FEMININO Ana Cristina Ferreira Soares 1

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1 UFMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍCAS PÚBLICAS QUESTÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO NO SÉCULO XXI A REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E OS SEUS EFEITOS SOBRE O TRABALHO FEMININO Ana Cristina Ferreira Soares 1 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo fazer uma breve análise dos efeitos da reestruturação produtiva sobre as particularidades da força de trabalho feminina. Para isso, iremos abordar as condições diferenciadas por gênero, a divisão social e sexual do trabalho, a informalidade e o trabalho domiciliar entre outros aspectos que demonstram a estrutura do mercado de trabalho. Nos últimos anos a força de trabalho feminina vem se expandindo, mas não escapa das mudanças do mundo do trabalho, uma vez que ocupam uma grande parcela do trabalho precarizado, subcontratado e do setor informal. Palavras-Chave: trabalho feminino, reestruturação produtiva, mercado de trabalho. ABSTRACT The present work has as objective to make one brief analysis of the effect of the productive reorganization on the particularitities of the feminine force of work. For this, we will go to approach the conditions differentiated for sort, the social and sexual division of the work, the informality and the domiciliary work among others aspects that demonstrate the structure of the work market. In recent years the feminine force of work comes if expanding, but it does not escape of the changes of the world of the work, a time that occupy a great parcel of the precarizado, subcontratado work and of the informal sector Keywords: feminine work, productive reorganization, market of work. 1 1 A REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E OS SEUS EFEITOS SOBRE O TRABALHO FEMININO Desde o século XIX o trabalho feminino já existia e era disposto em grande quantidade, sobretudo era absorvido inicialmente nos setores especificamente femininos nas indústrias têxteis e de confecção, depois nas indústrias de alimentos. Contudo, o setor de serviços (empregos domésticos) absorvia individualmente grande parte dessa força de trabalho. Dentre os atrativos da força de trabalho feminina se caracterizava por ser barata, dócil e fácil de intimidar favorecendo aos anseios de exploração capitalista na extração da mais-valia. As mulheres já nesse período eram exploradas duplamente (como uma dupla mercadoria) no espaço doméstico pelo marido e na esfera produtiva pelo capitalista. Nesse sentido, não é por acaso que nas últimas décadas tem-se observado uma tendência nas diversas regiões do mundo da incorporação crescente das mulheres no mercado de trabalho e isso vêm se processando de forma intensa e diversificada. 1 Mestranda em Serviço Socxial pela Universidade Federal de Alagoas

2 2 No Brasil, essa expansão do ingresso das mulheres no mercado de trabalho é significativa a partir dos anos 70, configurando um período em que a economia brasileira estava passando por um processo de intensa industrialização e urbanização. É importante assinalar que alguns fatores foram essenciais para que ocorresse esse progressivo aumento das mulheres no mercado de trabalho. Dentre eles está o movimento organizado das mulheres com sua presença nos espaços públicos, a necessidade de contribuir para o aumento do rendimento familiar e/ou ainda para a sobrevivência familiar associada à modernização do processo produtivo e da organização do trabalho que criaram novos postos de trabalho e também o maior nível de escolaridade das mulheres. No âmbito reprodutivo, o surgimento dos métodos anticonceptivos permitindo o planejamento familiar fazendo com que houvesse a redução nas taxas de fecundidade e conseqüentemente diminuindo o número de filhos. Em outras palavras, podemos dizer que houve o rompimento de barreiras importantes modificando e ampliando a participação feminina nas diversas instâncias da sociedade permitindo cada vez mais uma crescente participação do contingente feminino no mercado de trabalho. Em contrapartida, o ingresso expressivo das mulheres no mercado de trabalho sempre se fez acompanhar por desigualdades, ocupando postos inferiores e de baixa remuneração em relação ao contingente de trabalhadores masculinos. Significativamente a força de trabalho feminina mantém uma forte presença no mercado informal de trabalho, principalmente nos serviços domésticos. As alterações no processo produtivo criaram a divisão de tarefas e postos que se adaptassem à força de trabalho feminina (manual, habilidosa, precisa e delicada), ou seja, ocupações ditas com características femininas. O trabalho feminino de uma forma geral se configura de modo precarizado, desregulamentado, parcial, temporário, terceirizado e informalizado e com jornadas extensas. Desse modo, como afirma Antunes (2002, p.109): É evidente que a ampliação do trabalho feminino no mundo produtivo nas últimas décadas é parte do processo de emancipação parcial das mulheres, tanto em relação à sociedade de classes quanto às inúmeras formas de opressão masculina, que se fundamentam na tradicional divisão social e sexual do trabalho. Mas e isso tem sido central o capital incorpora o trabalho feminino de modo desigual e diferenciado em sua divisão social e sexual do trabalho. A divisão sexual do trabalho historicamente tem características que conservam e estabelecem tarefas denominadas para os homens e para as mulheres, configurando assim, a divisão de tarefas e critérios de definição para a qualificação do trabalho e de diferenças salariais, isto é, trazendo com isso as desigualdades do trabalho ao distinguir as tarefas destinadas aos trabalhadores femininos e masculinos. No setor fabril, por exemplo, aquelas atividades de capital intensivo são destinadas aos homens, enquanto as atividades de

