CONSTRUÇÃO DE TABIQUE NA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA TERRA FRIA DO NORDESTE TRANSMONTANO (AMTFNT)

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1 UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA (ECT), DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL CONSTRUÇÃO DE TABIQUE NA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA TERRA FRIA DO NORDESTE TRANSMONTANO (AMTFNT) José Manuel Gonçalves Martinho Orientadores: Professor Jorge Tiago Queirós da Silva Pinto Professor José Barbosa Vieira Ano Lectivo 2009/2010

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3 UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA (ECT), DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL CONSTRUÇÃO DE TABIQUE NA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA TERRA FRIA DO NORDESTE TRANSMONTANO (AMTFNT) José Manuel Gonçalves Martinho Dissertação apresentada à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil, realizada sob orientação científica do Professor Doutor Jorge Tiago Queirós da Silva Pinto e do Professor José Barbosa Vieira.

4 ÍNDICE ÍNDICE... 1 ÍNDICE DE FIGURAS... 4 ÍNDICE DE TABELAS... 7 AGRADECIMENTOS CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS CAPÍTULO 2 ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA TERRA FRIA DO NORDESTE TRANSMONTANO (AMTFNT) Objectivos Introdução Região de Trás-os-Montes e Alto Douro Evolução do trabalho de investigação A AMTFNT Vinhais Bragança Vimioso Miranda do Douro Particularidades desta região (AMTFNT) Considerações finais CONSTRUÇÕES DE TABIQUE E TRABALHO DE CAMPO Objectivos Introdução Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 1/86

5 3.3. A Construção de tabique Ficha técnica CARACTERIZAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES DE TABIQUE DA AMTFNT Objectivos Introdução Escala de estado de conservação Localização das construções de tabique estudadas Distribuição das construções por Concelho da AMTFNT Tipo de construção Número de pisos Estado de conservação Tipo de elemento de tabique Localização dos elementos construtivos de tabique Tipo de revestimento e acabamento de paredes de tabique Dimensões dos elementos de tabique Esquema de montagem da estrutura de madeira proposto Parede exterior Parede interior Considerações finais CAPITULO 4 ESTUDO LABORATORIAL DOS MATERIAIS Objectivos Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 2/86

6 5.2. Introdução Identificação/caracterização do material enchimento Análise granulométrica Análise SEM/EDS Difracção de raio-x Identificação da espécie de madeira Identificação do tipo de pregos Considerações finais CAPITULO 5 CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 3/86

7 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Subdivisão da área de estudo Figura 2: Fase dos trabalhos Figura 3: Os quatro Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano Figura 4: Brasão e bandeira do Município de Vinhais [15] Figura 5: Brasão e bandeira do Município de Bragança [15] Figura 6: Brasão e bandeira do Município de Vimioso [15] Figura 7: Brasão e bandeira do Município de Miranda do Douro [15] Figura 8: Localização do Parque Natural de Montesinho [16] Figura 9: Vista sobre a Serra de Montesinho Figura 10: Castelo de Bragança Figura 11: Barragem de Miranda do Douro Figura 12: Parede de tabique Figura 13: Representação esquemática de um elemento construtivo de tabique do tipo parede [9] Figura 14: Construção de tabique Figura 15: Ficha técnica adoptada [9] Figura 16: Ficha técnica preenchida Figura 17: Escala de conservação adoptada [6] Figura 18: Exemplos do estado de conservação segundo a escala adoptada Figura 19: Localização esquemática das construções de tabique estudadas Figura 20: Construções de tabique estudadas na AMTFNT Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 4/86

8 Figura 21: Número de construções de tabique por Concelho Figura 22: Tipo de construção Figura 23: Incidências do tipo de construções de tabique da AMTFNT Figura 24: Número de pisos das construções de tabique estudadas Figura 25: Construções de tabique com diferentes pisos Figura 26: Estado de conservação dos elementos de tabique Figura 27: Tipo de elemento construtivo de tabique Figura 28: Localização do elemento construtivo de tabique das construções estudadas Figura 29: Tipos de revestimento exterior Figura 30: Tipo de revestimento e de acabamento exterior de paredes de tabique Figura 31: Secção transversal da ripa horizontal Figura 32: Pormenor das ripas horizontais Figura 33: Esquema de montagem de uma parede exterior de tabique Figura 34: Esquema de montagem de uma parede interior de tabique Figura 35: Amostra para ensaio de granulometria Figura 36: Ensaio de sedimentação Figura 37: Curva granulométrica da Amostra Figura 38: Microscópio de Varrimento Electrónico [19] Figura 39: Amostras para elaboração dos ensaios SEM/EDS Figura 40: Equipamento usado no ensaio de difracção de raio-x [19] Figura 41: Espectro da Amostra Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 5/86

9 Figura 42: Espectro da Amostra Figura 43: Espectro da Amostra Figura 44: espectro da Amostra Figura 45: Espectro da Amostra Figura 46: Espectro da Amostra Figura 47: Espectro da Amostra Figura 48: Espectro da Amostra Figura 49: Amostras de madeira recolhidas durante o trabalho de campo Figura 50: Pregos de ligação dos elementos de madeira na construção Figura 51: Amostras de pregos preparadas para ensaios Figura 52: Equipamentos usados na preparação das amostras de pregos Figura 53: Microestrutura do aço da amostra Figura 54: Esquema de prego Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 6/86

10 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Breve descrição do Município de Vinhais [15] Tabela 2: Breve descrição do Município de Bragança [15] Tabela 3: Breve descrição do Município de Vimioso [15] Tabela 4: Breve descrição do Município de Miranda do Douro [15] Tabela 5: Coordenadas GPS da localização das construções de tabique estudadas [17] Tabela 6: Tipo de construções de tabique Tabela 7: Dimensões globais dos elementos de tabique Tabela 8: Dimensões das tábuas verticais usadas nos elementos de tabique da AMTFNT 48 Tabela 9: Dimensões das ripas horizontais usadas nos elementos de tabique da AMTFNT Tabela 10: Comparação entre largura do elemento de tabique e comprimento das ripas horizontais Tabela 11: Valores médios a adoptar numa parede exterior de tabique Tabela 12: Valores médios a adoptar nas tábuas verticais de uma parede exterior de tabique Tabela 13: Valores médios a adoptar nas ripas horizontais de uma parede exterior de tabique Tabela 14: Valores médios a adoptar numa parede interior de tabique Tabela 15: Valores médios a adoptar nas tábuas verticais de uma parede interior de tabique Tabela 16: Valores médios a adoptar em ripas horizontais de uma parede interior de tabique Tabela 17: Abertura da malha dos peneiros Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 7/86

11 Tabela 18: Classificação dos solos Tabela 19: Fotografias com diferentes resoluções das amostras Tabela 20: Percentagem dos elementos químicos detectados através de SEM/EDS Tabela 21: Composição mineralógica das diferentes amostras Tabela 22: Resultados da identificação da espécie de madeira Tabela 23: Resultado do ensaio de dureza dos pregos Tabela 24: Dados recolhidos e resultados relativos aos pregos Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 8/86

12 AGRADECIMENTOS Pretende-se agradecer à Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e às pessoas abaixo mencionadas que directa ou indirectamente participaram, auxiliaram e motivaram a realização deste trabalho de investigação. Ao Professor Doutor Jorge Tiago Queirós da Silva Pinto e ao Professor José Barbosa Vieira pela orientação e tempo disponibilizados. À Professora Anabela Gonçalves Correia de Paiva, coordenadora do Curso de Engenharia Civil e responsável pelo Laboratório de Materiais e Solos da UTAD, por ter autorizado a utilização do Laboratório de Materiais e Solos. À Engenheira Ana Rita Costa, técnica do Laboratório de Materiais e Solos, da UTAD, pela colaboração na realização dos ensaios de análise granulométrica. Ao Engenheiro Ricardo Jorge e Silva Bento no auxílio na preparação dos mapas em suporte digital. Ao Professor José Luís Cerveira Lousada, do Departamento das Ciências Florestais, na realização dos ensaios de identificação da espécie de madeira. À Unidade de Microscopia Electrónica, em particular, ao Professor Pedro Bandeira Tavares e à Doutora Lisete Fernandes, pelo tempo disponibilizado para a realização dos ensaios de SEM/EDS e de difracção de raio-x. À Professora Paula Luísa Nunes Braga da Silva pelo tempo disponibilizado no Laboratório de Materiais da UTAD, na realização dos ensaios para a identificação do tipo de metal nos pregos. À Carla Patrícia Barbosa Gonçalves pela ajuda na realização dos ensaios laboratoriais e à Cristina Eugénia Vergueiro Paiva pela companhia e ajuda no trabalho de campo. À minha família pelo apoio financeiro e emocional prestado. Por último a todas as pessoas que permitiram a visita às suas habitações, a recolha de amostras e suporte fotográfico. A todos, um muito obrigado. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 9/86

