Palavras chave: Assimetria dos Custos; Gerenciamento de Resultados; Empresas Brasileiras.

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1 Relação entre Comportamento Assimétrico dos Custos e a Prática de Gerenciamento de Resultados em Empresas Brasileiras Resumo VINÍCIUS COSTA DA SILVA ZONATTO Universidade Regional de Blumenau ALINI DA SILVA Universidade Regional de Blumenau CRISTIAN BAÚ DAL MAGRO Universidade Regional de Blumenau ROBERTO CARLOS KLANN Universidade Regional de Blumenau A assimetria de custos refere-se a atividades operacionais de gestão de custos, já o gerenciamento de resultados refere-se a escolhas contábeis para aumentar ou diminuir o lucro. Infere-se deste modo, que a assimetria de custos e o gerenciamento de resultados possuem similaridades conceitual e empiricamente, sendo que a presente pesquisa teve por objetivo analisar a relação entre comportamento assimétrico dos custos e a prática de gerenciamento de resultados de empresas brasileiras. Para tanto, se utilizou da pesquisa descritiva, documental e quantitativa. A amostra do estudo compreendeu 430 empresas brasileiras, as quais possuíam as informações necessárias no período de 2008 a Utilizou-se de regressão linear múltipla, estatística descritiva e regressão de dados em painel. Os resultados encontrados evidenciaram que as empresas analisadas apresentaram acumulações discricionárias passíveis de gerenciamento de resultados (GR) no período analisado, pela observação do modelo Jones Modificado - Dechow, Sloan e Sweeney (1995). Também, observou-se que as empresas apresentaram assimetria dos custos no mesmo período, conforme o modelo de Banker, Basu, Byzalov e Chen (2016). Entretanto, não foi constatada relação significativa entre a assimetria dos custos e o nível de gerenciamento de resultados, além disso, não se observou influência significativa das variáveis de assimetria de custos no modelo de Jones (1991), o qual tinha por intuito detectar a influência das acumulações totais. Conclui-se, assim, que a assimetria dos custos e o gerenciamento de resultados ocorrem por motivos distintos, sendo o primeiro resultado de práticas usuais no tratamento de custos fixos, que, consequentemente, afetam o lucro das empresas. De maneira geral, observou-se que o lucro sofre variação tanto pelo comportamento assimétrico dos custos quanto pela prática de GR, sendo este último ocasionado por escolhas oportunistas e não por escolhas operacionais de custos (assimetria de custos). Palavras chave: Assimetria dos Custos; Gerenciamento de Resultados; Empresas Brasileiras. 1

2 1 Introdução Na última década, pesquisas em contabilidade gerencial têm se preocupado em analisar a assimetria no comportamento dos custos, principalmente quando da ocorrência de variações no nível de atividades organizacionais. Dessa forma, visualizar o comportamento dos custos torna-se fator preponderante para auxiliar as empresas na tomada de decisões. Os propulsores da análise do comportamento assimétrico dos custos foram Anderson, Banker e Janakiraman em 2003 (Via & Perego, 2014). As empresas com custos assimétricos demonstram maior declínio no resultado quando os custos são maiores, porém apresentam alta nas vendas, e há menor queda no resultado quando há redução nas vendas, mas os custos acabam sendo reduzidos em menor proporção. Ou seja, os custos apresentam-se como assimétricos quando aumentam mais que o aumento das vendas e/ou caem em menor proporção que a redução das vendas (Weiss, 2010). De acordo com o autor, o comportamento nos custos é fator relevante para a previsão dos resultados da empresa, em que os analistas financeiros estimam os custos futuros no momento da estimação dos lucros futuros. A contabilidade de custos tradicional observa o pressuposto de que os custos variáveis movem-se proporcionalmente de acordo com as receitas. Porém, de acordo com a assimetria dos custos, a variação nos custos depende da magnitude das atividades operacionais da empresa. Entretanto, questiona-se a existência de tais custos assimétricos e se é apropriado que o comportamento dos custos se dá somente pela sua gestão (Porporato & Werbin, 2010). Nesse sentido, Kama e Weiss (2013) aferiram que o comportamento dos custos não decorre somente das práticas usuais da empresa, mas também pode ser resultado de possíveis consequências de ajustes intencionais dos gestores, com o objetivo de cumprir metas sobre resultados reportados. A inferência de Kama e Weiss (2013) faz emergir o questionamento de que a assimetria no comportamento dos custos pode ser vislumbrada pela visão gerencial e adicionada à perspectiva da contabilidade financeira. O comportamento dos custos, analisado pelo prisma da contabilidade financeira, se baseia na assimetria dos custos ocasionada pelos incentivos dos gestores para gerenciar as folgas de recursos, a fim de cumprir metas de lucros. Dessa forma, delimita-se a análise de outro fator importante, que se refere à prática de gerenciamento de resultados. Este ocorre nas empresas devido ao aumento e/ou diminuição do lucro contábil de acordo com os objetivos de gestores, os quais são munidos pelo comportamento oportunista, tanto pessoal quanto ligado aos objetivos organizacionais. O gerenciamento de resultados é exercido de acordo com as brechas encontradas na legislação e normas contábeis, as quais são utilizadas para superestimar e/ou subestimar o lucro divulgado as partes interessadas (Dechow et al.,1995). Kama e Weiss (2013) apontam que o gerenciamento pode ser feito também pela gestão da folga de recursos no momento de queda das vendas, gerando assimetria no comportamento dos custos. Banker et al. (2016) já relacionaram a assimetria dos custos com o conservadorismo contábil (qualidade da informação contábil), cujo modelo utilizado para mensuração tem como variável dependente o lucro contábil, fazendo sentido a inclusão do custo assimétrico no modelo. Por outro lado, sob o prisma desta pesquisa, os modelos de gerenciamento de resultados (GR) mediante escolhas contábeis não têm o lucro como variável dependente, mas levam em consideração os accruals totais, que podem ser obtidos pela diferença entre o lucro e o fluxo de caixa operacional. Portanto, a alocação dos custos ao CPV pode ser afetada pela assimetria dos custos, que altera o valor do lucro contábil e que, por sua vez, influencia o valor dos accruals totais, o que pode enviesar os resultados dos modelos de GR. Desse modo, conforme a problemática de possível interligação entre o comportamento dos custos e o gerenciamento de resultados, apresenta-se o seguinte questionamento para a 2

