Avaliação Qualidade APS no Programa Mais Médicos. PPG- Epidemiologia FAMED- UFRGS OPAS

Transcrição

1 Avaliação Qualidade APS no Programa Mais Médicos PPG- Epidemiologia FAMED- UFRGS OPAS

2 2 Pesquisas sobre Qualidade Médica na APS Ø Pesquisa 1 Ø Pesquisa de Avaliação do Projeto Mais Médicos na experiência dos usuários da atenção primária à saúde Ø Pesquisa 2 Ø Pesquisa avaliahva dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos

3 APS: Valores, Princípios e Atributos. OPAS, 2006 VALORES Proveem a âncora moral para as políhcas e programas no interesse público DIREITO A SAÚDE EQUIDADE INTEGRALIDADE PARTICIPAÇÃO & CONTROLE SOCIAL PRINCÍPIOS Proveem as bases para a legislação, a avaliação, a alocação de recursos INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO CARATER SUBSTITUTIVO (pessoa X doença) RESPONDER ÀS NECESSIDADES EM SAÚDE ORIENTADO P/ A QUALIDADE ATRIBUTOS São a base estrutural e funcional do sistema de saúde PRIMEIRO CONTATO INTEGRALIDADE LONGITUDINALIDADE COORDENAÇÃO Gentilmente cedido por Silvia Takeda, 2008

4 Atenção Primária à Saúde APS como um aspecto do sistema de serviços de saúde é um serviço que assegura um cuidado personalizado ao longo do tempo para uma população definida, facilmente acessível quando é necessário atendimento, onde o cuidado de todas as condições é realizado, à exceção das condições raras, e que coordena todo o cuidado recebido pelos indivíduos, integrando a atenção à saúde. Starfield B, Basic concepts in populahon health and health care. J. Epidemiol. Community Health.

5 Atenção Primária à Saúde Atenção Primária à Saúde (APS) Atributos Essenciais Atributos Derivados Acesso de 1º Contato Longitudinalidade Coordenação Integralidade Orientação Familiar Orientação Comunitária Competência Cultural

6 Atenção Primária à Saúde Atenção Primária à Saúde (APS) Atributos Essenciais Acesso de 1º Contato Longitudinalidade Coordenação Integralidade

7 ObjeHvos: Pesquisa 1 Usuários Ø Avaliar o grau de orientação para APS desde a experiência dos usuários adultos das equipes de Saúde da Família de todo o Brasil Ø Comparar o grau de orientação para APS desde a experiência dos usuários adultos das equipes de Saúde da Família de todo o Brasil entre equipes com ou sem a presença de médicos cubanos e brasileiros do PMM

8 ObjeHvos: Pesquisa 1 Usuários Ø Avaliar a qualidade do cuidado ofertado por médicos da ESF de todo o Brasil em relação a condições de saúde prevalentes na população adulta brasileira Ø Comparar a qualidade do cuidado ofertado por médicos da ESF de todo o Brasil em relação a condições de saúde prevalentes na população adulta brasileira entre equipes de saúde da Família com ou sem a presença de médicos cubanos e brasileiros do PMM

9 ObjeHvos: Pesquisa 2 Médicos Cubanos Ø Avaliar o grau de orientação para APS desde a experiência dos médicos cubanos intercambistas do PMM junto a equipes de Saúde da Família de todo o Brasil Ø Comparar o grau de orientação para APS desde a experiência dos médicos cubanos intercambistas do PMM com médicos brasileiros não- parhcipantes do PMM em outros contextos de pesquisas com delineamento semelhante

10 Metodologia: Pesquisa 1 Usuários Ø Delineamento: Estudo transversal com uma amostra sistemáhca de Unidades de Saúde da Família, estrahficadas por número de equipes de ESF, com ou sem a presença de médicos que atuam no PMM de todas as regiões brasileiras Ø Local: Serviços de Atenção Primária (ESF) em todo Brasil Ø População: Usuários adultos de ESF atendidos por médicos parhcipantes do PMM (cubanos e brasileiros) e médicos brasileiros que não parhcipam do PMM

