A CITAÇÃO NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1

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1 1 A CITAÇÃO NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1 1. CONTEXTO DA CITAÇÃO Ao se mover ação, evoca-se o Judiciário para que preste a tutela jurisdicional para a tutela dos direitos, seja de lesão ou quanto à ameaça a direitos. A tão só propositura da ação perante o órgão jurisdicional faz com que o processo exista apenas para o autor. Pela análise do artigo 263, considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou simplesmente distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no art. 219 depois que for validamente citado. 2. IMPORTÂNCIA PRÁTICA Como ato processual formal, a citação é considerada pressuposto processual de existência do processo. Pela dicção do artigo 213 do CPC a citação é ato processual que visa chamar ao processo o réu para, querendo, se defenda da pretensão contra ele formulada. Justamente para que se resguardem os institutos fundamentais do processo (contraditório, ampla defesa, direito ao advogado e isonomia), a citação é compreendida como ato essencial para a existência jurídica do processo. 2 No âmbito do processo de conhecimento, a citação tem o condão de dar ciência à parte para que participe efetivamente na formação do convencimento judicial. Conforme previsto no artigo 263 do CPC, a citação é imprescindível para a formação da relação jurídico-processual. A integração do réu na relação processual dá-se com a citação do mesmo. A citação tem como função prática dar conhecimento ao réu de que 3 : (a) Contra ele existe uma ação; (b) Que tem um prazo para a resposta; (c) Que caso não se defenda a tempo e modo, poderão ser tidos como verdadeiros os fatos alegados pelo autor. O Código de Processo Civil diz, no artigo 213, que citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado, a fim de se defender. A bem da verdade, este conceito é incompleto, conforme salientado acima, tendo, por óbvio, outras funções. Interessante anotar que o artigo 214 diz que para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. Mas, uma indagação surge: seria pressuposto de validade ou de existência? O artigo em tela, segundo pensamos, apresenta uma impropriedade. A citação válida é que é 1 GUTIER, Santo. Direito processual civil: processo de conhecimento Uberaba, 2009; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Nulidades do processo e da sentença 6ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, LUIZI CORREA, André de. A citação no direito processual civil brasileiro São Paulo: Revista dos Tribunais, ARAÚJO JÚNIOR, Gediel Claudino. Processo civil: processo de conhecimento 2ª ed São Paulo: Atlas, 2006; WAMBIER, Luiz Rodrigues; CORREIA DE ALMEIDA, Flávio Renato; TALAMINI, Eduardo. Curso avançado de processo civil Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento v a ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008; NERY JÚNIOR, Nelson, NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de processo civil comentado e legislação extravagante a. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil: comentado artigo por artigo São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008; GOES, Gisele Santos Fernandes. Direito processual civil: processo de conhecimento São Paulo: Revista dos Tribunais, MEDINA, José Miguel Garcia. ARRUDA ALVIM WAMBIER, Teresa. Processo civil moderno: Parte Geral e Processo de Conhecimento v. 1 São Paulo: Revista dos Tribunais, LOPES, João Batista. Curso de direito processual civil: processo de conhecimento v. 2 São Paulo: Atlas, 2006; OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. Alienação da coisa litigiosa 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, SCARPINELLA BUENO, Cássio. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil v. 1. São Paulo: Saraiva, 2007, p e GUTIER, Santo. Direito processual civil: processo de conhecimento Uberaba, 2009, p. 23.

