PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE LAGOA

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1 COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE LAGOA PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE LAGOA CADERNO IIII IInfforrmação de Base Julho de 008 Aprovado em reunião de CMDFCI, a 14 de Outubro de 008

2 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caderno II Informação de Base Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Documento elaborado por: Metacortex Consultoria e Modelação de Recursos Naturais, S.A. Data: Julho.008

3 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa FICHA TÉCNICA Cliente Título do projecto Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do concelho de Lagoa Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caderno II Informação de Base Código do projecto Metacortex Portugal Data 9 de Julho de 008 Responsável técnico do projecto Gestora de projecto e coordenadora SIG Recolha e processamento de dados e cartografia José Sousa Uva (Lic. Eng. Florestal ISA; MSc. Recursos Naturais ISA) [cédula profissional nº 38804] Marlene Marques (Lic. Eng. Florestal ISA; MSc Georrecursos IST) Paula Amaral (Lic. Eng. Florestal ISA) Apoio técnico Tiago Pereira da Silva (Lic. Eng. Florestal ISA) Mafalda Rodrigues (Lic. Eng. Florestal ISA) Copyright A reprodução e distribuição deste documento, no todo ou em partes, a outras entidades que não a Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa ou a DirecçãoGeral dos Recursos Florestais está vedada e sujeita a autorização prévia da Metacortex, S.A. que é titular dos direitos de autor do presente documento. Caderno II Informação de Base

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5 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Índice Geral ÍNDICE GERAL ÍNDICE GERAL...I ÍNDICE DE TABELAS...III ÍNDICE DE FIGURAS...III ACRÓNIMOS...IV 1. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA Enquadramento geográfico do concelho Hipsometria Declive Exposição Hidrografia...4. CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA Rede climatológica...5. Temperatura Humidade relativa do ar Precipitação Ventos dominantes CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO População residente por censo e freguesia (1991/001) e densidade populacional (001) Índice de envelhecimento (1991/001) e sua evolução ( ) População por sector de actividade (001) Taxa de analfabetismo (1991/001) CARACTERIZAÇÃO DO USO DO SOLO E DE ZONAS ESPECIAIS Ocupação do solo Povoamentos florestais Áreas protegidas, rede natura 000 (ZPE+ZEC) e regime florestal...19 Caderno II Informação de Base I

6 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Índice Geral 4.4 Instrumentos de gestão florestal Zonas de recreio florestal, caça e pesca Romarias e festas ANÁLISE DO HISTÓRICO E DA CAUSUALIDADE DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS Área ardida e ocorrências Distribuição anual Distribuição mensal Distribuição semanal Distribuição diária Distribuição horária Área ardida por tipo de coberto vegetal Área ardida e número de ocorrências por classes de extensão Pontos de início e causas Fontes de alerta...34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...36 ANEXOS (CARTOGRAFIA DE ENQUADRAMENTO)...37 Índice de Mapas...37 II Caderno II Informação de Base

7 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Índice de Tabelas e Índice de Figuras ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1. Médias mensais da frequência e velocidade do vento no concelho de Lagoa de 1961 a 1990 (Instituto de Meteorologia, )...11 Tabela. Ocupação do solo do concelho de Lagoa...17 Tabela 3. Distribuição das espécies florestais do concelho de Lagoa...18 Tabela 4. Romarias e festas no concelho de Lagoa...3 Tabela 5. Número total de incêndios e causas por freguesia ( )...33 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Valores mensais da temperatura média, média das máximas e valores máximos no concelho de Lagoa entre 1961 e 1990 (Instituto de Meteorologia, )...6 Figura. Valores médios mensais da humidade relativa do ar, no concelho de Lagoa, às 9 e 15/18 horas entre 1961 e 1990 (Instituto de Meteorologia, )...8 Figura 3. Precipitação mensal e máxima diária no concelho de Lagoa para o período compreendido entre 1961 e 1990 (Instituto de Meteorologia, )...10 Figura 4. Frequência da direcção do vento (%) e sua velocidade média (km/h) ao longo do ano (os gráficos a laranja referemse à frequência da direcção do vento e os a azul à sua velocidade média) (Instituto de Meteorologia, )...13 Figura 5. Vista parcial do Parque Municipal do Sítio das Fontes... Figura 6. Distribuição anual da área ardida e número de ocorrências ( )...5 Figura 7. Distribuição da área ardida e número de ocorrências em 007 e médias no quinquénio , por freguesia...5 Figura 8. Distribuição da área ardida e número de ocorrências em 007 e média no quinquénio , por espaços florestais em cada 100 ha...6 Figura 9. Distribuição mensal da área ardida e do número de ocorrências em 007 e média Figura 10. Distribuição semanal da área ardida e do número de ocorrências para 007 e média Figura 11. Valores diários acumulados da área ardida e do número de ocorrências ( )...9 Figura 1. Distribuição horária da área ardida e número de ocorrências ( )...30 Figura 13. Distribuição da área ardida por tipo de coberto vegetal (001007)...31 Figura 14. Distribuição da área ardida e número de ocorrências por classes de extensão ( )...3 Figura 15. Distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta ( )...34 Figura 16. Distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta ( )...35 Caderno II Informação de Base III

8 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Acrónimos ACRÓNIMOS DFCI Defesa da Floresta Contra Incêndios DGRF DirecçãoGeral dos Recursos Florestais FWI Fire Weather Index ICNB Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade IGP Instituto Geográfico Português IM Instituto de Meteorologia INE Instituto Nacional de Estatística PGF Plano de Gestão Florestal ZEC Zona Especial de Conservação ZPE Zona de Protecção Especial ZIF Zona de Intervenção Florestal IV Caderno II Informação de Base

