FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCAIS E HUMANAS, UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA MESTRADO EM COMUNICAÇÃO DE CIÊNCIA UNIDADE CURRICULAR: CIÊNCIA E SOCIEDADE

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1 FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCAIS E HUMANAS, UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA MESTRADO EM COMUNICAÇÃO DE CIÊNCIA UNIDADE CURRICULAR: CIÊNCIA E SOCIEDADE Centro Cie ncia Viva de Guimara es: ana lise de elementos condicionantes de acessibilidade Pu blico com necessidades especiais ao ní vel da visa o e mobilidade DANIEL JOSÉ COSTA RIBEIRO

2 Índice Entidades colaboradoras... 3 CCVG (Centro Ciência Viva de Guimarães)... 3 APCG - Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães... 3 ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal... 3 Introdução... 4 A importância da acessibilidade num Centro de Ciência... 4 Desenvolvimento do projecto... 5 Fase 1 Visita preliminar das instalações do CCVG... 5 Fase 2 Análise das dificuldades... 6 Contextualização... 6 Estacionamento... 6 Portas e corredores... 7 Escadas... 8 Desníveis e rampas Outro pavimento Iluminação Expositores Sinalética Braille Áudio-guias Réplicas Percurso táctil Outras dificuldades Ficha de diagnóstico Considerações Finais Adaptações Limitações do projecto Referências bibliográficas

3 Entidades colaboradoras CCVG (Centro Ciência Viva de Guimarães) Curtir Ciência Centro Ciência Viva de Guimarães é, como o nome indica, um dos centros de associados à rede Ciência Viva, a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. É o mais recente membro desta rede tendo sido inaugurado em Dezembro de 2015, juntando-se aos restantes 19 centros que já faziam parte desta mesma rede. Foi instalado no centro histórico da cidade de Guimarães e serve uma zona do país onde não existia até então centro de Ciência por perto. O Centro Ciência Viva de Guimarães serve agora os distritos de Braga e Vila Real. Os mais próximos são em Vila do Conde (50km) e no Porto (60km). Este centro é uma forte aposta em várias áreas da Engenharia, nomeadamente na Robótica, Domótica e Realidades virtuais bem como áreas como a Reciclagem, Comunicações e até a Curtimenta, uma contextualização histórica sobre a actividade que era antigamente realizada nas instalações do CCVG. Uma vez que é uma entidade muito recente e estar alojada num edifício histórico, achei que seria um bom desafio para trabalhar questões de acessibilidade por também ter conhecimento que a equipa CCVG está muito aberta a críticas e a mudança o que pode, eventualmente, levar a mudanças reais e que vão além deste relatório. APCG - Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães APCG é uma associação particular de solidariedade social fundada em 1994 com a missão de promover a autonomia e funcionalidade da pessoa com deficiência. Esta associação assenta em três principais áreas de actuação: a reabilitação, o Centro de Actividades Ocupacionais e o Lar Residencial.Com uma política de colaboração e envolvimento com a sociedade, a APCG visitou anteriormente as instalações do CCVG onde foram verificadas várias dificuldades, nomeadamente em questões de mobilidade aos utentes que se deslocam em cadeiras de rodas. Daí surgiu também o interesse por parte do CCVG para trabalhar esta temática em colaboração mais directa com o vice-presidente da associação Américo Correia. ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal ACAPO é a associação de referência em Portugal na área da deficiência visual que está presente, através de delegações, em todas as capitais de distrito do País. A colaboração neste projecto foi feita mais directamente com a Delegação de Braga, distrito a qual pertence o CCVG. O seu principal objectivo é promover a inclusão social das pessoas com deficiência visual com serviços como psicologia, terapia ocupacional, acessibilidade, formação e ensino de Braille. 3

