Relatório Provisório de Incêndios Florestais
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1 Autoridade Florestal Nacional Relatório Provisório de Incêndios Florestais Fases Alfa, Bravo e Charlie Lisboa // 1 de Janeiro a 15 de Julho de 2011 Portugal sem fogos depende de todos
2 Autoridade Florestal Nacional Informação estatística sobre áreas ardidas e ocorrências 1 de Janeiro a 15 de Julho de 2011 Elaborado pela Direcção de Unidade de Defesa da Floresta Fonte: AFN Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais [2/9] Relatório provisório de incêndios florestais Autoridade Florestal Nacional
3 Sumário Executivo A base de dados nacional de incêndios florestais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2011, um total de ocorrências (1.415 incêndios florestais e fogachos) que resultaram em ha de área ardida, entre povoamentos (3.427ha) e matos (7.067ha). O histórico do último decénio, entre 2001 e 2010, do total de ocorrências e área ardida, registado no período em análise, (quadro 1), mostra que em 2011 o número contabilizado de ocorrências é inferior em cinco dos últimos dez anos (2002, 2003, 2004, 2005 e 2009) e a área ardida em sete dos últimos dez anos (2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2009). Comparando os registos do corrente ano com os valores médios do decénio anterior, registaram-se menos 192 ocorrências (-2%), e menos ha ardidos de espaços florestais (-51%). Quadro 1 Número de ocorrências e correspondente área ardida, por ano, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho, e totais anuais entre 2001 e Ocorrências Área ardida (hectares) Anos Incêndios Florestais Fogachos (Área <1ha) Total 1Jan 31 Dez Povoamentos Matos Total 1Jan 31 Dez Média Objectivo do PNDFCI para média/ano* < * Plano Nacional Defesa Floresta Contra Incêndios: Ao mesmo tempo que fazemos cumprir o nosso objectivo de reduzirmos a área ardida a menos de 100 mil hectares/ano em Resolução de Conselho de Ministros Nº 65/2006, de 26 de Maio. Autoridade Florestal Nacional Relatório provisório de incêndios florestais [3/9]
4 Análise distrital Observando as estatísticas distritais, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2011, verifica-se que o maior número de ocorrências se encontra no distrito do Porto (quadro 2), sendo que das ocorrências registadas, (91%) correspondem a fogachos, afectando áreas inferiores a 1 hectare. Distritos como Braga, Viana do Castelo e Aveiro apresentam também um número de ocorrências elevado. O distrito de Braga é aquele que regista um número mais elevado de incêndios florestais (282). Contam-se 944 reacendimentos, até à data, cabendo ao distrito de Aveiro o número mais elevado (284). Também Viana do Castelo e Porto registam um número elevado de reacendimentos com 270 e 227, respectivamente. No que respeita à área ardida dos ha contabilizados até 15 de Julho, 57% (6.019ha) ocorreu nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real com 2.661ha, 1.507ha e 1.426ha respectivamente. Quadro 2 Número de ocorrências e área ardida, por distrito, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2011 (Reac. Reacendimentos) Ocorrências Área ardida (hectares) Distrito Incêndios Florestais Fogachos (Área<1ha) Reac. Total Povoamentos Matos Total Florestal Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Évora Faro Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Viseu TOTAL * Plano Nacional Defesa Floresta Contra Incêndios: Ao mesmo tempo que fazemos cumprir o nosso objectivo de reduzirmos a área ardida a menos de 100 mil hectares/ano em Resolução de Conselho de Ministros Nº 65/2006, de 26 de Maio. [4/9] Relatório provisório de incêndios florestais Autoridade Florestal Nacional
5 Análise mensal Da apreciação das estatísticas mensais (quadros 3 e 4) conclui-se que apesar do mês de Junho ter registado o maior número de ocorrências a área ardida nesse mês foi inferior à média do decénio em cerca de 55%. Os meses de Março e Abril contemplam um elevado número de ocorrências e áreas ardidas justificável, em parte, pelo uso do fogo em comportamentos negligentes (maioritariamente resultantes de queimas e queimadas). O mês de Junho é onde se registam os maiores valores de ambos os parâmetros analisados, sendo que nos três meses mais representativos em área ardida (Março, Abril e Junho) foram consumidos pelos incêndios cerca de 72% da área total (7.567ha). Apesar de os meses de Junho e Julho apresentarem valores mensais de área ardida substancialmente inferiores às médias do decénio anterior, o número de reacendimentos nestes dois meses (481 e 195, respectivamente) foi bastante elevado e substancialmente superiores às respectivas médias. Quadro 3 Número de ocorrências e reacendimentos, por mês, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2011 Meses Incêndios Florestais 2011 Fogachos (Área < 1ha) Ocorrências Total Média Reacendimentos Média Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho TOTAL No período em análise prevaleceu a área ardida em matos (mais 35% do que em povoamento). Salienta-se que apesar do mês de Maio ter registado a temperatura mais elevada desde 1931, de acordo com o Instituto de Meteorologia, a área ardida registada é inferior à média do decénio (-39%). Quadro 4 Distribuição de áreas ardidas, por mês, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2011 Área Ardida (hectares) Meses 2011 Povoamentos Matos Total Média Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho TOTAL Autoridade Florestal Nacional Relatório provisório de incêndios florestais [5/9]
