Meios de cultura, crescimento e controle de microrganismos

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1 Meios de cultura, crescimento e controle de microrganismos Profa. Dra. Ilana Camargo IFSC-USP 1

2 Respiração Fermentação (Tortora, Funke & Case, 2000) Nutrientes Macronutrientes Micronutrientes 4 2

3 Macronutrientes necessários em grandes quantidades Carbono elemento principal de todas as macromoléculas biológicas: corresponde a 50% do peso seco da célula bacteriana típica. fontes orgânicas de C proteínas, carboidratos e lipídeos fonte inorgânica de C CO 2 Nitrogênio importante constituinte de proteínas, ácidos nucléicos: corresponde a 12-14% do peso seco da célula bacteriana típica. encontrado na natureza principalmente na forma de compostos inorgânicos: amônia (NH 3 ), nitrato (NO 3- ) ou N 2. fontes orgânicas: aminoácidos, bases nitrogenadas. Fósforo e Enxofre juntos, correspondem a 4% do peso seco da célula bacteriana típica: Fósforo necessário para a síntese de ácidos nucléicos e fosfolipídeos. Forma usual encontrada na natureza íon fosfato PO Enxofre constituinte dos aa cisteína e metionina e também de vitaminas (tiamina, biotina). Maior parte do enxofre utilizado nos processos celulares vem de fontes inorgânicas: íon sulfato (SO 4 2- ) e sulfeto (HS - ). 5 Macronutrientes Madigan et al.,

4 Micronutrientes (elementos-traço) Madigan et al., Fatores orgânicos de crescimento Algumas bactérias necessitam de fontes extracelulares de vitaminas, que atuam como coenzimas. Ex. bactérias lácticas (Streptococcus, Lactobacillus, Leuconostoc) 8 Madigan et al.,

5 Microrganismos em meio de cultura Crescimento e multiplicação Meio de cultura satisfatório Síntese de seus próprios monômeros Deverá conter: Fonte de carbono Nitrogênio Sais inorgânicos Em certos casos: Vitaminas (tiamina, biotina, cobalamina...) Outros fatores de crescimento (Aminoácidos, purinas, pirimidinas) 9 Meios de Cultura Soluções nutrientes utilizadas para promover o crescimento de microrganismos em laboratório. Inóculo: microrganismos que são colocados em um meio de cultura para iniciar o crescimento. Cultura: microrganismos que crescem e se multiplicam nos meios de cultura. Meios Quimicamente definidos: Quantidades precisas de compostos químicos inorgânicos ou orgânicos altamente purificados, adicionados a água destilada. Complexos (ou indefinidos): Não se conhece a composição precisa de alguns componentes. Empregam produtos de digestão da caseína (proteína do leite), de carne, de soja, de leveduras, extratos de plantas, entre outros. 10 5

6 Meios de cultura Utilizados para o cultivo dos microrganismos; Quimicamente definidos Definição exata Retirando ou adicionando um constituinte ao meio definido, pode-se saber se aquele constituinte é essencial para o crescimento do microrganismo. 11 Meios comerciais Já contém todos os componentes desejados; Adiciona-se água Esteriliza-se 121ºC durante 20 minutos. Distribui-se em placas de Petri também esterilizadas. Armazena-se em geladeira embaladas em sacos plásticos para diminuir a desidratação. 12 6

7 Microrganismos em meio de cultura Composição: Peptona (Fonte de nitrogênio) Triptose (reações de fermentações) Extrato de carne (carboidratos, constituintes minerais, vitaminas) Extrato de leveduras (Fonte de vitaminas) Água (destilada / deionizada) Sangue (Fator de crescimento, rico em nitrogênio, carboidratos e vitaminas) 13 Ágar: polissacarídeo complexo solidificante obtido de algas marinhas. Poucos microrganismos degradam o ágar. Temperatura de fusão inferior à temperatura da água. Permanece líquido até 40ºC. Na técnica de Pour plate o ágar é mantido a 50ºC e é adicionado sobre o inóculo sem afetar, ou causar danos a bactéria. Dependendo de sua concentração os meios podem ser classificados quanto a consistência: - Líquido menos de 1g de ágar por litro de água - Semi-sólido 4 g/l - Sólido 15 a 18 g/l 14 7

