Distribuição e reconhecimento: as demandas do zapatismo sob uma perspectiva bidimensional

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1 Anais do IV Simpósio Lutas Sociais na América Latina ISSN: Imperialismo, nacionalismo e militarismo no Século XXI 14 a 17 de setembro de 2010, Londrina, UEL GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina Distribuição e reconhecimento: as demandas do zapatismo sob uma perspectiva bidimensional Rafael Bruno Gonçalves 1. Introdução A proposta deste artigo é a de realizar uma abordagem sobre o cenário de lutas gerado pelo zapatismo no México, a partir do surgimento do Exercito Zapatista de Libertação Nacional na região de Chiapas em 1994, apreendendo suas reivindicações fundamentais, a organização e as principais formas utilizadas para estabelecer um diálogo com outros grupos e atores simpatizantes da luta indígena contra o modelo econômico classificado como neoliberal. Também é objetivo deste artigo, trazer algumas contribuições desenvolvidas pela teoria crítica de Nancy Fraser e Axel Honneth. Pretende-se através da aplicação das categorias de análise elaboradas por Fraser e Honneth, entender o processo de construção das lutas indígenas no México, tendo como referencial a insurreição do Exercito Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) na região do estado de Chiapas. Graduado em Ciências Sociais - Licenciatura, UFPel. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, ISP - UFPel. Rua Cel. Alberto Rosa, Nº. 154 Pelotas /RS. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). rafaelbruno1980@hotmail.com GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 168

2 Quando se tratam de lutas sociais que surgem em um novo período, neste caso o movimento zapatista a partir de 1994, estes apresentam algumas peculiaridades importantes, pois é exatamente nesta situação de insurgência, que os problemas de reconhecimento e identidade parecem adquirir um aspecto central na luta indígena. Obviamente existem problemas de distribuição econômica naquela região, no entanto, com o desenvolvimento da luta zapatista no território de Chiapas, houve um deslocamento daquelas demandas de caráter puramente distributivo para a emergência de lutas por reconhecimento que se somam em uma luta política que exige o fim da marginalidade política dos indígenas. O que é importante frisar a partir desta introdução é que, seguindo o modelo de Fraser, a solução para estas injustiças, tanto de distribuição, quanto de reconhecimento, só pode ser pensada através de uma política bidimensional, que leve em consideração estes dois aspectos. As reivindicações apresentadas pelos zapatistas através da publicação das cartas da Selva Lacandona ou nos discursos proferidos nos meios de comunicação evidenciam claramente os dois tipos de remédios elaborados por Fraser e sua imbricação. São reivindicações redistributivas, identificadas através dos direitos restringidos a manutenção da cultura da mulher indígena pela troca do sistema econômico, nesta perspectiva as mulheres devem ter o direito a terra e a explorar seus recursos naturais (TAMAYO, 2006), e também através do caráter anti-capitalista da Sexta Declaração; e reivindicações por reconhecimento, neste sentido o EZLN se apresenta como representante dos povos indígenas cuja tarefa é a de resolver os problemas de injustiça e falta de reconhecimento constitucional a seus direitos e a cultura (AMPARÁN, 2006). A organização deste texto seguirá a seguinte forma: inicialmente serão expostos os principais aspectos teóricos desenvolvidos por Nancy Fraser, assim como alguns elementos defendidos por Axel Honneth na sua divergência com a autora sobre a questão do reconhecimento. Após esta exposição, o tema do zapatismo e suas principais demandas serão abordados, ao mesmo tempo em que será realizada a aplicação de algumas noções desenvolvidas por Fraser e Honneth para garantir um melhor entendimento destes modelos de análise ainda pouco aplicados em conjunturas específicas de países da América. Por fim, será realizado um comentário final demonstrando a pertinência dos principais aspectos desta teoria, suas contribuições para o entendimento dos movimentos sociais e outras formas de organização coletiva. GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 169

