GABARITO EXTRAOFICIAL PROVA DE AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 2013 (PROVA OBJETIVA)

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1 GABARITO EXTRAOFICIAL PROVA DE AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 2013 (PROVA OBJETIVA) POR GEOVANE MORAES E ANA CRISTINA MENDONÇA No que concerne a infração penal, fato típico e seus elementos, formas consumadas e tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e imputabilidade penal. Julgue os itens que se segue Considere Bartolomeu, penalmente capaz e mentalmente são, tenha praticado ato típico e antijurídico, em estado de absoluta inconsciência, em razão de estar voluntariamente sob a influência de álcool. Nessa situação, Bartolomeu será apenado normalmente, por força da teoria da actio libera in causa. A embriaguez voluntária, ainda que completa, não elide a punibilidade do agente. A única hipótese de embriaguez que isenta a pena, nos termos do art. 28 do CP é a proveniente de caso fortuito ou força maior, quando completa. Segundo Rogério Greco, citando o mestre Narcélio de Queiroz, devemos entender por actio libera in causa os casos em que alguém, no estado de não imputabilidade, é causador, por ação ou omissão, de algum resultado punível, tendo se colocado naquele estado, ou propositadamente, com a intenção de produzir o evento lesivo, ou sem essa intenção, mas tendo previsto a possibilidade do resultado, ou, ainda, quando podia ou devia prever. Rogério Greco, Código Penal Comentado, Ed. 2013, Ed. Impetus, pag A responsabilidade penal da pessoa jurídica, indiscutível na jurisprudência, não exclui a responsabilidade de pessoa física, autora, coautora ou partícipe do mesmo fato delituoso, o que caracteriza o sistema paralelo de imputação ou da dupla imputação. Resposta CORRETA Acredito que esta questão vai gerar polêmica, pelo fato de afirma que se trata de tema indiscutível na jurisprudência. Como a lógica do CESPE é sempre trabalhar com os julgados mais recentes, entendo que o gabarito será dado como correto Considere que um estuprador, no momento da consumação do delito, tenha sido agredido pela vítima que antes tentara subjugar. A vítima, então, de posse de uma faca, fere e imobiliza o agressor, mas, pensando ainda estar sob o influxo do ataque, prossegue na reação, infligindo-lhe graves ferimentos. Nessa situação, não é cabível ao estuprador invocar legítima defesa em relação a vítima da tentativa de estupro, porquanto aquele que deu causa aos acontecimentos não pode valer-se da excludente, mesmo contra o excesso. Neste caso poderia o estuprador arguir a hipótese de legítima defesa sucessiva. A legítima defesa sucessiva vai ocorrer em reação ao excesso da legítima defesa. Em outras palavras, caso A esteja originariamente agindo amparado pela excludente de ilicitude da legítima defesa real, contra B, mas A passar a agir em excesso desta legítima defesa, B poderá se valer da legítima defesa sucessiva para fazer cessar tal excesso. 1

2 Segundo Rogério Greco a legítima defesa sucessiva é originária do excesso da legítima defesa, em que o agressor inicial se transforma em vítima e a vítima, a seu turno, se transforma em agressora. Rogério Greco, Código Penal Comentado, Ed. 2013, Ed. Impetus, pag O peculato é conceituado doutrinariamente como crime funcional impróprio ou misto, porquanto na hipótese de não ser praticado por funcionário público, opera tipicidade relativa, passando a constituir tipo penal diverso. Doutrinariamente entende-se por crime funcional impróprio é o que pode ser cometido também pelo particular, mas com outro nomen juris. Ex: a apropriação de coisa alheia pode configurar peculato, se cometida por funcionário público, ou a apropriação indébita, quando praticada exclusivamente por particular A culpa inconsciente distingue-se da culpa consciente no que diz respeito à previsão do resultado: na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado, acredita sinceramente que pode evitá-lo; na culpa inconsciente, o resultado, embora previsível, não foi previsto pelo agente. Conceito doutrinário elementar e consolidado de diferenciação de culpa consciente e inconsciente Considere que João, maior de dezoito anos de idade, tenha praticado crime de natureza grave, sendo, por consequência, processado e, ao final, condenado. Considere, ainda, que, no curso da ação penal, tenha sido constatado pericialmente que João, ao tempo do crime, tinha reduzida a capacidade de compreensão ou vontade, comprovando-se a sua semi-imputabilidade. Nessa situação, caberá a imposição cumulativa de pena, reduzida de um terço a dois terços e de medida de segurança. Nos termos do art. 98 do CP, caso necessite o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, não sendo possível a aplicação cumulativa com a pena privativa de liberdade, como indicado na questão. 74 Considere que Aldo, penalmente capaz, após ser fisicamente agredido por Jeremias, tenha comprado um revólver e, após municiá-lo, tenha ido ao local de trabalho de seu desafeto, sem, no entanto, o encontrar. Considere, ainda, que, sem desistir de seu intento, Aldo tenha se posicionado no caminho habitualmente utilizado por Jeremias, que, sem nada saber, tomou direção diversa. Flagrado pela polícia no momento que esperava por Jeremias, Aldo entregou a arma que portava e narrou que pretendia atirar em seu desafeto. Nessa situação, Aldo responderá por tentativa imperfeita de homicídio, com pena reduzida de um a dois terços. Neste caso não cabe a caracterização de homicídio, visto que os atos executórios deste delito não foram iniciados, estando o agente ainda em atos preparatórios. 2

