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1 - Dispensa de Segredo Profissional nº 70/2009 Através de comunicação por via electrónica, registada com o nº ( ), recebida a 16/03/2009 pela Secretaria do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados, o Exmº Sr. Dr. ( ), que refere utilizar também o nome abreviado ( ), advogado com inscrição em vigor, veio solicitar ao Presidente do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados a dispensa de segredo profissional. Não fundamenta o seu pedido. Escreve apenas o seguinte: Para efeitos de apresentar notificação judicial avulsa, solicito a V. Exa. a dispensa de sigilo profissional. Junto em anexo minuta de notificação judicial avulsa. Tal como se encontra formulado, o pedido tem de ser liminarmente rejeitado. Com efeito, o advogado está obrigado a guardar segredo profissional relativamente a todos os factos cujo conhecimento lhe advenha do exercício das suas funções ou da prestação dos seus serviços. Conforme entendimento pacífico da Ordem, as normas que proíbem a revelação de factos abrangidos pelo segredo profissional estatutariamente imposto ao Advogado são de interesse e ordem pública, e não tanto, ou apenas, de natureza contratual (cfr. Bastonário Coelho Ribeiro, Parecer do Conselho Geral de 13/01/ in ROA, Ano 43, Ano 1983, fls. 211 SS.). O segredo profissional não é apenas um dever do Advogado por pertencer a uma classe, mas é, e sobretudo, um dever de toda essa classe e, por isso, vinculativo e obrigatório para cada membro dela (cfr. Dr. Fernão Fernandes Thomaz, Parecer do Conselho Geral de 02/04/1981, In ROA, Ano 41, Setembro - Dezembro 1981, fls, 900 ss.). Só em circunstâncias muito excepcionais pode o advogado ser autorizado a revelar factos sujeitos a sigilo profissional. Tal consentimento apenas pode ocorrer quando seja absolutamente necessário para a defesa da dignidade, direitos e interesses legítimos do próprio advogado, ou do cliente ou seus representantes. Para que possa decidir-se da eventual dispensa da obrigação de sigilo, carece o Presidente do Conselho Distrital respectivo de saber quais os factos que se pretendem revelar, assim como conhecer as circunstâncias concretas que levam a que, eventualmente, o

2 levantamento do sigilo seja imprescindível para a defesa da dignidade, direitos e interesses legítimos do próprio advogado ou do cliente. Por isso, o pedido de dispensa de sigilo tem de obedecer aos requisitos consignados no respectivo regulamento. O requerente é advogado e, como tal, está obrigado a conhecer as regras de exercício da sua profissão. O requerente já formulou em momentos anteriores outros pedidos de dispensa de sigilo profissional, que forma apreciados, e dos quais conta a devida fundamentação legal. Não obstante, consigna-se que o Regulamento de Dispensa de Segredo Profissional tem o nº 94/2006 OA 2ª série, data de 25 de Maio de 2006, foi aprovado pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados e encontra-se publicado no Diário da República, 2ª série, nº 113 de 12 de Junho de 2006, a pag (Encontra-se também disponível para consulta no portal da Internet da Ordem dos Advogados em em Regras Profissionais > Regulamentação Aprovada pela OA). O artº 4º deste Regulamento acentua que a dispensa do segredo profissional tem carácter de excepcionalidade e determina que o Presidente do Conselho Distrital deve aferir da essencialidade, actualidade, exclusividade e imprescindibilidade do meio de prova sujeito a segredo, analisando para tal os elementos de facto trazidos aos autos pelo requerente da dispensa. Assim sendo, bem se compreende que o artº 3º do mesmo Regulamento determine a obrigatoriedade de identificação objectiva, concreta e exacta dos factos sobre os quais a desvinculação do sigilo é pretendida, outrossim determinando que o pedido de dispensa venha acompanhado com os documentos necessários à apreciação do pedido. O nº 1 do mesmo artº 3º estatui que, quando se trate dum processo judicial em curso, o pedido de dispensa tem que vir acompanhado das peças processuais pertinentes. O nº 2 do mesmo normativo comina com indeferimento liminar o requerimento que não se mostre fundamentado. Forçoso é concluir, pelo acima descrito, que o Exmº. Advogado requerente não deu cumprimento aos requisitos de fundamentação do pedido, uma vez que se limita a pedir dispensa de sigilo profissional e a juntar uma minuta dum requerimento, mas não aduz os

