O Fascismo italiano, o Nazismo alemão e o Estado Novo no Brasil.
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- Geraldo Lencastre Prado
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1 O Fascismo italiano, o Nazismo alemão e o Estado Novo no Brasil.
2 A Crise Capitalista Após I Guerra, a Europa viveu um período relativamente curto de crise econômica.
3 A Crise Capitalista Em contrapartida a economia norteamericana continuava a crescer pois, o conflito foi na Europa (geografia), os EUA entraram tarde na guerra, abasteceram os países da Tríplice Entente com equipamentos, armas, alimentos e matérias-primas e, ainda, atendeu outras regiões que eram abastecidas pelos europeus, aumentando muito sua produção.
4 A Crise Capitalista Por volta de 1921, a Inglaterra, a França e outros países europeus retomaram o crescimento. Mas em 1929, quase metade da produção industrial do mundo estava concentrada nos EUA. Uma das razões era o aumento real dos salários no país proporcionado pela produtividade crescente e pelo fordismo.
5 A Crise Capitalista Henry Ford Os melhores clientes da indústria eram os próprios operários, os empresários precisavam pagar-lhes bons salários.
6 A Crise Capitalista Em 1920 a Europa recuperou sua economia e diminuiu a importação, passando a competir com os produtos norte-americanos. Mas os empresários norte-americanos continuaram insistindo no aumento da produção.
7 A Crise de 1929 Em 1929 as indústrias norte-americanas estavam saturadas de produtos. Cresceu também a oferta de produtos agrícolas no mercado interno, o que provocou rápida queda de preços. O país entrou em crise. Bancos faliram. Alto índice de desemprego e queda de consumo.
8 A Crise de 1929 Em 21/10/1929 a bolsa de Nova York quebrou (crack ou crash) e atingiu o ponto mais baixo no dia 29, a chamada terça-feira negra. 20 mil empresas fecharam as portas e 13 milhões de trabalhadores perderam o emprego. A Grande Depressão atingiu os países industrializados da Europa e outras nações do mundo capitalista.
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25 The New Deal Roosevelt, em 1933, adotou um plano de intervenção estatal na economia, baseado nas ideias do economista inglês John Maynard Keynes que estimulava o desenvolvimento da economia através da ação sistemática do Estado, criando obras públicas e demanda de serviços e produtos das empresas privadas (fortalecimento do mercado interno).
26 The New Deal Roosevelt emitiu bilhões de dólares em papelmoeda, iniciou o programa de investimentos, incentivou o aumento dos salários, criou o salário-desemprego, a aposentadoria e outros benefícios sociais. Entre 1933 e 1941 foram criados 8 milhões de empregos no país. Em 1936 a economia americana estava em alta mais uma vez.
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30 Resultados da Grande Depressão Ampliou a intervenção do Estado na economia, abalando a ideia liberal do capitalismo (liberdade irrestrita de mercado); Gerou na Europa profundo ressentimento quanto a forma democrática de Estado;
31 Resultados da Grande Depressão Favoreceu a ação de ideologias e movimentos políticos que pregavam a destruição da democracia e instauração de regimes fortes, ditatoriais, capazes de mobilizar a nação em torno de ideias nacionalistas e de tirá-la do caos, servindo de pano de fundo histórico para o fascismo italiano.
32 Resultados da Grande Depressão Movimentos como o fascismo podem ser considerados como resultado da Grande Depressão e do nacionalismo exacerbado do século XIX que foi acentuado pelos ressentimentos nacionais provocados pela I Grande Guerra.
33 Alguns conceitos importantes
34 Liberalismo Em suas origens pregava a plena realização da liberdade de mercado, o Estado de direito ou seja, o Estado regido por uma Constituição livremente votada pelos representantes ou integrantes da nação e a divisão de poderes entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
35 Liberalismo Os liberais do século XVIII e do começo do XIX se satisfaziam com o voto censitário, isto é, o sufrágio limitado apenas aos que comprovavam certa renda mínima. O voto censitário excluía a participação política dos trabalhadores e outros grupos sociais que juntos formavam a maioria da população em todos os países europeus.