9 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização física 1. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA 1.1 Enquadramento geográfico do concelho O concelho de Lagoa localizase no distrito de Faro, e encontrase delimitado a Norte e a Este pelo concelho de Silves, a Oeste pelo concelho de Portimão e a Sul pelo Oceano Atlântico. Relativamente à Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) de nível II e III, o concelho encontrase inserido na região do Algarve. De acordo com os dados da Carta Administrativa Oficial de Portugal (IGP, 007), o município de Lagoa abrange uma área de aproximadamente 885 ha, que se encontra dividida em 6 freguesias: Carvoeiro (1166 ha), Estômbar (41 ha), Ferragudo (541 ha), Lagoa (747 ha), Parchal (386 ha) e Porches (1564 ha). De referir, ainda, que o concelho de Lagoa se encontra inserido na Circunscrição Florestal do Sul, mais concretamente, no Núcleo Florestal do Algarve. O Mapa 18 permite observar o enquadramento do concelho de Lagoa a nível nacional, identificar os dois concelhos que com ele fazem fronteira e as respectivas freguesias. 1. Hipsometria No que respeita à altimetria no concelho de Lagoa, e como se pode constatar no Mapa 19, referente ao modelo digital do terreno (resolução de 5 metros), verificase que não existem zonas de cota muito elevada, encontrandose a totalidade da área do município inserida em classes altimétricas inferiores a 100 metros. Os andares altimétricos mais representativos são as áreas com uma altitude inferior a 50 metros, cerca de 61% do concelho e a classe entre os 50 e os 100 metros, que representa cerca de 39% da superfície concelhia, no entanto a classe mais elevada, altitude superior a 70 m, tem apenas uma representatividade de 1% no concelho de Lagoa. Podese observar que há um aumento gradual nas altitudes à medida que se progride da zona Oeste para a zona Este do concelho, surgindo as cotas mais elevadas na freguesia de Porches, chegandose a atingir, numa pequena superfície da freguesia, a altitude máxima é de 110 metros. Analisando todas as freguesias individualmente, constatase que a freguesia de Porches é aquela que apresenta uma maior extensão de área nas cotas mais elevadas (superiores a 70m), seguindoselhe a freguesia Lagoa. No extremo oposto encontrase a freguesia do Parchal onde as cotas não vão além do 40 m. A freguesia de Ferragudo apresenta as quatro classes de andares altimétricos, sendo que as zonas mais próximas da costa Oeste possuem cotas inferiores a 0 m, aumentando a altitude gradualmente à medida que se prossegue para Este atingindo a classe entre os 50 e 70 m numa pequena área do concelho (105 ha). Caderno II Informação de Base 1

10 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização física Um aspecto importante relacionado com as características altimétricas do concelho prendese com a visibilidade. O facto do concelho de Lagoa apresentar, na sua generalidade, uma progressão não muito acentuada da altitude das zona Oeste para as zonas Este, leva a que seja possível detectar colunas de fumo a partir de locais relativamente distantes. Este aspecto revelase de grande importância, uma vez que aponta no sentido de que no concelho de Lagoa não será difícil, em princípio, detectar rapidamente a ocorrência de um fogo, o que permitirá combatêlo na sua fase inicial (ver ainda, em relação a este assunto, o capítulo 3.3 do Caderno I, relativo aos postos de vigia e respectivas bacias de visibilidade). 1.3 Declive A distribuição de declives ao nível do concelho é de enorme importância, uma vez que o declive é considerado um dos elementos topográficos de maior importância na propagação do fogo (Vélez, 000 e Viegas, 006). O efeito do declive nas características de uma frente de chamas resulta do facto de as correntes de convecção induzidas pelo fogo em declives acentuados transmitirem calor aos combustíveis que se encontram a jusante, reduzindolhes o teor de humidade, o que leva a um aumento na velocidade de propagação. Por outro lado, nos casos em que um fogo se encontre a subir uma encosta, a frente de chamas inclinase para o combustível ainda não queimado, levando a que este reduza rapidamente o seu teor de humidade devido à transmissão de calor por radiação, o que se traduzirá numa maior rapidez na ignição dos combustíveis e, consequentemente, no aumento da velocidade de propagação. A análise do Mapa de declives (Mapa 0) permite constatar que o concelho de Lagoa possui um relevo pouco acidentado na maioria das freguesias, predominando os declives suaves (em 77% da superfície do concelho os declives não vão além dos 9º). A excepção encontrase ao longo da costa Sul, mais precisamente nas freguesias de Ferragudo, Carvoeiro e costa Sul de Estômbar, mas também no interior do concelho, mais precisamente a Norte das freguesias de Estômbar e Porches, onde os declives podem por vezes atingir valores da ordem dos 5º. No entanto, estes declives mais acentuados têm uma representatividade bastante baixa, não representando mais de 0,5%, da superfície total do concelho. Convém ainda realçar a existência no concelho de situações de ocorrência de infraestruturas em zonas de declive mais acentuado e próximas de vegetação, nomeadamente na localidade da Caramujeira (zona Este da freguesia de Lagoa), na proximidade da vila de Porches, na localidade de Cotevio (freguesia de Estômbar) e na localidade de Vale Crevo. Nestes locais, caso não se garanta uma reduzida quantidade de combustível na proximidade das infraestruturas (habitações e outras), poderão vir a verificarse situações críticas em caso de incêndio, uma vez que as frentes de chamas mostrarão Caderno II Informação de Base

11 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização física tendência para serem mais intensas e progredir mais rapidamente, o que dificultará as acções desenvolvidas pelas forças de combate. Concluise, assim, que embora no concelho de Lagoa os declives acentuados surjam numa área reduzida (os declives superiores ocupam uma área de 6 ha), os mesmos poderão favorecer a progressão de incêndios na proximidade de infraestruturas, situação esta que deverá ser tida em conta e contrariada através da criação de faixas com reduzida quantidade de combustíveis. 1.4 Exposição As exposições do terreno constituem outro importante factor a ter em consideração na análise do comportamento do fogo. Estas influenciam o comportamento da frente de chamas não só por afectarem a produtividade dos terrenos, ou seja, a sua capacidade de acumulação de combustível, como também por influenciarem as variações climáticas verificadas ao longo do dia. O ângulo de incidência dos raios solares influencia directamente a temperatura e humidade dos combustíveis vegetais, assim como, a velocidade e a direcção dos ventos locais que se mostram ascendentes durante o dia (especialmente em zonas de declives acentuados) e descendentes à noite. O concelho de Lagoa, como se pode constatar no Mapa 1, apresenta praticamente a mesma representatividade das diversas exposições. As exposições Sul e Norte são aquelas que apresentam maior predominância, representando cada uma delas cerca de % da área do concelho, seguindose as exposições Este e Oeste com cerca de 0% cada. Quanto às zonas planas, verificase que as mesmas ocupam aproximadamente 15% da área do município de Lagoa. Analisando a distribuição das exposições por freguesias podese verificar a inexistência de um padrão, existindo uma distribuição semelhante de todas as exposições. No entanto é de realçar a presença de zonas planas algo extensas nas freguesias de Estômbar e Lagoa, representando cerca de 14% e % das respectivas áreas das freguesias. As zonas expostas a Sul encontramse geralmente mais quentes e secas do que as expostas a Norte, apresentando, por isso, uma menor quantidade de combustíveis. No entanto, estes possuem um menor teor de humidade, o que facilita grandemente a sua ignição. Como já atrás se fez referência, o concelho de Lagoa apresenta praticamente a mesma representatividade em todas as exposições, existindo, contudo, uma predominância de exposições Sul. Nestes locais será de esperar um ligeiro aumento no risco de ignição e uma maior facilidade de propagação das chamas. Para além das diferenças de temperatura e humidade dos combustíveis que se encontram à superfície, importa ainda referir que as condições climáticas mais adversas (as que originam maiores áreas ardidas em Portugal Continental) surgem muitas vezes associadas a ventos quentes e secos provenientes de Este e Sudeste (ver ponto.5, Caderno II Informação de Base 3