4 Introdução Decidi desenvolver um projecto em parceria com o CCVG por ser um centro de ciência que está próximo da minha área de residência, por ser uma instituição muito recente e aberta a sugestões, mudanças e adaptações Uma vez que é um espaço que tem como objectivo aproximar a sociedade da Ciência, é impetrativo que seja o mais inclusivo possível, tal como qualquer instituição cultural. Neste projecto foram focadas as principais falhas de acessibilidade a públicos com cegueira e baixavisão e com mobilidade reduzida. No entanto, existem ainda muitos outros públicos com necessidades específicas que não estarão devidamente analisadas neste documento, carecendo de uma análise própria. Com este projecto, além de se pretender melhorar as condições de acessibilidade do CCVG, tornando-o mais acessível, despertar consciências para que em futuras oportunidades sejam tidas em conta algumas das críticas feitas neste documento e, sempre que possível, aplicadas as devidas medidas para a correcção das falhas detectadas. A importância da acessibilidade num Centro de Ciência Um Centro de Ciência, tal como qualquer outra instituição cultural, tem como principal objectivo comunicar o seu conteúdo para quem o visita. Se tal não acontece então a instituição não está a cumprir o seu papel. Na página da internet Património Cultural da Direcção-Geral do Património Cultural podemos ler: A acessibilidade é hoje entendida como uma questão de direitos humanos reconhecidos nas leis de vários países do mundo - o direito à igualdade de oportunidades, à não discriminação, à inclusão e à participação em todos os aspectos da vida em sociedade. É essencial promover o acesso físico aos monumentos, palácios e museus, mas não é menos importante considerar também acesso intelectual, social, cultural ou económico. O nosso Património Cultural pertence a todos. O mesmo se aplica a Centros de Ciência. Tal como o Património Cultural, a Ciência também é de todos. 4

5 Desenvolvimento do projecto Fase 1 Visita preliminar das instalações do CCVG Numa primeira fase foi realizada uma visita atenta às instalações do CCVG durante a manhã de dia 22 de Março do presente ano, guiada pelo Eng. Paulo Pereira, coordenador técnico no CCVG. O principal objectivo desta visita foi fazer uma avaliação inicial das instalações para que fosse apresentada às associações ACAPO e APCG. No entanto, apenas a ACAPO se demonstrou disponível em colaborar em tempo útil pelo que as análises, críticas e sugestões abaixo listadas foram elaboradas em colaboração apenas com a Delegação de Braga da ACAPO, nas pessoas de Dra. Raquel Gomes e Dr. Beno Haraldo. 5

6 Fase 2 Análise das dificuldades Para a análise das dificuldades pude contar com a ajuda dos elementos da ACAPO supracitados que, apesar de não terem visitado as instalações do CCVG pessoalmente, puderam ver as condições do mesmo através de registo fotográfico que efectuei na visita preliminar. Além disso, a documentação por eles facultada foi preponderante para a organização do trabalho uma vez que até então não tinha qualquer qualificação sobre o tema da acessibilidade. Contextualização O edifício onde o Centro Ciência Viva de Guimarães está instalado foi reabilitado após ter sido adquirido pela Câmara Municipal de Guimarães em Estas instalações pertenceram no final do séc. XIX a uma fábrica onde se fazia a curtição de peles, uma actividade muito importante na economia local, motivo pelo qual ainda hoje a zona se designa Couros. Assim, devido à sua importância histórica, estas instalações estão classificadas como Património Cultural da Humanidade e, naturalmente, protegidas contra modificações e adaptações que de alguma forma danifiquem o património existente, o que é um grande desafio à sua reabilitação para a sua acessibilidade. Estacionamento A condições de acessibilidade começam mesmo antes da chegada ao museu. Devem existir acessos para o local, quer seja por com passeios largos para quem viaja a pé, paragem para transportes públicos perto da entrada do museu e lugares reservados a condutores com dístico de deficiência. Estes lugares devem ser pelo menos 2, juntos uns ao lado dos outros e localizados o mais próximo possível da entrada do museu (ver Fig. 1) Fig. 1- Esquema de um estacionamento com acessibilidade O Centro Ciência Vida de Guimarães não possui estacionamento reservado a condutores com deficiência a uma distância aceitável da entrada. Recomenda-se que seja discutida esta possibilidade com as entidades competentes, nomeadamente com a Câmara Municipal de Guimarães. 6