3 3 menor qualificação e que geralmente são fundadas no trabalho intensivo e que constituem muitas vezes como rotinizadas, são reservadas as mulheres. As trabalhadoras em geral têm jornada dupla, já que cumpre tarefas na esfera produtiva e no ambiente familiar com os afazeres domésticos. Elas ao dedicar horas de trabalho ao universo doméstico também contribuem para a reprodução da força de trabalho de seus familiares (marido, filho(a)s e a si mesma). Isto quer dizer que elas são duplamente exploradas pelo capital. No mundo do trabalho, um grupo é duplamente atingido: as mulheres, cuja maioria, após enfrentar a jornada de trabalho na fábrica, vê-se obrigada, por injustos padrões culturais e sociais, a desempenhar uma segunda jornada de trabalho, dedicada aos serviços domésticos. Como se ainda não fosse suficiente, enfrentam a segregação do emprego os melhores postos são sempre ocupados por homens e a segregação salarial mesmo desempenhando funções iguais, as mulheres recebem, na maioria dos casos, salários menores. Dessa forma, as relações de trabalho acabam por reforçar as desigualdades de gênero, que se reproduzem no interior da classe social e desunem homens e mulheres em nome de velhas e ultrapassadas formas de patriarcalismo (Gurgel, 2001, p.29). Atualmente temos uma conjuntura em que o mundo do trabalho vem sofrendo profundas transformações com os processos de reestruturação produtiva e com a adoção de políticas neoliberais, que estabeleceram um novo padrão de gestão do trabalho e do Estado. Dentre as mudanças ocasionadas pelos processos de reestruturação produtiva como resposta a crise estabelecida pelo padrão de acumulação taylorista / fordista no final dos anos 60 e início dos anos 70, têm-se como eixo central o regime de acumulação flexível. Tal regime combina ao padrão fordista aliando novas tecnologias e formas organizacionais flexíveis. A reestruturação produtiva provocou um quadro de alterações na esfera da produção e do trabalho, por meio das inovações tecnológicas, estabelecendo novas formas de gestão organização do trabalho, e fundando novas relações políticas entre empregadores e sindicatos. Algumas das repercussões dessas mutações no processo produtivo têm resultados imediatos no mundo do trabalho: desregulamentação enorme dos direitos do trabalho, que são eliminados cotidianamente em praticamente todas as partes do mundo onde há produção industrial e de serviços; aumento da fragmentação no interior da classe trabalhadora; precarização e terceirização da força humana que trabalha; destruição do sindicalismo de classe e sua conversão num sindicalismo dócil, de parceria, ou mesmo num sindicalismo de empresa (Antunes, 2001, p.30). A flexibilidade do trabalho se faz acompanhar por um conjunto de transformações ocasionando perdas imensas para o conjunto dos trabalhadores. As