8 Classificação quanto à função: -Seletivo -Diferencial -Enriquecedor -Transporte 15 Meios Seletivos Favorece o crescimento da bactéria de interesse impedindo o crescimento de outras bactérias. Inibidores: substâncias capazes de inibir algumas bactérias que não são de interesse. 1) Corantes: verde brilhante, eosina, cristal violeta... 2) Metais pesados: Bismuto; 3) Substâncias químicas: azida, citrato, desoxicolato, selenito e álcool feniletílico... 4) Agentes antimicrobianos: vancomicina, cloranfenicol 5) Meio hipertônico: alta concentração de sal (7,5%) 16 8

9 Meio Diferencial Utilizado para fácil detecção da colônia da bactéria de interesse quando existem outras bactérias crescendo na mesma placa do meio Substâncias utilizadas como indicadores de atividade enzimáticas que auxiliam na identificação -Indicadores de ph: fucsina, azul de metileno, vermelho neutro, vermelho de fenol e púrpura de bromocresol. Medem as variações de ph que resultam do metabolismo bacteriano de certos substratos. - Indicadores diversos: detectam produtos bacterianos específicos. Ex.: íons ferro e ferroso para a detecção de sulfato de hidrogênio 17 Ágar MacConkey Peptona de carne...3 Peptona de caseína...17 NaCl...5 Lactose...10 Sais biliares...1,5 Vermelho neutro...0,03 Cristal violeta...0,001 Ágar...13,5 Nitrogênio e carbono Açúcar Inibidor de Gram+ Indicador de ph Inibidor de Gram+ 18 9

10 Meio Seletivo e Diferencial Muito utilizado na rotina laboratorial Ágar MacConkey Seletivo e Diferencial Seletivo: Cristal violeta e sais biliares inibem bactérias Gram-positivo; Diferencial: Este meio possui indicador de ph, por exemplo vermelho neutro: quando o meio fica ácido a cor fica rosa. Possui lactose que a bactéria pode degradar (fermentar) produzindo ácido que diminui o ph do meio. 19 Lactose + Lactose - MacConkey Cultura mista!!!!!! Seletivo para enterobactérias (Gram-negativo) a partir de fezes, urina, alimentos, água

11 E.M.B. (Eosina Azul de metileno) Para isolamento de Enterobactérias (Gram negativo) Corantes inibem Gram-positivo Brilho verde metálico Escherichia coli??? Bactérias produtoras de ácidos fortes formam brilho verde metálico causado pela precipitação do corante nas colônias: SUGESTIVO de E. coli!!! Meio seletivo e diferencial 21 E.M.B. (Eosina Azul de metileno) Para isolamento de Enterobactérias (Gram negativo) Corantes inibem Gram-positivo Colônias pardo rósea Produtora de ácido fraco Ex: Enterobacter sp Meio seletivo e diferencial 22 11

12 Meio Mueller Hinton Pseudomonas aeruginosa Pigmento verde natural Meio EMB Escherichia coli Brilho verde metálico somente no meio EMB! Serratia marcescens Pigmento vermelho natural!! 23 Momento I Aprendendo Microbiologia com Poema e Poesia By Ilana Camargo 12

13 Encontro com uma Drag queen verde! Será que vai me notar? Se isso não ocorrer, não vou chorar, nem tampouco esporular! Sou mesófilo e sempre estou com você. No seu calor me sinto bem. Vou crescer, você vai ver!! Pode até me cortar o oxigênio, como sou anaeróbio facultativo, vou continuar a crescer, Oh! Gênio! Porém, se no meu meio jogar sal, me inibirá e te deixarei... Não sou halófilo, afinal! Se você quiser me ver, me semeie em EMB e vou aparecer. Fermento lactose e ácido forte pode ser observado. Assim, como uma Drag queen verde, por todos posso ser notado. Sou bacilo Gram Negativo. Meu nome é Escherichia coli, e nosso encontro pode ser divertido! 25 De volta à aula... 13