13 1. CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS O presente trabalho de investigação insere-se nas unidades curriculares de Dissertação III e IV, do 2ºAno do Mestrado em Engenharia Civil, do Departamento de Engenharias, da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douto (UTAD) e tem como principal objectivo o estudo da construção de tabique existente na Associação de Municípios de Terra Fria do Nordeste Transmontano (AMTFNT). Está integrado num outro mais alargado que pretende estudar a técnica construtiva de tabique usada na região de Trás-os-Montes e Alto Douro [1-2]. Uma vez que a região em causa é muito extensa, e que o estudo necessita de ser pormenorizado, viu-se necessidade de subdividir a zona territorial. Para o efeito, dividiu-se esta região nas suas seis Associações de Municípios que são a Associação de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano, da Terra Quente Transmontana, Alto Tâmega, Douro Superior, Vale do Douro Norte e Vale do Douro Sul. As Associações de Municípios do Vale do Douro Sul [3-4], do Vale do Douro Norte [5-8], do Alto Tâmega [9-11] e Douro Superior já foram estudadas neste contexto. Em paralelo com o apresentado aqui está a ser desenvolvido outro trabalho de investigação focado na Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana. Os Concelhos de Bragança, de Miranda do Douro, de Vimioso e de Vinhais pertencem à AMTFNT e foram alvo de estudo deste trabalho de investigação. No total, estes Concelhos perfazem uma área territorial de 2838,11 km 2. O tabique é uma das técnicas construtivas tradicionais Portuguesas que usa terra como material de construção. As outras técnicas construtivas mais expressivas que também usam o material terra são o adobe e a taipa. Sendo este um material natural, ecológico, reciclável e económico é, por isso, um material de construção com grande potencial. Em [2] e [9] é possível constatar que o tabique tem uma maior incidência na zona norte do país, o adobe existe com maior frequência na zona centro e no litoral e a taipa abunda na zona sul em especial no Alentejo e no Algarve. Contudo, é muito provável haver uma dispersão generalizada deste tipo de técnicas por todo o país. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 10/86

14 Durante a realização deste trabalho de investigação foi necessário recorrer a uma preparação cuidada do trabalho de campo para que se pudesse optimizar a sua execução. O trabalho de campo consistiu em percorrer os quatro Concelhos pertencentes à região em estudo, localizar as construções de tabique, contactar os respectivos proprietários de forma a obter autorização para aceder às mesmas, efectuar um registo fotográfico e um levantamento das respectivas construções, bem como recolher amostras de material, sempre que possível, para posterior estudo laboratorial. No total foram estudadas trinta e uma construções antigas com elementos construtivos de tabique, o que se considera ser um número representativo aceitável das construções de tabique existentes na região em estudo. Das construções estudadas em apenas oito foi possível recolher amostras de material de enchimento, em cinco recolheram-se amostras de madeira e em quatro amostras de pregos. A recolha de amostras de material dos elementos construtivos de tabique foi talvez a tarefa mais difícil da realização deste trabalho de investigação atendendo a que a autorização por parte dos proprietários das construções foi quase sempre indeferida. Os ensaios experimentais que se realizaram foram o ensaio de análise granulométrica, para determinar a natureza do material enchimento, assim como a sua graduação, o ensaio de SEM/EDS, com o propósito de identificar a composição química elementar do material, o ensaio de difracção de raio-x, com o qual se caracterizou a composição mineralógica do material enchimento, o ensaio de observação visual dos cortes histológicos da madeira para a determinação da espécie e por fim o ensaio de dureza que permitiu identificar o tipo de metal nos pregos. Estes ensaios foram realizados no Laboratório de Materiais e Solos, na Unidade de Microscopia Electrónica, no Laboratório das Ciências Florestais, e no Laboratório de Materiais da UTAD, respectivamente. Com os dados recolhidos durante a realização do trabalho de campo e que constam nas fichas técnicas apresentadas em Anexo, tentou-se encontrar um esquema construtivo padrão para um elemento de tabique desta região. É importante dar um contributo no conhecimento da técnica construtiva de tabique, em particular, a usada na região de Trás-os-Montes e Alto Douro porque ainda continua a Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 11/86

15 haver poucos estudos e trabalhos de investigação realizados neste domínio e que possam contribuir para trabalhos futuros de conservação e de reabilitação. Esta Dissertação está estruturada da seguinte forma: após a introdução, será feita uma breve descrição da AMTFNT. Depois serão apresentadas as construções de tabique que foram alvo de estudo deste trabalho de investigação, seguindo-se a sua caracterização. No Capítulo 5 afiguram-se os resultados laboratoriais assim como a sua interpretação. Por último, indicam-se as conclusões que advêm deste trabalho. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 12/86

16 2. CAPÍTULO 2 ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA TERRA FRIA DO NORDESTE TRANSMONTANO (AMTFNT) 2.1. Objectivos Os objectivos deste capítulo são: Descrever geograficamente a região de Trás-os-Montes e Alto Douro; Explicar a evolução do trabalho de investigação e, Dar a conhecer algumas particularidades da região Introdução Este capítulo incide na descrição do trabalho de campo realizado na AMTFNT assim como na apresentação da região em estudo. Este trabalho de campo teve como objectivo proceder à recolha do máximo de informação possível sobre as construções de tabique existentes nesta zona. O estudo restringiu-se a quase todas as sedes de concelho, visto que a área de abrangência da AMTFNT é muito extensa, cerca de 2838,11 km 2. No contacto com a população da região, foi possível identificar a localização das construções de tabique mais representativas. O trabalho de campo baseou-se numa programação prévia de visitas atendendo a que estavam implícitas grandes distâncias. Nestas visitas, tentou-se efectuar o registo fotográfico e o preenchimento de fichas técnicas de todas as construções de tabique encontradas Região de Trás-os-Montes e Alto Douro Este trabalho de investigação está integrado num outro mais vasto que pretende estudar a técnica construtiva do tabique na região de Trás-os-Montes e Alto Douro [1-2]. Tal como foi referido anteriormente, para se realizar um estudo pormenorizado da região, foi Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 13/86

17 necessário subdividir a região em seis Associações de Municípios. Estas são a Associação de Municípios do Alto Tâmega, Vale do Douro Sul, Douro Superior, Terra Quente Transmontana, Terra Fria do Nordeste Transmontano e Vale do Douro Norte. A Figura 1 mostra a localização geográfica da região de Trás-os-Montes e Alto Douro na península Ibérica, assim como a localização das seis Associações de Municípios. a) A região de Trás-os-Montes e Alto Douro na Península Ibérica Figura 1: Subdivisão da área de estudo b) As seis Associações de Municípios 2.4. Evolução do trabalho de investigação O trabalho de investigação sobre o estudo da técnica construtiva do tabique aplicada na região de Trás-os-Montes e Alto Douro tem sido progressivo. A fase inicial começou por ser um trabalho preliminar [1-2] que consistiu essencialmente em averiguar a dimensão da região, desenvolver e planificar o trabalho de campo, criar metodologias de ensaios experimentais e aferir o potencial e a relevância deste trabalho. Este trabalho inicial também permitiu concluir que era necessário subdividir a área relativa à região de Trás-os-Montes e Alto Douro em áreas de dimensões menores de forma a ser possível pôr em prática e como o rigor requerido o estudo do tabique. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 14/86

18 Este trabalho de investigação também teve como particularidade o facto de ser, de algum modo, pioneiro porque até à data (2008), não se tinha conhecimento da existência de algum trabalho de investigação realizado neste contexto e nesta região. A fase seguinte consistiu no estudo das construções de tabique existentes na Associação de Municípios do Vale do Douro Sul [4-3], que foi realizado em De seguida estudaram-se em paralelo as Associações de Municípios do Alto Tâmega [9-11] e do Vale do Douro Norte [5-8]. Posteriormente deu-se início ao estudo do tabique nas três restantes Associações de Municípios que são a Terra Fria do Nordeste Transmontano [12-13], a Terra Quente Transmontana [13-14] e Douro Superior. Esta Dissertação é então relativa à Associação de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano (AMTFNT), tal como já foi referido anteriormente. A Figura 2 mostra a fase deste trabalho de investigação. Figura 2: Fase dos trabalhos Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 15/86

19 2.5. A AMTFNT Em seguida, será descrita a Associação de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano, em particular, cada um dos Municípios pertencentes a esta Associação. Os quatro Municípios da AMTFNT são Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais, como se pode observar na Figura 3. Figura 3: Os quatro Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano A área territorial da AMTFNT é de 2838,11 km 2, e tem uma população de habitantes que correspondem a uma densidade populacional de 20,31 hab/km 2. O Município que regista maior densidade populacional é Bragança. Por sua vez, o Município de Vimioso é aquele que apresenta uma densidade populacional mais reduzida, 11,42 hab/km2 [15]. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 16/86

20 Vinhais Na Figura 3 é possível observar a localização do Município de Vinhais na AMTFNT e na Figura 4 apresentam-se o brasão e bandeira do mesmo. a) Brasão do Município de Vinhais b) Bandeira do Município de Vinhais Figura 4: Brasão e bandeira do Município de Vinhais [15] A Tabela 1 apresenta alguns dados relativos ao Município de Vinhais. MUNICÍPIO POPULAÇÃO RESIDENTE Tabela 1: Breve descrição do Município de Vinhais [15] Vinhais habitantes ÁREA 694,68 km 2 FREGUESIAS LIMITES Agrochão, Alvaredos, Candedo, Celas, Curopos, Edral, Edrosa, Ervedosa, Fresulfe, Mofreita, Moimenta, Montouto, Nunes, Ousilhão, Paçó, Penhas Juntas, Pinheiro Novo, Quirás, Rebordelo, Santa Cruz, Santalha, São Jomil, Sobreiró de Baixo, Soeira, Travanca, Tuizelo, Vale das Fontes, Vale de Janeiro, Vila Boa de Ousilhão, Vila Verde, Vilar de Lomba, Vilar de Ossos, Vilar de Peregrinos, Vilar Seco de Lomba e Vinhais Norte Espanha Sul Macedo de Cavaleiros Este Espanha Oeste Chaves Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 17/86