4 4 conseqüências disso refletem com a subcontratação (terceirização) 2, o trabalho temporário, o trabalho a tempo parcial, a informalidade (ou ainda uma nova informalidade 3 ), cooperativas de trabalho e também outras formas de precarização do trabalho. Enfim, todas as modalidades de flexibilização de trabalho possíveis que desencadearam significativas perdas aos direitos trabalhistas conquistados anteriormente. Como assinala Tavares (2004, p.54) a flexibilização e a terceirização andam juntas: combina de modo inovador práticas que o capital já experimentara no passado com as modernamente conhecidas. Essa rearrumação faz surgir a empresa flexível, materializada por uma diversidade de status de assalariados. Tem-se no centro da empresa um núcleo de assalariados com uma relação de emprego estável; e na periferia, dois grupos distintos: o primeiro formado de assalariados contratados por tempo determinado, de estagiários e provisórios; o segundo, constituído por colaboradores exteriores à empresa, freqüentemente prestadores de serviços, subcontratados ou independentes. As transformações no mundo do trabalho têm aumentado ainda mais as desigualdades de gênero, visto que as mulheres ocupam expressivamente os postos de trabalho do setor informal ou ainda do trabalho em domicílio. Tendo ainda de conciliar o trabalho remunerado com o trabalho na esfera familiar constituindo assim, uma dupla jornada. Verifica-se que a prática do trabalho domiciliar atende ao mesmo objetivo no século XIX e no XXI, mas o que os advogados do capital ressaltam nela é o seu caráter de autonomia, com o que se obscurece a precarização do trabalho e sua brutal exploração. Pois o trabalho domiciliar, geralmente executado por mulheres, acaba por envolver também os seus filhos pequenos, que, muitas vezes, são impedidos de ir à escola ou de simplesmente brincar, para, precocemente, assumirem a responsabilidade da sobrevivência. Contudo, o discurso capitalista encontra argumentos para transformar esse tipo de trabalho numa alternativa vantajosa à condição da mulher, especialmente daquela que não pode sair de casa porque não tem com quem deixar os filhos. Evidentemente, mulheres pobres, geralmente sem qualificação, o que contribui para uma maior alienação (Tavares, 2004, p.84-85). Tavares observa ainda, que a alienação feminina não é atributo exclusivo das mulheres pobres e sem qualificação, as novas formas de organização da produção criam novas ocupações de trabalho em que as características femininas se adequam aos objetivos capitalistas. A mulher demonstra ser mais adaptável às determinações da acumulação 2 A terceirização pode ser considerada como a principal política de gestão e organização do trabalho no interior da reestruturação produtiva. Isso porque ela é a forma mais visível da flexibilização do trabalho, pois permite concretizar no plano da atividade do trabalho o que mais tem sido propagado pelas estratégias empresariais e pelo discurso empresarial: os contratos flexíveis. Leia-se: contratos por tempo determinado, por tempo parcial, por tarefa (por empreitada), por prestação de serviço, sem cobertura legal e sob responsabilidade de terceiros. Transferir custos trabalhistas e responsabilidades de gestão passa a ser um grande objetivo das empresas mais modernas e mais bem situadas nos vários setores de atividade, no que são seguidas pelas demais empresas (Druck ; Borges, 2002, p ). 3 Alguns autores essa nova informalidade é uma flexibilidade dos novos tempos deixando de ser temporária para ser definitiva.

5 5 flexível porque já está habituada a fazer diversas coisas ao mesmo tempo, e porque, sendo mais dócil que o homem, tem maior poder de convencimento, com o que imprime maior velocidade à circulação do capital (p.85, ibid). De acordo com Antunes alguns setores produtivos tradicionalmente como o setor têxtil sempre empregou a força de trabalho feminina, mas atualmente diferenciados setores empregam predominantemente a força de trabalho feminina, principalmente no trabalho part time vem se expandindo nos últimos tempos pelo mundo. Isso se deve ao fato do capital ter percebido que a mulher pode executar atividades polivalentes, no trabalho doméstico, ultrapassando-o, no trabalho fora de casa, pois o capital tem sabido aproveitar a exploração dessa polivalência do trabalho feminino. Como já explorava intensamente o trabalho feminino no ambiente doméstico na esfera da reprodução, agora ampliou intensificando essa exploração no espaço fabril e de serviços. Articular ações de classe com as ações de gênero torna-se ainda mais decisivo (2002, p.203). A distribuição do trabalho por gênero se constitui em condições desvantajosas para as mulheres por usufruir geralmente de empregos precários, vulneráveis e parciais, ao mesmo tempo, que nos dias atuais há uma ampliação da necessidade de participação na força de trabalho das mulheres, tendo em vista a contribuição para a sobrevivência familiar. Temos uma realidade em que o capital vem intensificando a divisão social e sexual do trabalho através da exploração massiva do trabalho e de forma mais significativa o universo do trabalho feminino. As mulheres vêm sendo precursoras na contratação do trabalho parcial e temporário sendo cada vez mais reservado para elas, visto que o capital necessita da dedicação das mulheres na esfera reprodutiva tornando-se imprescindível para o processo de reprodução e valorização do capital. Ao mesmo tempo em que se tem a emancipação e o crescente aumento de oportunidades para a força de trabalho feminina tem-se a precarização do trabalho, configurando assim, um movimento totalmente contraditório. Segundo Hirata em sua pesquisa sobre a divisão sexual do trabalho na indústria do vidro numa comparação entre os países Brasil, França e Japão demonstra que: A indústria do vidro, é desde sua origem, fundamentalmente masculina, e as mudanças tecnológicas recentes apenas acentuam essa composição sexuada da mão-de-obra. De fato, a clivagem simbólica entre o setor quente, considerado nobre e que compreende o forno e a fabricação, onde qualificação e experiência no trabalho são exigidas, e o setor frio, considerado menos nobre e que compreende a escolha (o controle e a inspeção dos defeitos do vidro) e a embalagem, limitou a presença das mulheres ao setor frio desde a sua origem da industrialização (2002, p.74-75).