7 Portas e corredores As portas e corredores do edifício onde está instalado um museu são muito importantes para a mobilidade dentro das instalações. As portas mais adequadas são as portas automáticas, desde que possuam pelo menos 90cm de largura. Em caso de portas com puxador este deve estar a 90cm do chão e sempre com um puxador em forma de alavanca, nunca em forma de maçaneta (ver Fig. 2). Relativamente aos corredores, deve ser possível desenhar um círculo de 150cm de diâmetro, para que permita a boa circulação em cadeiras de rodas. A B C D E F Fig. 2- Esquema representativo das acessibilidades de diferentes tipos de portas O Centro Ciência Viva de Guimarães está equipado com diferentes modelos de portas. Se por um lado existem simples aros (Fig. 2A) e portas automáticas (Fig. 2B), as mais comuns nas instalações do CCVG são as tradicionais portas com puxador (Fig. 2D). Tal não seria problemático, mas existem duas dificuldades presentes nas portas do CCVG: o tipo de puxador existente, que dificulta a abertura da porta por ser demasiado pequeno, e o facto do puxador estar colocado a uma altura demasiado elevada (ver Fig. 3). As portas do tipo C, E e F não estão instaladas, o que acaba por ser um aspecto uma vez que as portas mais exclusivas não estão presentes. 7

8 Fig. 3 -Exemplo do tipo de porta mais comum nas instalações do CCVG Escadas As escadas não são, ao contrário do que se possa pensar, o pior pesadelo de pessoas com baixa visão ou cegueira completa, desde que cumpram diversas medidas de segurança. Devem obedecer a uma largura mínima, ter corrimões de ambos os lados (com protecção caso sejam corrimões exteriores) a uma altura confortável preferencialmente feitos em madeira com 4cm de diâmetro para permitam uma boa preensão. No início e final das escadas deverá haver uma diferente textura no pavimento. Os focinhos das escadas devem estar assinalados com cor diferente ou um material antiderrapante (ver Fig. 4). Fig. 4- Esquema representativo de um lanço de escadas com acessibilidade 8

9 Os degraus deverão ter uma altura máxima de 16cm e proporcionar uma boa aderência. Os degraus das escadas deverão estar construídos fazendo ângulos de 90º, evitando focinhos salientes (ver Fig. 5). Fig. 5- Esquema representativo de tipos de degraus sem acessibilidade No CCVG, existem algumas escadas nem todas com o mesmo grau de acessibilidade. Na Sala da Curtimenta estas são irregulares, não possuem corrimão em qualquer dos lados, sem piso aderente e sem contraste cromático no focinho dos degraus (ver Fig. 6). Assim neste caso é aconselhada uma rampa portátil (ver Fig. 7) uma vez que o número de alterações a fazer para tornar as escadas acessíveis seria muito grande e seria necessário fazer alterações no património. Fig. 6- Escadas presentes na Sala da Curtimenta do CCVG 9

10 Fig. 7 - Exemplo de uma rampa portátil equipada com corrimões de ambos os lados Já no espaço exterior, as escadas que levam ao segundo piso do edifício, estão equipadas com corrimão dos dois lados embora sem protecções nem contraste cromático (ver Fig. 8). No entanto, o centro dispõe de elevador que serve de alternativa ao acesso via escada, pelo que a sua reabilitação, apesar de aconselhada, não será uma prioridade. Fig. 8- Escadas exteriores de acesso ao 2º piso do CCVG 10