3 2. Teorias sobre a redistribuição e o reconhecimento Na compreensão das lutas sociais contemporâneas que buscam justiça, Nancy Fraser defende que este assunto requer hoje o entendimento tanto do reconhecimento como da distribuição, e isto também significa teorizar sobre os momentos onde a desvantagem econômica e o desrespeito cultural estão entrelaçados (FRASER, 2001). A proposta da autora é conectar estes dois pontos, reconhecimento e distribuição, através da compreensão das injustiças culturais e de ordem econômica (FRASER, 2001), identificadas nas principais reivindicações daqueles grupos que sofrem tais injustiças. No entanto, a autora enfatiza que com relação a estas duas dimensões, surge um dilema: Reivindicações por reconhecimento (...) tendem a promover diferenciação entre grupos. Demandas redistributivas reivindicam, em contraste a abolição de arranjos econômicos que causam especificidades de grupos. (...) frequentemente aparentam ter fins contraditórios, onde a primeira tende a promover a diferenciação e a segunda tende a minar isso.(...) Temos um dilema difícil. Eu chamarei doravante de dilema de redistribuição/reconhecimento. Pessoas que estão sujeitas a ambas injustiças (...) precisam reivindicar e negar suas especificidades. Como isto é possível? (FRASER, 2001, p ). A autora defende que ambas as injustiças estão imbricadas, não estão separadas. No entanto, é importante fazer uma distinção entre os tipos de injustiça, e também a solução para estes problemas, o que Fraser chama de remédios. O remédio para injustiça econômica é a reestruturação político-econômica de algum tipo, a redistribuição ; o remédio para injustiça cultural é algum tipo de mudança cultural ou simbólica. Isso poderia envolver reavaliação positiva de identidades desrespeitadas (FRASER, 2001). Existem aqueles casos que apresentam ambas as injustiças, são aquelas coletividades que a pensadora denomina de ambivalentes, são diferentes tanto no que diz respeito a sua estrutura político-econômica como cultural valorativa, nestes casos é preciso tanto os remédios redistributivos quanto os valorativos. O caso investigado neste artigo está situado exatamente nesta categoria desenvolvida por Fraser. Com relação à questão dos remédios propostos, a denominação que estes recebem são: Por remédios afirmativos para injustiça entendem-se remédios voltados para a correção de resultados indesejáveis de arranjos sociais sem perturbar o arcabouço que os gera (...) atualmente associados ao que chamo de multiculturalismo dominante. Por remédios transformativos, em contraste, entendem-se remédios orientados para a correção de resultados indesejáveis pela reestruturação do arcabouço genérico que os produz. (...) são atualmente associados a desconstrução. Eles reparariam o desrespeito GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 170

4 por meio da transformação da estrutura cultural-valorativa (FRASER, 2001, p.266). Fraser argumenta que a grande maioria dos problemas são bidimensionais, ainda que as dimensões envolvidas, de redistribuição e reconhecimento, não sejam afetadas na mesma proporção (FRASER & HONNETH, 2006). A idéia desenvolvida por Fraser de paridade participativa também é importante, já que esta contribui no entendimento da concepção bidimensional de justiça. Através desta norma, a justiça exige acordos sociais em que todos os membros da sociedade estejam em pé de igualdade (Idem, 2006). Indo na contramão de algumas noções apresentadas e defendidas por Fraser, porém, também abordando o tema do reconhecimento, a teoria desenvolvida por Axel Honneth revela aspectos importantes sobre a solução do dilema redistribuição e reconhecimento. A divergência principal entre ambos os autores é exatamente sobre a questão do reconhecimento, se é possível ou não separá-lo da noção de distribuição (PINTO, 2008). Honneth aborda a questão do reconhecimento nas relações sociais, e chega a algumas conceitualizações sobre as formas de desrespeito, entre elas: a violação, os maus-tratos e a ofensa, e estas formas estão relacionadas à integridade física, social e a dignidade da pessoa. A preocupação de Honneth é a de estabelecer uma reconfiguração da teoria crítica. O termo reconhecimento deve ser interpretado como um marco comum, capaz de abarcar as situações de sofrimento e infelicidade existentes antes e com independência da articulação política efetuada pelos movimentos sociais (FRASER & HONNETH, 2006), e isto requer uma interpretação psicológica. Neste sentido, a análise de Honneth parte do pré-político, do mundo da vida de cada indivíduo. Este é um ponto que Honneth diverge do pensamento de Fraser, ou seja, os exemplos utilizados por Fraser de movimentos sociais pós-socialistas são considerados como uma teoria social crítica que observa estes movimentos a partir de uma totalidade, relacionadas ao aspecto da luta política destes movimentos. Segundo o autor, o movimento social é aquele momento onde já é percebido o reconhecimento, desta forma, já é político. A análise de Honneth procura entender o aspecto moral das lutas, privilegiando uma interpretação de orientação normativa. 3. O zapatismo e suas principais reivindicações As reivindicações do Exército Zapatista de Libertação Nacional refletem as próprias demandas das comunidades indígenas mexicanas a qual pertence este movimento. O EZLN é uma organização que se rebelou em armas em 1994 na raiz de uma série de agravos morais acumulados a que GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 171