11 Metodologia: Pesquisa 1 Usuários Ø Amostra: usuários divididos em 3 grupos, representando 516 médicos em mais de 300 munícipios; eshmahva de diferença de 0,3 pontos (escore 0-10), com um desvio- padrão de 1,7, poder estasshco de 80%, nível de significância de 5%, eshmahva de perdas de 20%, com DEFF de 3,4 Ø Instrumentos: PCATool- Brasil (acesso, longitudinalidade e versão curta) + perguntas condições traçadoras + relação médico paciente (PDRQ- 9); queshonário com médico; queshonário de estrutura e fotografias Ø Coleta: empresa CP2

12 Metodologia: Pesquisa 2 Médicos Cubanos Ø Delineamento: Estudo transversal com censo de todos médicos cubanos intercambistas do PMM, presentes em Unidades de Saúde da Família no período de abril- maio 2016 de todas as regiões brasileiras Ø Local: Serviços de Atenção Básica (ESF) em todo Brasil Ø População: Médicos cubanos intercambistas do PMM Ø Amostra: médicos Ø Instrumentos: PCATool- Brasil versão profissionais + perguntas sobre formação profissional, via SurveyMonkey

13 Antes dos Resultados Parciais... Ø O que as duas pesquisas não medem? Ø A distribuição/provimento dos médicos do PMM ou dos médicos não- parhcipantes do PMM frente a regiões/locais com >s necessidades Ø Não produz evidências sobre alocação/provimento de médicos em lugares desassishdos Ø As pesquisas comparam a qualidade da orientação para APS e a qualidade do trabalho médico entre 3 Hpologias dishntas de profissionais médicos alocados em Unidades de Saúde da Família: Ø Médicos cubanos intercambistas do PMM Ø Médicos brasileiros do PMM Ø Médicos brasileiros não- parhcipantes do PMM

14 Antes dos Resultados Parciais... Ø O que as duas pesquisas medem? Ø Racionalidade sobre a questão da qualidade do trabalho médico Ø Elimina a dicotomia: Médicos Cubanos = Superheróis X Médicos Cubanos = Subprofissionais

15 Resultados Parciais: Pesquisa 1 Usuários Ø Amostragem Ø Amostra Parcial Ø usuários adultos da ESF, 75% da amostra calculada Ø 392 médicos e 220 municípios Ø Amostra Final Ø 99,3% da amostra calculada foi coletada Ø usuários, 510 médicos, 290 municípios

16 Caracterização sociodemográfica dos usuários adultos das equipes de ESF no Brasil CaracterísHcas Geral MM Cuba MM Brasil ESF n = 4646 n = 1581 n = 1527 n = 1538 SOCIODEMOGRÁFICAS n(%) n(%) n(%) n(%) Região do país Centro- Oeste 362 (7,8) 132 (8,3) 120 (7,9) 110 (7,1) Nordeste 1312 (28,2) 442 (28,0) 480 (31,4) 390 (25,4) Norte 556 (12,0) 240 (15,2) 170 (11,1) 146 (9,5) Sudeste 1704 (36,7) 551 (34,8) 558 (36,5) 595 (38,7) Sul 712 (15,3) 216 (13,7) 199 (13,1) 297 (19,3) Sexo do(a) paciente Feminino 3507 (75,5) 1221 (77,2) 1145 (75,0) 1141 (74,2) A cor ou raça do(a) paciente é Amarela 92 (2,0) 23 (1,4) 34 (2,2) 35 (2,3) Branca 1574 (33,9) 550 (34,8) 462 (30,3) 562 (36,5) Indígena 40 (0,9) 17 (1,1) 11 (0,7) 12 (0,8) Parda 2427 (52,2) 835 (52,8) 822 (53,8) 770 (50,1) Preta 513 (11,0) 156 (9,9) 198 (13,0) 159 (10,3) Neste momento o(a) paciente está Trabalhando 1669 (35,9) 574 (36,3) 554 (36,3) 541 (35,2) Plano de saúde (ou convênio médico) Não 4206 (90,5) 1471 (93,0) 1366 (89,5) 1369 (89,0)