3 pesquisa: qual a relação entre comportamento assimétrico dos custos e a prática de gerenciamento de resultados? No intuito de resolver este problema, este estudo tem o objetivo de analisar a relação entre comportamento assimétrico dos custos e a prática de gerenciamento de resultados de empresas brasileiras. Quanto à ligação entre o comportamento dos custos, que é oriundo das pesquisas sobre contabilidade gerencial, com assuntos da contabilidade financeira, como o gerenciamento de resultados contábeis, Banker e Chen (2006) desenvolveram um modelo de previsão de lucro que refletiu a variabilidade dos custos de acordo com as receitas de vendas e a aderência dos custos conforme os declínios nas vendas. Além disso, Weiss (2010) examinou como o comportamento assimétrico dos custos influenciava as previsões de lucros dos analistas, principalmente quanto à precisão de suas previsões. Kama e Weiss (2013) exploraram o impacto dos incentivos para cumprir as metas de lucros sobre os ajustes de recursos e as estruturas de custos. Banker et al. (2016) analisaram a confusão da assimetria dos custos nos modelos tradicionais utilizados para detectar o conservadorismo contábil. Desse modo, pela motivação da interligação entre temas de pesquisas sobre contabilidade gerencial e contabilidade financeira, e até mesmo com relação à qualidade da informação contábil (Banker & Chen, 2006; Weiss, 2010; Kama & Weiss, 2013; Banker et al., 2016), a presente pesquisa supre a lacuna de análise da relação entre a assimetria dos custos e a prática de gerenciamento de resultados. Até então, o GR foi analisado como sendo ocasionado somente por práticas oportunistas dos gestores, não considerando práticas usuais da empresa com relação à aderência dos recursos organizacionais. De acordo com Banker et al. (2016), que analisou a assimetria dos custos nos modelos de conservadorismo contábil, é importante este tipo de estudo, visto que a assimetria dos custos pode ser confundida pelas práticas de intervenção na informação financeira, o que pode distorcer as inferências de análise dos modelos de qualidade da informação contábil. Assim, no intuito de aprimorar o entendimento sobre as práticas de GR, propõe-se o desenvolvimento inicial da análise dos custos assimétricos em modelos de GR. Entretanto, não se tem pretensão de esgotar a análise de tal fenômeno, visto que somente os modelos de Jones (1991) e Jones Modificado (1995) foram testados. De todo modo, pretende-se com o atual estudo observar resultados preliminares e levantar questões para nortear novas pesquisas, estabelecendo a aplicabilidade de modelos para captar as práticas oportunistas, associando o GR ao comportamento assimétrico dos custos. São traçadas evidências acerca do lucro contábil comportando-se de acordo com a assimetria dos custos e também do GR, e como os dois fenômenos de áreas distintas podem ser entrelaçados. 2 Referencial Teórico Apresentam-se nesta seção as principais referências acerca da assimetria dos custos e do gerenciamento de resultados, as quais são necessárias para o fundamento teórico das hipóteses e para o embasamento dos resultados observados. 2.1 Assimetria dos Custos: Sticky Costs O comportamento dos custos, de acordo com a visão tradicional da contabilidade, é descrito em fixo e variável, os quais se alteram de acordo com o volume de atividade da empresa. Com base nesta visão, os custos variam proporcionalmente às mudanças das atividades empresariais. Entender o comportamento destes custos torna-se importante para o seu gerenciamento (Anderson et al., 2003). De acordo com esta visão tradicional dos custos, estes variam proporcionalmente de acordo com as receitas. Entretanto, recentemente tem sido abordado na literatura sobre contabilidade gerencial que as mudanças nos custos não dependem somente das alterações na 3

4 receita, mas também podem ser oriundas das atividades da empresa, movendo-se de forma assimétrica em relação às atividades (Porporato & Werbin, 2010). De acordo com Kama e Weiss (2013), entender como os custos são movidos simetricamente é de interesse de pesquisadores e profissionais da contabilidade, visto o impacto que exercem sobre o lucro reportado pela empresa. O comportamento dos custos é alterado conforme seu tipo, ou seja, os custos variáveis alteram-se em proporção ao volume de vendas, enquanto os custos fixos permanecem inalterados. Sob a ótica econômica, os custos variáveis são considerados recursos de produção maleáveis pelos gestores quanto à produção de bens e serviços. Os custos fixos, por outro lado, são valores comprometidos com a capacidade produtiva e não mudam em relação à produção, principalmente de curto prazo (Banker & Chen, 2006; Banker & Byzalov, 2014). Quando os custos respondem de forma assimétrica ao aumento e/ou diminuição das atividades, descreve-se este fenômeno como comportamento assimétrico dos custos (Cannon, 2014; Banker et al., 2016). Segundo Kama e Weiss (2013), quando as vendas caem, os gerentes tomam a decisão de remover alguns recursos não utilizados, entretanto, evitam remover recursos de folga quando a baixa das vendas é temporária. Assim, quando não há cortes de recursos em momentos de queda nas vendas, a empresa incorre em altos custos de adaptação, como, por exemplo, a demissão de funcionários. Por outro lado, ainda de acordo com o autor, os gestores munidos pelo interesse de cumprir metas de lucros podem acelerar os cortes de recursos mesmo em períodos de queda temporária nas vendas. Este corte acelerado de recursos pode ter consequência em maiores diminuições sobre os custos. Por tal motivo, quando os gestores possuem incentivos para atingir metas de lucro há maior suscetibilidade de diminuição do grau de assimetria dos custos (Kama & Weiss, 2013). Os modelos de mensuração do comportamento assimétrico dos custos distinguem os custos em variáveis e fixos, em relação às variações nos níveis de produção. Nesse sentido, os custos fixos são considerados independentes dos níveis de produção, ao passo que os custos variáveis seriam alterados linearmente e proporcionalmente as variações nos níveis de produção (Calleja, Steliaros & Thomas, 2006). Calleja et al. (2006) ressaltam que em um declínio nas receitas, os gestores podem decidir manter seus custos, ao invés de incorrer em rupturas contratuais (geram negociações e multas), causando assimetria nos custos. Malik (2012) aponta que a complexidade entre os custos e o volume das atividades refere-se ao fato de que os custos não se movimentam proporcionalmente aos níveis de produção. Desse modo, o comportamento dos custos tem sido utilizado para delinear os aspectos inerentes à proporção de mudanças nos custos geradas pelas alterações nos níveis de produção (Hansen & Mowen, 2001). Anderson et al. (2003) relataram que os custos das vendas respondem de forma diferente às mudanças crescentes e decrescentes nos níveis de produção da empresa. Esse fato ocorre principalmente devido a tenacidade de demitir empregados quando ocorrem perdas decorrentes das atividades, fato explicado pela tentativa da empresa manter o status e não querer demonstrar à sociedade que está passando por um momento adverso. Anderson et al. (2003) descobriam que os custos de vendas, gerais e administrativas aumentam em média 0,55% a cada 1% de aumento na receita e, por outro lado, diminuem apenas 0,35% quando há uma redução de 1% na receita, demonstrando haver comportamento assimétrico dos custos. Do mesmo modo, Subramaniam e Weidenmier (2003) indicaram que os custos totais (custos de vendas, gerais e administrativas e CPV) aumentam 0,93% para cada 1% de crescimento nas receitas, enquanto diminuem apenas 0,85% para cada 1% de diminuição nas receitas, revelando assimetria nos custos. Por fim, He, Teruya e Shimizu (2010) mencionam que um aumento nas receitas ocasiona mudanças positivas nos custos, no entanto, quando a receita diminui, às vezes, os gerentes podem ser hesitantes em reduzir o número de 4