5 estão expostos os índios de Chiapas: a opressão racial, a exploração social e o cancelamento da Reforma Agrária no governo Salinas que desprotegeu a comunidade diante do mercado (BENQUET, 2006). Com relação a identidade do EZLN, o núcleo deste movimento remete à uma identidade complexa e articulada em torno da comunidade indígena e o seu território, onde a terra é a base do pertencimento, território como o substrato culturalhistórico dos laços entre os indivíduos (Idem 2006). Neste caso, a identidade indígena parece estar próxima da noção de desrespeito como fonte de luta elaborada por Honneth. Esta identidade se nutre de uma memória coletiva de humilhação pelos agricultores da região, e na luta contra o Estado (Idem, 2006). Entretanto, no caso das lutas dos zapatistas é impossível fazer como Honneth, ou seja, justificar o marco conceitual do reconhecimento independente dos movimentos sociais, e isto se justifica porque este reconhecimento só surge diante das ações coletivas propostas por estes mesmos movimentos sociais. A luta dos zapatistas não é pré-política, ela é uma luta coletiva que surge das demandas dos indígenas, desta forma, é uma luta política que tende a se articular a outras formas simpatizantes de mobilização popular. A luta sócio-cultural do zapatismo identifica aqueles indígenas contemporâneos que sustentam em contrapartida uma reivindicação de integração desde as suas diferenças. No entanto, o discurso dos zapatistas também revela o seu lado múltiplo, quando começa a identificar outras bandeiras como a paz, justiça, dignidade e democracia. É evidente que seguindo o modelo de Honneth é possível identificar a falta de respeito com os indígenas de Chiapas. Porém, ela não é a base motivacional para os conflitos sociais, porque este desrespeito ainda é muito isolado. Para que este desrespeito adquira um caráter de conflito aberto, precisa atingir a forma de uma estratégia integrada de luta, obedecendo a um princípio de bidimensionalidade das reivindicações por justiça social, ou seja, das demandas por reconhecimento e redistribuição. A proposta do zapatismo é a de articular um amplo movimento social, que pretende ir além da mobilização indígena que o EZLN promoveu (ROSA, 2006). O movimento atualmente não é apenas guerrilha, ele é mais complexo, agrega diferentes atores que reinterpretam o zapatismo adaptando-o as suas necessidades (Idem, 2006). A nova forma de mobilização dos zapatistas, diferente daquela propagada em 1994 que pretendia apenas a luta armada, passou a se mesclar com outros tipos de demandas, como por exemplo: a questão da justiça e da dignidade. Diante disto, é possível identificar o aspecto bidimensional das injustiças, que envolvem as duas dimensões: tanto a redistribuição como o reconhecimento. GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 172

6 Tratando-se de uma coletividade ambivalente, o zapatismo também identifica dois tipos de reivindicações. Como coletividade sofre tanto na sua estrutura político-econômica como na cultural valorativa. No marco político-econômico, na Sexta Declaração da Selva Lacandona de junho de 2005, o EZLN realizou uma análise do capitalismo e concluiu que uma transformação do sistema atual se faz urgentemente necessária, assim como tomou posição com relação às eleições presidenciais, convocando a Outra campanha em 2005, que se trata de uma ação política contraposta à campanha eleitoral dos partidos políticos e candidatos oficiais (ALMEYRA, 2006). A luta sócio-cultural do zapatismo pretende modificar a situação dos direitos restringidos aos índios mexicanos, porém, a autonomia indígena pretende ir para além da mera reivindicação de exercitar sem prejuízo seus costumes, crenças e práticas culturais, pretende questionar o impedimento da mesma sociedade em exercer seu direito a autonomia social e política. Percebe-se neste sentido, como estas reivindicações estão imbricadas. A autonomia indígena requer medicamentos redistributivos e de reconhecimento. A transformação da ordem econômica, colocada pelo EZLN como o principal responsável pelas injustiças cometidas contra os indígenas, enquadra-se no modelo apresentado por Fraser, trata-se de um remédio transformativo, orientado para a correção de resultados indesejáveis pela reestruturação do arcabouço genérico que os produz (FRASER, 2001), e isto fica claro quando é mencionada a principal reivindicação do EZLN: converter a demanda local de reconhecimento da tradição cultural indígena em uma proposta universal de cidadania. Sobre a noção de paridade participativa Fraser enfatiza que, com relação a sua norma de justiça, esta deve ser aplicada de forma dialógica, buscando sempre os aspectos democráticos de deliberação pública. Esta também é uma das bandeiras do EZLN, no qual este movimento pretende buscar a sociedade civil para expor as suas demandas. A sociedade civil é identificada como um intermediador do diálogo entre o EZLN e o Governo (TAMAYO, 2006). As lutas por autonomia e direitos indígenas dos zapatistas são primeiramente apresentadas à sociedade civil, desta forma, o EZLN representa aquele protagonista que é capaz de esclarecer o seu discurso frente ao público, estabelecendo assim, os opositores, ou seja, todos os que são contrários as metas e valores do zapatismo: Governo, empresários e latifundiários. Poderia ser identificada uma terceira dimensão nas reivindicações do EZLN. Trata-se da luta política que tem efeitos econômicos e que estes acabam sendo utilizados como ferramentas para dimensionar a luta por autonomia política. Diante de uma situação de crise e desarticulação do EZLN na sua região, muitos zapatistas foram presos e as comunidades GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 173