14 Meios de Cultura Seletivo: Favorece o crescimento do microrganismo de interesse e impede o crescimento de outros. Ex.: Ágar sulfeto de bismuto para isolamento de Salmonella typhi a partir das fezes. Meios Diferencial: Permite a fácil identificação da colônia da bactéria de interesse, dentre as colônias de outras bactérias crescidas no meio. Ex.: Meio ágar sangue para detectar a presença de Streptococcus pyogenes (forma-se um halo claro em torno da colônia pela lise das hemáceas) de Enriquecimento: Semelhante ao seletivo, mas suplementado por nutrientes especiais, com a característica de aumentar o número da bactéria de interesse tornando-a detectável. 27 Ágar Mueller Hinton suplementado com sangue de carneiro a 5%. Meio rico Permite o crescimento da maioria das bactérias Colônia Hemólise 28 14

15 Rico X Enriquecimento Rico: é o meio que é suplementado com sangue, soro, suplementos vitamínicos e extrato de levedura para isolar microrganismos exigentes. Ex: ágar Mueller Hinton suplementado com 5% de sangue de carneiro e ágar chocolate Meio de enriquecimento: Incrementa o crescimento de certas espécies bacterianas ao mesmo tempo que inibe o desenvolvimento de microrganismos que não sejam de interesse. Ex.: Caldo GN e Caldo selenito. 29 Crescimento microbiano Biologia IV Profa. Ilana Camargo 15

16 Crescimento microbiano Células natatórias (expansivas) Pedúnculo 31 Fissão Binária Cromossomo, cópias de ribossomos complexos macromoleculares, monômeros e íons inorgânicos Cromossomo, cópias de ribossomos complexos macromoleculares, monômeros e íons inorgânicos Tempo que demora para ocorrer = tempo de geração 32 16

17 Tempo de geração Tempo de Geração: intervalo de tempo em que uma célula origina duas novas células ou tempo necessário para uma população dobrar de número. Muitas das bactérias estudadas apresentam tg de 1 a 3 h (pode variar de 10 min a >24h). Tg de E. coli = 20 min 20 gerações (~7 horas), 1 célula torna-se em > 1 milhão de células! Tg pode ser influenciado pelas condições de cultivo (tipo de meio, temperatura, etc.). 33 Fases do crescimento de uma população Curva de crescimento típica de uma população bacteriana, a partir de uma cultura em batelada* (Madigan et al., 2004). * Cultura que se desenvolve em um volume fixo de meio de cultura

18 Fases do crescimento LAG Pouca ou ausência de divisão celular. Síntese enzimática e de moléculas variadas. Pode ser curta ou longa, dependendo das condições fisiológicas do inóculo. Aumento na quantidade de proteínas, no peso seco e no tamanho celular 35 Fases do crescimento EXPONENCIAL OU Log Crescimento exponencial das células Tempo de Geração constante linha reta no gráfico. Fase que as células estão mais saudáveis utilizadas para estudos enzimáticos e de outros componentes celulares. Taxa de crescimento exponencial (número de gerações por unidade de tempo) de uma população pode ser influenciada pelas condições de cultivo, por exemplo

19 Fases do crescimento ESTACIONÁRIA Não há crescimento líquido da população, ou seja, o número de células que se divide é equivalente ao número de células que morrem (crescimento críptico). Síntese de vários metabólitos secundários (antibióticos e algumas enzimas). Também pode ocorrer a esporulação das bactérias. Alterações de fenótipo por quorum sensing (processo de comunicação celular mediado pela densidade populacional). Causas: esgotamento de nutrientes essenciais, acúmulo de produtos de excreção em concentrações inibitórias, alterações no ph. 37 Fases do crescimento MORTE OU DECLÍNIO Número de células mortas excede o de células vivas. Na maioria dos casos, a taxa de morte é inferior à taxa de crescimento exponencial. A contagem total permanece relativamente constante, enquanto a de viáveis cai lentamente. Em alguns casos há a lise celular