36 Liberalismo Na economia, os pensadores liberais defendiam a plena liberdade de iniciativa para indivíduos e empresas. A intervenção do Estado deveria se limitar ao mínimo indispensável.
37 Liberalismo O liberalismo econômico foi proposto em meados do século XVIII pelos fisiocratas (de fisiocracia, governo da natureza) franceses, cujo o princípio fundamental era lassidez faire, laissez passer (deixe fazer, deixe passar Vincent de Gournay), sugerindo que o mercado, não o Estado, regulasse a economia.
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39 Liberalismo Segundo o escocês Adam Smith, em sua obra Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações (1776), o caminho para a prosperidade das pessoas e dos países estava na livre organização das atividades produtivas e comerciais. O próprio mercado, por meio de sua mão invisível, se encarregaria de melhorar a distribuição de renda entre os indivíduos, corrigindo as injustiças sociais.
40 Liberalismo O liberalismo econômico contrapôs os princípios mercantilistas que, por sua vez, eram caracterizados pela intervenção do Estado na economia por meio de monopólios, proibições e regulamentos. As atividades comerciais, segundo princípios mercantilistas, eram as principais fontes de riqueza e dependiam da proteção do Estado para sua plena realização.
41 Democracia Forma de organização política da sociedade baseada no princípio da participação da maioria e da igualdade. Esse principio se manifesta, entre outros temas, no sufrágio universal direito a voto atribuído a todas as pessoas e determina que todos sejam considerados iguais perante a lei e tenham as mesmas oportunidades, sem privilégios de nascimento, etnia, sexo, credo religioso, dentre outras coisas. Diferentemente dos liberais, os democratas lutavam pelo sufrágio universal masculino.
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43 Nacionalismo Forte sentimento de identidade cultural e étnica entre membros de uma mesma nação que estabelece uma ligação muito estreita entre os indivíduos e a nação a que pertencem.
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45 Autoritarismo Poder de modo ditatorial, decisões sem pedir a opinião dos governados, limite a liberdade de reunião de expressão, concentração do poder em uma só pessoa, órgão ou partido político.
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47 Totalitarismo Além de elementos característicos do autoritarismo, não permite a existência de outros partidos além do que está no poder. Tenta controlar a vida pessoal dos cidadãos, reduzindo-os a autômatos obedientes ao partido do poder. Estimula a delação de indivíduos da mesma família. É propagandista. Combina repressão e terror. (ex. Estado Fascista, Nazista e ditadura de Stalin).
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49 Anarquismo Anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa). Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável.
50 Anarquismo O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.
51 Anarquismo Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.
52 Anarquismo O movimento anarquista surgiu na metade do século XIX. Podemos dizer que um dos principais idealizadores do anarquismo foi o teórico Pierre-Joseph Proudhon, que escreveu a obra "Que é a propriedade?" (1840).
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54 Socialismo É uma ideologia política que afirma a necessidade de intervenção estatal na economia para distribuir a propriedade dos bens de acordo com as necessidades de cada um, a evoluir para a propriedade coletiva dos meios de produção que viria com o comunismo.
55 Socialismo Assim, o socialismo é configurado como a necessária fase prévia ao comunismo, aonde já não seria necessário o Estado. O objetivo é uma sociedade de iguais, sem classes sociais, onde os trabalhadores possuam os meios de produção, uma vez que eles consigam se organizar e ir além da fase do socialismo. Enquanto isso, o Estado vai cuidar de igualdade social.
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58 Comunismo O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.
59 Comunismo As ideias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels.
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62 Fascismo As ditaduras fascistas representavam um fenômeno novo e original. Seus adeptos repudiavam a luta de classes, o internacionalismo e o parlamentarismo liberal. Definiam-se como revolucionários, propondo uma solução nacional, autoritária e corporativa para os problemas econômicos e sociais.