11 Desníveis e rampas No interior de um museu a existência de desníveis deve ser evitada uma vez que traz vantagens tanto para os visitantes como para o staff. Sempre que possível, um desnível com mais de 2cm deverá ser eliminado ou reduzido com recurso a rampas, definitivas ou portáteis (ver Fig. 9). Fig. 9- Imagem ilustrativa da remoção de desníveis com recurso a uma rampa portátil No CCVG existem vários desníveis, nomeadamente na transição entre salas. Desde soleiras com pavimento irregular, em formato de degrau (ver Fig. 10) ou com batentes potencialmente perigosos, são vários os elementos que deveriam ser removidos. Tendo em conta o estatuto do edifício, as rampas portáveis poderiam ser uma boa alternativa para a esta questão uma vez que em nada vão danificar o património. Fig. 10- Desnível na entrada para a Sala das Estruturas, Vibrações e Som no CCVG 11

12 Outro pavimento O pavimento deverá ser o mais regular possível para que a mobilidade se possa fazer da forma mais segura possível. Terreno desnivelado e irregular deve ser evitado pois representa perigo quer para visitantes em cadeiras de rodas quer mesmo em crianças ou idosos. O CCVG possui um pátio (e algumas salas, como a sala da curtimenta) cujo pavimento é feito em pedra muito irregular, que pode ser perigoso porque os visitantes podem tropeçar, e ainda mais perigoso para visitantes em cadeira de rodas. Além disso, existem batentes nas portas que facilmente passam despercebidos e podem ser potencialmente perigosos, independentemente das necessidades especiais que o visitante possa ter (ver Fig. 11). Fig. 11- Pavimento irregular e batentes existentes no pátio do CCVG Iluminação A iluminação é uma questão fundamental num espaço expositivo, ainda mais se forem tidas em consideração as necessidades especiais de visitantes com baixa visão. Devem ser eliminadas sombras fortes (que podem ser confundidas com obstáculos) mas também deve ser evitado o encandeamento, especialmente se as superfícies iluminadas forem brilhantes (ver Fig. 12). Fig Esquema representativo de focos de iluminação mal colocados 12

13 No centro CCVG há locais, nomeadamente na Sala da Memória, em que a iluminação é muito forte em toda a sala e a luz não é dirigida aos painéis informativos. Deste modo a luz encadeia em vez de iluminar os objectos de interesse, neste caso particular um painel com informações históricas do edifício (ver Fig. 13A). Recomenda-se que a iluminação seja direccionada para os painéis de modo a não causar encandeamento, procedendo à medição e ajuste conforme indicado na Tabela 1 e evitando potenciais reflexos. A iluminação pode ser ainda mais problemática quando existem ecrãs e a forte iluminação dificulta a sua visualização podendo até reflectir a luz. O controlo da luz artificial é relativamente simples de fazer e para a luz natural é necessário equipar as janelas com sistemas de estores que permitam regular a entrada de luz (ver Fig. 13B). Tabela 1- Níveis de iluminação recomendados nos diversos espaços de um museu A B Fig Iluminação presente na Sala da Memória do CCVG (A) e a falta de controlo de luz natural (B) 13

14 Expositores Os expositores e os módulos devem ser bem iluminados e ter rebordos bem definidos para que se destaquem do resto da sala evitando que passem despercebidos. Em caso de expositores tipo mesa devem ser colocados a uma altura máxima de 80cm e os objectos devem ser colocados com inclinação, sendo que os objectos mais pequenos devem ser colocados à frente dos maiores. Além disso, deve haver espaço por baixo para permitir o acesso a cadeiras de rodas (ver Fig. 14). Fig. 14- Representação esquemática de expositores do tipo mesa com acessibilidade Os módulos que compõem as salas do museu devem todos permitir o acesso a visitantes com cadeiras de rodas (com espaço por baixo dos módulos) e devem existir distâncias confortáveis entre os diferentes módulos da sala. Devem ser evitadas prateleiras e pequenos expositores colocados nas paredes por representarem perigo de lesões (ver Fig. 15). Fig. 15- Representação esquemática de uma sala de exposições com acessibilidade 14

