PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Testamento Vital. Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Biodireito Aula n. 41

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1 Testamento Vital Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Biodireito Aula n. 41

2 Testamento Vital O paciente terminal pode determinar os limites do tratamento que aceita ser submetido, ou seja, pode manifestar sua vontade nas decisões terapêuticas, dividindo a responsabilidade da escolha?

3 Testamento Vital O que vem a ser? Trata-se de um documento feito por qualquer pessoa maior de idade que poderá escolher sobre o seu tratamento quando do não há mais chances de recuperação.

4 O realce do entendimento fica por conta de que não se justifica prolongar um sofrimento desnecessário, em detrimento a qualidade de vida do ser humano, como enxergou o CFM - Conselho Federal de Medicina - expresso na Resolução 1.995/2012.

5 Neste documento, os legisladores do CFM tiveram cuidado de definir três questões:

6 1) A primeira, a decisão do paciente deve ser feita antecipadamente, isto é, antes de ingressar na fase crítica (evento morte).

7 A segunda, que o paciente ao decidir esteja plenamente consciente.

8 A terceira, que sua manifestação prevaleça sobre a vontade dos parentes e dos médicos que o assistem.

9 RESOLUÇÃO CFM nº 1.995/2012 (Publicada no D.O.U. de 31 de agosto de 2012, Seção I, p ) Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes.

10 O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº , de 19 de julho de 1958, e pela Lei nº , de 15 de dezembro de 2004, e

11 CONSIDERANDO a necessidade, bem como a inexistência de regulamentação sobre diretivas antecipadas de vontade do paciente no contexto da ética médica brasileira;

12 CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a conduta do médico em face das mesmas;

13 CONSIDERANDO a atual relevância da questão da autonomia do paciente no contexto da relação médicopaciente, bem como sua interface com as diretivas antecipadas de vontade;

14 CONSIDERANDO que, na prática profissional, os médicos podem defrontar-se com esta situação de ordem ética ainda não prevista nos atuais dispositivos éticos nacionais;

15 CONSIDERANDO que os novos recursos tecnológicos permitem a adoção de medidas desproporcionais que prolongam o sofrimento do paciente em estado terminal, sem trazer benefícios, e que essas medidas podem ter sido antecipadamente rejeitadas pelo mesmo;

16 CONSIDERANDO o decidido em reunião plenária de 9 de agosto de 2012, RESOLVE: Art. 1º Definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade.

17 Art. 2º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicarse, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.

18 1º Caso o paciente tenha designado um representante para tal fim, suas informações serão levadas em consideração pelo médico.

19 2º O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.

20 3º As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares.

21 4º O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que lhes foram diretamente comunicadas pelo paciente.

22 5º Não sendo conhecidas as diretivas antecipadas de vontade do paciente, nem havendo representante designado, familiares disponíveis ou falta de consenso entre estes, o médico recorrerá ao Comitê de Bioética da instituição, caso exista, ou, na falta deste, à Comissão de Ética Médica do hospital ou ao Conselho Regional e Federal de Medicina para fundamentar sua decisão sobre conflitos éticos, quando entender esta medida necessária e conveniente.

23 Para Roberto D Ávila, presidente do CFM, a diretiva está diretamente relacionada à possibilidade de ortotanásia, que é a morte sem sofrimento. O procedimento tem prática validada pelo Conselho Federal de Medicina pela Resolução 1805/2006. "Com a Diretiva Antecipada de Vontade, o médico atenderá ao desejo de seu paciente. No entanto, isso acontecerá dentro de um contexto de terminalidade da vida", diz.

24 Para Roberto D Ávila, presidente do CFM, a diretiva está diretamente relacionada à possibilidade de ortotanásia, que é a morte sem sofrimento.

25 O procedimento tem prática validada pelo Conselho Federal de Medicina pela Resolução 1.805/2006. "Com a Diretiva Antecipada de Vontade, o médico atenderá ao desejo de seu paciente.

26 De acordo com o CFM, a nova medida é uma maneira de oferecer ao paciente a chance de expressar sua vontade em ser submetido ou não a tratamentos extenuantes, quando já não há chances de recuperação.

