Eutanásia: um debate sobre a dor humana

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1 Eutanásia: um debate sobre a dor humana Sebastião Bertoldo Tigre Filho Resumo: Pensando na realidade da vida moral da sociedade hodierna, pretendemos, neste artigo, fazer um estudo sobre a eutanásia, explicitando o seu conceito e fazendo algumas considerações a respeito do tema. Dessa forma, discutiremos também sua relação com a dor e a diferenciação entre eutanásia e distanásia, a fim de oferecer uma opinião mais fundamentada sobre o assunto. Palavras-chave: Eutanásia. Dor. Distanásia. Doença. Morte. Considerações iniciais O tema da eutanásia vem ganhando espaço na sociedade hodierna devido à lógica do prazer, a qual está se tornando, dia após dia, mais imperativa entre as diversas culturas. Essa ideologia se concentra na tentativa de afastar o sofrimento da convivência social. No entanto, junto ao prazer e a essa recusa do sofrimento, cresce também o medo da morte. Por isso, as pessoas que não querem sofrer buscam, paradoxalmente, a todo custo, prolongar a própria vida, caracterizando outro fenômeno bastante discutido na atualidade: a distanásia. Diante desse panorama, tentaremos expor, neste artigo, algumas considerações, ou mesmo explicitações, sobre o que é a eutanásia, para, dessa forma, chegarmos a uma deliberação mais elaborada e consistente do tema, que se tornou tão importante para o mundo contemporâneo. Ao longo da reflexão desenvolvida neste trabalho, apresentaremos nossa opinião sobre o assunto tendo como base o magistério da Igreja. Para iniciarmos essa discussão, abordaremos primeiramente as circunstâncias implicadas na problemática da dor, que é o motivo mais frequente dos casos de procura pela eutanásia. Licenciado em Filosofia, pelo Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA), graduando em Teologia, pela Faculdade Católica de Fortaleza (FCF). Trabalho desenvolvido ma disciplina de Bioética, I, orientado pelo Prof. Dr. Pe. Marcos Mendes de Oliveira.

2 2 O medo da dor A princípio, a dor não é algo ruim para o ser humano. Ela tem, pelo contrário, a função de emitir o alerta de que algo não vai bem com o nosso organismo. Tratase de uma sensação negativa, uma percepção e, portanto, um sentimento vindo de algum dano sofrido pelo corpo. 1 A partir dessa definição, infere-se que a pessoa não pode escolher sentir dor ou não; simplesmente, ela sente a dor quando está doente. É justamente esta a grande questão inerente à dor: a doença. Ninguém escolhe ficar doente, mas todas as pessoas estão propensas a adoecer sempre. Como não se pode optar por ficar doente ou não, procura-se, de todas as maneiras, evitar esse mal. No entanto, em certos casos, isso não é possível e, por esse motivo, vêm a agonia, a angústia e o sofrimento, tudo em decorrência da dor. A seguinte afirmação, de Luis Antonio Bento, corrobora essa perspectiva: Uma pessoa se encontra com a dor, não a procura. A doença a precede e a acolhe e, assim, a pessoa se encontra ferida. Em outras palavras: ninguém pede para ficar doente ou busca a doença. O ser humano de todos os tempos e culturas sempre procurou e procura uma resposta ao sentido do sofrimento humano, em especial. 2 Como não existe uma sentença absoluta sobre o sentido da dor e, também, na maioria das vezes, é impossível evitá-la, o ser humano, levado pela lógica do prazer, tenta acabar com a dor a todo custo. É exatamente nessa pretensão de aniquilar o sofrimento que se insere a eutanásia, como afirmam Sada e Monroy: A eutanásia surge como algo de razoável nas sociedades que, por influência do materialismo, entendem a vida humana só em termo de prazer. Com esta mentalidade, chega-se pouco a pouco a determinar quais as vidas que têm valor e quais as que podem ser suprimidas. Um mínimo sentido de humanidade permite ver que o que acabamos de referir não é progresso, mas retrocesso, marcha-atrás. 3 Por meio dessas informações, já se pode perceber que a eutanásia envolve algo mais que a dor. Ela também está relacionada à vida, ao que pensamos dela e ao que queremos fazer com ela. Tendo isso em mente, focaremos agora em nosso objeto de estudo. 1 BENTO, Luis Antonio. Bioética: desafios éticos no debate contemporâneo. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2008, p (Coleção Ética). 2 BENTO, Luis Antonio. Bioética: desafios éticos no debate contemporâneo. p SADA, Ricardo & MONROY, Alfonso. Curso de Teologia Moral. Tradução de José Coutinho de Brito. 3. ed. Lisboa: Rei dos Livros, 1998, p. 177.