21 Bragança Na Figura 3 é possível observar a localização do Município de Bragança na AMTFNT e na Figura 5 apresentam-se o brasão e bandeira do mesmo. a) Brasão do Município de Bragança b) Bandeira do Município de Bragança Figura 5: Brasão e bandeira do Município de Bragança [15] A Tabela 2 apresenta alguns dados relativos ao Município de Bragança. MUNICÍPIO POPULAÇÃO RESIDENTE Tabela 2: Breve descrição do Município de Bragança [15] Bragança habitantes ÁREA 1173,6 km 2 FREGUESIAS LIMITES Alfaião, Aveleda, Babe, Baçal, Calvelhe, carragosa, Carrazedo, Castrelos, Castro de Avelãs, Coelhoso, Deilão, Donai, Espinhosela, Faílde, França, Gimonde, Gondesende, Guadramil, Gostei, Grijó de parada, Izeda, Macedo do Mato, Meixedo, Milhão, Mós, Nogueira, Outeiro, Parada de Infanções, Paradinha Nova, Parâmio, Pinela, pombares, Quintanilha, Quintela de Lampaças, Rabal, Rebordainhos, Rebordãos, Rio Onor, Rio Frio, Salsas, Samil, Santa Comba de Rossas, Santa Maria, São Julião de Palácios, São Pedro de Sarracenos, Sé, Sendas, Serapicos, Sortes e Zoio Norte Sul Este Oeste Espanha Macedo de Cavaleiros e Vimioso Espanha Vinhais Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 18/86

22 Vimioso Na Figura 3 é possível observar a localização do Município de Vimioso na AMTFNT e na Figura 6 apresentam-se o brasão e bandeira do mesmo. a) Brasão do Município de Vimioso b) Bandeira do Município de Vimioso Figura 6: Brasão e bandeira do Município de Vimioso [15] A Tabela 3 apresenta alguns dados relativos ao Município de Vimioso. MUNICÍPIO POPULAÇÃO RESIDENTE Tabela 3: Breve descrição do Município de Vimioso [15] Vimioso 5500 habitantes ÁREA 481,47 km 2 FREGUESIAS LIMITES Algoso, Angueira, Argozelo, Avelanoso, Caçarelhos, Campo de Víboras, Carção, Matela, Pinelo, Santulhão, Uva, Vale de Frades, Vilar Seco e Vimioso Norte Espanha e Bragança Sul Mogadouro Este Miranda do Douro Oeste Macedo de Cavaleiros Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 19/86

23 Miranda do Douro Na Figura 3 é possível observar a localização do Município de Miranda do Douro na AMTFNT e na Figura 7 apresentam-se o brasão e bandeira do mesmo. a) Brasão do Município de Miranda do Douro b) Bandeira do Município de Miranda do Douro Figura 7: Brasão e bandeira do Município de Miranda do Douro [15] A Tabela 4 apresenta alguns dados relativos ao Município de Miranda do Douro. MUNICÍPIO POPULAÇÃO RESIDENTE Tabela 4: Breve descrição do Município de Miranda do Douro [15] Miranda do Douro 7707 habitantes ÁREA 488,36 km 2 FREGUESIAS LIMITES Águas Vivas, Atenor, Cicouro, Constantim, Duas Igrejas, Genísio, Ifanes, Malhadas, Miranda do Douro, Palaçoulo, Paradela, Picote, Povoa, São Martinho de Angueira, Sendim, Silve e Vila Chã da Braciosa Norte Sul Este Oeste Espanha Mogadouro e Espanha Espanha Vimioso Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 20/86

24 2.6. Particularidades desta região (AMTFNT) As Associações de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano são zonas do país privilegiadas pela Natureza. Ao longo das viagens para recolha de informação sobre as construções, foi possível admirar alguns pontos turísticos que serão partilhados aqui. O Parque Natural de Montesinho que abrange os Municípios de Vinhais e Bragança tem uma dimensão de 75 mil hectares (Figura 8). Figura 8: Localização do Parque Natural de Montesinho [16] Com os seus planaltos e vales profundos (Figura 9), existe uma extensa biodiversidade onde habitam várias espécies de animais. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 21/86

25 Figura 9: Vista sobre a Serra de Montesinho Os rios mais importantes que o percorrem são o rio Rabaçal, o Mente, o Tuela, o Baceiro e o Maçãs. Seguindo em direcção a Bragança, encontra-se o Castelo de Bragança (Figura 10). Localizado no centro da cidade, é um dos Castelos mais importantes e bem preservados do país. a) Castelo de Bragança visto durante o dia [15] b) Castelo de Bragança visto à noite Figura 10: Castelo de Bragança Uma vez que se encontra à cota 700 m acima do nível do mar, é possível observar a cidade de Bragança, as serras de Montesinho, de Sanabria, de Rebordões e de Nogueira. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 22/86

26 Com interesse do ponto de vista da Engenharia, existe em Miranda do Douro a Barragem de Miranda que faz parte do Aproveitamento Hidroeléctrico da cidade (Figura 11). Figura 11: Barragem de Miranda do Douro A albufeira da barragem de Miranda do Douro com as suas margens escarpadas até ao rio Douro possui uma grande riqueza a nível de fauna e flora. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 23/86

27 2.7. Considerações finais A AMTFNT está localizada em Portugal continental, mais precisamente no Nordeste do País. Os quatro Municípios da AMTFNT são Vinhais, Bragança, Vimioso e Miranda do Douro. A AMTFNT apresenta uma área territorial de 2838,11 km 2, uma população de habitantes e uma densidade populacional média de 20,31 habitantes/km 2. Cada um dos Municípios que constituem a AMTFNT foi sumariamente descrito. Esta descrição focou-se na identificação da área, da população residente, na identificação das freguesias e na identificação dos limites. A AMTFNT é constituída por 116 freguesias e este dado é revelador da escala do território que foi abrangida neste trabalho de investigação. Como pontos de interesse turístico da Associação Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano tem-se o Castelo de Bragança, o Parque Natural de Montesinho e a Barragem de Miranda do Douro. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 24/86

28 3. CONSTRUÇÕES DE TABIQUE E TRABALHO DE CAMPO 3.1. Objectivos Este capítulo tem como objectivos: Apresentar a construção de tabique; Demonstrar a da ficha técnica utilizada e sua interpretação e, Descrever o trabalho de campo realizado Introdução Para a realização deste trabalho de investigação foi necessário efectuar visitas aos Municípios apresentados atrás, de forma a recolher o máximo de informação sobre a técnica construtiva do tabique. Este capítulo incide na descrição do trabalho de campo realizado na AMTFNT assim como a apresentação das construções encontradas. O estudo restringiu-se a quase todas as freguesias dos Municípios, visto que a área de abrangência da AMTFNT é muito extensa, cerca de 2838,11 km 2. O trabalho de campo baseou-se numa programação prévia de visitas atendendo a que estavam implícitas grandes distâncias. Nestas visitas, tentou-se contactar os proprietários das construções para se aceder às mesmas, efectuar um registo fotográfico e recolher amostras para posterior estudo laboratorial. Ao longo da visita aos Municípios tentou-se preencher fichas técnicas contendo parâmetros que se acharam essenciais à completa descrição dos elementos construtivos de tabique. Dada a constituição dos elementos de tabique, era importante recolher e registar as dimensões das tábuas verticais, ripas horizontais, enchimento e dimensões globais do próprio elemento. Desta forma, os parâmetros medidos foram a largura, a espessura, o espaçamento e a altura. Foi importante identificar que tipo de acabamento/revestimento estes elementos possuíam, assim como a localização dos mesmos. Uma vez que as ripas horizontais eram ligadas às tábuas verticais através de elementos metálicos (pregos), Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 25/86

29 também se observou e mediu alguns pormenores, como sejam o afastamento entre pregos e o número de pregos que ligavam o fasquio às tábuas verticais. Foram estudadas trinta e uma construções de tabique, no entanto, não foi possível obter amostras de materiais nem efectuar medidas em todas. Este facto resultou da inacessibilidade aos elementos de tabique ou à falta de comunicação/autorização dos proprietários A Construção de tabique Um elemento construtivo de tabique é geralmente formado por uma estrutura de madeira que é revestida em ambas as faces por uma argamassa à base de terra (Figura 12). Na Figura 13 ilustra-se esquematicamente um elemento construtivo do tipo parede, onde é possível perceber o significado dos parâmetros medidos durante o trabalho de campo. Esta técnica pode também ser designada por taipa de fasquio, taipa de rodízio, pau a pique, taipa de sopapo ou taipa de chapada e é frequente na zona Norte e Centro do país [2]. Enchimento Tábua vertical Ripa /fasquio Prego horizontal Figura 12: Parede de tabique Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 26/86

30 a) Dimensões globais b) Identificação dos elementos constituintes c) Dimensões dos elementos de madeira Legenda: I. Enchimento A. Espaçamento entre tábuas verticais II. Acabamento B. Largura da III. IV. Tábua vertical Ripa horizontal tábua vertical C. Espaçamento entre ripas horizontais D. Largura da ripa horizontal V. Prego E. Espessura da ripa horizontal P. Espessura da tábua vertical Figura 13: Representação esquemática de um elemento construtivo de tabique do tipo parede [9] O tabique é construído através da pregagem de fasquio sobre tábuas verticais, sendo depois revestido por um enchimento à base de terra e que pode conter pequenas quantidades de cal. Geralmente as construções de tabique têm ao nível do rés-chão paredes exteriores em alvenaria de pedra tal como se pode ver na Figura 14. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 27/86