2 pressuposto de validade da citação. A existência ou não de citação é pressuposto de existência da relação jurídico-processual 4. Sem esta, a relação é formada exclusivamente entre autor e juiz. Importante salientar que, não obstante entendermos a citação pode constituir pressuposto de existência ou de validade. Nelson Nery Jr. e Rosa Maria Nery 5 salientam que a citação poder ser: 2 (a) Pressuposto de existência da relação processual: se feita a citação; (b) Pressuposto de validade da relação processual: se feita de forma válida Trata-se de posicionamento intermediário, uma vez que a doutrina diverge se a citação é pressuposto de existência 6 ou de validade. Este posicionamento o da validade é o amplamente aceito na doutrina. Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero enfatizam que a citação é indispensável para a validade do processo e representa uma condicao para a concessão da tutela jurisdicional do direito. Não se trata de requisito de existência do processo. 7 Independentemente da posição adotada, impende salientar que eventual falta ou mesmo nulidade do ato citatório, é possível sanar o vício com o comparecimento espontâneo do demandado, a teor do artigo 214, 1º do CPC. Caso compareça o réu apenas para suscitar a nulidade do ato, considera-se feita a citação na data em que o réu ou seu advogado for intimado da decisão (CPC, 214, 2º). 8 CPC, 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. 1 o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. 2 o Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão. 3. REGRAS GERAIS DA CITAÇÃO Via de regra a citação deve ser pessoal 9, seja quanto: (a) a pessoa do réu, propriamente dito; (b) na pessoa do representante legal. Admite-se, ainda, que a citação seja não pessoal, como no caso do procurador legalmente habilitado (CPC, 215) A questão da citação da pessoa jurídica 4 WAMBIER, Luiz Rodrigues, et. Alii. Curso Avançado..., v. 1, cit., p Obtemperam os autores que somente com a citação do réu é que a relação jurídica processual assume a configuração triangular. Salienta, que até então, a relação é linear, ou seja, apenas ligando autor e juiz. 5 Código de Processo Civil Comentado 9ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p Sobre a citação como pressuposto de existência, vide: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Nulidades do processo e da sentença 6ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, LUIZI CORREA, André de. A citação no direito processual civil brasileiro São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p Código de processo civil: comentado artigo por artigo São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p GÓES, Gisele. Direito Processual Civil: processo de conhecimento São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p MEDINA, José Miguel Garcia. ARRUDA ALVIM WAMBIER, Teresa. Processo Civil Moderno: parte geral e processo de conhecimento v. 1 São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009, p CPC, 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado. 1 o Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados. 2 o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.

3 3 O CPC, 215, 1º trata de hipótese em que, estando o réu ausente, é possível a citação na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, se a ação se originar de atos praticados por estes representantes. Não obstante, o art. 223, parágrafo único diz que Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega [da carta de citação] a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração. O Superior Tribunal de Justiça diz que, conforme o princípio da instrumentalidade das formas, em que não se considera nulo o ato se, ainda que praticado sem a observância da forma, não cause prejuízo. 11 Reconheceu o STJ a possibilidade de aplicação da teoria da aparência, dizendo que é válida a citação da pessoa jurídica feita na pessoa de quem, na respectiva sede, se apresenta como representante legal e recebe citação sem qualquer ressalva quanto a inexistência de poderes para representá-lo em juízo (REsp n /MA Rel. Aldir Passarinho Junior j ) Proibições quanto à citação O artigo 217 do CPC nos traz hipóteses de ineficácia da citação 13, caso presentes as circunstâncias ali previstas, salvo para a preservação de direito, quais sejam: I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas; IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. Estas hipóteses são fundamentadas na dignidade da pessoa humana. 14 Quanto à preservação de um direito, insta salientar que por vezes, uma demanda deve ser proposta dentro de determinado período, sob pena de não poder ser ajuizada posteriormente, pois a prescrição ou a decadência impedem. Mas seu simples ajuizamento pode não ser suficiente para interromper aqueles fatos jurídicos que impedem o julgamento do mérito, sendo indispensável a imediata citação (art. 219, caput e 2º) Efeitos da citação Conforme artigo 219 do CPC, a citação válida produz os seguintes efeitos 16 : (a) Torna prevento o juízo (b) Induz litispendência (c) Faz litigiosa a coisa; e, (d) Constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição, ainda quando ordenada por juiz incompetente Prevenção Prevenção é um critério jurídico-processual para a fixação de competência do órgão jurisdicional. Leva em consideração a anterioridade temporal. 17 Juízo prevento é o competente para todas as demandas que sejam similares ou idênticas àquela que motivou o exercício de sua 11 Em outras palavras, se não respeitar as formalidades, somente será nulo o ato se houver prejuízo para a parte. 12 Cf. MEDINA-ARRUDA ALVIM WAMBIER, Processo civil moderno..., v.1, p MARINONI-MITIDIERO, Código..., p MARINONI-MITIDIERO, Curso..., p DINAMARCO, Pedro da Silva. Código de processo civil interpretado coordenador: Antonio Carlos Marcato São Paulo: Atlas, 2004, p CPC, 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. 17 MARINONI-MITIDIERO, Código de processo civil..., p. 223.