5 empregados e outros recursos que geram custos, permitindo-lhes custear a aderência como delineamento de custos assimétricos. 2.2 Gerenciamento de Resultados (GR) e Construção das Hipóteses O gerenciamento de resultados conceitua-se como uma intervenção proposital no processo de divulgação financeira, com o objetivo de adquirir um benefício particular para o agente (Schipper, 1989). Healy e Wahlen (1999) afirmam que este processo ocorre quando gestores modificam determinado julgamento relacionado com a estruturação das demonstrações financeiras ou em determinadas operações contábeis, com o intuito de alterar informações a serem divulgadas, principalmente aos usuários externos, sobre o desempenho econômico da empresa, ou para influenciar resultados contratuais dependentes das informações contábeis. Entretanto, o gerenciamento de resultados não pode ser considerado como fraude contábil, visto que se opera dentro dos limites da legislação contábil, principalmente quando a norma faculta certa discricionariedade para a realização de escolhas contábeis que estejam dentro das possíveis opções para um mesmo registro de determinado fato contábil (Martinez, 2006). De acordo com Jones (1991), pode ser realizado por diversos meios, tais como uso de accruals, alterações em métodos de contabilidade e alterações na estrutura de capital, por exemplo. Segundo Leuz, Nanda e Wysocki (2003), a prática oportunista de gerenciar o resultado é complexa de medir, principalmente porque se manifesta de diferentes formas, tais como acumulações agregadas, específicas e/ou pelas atividades reais, sendo que quanto mais se utiliza de diferentes proxies para medir o gerenciamento, mais consistente será o resultado. O método mais frequente utilizado para medir o grau de gerenciamento de resultados refere-se às apropriações discricionárias (acumulações agregadas), em que se escolhem ajustes subjetivos pelo regime de competência (Martinez, 2006). A prática de gerenciamento de resultados nas empresas demonstra-se como um obstáculo para a demonstração da sua real situação patrimonial, financeira e de resultados nos relatórios financeiros (Goulart, 2007). Observa-se que esta prática recebe atenção não somente da academia, mas também é enfatizada por órgãos reguladores. A Security Exchange Comission (SEC), no final da década de 90, por meio do então presidente Arthur Levitt, externalizou na Universidade de Nova York a sua preocupação quanto à prática de gerenciamento de resultados (Baptista, 2008). No cenário brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 2007, também manifestou preocupação quanto à prática de gerenciamento de resultados. A CVM listou alguns pontos que as empresas poderiam observar para evitar tal prática, por meio de políticas contábeis e pela atuação do Conselho de Administração ou comitê especializado. Também foi discutida a importância dos sistemas de controle interno para a validação das informações e políticas contábeis (Baptista, 2008). Dessa forma, observa-se que o gerenciamento de resultados vem sendo analisado tanto na academia quanto por organismos profissionais, devido ao impacto que possui no lucro contábil. Pode ser realizado tanto por atividades reais (ou decisões operacionais), como pelas escolhas contábeis, por meio de accruals específicos ou agregados. No primeiro caso os gestores procuram reduzir ou elevar investimentos em pesquisa e desenvolvimento, antecipar ou retardar vendas, reduzir gastos como, por exemplo, publicidade ou despesas não essenciais. Os gestores podem ainda aumentar ou diminuir a produção, fazendo com que os custos fixos sejam mais ou menos diluídos no custo dos produtos, o que está alinhada com a discussão sobre assimetria de custos, tratada na subseção anterior. Já o gerenciamento por escolhas contábeis envolve basicamente a utilização de accruals (acumulações pelo regime de competência), que podem ser analisadas individualmente 5