3 3 Eutanásia: a interrupção da vida A palavra eutanásia significa boa morte, o que não pode ser visto como algo ruim, pois todos têm direito a uma boa morte. Todavia, é preciso esclarecer que o direito a uma boa morte não significa procurá-la do jeito desejado, mas indica morrer com serenidade, dignidade humana e cristã. 4 É preciso esclarecer, no entanto, que, se a palavra eutanásia denota algo bom, a medida científica que é expressa por ela, por outro lado, não tem a mesma característica. Em virtude disso, o termo eutanásia adquiriu um sentido distinto, de valor negativo, a partir do século XX, pois passou a indicar uma ação em que a vida é ceifada por causa da dor, conforme declara a estudiosa Fátima Oliveira: A palavra eutanásia somente no século XX passou a ter conotação pejorativa e passou, pouco a pouco, a representar mero eufemismo para significar a supressão indolor da vida voluntariamente provocada de quem sofre, ou poderia vir a sofrer de modo insuportável. 5 Essa questão, contudo, é ainda um pouco mais complexa. O debate em torno da eutanásia envolve algumas especificidades dessa ação, pois ela pode ser ativa e passiva, direta e indireta. Essas distinções se fazem necessárias por causa da moral e do direito que versam sobre tal questão. Segundo Nilo Agostini, A eutanásia ativa é a que busca de maneira direta, por meio de substâncias letais, colocar um termo à vida de uma pessoa desenganada. A eutanásia passiva é a que suspende os meios que poderiam manter a pessoa em uma vida, mesmo que apenas vegetativa ou por tempo limitado [...]. 6 Tanto a ação ativa quanto a passiva são repelidas pela Igreja, pois, nos dois casos, considera-se que a morte é provocada, como afirma a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé em sua Declaração sobre a eutanásia : Por eutanásia, entendemos uma acção ou omissão que, por sua natureza ou nas intenções, provoca a morte a fim de eliminar toda a dor. A eutanásia 4 BENTO, Luis Antonio. Bioética: desafios éticos no debate contemporâneo. p Sobre esse assunto, é possível encontrar mais esclarecimentos no artigo intitulado Direito à morte digna: Eutanásia e morte assistida, Escrito por Marcio Sampaio Mesquita Martins e publicado no site 5 OLIVEIRA, Fátima. Bioética: uma face da cidadania. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006, p (Coleção Polêmica). 6 AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral o que você precisa viver e saber. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997, p. 237.