4 competência, é dizer, a fixação de sua competência entre os demais juízos igualmente para dela conhecer. 18 Importa observar que há duas formas de se fixar a competência por prevenção: 4 (a) O CPC, 106 enaltece que 19, havendo órgãos jurisdicionais com mesma competência no território, será prevento o juízo que primeiro despachar, (b) Se proposta ação em comarcas distintas, será competente a que primeiro realizar citação. Isto significa que basta a determinação da citação por um dos juízos competentes para que este seja o prevento Litispendência É possível apontar dois significados para explicar o fenômeno da litispendência 20. (a) Causa pendente: com mesmas partes, pedido e causa de pedir; (b) Pressuposto processual negativo: impeditivo de propositura de nova ação, com mesmas partes, pedido e causa petendi, se ainda pendente de julgamento. Pela análise do artigo 219 do CPC, extrai-se que ao se dizer que induz litispendência, o sentido salientado é o de causa pendente. Importante salientar que a causa será pendente, com a citação, para o réu. Para o autor, a litispendência ocorre com a propositura da ação. Para o demandante é com a propositura da ação que se estabelece a litispendência e, pois, para ele, é esse o marco inicial da litigiosidade Faz litigiosa a coisa Em caso de o litígio versar sobre coisa (reintegração de posse de uma fazenda ou disputa sobre a propriedade de um carro), com a citação, a coisa estará sujeita à tutela jurisdicional, não podendo a coisa sofrer modificações, sob pena de atentado. 22 Se de natureza obrigacional o litígio, significa este efeito que há a vinculação do patrimônio do devedor quanto à sorte da causa. Se necessário processo de execução para satisfação da tutela jurisdicional prestada, responde a parte com seu patrimônio. Ressalte-se que não é proibida a alienação de bens ou, se a coisa (uma casa por exemplo) estiver sendo objeto de litígio, há a possibilidade de substituição das partes, nos termos do artigo Constitui em mora 18 SCARPINELLA BUENO, Cássio. Curso sistematizado..., v. 2, t.1, p CPC, 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. 20 DIDIER JR., Frédie. Direito processual civil v. I 4ª ed. Salvador: JusPodivm, 2004, p MARINONI- MITIDIERO (Código..., p. 223) salientam que as acepções da litispendência são: (1) o marco inicial em que a lide torna-se pendente; (2) o efeito de impedir a coexistência de outro processo com o mesmo objeto; 21 OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. Alienação da coisa litigiosa 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1986, p LOPES, João Batista. Curso de direito processual civil: processo de conhecimento v. 2 São Paulo: Atlas, 2006, p CPC, 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes. 1 o O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária. 2 o O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo, assistindo o alienante ou o cedente. 3 o A sentença, proferida entre as partes originárias, estende os seus efeitos ao adquirente ou ao cessionário.