31 Figura 14: Construção de tabique 3.4. Ficha técnica No trabalho de campo foi utilizada uma ficha técnica para auxiliar na recolha de dados necessária à correcta e detalhada identificação e caracterização das construções de tabique. Esta ficha técnica baseou-se noutras já realizadas em trabalhos de investigação anteriores [1], [4], [5] e [9] e que se apresenta na Figura 15. Pretendeu-se utilizar uma ficha técnica que tivesse o máximo de informação possível para que a caracterização das construções fosse detalhada, mas ao mesmo tempo que esta fosse de fácil preenchimento. Com a experiência adquirida durante o trabalho de campo e através de outros trabalhos no mesmo contexto, chegou-se à ficha técnica apresentada na Figura 15 e que se pensa ser mais completa, detalhada e coerente no que respeita à caracterização rigorosa de uma construção de tabique. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 28/86

32 FICHA TÉCNICA Nº Tipo de Construção: Unifamiliar Multifamiliar Comércio Armazém Localização: Rua: Freguesia: Concelho: Estado de Conservação: Ruína Muito degradado Degradado Bom estado Perfeito Número de Pisos: Tipo de paredes exteriores: R/chão 1º Andar 2º Andar 3º Andar 4º Andar Alvenaria de Pedra Tabique Outros Tipo de paredes interiores: R/chão 1º Andar 2º Andar 3º Andar 4º Andar Alvenaria de Pedra Tabique Outros Não se Sabe Outros Elementos: Chaminés Clarabóias Varandas Alpendres Escadas Tipo de Material: TABIQUE (Análise Detalhada) Tipo e descrição do Elemento: Recolha de Amostras: Revestimento: Altura (cm): Largura (cm): Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 29/86

33 Espessura (cm): Tábuas Verticais Largura (cm): Espessura (cm): Espaçamento entre tábuas (cm): Ripas Horizontais Largura (cm): Espessura (cm): Espaçamento entre ripas (cm): Comprimento (cm): Tipo de Material de revestimento Descrição: Cor: Material de Enchimento Espessura (cm): Ligação entre elementos de madeira N.º Pregos a ligar fasquio/tábuas verticais: Afastamento entre pregos (cm): Figura 15: Ficha técnica adoptada [9] Para se compreender melhor como foi realizado o preenchimento das fichas técnicas, na Figura 16 apresenta-se uma já preenchida referente à construção de tabique designada por Ficha técnica n.º 1, pertencente ao conjunto das trinta e uma construções da amostragem deste trabalho de investigação. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 30/86

34 FICHA TÉCNICA Nº 1 Tipo de Construção: Unifamiliar Multifamiliar Comércio Armazém x Localização: Rua: Freguesia: Concelho: Ruas das Casas Novas Soeira Vinhais Estado de Conservação: Ruína Muito degradado Degradado Bom estado Perfeito x Número de Pisos: 2 Tipo de paredes Alvenaria Tabique Outros exteriores: de Pedra R/chão x 1º Andar x 2º Andar 3º Andar 4º Andar Tipo de paredes interiores: Alvenaria de Pedra R/chão 1º Andar x 2º Andar 3º Andar 4º Andar Tabique Outros Não se Sabe x Outros Elementos: Chaminés Clarabóias Varandas Alpendres Escadas Tipo de Material: Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 31/86

35 TABIQUE (Análise Detalhada) Tipo e descrição do Elemento: Parede exterior de tabique Recolha de Amostras: Sim Revestimento: -- Altura (cm): 200,0 Largura (cm): 270,0 Espessura (cm): -- Tábuas Verticais Largura (cm): 11,0 / 17,0 / 25,0 Espessura (cm): 4,0 Espaçamento entre tábuas (cm): 1,5 Ripas Horizontais Largura (cm): 2,5 / 3,0 Espessura (cm): 1,2 Espaçamento entre ripas (cm): 1,7 Comprimento (cm): 187,0 Tipo de Material de revestimento Descrição: -- Cor: Material de Enchimento Espessura (cm): -- Ligação entre elementos de madeira N.º Pregos a ligar fasquio/tábuas verticais: 1,0 / 2,0 Afastamento entre pregos (cm): 11,5 / 26,0 Figura 16: Ficha técnica preenchida Através dos dados da ficha técnica da Figura 16 observa-se que a construção n.º 1 é do tipo habitação unifamiliar de 2 pisos, localizada na freguesia de Soeira, Concelho de Vinhais. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 32/86

36 O elemento de tabique identificado foi uma parede exterior no 1.º piso, com as dimensões de 200,0 cm de altura e 270,0 cm de largura, sendo que esta apresentava um estado de conservação considerado degradado. Recolheram-se amostras para posterior estudo laboratorial. As tábuas verticais da estrutura de madeira tinham 11,0 cm, 17,0 cm e 25,0 cm de largura e 4,0 cm de espessura, enquanto o afastamento entre si era de 1,5 cm. No que respeita às ripas horizontais, as suas dimensões eram de 2,5 cm a 3,0 cm de largura, 1,2 cm de espessura, 1,7 cm de espaçamento entre si e tinham um comprimento de 187,0 cm. Uma vez que este elemento não continha material de acabamento, de enchimento ou de revestimento, não foram preenchidos esses campos na ficha técnica. As ripas horizontais estavam ligadas às tábuas verticais através de pregos metálicos. Continham 1 a 2 pregos de ligação por cada tábua vertical e o seu afastamento era de 11,5 cm a 26,0 cm. Por fim, o elemento identificado tinha todo o enchimento destacado e consequentemente o ripado à vista. Todas as fichas técnicas das restantes construções de tabique estudadas neste trabalho, estão apresentadas no Anexo. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 33/86

37 4. CARACTERIZAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES DE TABIQUE DA AMTFNT 4.1. Objectivos Com este capítulo pretende-se estudar em pormenor as construções de tabique encontradas na AMTFNT. Através dos dados recolhidos durante o trabalho de campo vão se caracterizar as construções. No fim, apresentar-se-á uma parede de tabique tendo em conta as dimensões médias dos elementos que a constituem Introdução Para a realização deste trabalho foi necessário, à semelhança de [4], [5] e [9], efectuar visitas às Associações de Municípios em estudo. Dessas visitas resultaram recolhas de amostras assim como medições relativos às construções de tabique da AMTFNT. Esses dados apresentados aqui são importantes para se caracterizar as construções e incluem o tipo de construção, número de pisos, estado de conservação, a localização do elemento construtivo de tabique no edifício e a medição das dimensões globais e pormenores dos elementos constituintes desta técnica construtiva. As medições que se acharam essenciais foram registadas na ficha técnica apresentada anteriormente. Não se conseguiu obter amostras nem medições em todas as construções devido à inacessibilidade destas ou à falta de autorização por parte dos proprietários. Foram estudadas trinta e uma construções de tabique que a seguir se apresentam. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 34/86

38 4.3. Escala de estado de conservação Para se avaliar o estado de conservação de um elemento construtivo de tabique usou-se a escala que se mostra na Figura 17 e que já foi utilizada noutros trabalhos de investigação realizados no mesmo contexto [6]. Esta escala de conservação oscila entre o estado de conservação perfeito e o de ruína. Perfeito Bom estado Degradado Muito degradado Ruína Figura 17: Escala de conservação adoptada [6] Um elemento construtivo de tabique que apresente um perfeito estado de conservação não apresenta nenhuma patologia visível à vista desarmada. Um elemento construtivo de tabique que apresente um bom estado de conservação é aquele que apresenta apenas ligeiras patologias tal como a deterioração do material de acabamento/revestimento (manchas de humidade, destacamento, etc.) ou algumas pequenas fissuras resultantes da retracção do material de enchimento. Um elemento construtivo de tabique que apresente um estado de conservação degradado apresenta um conjunto de patologias de tipo e de grau que colocam em causa a estabilidade do elemento. Exemplos destas patologias serão destacamento acentuado do material de enchimento, deterioração parcial dos elementos estruturais de madeira. Um elemento construtivo de tabique que apresente as patologias indicadas anteriormente em muito maior quantidade então considera-se que apresenta um estado de conservação muito degradado. Finalmente, um elemento construtivo de tabique que apresente um estado de conservação designado por ruína é aquele que colapsou parcial ou totalmente. Considera-se que é muito complexo a realização de qualquer trabalho de reabilitação e que o material apresenta um estado de deterioração irreversível. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 35/86

39 Para exemplificar os estados de conservação atrás definidos, a Figura 18 mostra exemplos dos estados de conservação segunda a escala adoptada e usando algumas das construções estudadas neste trabalho. a) Perfeito b) Bom estado c) Degradado d) Muito degradado Ruína Figura 18: Exemplos do estado de conservação segundo a escala adoptada 4.4. Localização das construções de tabique estudadas Tal como foi referido, para a realização do trabalho de campo foi necessário realizar inúmeras visitas aos Municípios da AMTFNT. Observou-se que em todos eles é possível encontrar construções de tabique. O contacto com os proprietários das construções foi uma tarefa que se demonstrou difícil uma vez que muitos se encontravam ausentes. Deste modo, conseguiu-se reunir trinta e uma construções de tabique como amostra deste estudo, o que se pensa ser um número aceitável para tirar conclusões sobre as construções de tabique existentes na AMTFNT. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 36/86