7 sofrem com a precariedade econômica. Consequentemente houve a criação em 2003 dos caracoles (espirais) e das Juntas de Bom Governo com o intuito de remediar a situação. O objetivo dos caracoles e das Juntas é de desmilitarizar o zapatismo em favor de suas autoridades civis e avançar na luta pela construção da autonomia e o reconhecimento dos direitos e culturas indígenas (SAAVEDRA, 2006). As Juntas são organizações públicas, onde suas lideranças são democraticamente eleitas para os cargos nas próprias comunidades. Sua tarefa é ordenar a vida social, política, econômica e jurídica de ditas zonas (SAAVEDRA, 2006). No caso do EZLN, percebe-se a dimensão política através desta forma de reorganização de suas bases de apoio, por meio de uma proposta que retire da marginalidade política os indígenas de cada região, através da participação nos cargos, e também com a pretensão de que estas organizações passem a substituir a autoridade estatal, centralizando o poder nas próprias comunidades indígenas. Trata-se de uma estratégia política do EZLN para coordenar e garantir a coesão interna das regiões sobre uma autoridade civil comum (SAAVEDRA, 2006). O EZLN, através de suas estratégias de luta que incluem as grandes marchas para a capital, a propaganda ostensiva na internet, o diálogo com a sociedade civil e o relacionamento com outras organizações que lutam contra as injustiças, pretende construir uma nova forma de fazer política. Sua tarefa não é a de luta ou disputa política no nível institucional, mas realizar uma política aberta, de diálogo público. O lema do zapatismo é mandar obedecendo, contrário à política tradicional que está sempre relacionada ao Estado e a tomada do poder (AMPARÁN, 2006). Neste aspecto, fica evidente o diferenciamento do EZLN para com os modelos tradicionais de luta da esquerda mundial. O zapatismo até mesmo olha com um pouco de desconfiança para os partidos de esquerda, assim, o movimento pretende contribuir com uma nova forma de organização coletiva baseada nos problemas de injustiça e falta de reconhecimento constitucional, no que diz respeito aos seus direitos indígenas e a cultura. No entanto, dialogando com uma passagem de Mattos (2004) sobre a teoria do reconhecimento, uma das preocupações de Fraser diz que: O que ela percebe nas novas demandas dos movimentos sociais por reconhecimento de identidades culturais é precisamente a minimização e não-tematização das questões referentes às desigualdades econômicas, numa ordem social globalizada e marcada por injustiças econômicas (MATTOS, 2004, p. 145). Neste ponto, a preocupação de Fraser parece não se comprovar na prática do exemplo citado neste artigo, visto que o EZLN também trata das questões sobre desigualdade econômica. O próprio EZLN faz uma analogia entre a luta contra a pobreza e a exploração com a luta pela reivindicação das identidades culturais. GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 174