20 Fatores necessários para o crescimento Fatores físicos: temperatura, ph, pressão osmótica Crescimento microbiano* Fatores químicos: fontes de carbono, nitrogênio, enxofre, fósforo, oligoelementos, oxigênio, fatores orgânicos de crescimento (vitaminas, aminoácidos, purinas, pirimidinas). * Crescimento microbiano: em microbiologia, refere-se ao aumento no número de células. 39 Efeito da temperatura na taxa de crescimento (Fonte: Madigan et al., 2004). Taxa de crescimento = variação do número de células ou da massa celular por unidade de tempo Temperaturas cardeais: mínima, ótima e máxima (variáveis nos diferentes microrganismos) 40 20

21 Temperatura Temperatura de crescimento pode ser mínima, ótima e máxima. Maioria cresce em um intervalo de 30 o C entre mínima e máxima. Psicrófilos: profundezas de oceanos e regiões polares (algas clorofíceas e diatomáceas). Mesófilos: Temperatura ótima entre 25 e 40 o C. Maioria das bactérias. Termófilos Temperatura entre 45 e 80 o C. Fontes termais, camadas superiores de solos que sofrem intensa radiação solar, esterco e silo em fermentação. Hipertermófilos: Temperatura ótima superior à 80 o C. Fontes termais, como as do Parque Yellowstone. Principalmente membros de Archaea. Relação da temperatura com as taxas de crescimento. As temperaturas ótimas de cada organismo estão indicadas. (Fonte: Madigan et al., 2004). 41 ph ph ótimo de crescimento refere-se ao ph do meio externo; o ph intracelular deve permanecer próximo à neutralidade. Maior parte das bactérias cresce entre ph 6,5 e 7,5. Acidófilos: muitos fungos (ph ótimo em torno de 5 ou inferior), vários gêneros de Archaea. Alcalifílicos: muitas espécies de Bacillus e algumas arquéias (que também são halofílicas). Adição de sais de fosfato (KH 2 PO 4 ) em meios de cultura funcionam como tampão para neutralizar, por exemplo, ácidos produzidos por bactérias em crescimento. A escala de ph. (Fonte: Madigan et al., 2004)

22 Pressão osmótica Os microrganismos que tem necessidades específicas de NaCl para seu crescimento ótimo podem ser : halófilos discretos: [ ] baixas 1 a 6% halófilos moderados: [ ] moderadas 6 a 15% halófilos extremos: [ ] altas 15 a 30% Efeito da concentração do íon sódio no crescimento de microrganismos com diferentes tolerâncias ou necessidades de sal. (Madigan et al., 2004)

23 Relações dos microrganismos com o oxigênio Aeróbios estritos ou obrigatórios Aeróbios Microaerófilos Aeróbios facultativos Anaeróbios Obrigatórios Aerotolerantes 45 23

24 Relações dos microrganismos com o oxigênio Microrganismos variam quanto suas necessidades ou tolerância ao oxigênio - Aeróbios microrganismos capazes de utilizar o Oxigênio molecular, O 2. (Ar contém 21% de O 2 ) -Produzem mais energia a partir do uso de nutrientes. - Aeróbios estritos ou obrigatórios: São os microrganismos que necessitam de O 2 para sua sobrevivência. 47 Relações dos microrganismos com o oxigênio - Microaerófilos Aeróbias necessitando de O 2, mas em concentrações menores do que a encontrada no ar. São sensíveis aos radicais superóxidos ou peróxidos, produzidos em concentrações letais quando em condições de altas concentrações de oxigênio