40 Figura 19: Localização esquemática das construções de tabique estudadas Na Figura 19 é possivel observar a localização das construções estudadas. Por sua vez, na Tabela 5 estão indicadas as coordenadas GPS destas construções. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 37/86

41 Tabela 5: Coordenadas GPS da localização das construções de tabique estudadas [17] CONSTRUÇÃO COORDENADAS COORDENADAS CONSTRUÇÃO LONGITUDE LATITUDE LONGITUDE LATITUDE N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W ,36 N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W N W As construções alvo de estudo neste trabalho estão apresentadas na Figura 20. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 38/86

42 a) Construção 1 b) Construção 2 c) Construção 3 d) Construção 4 e) Construção 5 f) Construção 6 g) Construção 7 h) Construção 8 i) Construção 9 j) Construção 10 k) Construção 11 l) Construção 12 m) Construção 13 n) Construção 14 o) Construção 15 p) Construção 16 q) Construção 17 r) Construção 18 s) Construção 19 t) Construção 20 u) Construção 21 v) Construção 22 w) Construção 23 x) Construção 24 y) Construção 25 z) Construção 26 aa) Construção 27 bb) Construção 28 cc) Construção 29 dd) Construção 30 ee) Construção 31 Figura 20: Construções de tabique estudadas na AMTFNT Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 39/86

43 4.5. Distribuição das construções por Concelho da AMTFNT Na Figura 21 apresenta-se um gráfico que esquematicamente indica a quantidade de construções encontradas em cada Concelho da AMTFNT. Como se pode verificar, no Concelho de Vinhais foram encontradas mais construções com esta técnica construtiva (14 construções), enquanto que no Concelho de Miranda do Douro apenas foram encontradas 2 construções de tabique. Distribuição das construções por Concelho Vinhais 14 Vimioso 5 Miranda do Douro 2 Bragança 10 Figura 21: Número de construções de tabique por Concelho Os dados que se apresentam na Figura 21 são relativos às visitas realizadas à zona em estudo no contexto deste trabalho de investigação. O número exacto de construções de tabique existentes na AMTFNT carece de um processo mais exaustivo de investigação Tipo de construção Durante a realização do trabalho de campo pode-se constatar que as construções de tabique encontradas eram maioritariamente do tipo habitação unifamiliar em banda (Figura 22.b) ou isoladas (Figura 22.a). Também se encontrou um palheiro. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 40/86

44 a) Habitação Unifamiliar isolada b) Habitação Unifamiliar em banda Figura 22: Tipo de construção A Tabela 6 apresenta os dados relativos ao tipo de construção de tabique identificado. Tabela 6: Tipo de construções de tabique CONSTRUÇÃO TIPO DE CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO TIPO DE CONSTRUÇÃO 1 Habitação Unifamiliar isolada 17 Habitação Unifamiliar banda 2 Habitação Unifamiliar banda 18 Habitação Unifamiliar banda 3 Habitação Unifamiliar isolada 19 Habitação Unifamiliar banda 4 Habitação Unifamiliar banda 20 Habitação Unifamiliar banda 5 Habitação Unifamiliar banda 21 Habitação Unifamiliar banda 6 Habitação Unifamiliar banda 22 Habitação Unifamiliar banda 7 Habitação Unifamiliar banda 23 Habitação Unifamiliar banda 8 Habitação Unifamiliar banda 24 Habitação Unifamiliar banda 9 Palheiro 25 Habitação Unifamiliar isolada 10 Habitação Unifamiliar banda 26 Habitação Unifamiliar isolada 11 Habitação Unifamiliar banda 27 Habitação Unifamiliar banda 12 Habitação Unifamiliar isolada 28 Habitação Unifamiliar banda 13 Habitação Unifamiliar isolada 29 Habitação Unifamiliar banda 14 Habitação Unifamiliar banda 30 Habitação Unifamiliar banda 15 Habitação Unifamiliar banda 31 Habitação Unifamiliar banda 16 Habitação Unifamiliar isolada Por sua vez, a Figura 23 apresenta esquematicamente a incidência do tipo de construção de tabique na AMTFNT. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 41/86

45 Tipo de Construção Palheiro 1 Habitação Unifamiliar em banda 23 Habitação Unifamiliar isolada 7 Figura 23: Incidências do tipo de construções de tabique da AMTFNT Constata-se então que na AMTFNT o tipo de construção de tabique mais predominante é o tipo habitação unifamiliar em banda Número de pisos A Figura 24 apresenta o número de pisos que as construções da AMTFNT tinham. Número de pisos 3 Pisos 1 2 Pisos 28 1 Piso 2 Figura 24: Número de pisos das construções de tabique estudadas Através da leitura da Figura 24 pode constatar-se que as construções de tabique estudadas têm entre 1 e 3 pisos. À semelhança de [9], é mais comum as construções terem 2 pisos. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 42/86

46 A Figura 25 mostra um exemplo de construção de tabique existente na AMTFNT por número de pisos. a) Construção com 1 piso b) Construção com 2 pisos c) Construção com 3 pisos Figura 25: Construções de tabique com diferentes pisos 4.8. Estado de conservação O estado de conservação foi atribuído a cada elemento de tabique encontrado segundo a escala de conservação atrás indicada. Quando numa mesma construção de tabique se encontrou dois elementos de tabique com diferentes graus de conservação, atribuiu-se a cada um deles o seu respectivo grau, havendo por isso 32 resultados em 31 construções. A Figura 26 sintetiza o estado de conservação encontrado nas construções de tabique estudadas. Estado de conservação Perfeito 3 Bom Degradado 9 9 Muito degradado 6 Ruína 5 Figura 26: Estado de conservação dos elementos de tabique Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 43/86

47 Através da Figura 26 pode-se verificar que os estados de conservação dos elementos de tabique estavam compreendidos entre o perfeito (3 construções) e a ruína (5 construções), tendo-se encontrado apenas três elementos de tabique que apresentavam um estado de conservação perfeito Tipo de elemento de tabique Os tipos de elementos de tabique que se encontraram na AMTFNT foram paredes interiores, paredes exteriores e tectos. Na maioria das construções de tabique encontradas não foi possível efectuar uma visita ao seu interior. No entanto, pensa-se que quando estas apresentam elementos construtivos de tabique no seu exterior, também devem apresentar no seu interior. Tipo de elemento construtivo de tabique Tecto 1 Parede exterior Parede interior Figura 27: Tipo de elemento construtivo de tabique A informação apresentada na Figura 27 mostra que o tipo de elemento construtivo mais abundante na AMTFNT é a parede. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 44/86

48 4.10. Localização dos elementos construtivos de tabique A Figura 28 mostra a localização do elemento construtivo de tabique na construção. Localização do elemento construtivo de tabique 1.º Piso 26 Rés-chão 5 Figura 28: Localização do elemento construtivo de tabique das construções estudadas A existência de elementos de tabique ao nível do rés-do-chão é muito reduzida, comparativamente com as do 1.º piso Tipo de revestimento e acabamento de paredes de tabique Em [9-11] foi indicado a existência de diferentes soluções de revestimento exterior de paredes de tabique em construções localizadas na Associação de Municípios do Alto Tâmega. Essas soluções são argamassa, chapas de zinco, ardósia, telha cerâmica e caiado. No que respeita à AMTFNT e face às construções de tabique estudadas, apenas se verificou a existência de caiado (Figura 29.a) e de chapa de zinco (Figura 29.b), como soluções de revestimentos exteriores de paredes de tabique exteriores. Os elementos de tabique das construções estudadas apresentam um estado de conservação degradado, tal como foi referido anteriormente. Nesses casos, não foi possível identificar o tipo de revestimento ou de acabamento aplicado. Consequentemente, na Figura 30, que é relativa à incidência do tipo de revestimento ou acabamento, surge um item designado por Não tem. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 45/86

49 a) Caiado b) Chapa de zinco Figura 29: Tipos de revestimento exterior Tipos de revestimento exterior Não tem 11 Caiado/pintado 19 Chapa de zinco 1 Figura 30: Tipo de revestimento e de acabamento exterior de paredes de tabique De acordo com a informação expressa na Figura 30, o tipo de acabamento caiado é o predominante na AMTFNT (19 elementos de tabique). Por sua vez, apenas se encontrou um caso onde foi aplicado chapa de zinco. O avançado estado de degradação das construções estudadas não permitiu detectar a aplicação de outros tipos de revestimento exterior Dimensões dos elementos de tabique No esquema representativo de um elemento de tabique (Figura 13) e na ficha técnica usada (Figura 15) é possível observar quais foram as grandezas registadas aquando da realização do trabalho de campo. Estas grandezas são apresentadas e tratadas neste ponto. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 46/86