15 No CCVG alguns espaços expositivos não são acessíveis por causa da altura a que estão localizados. Por exemplo, na Sala da Robótica, os módulos estão colocados numa plataforma horizontal que é demasiado alta (superior a 100cm), sendo muito difícil o acesso quer a visitantes em cadeira de rodas quer a visitantes mais novos. Além disso, as instruções e informações do módulo estão escritas na plataforma horizontal, o que impossibilita a leitura das mesmas (ver Fig. 16A). A solução neste caso passaria pelo rebaixamento da plataforma e a colocação das informações escritas na vertical, na parede de fundo. Também na Sala das Comunicações os módulos estão demasiado altos impossibilitando quer o controlo do carro lunar quer a observação da movimentação do mesmo (Fig. 16B). Apesar de representar uma difícil remodelação, proponho que o controlo seja ajustável relativamente à altura (permitindo o controlo por pessoas de várias estaturas de forma confortável) e o rebaixamento do piso lunar e/ou a substituição dos painéis laterais que delimitam a superfície lunar por um material transparente. Verifica-se ainda a pouca distância entre módulos que impede a circulação a visitantes com cadeiras de rodas (ver Fig. 16B). A B Fig Expositores e percursos não acessíveis do CCVG: A - A Sala da robótica; B - Sala das Comunicações Sinalética Há vários tipos de sinalética no interior do espaço de um museu. Um dos tipos é a que se refere à orientação no espaço, com indicações do percurso e locais de interesse como as casas-debanho ou os elevadores. É importante também apresentar sinalética referindo as condições de acessibilidade que o museu oferece (ver Fig. 17). 15

16 Fig. 17- Exemplos de sinalética de acessibilidade usados em instituições museológicas Relativamente à sinalética usada nos módulos expositivos (incluindo os painéis informativos), estes devem fazer fortes contrastes com o local onde são afixados. Se o local onde o painel for afixado se tratar de uma superfície de cor clara, o fundo do painel deverá ser escuro e vice-versa. O tipo de letra deverá também fazer contraste com o fundo e devem ser evitados efeitos que dificultem a leitura, tais como sombras (ver Fig. 18). Fig. 18- Quadro comparativo do contraste resultante de combinações de diferentes cores O texto deve ser num tipo de letra que permita distinguir entre o algarismo 1 (um), o I (maiúsculo) e o l (L minúsculo). É importante que também se perceba a diferença entre a, c, e, o bem como entre 3, 5, 6, 8. O tamanho dos caracteres recomendado depende da distância a partir da qual a informação será lida. Distâncias maiores implicam logicamente um tamanho de letra também maior (ver Fig. 19). Devem ser utilizadas letras maiúsculas e minúsculas uma vez que facilitam a leitura. O texto deve ter um espaçamento regular (não justificado) e o texto deve estar inclinado sempre que não estiver ao nível dos olhos. Quando se utilizar braille, a posição relativa deve ser sempre a mesma em todos os espaços (por exemplo, sempre abaixo do texto). 16

17 Fig. 19- Representação esquemática da relação entre o tamanho do tipo de letra e a distância de leitura No CCVG, não existe sinalética para a orientação dentro do espaço expositivo (nomeadamente a identificação das salas e os módulos que lá se podem encontrar). Apesar de as visitas se realizarem maioritariamente com monitores, a inclusão desta informação é bastante útil. Apenas existe uma planta do edifício no início da exposição que é demasiado pequeno para a informação que contém e não tem qualquer suporte para visitantes invisuais poderia optar-se por informação com relevo. Não existe qualquer sinalética relativa às condições de acessibilidade do espaço. Seria importante disponibilizar estas informações, apenas e só, quando de facto se verificarem. Os painéis informativos que acompanham as exposições carecem também de algumas adaptações uma vez que a informação escrita não está posicionada a uma altura que permita a leitura confortável a crianças e a cidadãos em cadeira de rodas, por se localizar muito acima muito abaixo da altura média dos olhos (150cm). Caso não seja possível, como no módulo de massa-mola (ver Fig. 20A), o suporte deverá estar inclinado. O tipo de letra e os contrastes utilizados são satisfatórios. O tamanho da letra é particularmente preocupante em módulos em que o texto é apresentado em ecrãs (ver Fig. 20B). Além de aumentar o tamanho de letra, o texto deverá ser acompanhado por uma narração ou um sistema de sintetizador de voz. 17