3 factos e as razões que permitam a quem decide apurar se efectivamente ocorrem os requisitos de essencialidade, actualidade, imprescindibilidade e exclusividade da alegação de factos com dispensa de sigilo profissional. Ademais, o requerente nem sequer se deu ao trabalho de averiguar se o conteúdo da notificação judicial avulsa que minutou contém ou não matéria sigilosa. E absteve-se de esclarecer, como era seu dever, quais os factos sigilosos cujo levantamento de sigilo pretende. Ora, é o advogado, enquanto profissional, quem tem o dever de, em todas as ocasiões da sua actividade, primar pelo acatamento do dever de sigilo profissional, para tal analisando se as suas condutas são ou não susceptíveis de se enquadrar no âmbito do sigilo, tal qual o define o artº 87º do Estatuto da Ordem dos Advogados. Assim, e sem necessidade de mais alongadas considerações, que a simplicidade da matéria torna despiciendas, em obediência ao estatuído no Regulamento que determina a nossa acção, impor-se-ia rejeitar desde já, liminarmente, o pedido nº 2 do artº 3º do Regulamento de Dispensa de Segredo Profissional. Contudo, para evitar que continuem a ser formulados recorrentemente pedidos de dispensa de sigilo sobre matéria que não tem o mínimo enquadramento no sigilo profissional, maxime em questões de acções de honorários, sempre adiantaremos algumas linhas gerais norteadoras de tal matéria. Assim, para que os factos (entendidos aqui factos numa acepção lata, abrangendo também os documentos e respectivo conteúdo cfr. Fernando Sousa Magalhães, E.O.A. Anotado e Comentado, nota 12 ao artº 87º) revistam carácter sigiloso, é necessário que o conhecimento que o advogado tem de tais factos lhe advenha do exercício das suas funções ou da prestação dos seus serviços artº 87º nº 1 do E.O.A.. Mas é necessário, previamente, que se trate de matéria sigilosa, como é aliás intuitivo Se a matéria de facto em causa não constituir segredo, obviamente não está o advogado obrigado a guardar um segredo que inexiste! Não constitui segredo a descrição dos serviços praticados pelo advogado para o cliente, a menos que se trate da prática de actos secretos o que por regra não acontece. Assim, alegar que minutou documentos, escreveu cartas, elaborou articulados, interveio em diligências judicias, etc. etc., não comporta em si nada de sigiloso.

4 Mutatis mutandis, também por regra não serão sigilosas as despesas suportadas pelo advogado no interesse do seu cliente, a não ser que se trate de despesas confidenciais. Por outro lado, os documentos que já estão juntos a processos judiciais, a menos que tais processos tenham natureza secreta, também já são públicos, ou seja, não revestem qualquer segredo. Pelo que nos foi dado apreciar da notificação judicial avulsa cuja minuta foi junta, é ostensivo que a mesma não comporta nenhuma matéria sigilosa. Aliás, em rigor nem matéria comporta, apenas contém um elenco dos processos judiciais em que o requerente interveio e o montante do saldo devido pelo cliente. Mais nada! Finalmente, importa notar que o requerente enviou ao Presidente do Conselho Distrital do Porto uma comunicação na qual alerta para a circunstância de ter sido ultrapassado o prazo legal para a Ordem se pronunciar sobre a dispensa de sigilo, outrossim comunicando que, se não obtiver decisão até dia 8 de Maio próximo, considerará os pedidos tacitamente deferidos. Não conhecemos nenhuma norma que faculte ao requerente a concessão de um prazo cominatório ao órgão decisor, nem tampouco conseguimos intuir qual o preceito em que estriba o pretendido deferimento tácito. Será seguramente ignorância nossa Consigna-se porém, para elucidação do requerente, que desde a nossa tomada de posse já deram entrada neste Conselho Distrital mais de 400 pedidos de dispensa de sigilo, que são decididos por advogados, seus pares, os quais têm seguramente um nível de afazeres profissionais no mínimo idêntico ao do requerente. E quanto mais deficiente é a fundamentação dos pedidos, mais trabalho e dispêndio de tempo dão ao decisor. Alerta-se pois o requerente para a necessidade de cumprimento estrito do regulamento, caso pretenda reformular o seu pedido. Decisão: Uma vez que o pedido de dispensa de sigilo profissional formulado pelo Exmº. Sr. Dr. ( ) não se encontra devidamente fundamentado, de forma a permitir aferir se a matéria em causa é susceptível de integrar o conceito de factos sujeitos a sigilo

5 profissional e, em caso afirmativo, de preencher os requisitos de excepção consignados no nº 4 do artº 87º do Estatuto da Ordem dos Advogados, bem como não obedece ao estatuído no artº 3º do Regulamento de Dispensa de Segredo Profissional nº 94/2006 OA 2ª série, de 25 de Maio de 2006, aprovado pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados e publicado no Diário da República, 2ª série, nº 113 de 12 de Junho de 2006, a pag , decide-se rejeitar liminarmente tal pedido, nos termos do preceituado no nº 2 do artº 3º do mesmo Regulamento. Notifique. Póvoa de Varzim, 5 de Maio de 2009 O Vice-Presidente do Conselho Distrital, com competência delegada pelo Presidente do Conselho Distrital, ao abrigo do nº 3 do artº 2º do Regulamento de Dispensa de Segredo Profissional, João Mariz

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