5 A questão da constituição em mora comporta observações. Se a obrigação é ex re, em que há a previsão de um prazo para o cumprimento da obrigação, não há que se falar neste efeito da citação. Na mora ex re, bastará o simples vencimento da obrigação para que esteja em mora. 24 Outro tipo de mora é a ex persona, em que, para o vencimento da obrigação é necessária a prática de atos de comunicação do devedor (interpelação) para que esteja em mora. 25 Nestes casos, a citação tem o efeito de interpelação, constituindo em mora. 5 É a mora automática Mora ex re Obrigação tem que ser positiva (fazer ou de dar) coisa. Tem que ser líquida: com valor fixado e de existência certa Deve haver data fixada para o adimplemento. Quadro explicativo acerca da mora no Direito Civil 26 É a mora pendente Mora ex persona Se caracteriza quando não há termo certo para o adimplemento da obrigação. Para a configuração da mora: deve haver interpelação, notificação ou protesto do credor. Citação tem o efeito de constituir em mora. Em síntese, a citação só tem o efeito de constituir em mora o devedor nas hipóteses de mora ex persona Interrompe a prescrição As regras de prescrição estão previstas no Código Civil, nos artigos 205 e 206. Quanto a estas normas, é importante salientar que a interrupção, a teor do artigo 202, só pode ser interrompida uma única vez, nos casos de: Art A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; [...] Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. O que interessa no presente item é a o Despacho do juiz, ainda que incompetente, que ordene a citação. Realizada a citação, haverá interrupção. Esta eficácia interruptiva 27 retroage à data em que foi proposta a ação, nos termos dos artigos 219, 1º e 263 do CPC. A retroação dos efeitos da prescrição tem por objetivo evitar que a pretensão formulada prescreva por motivos alheios a vontade do demandante, uma vez que este, uma vez proposta a ação, não tem como fazer o controle dos atos processuais e do tempo em que serão praticados. Uma questão polêmica acerca da prescrição surgiu com a reforma de 2006, em que a Lei previu a possibilidade de o juiz conhecer de ofício a prescrição ( 5º do artigo 219). Alguns doutrinadores se posicionaram contrariamente a esta inovação, por modificar estruturalmente um instituto de direito material que tradicionalmente tem que ser suscitado pela parte que lhe aproveita. 24 Código Civil, art O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. 25 Código Civil, art. 397, Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. 26 Quadro inspirado nas explicações do professor Flávio Tartuce (Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil v. 2 São Paulo: Método, 2006, p. 196), com adaptações. 27 MARINONI-MITIDIERO, Código..., p. 224.

6 A parte interessada pode entender que não lhe interessa argüir exceção de prescrição, pretendendo adimplir obrigação natural. Assim sendo, tem-se entendido, corretamente, que o juiz, se pretender conhecer de ofício a prescrição, deverá convocar a parte interessada se pretende adimplir obrigação natural CLASSIFICAÇÃO A CITAÇÃO No direito processual civil temos as seguintes citações: (i) PESSOAIS ou REAIS (a) Por correio (b) Por oficial de justiça (ii) FICTAS (a) Por hora certa (b) Por edital) Citações pessoais Citação por correio Trata-se da regra geral e não depende de requerimento do autor. Esta citação passou a ser a regra no processo civil com o advento da Lei 8.710/93, à exceção das (CPC, 222): (i) (ii) Ações de estado Ações em que o réu for incapaz (iii) Nas ações em que for réu pessoa jurídica de direito público; (iv) Nos processos de execução 29 (v) Se o autor requerer citação por outra forma; Como observações quanto a este modo de citação, pode-se indicar, sob pena de nulidade: (i) (ii) O escrivão ou outro auxiliar enviará, com a correspondência, cópia da petição inicial, do despacho do juiz, fará advertência ao réu que a não contestação imputará a veracidade dos fatos indicados na inicial. 30 Deverá ser feita menção ao prazo para responder a ação, assim como o endereço da sede do juízo em que tramita a ação. Um detalhe interessante consiste na não previsão de o envelope postal constar o timbre do Poder Judiciário e a menção de que se trata de mandado de citação. Com a não previsão deste proceder, há salvaguarda do direito à intimidade Citação por oficial de justiça 28 MARINONI-MITIDIERO, Código..., p Caso a correspondência não for atendida pela entrega no endereço do executado; 30 Somente em caso de direitos disponíveis. Vide, a respeito (WAMBIER-TALAMINI-ALMEIDA, Curso avançado..., v.1, p ). 31 DIDIER JR., Frédie. Direito processual civil, v.1., p. 281.