4 4 situa-se, portanto, ao nível das intenções e ao nível dos métodos empregados. 7 Outra distinção geralmente feita é entre a eutanásia direta e a indireta. Quanto a esse segundo tipo, define-se como [...] a ação que produz a morte sem ter sido esta a intenção, por exemplo, ao administrar uma superdose de sedativos para aliviar as dores do paciente, não para matá-lo. 8 Por isso, a Igreja não considera um ato condenável, tendo em vista que o resultado dessa ação se distancia daquilo que a originou. No caso da eutanásia direta, a Igreja também se embasa na fé para construir uma posição muito clara sobre o assunto, conforme nos explica Fátima Oliveira: A posição da Igreja quanto à eutanásia direta é também uma atitude de fé. [...] A eutanásia direta, que consiste em dar fim à vida (por ação ou omissão de ação de vida) de pessoas doentes, moribundas ou disformes, sejam quais forem os motivos invocados, inclusive a pedido livre destas, é, pois, um homicídio moralmente inaceitável [...] A lógica da eutanásia é, pois, em seus prolongamentos, monstruosa. (Essa é a opinião de Dom Luciano Mendes de Almeida, então presidente da CNBB, em entrevista ao Jornal do Cremesp ano XIV, nº 87, junho/1994. p. 3.). 9 Isso não quer dizer que os médicos não tenham o direito, junto com os pacientes, de tentar atenuar a dor. Pelo contrário, acreditamos ser esse o papel da medicina, mesmo sabendo que, em certas situações, a aplicação de remédios pode levar à perda de consciência. A respeito dessa questão, Ricardo Sada esclarece que Em alguns casos, a atenuação da dor pode levar à perda da consciência porque o doente fica num estado inconsciente, em que deixa de sofrer. Para ser lícita ou moral esta supressão da consciência, deve o doente querê-la e deve ser resultado indirecto do tratamento terapêutico; normalmente, isto é sempre possível. 10 Semelhante à eutanásia indireta, no caso supracitado, não há nenhuma intenção direta de colocar o doente em estado de inconsciência, por isso, não se pode imputar delito. Já a forma direta da eutanásia se opõe claramente a essa situação, o que se depreende do excerto a seguir: 7 SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. Declaração sobre a eutanásia. Disponível em: _ _euthanasia_po.html>. Acesso em: 22 fev AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral o que você precisa viver e saber. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997, p OLIVEIRA, Fátima. Bioética: uma face da cidadania. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006, p. 31. (Coleção Polêmica). 10 SADA, Ricardo & MONROY, Alfonso. Curso de Teologia Moral.. p

5 5 Pelo contrário, a eutanásia, que procura causar diretamente a morte (sem dor) a um doente incurável, a um inválido ou a um velho, nunca é lícita quaisquer que sejam as razões aduzidas. A eutanásia, inventada pela piedade pagã, não é mais que um assassínio encoberto, que a moral cristã reprova. 11 Apesar de considerar tais opiniões, todas embasadas no Magistério da Igreja, não podemos afirmar, de forma alguma, que essa situação é fácil de ser avaliada ou mesmo vivida. De fato, escolher entre o sofrimento e a morte é algo muito difícil para qualquer pessoa, pois todo ser humano luta, a cada dia, para viver. A questão da eutanásia é extremamente complexa até para os médicos, que convivem diariamente com a doença e a dor. Frei Nilo Agostini, em seu livro sobre Teologia Moral, revela-nos um pouco do dilema enfrentado por esses profissionais: Na vida do médico, a eutanásia aparece como uma tentação constante. Não há médico para quem o problema da eutanásia não se ponha de um modo grave e angustiante. Diante de um doente que grita dia e noite, e que a gente sabe desenganado, como não se sentir tentado a usar analgésicos além das doses inofensivas, já que o risco consiste em antecipar por alguns dias uma morte inevitável e, aliás, desejada como uma libertação para estes casos? É o que escrevia H. Duchesne, já em Porém, este não é um problema dos médicos apenas, mas também das pessoas que buscam nortear-se pelos princípios cristãos. Por que a morte inevitável não poderia ser apressada quando o sofrimento é demasiado? Por que em certos casos a morte não poderia ser encarada como libertação de um peso de uma vida aparentemente inútil? Por que não atender ao menos àqueles que pedem a morte? No passado, os métodos poderiam ser até chocantes, mas hoje...! Eis algumas questões muito comuns e que exigem uma resposta adequada. 12 Diante de tantas indagações, torna-se necessário deixar claro que não se deve, no entanto, confundir a eutanásia com a omissão dos meios extraordinários para prolongar a vida de um doente que sofra de um processo patológico irreversível. 13 Em outras palavras, deve-se distinguir a prática da eutanásia da negação da distanásia, pois, em certos momentos, é preciso ter a sabedoria e a coragem de deixar o processo da vida terminar naturalmente. Por isso, torna-se mister tratar desse outro fenômeno corrente em nossa sociedade, que também é pecaminoso e delituoso: a distanásia. 11 SADA, Ricardo & MONROY, Alfonso. Curso de Teologia Moral. p. 176). 12 AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral o que você precisa viver e saber. p SADA, Ricardo & MONROY, Alfonso. Curso de Teologia Moral. p. 176.