25 Relações dos microrganismos com o oxigênio - Aeróbios facultativos Podem utilizar o O 2 quando disponível, mas na sua ausência, são capazes de continuar seu crescimento através da respiração anaeróbia ou da fermentação. A eficiência na produção de energia diminui quando o O 2 não está disponível. Exemplo: Escherichia coli Outras bactérias substituem o oxigênio, durante a respiração anaeróbia, por aceptores de elétrons como os íons nitrato. 49 Relações dos microrganismos com o oxigênio Alguns microrganismos não são capazes de respirar oxigênio: Anaeróbios Obrigatórios Aerotolerantes - Anaeróbios obrigatórios ou estritos São microrganismos que não utilizam o O 2 para reações de produção de energia. O 2 pode ser um produto danoso para muitos destes. Exemplo: Gênero Clostridium = tétano e botulismo 50 25

26 Relações dos microrganismos com o oxigênio - Anaeróbios aerotolerantes Toleram a presença do oxigênio, mas não podem utilizá-lo para seu crescimento. Fermentam carboidratos produzindo ácido lático. O acúmulo deste ácido inibe o crescimento da microbiota competitiva aeróbia estabelecendo um nicho ecológico. Exemplo: Lactobacillus Podem tolerar o oxigênio devido a produção de SOD

27 Controle do crescimento microbiano 27

28 Controle do crescimento microbiano Termos importantes Controle antimicrobiano por agentes físicos Controle antimicrobiano por agentes químicos Agentes antimicrobianos utilizados in vivo Resistência a antimicrobianos Termos importantes Esterilização: destruição de todas as formas de vida microbiana (incluindo os endósporos e vírus). Desinfecção*: processo de eliminação das formas vegetativas de praticamente todos os microrganismo patogênicos de objetos ou superfícies inertes (não garante a eliminação de todos os microrganismos, nem endósporos). quando em tecido vivo = Anti-sepsia Descontaminação: tratamento que torna seguro o manuseio de um objeto ou superfície inanimada (= remoção dos microrganismos). Desinfetante: Agente antimicrobiano utilizado em objetos inanimados, mas pode ser prejudicial aos tecidos humanos. Agente anti-séptico: agente antimicrobiano, voltado para a destruição dos microrganismos patogênicos, suficientemente atóxico para ser aplicados em tecidos vivos. *atenção para este termo no livro do Tortora, 8ª. edição português, que em alguns trechos está definido erroneamente como destruição dos patógenos de vegetais. 28

29 Termos importantes Agentes bactericida, fungicida, viricida: que matam bactérias, fungos e vírus, respectivamente. Agentes bacteriostático, fungistático, viriostático: que inibem o crescimento de bactérias, fungos e vírus, respectivamente. Ações dos agentes de controle microbiano alteração da permeabilidade da membrana plasmática danos às proteínas e aos ácidos nucléicos Agentes Físicos Químicos (Tortora, Funke e Case) 29

30 Ações dos agentes de controle microbiano alteração da permeabilidade da membrana plasmática Regula ativamente a passagem de nutrientes para a célula e a eliminação de dejetos da mesma. Lesão aos lipídeos ou proteínas da membrana plasmática por agentes antimicrobianos, como os compostos de amônio quarternário, causa tipicamente o vazamento do conteúdo celular no meio circundante e interfere com o crescimento da célula (Tortora, Funke e Case) Ações dos agentes de controle microbiano Danos às proteínas e aos ácidos nucléicos Bactérias = sacos de enzimas Proteínas vitais para atividades celulares dependem da sua forma tridimensional Calor ou produtos químicos rompimento das pontes de hidrogênio Pontes dissulfeto Dano aos ácidos nucléicos calor, radiação ou substâncias químicas impedem a realização de funções metabólicas, replicação (Tortora, Funke e Case) 30

31 Agentes físicos de controle Agentes físicos de controle Calor Úmido Seco Desnaturação de enzimas Resistência ao calor difere entre os microrganismos (Tortora, Funke e Case) 31

