A CONTABILIDADE E O CONHECIMENTO CIENTIFICO
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- Danilo Correia Cavalheiro
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1 Universidade Estadual de Goiás Ciências Contábeis A CONTABILIDADE E O CONHECIMENTO CIENTIFICO Acadêmica: Nara Cristina Anápolis, Maio
2 INTRODUÇÃO A evolução da Contabilidade como ramo do conhecimento, compreendendo a importância da escrita, do desenvolvimento das civilizações, das influências doutrinárias italianas e americanas e ainda do desenrolar da Contabilidade no Brasil como impulso ao seu estabelecimento como Ciência Social, procurando compreender como a Contabilidade adquiriu sua independência científica, tornando se importante no contexto mundial da atualidade.
3 A CONTABILIDADE E O CONHECIMENTO CIENTIFICO A contabilidade, mesmo sem os mecanismos modernos disponibilizados no Novo Milênio, se faz presente junto à sociedade há muitos anos antes de Cristo, mantendo sua máxima que é informar. O seu desenvolvimento acompanha a evolução da civilização, cujo crescimento e progresso da humanidade faz com que se torne cada vez mais eficiente e fiel a que se propõe. Passeando no tempo, sem especificar data de início, observa-se que mesmo sem escrita a Contabilidade era utilizada pelo homem como um instrumento de controle do crescimento patrimonial. A utilização de pedras e fichas de barro de vários formatos representavam o controle e porque não dizer uma forma de registro contábil. No caso das pedras estas eram dispostas em recipientes que caracterizavam nascimento de animais ou transferências para pagamento de dívida ou outras razões. As fichas de barro representavam mercadorias utilizados em transações comercias, que podiam ser animais ou mesmo produtos agrícolas, cuja movimentação chamamos hoje de entrada e saída de ativos, débito e crédito e por extensão Partidas Dobradas. Passando do desconhecimento ao conhecimento da escrita, a pictográfica (gráficos simplificados) foi invenção dos sumérios em 3100 A C e a alfabética, inventada pelos fenícios em 1100 A C serviram como excelente instrumento de divulgação, possibilitando o desenvolvimento cultural da humanidade propiciando-nos conhecer a evolução histórica da Contabilidade. No Egito por volta do ano A C. já havia a obrigatoriedade dos livros e documentos comerciais, sendo a escrituração das contas, baseada no valor da moeda egípcia da época o shat de ouro e prata. As primeiras moedas da história contábil datam de 650 A C. feitas na Ásia Menor e de 600 A C feitas na Grécia. Deixando para traz a Contabilidade Antiga, por volta dos séculos XII e XIII a Contabilidade entra na fase Moderna, motivada pelo desenvolvimento econômico surgido principalmente, nas cidades marítimas, como Gênova, Pizza, Florença, Veneza etc... onde grandes centros comerciais começavam a se formar na Europa, que passou a ocupar uma posição centralizadora sendo considerada o ponto de contato de negócios, tendo a contabilidade acompanhado essa evolução, criando mecanismos que possibilitassem o controle e gerenciamento dos negócios, surgindo em função disso as primeiras manifestações do Sistema das Partidas Dobradas. Melis (Apud SÁ, 1997, p. 13-4) divide o desenvolvimento da Contabilidade em quatro grandes períodos assim denominados por ele: I. Mundo Antigo: dos primórdios da história até o ano de 1202 da era cristã; II. Sistematização: de 1202, por causa da formação do processo das partidas dobradas, até o ano de 1494; III. Literatura: de 1494, com a publicação da obra de Luca Pacioli, até 1840; IV. Científico: de 1840, com a obra de Francesco Villa, até os dias atuais. O pensamento contábil tem início com o trabalho de Lucca Paccioli, e evolui com o surgimento de várias Escolas e muitas teorias. A primeira escola de Pensamento Contábil foi a Contista, no Século XVIII, cuja idéia central era o mecanismo das contas, mais especificamente, o seu funcionamento, subordinando-as à forma de escrituração, razão pela qual a contabilidade se confundia com a escrituração. Daí ser considerada a Ciência das Contas. Essa teoria contribui para o surgimento da Teoria das Cinco Contas Gerais, que evidenciava os cinco principais efeitos de uma transação comercial: Mercadorias, Dinheiro, Efeitos a Receber, Efeitos a Pagar e Lucros e Perdas.A escola Personalista surgiu no século XIX, tendo como
