CONTABILIDADE BÁSICA I. Profª. Msc Nirlene Aparecida Carneiro Fernandes Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete
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- Pedro Henrique de Barros Bergmann
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1 CONTABILIDADE BÁSICA I Profª. Msc Nirlene Aparecida Carneiro Fernandes Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete 2016
2 UNIDADE 1 PANORAMA GERAL DA CONTABILIDADE 1.1 Conceito e Objetivo; 1.2 Origem e Evolução; 1.3 Campo de Atuação; 1.4 Usuários da Contabilidade; 1.5 Finalidade da Informação Contábil; 1.6 Princípios e Normas Contábeis.
3 Conceito e objetivo da Contabilidade Contabilidade é uma ciência social aplicada com metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar fenômenos que afetam situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade. Seu objetivo é informar a situação econômica e financeira da entidade para os seus diversos usuários.
4 Origem e Evolução da Contabilidade VÍDEO A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
5 Origem e Evolução da Contabilidade Não há como dizer exatamente como a contabilidade nasceu ou quem a criou, porém seu desenvolvimento foi sendo estimulado através de diversas transformações da humanidade. As escolas de pensamento contábil contribuíram com essas transformações através de suas importantes pesquisas. Publicação do primeiro livro impresso que apresentava o sistema contábil. Foi impresso em 1494, em Veneza, na Itália, e é de autoria do frei franciscano Luca Pacioli, que tornou Veneza imortal para o estudo da Contabilidade.
6 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil 1850 Lei nº 556 (Código Comercial Brasileiro) apesar de não trazer normas de escrituração contábeis, determinava que todos os comerciantes fossem obrigados a seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração e ter os livros para esse fim específico. O capítulo relativo às sociedades comerciais foi revogado pela Lei nº /02, que instituiu o novo Código Civil Associação dos Guarda-Livros da Corte, sendo reconhecido oficialmente no ano seguinte pelo Decreto Imperial nº 4.475, este fato foi importante, pois estava constituído o guarda-livros, como a primeira profissão liberal do Brasil.
7 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil 1940 Decreto-lei nº instituiu a primeira Lei das Sociedades Anônimas, trazendo algumas regras para avaliação de ativos e distribuição de lucros, revogada mais tarde pela Lei nº 6.404/ Decreto nº criou o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e regulamentou as profissões de Contador e de Técnico em Contabilidade. Foi criada a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP Lei nº a nova Lei das Sociedades Anônimas (LSA) estabelece, dentre outras normas, as principais práticas contábeis a serem seguidas pelas S.A. Revoga o Decreto-Lei nº 2.627/40.
8 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil 1981 Resolução CFC nº 530 aprova a NBC T-1, estabelecendo os Princípios Fundamentais de Contabilidade, mais tarde atualizados pela Resolução CFC nº 750/ Resolução CFC nº 750 aprova os Princípios Fundamentais de Contabilidade, os quais a partir de 2010 passam a ser denominados Princípios de Contabilidade Lei instituiu o novo Código Civil. Esta Lei revogou o capítulo relativo às Sociedades Comerciais constante na Lei nº 556/1850 (Código Comercial), estabelecendo novas normas quanto à organização das empresas e suas obrigações, incluindo aspectos relacionados à escrituração contábil.
9 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil 2005 Criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), através da Resolução CFC nº 1.055/05, com o objetivo de estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.
10 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil Entidades que compõem o CPC: ABRASCA Associação Brasileira das Companhias Abertas; APIMEC NACIONAL Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; BM&FBOVESPA Bolsa de Valores, Mercados e Futuros; CFC Conselho Federal de Contabilidade; IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras.
11 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil Participam como convidados das reuniões do CPC representantes dos seguintes órgãos reguladores: CVM - Comissão de Valores Mobiliários; BACEN - Banco Central do Brasil; SUSEP - Superintendência de Seguros Privados; RFB - Receita Federal do Brasil; FEBRABAN Federação Brasileira de Bancos; CNI Confederação Nacional da Indústria.
12 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil 2007 Lei nº /07 - estabelece profundas modificações na forma de contabilização e evidenciação dos fatos contábeis das sociedades anônimas e das sociedades de grande porte, fazendo-as convergir para os padrões internacionais de contabilidade. O CPC passa a emitir os primeiros Pronunciamentos Contábeis, a partir da tradução e adaptação das normas internacionais IFRS (International Financial Reporting Standard) emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board).