6 (accruals específicos), como taxas de depreciação, amortização e exaustão, provisões, perdas por irrecuperabilidade de ativos, dentre outros; ou de modo agregado, em que são utilizados modelos estatísticos para tal, como o Jones Modificado (2005) utilizado neste estudo. A questão que se coloca neste estudo é que os modelos estatísticos utilizados para medir o nível de gerenciamento de resultados contábeis podem resultar em informações enviesadas, dada a presença do comportamento assimétrico nos custos. Isso significa que parte do GR obtido a partir dos accruals agregados, com base nos modelos de regressão, podem conter informações sobre gestão de custos, alinhado com o gerenciamento por escolhas reais. Essa influência da assimetria de custos já foi observada, por exemplo, em modelos de previsão de lucros, cujo modelo desenvolvido por Banker e Chen (2006), que observa a assimetria dos custos, representou melhor as expectativas de lucros do mercado do que os demais modelos. Esse mesmo problema foi estudo por Weiss (2010), que examinou como o comportamento assimétrico dos custos influencia a precisão de tais previsões. Os achados evidenciaram que as empresas com comportamento assimétrico nos custos apresentam previsões de lucros menos precisas por parte dos analistas, sendo que a assimetria dos custos influencia as prioridades observadas pelos analistas e investidores na formação de suas crenças sobre o valor das empresas. Kama e Weiss (2013) investigaram a relação entre os ajustes de recursos feitos intencionalmente para atingir as metas de lucros e o grau de assimetria dos custos, argumentando que as escolhas dos gestores para manter recursos não utilizados também pode ser causada por interesses pessoais. Os achados demonstraram que quando os gestores enfrentam incentivos para manipulação de perdas e/ou redução de lucros, tendem a reduzir o grau de assimetria dos custos, ou seja, quando há incentivos para manipulação dos resultados, os gestores diminuem o grau de assimetria dos custos ao invés de induzir o seu aumento. Mais especificamente em relação à qualidade da informação contábil, em que se inserem as práticas de GR, Banker et al. (2016) analisaram a influência da assimetria dos custos nos modelos tradicionais utilizados para detectar o conservadorismo contábil. Os resultados evidenciam que as estimativas do conservadorismo condicional são exageradas em mais de 25%, em função da existência do comportamento assimétrico dos custos. Observaram que os modelos de conservadorismo não têm controlado o efeito da assimetria dos custos, sugerindo que os estudos futuros que avaliam o conservadorismo contábil devem neutralizar a influência dos custos assimétricos. Chen, Lu e Sougiannis (2012) acreditam que a assimetria dos custos esteja positivamente associada com proxies do problema de agência entre gestores e acionistas. Portanto, uma vez que a propriedade gerencial alinha os incentivos dos gerentes com os interesses dos acionistas, ela também pode estar associada a uma menor aderência aos custos. Ademais, conforme as evidências apontadas por Banker e Chen (2006), Weiss (2010), Chen et al. (2012), Kama e Weiss (2013), e Banker et al. (2016), pode-se inferir que a alocação dos custos de produção afeta a assimetria dos custos e, por consequência, interfere no valor reportado pelos accruals totais, os quais são utilizados para mensuração da variável dependente dos modelos de gerenciamento de resultados mediante escolhas contábeis. Portanto, embora o gerenciamento de resultados não considere o lucro reportado como variável interveniente, o mesmo também pode ser afetado indiretamente pela diferente alocação dos custos de produção. Assim, com base nas evidências dos estudos supracitados, pressupõe-se que o lucro contábil pode sofrer variações tanto por decisões operacionais, que resultam da assimetria dos custos, quanto por escolhas contábeis, como os accruals discricionários utilizados pelos gestores para o atingimento de metas de lucro. Dessa forma, como base nesta inferência, delimitou-se a hipótese do estudo: 6

7 H1: O gerenciamento de resultados mediante escolhas contábeis é, em parte, resultado do comportamento assimétrico dos custos. 3 Procedimentos Metodológicos O delineamento metodológico da presente pesquisa demonstra-se como descritivo, documental e com abordagem quantitativa. Na sequência descreve-se a população, amostra e os procedimentos de coleta e análise dos dados. A população do estudo compreendeu todas as empresas listadas na Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros de São Paulo BM&FBovespa. A amostra do estudo correspondeu a 430 empresas, as quais possuíam os dados necessários para a análise, no período de 2008 a 2015 (8 anos), perfazendo um total de observações. 3.1 Coleta e Análise dos Dados A coleta de dados se deu por meio da base de dados Economática, em que se buscou informações dos modelos de gerenciamento de resultados de Jones (1991) e Jones Modificado de (1995), bem como para se verificar os custos assimétricos e as variáveis de controle do estudo. O modelo de Jones (1991) pode ser observado de acordo com a equação 1. (1) Rodou-se este modelo para se obter os coeficientes estimados α, β1 e β2, aplicados posteriormente no modelo Jones Modificado (1995), conforme a equação 2, para assim estimar os accruals não discricionários. Tal procedimento foi recomendado pelo estudo de Paulo (2007). (2) Conforme Dechow, Sloan e Sweeney (1995), para se estimar os accruals discricionários, os quais são passíveis de gerenciamento de resultados, tem-se a Equação 3: (3) Em que: ADit = accruals discricionários da empresa no período t; TAit = accruals totais da empresa i no período t; NDAit = accruals não discricionários da empresa i no período t; Desta forma, os accruals não discricionários das empresas, obtidos pelo Modelo Jones Modificado (1995), foram diminuídos dos accruals totais, calculados pela diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional, obtendo-se o valor de accruals discricionários, passíveis de gerenciamento de resultados, para cada empresa analisada. Tal variável de accruals discricionários, por sua vez, foi necessária para o restante da análise, em que se associaram os custos assimétricos e as variáveis de controle, a fim de se observar se tais custos estavam relacionados à prática de gerenciamento de resultados. Na Tabela 1 apresentam-se as variáveis do estudo. Tabela 1 7