3 Julgue os itens subsequentes, relativos à aplicação da lei penal e seus princípios. 75 A contagem do prazo para efeito de decadência, causa extintiva de punibilidade, obedece aos critérios processuais penal, computando-se o dia do começo. Todavia, se este recair em domingos ou feriados, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. A contagem do prazo decadencial será feita com base no modelo penal e não processual, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial. 76 Uma vez que as medidas de segurança não são consideradas penas, possuindo caráter essencialmente preventivo, a elas não se aplicam os princípios da reserva legal e da anterioridade. Embora tenha indicado o gabarito como errado, por entender que será este o posicionamento da banca, acredito que esta questão vai gerar polêmica, pois alguns doutrinadores defendem a tese de que tais princípios são aplicáveis também as medidas de segurança. 77 No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a aplicação da lei apenas durante o seu período de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei penal mais benéfica, que comporá duas espécies: a retroatividade e a ultra-atividade. Aplicação das regras inerentes a lei penal no tempo, prevista na CF/88 e no CP. A respeito dos crimes contra o meio ambiente, julgue o item a seguir, com base na Lei nº 9.605/ Um cidadão que cometer crime contra a flora estará isento de pena se for comprovado que ele possui baixa escolaridade. A baixa escolaridade do agente, em sede de crimes ambientais, não representa causa de isenção de pena, mas sim circunstância atenuante genérica indicada ao teor do art.14, inciso I, da lei dos crimes ambientais lei 9605/98 No que diz respeito às infrações penais de repercussão interestadual ou internacional (Lei nº /2002), julgue o item seguinte Caso determinada contravenção penal tenha repercussão interestadual, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública, proceder à sua investigação. 3

4 Em tese seria possível que a PF procedesse a investigação nas hipóteses de contravenções penais de repercussões interestaduais, pois o único do art. 1 da Lei 10446/02, não restringe a atuação a crimes. Todavia, seria necessária a autorização ou determinação do Ministro da Justiça. Em relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o próximo item Suponha que um cidadão tenha sido preso, mediante determinação judicial, por supostamente ter filmado cena de sexo explícito envolvendo adolescentes. Nessa situação, se o cidadão comprovar que tudo não passava de simulação, não haverá crime e ele deverá ser posto em liberdade. Caso a simulação tenha ocorrido diretamente com o adolescente, termos ainda o crime tipificado ao teor do art. 240, caput do ECA. Caso a simulação tenha ocorrido por alteração na imagem ou outra forma de representação visual, teremos o crime tipificado ao teor do art. 241-C do ECA. Julgue o item abaixo, a respeito da deportação de estrangeiro prevista na Lei nº 6.815/ Estrangeiro que se encontre em situação irregular no Brasil poderá ser deportado para outro país que não o de sua nacionalidade ou procedência. Nos termos do art. 58, parágrafo único da lei 6815/80, a deportação pode ocorrer para outro país diverso da nacionalidade ou procedência do estrangeiro. Art. 58. A deportação consistirá na saída compulsória do estrangeiro. Parágrafo único. A deportação far-se-á para o país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro, ou para outro que consinta em recebê-lo. No que concerne aos aspectos penais e processuais da Lei de Drogas e das normas de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, julgue os itens seguintes Para comercializar produtos químicos que possam ser utilizados como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes, o comerciante deverá ser cadastrado no Departamento de Polícia Federal e possuir licença de funcionamento, concedida pelo mesmo departamento. Resposta CORRETA Trata-se do disposto nos termos do art. 4º, caput, da lei 10357/01. Art. 4º Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização relacionadas no art. 1º, a pessoa física ou jurídica deverá se cadastrar e requerer licença de funcionamento ao Departamento de Polícia Federal, de acordo com os critérios e as formas a serem estabelecidas na portaria a que se refere o art. 2o, independentemente das demais exigências legais e regulamentares. 4

5 108 - Considere que determinado cidadão esteja sendo processado e julgado por vender drogas em desacordo com determinação legal. Nessa situação, se o réu for primário e tiver bons antecedentes, sua pena poderá ser reduzida, respeitados os limites estabelecidos na lei. Outra questão que vai gera polêmica em decorrência do enunciado dúbio. Caso o enunciado se refira aos limites de redução de pena previstos em lei, a questão estará correta. Acredito que será esta a interpretação da banca, por isso o nosso gabarito. Caso a questão esteja se referindo a pena cominada, a mesma estaria errada. Como esta redução, prevista ao teor do art. 33, no seu parágrafo 4º, ocorre na terceira fase da dosimetria da pena, a pena final pode ficar abaixo do mínimo cominado em lei. 5

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