50 Apesar de se terem encontrado trinta e uma construções com elementos de tabique, foram realizadas medições em apenas 18, por não se conseguir obter autorização por parte dos proprietários ou por inacessibilidade às mesmas. Na Tabela 7 apresentam-se as dimensões globais dos elementos de tabique estudados, Figura 13.a. Tabela 7: Dimensões globais dos elementos de tabique CONSTRUÇÃO TIPO DE ELEMENTO LARGURA (cm) ALTURA (cm) ESPESSURA (cm) 1 Parede exterior 270,0 200, Parede exterior , Parede interior 200,0 300,0 10,0 4 Parede interior ,0 5 Parede exterior ,0 6 Parede interior 300,0 220,0 9,0 7 Parede exterior 280,0 210, Parede interior 210,0 180,0 9,0 10 Parede exterior 130,0 240, Parede exterior 230,0 210, Parede interior 350,0 220,0 9,0 15 Parede interior 190, Parede interior 170,0 220, Parede exterior 180,0 200, Parede exterior 200,0 180,0 10,0 26 Parede exterior 280,0 180,0 11,0 29 Parede interior 200,0 220, Parede exterior 300,0 200,0 -- Analisando-se a Tabela 7 pode-se observar que a largura média das paredes de tabique exteriores estudadas é de 233,8 cm. A largura máxima registada foi de 350,0 cm. Por sua vez, a altura média é de 210,0 cm e o valor máximo desta grandeza é de 300,0 cm. No que diz respeito à espessura total das paredes, o valor médio é de 10,4 cm, o valor mínimo é de 9,0 cm e o valor máximo é de 14,0 cm. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 47/86

51 Houve situações onde não foi possível medir algumas das grandezas referidas porque os elementos de tabique não estavam acessíveis. As dimensões registadas das tábuas verticais e das ripas horizontais estão indicadas nas Tabelas 8 e 9 respectivamente. Estas grandezas estão identificadas na Figura 13.c. A recolha destas medições ficou limitada não só à autorização por parte dos proprietários e inacessibilidade, mas também ao estado de degradação em que o elemento se encontrava, daí ser um número mais reduzido de amostras. Tabela 8: Dimensões das tábuas verticais usadas nos elementos de tabique da AMTFNT CONSTRUÇÃO B - LARGURA (cm) P - ESPESSURA (cm) A - ESPAÇAMENTO (cm) 1 11,0 / 17,0 / 25,0 4,0 1,5 3 23,0 4,0 2,0 4 17,0 3, ,0 2,5 1, , ,0 / 20,0 5, ,0 / 13,0 2, ,0 / 18,0 3, ,0 / 23,0 3, ,0 3,0 1,0 Analisando-se a Tabela 8 pode-se observar que a largura média das tábuas verticais das paredes de tabique estudadas é de 17,9 cm. A largura máxima registada foi de 35,0 cm. Por sua vez, a espessura média é de 3,2 cm e o valor máximo desta grandeza é de 5,0 cm. No que diz respeito ao espaçamento das tábuas verticais, o valor médio é de 1,5 cm, o valor mínimo é de 1,0 cm e o valor máximo é de 2,0 cm, tendo se conseguido medir esta grandeza em apenas quatro construções (1, 3, 5 e 31). Apresentam-se duas medições de espessuras de tábuas verticais que se acham baixas (Construção 8 e 14), quando comparadas com as restantes. Uma vez que se tratam de paredes interiores com função meramente divisória, pode ter levado à utilização de tábuas verticais com dimensões mais reduzidas no que respeita à sua espessura. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 48/86

52 CONSTRUÇÃO Tabela 9: Dimensões das ripas horizontais usadas nos elementos de tabique da AMTFNT D - LARGURA (cm) E - ESPESSURA (cm) C - ESPAÇAMENTO (cm) COMPRIMENTO (cm) 1 2,5 / 3,0 1,2 1,7 187,0 3 2,0 1,0 1,5 / 2,0 200,0 4 1,5 / 2,0 1,0 2,0 / 3, ,3 1,0 / 1,4 2, , , ,0 0,5 3, ,5 1,5 2, ,0 1,0 2, ,0 1,0 3,0 120,0 / 160,0 14 2,5 1,5 3,0 180,0 15 2,0 1,5 2,5 / 3, ,0 1,5 5,0 120,0 23 2,0 0,5 3,5 / 4, ,5 1,0 2,0 -- Analisando-se a Tabela 9 pode-se observar que a largura máxima registada das ripas horizontais de um elemento de tabique na AMTFNT é de 3,0 cm, enquanto que o valor mínimo é de 1,5 cm. Por sua vez, a espessura máxima encontrada é de 1,5 cm e a mínima de 0,5 cm. No que diz respeito ao espaçamento das ripas horizontais, o valor máximo é 4,0 cm e o valor mínimo é 0,7 cm. Quando possível, tentou-se medir o comprimento de uma ripa horizontal para se tentar compreender a sua extensão no elemento de tabique. Todas as ripas medidas tinham um comprimento superior a 100,0 cm chegando a atingir o valor de 200,0 cm. Para se perceber a relação entre o comprimento das ripas horizontais e a largura do elemento de tabique, apresenta-se na Tabela 10 as duas medições para as Construções 1, 3, 11, 14 e 17. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 49/86

53 Tabela 10: Comparação entre largura do elemento de tabique e comprimento das ripas horizontais CONSTRUÇÃO LARGURA PAREDE (cm) COMPRIMENTO RIPA HORIZONTAL (cm) 1 270,0 187, ,0 200, ,0 120,0 / 160, ,0 180, ,0 120,0 O comprimento das ripas horizontais tende a cobrir pelo menos metade da largura da parede de tabique onde se encontram. Num dos casos (construção 3), esta chega a abranger toda a parede. Outro aspecto importante a registar sobre o ripado horizontal (fasquio) está relacionado com o facto da secção transversal não ser necessariamente rectangular (Figura 31). Visto de perfil, observa-se um efeito cunha como, tal como se ilustra no esquema da Figura 32. Figura 31: Secção transversal da ripa horizontal Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 50/86

54 Legenda: 1. Ripas horizontais 2. Tábuas verticais (dimensões em mm) Figura 32: Pormenor das ripas horizontais O recorte da ripa horizontal pode ser usado tanto na face superior da ripa como na face inferior e pode apresentar as dimensões de 4 mm a 5 mm. Este pormenor pode ter como objectivo auxiliar a aplicação do enchimento da parede Esquema de montagem da estrutura de madeira proposto De forma a se propor um esquema de construção de uma estrutura de madeira para uma parede de tabique (exterior e interior), calcularam-se as médias aritméticas das dimensões dos elementos constituintes da estrutura de madeira analisados anteriormente. Este esquema poderá ser útil em trabalhos futuros de conservação e de reabilitação. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 51/86

55 Parede exterior Nas Tabelas 11, 12 e 13 apresentam-se as dimensões médias a adoptar num elemento de tabique do tipo parede exterior. Tabela 11: Valores médios a adoptar numa parede exterior de tabique PAREDE EXTERIOR CONSTRUÇÃO LARGURA (cm) ALTURA (cm) ESPESSURA (cm) 1 270,0 200, , , ,0 210, ,0 240, ,0 210, ,0 200, ,0 180,0 10, ,0 180, ,0 200,0 -- Média 233,8 210,0 11,7 Os valores da Tabela 11 levam a concluir que uma parede exterior teria 233,8 cm de largura, 210,0 cm de altura e 11,7 cm de espessura. Tabela 12: Valores médios a adoptar nas tábuas verticais de uma parede exterior de tabique TÁBUAS VERTICAIS CONSTRUÇÃO B - LARGURA (cm) P - ESPESSURA (cm) A - ESPAÇAMENTO (cm) 1 11,0 / 17,0 / 25,0 4,0 1,5 5 35,0 2,5 1, ,0 / 20,0 5, ,0 / 23,0 3, ,0 3,0 1,0 Média 19,6 3,5 1,2 Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 52/86

56 Através da análise da Tabela 12 pode-se concluir que as tábuas verticais inseridas numa parede exterior de tabique teriam de largura 19,6 cm, de espessura 3,5 cm e estavam espaçadas entre si de 1,2 cm. CONSTRUÇÃO Tabela 13: Valores médios a adoptar nas ripas horizontais de uma parede exterior de tabique D - LARGURA (cm) E - ESPESSURA (cm) RIPAS HORIZONTAIS C - ESPAÇAMENTO (cm) COMPRIMENTO (cm) 1 2,5 /3,0 1,2 1,7 187,0 5 2,3 1,0 / 1,4 2, ,0 0,5 3, ,0 1,0 2, ,0 1,0 3,0 120,0 / 160,0 23 2,0 0,5 3,5 / 4, ,5 1,0 2,0 --- Média 2,2 1,0 2,7 155,7 As ripas horizontais de uma parede exterior têm como medidas médias 2,2 cm de largura, 1,0 cm de espessura, 2,7 cm de espaçamento e um comprimento médio de 155,7 cm. Na Figura 33 apresenta-se um esquema de montagem de uma parede exterior com as dimensões médias acima calculadas. a) Dimensões em alçado b) Dimensões em corte Figura 33: Esquema de montagem de uma parede exterior de tabique Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 53/86

57 Neste esquema de montagem proposto para um elemento construtivo de tabique do tipo parede exterior obteve-se uma largura das tábuas verticais de 19,6 cm, um espaçamento entre tábuas verticais de 1,2 cm, uma espessura das tábuas verticais de 3,5 cm, uma largura das ripas horizontais de 2,2 cm e espessura de 1,0 cm e com um espaçamento entre ripas horizontais de 2,7 cm Parede interior Nas Tabelas 14, 15 e 16 apresentam-se as dimensões médias a adoptar num elemento de tabique do tipo parede interior. Tabela 14: Valores médios a adoptar numa parede interior de tabique PAREDE INTERIOR CONSTRUÇÃO LARGURA (cm) ALTURA (cm) ESPESSURA (cm) 3 200,0 300,0 10, , ,0 220,0 9, ,0 180,0 9, ,0 220,0 9, , ,0 220, ,0 220,0 --- Média 231,0 226,7 9,6 Através da análise das médias obtidas na Tabela 14, podemos concluir que um elemento de tabique do tipo parede interior da AMTFNT teria de largura 231,0 cm, 226,7 cm de altura e uma espessura de 9,6 cm. Nas Tabelas 15 e 16 apresentam-se os valores médios das dimensões das tábuas verticais e ripas horizontais. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 54/86