8 Variáveis do estudo Variável Descrição Fórmula Autores Variáveis Dependentes AD it E it/p it-1 DS it S it/p it-1 DS it X S it/p it-1 AC it TAM it END it ROE it Fonte: Dados da Pesquisa. Accruals discricionários da empresa i no período t Lucro da empresa i no período t escalonado pelo valor de mercado das ações (preço das ações) no início do ano fiscal. Oriundo da Equação 3 Lucro líquido it / Valor de mercado das ações it -1 Variáveis Independentes de Assimetria dos Custos É uma variável dummy que é igual a um se há queda de vendas do ano Receita it Receita it -1 t -1 para o ano t e zero caso contrário É a mudança de vendas em relação ao ano t- 1 ao ano t, (variação das vendas) que é dimensionada (dividido) pelo valor de mercado das ações (preço das ações) no início do ano fiscal. Multiplicação entre as variáveis DS it e S it/p it-1 ((Receita it Receita it -1) / Receita it -1) / Valor de mercado das ações it -1 Multiplicação entre as variáveis Coeficiente padronizado do β_3 da equação 4 gerado por meio de regressão linear múltipla por empresa e por ano com base em dados trimestrais Variáveis Independentes de Controle Coeficiente de assimetria de custos por empresa e por ano analisado. Tamanho da empresa, representado pelo ativo total logaritmizado. Endividamento da empresa, representado pela soma do passivo circulante, mais passivo não circulante, escalonado pelo ativo total. Rentabilidade do Patrimônio Líquido LN Ativo Total (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) / Ativo total Lucro Líquido / Patrimônio Líquido Jones Modificado (1995) Banker et al. (2016) Banker et al. (2016) Banker et al. (2016) Banker et al. (2016) Elaborado pelos autores. Leuz (2003), Goulart (2007), Doyle, Ge e McVay (2007), Baptista (2008). Bushman, Chen, Engel e Smith (2004). Doyle et al. (2007), Baptista (2008). Além das variáveis de assimetria de custos, apresentam-se as variáveis de controle tamanho da empresa (TAM), endividamento (END) e rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) como possíveis influenciadores da prática de GR. De acordo com Watts e Zimmerman (1990) o tamanho da empresa pode ser passível de gerar custo político para esta, devido ao destaque que possui para com órgãos reguladores, os quais podem criar novos impostos para estas empresas devido a seu tamanho. Deste modo, empresas que possuem grande tamanho, tendem a realizar práticas contábeis, como o gerenciamento de resultado, com o intuito de diminuir o resultado. Empresas endividadas tendem a gerenciar menos resultado devido à necessidade de reportar qualidade da informação contábil aos bancos, com o intuito de obterem redução de custos. Já empresas que possuem elevada rentabilidade tendem a gerenciar mais o resultado, uma vez que devido a contratos com usuários, querem manter o nível de sua rentabilidade, a fim de sustentar e atrair novos investidores. 8

9 Com base nas variáveis constantes na Tabela 1, verifica-se primeiramente a Equação 4, que de acordo com Banker et al. (2016), é utilizada para verificar o nível de assimetria dos custos, de acordo com as seguintes variáveis: (4) As variáveis independentes da equação 4 capturam os custos assimétricos, quando o lucro é proporcionalmente maior em relação às vendas quando estas diminuem mais do que quando aumentam, o que implica que o coeficiente β3 deve ser positivo. A equação 5 testa a influência dos custos assimétricos (variáveis independentes da equação 4) e das variáveis de controle nas acumulações discricionárias. (5) De acordo com a equação 5, como o β3 refere-se à variável que tem por intuito discriminar a assimetria de custos, teve-se por objetivo observar se esta variável possui relação com o nível de gerenciamento de resultados (AD). Espera-se que quanto maior o nível de assimetria de custos, maiores os AD (associação positiva), visto que parte do GR poderia ser ocasionado pela assimetria dos custos. Construiu-se também a equação 6, caracterizada pela inclusão das variáveis de assimetria dos custos dentro do modelo original de Jones (1991), a fim de se observar se os coeficientes das variáveis originais do modelo de Jones (1991) são reduzidos e se as variáveis de assimetria de custos são significativas, o que poderia demonstrar que além da assimetria dos custos influenciar a prática de gerenciamento de resultados, pode estar intrínseca no modelo de GR. Foi utilizada esta metodologia de forma semelhante por Banker et al. (2016), os quais incluíram as variáveis de assimetria de custos dentro do modelo original de Basu (1997), com o objetivo de captar se parte do conservadorismo contábil observado pelo modelo era na realidade assimetria de custos. Deste modo, os autores confirmaram sua hipótese, ou seja, 25% do conservadorismo contábil que o modelo de Basu (1997) calculava, na realidade era assimetria de custos, gerada por atividades operacionais das empresas. (6) Além disso, formularam-se mais duas equações, as quais também têm por finalidade medir a influência da assimetria de custos e das variáveis de controle na prática de gerenciamento de resultados (7) e nas acumulações totais (8). O que diferencia estas duas equações das equações 5 e 6 foi a inclusão de um coeficiente único de assimetria de custos como variável independente, calculada por meio da aplicação da equação 4 a cada empresa em análise, com base em dados trimestrais, o que gerou um valor de assimetria de custos para cada empresa e para cada ano, observado pelo coeficiente do β3 da equação 4, o qual, segundo Banker et al. (2016), discrimina o nível de assimetria de custos das empresas. (7) 9