32 Métodos físicos de controle microbiano (Tortora, Funke e Case) (Tortora, Funke e Case) 32

33 Métodos físicos de controle microbiano Fervura (100 C ao nível do mar) mata formas vegetativas dos patógenos bacterianos, quase todos os vírus, e os fungos e seus esporos dentro de 10 minutos Vapor de fluxo livre (não pressurizado) equivalente à água fervente, no entanto, endósporos e alguns vírus não são destruídos tão rapidamente Vírus da hepatite pode sobreviver até 30 minutos de fervura Alguns endósporos bacterianos podem resistir à fervura por mais de 20 horas Fervura nem sempre é um bom procedimento confiável de esterilização, mas a fervura breve matará a maioria dos microrganismos patógenos alimentos e água seguros para ingestão (Tortora, Funke e Case) Autoclave Maior volume mais tempo Método preferencial para esterilização a menos que o material seja danificado pelo calor ou umidade Vapor de fluxo livre 100 C pressão atmosférica ao nível do mar 1 ATM acima (15 psi) 121 C 15 minutos Mata todos os microrganismos e seus endósporos (Tortora, Funke e Case) 33

34 Autoclave Autoclave (Tortora, Funke e Case) Autoclave Controle de qualidade do processo Indicadores de temperatura Controle de esterilização: Temperatura - OK Tempo -??? Indicadores biológicos Controle de esterilização: Temperatura - OK Tempo - OK (Tortora, Funke e Case) 34

35 Filtração Poros de 0,22 µm (Tortora, Funke e Case) (Tortora, Funke e Case) 35

36 Filtração: Filtros HEPA Filtros de partículas de ar de alta eficiência (high efficiency particulate air) Removem quase todos os microrganismos maiores que cerca de 0,3 m de diâmetro (Tortora, Funke e Case) 36

37 Filtração: Filtros HEPA Filtros de partículas de ar de alta eficiência (high efficiency particulate air) (Tortora, Funke e Case) Radiação esterilizante não-ionizante e ionizante Ionização da água produzindo íons hidroxila altamente reativos que agem no DNA e componentes orgânicos celulares ionizante Ex. Cobalto radioativo > 1nm = não ionizante (Tortora, Funke e Case) 37

38 Radiação não-ionizante: UV Luz Ultra-violeta danifica o DNA das células expostas produzindo ligações entre timinas adjacentes na cadeia de DNA Inibem a replicação correta do DNA durante a reprodução da célula comprimento de onda mais efetivo: 260 nm Desvantagem Luz não muito penetrante microrganismos devem estar expostos, se estiverem protegidos por uma superfície não serão atingidos Pode lesar os olhos humanos e a exposição prolongada pode causar queimaduras e câncer de pele em seres humanos (Tortora, Funke e Case) Câmara de Biossegurança -Ligue o fluxo laminar (filtração do ar) -Limpe a superfície interna com álcool 70% -Ligue a luz UV por 15 minutos antes de usar Filtros HEPA + Luz Ultra-violeta (Tortora, Funke e Case) 38

39 Congelamento a baixas temperaturas - 80 C Diminui o metabolismo das bactérias; Devido a temperatura ótima da atividade enzimática e devido ao fato de não ter água no estado líquido disponível para reação; Efeito bacteriostático. (Tortora, Funke e Case) Congelamento a baixas temperaturas Ideal para bactérias: congelamento rápido!! Usar criopreservantes como glicerol ou DMSO Com o crescimento lento há a formação de cristais de gelo que rompem a estrutura celular e molecular das bactérias Uma parte da população morre, mas sempre há sobreviventes! (Tortora, Funke e Case) 39

40 Métodos químicos de controle microbiano Tecidos vivos Objetos inanimados Poucos atingem a esterilidade, a maioria reduz a população para níveis seguros ou removem as formas vegetativas 40