6 6 Distanásia: o prolongamento da vida Enquanto a eutanásia se define como a morte causada com a intenção de sanar a dor, a distanásia é o prolongamento da vida por meio de recursos artificiais, mesmo quando o quadro da doença é irreversível e a morte é iminente. No excerto a seguir, Luis Antonio Bento aprofunda ainda mais essa distinção: A distanásia é a morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento. Alguns autores assumem a distanásia como sendo o antônimo de eutanásia. Novamente, surge a possibilidade de confusão e ambiguidade. A qual eutanásia estão se referindo? Se for tomado apenas o significado natural das palavras quanto à sua origem grega, certamente são antônimas. Se o significado de distanásia for entendido como prolongar o sofrimento, ele se opõe ao de eutanásia, que é utilizado para abreviar tal situação. Porém, se for assumido o seu conteúdo moral, ambas convergem. Tanto a eutanásia quanto a distanásia são tidas como sendo eticamente inadequadas. 14 Nesse sentido, a distanásia resulta em um erro que, em situação moral, é tão impróprio quanto o proveniente da eutanásia, pois esta quer acabar com o sofrimento tirando a vida e a outra quer prolongar a vida aumentando o sofrimento e anulando o direito de ter a própria vida seguindo seu curso natural. Portanto, como defende Ricardo Sada, ambas devem ser repelidas: Qualquer que seja o modo de a praticar, é acto imoral, mesmo que seja com consentimento do enfermo, porque, como já vimos, Deus é o único Senhor da vida e da morte. Nenhum motivo menos ainda uma falsa compaixão a pode justificar. 15 Como já ressaltamos anteriormente, essas questões não são simples a ponto de se tomar uma decisão prontamente em tais casos. Elas requerem conhecimento de causa para se poder chegar a um discernimento que leve à decisão correta em situações reais. O certo é que todo doente deve ser cuidado até o estágio da vida em que a natureza o permitir. Sobre isso, Frei Nilo Agostini, usando os argumentos da Congregação para a Doutrina da Fé, declara o seguinte: Habitualmente, a Igreja defende o direito e o dever de se empregar os meios necessários para preservar a vida e a saúde. Os meios necessários são traduzidos também como os meios ordinários, ou seja, que não signifiquem nenhum ônus extraordinário para si ou para outrem (o que muda segundo as circunstâncias de pessoas, lugares, épocas e culturas). Isto é o mesmo que dizer que em toda e qualquer circunstância devem ser mantidos os meios ordinários (alimentação, medicamentos e recursos usuais...) para a sobrevivência da pessoa. Há circunstâncias, no tocando ao 14 BENTO, Luis Antonio. Bioética: desafios éticos no debate contemporâneo. p SADA, Ricardo & MONROY, Alfonso. Curso de Teologia Moral. p. 176.