18 A B Fig Exemplos de sinalética não-acessível do CCVG: A-Módulo de massa-mola com texto não-inclinado; B- módulo com texto de tamanho de letra demasiado pequena (ecrã) Braille O braille é o formato mais utilizado por invisuais para obter informação através do tacto que consiste num código de pontos em relevo (ver Fig. 21- Exemplo de representação de texto no formato Braille (Curtir Ciência)Fig. 21). O texto utilizado nos painéis informativo deve ser acompanhado com o formato braille com uma inclinação de 45º para facilitar a leitura. Quando a informação está representada em forma de imagens ou esquemas deve ser transcrita para que possam ser compreendidos pelo público invisual, a não ser que sirvam apenas propósitos decorativos devendo nesse caso ser eliminados. No entanto, o braille só deve ser aplicado quando servir um propósito forte. Fig. 21- Exemplo de representação de texto no formato Braille (Curtir Ciência) O Centro Ciência Viva de Guimarães não está actualmente equipado com informação em formato Braille. O uso de braille seria particularmente importante para a orientação dentro do espaço e para a informação relativamente aos módulos do museu. Áudio-guias A existência de gravações num formato de áudio pode representar uma grande vantagem na acessibilidade de um museu uma vez que ajuda tanto os visitantes com cegueira, que saibam ou não ler braille, bem como visitantes com dificuldades de visão (por exemplo, necessidade de ampliação do texto). No entanto o som deverá ser de boa qualidade e o museu deverá estar equipado com leitores para os visitantes transportarem durante a visita e, preferencialmente, um sistema de sensores que inicie a reprodução assim que o visitante se encontre perto dos 18

19 elementos expositivos. Além disso é possível fazer gravações em diferentes idiomas além do português ou versões diferentes para o mesmo idioma (por exemplo uma versão mais adequada a crianças). Actualmente está a ser desenvolvido no CCVG uma aplicação para dispositivos móveis capaz de fornecer informação em formato de áudio através da leitura de código QR (ver Fig. 22). Fig. 22- Código QR usado na aplicação móvel em desenvolvimento pelo CCVG Réplicas Nos museus podem existir peças que não podem ser tocadas pelos visitantes quer por serem frágeis quer por serem muito grandes ou muito pequenas, não permitindo a sua conveniente interpretação através do tacto. Quando se verificarem estas situações, devem ser produzidas réplicas em tamanho adequado. No CCVG, as réplicas poderiam ser particularmente úteis uma vez que alguns elementos expositivos são demasiado frágeis e com elevado custo e são apenas manipulados pela equipa de monitores. É o caso específico da sala Robótica em que os diferentes robots não são manipulados pelos visitantes, algo que seria muito enriquecedor para um visitante invisual. Assim, a construção de réplicas, ainda que inoperacionais, destes módulos seriam uma maisvalia em termos de acessibilidade. Após discussão com os responsáveis do CCVG, verifica-se de facto a possibilidade de serem disponibilizadas réplicas para que os visitantes invisuais possam utilizar livremente. 19