12 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização física relativo ao estudo dos ventos dominantes), sendo que face àquelas condições meteorológicas, as zonas com exposição Este (0% da área do concelho) encontramse particularmente vulneráveis. A inexistência de padrões de exposição claros leva a que não se possam definir, a partir deste factor, locais relativamente aos quais se deva fazer incidir uma maior intensidade de vigilância, pelo que esta deverá ser definida prioritariamente através da análise do histórico de ocorrências (locais onde se verifica o maior número de ignições) e da carta de risco e perigosidade de incêndio (ver o Caderno I do presente Plano). 1.5 Hidrografia O concelho de Lagoa encontrase inserido na bacia hidrográfica das Ribeiras do Algarve. Esta é dividida no âmbito do Plano em seis subbacias hidrográficas. O concelho de Lagoa é abrangido por duas destas subbacias: a do Rio Arade (a maior subbacia em termos de superfície 987 Km ) e a subbacia da Zona Central e Alcantarilha (a terceira maior das subbacias das ribeiras do Algarve ocupando uma área de 811 Km ). A linha de água que mais contribui para o escoamento na subbacia do Rio Arade (Mapa ) é o rio que deu o nome à subbacia, o qual constitui o limite administrativo do concelho (linha de água permanente). Relativamente a outros cursos de água importantes nesta subbacia podese referir a Ribeira do Barranco do Vale da Vila, a Ribeira de Vale Formoso e a Ribeira de Ferragudo, todas elas percorrendo a freguesia de Estômbar, e a freguesia de Ferragudo. A Ribeira do Barranco de Carvoeiro, que atravessa a freguesia de Carvoeiro, a Ribeira de Alagoas e os inúmeros cursos de água afluentes das ribeiras, são linhas de água temporárias. Embora a área do concelho seja percorrida por vários cursos de água, o facto de parte destes terem uma natureza não permanentes leva a que apresentem potencial para funcionar mais como corredores de propagação de fogos do que como locais de contenção da frente de chamas. Isto fica a deverse à ocorrência de condições propícias para o desenvolvimento de vegetação ao longo das margens dos cursos de água durante o Outono e Primavera, vegetação essa que no Verão se encontra com reduzido teor de humidade. Por outro lado, os cursos de água apresentam no Verão um caudal bastante reduzido ou inexistente, não conseguindo por esse motivo contrariar a propagação das chamas. 4 Caderno II Informação de Base

13 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática. CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA.1 Rede climatológica O concelho de Lagoa não apresenta nenhum posto udométrico nem estações meteorológicas dentro dos seus limites administrativos, no entanto encontrase a 771 m do limite Oeste do concelho, mais precisamente no concelho de Portimão, a estação da Praia da Rocha, tendo por esse motivo sido utilizados os valores desta estação. Para a caracterização climática do concelho consideraramse os dados relativos às últimas normais climatológicas disponibilizadas pelo Instituto de Meteorologia, que compreendem um período de 30 anos de registos, desde 1961 a Temperatura O concelho de Lagoa é caracterizado por apresentar uma elevada variação intraanual na temperatura e na precipitação, com Verões quentes e secos e Invernos húmidos de temperaturas mais baixas, típico de zonas de clima mediterrânico. Como se pode observar na Figura 1, a temperatura máxima mensal apresenta ao longo do ano valores próximos dos da temperatura média, atingindo a diferença entre as duas o seu valor máximo nos meses de Julho e Agosto (aproximadamente 5ºC de desigualdade). Analisando as médias mensais do período de 1961 a 1990 verificase que o mês com maiores temperaturas é Agosto. No entanto, os valores extremos são bastante uniformes entre Junho e Setembro, revelando que serão nestes meses que poderão ocorrer as maiores ondas de calor. Durante o período crítico (Maio a Setembro), os valores da temperatura média mostram ser bastante elevados quando comparados com outras zonas do país, particularmente aquelas que se encontram acima do Rio Tejo. No entanto, é interessante verificar que o mesmo não se passa com as temperaturas máximas, que se afiguram como bastante moderadas quando comparadas com as de outros locais com temperaturas médias inferiores. Isto ficará certamente a deverse ao efeito moderador dos ventos costeiros que favorecem uma diminuição da amplitude térmica diária. Os dado revelam, portanto, que no concelho de Lagoa a temperatura é geralmente elevada no período crítico, o que contribuirá para uma maior facilidade de ignição e rapidez de progressão da frente de chamas. No entanto, não existe uma grande amplitude entre os valores médios e os máximos, como por exemplo no região do Alentejo, o que traduz uma tendência para não ocorrerem com frequência valores muito altos. No que se refere à diferença entre os valores extremos máximos mensais e a temperatura máxima, verificase uma maior amplitude de valores, sendo geralmente superior a 9ºC, atingindo esta diferença o Caderno II Informação de Base 5

14 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática valor máximo no mês de Junho (13ºC). Comparando os valores extremos máximos mensais e a temperatura média mensal obtémse, como seria de esperar, uma amplitude ainda mais elevada, sendo as diferenças na maioria dos casos superior a 13ºC, verificandose a maior diferença novamente no mês de Junho com 17ºC. Este dados reforçam a ideia de que a amplitude térmica no concelho de Lagoa durante o período crítico não é muito elevado, não ocorrendo valores extremos muito elevados. Estes são da mesma ordem de grandeza ou inferiores aos registados no centro do país, o que mostra que aquele não é um factor particularmente grave no concelho. A temperatura é dos factores climáticos mais importantes na determinação do risco de incêndio, uma vez que influencia grandemente o teor de humidade presente nos combustíveis vegetais, assim como a sua temperatura e, consequentemente, a energia necessária para que se possa dar a ignição. Como já se fez referência, as temperaturas médias no concelho de Lagoa são bastante elevadas, o que contribui para uma redução da humidade dos combustíveis e para um maior risco de ignição. Isto tenderá a ser ainda mais sentido nas zonas distantes da costa, em especial a zona Norte da freguesia de Estômbar, onde as temperaturas máximas deverão ser ligeiramente superiores Temperatura (ºC) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média Mensal Média das máximas Valores Máximos Figura 1. Valores mensais da temperatura média, média das máximas e valores máximos no concelho de Lagoa entre 1961 e 1990 (Instituto de Meteorologia, ) 6 Caderno II Informação de Base