7 7 É utilizada nas hipóteses em que a citação pelo correio mostrar-se inadequada: Ações de estado; Ações em que o réu for incapaz; Nas ações em que for réu pessoa jurídica de direito público; Nos processos de execução 32 e se o autor requerer citação por esta forma; O mandado de citação deverá constar (CPC, 225), I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências; II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que se refere o CPC, 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis; III - a cominação, se houver; IV - o dia, hora e lugar do comparecimento; V - a cópia do despacho; VI - o prazo para defesa; VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. Ainda, o mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado (parágrafo único). Regras para o oficial de justiça (CPC, 226): ao encontrar o réu, para citá-lo, deverá: I - ler o mandado e entregar-lhe a contrafé; II - portar por fé (na certidão) se recebeu ou recusou a contrafé; III - obter a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado Citação ficta Esta modalidade de citação só é cabível se frustrada as tentativas de citação pessoal. Não pressupõe certeza quanto à efetiva citação do réu, mas sim, mera suposição (ficção) de que o réu tomou conhecimento da ação. 33 Algumas modalidades de citação são consideradas fictas, tais como: Citação com hora certa, Feita pelo oficial de justiça (CPC, 227 a 229): dá-se quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, se suspeitar de ocultação do mesmo, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar (CPC, 227). A suspeita de ocultação é considerado requisito subjetivo ao passo que a procura por três vezes, em dias e horas distintas, é considerado requisito objetivo. 34 Importante salientar que o citando deve ser procurado em sua residência e não em seu local de trabalho, via de regra. 35 Se o oficial de justiça suspeitar de ocultação, deve certificar o motivo de sua suspeita, como forma de possibilitar o controle do ato processual pelo juiz e pelas partes, notadamente o réu. Ao se expedir o mandado, o oficial deve comparecer para citar o réu no seu domicílio. CPC, 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência. 1 o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. 2 o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. 32 Caso a correspondência não for atendida pela entrega no endereço do executado; 33 WAMBIER-TALAMINI-ALMEIDA, Curso Avançado..., v. 1, p GÓES, Gisele. Direito processual civil..., p NERY JR., Nelson, NERY, Rosa Maria. Código de processo civil comentado, p. 417.

8 CPC, 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência Citação por edital (CPC, 231 a 233): (i) Hipóteses de admissibilidade (CPC, 231): A citação por edital é feita: I - quando desconhecido ou incerto o réu; II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; III - nos casos expressos em lei. Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória ( 1 o ). No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão ( 2 o ). (ii) Requisitos (CPC, 232) Alguns requisitos devem ser observados pela parte e algumas formalidades deverão ser feitas pelo juiz, tais como: I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos n. os I e II do artigo antecedente; II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão; III - a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver; IV - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, correndo da data da primeira publicação; V - a advertência a que se refere o CPC, 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis. Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o n o II deste artigo ( 1 o ). A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da Assistência Judiciária ( 2 o ). (iii) Penalidade, caso haja má-fé do autor (CPC, 233). A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do CPC, 231, I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo. A multa reverterá em benefício do citando (Parágrafo único). (iv) Apontamentos finais sobre a citação por edital Como conseqüência, deve-se adotar alguns cuidados, se o réu quedar-se revel, como a nomeação de curador especial (art. 9º, II do CPC), que não tem a obrigação de impugnar especificamente os fatos na contestação, sendo admitida a negativa geral MEDINA-ARRUDA ALVIM WAMBIER, Processo civil moderno..., v.1, p. 164.

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