6 Os grandes incêndios Consideram-se grandes incêndios sempre que a área total afectada é igual ou superior a 100 hectares. Até 15 de Julho de 2011, registaram-se 14 ocorrências enquadráveis nessa categoria, a que correspondem 23% da totalidade da área ardida (quadro 5). Dos hectares ardidos em grandes incêndios 71% incidiu em áreas de mato (1.715ha). Quadro 5 Incêndios com área ardida igual ou superior a 100 hectares, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2011 Distrito Viana do Castelo Guarda Braga Porto Leiria Viana Do Castelo Viana Do Castelo Vila Real Guarda Bragança Vila Real Viana do Castelo Viana do Castelo Viana do Castelo Concelho Freguesia Melgaço Gave Gouveia Gouveia (são Pedro) Cabeceiras De Basto Cabeceiras De Basto Baião Teixeira Figueiró Dos Vinhos Campelo Melgaço Castro Laboreiro Melgaço Lamas De Mouro Vila Pouca De Aguiar Telões Gouveia Folgosinho Torre de Moncorvo Peredo dos Castelhanos Boticas Dornelas Paredes de Coura Cossourado Valença Fontoura Valença Taião Data Início Área ardida (ha) Povoamentos Matos Total Ocorrências 14 Área ardida (ha) % da área total 23% Os incêndios e a severidade meteorológica A avaliação das condições meteorológicas associadas aos incêndios florestais, com recurso à análise do Índice de Severidade Diário (DSR), obtido junto do Instituto de Meteorologia a partir dos valores do Índice Meteorológico de Perigo de Incêndio do Sistema Canadiano FWI (Fire Weather Index), permite inferir a dificuldade de controlo e extinção de um incêndio florestal. [6/9] Relatório provisório de incêndios florestais Autoridade Florestal Nacional
7 Comparativamente com os últimos 10 anos, o valor acumulado do DSR no ano de 2011, no período em análise, mantém-se abaixo dos valores registados entre 2003 e 2006 conforme se verifica na Figura 1. No período de 23 a 27 de Junho o aumento do perigo de incêndio, em virtude das condições meteorológicas adversas, colocou o país em estado de alerta especial de nível amarelo do DECIF. A variação do índice em 2011, desde o dia 15 de Maio, é muito semelhante à variação registada para o mesmo período de Figura 1 Evolução do índice de severidade diário (DSR), de 2001 a Autoridade Florestal Nacional Relatório provisório de incêndios florestais [7/9]
8 A Portaria n.º 165/2011, de 19 de Abril, determinou a vigência do período crítico do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (SNDFCI) entre 1 de Julho e 30 de Setembro. Esta determinação respeita o que, em sede do SNDFCI, se estabelece no Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho, com as alterações produzidas pelo Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, em matéria de adopção de medidas e acções especiais de prevenção contra incêndios florestais. Durante o período crítico Não atire cigarros para o chão Não faça fogueiras Não lance foguetes A legislação mencionada pode ser consultada no sítio digital da Autoridade Florestal Nacional, a partir do endereço: Glossário Área Arborizada Área ocupada com espécies arbóreas florestais, desde que estas apresentem um grau de coberto igual ou superior a 10% e ocupem uma área igual ou maior a 0,5ha Área Florestal Área que se apresenta Arborizada ou Inculta DECIF Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais Fogacho Incêndio cuja área total ardida é inferior a 1 hectare Grande Incêndio Incêndio com área ardida igual ou superior a 100 hectares Incêndio Combustão não limitada no tempo nem no espaço Incêndio Florestal Incêndio que atinge uma área florestal Matos Terreno coberto com lenhosas ou herbáceas de porte arbustivo de origem natural, que não tem utilização agrícola nem está arborizado, podendo, contudo, apresentar alguma vegetação de porte arbóreo mas cujo grau de coberto seja inferior a 10% Ocorrência Incêndio, Queimada ou Falso Alarme que origina a mobilização de meios dos Bombeiros Reacendimento Reactivamento de um incêndio, depois de este ter sido considerado extinto. A fonte de calor é proveniente do incêndio inicial. Um reacendimento é considerado parte integrante do incêndio principal (a primeira ignição observada não depende de qualquer outra área percorrida por um incêndio) [8/9] Relatório provisório de incêndios florestais Autoridade Florestal Nacional
9 Autoridade Florestal Nacional Relatório provisório de incêndios florestais [9/9]
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