41 Clorexidina CB-30 T.A. tem como principal composto o cloreto de alquil dimetil benzil amônio, que é um agente catiônico de atividade em superfície, com poderosa ação germicida. Usado corretamente nas diluições recomendadas é altamente eficaz contra bactérias, fungos e esporos. Herbalvet T.A. é um produto para desinfecção e desodorização de ambientes à base de amônia quaternária associada a um produto tensoativo (detergente); o que dispensa o uso de qualquer outro produto para limpeza. As amônias quaternárias (cloreto de benzalcônio) são conhecidas por seu excelente poder desinfetante, atuando em bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, fungos, algas e alguns tipos de vírus; e por sua alta segurança em termos de toxicidade. 41

42 O óxido de etileno é irritante da pele e mucosas, provoca distúrbios genéticos e neurológicos. É um método, portanto, que apresenta riscos ocupacionais. Métodos químicos de controle microbiano Avaliando um desinfetante Método de disco-difusão 42

43 Métodos químicos de controle microbiano Métodos químicos de controle microbiano Mata as bactérias e fungos, mas não tem ação em endósporo e vírus não-envelopados - Não deixa resíduos!! 70% é a concentração mais usada 60-95% parecem matar coma mesma rapidez Desnaturação das proteínas requer água!! 43

44 Agentes antimicrobianos utilizados in vivo Paul Ehrlich Bala mágica Que mate um microrganismo, sem matar seu hospedeiro Idéia de Toxicidade Seletiva! 44

45 Agentes antimicrobianos utilizados in vivo Agentes quimioterápicos: sintéticos ou naturais (antibióticos). Antibiótico: substância produzida por microrganismos que, em pequenas quantidades, inibe o crescimento de outros microrganismos. 1940: primeiro teste clínico da penicilina por um grupo de cientistas da Universidade de Oxford, liderados por Howard Florey e Ernst Chain. Mais da metade dos antibióticos produzidos são obtidos de espécies de Streptomyces bactéria filamentosa do solo. Alguns de Bacillus e outros dos fungos Penicillium e Cephalosporium. Droga antimicrobiana ideal é a que tem toxicidade seletiva: capacidade do composto de inibir bactérias ou outros agentes patogênicos sem provocar efeitos adversos no hospedeiro. Ação das drogas antimicrobianas Onde agir??? 45

46 Ação das drogas antimicrobianas Inibição da síntese da parede celular: antibióticos beta-lactâmicos inibem síntese completa do peptideoglicano impedem a ligação peptídica cruzada, ligando-se às transpeptidases. Inibição da síntese protéica: inibem a formação de ligações polipeptídicas durante o alongamento da cadeia, por meio da união com a subunidade 50S; reagem com a subunidade 30S, interferindo na fixação do trna, portanto impedindo a adição de aminoácidos no alongamento da cadeia polipetídica; alteração da conformação da subunidade 30S, impedindo a leitura correta do mrna; Ação das drogas antimicrobianas Danos à membrana plasmática polimixina B liga-se ao fosfolipídeo da membrana, rompendo-a (uso tópico). drogas antifúngicas agem sobre o ergosterol (esterol da MP); não tem efeito sobre bactérias. Inibição da síntese de ácidos nucléicos interferência nos processos de replicação e transcrição do DNA dos MO (baixo grau de toxicidade seletiva). Inibição da síntese de metabólitos essenciais Um tipo de sulfa, p.e., compete com o PABA (ácido paraminobenzóico), um substrato para a síntese do ácido fólico (vitamina que atua como co-enzima para a síntese de aminoácidos e bases dos ácidos nucléicos). 46

47 Ação das drogas antimicrobianas Ação de peptídio antimicrobianos catiônicos em S. aureus membrane cracks, leakage of cytoplasmic contents, membrane potential disruption, and eventually the disintegration of the membrane (Pouny et al., 1992) Midorikawa et al.,

48 Ação da polimixina na membrana citoplasmática Inibição da síntese protéica por antibióticos. 48

49 Ácido para-aminobenzóico Mecanismo de ação da maioria dos agentes quimioterápicos antimicrobianos. THF = tetraidrofolato, DHF = diidrofolato, PABA = ácido paraminobenzóico. 49

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