6 6 O exemplo bastante claro da indústria do vidro fica evidente que temos uma realidade em que as trabalhadoras estão inseridas num contexto desvalorização de sua força de trabalho, ou até mesmo caracterizadas como inferiores incapazes de criar o mesmo tipo de valor que a força de trabalho masculina. Passando uma imagem como se o trabalho feminino carregasse uma imperfeição e que necessitasse da mediação masculina para concretizá-lo. Ainda citando Hirata (ibid, p.179) num estudo de caso na indústria brasileira deixa bem explicitado a divisão de tarefas e suas diferenças numa indústria. Havia uma divisão de oficinas de acordo com o sexo. Os trabalhos de montagens leves (simples, fragmentados realizados com as mãos e com ferramentas pequenas em um ambiente limpo) que necessitavam de intensa pressão de tempo e ritmo de trabalho imposto e supervisionado constantemente eram realizados pelas mulheres. Aqueles trabalhos pesados e com normas de produção muito interiorizadas executados com máquinas grandes, na maioria das vezes em grupo e movimentando todo o corpo em um ambiente mais sujo eram exercidos pelos homens. O que se observa no mercado de trabalho brasileiro, é que um dos setores que mais empregam a força de trabalho feminina é o setor terciário e no interior dele está a prestação de serviços, no qual se têm ocupações de baixo prestígio e remuneração, ou seja, são serviços destinados ou associados sempre ao universo feminino. Os efeitos desses serviços quando remunerados aumentam indiscriminadamente a precariedade e a instabilidade do trabalho feminino criando ou ainda reproduzindo baixas remunerações e condições de trabalho degradantes. A terceirização como sendo uma das expressões da flexibilização também faz parte da esfera do trabalho feminino que engloba características de especialização e fragmentação, redução do número de trabalhadores, grande rotatividade, baixos salários, intensa jornada de trabalho, desproteção social, configurando uma situação de insegurança e submissão ao capital. Como já foi aludido anteriormente, a precariedade do trabalho e as intensas jornadas em que as trabalhadoras femininas são submetidas mais do que nunca nos dias atuais. Essa situação há muito tempo é comum para as mulheres, uma vez que desde o século XIX em sua obra O capital Marx já apontava as condições precárias e a exploração das mulheres quando fez referência aos de jornais de Londres que traziam a notícia sobre uma modista que trabalhava em uma manufatura e que morreu devido ao excesso de horas trabalhadas, pois a mesma tinha trabalhado por 26 1/2 horas ininterruptas. Um outro aspecto que não é diferente no início do capitalismo e que hoje se expande cada vez mais devido a uma imensa gama de força de trabalho disponível para a acumulação do capital, que são modalidades de trabalho sem vínculos formais e que