20 Percurso táctil Um percurso táctil é uma ferramenta que ajuda os visitantes com necessidade especiais de visão a orientarem-se melhor dentro do espaço de um museu. Pode ser num formato de corrimão que guia os visitantes ao longo do percurso da exposição (ver Fig. 23) ou o uso de um contraste cromático no pavimento. Fig. 23- Imagem representativa do percurso táctil com recurso a corrimão no Museum of London No caso do CCVG, há zonas particularmente escuras uma vez que alguns dos elementos da exposição apenas funcionam nestas condições pelo que a presença de um corrimão poderia revelar-se particularmente útil, mesmo para visitantes sem necessidades especiais. No caso específico da Sala da Domótica, o espaço expositivo está apenas delimitado com uma fita colada no pavimento. Uma vez que não é permitida a entrada nesta área, sugere-se a instalação de uma barreira (com porta, para que o staff possa aceder ao espaço) ou a delimitação com relevo no pavimento. Outras dificuldades Faltam ao longo da visita locais de descanso para um público sénior ou visitantes com questões de saúde ou outras dificuldades que causem cansaço por parte do visitante. A planta do edifício é demasiado pequena, bem como o seu tipo de letra. Sem qualquer tipo de relevo, torna-se muito difícil a leitura quer por pessoas com baixa visão quer por pessoas invisuais. Ao existirem vários módulos expositivos que funcionam com o uso da cor, estes não estarão acessíveis para públicos com daltonismo uma vez que não estão a ser usados nenhum sistema alternativo para a identificação de cores tais como o uso de símbolos para cada cor. 20

21 Ficha de diagnóstico De forma a quantificar as dificuldades de acessibilidade do Centro Ciência Viva de Guimarães, foi proposto o preenchimento da Ficha diagnóstico para avaliação da acessibilidade nos museus parte integrante do documento TEMAS DE MUSEOLOGIA - Museus e Acessibilidade fornecido pela ACAPO e que aborda várias temáticas de acessibilidade, muitas delas abordadas ao longo deste relatório. O preenchimento foi da responsabilidade do Eng. Paulo Pereira, coordenador técnico do CCVG e foi realizado no dia 15 de Maio do presente ano. Abaixo são apresentados os resultados sob a forma de tabela, demonstrando os níveis de acessibilidade para diferentes áreas do CCVG. Tabela 2 - Resultados da ficha de diagnóstico de acessibilidades do CCVG Acesso exterior Átrio Aceso à exposição Exposição Loja Cafetaria Total Sim Não Total % Acessibilidade Os resultados confirmam os dados que foram recolhidos pela análise feita até então: o CCVG não é, de todo, um espaço acessível por diversos motivos. Apesar das limitações do edifício, é possível melhorar bastante esta classificação e torna-lo num exemplo. 21

22 Considerações Finais Adaptações Por vezes, tornar um espaço acessível não pode ser feito pelos métodos mais imediatos como colocar braille. Há situações em que é muito difícil melhorar a acessibilidade. No entanto, haverá sempre espaço para melhoria quando se pensar em adaptação do que já existe. Por exemplo, no módulo sobre a superfície lunar, não é possível para os invisuais controlarem o carrinho e observarem o seu movimento num ecrã mas é possível sentirem a superfície da lua e o robot. Apesar de não ser esse o principal objectivo do módulo, é sem dúvida uma alternativa a uma visita que, caso contrário, não significaria nada. Estas adaptações são a melhor maneira de tornar úteis módulos que à primeira vista seriam inalcançáveis para o público invisual. Recomenda-se ainda a adaptação do website do CCVG. Grande parte do público invisual precisa de saber de antemão se o espaço que pretende visitar é acessível. Apesar do site do CCVG ser graficamente agradável, o mesmo não é reconhecido pelo software de leitura utilizado pelo público invisual, segundo reportado pela equipa da ACAPO. Assim, recomendo que tal seja tido em atenção ou que se produzam alternativas de forma a tornar o website mais acessível. Limitações do projecto Gostaria de esclarecer que apenas algumas das questões de acessibilidade foram analisadas por mim no decorrer deste projecto colaborativo. Existem muitas mais questões que carecem de análise e que deverão ser tidas em conta pela equipa do CCVG. Um exemplo muito simples são as questões de acessibilidade dos WC. 22

23 Referências bibliográficas Clara Mineiro (coord.) - Colecção Temas de Museologia, Museus e Acessibilidade, 1ª Edição, Abril de

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