63 Fascismo O nacionalismo extremado fascista foi acentuado pelas frustrações decorrentes da I Grande Guerra; seu anticomunismo intransigente colocava-os na dependência do capital, transformando suas posições anticapitalistas em mera fachada.
64 A Itália no pós-guerra A crise da Itália no pós-guerra e a incapacidade do regime parlamentarista e liberal em conter o avanço dos partidos comunistas deu a oportunidade à ação dos fascistas.
65 A Itália no pós-guerra A Itália pretendia, depois da I Grande Guerra, a anexação de alguns territórios como compensação de suas perdas durante a guerra. Não conseguindo e estimulado pelos políticos, seu povo foi tomado de perigosa exaltação nacionalista.
66 A Itália no pós-guerra Os problemas sociais e econômicos da Itália foram agravados após a guerra. A crise gerou grande número de desempregados, a inflação desvalorizou a lira para níveis baixíssimos e a nação estava endividada pela guerra. A Itália perdeu 650 mil vítimas na guerra e Veneza foi devastada.
67 A Itália no pós-guerra Protestos populares adquiriam características revolucionárias: operários tomando fábricas e camponeses ocupando terras. A burguesia, vendo-se ameaçada, apelou para um pequeno, mas bem organizado grupo político, estruturado militarmente e disposto a usar a força para acabar com as ameaças revolucionárias.
68 Fascismo Em 1919, um antigo militante de esquerda que rompera com o socialismo, Benito Mussolini, fundou o Fascio di Combattimento, embrião do Partido Nacional Fascista que, em 1922, chegaria ao poder.
69 Fascismo Mussolini prometia acabar com a luta de classes, implantar um governo forte, destinado a afastar o perigo de uma revolução socialista e transformar a Itália em uma grande potência. Mussolini prometia esmagar os grupos de esquerda socialistas, anarquistas e comunistas.
70 Fascismo Os fascistas organizaram milícias armadas, uniformizadas com camisas negras e treinadas no uso da violência física contra os adversários (apoiado na classe média, exsoldados, jovens sem emprego, desordeiros, marginais e desocupados). Seus alvos preferidos eram líderes sindicais, operários em greve, socialistas e democratas em geral.
71 Fascismo Por essa época o Estado italiano estava organizado sob a forma de monarquia parlamentar, com um primeiro-ministro como chefe de governo. Após a I Grande Guerra, o país entrou num período de turbulência política e econômica.
72 Fascismo O desemprego se acentuou e, em 1921, eclodiram nas cidades industriais da região norte grandes manifestações e greves operárias com ocupação de fábricas. Nessas condições, Mussolini pôs-se a frente de 50 mil camisas negras e realizou uma gigantesca demonstração de força, a Marcha sobre Roma.
73 Fascismo Em 1922, após grande demonstração de força na Marcha sobre Roma, o rei Vítor Emanuel III nomeou Mussolini como primeiro-ministro. O Duce convocou nova eleição e recebeu 65% dos votos do Partido Fascista (graças às fraudes e à violência). A partir de então houve a consolidação da ditadura do Partido Facista.
74 Características da Ditadura Prisões, sequestro e morte de opositores, censura a imprensa, demissão em massa de funcionários públicos não-simpatizantes com o regime; proibição de greves; extinção de todos os outros partidos políticos - Nada deve haver acima do Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado. Um único partido, uma única imprensa e uma única educação;
75 Tratado de Latrão Em 1929, Mussolini firmou com a Igreja católica o Tratado de Latrão, pelo qual o Estado italiano reconheceu a soberania do papado sobre o Estado do Vaticano. Com isso, o Duce consolidou e ampliou a simpatia do papado em relação ao seu governo. Em 1936, Mussolini firmou com Hitler o acordo ítalogermânico, do qual surgiria o Eixo Roma- Berlim.
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