13 Origem e Evolução da Contabilidade A Contabilidade no Brasil 2008 Medida provisória nº 449/08, transformada na Lei nº /09, traz novas alterações na LSA, em especial no capítulo relativo às demonstrações contábeis com vistas ao processo de convergência às normas internacionais.
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22 Campo de Atuação da Contabilidade A Contabilidade pode ser aplicada a qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, com finalidades lucrativas ou não, que tenha necessidade de exercer atividades econômicas para alcançar suas finalidades. Exemplos: Pessoas físicas; Entidades de finalidades não lucrativas; Empresas com finalidades lucrativas; Pessoa de Direito Público: Município, Estado, União.
23 Usuários da Contabilidade Sócios e Acionistas Média e Alta Administração Governo Empregados em geral Fornecedores em geral Bancos (como financiadores de recursos) Pessoas físicas Rentabilidade e segurança de seus investimentos. Retorno sobre o Ativo, Retorno sobre o PL, Situação de Liquidez, endividamento e muitas outras informações necessárias à tomada de decisão. Lucro Tributável / Produtividade. Fluxo de caixa capaz de assegurar maiores remunerações e benefícios. Situação do fluxo de caixa e capacidade de pagamento. Situação do fluxo de caixa e capacidade de pagamento e cenários projetados. Controle, ordem e equilíbrio de seus orçamentos.
24 Usuários da Contabilidade PROCESSO CONTÁBIL Administração Investidores Bancos Governo Outros interessados Coleta de dados Registro de dados Relatórios Usuários (tomada de decisão)
25 Finalidades da Informação Contábil Planejamento: escolhe, dentre várias, qual a melhor alternativa de ação; Controle: processo pelo qual a alta administração se certifica de que a organização está agindo em conformidade com seus planos e políticas traçados; Auxílio no processo decisório: tomada de decisões já planejadas ou decisões corretivas quando o controle evidencia falhas em relação ao que foi planejado.
26 Princípios e Normas Contábeis Os princípios de contabilidade constituem o campo conceitual em que a contabilidade se apoia para atingir seus objetivos. No Brasil recebem o nome de Princípios de Contabilidade e estão dispostos na Resolução CFC nº 750/1993 (detalhamentos na Resolução CFC nº 774/1994) e Resolução CFC nº 1.282/2010. São eles: Princípio da Entidade; Princípio da Continuidade; Princípio da Oportunidade; Princípio do Registro pelo Valor Original; Princípio da Competência; e Princípio da Prudência.
27 Princípios e Normas Contábeis PRINCÍPIO DA ENTIDADE Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição (art. 4º da resolução CFC nº 750/93).
28 Princípios e Normas Contábeis PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância (art. 5º da resolução CFC nº 750/93).
29 Princípios e Normas Contábeis PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação (art. 6º da resolução CFC nº 750/93).
30 Princípios e Normas Contábeis PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: I Custo histórico; e II Variação do custo histórico: uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente; b) Valor realizável; c) Valor presente; d) Valor justo; e e) Atualização monetária (art. 7º da resolução CFC nº 750/93).
31 Princípios e Normas Contábeis PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas (art. 9º da resolução CFC nº 750/93).
32 Princípios e Normas Contábeis PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA Determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais (art. 10º da resolução CFC nº 750/93).
33 Princípios e Normas Contábeis EXERCÍCIO 1) Tendo como base os Princípios de Contabilidade, complete as seguintes frases: (a) O princípio contábil que atribui às entidades personalidade própria, distinta da dos sócios é o princípio da.... (b) A apropriação ao fim de um período, de despesas incorridas como depreciação, amortização, salários, etc. é um procedimento que corrobora com o princípio da....
34 Princípios e Normas Contábeis EXERCÍCIO (c) Os registros contábeis devem ser efetuados na ocasião em que ocorrem as respectivas transações. Isso é uma consequência clara do princípio contábil da.... (d) O princípio que considera a entidade como estando em constante movimento, gerando riquezas e direitos e contraindo obrigações é o princípio da.... (e) A regra de adotar o menor valor para os componentes do ativo e o maior valor para os componentes do passivo; bem como os maiores valores para as despesas e os menores para as receitas corrobora com o princípio da....
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