7 7 requerem pouca qualificação, como as cooperativas e o trabalho domiciliar. Por sua vez as mulheres ocupam esses espaços significativamente. O fato é que nessas esferas de trabalho predomina o salário por peça que não é estabelecido pela capacidade de produção de quem o produz, mas sim o salário por tempo, no qual a diária da força de trabalho é estabelecida pelo número de horas trabalhadas. Dessa maneira, segundo Tavares (2004, p.146): A primeira vista, o salário por peça parece assegurar uma certa liberdade para o trabalhador. O indivíduo tem a impressão de não estar submetido ao controle direto do patrão, podendo escolher quantas horas vai trabalhar diariamente. No entanto, a fração que serve de base para fixar seu salário, ou, se preferimos, o valor de cada peça, já contém o tempo de trabalho socialmente necessário. [...] Assim, para ganhar mais, o trabalhador ou eleva a intensidade do trabalho ou prolonga a jornada de trabalho. Porém, ao aplicar mais intensamente a sua força de trabalho, permite ao capitalista elevar o grau normal de intensidade, rebaixando, assim, o preço do trabalho, com o que todos os trabalhadores serão prejudicados. Pelo exposto acima, temos a retomada, dentre outros, mas, principalmente dos sistemas de trabalho doméstico e familiar e a subcontratação permitindo o ressurgimento de trabalhos executados na esfera familiar caracterizados de baixa remuneração e condições precárias e de maior vulnerabilidade executados especialmente pela força de trabalho feminina. 2 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em suma, podemos dizer que a expansão do trabalho feminino caminha junto com as relações de precariedade do trabalho trazidas pela reestruturação produtiva. As alterações nos processos de trabalho acirraram a desqualificação e a fragmentação de tarefas, isto vem a tona explicitamente com a divisão sexual do trabalho que faz uma distinção entre trabalhadores masculinos e femininos de acordo com as suas atividades, na qual aquelas de menor qualificação e menor prestígio e com salários inferiores são destinadas as mulheres, refletindo assim, as desigualdades no trabalho e a condição de gênero. Um dos reflexos dessa precariedade é absorção de um expressivo número de mulheres na informalidade e no setor de serviços, sobretudo aquelas que trabalham no domicílio (as empregadas domésticas, as trabalhadoras domiciliares autônomas ou ainda as subcontratadas). Nesse contexto, o que é interessante para o capital é que a força de trabalho feminina possui características que servem para valorizar a mercadoria, pois na sociedade capitalista o que impera é a exploração, mesmo que haja modificações na forma de organização da produção e do trabalho. Assim, o processo de reestruturação produtiva vem trazendo mudanças para o mundo do trabalho, provocando uma competição sem

8 8 tamanho para o conjunto dos trabalhadores sejam eles masculinos ou femininos e trazendo prejuízos de toda a ordem, uma vez que a classe trabalhadora se torna a cada vez mais heterogênea, fragmentada, complexificada submetida a uma constante degradação das condições de trabalho e de intensificação dos níveis de exploração. Por fim, podemos dizer que a luta das trabalhadoras femininas por sua emancipação vem sendo constante para se desvencilhar das formas históricas e sociais de opressão masculina numa sociedade em que prevalece o domínio do capital. REFERÊNCIAS ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 6ed., São Paulo: boitempo editorial, As novas formas de acumulação de capital e as formas contemporâneas do estranhamento (alienação). Caderno CRH, Salvador, n.37, p , jul/dez, DRUCK, Graça. Flexibilização e Precarização: formas contemporâneas de dominação do trabalho. Caderno CRH, Salvador, n.37, p , jul/dez, ; BORGES, Ângela. Terceirização: balanço de uma década. Caderno CRH, Salvador, n.37, p , jul/dez, GURGEL, Rodrigo. Trabalho, alienação e exploração. Caderno do aluno trabalho tecnologia do programa integrar CNM / CUT, p , HIRATA, Helena. Nova divisão sexual do trabalho? Um olhar voltado para a empresa e a sociedade, São Paulo: boitempo editorial, O universo do trabalho e da cidadania das mulheres um olhar do feminismo e do sindicalismo. Reconfiguração das relações de gênero no trabalho. São Paulo: CUT Brasil, p.13-20, HOBSBAWM, Eric. J. A era dos impérios: Rio de Janeiro: Paz e Terra, LIMA, Maria Ednalva Bezerra de. A dimensão do trabalho e da cidadania das mulheres no Mercado Globalizado. Reconfiguração das relações de gênero no trabalho. São Paulo: CUT Brasil, p.53-60, LISBOA, T. K. Um olhar por baixo do tapete: mulheres terceirizadas. Revista mulher e trabalho, v.4, p , MARX, K. O capital: crítica da economia política. livro1, v.1. São Paulo: Nova cultural, TAVARES, M.A. Os fios (in) visíveis da produção: informalidade e precarização do trabalho. São Paulo: Cortez, 2004.

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