (ESA024A) Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Hidráulica Geral (ESA024A) 2º semestre 2011 Terças de 10 às 12 h Quintas de 08 às 10h Problema IV.1 Conhecendo-se as características da bomba descrita a

Leia mais

PARTE TEÓRICA U = 1 k 2,51 JD 2

PARTE TEÓRICA U = 1 k 2,51 JD 2 INSTITTO SPERIOR TÉCNICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQITECTRA SECÇÃO DE HIDRÁLICA E RECRSOS HÍDRICOS E AMBIENTAIS HIDRÁLICA I (º Semestre 008/09) º Teste 19/06/009 Duração: 45 min Resolva em olhas

Leia mais