10 (8) A principal diferença entre as equações 5 e 7 foi a inclusão nesta última do coeficiente de assimetria de custos (AC) por empresa e por ano analisado, ao invés das variáveis independentes do modelo de assimetria de custos (equação 4). Já a equação 8 teve por finalidade medir a influência do coeficiente de assimetria de custos (AC) no nível das acumulações totais (TA), a fim de observar se parte das acumulações discricionárias e não discricionárias pode ser impactada pela assimetria dos custos. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e regressão linear múltipla, por meio do software SPSS e regressão de dados em painel por meio do software STATA. 4 Descrição e Análise dos Resultados Apresenta-se nesta seção a descrição e análise dos dados das equações 3, 4, 5, 6, 7 e 8, as quais respondem ao objetivo da pesquisa, que é analisar a relação entre comportamento assimétrico dos custos e a prática de gerenciamento de resultados de empresas brasileiras. A equação 1 (modelo Jones (1991)) foi realizada para observar a estimação dos coeficientes das variáveis independentes do estudo, as quais foram utilizadas na equação 2 (modelo Jones Modificado (1995)) para verificar as acumulações não discricionárias (accruals não discricionários), que por sua vez foram diminuídas das acumulações totais (conforme equação 3) para se obter as acumulações discricionárias, as quais são passíveis de GR. Dessa forma, na Tabela 2 é apresentado o nível de gerenciamento de resultados das empresas analisadas, de acordo com cada ano e separando-se em accruals positivos e negativos, o que demonstra a existência de gerenciamento de resultados, seja para aumentar e/ou diminuir, respectivamente, os resultados. Tabela 2 Média das acumulações discricionárias positivas e negativas passíveis de gerenciamento de resultados Descrição Média Accruals Positivos 31,98 55,62 42,01 6,39 0,38 0,11 8,18 3,99 Nº de Empresas com Accruals Positivos Média Accruals Negativos -6,74-194,20-18,963-12,70-0,70-0,27-6,06-10,76 Nº de Empresas com Accruals Negativos Fonte: Dados da pesquisa. Em relação aos dados constantes na Tabela 2, observa-se que a maioria das empresas no ano de 2008 gerenciou para diminuir o resultado, porém, as empresas que procuraram aumentar os lucros, mesmo em menor número, apresentaram níveis mais elevados de AD. No ano de 2009 essa situação se inverteu. Em 2010, a maioria das empresas voltou a gerenciar resultados para diminuir os lucros, assim como em 2013, 2014 e 2015, ao contrário do que vinha sendo feito em 2011 e Desta forma, observa-se que não há um padrão de gerenciamento de resultados, sendo que as empresas gerenciam tanto para aumentar seus lucros, quanto para diminuí-los. Para se observar a influência da assimetria dos custos na prática de gerenciamento de resultados, verificou-se primeiramente se as empresas analisadas no período apresentaram assimetria de custos, de acordo com o modelo de Banker et al. (2016). Dessa forma, por meio da equação 4, apresenta-se a verificação somente da assimetria de custos, os quais estão 10

11 demonstrados na Tabela 3. Ainda na Tabela 3 apresenta-se o resumo das equações 5 e 6, as quais têm por intuito testar a influência da assimetria de custos e de variáveis de controle nas acumulações discricionárias (5), além da influência da assimetria de custos (sem considerar as variáveis de controle) e demais variáveis do modelo original de Jones (1991) nas acumulações totais das empresas (6), a fim de se identificar se parte das acumulações é afetada pela assimetria dos custos. Tabela 3 Resumo Equações 4, 5 e 6 Variáveis Equação 4 Assimetria de Custos Coefic. /Sig. Equação 5 Accruals discricionários Coefic. /Sig. Equação 6 Accruals Totais Coefic. /Sig. Efeito Aleatório FIXO POLS DS it β ,19 β1-0, β4-1,0809 S it/p it-1 β2 0,2584* β2-0, β5-7,160 DS it X S it/p it-1 β3 0,1176* β3 9,56e-06 β6-5,670 1/A it β1 265,03* ΔR it β2 0,0012 PPE it β3-0,8466* TAM β4 35,39463* END β5-0, * ROE β6 0, * _Constante 12676,45-475,7598* 5,822* R Within 0,0585 0, R Overall 0,0589 0, R Squared ,4165 Teste F 0,0000* 0,0000* 0,0000* LM de Breusch-Pagan 0,0000* 0,0000* 0,4341 Teste de Chow 0,0000* 0,0002* 0,3986 Teste de Hausman 0, N * Significativo a 10%. Fonte: Dados da Pesquisa. De acordo com o observado na Tabela 3, a equação 4 apresentou-se significativa. Ao analisar a significância das variáveis independentes, observa-se que as variáveis Sit/Pit-1 e DSit X Sit/Pit-1 apresentaram-se relacionadas positivamente ao lucro líquido. Este resultado, principalmente quanto ao β3 (DSit X Sit/Pit-1), de acordo com Banker et al. (2016), representa que as empresas apresentaram assimetria de custos. De acordo com o autor, os custos são assimétricos quando aumentam em maior proporção do que o aumento das vendas, ou quando diminuem em menor proporção do que a queda nas vendas, o que implica em um coeficiente β3 positivo. Dessa forma, com base nos resultados observados nas Tabelas 2 e 3, pode-se inferir que as empresas brasileiras analisadas tiveram o lucro contábil influenciado tanto por escolhas contábeis, a partir da utilização de accruals discricionários (Tabela 2), quanto pelas práticas operacionais, observadas pela assimetria dos custos (Tabela 3). Este resultado demonstra a importância da integração de elementos da contabilidade financeira e gerencial para se analisar o mesmo fato, visto que ambos impactaram no lucro reportado. Para testar a hipótese de pesquisa H1, de que o gerenciamento de resultados mediante escolhas contábeis é, em parte, resultado do comportamento assimétrico dos custos, são apresentados ainda na Tabela 3 os resultados das equações 5 e 6. Pode-se observar, por meio das informações da equação 5 (efeitos fixos), que o tamanho da empresa (TAM) e a rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) mostraram-se relacionados ao aumento do nível de 11