17 Caracterização de morbidade dos usuários adultos das equipes de ESF no Brasil CaracterísHcas DOENÇAS CRÔNICAS Geral MM Cuba MM Brasil ESF n = 4646 n = 1581 n = 1527 n = 1538 Hipertensão/Pressão alta n(%) n(%) n(%) n(%) Sim 2075 (44,7) 699 (44,2) 689 (45,1) 687 (44,7) Não 2571 (55,3) 882 (55,8) 838 (54,9) 851 (55,3) Diabetes ou açúcar alto no sangue Sim 887 (19,1) 285 (18,0) 311 (20,3) 291 (18,9) Não 3759 (80,9) 1296 (82,0) 1216 (79,7) 1247 (81,1) Asma, bronquite crônica ou enfisema Sim 365 (7,8) 117 (7,4) 119 (7,8) 129 (8,4) Não 4273 (92,2) 1464 (92,6) 1408 (92,2) 1409 (91,6) Depressão Sim 886 (19,1) 287 (18,1) 294 (19,3) 305 (19,8) Não 3760 (80,9) 1294 (81,9) 1233 (80,7) 1233 (80,2)

18 Caracterização do serviço de saúde na perspechva dos usuários adultos das equipes de ESF no Brasil CaracterísHcas Geral MM Cuba MM Brasil ESF n = 4646 n = 1581 n = 1527 n = 1538 SERVIÇO DE SAÚDE Sabe se o(a) Dr(a). faz parte do Programa Mais Médicos n(%) n(%) n(%) n(%) Sim, sei. Ele NÃO faz parte 106 (2,3) 13 (0,8) 31 (2,0) 62 (4,0) Valor- p* Sim, sei. Ele faz parte 1413 (30,4) 905 (57,2) 327 (21,4) 181 (11,8) <0,001 Não sei 3127 (67,3) 663 (42,0) 1169 (76,6) 1295 (84,2) Recomendaria o(a) Dr(a). para um familiar ou amigo(a) Sim 4385 (94,4) 1509 (95,5) 1439 (94,2) 1437 (93,4) 0,26 Tipo de consulta hoje Agendada 2565 (55,2) 753 (47,6) 956 (62,6) 856 (55,7) ObHda no mesmo dia 2081 (44,8) 828 (52,4) 571 (37,4) 682 (44,3) 0,001 Foi encaminhado para outro médico hoje Não 1962 (78,7) 668 (82,0) 635 (77,9) 659 (76,5) 0,06 O(A) Dr(a). faz sutura de um corte que necessite de pontos Sim 714 (15,4) 233 (14,7) 223 (14,6) 258 (16,8) 0,37 O(A) Dr(a). faz lavagem de ouvido Sim 650 (14,0) 218 (13,8) 197 (12,9) 235 (15,3) 0,51 * Associado à comparação de proporção uhlizando a estasshca de x 2