15 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática.3 Humidade relativa do ar A humidade relativa do ar é outro factor de extrema importância na análise de risco de incêndio uma vez que influencia o comportamento do fogo de duas formas: por um lado a humidade relativa do ar afecta o teor de humidade da vegetação e, em particular, dos combustíveis mortos, por outro, influencia a quantidade de oxigénio disponível para o processo de combustão (quanto maior for o teor de vapor de água numa massa de ar, menor será a quantidade de oxigénio presente na mesma). Os combustíveis finos (de diâmetro inferior a 6 mm) reagem com maior rapidez do que os grossos à variação da humidade relativa do ar, levando menos tempo a estabelecerem o equilíbrio com o meio ambiente. Quanto menor for o teor de humidade dos combustíveis, menor será a quantidade de energia necessária para a sua ignição, o que se traduzirá num aumento da velocidade de propagação da frente de chamas. Como se pode observar na Figura, o teor de humidade relativa do ar no concelho de Lagoa encontrase sempre acima dos 60% às 15h/18h entre os meses de Maio e Setembro, atingindo o valor mínimo no mês de Agosto (60%) e o máximo no mês de Janeiro (87%). Esta situação devese certamente à influência moderadora do oceano Atlântico e também do rio Arade que na sua foz apresenta elevada distância entre as margens. No que respeita ao risco de incêndio, considerase como valores críticos de humidade os que se encontram próximos dos 30%, valores estes que mostram ser muito inferiores aos característicos do concelho. Convém, no entanto, referir que os valores de humidade relativa do ar indicados na Figura deverão ter maior aderência às condições verificadas na zona costeira do concelho de Lagoa (proximidade da estação meteorológica à costa). Os dados revelam, portanto, que a humidade relativa do ar no concelho de Lagoa é bastante elevada ao longo do ano, o que contraria o efeito da elevada temperatura sobre os combustíveis (aumento da sua temperatura e redução do seu teor de humidade facilitando a ignição). Este poderá ser uma das principais causas, juntamente com as características da distribuição espacial dos combustíveis, para a reduzida extensão de área ardida anual. As zonas mais interiores do centro do país, como por exemplo a zona da Covilhã, com áreas muito significativas de floresta, apresentam valores de humidade relativa bastante mais reduzidos que os registados no concelho de Lagoa. Outra importante componente na análise da humidade relativa prendese com a variação entre o teor de humidade relativa das horas mais frescas do dia (9h ou 1h) comparativamente às horas mais quentes do dia (15h/18h) devido à importância das horas mais frescas apresentam no combate aos incêndios. Observando a Figura verificase não existir uma grande variação diária no teor de humidade, ficando a diferença nos meses críticos em torno dos o 7%. Este dado, além de indicar que a humidade relativa não constitui um elemento que influenciará significativamente o combate a incêndios ao longo do dia, reforça a ideia que o teor de humidade relativa no concelho de Lagoa funciona como um elemento Caderno II Informação de Base 7

16 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática moderador das elevadas temperaturas que se fazem sentir no mesmo durante o verão É também relevante realçar a importância da existência de um acompanhamento mensal dos valores médios da humidade relativa por forma a se verificar se encontram muito abaixo dos valores médios históricos, pois caso esta situação ocorra deverá constituir um alerta para as forças de prevenção e combate a incêndios Humidade relativa (%) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 9H h/18H Figura. Valores médios mensais da humidade relativa do ar, no concelho de Lagoa, às 9 e 15/18 horas entre 1961 e 1990 (Instituto de Meteorologia, ).4 Precipitação A quantidade de precipitação anual e a sua distribuição é outro factor climático de extrema importância no estudo de risco de incêndio, sendo um dos principais parâmetros na formulação de índices de risco cumulativos, como por exemplo o FWI (Fire Weather Index). De facto, a precipitação é a componente climática que mais influência tem sobre o teor de humidade do solo, vegetação e combustíveis mortos. A sua influência é imediata sobre os combustíveis mortos, cujo teor de humidade está dependente do 8 Caderno II Informação de Base

17 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática equilíbrio que estabelecem com o meio ambiente, e um pouco mais demorada nos combustíveis vivos, uma vez que estes demoram um certo tempo até incorporarem nos seus tecidos a água disponível no solo. A Figura 3 apresenta a distribuição da precipitação mensal ao longo do ano, para o período compreendido entre 1961 e 1990, assim como o valor máximo de precipitação diária. Relativamente à precipitação média total, podese observar que a partir de Abril há uma quebra acentuada nos seus valores, verificandose que Julho é o mês mais seco, com cerca de 1 mm de precipitação, situação essa contrariada a partir de Setembro, mês a partir do qual os valores de precipitação vão aumentando significativamente até Novembro onde se verifica o valor máximo na precipitação média total (cerca de 7 mm). Quanto à precipitação máxima diária, constatase a existência de duas situações contrárias. Nos meses de Outono e Inverno os valores de precipitação máxima diária são inferiores às médias mensais, com excepção de Outubro que é o mês com o valor diário mais elevado (86 mm). Pelo contrário, nos meses de primavera e verão, as precipitações máximas diárias são superiores aos valores médios registados, sendo Julho o mês com o valor de precipitação diária mais baixo (cerca de 5 mm). Os dados revelam que no concelho de Lagoa os valores de precipitação são muito reduzidos quando comparados com outras zonas do país, o que levará a que os combustíveis se encontrem muito secos durante a altura crítica. Os dados das precipitações máximas diárias revelam também que Julho e Agosto não será de esperar que ocorram precipitações que revertam de forma eficaz o estado de secura dos combustíveis vegetais. A marcada concentração da precipitação nos meses de Outono e Inverno tem como consequência dois aspectos que actuam em sentido contrário no que respeita ao comportamento do fogo. Por um lado, os combustíveis vegetais, devido ao elevado número de meses com pouca precipitação, encontramse bastante secos no Verão o que facilita quer o processo de ignição (necessitam de menor energia para que se dê a ignição), quer o processo de propagação das chamas, uma vez que é necessária menor quantidade de energia para evaporar a água dos combustíveis que se encontram a jusante e atingir o seu ponto de ignição. Por outro lado, esta escassez de água disponível também interfere com o crescimento da vegetação, limitando o seu desenvolvimento, o que terá como consequência uma menor capacidade de acumulação de combustível. Isto poderá significar não só que os incêndios em alguns locais não encontrarão grandes quantidades de combustível, o que reduzirá a sua intensidade, como também que as intervenções para controlo da vegetação poderão ser mais espaçadas temporalmente do que noutros locais do país, onde as condições climáticas possibilitam um maior desenvolvimento da vegetação. Caderno II Informação de Base 9