27 A pessoa que optar pelo documento poderá, por exemplo, escolher se quer ser submetida a procedimentos como ventilação mecânica, tratamentos com medicamentos ou cirúrgicos que sejam dolorosos e à reanimação em casos de parada cardiorrespiratória.

28 A controvérsia maior é que como a Resolução é recente, carece de regulamentação no Código Civil, local onde ainda não foi recepcionada. Os médicos que seguirem a mesma não serão naturalmente considerados negligentes.

29 As Resoluções do CFM, embora não tenha força de lei, são consideradas como mandatárias para os médicos.

30 Ao desobedecê-las, pode ser interpretado como quebra do Código de Ética Médica, podendo acarretar sérios contratempos, até cassação da permissão para exercer a Medicina.

31 EUTANÁSIA Aula 42 Prof. Joseval Martins Viana

32 Eutanásia é a ação médica intencional de apressar ou provocar a morte com exclusiva finalidade benevolente de pessoa que se encontre em situação considerada irreversível e incurável, consoante os padrões médicos vigentes, e que padeça de intensos sofrimentos físicos e psíquicos.

33 TIPOS DE EUTANÁSIA a) Eutanásia ativa (positiva, direta) é a ação realizada com o propósito de causar ou acelerar a morte. Exs.: injeção letal ou overdose aplicada por um médico ou por qualquer outra pessoa. (Menina de ouro) Suicídio assistido

34 TIPOS DE EUTANÁSIA b) Eutanásia passiva (negativa, indireta) é a ação negada com o propósito de causar ou acelerar a morte. Ex.: retirar alimentação do paciente em estado vegetativo persistente.

35 TIPOS DE EUTANÁSIA NO QUE DIZ RESPEITO AO CONSENTIMENTO DO ENFERMO a) Voluntária: há expresso e informado consentimento. b) Não voluntária: realizada sem o conhecimento da vontade do paciente; c) Involuntária: realizada contra a vontade do paciente. (Ramón San Pedro) (Ator Javier Barden Espanhol)

36 DISTANÁSIA Distanásia é a tentativa de retardar a morte o máximo possível, empregando, para isso todos os meios médicos disponíveis, ordinários e extraordinários ao alcance, proporcionais ou não, mesmo que isso não signifique causar dores e padecimentos a uma pessoa cuja morte é iminente e inevitável.

37 a) Obstinação terapêutica consiste no comportamento médico de combater a morte de todas as formas, como se fosse possível curar o paciente, em uma luta irracional e desenfreada, sem que se tenha em conta os padecimentos e os custos humanos gerados. b) Tratamento fútil é o emprego de técnicas e métodos extraordinários e desproporcionais de tratamento, incapazes de ensejar a melhora ou cura, mas hábeis a prolongar a vida, ainda que agravando sofrimentos, de forma tal que os benefícios previsíveis são muito inferiores aos danos causados. Terri Shiavo

38 ORTOTANÁSIA Ortotanásia vem do grego (ortos + thanatos = correto + morte = morte natural, literalmente, morte digna). Esse termo é utilizado pelos médicos para definir a morte natural, sem interferência da ciência, permitindo ao paciente morte digna, sem sofrimento, deixando a evolução e percurso da doença. Portanto, evitam-se métodos extraordinários de suporte de vida, como medicamentos e aparelhos em pacientes irrecuperáveis e que já foram submetidos a suporte avançado de vida.

39 Resolução CFM 1.805/06 RESOLVE: Art. 1º É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal. 1º O médico tem a obrigação de esclarecer ao doente ou a seu representante legal as modalidades terapêuticas adequadas para cada situação. 2º A decisão referida no caput deve ser fundamentada e registrada no prontuário. 3º É assegurado ao doente ou a seu representante legal o direito de solicitar uma segunda opinião médica. Art. 2º O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o conforto físico, psíquico, social e espiritual, inclusive assegurando-lhe o direito da alta hospitalar.

40 DIFERENÇA ENTRE EUTANÁSIA PASSIVA E ORTOTANÁSIA Na eutanásia, não há início do processo morte, enquanto o processo morte, na ortotanásia, já se iniciou.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA EUTANÁSIA

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