19 Escore# médio (IC 95%) dos componentes da APS entre os médicos cubanos e brasileiros parhcipantes do PMM e os médicos de ESF na perspechva de usuários adultos das equipes de ESF no Brasil. Componentes da APS Geral MM Cuba MM Brasil ESF n = 4646 n = 1581 n = 1527 n = 1538 Valor- p* Acesso de Primeiro Contato 4,23 (4,15; 4,32) 4,49 (4,36; 4,63) 4,04 (3,91; 4,17)** 4,15 (4,00; 4,30)** < 0,001 Acesso de Primeiro Contato# 5,74 (5,64; 5,84) 6,06 (5,88; 6,24) 5,51 (5,35; 5,68)** 5,65 (5,45; 5,85)** 0,002 Longitudinalidade 7,42 (7,33; 7,50) 7,38 (7,22; 7,53) 7,41 (7,28; 7,55) 7,46 (7,30; 7,62) 0,746 Escore Geral da APS 6,27 (6,19; 6,35) 6,33 (6,20; 6,45) 6,23 (6,10; 6,36) 6,25 (6,11; 6,39) 0,553 # Escore variando de 0 a 10 * Associado à análise de variância (ANOVA) ** p<0,05 na comparação múlhpla de Tukey, considerando MM Cuba categoria de referência # Removidos 4 itens do componente (Aberto sábado e domingo, aberto até às 20hs; atendimento no mesmo dia no final de semana se serviço fechado e paciente adoece e atendimento na mesma noite se serviço fechado e paciente adoece)

20 Resultados Preliminares: Pesquisa 2 Médicos Cubanos Ø Amostragem Ø (85,8% do total), em todas regiões, ~ municípios Perfil dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos no Brasil, Brasil. Variáveis N % Sexo Feminino ,2 Masculino , Idade (anos) Mais de Formação Medicina Geral e Integral a especialidade Experiência APS (anos) Experiência Internacional Até De 5 a Mais de Sim Não 0 0

21 Resultados Preliminares: Pesquisa 2 Médicos Cubanos

22 Resultados Preliminares: Pesquisa 2 Médicos Cubanos

23 Resultados Preliminares: Pesquisa 2 Médicos Cubanos

24 Discussão e Conclusões Ø Dados e/ou análises preliminares Ø Neste momento, temos hipóteses a serem confirmadas em breve

25 Hipóteses Ø Experiência usuários: Ø Escores maiores de acesso dos usuários vinculados a médicos cubanos do PMM Ø Longitudinalidade semelhante, assim como sahsfação Ø Escore Geral de APS semelhante, poderia ser mais alto em todos 3 grupos Ø Médicos cubanos PMM tem tendência de maior resoludvidade, com diferença de efeito pouco expressiva Ø Médicos cubanos oferecem maior acesso para consultas do dia (same- day appointment) Ø Médicos com formação em Medicina de Família tem desempenho superior? Ø APS brasileira necessita de reformulação polídca com diretrizes de melhoria de estrutura e maior ênfase no acesso ao cuidado médico

26 Hipóteses Ø Experiência médicos cubanos: Ø Escores menores: Acesso Ø Escore Geral de APS semelhante a outros cenários nacionais Ø Poderiam ser mais altos Ø Médicos com formação em Medicina de Família tem desempenho superior? Ø APS brasileira necessita de reformulação polídca com diretrizes de melhoria de estrutura e maior ênfase no acesso ao cuidado médico

27 Discussão e Conclusões Ø Dados e/ou análises preliminares Ø Hipóteses a serem confirmadas: Ø Qualidade semelhante do trabalho médico e do Grau de Orientação para APS? Ø Maior acesso para PMM com médicos cubanos, com tamanho de efeito pequeno? Ø Maior resoluhvidade para PMM com médicos cubanos, com tamanho de efeito pequeno? Ø A estrutura dos serviços e o modelo de atenção condicionam mais a qualidade do cuidado que a formação do médico?

28 Insdtuições e Equipe PPG- Epidemiologia, UFRGS: Erno Harzheim Lisiane Hauser Sotero Serrate Mengue Lucas Wollmann Milena R. AgosHnho Rudi Roman Unidade Técnica de Sistemas e Serviços de Saúde Gerardo Alfaro Alexandre Florencio Unidade Técnica Mais Médicos Renato Tasca Elisandrea Kemper Ariel Delgado Ramos Julio Suarez OPAS:

29 Disponível para Médicos e Enfermeiros Além de atender os médicos da atenção primaria à saúde de todo Brasil, agora também está disponível para esclarecer dúvidas dos enfermeiros do Rio Grande do Sul.