8 A capacidade evidenciada por este movimento de articular as diversas demandas, tanto na dimensão da redistribuição, quanto do reconhecimento, e ao mesmo tempo incorporar outros atores envolvidos na luta pela autonomia, aquela coalizão enfatizada por Fraser para reparar as injustiças, reforça ainda mais a importância de uma teoria que procure desenvolver esta aptidão, ou seja, interpretar a ação destes novos movimentos e também o campo em que são desenvolvidas estas lutas, neste caso, a luta das populações indígenas vinculadas ao EZLN e a representação construída deste movimento perante o imaginário social. 4. Considerações finais A proposta do zapatismo, identificada ao longo deste artigo, parece evidenciar o modelo proposto por Fraser baseado no falso dilema redistribuição reconhecimento. O EZLN, partindo desta concepção, representa um movimento pós-socialista porque traz outros interesses imbricados, articulados em torno de um movimento amplo e complexo, que na luta pela autonomia, pretende ir além da mobilização indígena. As denominadas demandas por mudança cultural e econômica mencionadas por Fraser estão presentes nas reivindicações dos zapatistas e, inclusive, estão interligadas por diversas questões. Lutar pelo reconhecimento dos direitos das mulheres indígenas sobre um determinado território, também é lutar pelo fim da exploração econômica desta mesma região. Lutar pela emancipação indígena para o EZLN também significa lutar pelo exercício da cidadania do conjunto de toda a sociedade. O reconhecimento das tradições indígenas passa a ser uma reivindicação universal de cidadania, ou seja, o respeito de todas as identidades. No cenário político, lutar contra as atuais formas de representação política tradicionais, através da Outra campanha do EZLN, também é promover uma nova forma de realizar a política, com a meta de estabelecer uma nova Constituição que reconheça os direitos indígenas e dos camponeses com toda transparência e o necessário diálogo público. A teoria bidimensional de Fraser fornece importantes subsídios que podem contribuir no conhecimento da realidade social mexicana, mais precisamente através da identificação destas formas de luta que envolvem ambas as dimensões. O modelo teórico de reconhecimento desenvolvido por Honneth também revela a sua importância neste tipo de investigação. Com relação ao movimento zapatista, apesar de ainda existirem poucos trabalhos acadêmicos sobre as demandas e estratégias de luta do EZLN, este revela toda a sua importância para avançar nos estudos sobre aqueles movimentos que lutam por condições mais dignas, ou seja, por uma GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 175

9 vida melhor. Neste sentido, o EZLN também traz novas contribuições para pensar o papel dos movimentos progressistas em um nível internacional. Bibliografia ALMEYRA, Guilhermo. EZLN: política y poder desde los movimientos sociales. El Cotidiano, Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, Distrito Federal México, mayo-junio, año/vol. 21, nº. 137, Disponível em: AMPARÁN, Aquiles Chihu. El discurso del EZLN desde la perspectiva del frame analysis. El Cotidiano, Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, Distrito Federal México, mayo-junio, año/vol. 21, nº. 137, Disponível em: BENQUET, Francis Mestries. El neo-zapatismo. Entre identidad ampliada y accíon política estratégica. El Cotidiano, Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, Distrito Federal México, mayo-junio, año/vol. 21, nº. 137, Disponível em: FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça na era pós-socialista. In: SOUZA, J (Org.). Democracia hoje: novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: Editora Universidade de Brasília, ; HONNETH, Axel. Redistribución o reconocimiento? Um debate político-filosófico. Madrid: Morada/Paideia, HONNETH, Axel. Reconhecimento ou redistribuição? A mudança de perspectivas na ordem moral da sociedade. In: SOUZA. J; MATTOS, P. (Orgs.). Teoria crítica no século XXI. São Paulo: Annablume, MATTOS, Patrícia. O reconhecimento, entre a justiça e a identidade. Lua Nova, São Paulo, nº.63, p PINTO, Céli. Nota sobre a controvérsia Fraser-Honneth informada pelo cenário brasileiro. Lua Nova, São Paulo, nº.74, p ROSA, Isabel de la. Qué es el zapatismo? La construcción de um imaginario rebelde ( ). El Cotidiano, Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, Distrito Federal México, mayo-junio, GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 176

10 año/vol. 21, nº. 137, Disponível em: SAAVEDRA, Marco Estrada. Autonomía o hegemonía? Un análisis de la junta de buen gobierno hacia la esperanza em las cañadas tojolabales de la selva lacandona. El Cotidiano, Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, Distrito Federal México, mayo-junio, año/vol. 21, nº. 137, Disponível em: TAMAYO, Sergio. Entre la ciudadanía diferenciada y la ciudadanía indígena Outra es posible? Qué es el zapatismo? La construcción de um imaginario rebelde ( ). El Cotidiano, Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, Distrito Federal México, mayo-junio, año/vol. 21, nº. 137, Disponível em: GT 1. Lutas camponesas e indígenas na América Latina 177

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