18 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática Precipitação (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Prec. média total Prec. máxima diária Figura 3. Precipitação mensal e máxima diária no concelho de Lagoa para o período compreendido entre 1961 e 1990 (Instituto de Meteorologia, ).5 Ventos dominantes O vento é outro factor fundamental na determinação do comportamento do fogo, sendo muitas vezes o responsável pela sua rápida propagação e superação de barreiras de defesa. Por outro lado, os incêndios muito intensos dão origem a fortes correntes convectivas (grandes massas de ar em ascensão cujo efeito no fogo se torna mais marcado em zonas de declives acentuados) e levam a que massas de ar vizinhas se desloquem para o local do fogo, intensificandoo muitas vezes. O vento interfere no comportamento e propagação do fogo através de diferentes processos. Numa primeira fase, o vento pode favorecer a dissecação da vegetação, caso a temperatura do ar se mostre elevada e o teor de humidade relativa baixo, propiciando condições favoráveis ao processo de ignição e propagação do fogo. Outro processo importante influenciado pelos ventos prendese com a disponibilização de comburente (oxigénio) para a reacção química de combustão. A ocorrência de ventos fortes permite uma maior disponibilidade de oxigénio para o processo de combustão, aumentando a sua eficiência, o que resulta na intensificação da propagação da frente de chamas. Por último, importa ainda referir o papel muito importante que o vento desempenha na disseminação do fogo e criação de múltiplas frentes de chama, o que poderá dificultar bastante a acção das forças de combate. Isto fica a deverse 10 Caderno II Informação de Base

19 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática à capacidade do vento em projectar partículas incandescentes, podendo estas constituir focos secundários de incêndio, não só na área circundante ao fogo, como em locais mais afastados, muitas vezes a quilómetros de distância. Tal é possível devido à ascensão de materiais finos, muitos deles incandescentes, nas intensas colunas convectivas formadas pelos incêndios, o que lhes permite serem transportados a grandes distâncias. No que respeita ao padrão dos ventos no concelho de Lagoa (Tabela 1), verificase que nos meses de maior risco de incêndio (Maio a Setembro) os ventos dominantes são provenientes do quadrante ocidental, em particular de Noroeste e Sudoeste, padrão que se inicia em Março e termina em Outubro, altura em que a direcção predominante dos ventos muda para Noroeste. A distribuição da velocidade média do vento tem uma certa variação relativamente à frequência da direcção do vento, dado que as velocidades médias mais elevadas encontramse associadas ao quadrante Este, mais concretamente às direcções Este, direcção esta que nos meses entre Maio a Setembro atinge velocidades médias acima dos 1 km/h. É de referir que nos meses entre Janeiro e Abril as velocidades médias dominantes provêm novamente do quadrante Este, com velocidades acima dos 6 km/h. Relativamente ao padrão verificado entre Maio e Setembro, os ventos dos quadrantes Sul, Norte e de Oeste apresentamse relativamente mais fracos que o do quadrante Este que apresenta tendência para manter uma certa regularidade ao longo do ano. Tabela 1. Médias mensais da frequência e velocidade do vento no concelho de Lagoa de 1961 a 1990 (Instituto de Meteorologia, ) MESES N NE E SE S SW W NW C f v f v f v f v f v f v f v f v f Janeiro 15,4 10,0 1,8 1,0 7,3 8,1 8,7 19,1 5,6 4,7 13,7 0,7 8,0 17,8 14,4 1,5 5,1 Fevereiro 1,1 11,1 18,1 1,1 5,6 9,9 9,5 3,3 5,0 3,3 17, 3,7 8,7 1,5 19,0 13,0 4,7 Março 13,4 1,5 17,3 13,4 6,4 9, 7,8,7 3,8 18,1 13,8 19,5 8,0 19,4 4,1 14,0 5,4 Abril 9,8 13,1 11,6 13,3 3, 6,0 7,0 1,0 3,4 18,6 17,9 17,1 9,5 16,0 30,6 15, 6,9 Maio 7,7 14,6 9,1 15,9,3,3 6,9 15,7 4,4 14,0 19,9 16,8 8,6 15,4 34, 15,4 6,8 Junho 4,4 13,0 6,9 1,1,9,0 7,9 15,7 4,9 10,3 1,9 14,1 10,4 15,1 3,5 14,9 8, Julho 6, 1,5 7, 16,1,0 0,6 7,5 17,4 4,0 10, 16,6 1,1 11,4 15,8 36,8 16, 8,3 Agosto 7,4 13,7 8,4 15,1 1,7 1,4 6, 16,4 3,5 11,9 16,4 13, 10,0 1,5 35,0 16, 11,4 Setembro 8,9 11,9 10,4 11,3 4,7 4,4 7,6,4 3,1 10,8 17,4 15,0 8, 13,5 6,8 13, 1,9 Outubro 1,5 10,7 18,0 10,9 7,0 3,4 1,4 4,1 5,0 18,7 1,6 15,3 5,9 13,7 18,8 1,4 7,8 Novembro 18,8 11,,6 11,5 5,0 8,8 9,4 19,7 4, 0,0 13,6 18,8 4,9 15,0 16,6 1,0 4,9 Dezembro 17, 1,1 6,8 1,6 5,4 4, 7,5 18, 4,5 18,7 13,9 0,4 7,1 19, 13,5 11,3 4, f frequência (%); v velocidade do vento (km/h); c situação em que não há movimento apreciável do ar, a velocidade não ultrapassa 1 Km/h Caderno II Informação de Base 11

20 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO 1 Caderno II Informação de Base

21 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática NOVEMBRO DEZEMBRO ANO Figura 4. Frequência da direcção do vento (%) e sua velocidade média (km/h) ao longo do ano (os gráficos a laranja referemse à frequência da direcção do vento e os a azul à sua velocidade média) (Instituto de Meteorologia, ) Durante a época estival, os ventos provenientes do quadrante leste tendem a ser bastante quentes e secos, o que, como já foi referido, favorece a ocorrência de incêndios. O comportamento do vento no concelho de Lagoa nos meses de maior risco de incêndio demonstra que, apesar dos ventos mais frequentes provirem do quadrante mais ocidental, que são tendencialmente mais frescos e húmidos, podendo assim diminuir o risco de incêndio, os ventos mais fortes, provenientes de leste, podem influenciar negativamente o comportamento dos incêndios. Pereira et al. (006) estudaram detalhadamente as condições meteorológicas que se encontram associadas a grandes incêndios e concluíram que estes têm lugar quando o anticiclone do Açores se encontra alongado sobre a Europa central e ligado a um centro de altas pressões situado sobre o mediterrâneo, formandose uma crista de altas pressões sobre a Península Ibérica e um afluxo de massas de ar dominado por uma forte componente meridional. À superfície, estes dias caracterizamse pela predominância de ventos provenientes de Este e Sudeste, com advecção 1 anómala de massas de ar muito quente e seco provenientes do Norte de África que são ainda mais aquecidas ao atravessar a meseta central da Península Ibérica. 1 Transmissão de calor, por meio de correntes horizontais, através de um líquido ou gás Caderno II Informação de Base 13

