Microcrédito e Comércio Justo
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- Roberto Ávila Benevides
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1 Microcrédito e Comércio Justo
2 Antiga DIT
3 Antiga DIT
4 A Antiga DIT A Antiga DIT baseava-se no princípio da especialização. Os países do Sul especializavam-se em produtos de baixo valor acrescentado. Quando o Princípio da Especialização foi substituído pelo Princípio da Concorrência, os países do Sul continuaram muito dependentes da antiga DIT o que agravou as desigualdades a nível mundial.
5 A Pobreza no mundo Quase metade do mundo - mais de 3 mil milhões de pessoas - vivem com menos de US $ 2,50 por dia. O PIB (Produto Interno Bruto) dos 41 Países Pobres Altamente Endividados (567 milhões de pessoas) é menor do que a riqueza do mundo das 7 pessoas mais ricas combinadas. Quase um milhar de milhão de pessoas entrou no século XXI sem conseguir ler um livro ou assinar o seu nome.
6 A Pobreza no mundo 1 milhar de milhão de crianças vive na pobreza ( 1 em cada 2 crianças no mundo) 640 Milhões vivem sem habitação adequada 270 milhões não tem acesso aos serviços de saúde 400 milhões não tem acesso a agua potável 10,6 Milhões morreram em 2003 antes de chegar aos 5 anos de idade (ou cerca de crianças por dia, que equivale a uma criança morta de 4 em 4 segundos devido á fome).
7 Desenvolvimento como liberdade A riqueza não é manifestamente o bem que buscamos; pois ela é meramente utilitária Aristóteles.
8 "Vivemos num mundo de opulência sem precedentes, mas também de privação e opressão extraordinárias. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de cidadão" - Amartya Sen
9 Eu fiz uma lista de pessoas que precisavam de um pouco de dinheiro. E quando a lista estava completa, havia 42 nomes. A quantidade total de dinheiro que eles precisavam era de US $ 27. Eu fiquei chocado. - Muhammad Yunus Aqui estávamos nós a discutir o desenvolvimento económico, sobre como investir milhões de dólares em diversos programas, e pude ver que não eram milhões de dólares que as pessoas precisavam imediatamente. - Muhammad Yunus.
10 Grameen Bank Mercado Financeiro Formal Cliente no centro Lucro no centro Metodologias opostas
11 Características do microcrédito
12 O que é o Capital Social? O capital social surge assente na ideia de que as conexões e a relação entre as pessoas tem valor económico, que podem aumentar a produtividade e podem realizar as potencialidades individuais. O capital social refere-se as relações horizontais entre pessoas, em conexões voluntárias baseadas em reciprocidade, cooperação e solidariedade com o fim de resolver problemas colectivos que afectam o bem-estar geral.
13 O que é o Capital Social? A confiança promove as boas relações entre os indivíduos o que aumenta o capital social e a capacidade das populações conseguirem resolver problemas comuns. Os laços que unem as pessoas para formar capital social estão assegurados por interesses em comum, história comum, ou cultura comum.
14 Desenvolvimento
15 Consequências do microcrédito Redução da pobreza Melhoria do nível de bem estar dos trabalhadores Financiamento de projectos de empreendorismo de jovens Decréscimo da exclusão social Combate ao comodismo social Criação de auto-estima individual e colectiva Promoção da igualdade de géneros Aumento da solidariedade social
16 Comércio Justo O comércio justo é um movimento social que busca o estabelecimento de preços justos nas cadeias produtivas. O comércio justo procura criar meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores.
17 O Comércio Justo garante : Um salário digno e melhores condições de trabalho para os pequenos produtores. A obtenção de produtos de qualidade com a garantia de que foram respeitados os direitos dos produtores e o meio ambiente. Melhores condições de vida.
18 Os Princípios do Comércio Justo O respeito e a preocupação pelas pessoas e pelo ambiente, colocando as pessoas acima do lucro O estabelecimento de boas condições de trabalho e o pagamento de um preço justo aos produtores e produtoras A disponibilização de pré-financiamento ou acesso a outras formas de crédito
19 Os Princípios do Comércio Justo A transparência quanto à estrutura das organizações e todos os aspectos da sua actividade, e a informação mútua entre todos os intervenientes na cadeia comercial A promoção de actividades de sensibilização e campanhas, quer junto dos/as consumidores/as,quer junto das organizações O fornecimento de informação ao consumidor sobre os objectivos do CJ, a origem dos produtos ou serviços, os produtores e a estrutura do preço
20 Os Princípios do Comércio Justo O reforço das capacidades organizativas, produtivas e comerciais das produtoras e dos produtores O envolvimento de todas as pessoas nas tomadas de decisão que os afectam no seio das suas respectivas organizações A protecção e a promoção dos direitos humanos, nomeadamente os das mulheres, crianças e povos indígenas, bem como a igualdade de oportunidades entre os sexos
21 Os Princípios do Comércio Justo A produção tão completa quanto possível dos produtos comercializados no país de origem O estabelecimento de relações comerciais estáveis e de longo prazo A protecção do ambiente e a promoção de um desenvolvimento sustentável, subjacente a todas as actividades
22 Porque falamos de um preço justo? São os produtores quem fixa o preço na origem. Este preço reflecte os custos reais da produção e para além disso deve permitir aos produtores manter uma vida digna e obter uma margem para investimentos futuros.
23 Comércio injusto
24 Comércio injusto
25 Starbucks e o Comércio Justo A Starbucks compra café certificado de Comércio Justo há mais de 11 anos e é o maior comprador, torrefactor e distribuidor de café de Comércio Justo do mundo. Em 2009 duplicou as compras de café de Comércio Justo. A Starbucks partilha de objectivos comuns, apoiando sempre os pequenos produtores de café, as suas comunidades e o meio ambiente.
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