4 enfoque dar personalidade às contas. Visava a explicar as relações pessoais de devedores e credores. Giuseppi Cerboni, adepto ao pensamento, acrescentou o conceito jurídico de direitos e obrigações. A escola Neocontista seguinte evidenciava que o objeto da contabilidade estava representado pela riqueza do Patrimônio, passando a contabilidade a ser a Ciência do Controle Econômico. Esse pensamento contribuiu para o estudo da análise patrimonial e dos fenômenos ligados à gestão empresarial, bem como para o surgimento da escola Controlista que idealizava o objeto da contabilidade como o controle da riqueza administrativa, tendo distinguido as fases da gestão econômica e da direção e controle. O controle econômico ou administrativo exercido pela contabilidade não constitui seu objeto, mas apenas um de seus instrumentos, gerando, assim, novas concepções de pensamento contábil, como a da escola Aziendalista cuja base é a economia aziendal. A Lopes de Sá conceitua aziendas como sistemas organizados que visam a atingir um fim qualquer, podendo ser um comércio, uma indústria, prefeituras etc. Esse é o período científico da Contabilidade, e talvez pela primeira vez, a teoria contábil avança em relação às necessidades e complexidades da sociedade. Essa fase pode ser considerada como a fase áurea que durou até os primeiros vinte anos do século XX. As discussões contra o pensamento aziendalistas originou a escola Patrimonialista que defendia a idéia do patrimônio como uma grandeza real, que se modificava com o desenvolvimento de atividades econômicas conhecidas, sendo evidenciado sobre dois aspectos: o Estático que permitia o conhecimento do patrimônio em um dado momento e o Dinâmico que estuda os aumentos e diminuições no patrimônio provocadas por fatos administrativos. No que se refere ao cenário mundial atual, Lopes de Sá (2002) afirma que hoje em dia há uma crescente preocupação por parte dos vários países em harmonizar as normas contábeis para facilitar as transações internacionais bem como melhorar o fluxo de informações permitindo a comparabilidade e confiabilidade das informações de natureza econômico-financeira em nível internacional. Quanto ao futuro, em nossa opinião, entendemos que o desenvolvimento contínuo da Contabilidade, aliado às ferramentas informacionais, deve-se encaminhar nas seguintes direções: (A busca permanente do desenvolvimento da chamada Contabilidade Financeira, com foco nos princípios contábeis geralmente aceitos e harmonizados a nível mundial. A segregação da chamada Contabilidade Fiscal e Tributária do ambiente da Contabilidade Financeira como meio de refletir as diversas formas de legislação fiscal e tributária de cada país; A aceleração do desenvolvimento da chamada Contabilidade Gerencial, para servir de instrumento de suporte à decisão no ambiente interno da empresa e geração de informações de caráter sócio, ambiental e econômico e financeiro para o ambiente externo. Assim, baseado em tantas evidências, não podem restar dúvidas de que contemporaneamente à evolução das civilizações, a Contabilidade foi se manifestando, ainda que de forma empírica, dentro desse mesmo contexto evolutivo
5 CONCLUSÃO O breve passeio pela Contabilidade comprova que a Ciência Contábil não está parada no tempo, ela acompanha os avanços tecnológicos e as mudanças de postura que ocorrem na sociedade, estando atenta ás necessidades e exigências do usuário do Novo Milênio. À medida que o tempo foi passando, o conhecimento contábil foi progredindo, acumulando os conhecimentos anteriormente adquiridos para a elaboração e fixação de novas correntes, ganhando força, sofrendo influências,inovando.
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