22 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização climática Preconizase, pois, que perante aquelas condições meteorológicas raras, as equipas de combate e prevenção se encontrem em estado de alerta, uma vez que o risco de ocorrência de incêndios se torna extremamente elevado, assim como o da sua rápida propagação. Importa ainda referir que as interacções que se estabelecem entre o fogo e o vento são grandemente influenciadas pelo declive e exposição do terreno, pelo que em caso de incêndio deverá anteciparse a tendência de progressão da frente de chamas e avaliar os riscos de intensificação do incêndio mediante as características topográficas dos terrenos que se encontram a jusante da frente de chamas e da sua quantidade e tipo de combustíveis. 14 Caderno II Informação de Base

23 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização da população 3. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO 3.1 População residente por censo e freguesia (1991/001) e densidade populacional (001) Na caracterização da população apenas se encontravam disponíveis os dados referentes ao Censos 1991 e 001, não tendo sido fornecidos os dados do Censos 1981 e como tal a análise não contempla este Censo. De acordo com dados apurados no Censos 001, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que se apresentam no Mapa 3, verificase a existência de uma elevada densidade populacional do concelho de Lagoa, cerca de 3 hab/km, que é praticamente o dobro do valor nacional (11 hab/km ) e o triplo do respectivo valor para o distrito de Faro (78 hab/km ). A freguesia do Parchal destacase das restantes por apresentar uma maior concentração populacional, com uma densidade em 001 de aproximadamente 879 hab/km, ou seja, cerca de 3,8 vezes superior ao valor médio do concelho e cerca de 7,8 vezes ao valor nacional. De salientar ainda a freguesia de Porches por ser a menos povoada comparativamente às restantes freguesias do concelho, com um valor de densidade populacional de cerca 11 hab/km. Proporcionalmente, esta freguesia apresenta uma densidade 7, vezes inferior ao valor da freguesia do Parchal e apresenta um valor semelhante à densidade populacional ao nível nacional. Analisando a evolução da população residente por freguesia nas últimas duas décadas (Mapa 3) verificase um aumento considerável da população residente ao nível concelhio, com excepção das freguesias de Ferragudo que apresentam uma variação no período em estudo. 3. Índice de envelhecimento (1991/001) e sua evolução ( ) O índice de envelhecimento foi calculado com base nos dados dos Censos de 1991 e 001 (INE), visto não se encontrarem disponíveis os dados para Relativamente ao índice de envelhecimento para 001, podese referir que as freguesias de Ferragudo (167) e Porches (114) se encontram acima dos valores de Portugal (104) e a freguesia de Ferragudo com valores acima do distrito de Faro (18), enquanto que as restantes freguesias se encontram abaixo da média do país e do distrito, realçando a freguesia do Parchal como a que apresenta um índice de envelhecimento menor (59). Quanto à freguesia de Lagoa, esta situase acima da média nacional, mas abaixo da média do distrito, com um valor de 116. A partir da análise do Mapa 4, relativamente à análise evolutiva do índice de envelhecimento, constatase que em todas as freguesias tem ocorrido um aumento relativamente elevado do envelhecimento ao longo do período referido, excepto a freguesia do Carvoeiro que mantém o seu valor. É de realçar que a freguesia de Ferragudo entre 1991 e 001 teve uma evolução do índice da ordem dos 7%. Relativamente às restantes freguesias podese verificar que a evolução do Caderno II Informação de Base 15

24 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização da população índice varia entre os 0% na freguesia do Carvoeiro até aos 45% na freguesia de Estômbar. Apesar da freguesia do Carvoeiro ser excepção, os dados referentes às restantes freguesias são indicativos da existência de um agravamento do índice ao longo do período em análise e de que o concelho de Lagoa tem sofrido um aumento na proporção de idosos comparativamente à proporção de jovens, levando ao envelhecimento da população, não sendo possível assim o rejuvenescimento da mesma. A acções preconizadas na sensibilização e fiscalização em termos de DFCI no concelho de Lagoa serão elaboradas tendo em consideração este índice, ou seja, as campanhas terão em linha de conta o facto da população alvo neste concelho ser maioritariamente idosa e dessa forma, para além do tipo de acções a desenvolver, a linguagem a utilizar necessitar de ser mais acessível. 3.3 População por sector de actividade (001) A distribuição da população por sector de actividade foi obtida a partir dos dados dos Censos de 001 do INE e apresentase no Mapa 5. O sector terciário é aquele que apresenta uma maior proporção da população, ou seja, cerca de 71% da população do concelho, com destaque para as freguesias do Parchal e Carvoeiro com 77% e 75%, respectivamente. O sector secundário representa aproximadamente 5% da população do concelho, tendo o sector primário cerca de 3% da população. Analisando os três sectores de actividade por freguesia, podese constatar que existe uma distribuição semelhante destes, sendo o sector terciário o predominante em todas as freguesias. 3.4 Taxa de analfabetismo (1991/001) A taxa de analfabetismo do concelho de Lagoa em 001 é considerada ligeiramente superior (9,5%) aos valores existentes ao nível nacional (9%). Tendo em consideração a informação apresentada no Mapa 6, podese constatar que apenas as freguesias de Ferragudo, Porches e Estômbar têm taxas superiores à média nacional e a freguesia de Lagoa apresenta uma taxa semelhante, cerca de 9%. As freguesias que actualmente se destacam por apresentarem uma taxa de analfabetismo mais baixa são a freguesia do Parchal e de Carvoeiro, com valores da ordem dos 8% e 6%, respectivamente. Relativamente à evolução temporal da taxa de analfabetismo, apenas se encontravam disponíveis dados para o período de 1991 a 001. Durante esse intervalo de tempo verificase uma diminuição na maioria das freguesias, com excepção da freguesia de Ferragudo que apresenta um aumento ligeiro, cerca de 4% nos valores da taxa. É importante ainda referir que as diminuições na variação dos valores da taxa, no período entre 1991 e 001, são relativamente constantes, na ordem dos %. 16 Caderno II Informação de Base