58 Tabela 15: Valores médios a adoptar nas tábuas verticais de uma parede interior de tabique TÁBUAS VERTICAIS CONSTRUÇÃO B - LARGURA (cm) P - ESPESSURA (cm) A - ESPAÇAMENTO (cm) 3 23,0 4,0 2,0 4 17,0 3, , ,0 / 13,0 2, ,0 / 18,0 3,5 --- Média 15,3 2,9 2,0 As dimensões médias das tábuas verticais de uma parede interior são 15,3 cm de largura e 2,9 cm de espessura e estão espaçadas de 2,0 cm. CONSTRUÇÃO Tabela 16: Valores médios a adoptar em ripas horizontais de uma parede interior de tabique D - LARGURA (cm) E - ESPESSURA (cm) RIPAS HORIZONTAIS C - ESPAÇAMENTO (cm) COMPRIMENTO (cm) 3 2,0 1,0 1,5/2,0 200,0 4 1,5/2,0 1,0 2,0/3, , , ,5 1,5 2, ,5 1,5 3,0 180,0 15 2,0 1,5 2,5/3, ,0 1,5 5,0 120,0 Média 2,1 1,3 2,6 166,7 Através da análise da Tabela 16 pode-se concluir que as ripas horizontais de uma parede interior de tabique na AMTFNT têm de largura média 2,1 cm, 1,3 cm de espessura, estão espaçadas entre si de 2,6 cm e o seu comprimento é em média 166,7 cm. Na Figura 34 apresenta-se um esquema de montagem de uma parede interior de tabique. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 55/86

59 a) Dimensões em alçado b) Dimensões em corte Figura 34: Esquema de montagem de uma parede interior de tabique Através da análise do esquema acima proposto pode-se concluir que um elemento construtivo de tabique do tipo parede interior tem tábuas verticais com uma largura de 15,3 cm, um espaçamento de 2,0 cm e uma espessura de 2,9 cm. Por sua vez, as ripas horizontais têm uma largura de 2,1 cm, um espaçamento entre si de 2,6 cm e uma espessura de 1,3 cm. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 56/86

60 4.14. Considerações finais Com os dados recolhidos durante o trabalho de campo e que estão indicados nas fichas técnicas podem-se tirar conclusões que se apresentam abaixo. Neste trabalho foram estudadas trinta e uma construções não se tendo recolhido amostras de todas pois muitas vezes havia falta de comunicação com os proprietários inacessibilidade às mesmas. Verificou-se que a maioria das construções de tabique é do tipo habitação unifamiliar em banda com dois pisos, tendo-se encontrado também com um e três pisos. O estado de conservação dos elementos de tabique identificados varia entre o o estado perfeito e o de ruína. Encontraram-se 9 construções com estado de conservação bom e degradado e apenas 3 construções num estado perfeito de conservação. Com esta informação pode-se concluir que há uma necessidade de se efectuar trabalhos de conservação/reabilitação neste tipo de construção. Na AMTFNT foram encontrados elementos de tabique do tipo paredes (interiores e exteriores) e tectos, sendo o mais abundante a parede. Estas encontravam-se maioritariamente no 1.º piso. Os tipos de revestimento exterior encontrados foram o caiado e a chapa de zinco, no entanto o que aparece com maior expressão é o caiado. Uma vez que as construções estudadas apresentavam estados avançados de degradação, não foi possível identificar que tipos de revestimento tinham. A largura máxima encontrada num elemento de tabique do tipo parede foi de 350,0 cm, enquanto a mínima foi de 130,0 cm. A altura variava entre os 180,0 cm como mínimo e os 300,0 cm como máximo. As espessuras estavam compreendidas entre os 9,0 cm e os 14,0 cm. Através do cálculo da média aritmética das medidas dos elementos constituintes da estrutura de madeira analisados anteriormente (largura, espessura e espaçamento) foi possível propor um esquema de montagem tipo para a execução deste tipo de elementos construtivos de tabique e que possa ser útil em trabalhos de conservação/reabilitação. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 57/86

61 A parede exterior de tabique tem uma largura média de 233,8 cm, uma altura de 210,0 cm e uma espessura de 11,7 cm. As tábuas verticais quando inseridas numa parede exterior têm, como valores médios, uma largura de 19,6 cm, uma espessura de 3,5 cm e estão espaçadas de 1,2 cm. No que respeita às ripas horizontais, estas apresentam medidas médias de 2,2 cm de largura, 1,0 cm de espessura, 2,7 cm de espaçamento e um comprimento de 155,7 cm. Analisando o esquema da Figura 34 que indica as medidas médias para um elemento construtivo de tabique, pode-se concluir que as tábuas verticais têm uma largura média de 15,3 cm, um espaçamento de 2,0 cm e uma espessura de 2,9 cm. Por sua vez, as ripas horizontais apresentam-se com uma largura de 2,1 cm, um espaçamento entre si de 2,6 cm e uma espessura de 1,3 cm. Quando se comparam os valores médios obtidos para os elementos constituintes de uma parede de tabique exterior com uma interior, verifica-se que as dimensões das tábuas verticais e ripas horizontais são maiores nas paredes exteriores. Uma vez que as paredes interiores têm uma função maioritariamente de divisórias, poderá explicar esta diferença de valores. As dimensões das tábuas verticais da parede exterior são maiores pois estas paredes são resistentes. Ao observar as ripas horizontais, verificou-se que estas apresentavam uma secção transversal que não era perfeitamente rectangular. Visto em perfil, era visível um efeito cunha nas faces superior e inferior, que poderá ter como objectivo auxiliar a aplicação do enchimento da parede. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 58/86

62 5. CAPITULO 4 ESTUDO LABORATORIAL DOS MATERIAIS 5.1. Objectivos Com este capítulo pretende-se apresentar os resultados dos ensaios laboratoriais realizados às amostras recolhidas em cada construção Introdução Durante o trabalho de campo foi possível recolher amostras de material de alguns elementos construtivos de tabique, para se efectuarem análises experimentais de identificação e caracterização dos materiais. Não foi possível recolher um maior número de amostras por falta de autorização dos proprietários e por falta de acessibilidade às mesmas. Para o estudo laboratorial foram recolhidas amostras de enchimento, madeira e pregos, com o intuito de identificar que tipo de material de enchimento foi usado, identificar qual a espécie de madeira aplicada e qual o material dos pregos. Deste modo, com as amostras de enchimento foram realizadas análises granulométricas no Laboratório de Materiais e Solos da UTAD à semelhança de outros trabalhos [1] [5] [9]. Realizaram-se análises Scanning Electron Microscopy/Energy Dispersive Spectoscopy (SEM/EDS) e Difracção raio-x no Laboratório de Microscopia Electrónica e de Varrimento da UTAD para identificar a composição química elementar do material dessas amostras [1] [5] [9]. Simultaneamente, no Departamento das Ciências Florestais da UTAD, foi identificada a espécie de madeira [1] [5] [9]. A designação adoptada para cada construção está relacionada com a designação usada para as diferentes amostras de material colhidos e estudadas, isto é, Amostra 1 refere-se à Construção 1. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 59/86

63 5.3. Identificação/caracterização do material enchimento O material de enchimento/recobrimento da estrutura de madeira de um elemento construtivo de tabique poderá ser exclusivamente terra ou terra misturada com um aglutinante do tipo cal aérea ou cal hidráulica. Para se averiguar se este facto também ocorre nas construções de tabique da AMTFNT, recolheram amostras deste tipo de material e realizaram-se ensaios de granulometria, SEM/EDS e Difracção raio-x Análise granulométrica A análise granulométrica foi realizada segundo a norma da Especificação do LNEC E 239 [18], pretendendo-se através da peneiração e da curva granulométrica determinar o material em estudo. Neste trabalho de investigação apenas foi possível recolher uma amostra de enchimento para se realizar o ensaio de granulometria (Figura 35). Figura 35: Amostra para ensaio de granulometria A amostra foi desagregada com o auxílio de um pilão metálico e colocada em recipientes metálicos que posteriormente foram à estufa de forma a eliminar qualquer humidade que possuíssem. Após terem secado peneiraram-se as amostras e efectuaram-se os registos dos retidos em cada peneiro, estando na Tabela 17 indicadas as aberturas das malhas dos peneiros. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 60/86

64 Tabela 17: Abertura da malha dos peneiros PENEIROS ABERTURA DAS MALHAS (mm) 3 76,2 2 50,8 1 ½ 38,1 1 25,4 ¾ 19,0 3/8 9,51 N.º 4 4,76 N.º 10 2,00 N.º 20 0,84 N.º 40 0,42 N.º 60 0,25 N.º 140 0,11 N.º 200 0,074 Através da Tabela 18 e da curva granulométrica, pôde-se determinar o tipo de material das amostras. Tabela 18: Classificação dos solos TIPO DE SOLO Argila Diâmetro da malha Menor que 0,005 mm Silte Entre 0,005 mm e 0,050 mm Areia Entre 0,050 mm e 5,000 mm Pedregulhos Maior que 5,000 mm Uma vez que o peneiro que apresenta uma abertura de malhas menor é o N.º 200 (0,074mm) viu-se necessário recorrer ao ensaio de sedimentação para permitir classificar a fracção fina do material e assim fechar a curva granulométrica. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 61/86