7 7 uso de meios extraordinários, que a atitude cristã diante da vida e da morte pede que deixemos a natureza seguir o seu curso; não se trata aqui de suspensão dos meios ordinários. A declaração sobre a eutanásia da Congregação da Doutrina da Fé prefere falar em meios proporcionados e desproporcionados dizendo que os meios poderão ser bem avaliados, comparando-se o tempo de terapia, o grau de dificuldade e de risco que ela comporta, as despesas necessárias e as possibilidades de aplicação com o resultado que se pode esperar, levando-se em conta as condições dos doentes e de suas forças físicas e morais. 16 É importante esclarecer que, nesses casos, estão incluídos apenas os doentes que se encontram em quadros irreversíveis, com o organismo executando somente as funções vegetativas, não havendo mais a possibilidade de retorno das condições normais. Considerando isso, a Teologia Moral defende que No caso da distanásia, podemos também dizer que o médico tem o dever de usar os meios ordinários para evitar a morte e prolongar a vida. No entanto, no caso de um paciente imerso em estado de coma prolongado e irreversível, com as funções apenas vegetativas, numa vida puramente artificial, sem esperança de melhora ou recuperação, os meios extraordinários podem ser suspensos. Em quando se constata a morte cerebral, eles devem ser suspensos (cf. EV, nº 65). 17 Como afirmamos na primeira parte deste trabalho, todos esses problemas sociais estão intimamente ligados à dor. Por isso, para que essas questões possam ser trabalhadas, é de extrema urgência que a sociedade desenvolva mais a sua relação com a dor e aprenda a conviver melhor com ela, conforme podemos inferir a partir do excerto a seguir: A convivência com a dor é uma atitude madura diante de uma doença que não se pode superar, ou de uma morte que vem inexoravelmente ao encontro. Também quem sofre assim pode realizar-se e viver a própria dignidade. Para entender o sentido da dor, ocorre, todavia, estar seguro de que qualquer coisa existe e resiste além dela, e que numa ordem de valores absolutos a dor é relativa. 18 De fato, a convivência com a dor de maneira serena é fruto de uma maturidade de vida que leva a pessoa a ter condição de, pelo menos, imaginar quais são os valores que realmente devem ser considerados, buscados e aceitos. Nesse sentido, conclui-se que a nossa sociedade pode ser qualificada como imatura, pois não consegue conviver com a dor. 16 AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral o que você precisa viver e saber. p AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral o que você precisa viver e saber. p BENTO, Luis Antonio. Bioética: desafios éticos no debate contemporâneo. p. 158.

8 8 Considerações finais Iniciamos o nosso trabalho falando da lógica do prazer para chegar, assim, à eutanásia e, daí, encontrar o outro extremo, representado pela distanásia. Dessa reflexão, podemos destacar a afirmação de que se tratam de questões sérias que devem ser vistas com muito respeito devido a sua complexidade. Explicamos que, enquanto a eutanásia se define como a morte causada com a intenção de sanar a dor, a distanásia é o alongamento da vida por meio de recursos artificiais, mesmo quando o quadro da enfermidade é irreversível e a morte é iminente. Atrelada a tais questões está a dor. É a dor a causa da eutanásia e também da distanásia. No caso desta última, a dor é das pessoas que não conseguem deixar seus entes queridos partirem em paz. Nesse caso, pode ser considerada uma postura egoísta e extremamente imatura. Conforme expomos, tal tema, a imaturidade afetiva, também perpassa essas questões. Concluímos, destarte, nosso trabalho, reafirmando suas premissas, que foram apresentadas ainda na introdução. Todas essas questões são criação da sociedade hodierna, que busca o prazer a todo custo. Agindo assim, esquece de aprender a viver e, especialmente, esquece que é preciso conviver com a dor, a qual é inerente à condição humana, quer aceitemos ou não. Por fim, depreende-se que a dor é nossa companheira e pode nos ensinar muito sobre a vida, se dermos espaço suficiente para ela. Referências Bibliográficas AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral o que você precisa viver e saber. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, BENTO, Luis Antonio. Bioética: desafios éticos no debate contemporâneo. 1. ed. São Paulo: Paulinas, (Coleção Ética). OLIVEIRA, Fátima. Bioética: uma face da cidadania. 2. ed. São Paulo: Moderna, (Coleção Polêmica). SADA, Ricardo & MONROY, Alfonso. Curso de Teologia Moral. Tradução de José Coutinho de Brito. 3. ed. Lisboa: Rei dos Livros, 1998.

9 9 SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. Declaração sobre a eutanásia. Disponível em: < documents/rc_con_cfaith_doc_ _euthanasia_po.html>. Acesso em: 22 fev MARTINS, Marcio Sampaio Mesquita. Direito à morte digna: Eutanásia e morte assistida. Disponível em: ista_artigos_leitura&artigo_id=8765. Acesso em: 22 fev

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