25 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização do uso do solo e de zonas especiais 4. CARACTERIZAÇÃO DO USO DO SOLO E DE ZONAS ESPECIAIS 4.1 Ocupação do solo A ocupação do solo foi obtida através da realização da fotointerpretação do concelho de Lagoa, com recurso a imagens aéreas ortorectificadas, em formato digital, (cobertura aerofotográfica de 006) com três bandas espectrais na gama do visível e resolução espacial de 0,5 m. A fotointerpretação foi realizada em écran e de acordo com o manual de fotointerpretação de manchas (Metacortex, 007), à escala 1: Na fotointerpretação delimitaramse e classificaramse os objectos identificados como manchas homogéneas do ponto de vista da utilização e ocupação do solo, de área igual ou superior a 1 ha e de largura média igual ou superior a 0 m. Os objectos identificados como manchas homogéneas foram delimitados, sempre que possível, por limites naturais, tais como rios ou características topográficas, ou por limites artificiais como estradas e caminhos, que possam ser reconhecidas facilmente no campo e nas fotografias aéreas. Analisando a Tabela e o Mapa 7, podese constatar que a agricultura é a ocupação dominante no concelho de Lagoa, representando cerca de 60% da superfície do concelho (573 ha), sendo a freguesia de Lagoa aquela que tem maior extensão de área agrícola (cerca de 1997 ha). As áreas sociais são o segundo tipo de ocupação do solo mais representativo no concelho, ocupando uma área de aproximadamente 160 ha, ou seja, cerca de 18% da área total. As freguesias com maior extensão de áreas sociais são Carvoeiro, com uma superfície de 439 ha e Estômbar, com cerca de 358 ha. As áreas florestais e de incultos representam cerca de 17% da área total do concelho (1466 ha), ocupando as superfícies aquáticas, os sapais e os improdutivos aproximadamente 5% (485 ha). Tabela. Ocupação do solo do concelho de Lagoa OCUPAÇÃO DO SOLO (ha) FREGUESIAS ÁREAS SOCIAIS AGRICULTURA FLORESTA IMPRODUTIVOS INCULTOS (MATOS) ÁGUAS SAPAL CARVOEIRO ESTÔMBAR FERRAGUDO LAGOA PARCHAL PORCHES TOTAL Caderno II Informação de Base 17

26 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização do uso do solo e de zonas especiais Concluise, portanto, no que respeita à Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI), que o concelho de Lagoa não apresenta uma área de espaços florestais muito significativa, quando comparado com Portugal Continental (17% do concelho de Lagoa contra 61% da totalidade do território continental). Por outro lado, a maioria das manchas de espaços florestais existentes não apresentam elevada continuidade, sendo disso prova o facto de a maior mancha do concelho (constituída por matos), localizada na zona Oeste da freguesia do Prachal, apresentar uma extensão de 3 ha. A maior mancha de floresta é relativa a um povoamento de 4 ha de sobreiro e alfarrobeira localizado na freguesia de Estômbar, a Sul da autoestrada A (ver ponto seguinte). 4. Povoamentos florestais No concelho de Lagoa, e de acordo com a Tabela 3 e o Mapa 8, os povoamentos florestais são, na sua maioria, constituídos por formações naturais vegetais (34%), seguindose os povoamentos de alfarrobeira (7%) e os povoamentos de pinheiromanso (19%). Os povoamentos contendo resinosas diversas, como pinheiro do alepo e pinheirobravo, ocupam 13% da área total de floresta do concelho de Lagoa, não indo as áreas de sobreiro além dos 7%. Tabela 3. Distribuição das espécies florestais do concelho de Lagoa FREGUESIAS ÁREA FLORESTAL (ha) PINHEIRO MANSO ÁREA OCUPADA POR POVOAMENTO FLORESTAL (ha) ALFARROBEIRA FORMAÇÕES NATURAIS VEGETAIS OUTRAS RESINOSAS SOBREIRO CARVOEIRO ESTÔMBAR FERRAGUDO LAGOA PARCHAL PORCHES TOTAL Importa salientar que os povoamentos de alfarrobeira do concelho de Lagoa encontramse na sua maioria, conduzidos, com gradagens frequentes, o que não permite a acumulação de combustíveis florestais. Quanto às formações naturais vegetais, apresentam uma maior carga de combustível por serem constituídas por comunidades arbustivas de diversas espécies, e ainda por zambujeiro e alfarrobeira. Os povoamentos de pinheiromanso têm essencialmente como funções a protecção do solo e o recreio, apresentando pouca vegetação no subcoberto, levando a que eventuais incêndios nestas zonas 18 Caderno II Informação de Base

27 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização do uso do solo e de zonas especiais apresentem uma reduzida intensidade. Concluise, portanto, que os povoamentos contendo formações naturais vegetais e resinosas diversas, que representam um total de 33 ha no concelho, deverão ser as áreas florestais onde os incêndios apresentarão maior intensidade (incêndios de dificuldade de combate acrescida e com potencial para gerar maior dano nas árvores). 4.3 Áreas protegidas, rede natura 000 (ZPE+ZEC) e regime florestal A biodiversidade é um valor fundamental que deve ser protegido e fomentado por forma a garantir não só a sustentabilidade dos habitats, como também a sustentabilidade do desenvolvimento local e regional, dada a sua valorização turística, para não mencionar a responsabilidade das actuais gerações em transmitir um capital natural às gerações futuras. A protecção da biodiversidade exige, portanto, um esforço de identificação dos locais que se encontram mais sensíveis à acção humana e que merecem especial esforço de compatibilização entre os objectivos de conservação e as acções que se desenvolvem nos espaços rurais, como as intervenções florestais, agrícolas e de DFCI. No que se refere ao enquadramento legal em termos de ordenamento do território no âmbito da Rede Natura 000, é através do DecretoLei 140/99 de 4 de Abril, com a redacção dada pelo DecretoLei n.º 49/005, de 5 de Fevereiro, que se procedeu à transposição para a ordem jurídica interna de duas directivas: a Directiva n.º 79/409/CEE, do Concelho de de Abril, relativa à conservação das aves selvagens (Directiva Aves) e da Directiva n.º 9/43/CEE, do Concelho de Ministros, de 1 de Maio, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens (Directiva Habitats). No que se refere à Directiva Aves, este diploma tem como objectivo a protecção a protecção, gestão e controlo das espécies de aves que vivem no estado selvagem no território da União Europeia, regulamentando a sua exploração. Esta directiva prevê directiva prevê que o estabelecimento de medidas de protecção passa nomeadamente pela designação de zonas de protecção especial (ZPE), correspondentes aos habitats cuja salvaguarda é prioritária para a conservação das populações de aves. Portugal transpôs esta directiva para a ordem jurídica interna através do DecretoLei n.º 75/91, de 14 de Fevereiro. Em termos de direito comunitário, a regulamentação relativa à conservação da Natureza alicerçase em torno das directivas aves e habitats, de âmbito complementar e objectivos substantivamente idênticos, que se consubstanciarão em conjunto no instrumento de conservação comunitário por excelência: a Rede Natura 000. A Rede Natura 000 é uma rede europeia de espécies e de espaços naturais protegidos para conservar a biodiversidade europeia. È composta por áreas de importância comunitária para a conservação de habitats e espécies, nas quais as actividades humanas deverão ser compatíveis com a preservação Caderno II Informação de Base 19