12 GR, enquanto o endividamento (END) associou-se com a diminuição deste, o que está alinhado com a literatura sobre incentivos ao GR. De todo modo, observou-se que as variáveis de assimetria de custos não impactaram significativamente na prática de gerenciamento de resultados, ou seja, a assimetria dos custos ocasionada pelas atividades normais da entidade não se mostrou relacionada aos accruals discricionários. Apresenta-se ainda o resumo da equação 6, em que pode-se observar que o modelo apresentou-se significativo, e que de acordo com os testes foi melhor a aplicação do modelo POLS. Quanto às variáveis significativas, apenas 1 dividido pelo ativo total (Ait-1) e o total de imobilizado e ou intangível (PPEit) impactaram no nível de acumulações totais. Entretanto, quanto às variáveis de assimetria de custos, estas também não se demonstraram significativas em relação às acumulações totais, ou seja, a assimetria de custos não possui relação com a diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional, apresenta sim somente relação com o lucro líquido de acordo com a Equação 4. Infere-se, desta forma, que a assimetria de custos não possui qualquer relação direta com a prática de gerenciamento de resultados por acumulações discricionárias e totais, de acordo com as equações 5 e 6. Com o intuito de aprofundar a análise da influência da assimetria de custos no nível de gerenciamento de resultados, apresenta-se, na Tabela 4, o resumo das equações 7 e 8, em que se demonstra a relação entre o coeficiente de assimetria de custos por empresa e por ano com os accruals discricionários (nível de GR) e com as acumulações totais, respectivamente. Tabela 4 Resumo Equações 7 e 8 Variáveis Equação 7 Accruals discricionários Coefic. /Sig. Equação 8 Accruals Totais Coefic. /Sig. FIXO ALEATÓRIO AC it β1 0, β4 0, TAM it β2 35,31518* END it β3-0, * ROE it β4 0, * /A it β1-0, ΔR it β2 0, * PPE it β3-0,297906* _Constante -475,2805* -0, R Within 0,0215 0,9653 R Overall 0,0044 0,9458 R Squared Teste F 0,0000* 0,0000 LM de Breusch-Pagan 0,0000* 0,0000* Teste de Chow 0,0000* 0,0000* Teste de Hausman 0,0003* 0,9385 N * Significativo a 10%. Fonte: Dados da Pesquisa. De acordo com a Tabela 4, a equação 7 (efeitos fixos) demonstrou-se significativa, sendo que as variáveis tamanho da empresa (TAM), endividamento (END) e rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) mostraram-se relacionadas significativamente aos accruals discricionários. Entretanto, quanto a variável de teste assimetria de custos (AC) não demonstrou relação significativa com os AD, o que demonstra que a prática oportunista dos gestores não é 12

13 influenciada por escolhas operacionais de custos, mas sim, devido ao comportamento oportunista dos gestores de gerenciar contas discricionárias. Em relação à equação 8, o modelo mostrou-se significativo, porém, somente as variáveis do modelo original de Jones apresentaram relação significativa com as acumulações totais. Já a assimetria de custos, conforme os demais modelos, também não se demonstrou significativamente associada com estas acumulações. Além disso, rodaram-se testes adicionais com as equações 5, 6, 7 e 8, as quais não se apresentam no artigo devido ao espaço, em que se separaram os accruals em positivos e negativos, retiraram-se as empresas financeiras e ainda separaram-se as equações por ano. Assim, mesmo com estes testes adicionais, percebeu-se que a assimetria de custos não se associou significativamente com o gerenciamento de resultados e acumulações totais. Ainda que estes testes não tenham sido apresentados formalmente por questão de espaço, observa-se robustez dos resultados do estudo, uma vez que por mais que os conceitos sejam semelhantes entre assimetria de custos e gerenciamento de resultados, constatou-se que ambos os fenômenos ocorrem nas empresas, mas por motivos diferentes e não se associam diretamente. Infere-se, desta forma, que a assimetria de custos não se associa com o gerenciamento de custos utilizando-se contas que envolvem a saída ou entrada de caixa, visto que as acumulações totais (diferença entre lucro líquido e fluxo de caixa) não apresentaram relação com tal comportamento de custos. Isto demonstra que o gerenciamento de resultados e a assimetria de custos se associam com o lucro líquido, entretanto, ambos ocorrem em contas distintas e por motivos diferentes, sendo considerada a assimetria de custos como uma atividade normal de redução de custos e não como um indicativo de gerenciamento de contas contábeis, o que leva à rejeição da hipótese de pesquisa H1: O gerenciamento de resultados mediante escolhas contábeis é, em parte, resultado do comportamento assimétrico dos custos. Este resultado de certa forma contradiz os resultados observados por Banker e Chen (2006), Weiss (2010), Kama e Weiss (2013) e Banker et al. (2016), os quais observaram que a assimetria dos custos, que advém da contabilidade gerencial, apresenta relação com temas investigadas pela contabilidade financeira, como previsão de lucros (Banker & Chen, 2006; Weiss, 2010), metas de lucro (Kama & Weiss, 2013) e conservadorismo contábil (Banker et al., 2016). Discussões e Considerações Finais A presente pesquisa teve por objetivo analisar a relação entre comportamento assimétrico dos custos e a prática de gerenciamento de resultados de empresas brasileiras. Para isto adotou-se metodologia descritiva, documental e quantitativa. A amostra do estudo correspondeu 340 empresas listadas na BM&FBovespa, no período de 2008 a 2015, perfazendo um total de observações. Os resultados evidenciaram que as empresas brasileiras apresentaram gerenciamento de resultados no período analisado, sendo que nos anos 2009, 2011 e 2012, a tendência foi do uso de tal prática para aumentar os resultados, enquanto que nos anos de 2008, 2010, 2013, 2014 e 2015 a tendência foi de gerenciamento de resultados para diminuir os resultados. Em relação à detecção da assimetria dos custos, observou-se que as empresas brasileiras analisadas apresentaram assimetria dos custos nos anos investigados, em que tal prática decorre de atividades operacionais do negócio da empresa. Dado este dois resultados, considera-se que as empresas analisadas possuem um lucro contábil que é impactado pelas práticas gerenciais oportunistas (GR), e também pelo comportamento assimétrico dos custos. Infere-se desta forma, a relação indireta entre a assimetria dos custos e o GR, devido à influência que ambas exercem sobre o lucro contábil. Ao testar a influência da assimetria dos custos no GR, observou-se que esta não possui relação direta significativa tanto nas acumulações discricionárias, quanto nas acumulações 13