28 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização do uso do solo e de zonas especiais destes valores, visando uma gestão sustentável do ponto de vista ecológico, económico e social. A Rede Natura 000 é formada por Zonas de Protecção Especial (ZPE) estabelecidas ao abrigo da Directiva Aves, que se destinam essencialmente a garantir a conservação das espécies, e seus habitats, listadas no seu anexo I, e das espécies de aves migratórias não referidas no anexo I e cuja ocorrência seja regular; e por Zonas Especiais de Conservação (ZEC) (resultam da aprovação dos Sítios da Lista Nacional e, posteriormente, dos Sítios de Importância Comunitária) criadas ao abrigo da Directiva Habitats, com o objectivo de contribuir para assegurar a Biodiversidade, através da conservação dos habitats naturais (anexo I) e dos habitats de espécies da flora e da fauna selvagens (anexo II), considerados ameaçados no espaço da União Europeia. No território do município de Lagoa não existem áreas com estatuto de área protegida (e.g.parque Natural, Reserva Natural), mas este município encontrase parcialmente incluído na Zona Especial de Conservação (ZEC), denominado por Sítio Arade/Odelouca, apresentando uma área total de 11 ha, dos quais 13% (cerca de 79 ha) encontramse dentro dos limites administrativos do concelho mais precisamente nas freguesias de Estômbar e Parchal (Mapa 9). Além desta Zona existe a Sul do território concelhio, uma Zona de Protecção Especial (ZPE), designado por Leixão da Gaivota, que apresenta uma superfície total de 0,16 ha e encontrase totalmente contido nos limites do concelho de Lagoa. O Sítio Arade/Odelouca (Resolução do Conselho de Ministros nº 76/00, de 5 de Julho) desenvolvese ao longo do troço final do rio Arade e do seu principal afluente, a ribeira de Odelouca. Este sítio é caracterizado por apresentar uma elevada diversidade genética de ciprinídeos, bem como uma variedade de habitats elevada, alterandose entre vales encaixados, a Norte, onde abunda a vegetação ripícola serrana de salgueirobranco (Salix alba) e choupo branco (Populus alba) e mais a Sul vales com maior largura influenciada por salinas e acentuandose o seu carácter estuarino à medida que se aproxima do litoral, onde há o predomínio de áreas de sapal, lodaçal e areal, alternando com zonas agrícolas. A espécie de ciprinídeos mais importante neste sítio é a bogadosudoeste, a qual apenas se encontra nas bacias dos rios Mira e Arade. Podese referir ainda a importância deste sítio no que se refere ao abrigo de colónias de morcegos com estatuto de ameaça, principalmente morcegodeferraduramourisco, e morcegode ferradurapequeno. Neste sítio o essencial do coberto vegetal é dominado por matagal. Os diversos factores de ameaça não incluem os incêndios florestais, indicandose antes como elementos de risco a construção de infraestruturas causadas pela expansão urbanoturística, as dragagens, poluição com origem agrícola ou efluentes de suiniculturas e corte de vegetação ripícola. As principais orientações de gestão deste sítio são a melhoria da qualidade da água e a manutenção da morfologia do leito e da vegetação ribeirinha por forma a se conservar as linhas de água e as espécies que dependem desse meio. 0 Caderno II Informação de Base

29 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização do uso do solo e de zonas especiais Relativamente à ZPE de Leixão da Gaivota, é um ilhote rochoso próximo da costa algarvia e é considerado de extrema importância na região do Algarve para a nidificação da Garçabranca (Egretta garzetta)e Carraceiro (Bubulcus ibis). Neste local os factores de ameaça não incluem os incêndios florestais, referindose como principal a perturbação humana da tranquilidade da colónia e alteração de zonas húmidas próximas, áreas importantes de alimentação dos indivíduos da colónia. O concelho de Lagoa não se encontra abrangido por áreas sob o regime florestal, no entanto é importante salientar a presença de duas árvores de interesse público, situadas no centro do concelho, a árvore isolada Olea europaea L.var europaea (KNJ1/333) e a árvore isolada Pinus pinea L (KNJ1/189). 4.4 Instrumentos de gestão florestal No que se refere aos instrumentos de gestão florestal no concelho, à data de elaboração deste Plano, não existem instrumentos de gestão florestal para as suas áreas, nomeadamente, Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e Planos de Gestão Florestal (PGF). 4.5 Zonas de recreio florestal, caça e pesca A actividade da caça no concelho de Lagoa representa cerca de 4974 ha da área do concelho (Mapa 30), o que representa aproximadamente 56% da sua superfície e comporta três zonas de caça municipal. Sendo significativa a área ocupada por zonas de caça tornase necessário ter em consideração comportamentos de riscos por parte dos caçadores, de forma a evitar ignições de incêndios florestais. Desta forma, serão consideradas acções de sensibilização que preconizem este grupoalvo de modo a evitar comportamentos que aumentem o risco de ignições. No que se refere a zonas de recreio florestal, existem 3 parques no concelho (Mapa 30). A sul do concelho localizamse dois parques de merendas, que servem de apoio à população que se desloca à praia e a Norte o Parque Municipal do Sítio das Fontes, com uma área total de 18 ha e que se localiza ao longo das margens de um esteiro da margem esquerda do rio Arade, perto da Vila de Estombar. Neste Parque existe uma grande diversidade de ambientes representativos da paisagem mediterrânica, nomeadamente, sapal, paúl, matagal, uma pequena lagoa temporária, zonas agrícolas abandonadas e planos e linhas de água. O Sítio das Fontes encontrase rodeado por manchas de formações naturais vegetais, com elevada carga combustível e, como tal, tornase necessário definir acções de DFCI a este Parque, nomeadamente, através da definição da respectiva Faixa de Gestão de Combustível (FGC), com o objectivo de isolar focos potenciais de incêndios. Caderno II Informação de Base 1

30 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lagoa Caracterização do uso do solo e de zonas especiais Figura 5. Vista parcial do Parque Municipal do Sítio das Fontes Além do Parque Municipal existem ainda dois percursos que atravessam entre outras áreas, zonas de povoamentos florestais e de matos, sendo também necessário uma particular atenção na sensibilização dos turistas para os seus eventuais comportamentos de risco de ignição de incêndios florestais. O percurso da Nossa Senhora da Rocha a Ferragudo, com uma extensão de 0 km, estendese ao longo da costa, enquanto que o percurso de Lagoa, Estombar e Sítio das Fontes tem uma extensão de 7 km, ambos os percursos poderão ser realizados de viatura automóvel, a pé ou de bicicleta. 4.6 Romarias e festas No concelho de Lagoa realizamse, ao longo do ano, diversas romarias, festivais e festas(tabela 4), apesar do número significativo é pouco usual a utilização de foguetes e/ou fogo de artifício e quando isso acontece o seu lançamento ocorre em zonas urbanas. Caderno II Informação de Base

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