14 totais (diferença entre lucro líquido e fluxo de caixa). Isso demonstra que assimetria dos custos influencia o lucro nas contas normais que intervêm no resultado da empresa, em decorrência de atividades operacionais usuais da empresa, enquanto que o GR é realizado nas contas discricionárias que podem ser manipuladas para reportar um lucro contábil mascarado. Observou-se que o endividamento da empresa influenciou a redução da prática oportunista dos gestores, devido possivelmente ao motivo de os contratos de empréstimos requisitarem maior qualidade da informação contábil. Também que o tamanho da empresa e a rentabilidade do patrimônio líquido se associaram com o aumento da prática de GR, possivelmente pela pressão dos custos políticos. Conclui-se que o comportamento assimétrico dos custos e a prática de gerenciamento de resultados, apesar de estarem interligados indiretamente pelos accruals totais, são praticados por motivos distintos, e, portanto, não apresentam associação significante. Desse modo, as práticas usuais da empresa que interferem no comportamento assimétrico dos custos não apresentam interferência na mensuração do comportamento oportunista de gestores, neste caso, pela prática de gerenciamento de resultados mediante atividades reais. Ademais, a alocação dos custos ao CPV não retratam reflexos significativos na mensuração dos accruals totais. Por fim, o grau de assimetria dos custos não é induzido e nem induz a mensuração do comportamento oportunista para o reporte de resultados mascarados. Os resultados da presente pesquisa fornecem importantes conclusões que contribuem para a área da contabilidade gerencial e contabilidade financeira, entretanto não se esgotou o assunto no presente estudo, visto que apresenta limitações como análises do GR somente por acumulações agregadas e por meio de um modelo somente, da mesma forma, foram analisadas a assimetria dos custos somente pelo prisma de um modelo. Entretanto, tais limitações não comprometem os resultados, visto que decorrem de escolhas dos pesquisadores, e fornecem novos insights a nível nacional da associação entre estas duas áreas de pesquisa. Desta forma, sugere-se como pesquisa futura, o aprofundamento da análise entre assimetria dos custos com o GR, por meio de outros modelos não investigados no presente estudo, como GR por contas específicas, GR real, assimetria dos custos com base em modelos tradicionais e também em amostras diferenciadas. Também, caso em estudos futuros ambos os temas demonstrarem relação direta por meio do lucro contábil, poder-se-á criar um modelo que neutralize a assimetria dos custos dentro do GR ou vise e versa, conforme os resultados encontrados. Referências Anderson, M. C., Banker, R. D. & Janakiraman, S. N. (2003). Are selling, general, and administrative costs sticky?. Journal of Accounting Research, 41(1), Banker, R. D., Basu, S., Byzalov, D. & Chen, J. Y. (2016). The confounding effect of cost stickiness on conservatism estimates. Journal of Accounting and Economics, 6(1), Banker, R. D. & Byzalov, D. (2014). Asymmetric cost behavior. Journal of Management Accounting Research, 26(2), Banker, R. D. & Chen, L. (2006). Predicting earnings using a model based on cost variability and cost stickiness. The accounting review, 81(2),

15 Baptista, E. M. B. (2008). Análise do perfil das empresas brasileiras segundo o nível de gerenciamento de resultados. 303 f. Tese (Doutorado em Administração) - Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul. Bushman, R., Chen, Q., Engel, E. & Smith, A. (2004). Financial accounting information, organizational complexity and corporate governance systems. Journal of Accounting and Economics, 37(2), Calleja, K., Steliaros, M. & Thomas, D. C. (2006). A note on cost stickiness: Some international comparisons. Management Accounting Research, 17(2), Cannon, J. N. (2014). Determinants of sticky costs : An analysis of cost behavior using United States air transportation industry data. The Accounting Review, 89(5), Chen, C. X., Lu, H. & Sougiannis, T. (2012). The agency problem, corporate governance, and the asymmetrical behavior of selling, general, and administrative costs. Contemporary Accounting Research, 29(1), Via, N. D. & Perego, P. (2014). Sticky cost behavior: evidence from small and medium sized companies. Accounting & Finance, 54(3), Dechow, P. M., Sloan, R. G. & Sweeney, A. P. (1995). Detecting earnings management. The Accounting Review, Doyle, J. T., Ge, W. & Mcvay, S. (2007). Accruals quality and internal control over financial reporting. The Accounting Review, 82(5), Goulart, A. M. C. (2007). Gerenciamento de resultados contábeis em instituições financeiras no Brasil. 219 f. Tese (Doutorado em Ciências Contábeis) - Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo. Hansen, D. R. & Mowen, M. M. (2001). Gestão de Custos. 3ª Edição. São Paulo: Thomson Learning, He, D., Teruya, J. & Shimizu, T. (2010). Sticky selling, general and administrative cost behavior and its changes in Japan. Global Journal of Business Research, 4(4), Healy, P. M. & Wahlen, J. M. (1999). A review of earnings management literature and its implications for standard setting. Accounting Horizons, 13, Jones, J. J. (1991). Earnings management during import relief investigations. Journal of Accounting Research, Kama, I. & Weiss, D. (2013). Do earnings targets and managerial incentives affect sticky costs?. Journal of Accounting Research, 51(1), Leuz, C. (2003). IAS versus US GAAP: information asymmetry based evidence from Germany's new market. Journal of Accounting Research, 41(3),

16 Leuz, C., Nanda, D. & Wysocki, P. (2003). Investor protection and earnings management: An international comparison. Journal of Financial Economics, 69(3), Malik, M. (2012). A review and synthesis of cost stickiness literature. Social Science Research Network, Martinez, A. L. (2006). Minimizando a variabilidade dos resultados contábeis: estudo empírico do income smoothing no Brasil. Revista Universo Contábil, 2(1), Paulo, E. (2007). Manipulação das informações contábeis: uma análise teórica e empírica sobre os modelos operacionais de detecção de gerenciamento de resultados. 269 f. Tese (Doutorado em Contabilidade) - Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo. Porporato, M. & Werbin, E. M. (2010). Active cost management in banks: evidence of sticky costs in Argentina, Brazil and Canada. AAA Management Accounting Section (MAS) Meeting Paper. Disponível em: org/ /ssrn Schipper, K. (1989). Commentary on earnings management. Accounting Horizons, 3(4), Subramaniam, C. & Weidenmier, M. L. (2003). Additional Evidence on the Sticky Behavior of Cost. In: M. J. Neeley School of Business. Texas Christian University. Weiss, D. (2010). Cost behavior and analysts' earnings forecasts. The Accounting Review, 85(4), Watts, R. L., & Zimmerman, J. L. (1990). Positive accounting theory: a ten year perspective. Accounting review,

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