65 Figura 36: Ensaio de sedimentação A curva granulométrica da amostra ensaiada encontra-se apresentada na Figuras 37. Figura 37: Curva granulométrica da Amostra 15 Se considerar que a fracção fina de um solo é formada pela argila, pelo silte e pela parte fina da areia, a curva granulométrica indica que o material estudado apresenta aproximadamente 30% de fracção fina e o restante de areia. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 62/86

66 Análise SEM/EDS A análise SEM/EDS foi realizada na Unidade de Microscopia Electrónica e de Varrimento da UTAD. Vários trabalhos de investigação recorreram a este ensaio com o propósito de identificar a composição química elementar das amostras [1] [5] [9]. A preparação das amostras consistiu em colocá-las sobre pinos de alumínio e fixá-las com cola de carbono. Seguidamente, tornou-se a amostra condutora por deposição de uma camada de carbono. Para a visualização, foi utilizado o modo Alto Vácuo, tendo sido usada uma pressão parcial no interior da câmara de 1,33 mbar e uma tensão de aceleração de 30kV. Figura 38: Microscópio de Varrimento Electrónico [19] A Figura 39 apresenta as amostras de material ensaiadas. Figura 39: Amostras para elaboração dos ensaios SEM/EDS Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 63/86

67 A quantidade de material necessária para realizar este ensaio é muito reduzida (cerca de 5g por amostra) o que justificou ser possível realizar um maior número de ensaios SEM/EDS do que os realizados na analise granulométrica. Foram tiradas várias fotografias com resoluções diferentes (500x, 2500x e 5000x) de cada amostra, tal como se pode observar na Tabela 19. Tabela 19: Fotografias com diferentes resoluções das amostras Referência 500x 2500x 5000X Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Amostra 13 Amostra 15 Amostra 17 Amostra 22 Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 64/86

68 Depois de se observar a Tabela 19, em particular as fotografias de maior resolução conclui-se que as amostras 2, 4 e 17 apresentam partículas de maior dimensão. Foi também efectuada uma análise química dos elementos presentes nas amostras, por EDS, tendo sido utilizado sempre o mesmo tempo de aquisição de espectros. Apresentam-se na Tabela 20 as diferentes percentagens de cada elemento químico detectado nas amostras e como resultado deste ensaio. ELEMENTO QUÍMICO (%) Tabela 20: Percentagem dos elementos químicos detectados através de SEM/EDS AMOSTRA OXIGÉNIO (O) 49,61 53,46 46,41 53,69 46,30 50,03 48,78 49,47 FLÚOR (F) 1, , ,66 0,73 SÓDIO (NA) 0,78 0,49 3, , ,7 0,49 MAGNÉSIO 9,85 12,96 11,34 12,73 6,37 6,88 7,67 9,13 ALUMÍNIO (AL) 2,51 1,12 4,36 1,11 9,12 4,08 4,11 3,42 SÍLICA (SI) 6,08 5,2 8,53 4,95 10,89 7,44 14,19 7,45 CLORO (CL) , ,07 -- POTÁSSIO (K) 0,52 0,16 1,01 0,25 2,84 1,19 1,08 1,11 CÁLCIO (CA) 26,56 24,68 16,97 24,91 20,40 28,06 20,04 25,51 MANGANÊS 0,39 0,36 0,23 0,32 0, TITÂNIO (TI) 0, , ,13 0,28 0,34 FERRO (FE) 2,25 1,57 2,95 2,03 3,46 2,21 2,43 2,33 Através dos resultados apresentados na Tabela 20 verifica-se que a amostra 3 é a única que contém todos os elementos químicos listados. Todos os materiais analisados apresenta o Oxigénio como sendo o elemento químico mais abundante, apresentando valores superiores a 45%. O Cálcio é o segundo elemento mais abundante nas amostras, levando a concluir que o enchimento do elemento de tabique seja do tipo argamassa com ligante do tipo cal (aérea ou hidráulica). Este resultado é inesperado e não reproduz os resultados obtidos noutros trabalhos de investigação [1] [5] e [9]. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 65/86

69 Difracção de raio-x Para se obterem difractogramas de raio-x, as amostras foram preparadas num portaamostras padrão. A energia usada na produção da radiação X foi de 50kV e 40mA. A aquisição foi efectuada na geometria Bragg-Bentano entre 4º<20º<60º. Figura 40: Equipamento usado no ensaio de difracção de raio-x [19] Os espectros que dão a composição mineralógica constituinte do material, estão representados nas Figuras de 41 a 48. Figura 41: Espectro da Amostra 1 Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 66/86

70 Figura 42: Espectro da Amostra 2 Figura 43: Espectro da Amostra 3 Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 67/86

71 Figura 44: espectro da Amostra 4 Figura 45: Espectro da Amostra 13 Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 68/86

72 Figura 46: Espectro da Amostra 15 Figura 47: Espectro da Amostra 17 Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 69/86

73 Figura 48: Espectro da Amostra 22 Relativamente à composição mineralógica das diferentes amostras, após indexação de todos os espectros obtidos, pode concluir-se que todas elas apresentam como base a calcite e o quartzo, tendo para além destes outros minerais de acordo com a Tabela 21. Tabela 21: Composição mineralógica das diferentes amostras COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA AMOSTRAS CALCITE QUARTZO MUSCOVITE ALBITE 1 X X 2 X 3 X 4 X X 13 X 15 X 17 X 22 Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 70/86

74 As amostras apresentam como base a calcite e o quartzo. A albite é a que está menos presente apenas se pronunciando na Amostra Identificação da espécie de madeira Durante o trabalho de campo foi possível recolher 5 amostras de madeira das construções 1, 3, 4, 15 e 17 (Figura 49). a) Construção 1 b) Construção 3 c) Construção 4 d) Construção 15 e) Construção 17 Figura 49: Amostras de madeira recolhidas durante o trabalho de campo Pretende-se com estas amostras identificar as espécies de madeira presentes nas várias amostras da região da AMTFNT. O ensaio de identificação da espécie de madeira foi realizado no Laboratório do Departamento Florestal da UTAD e pretende ser representativo das construções de tabique da AMTFNT. A identificação da espécie de madeira consistiu numa observação visual dos cortes histológicos da madeira relativa a cada amostra e os resultados apresentam-se na Tabela 22. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 71/86

75 Tabela 22: Resultados da identificação da espécie de madeira AMOSTRA ESPÉCIE DE MADEIRA 1 Choupo (populus sp) 3 Pinheiro Bravo (pinus pinaster) 4 Pinheiro Bravo (pinus pinaster) 15 Pinheiro Bravo (pinus pinaster) 17 Pinheiro Bravo (pinus pinaster) Esta informação permite concluir que o Pinheiro Bravo (pinus pinaster) é a espécie de madeira mais utilizada nas construções de tabique na AMTFNT. Contudo existe uma excepção da Amostra nº 1 que apresenta o Choupo (populus sp) como espécie de madeira. Os resultados obtidos por [4-6] também indicam que a espécie de madeira mais abundante é o Pinheiro Bravo. Nos mesmos trabalhos, à semelhança do que aqui se apresenta, foi encontrado em casos pontuais Choupo. Tem-se conhecimento de que se utilizaria o Castanho mas de forma pouco expressiva [3-6] Identificação do tipo de pregos Na técnica construtiva de tabique, os elementos de madeira são ligados entre si através de pregos metálicos (Figura 50), tendo sido recolhidas quatro amostras de pregos usados na fixação das ripas horizontais às tábuas verticais. Para se identificar o tipo de metal ou liga metálica usada no fabrico dos pregos encontrados na AMTFNT, procedeu-se à realização de ensaios de identificação nas amostras recolhidas. Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 72/86

76 Figura 50: Pregos de ligação dos elementos de madeira na construção 1 As amostras tiveram um tratamento antes de se realizarem os ensaios. A preparação consistiu no corte dos pregos com recurso a uma máquina de corte eléctrica, uma vez que eram pregos de grandes dimensões e posteriormente uma das partes cortadas foi embebida em resina preta para facilitar o manuseamento (Figura 51). a) Amostra 1 b) Amostra 4 c) Amostra 15 d) Amostra 17 Figura 51: Amostras de pregos preparadas para ensaios Utilizando uma máquina com superfície rotativa, lixaram-se as amostras usando dez tipos de lixa com granulometrias decrescentes e de forma a obter uma superfície com sulcos unidireccionais e completamente lisa. a) Máquina de corte b) Moldador c) Lixadora Figura 52: Equipamentos usados na preparação das amostras de pregos Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 73/86

77 Foram realizados ensaios de dureza para classificar os pregos quanto à sua dureza na escala de Highness Vickvers (HV). Fizeram-se estes ensaios em várias zonas do prego para assim se conseguir valores médios. Os resultados estão apresentados na Tabela 23. Tabela 23: Resultado do ensaio de dureza dos pregos AMOSTRA Highness Vickvers (HV) 312,50 287,00 279,00 270,00 Face aos valores da escala de Highness Vickvers (HV) obtidos nos ensaios de dureza, pensa-se que todos os pregos ensaiados sejam de aço pois apresentam valores de dureza superiores a 200 HV. Os valores abaixo dos 300 HV levam a crer que se tratam de aços produzidos de forma rudimentar, levando a que o material tivesse impurezas, comprometendo a sua dureza. Figura 53: Microestrutura do aço da amostra 1 A Tabela 24 resume a informação relativa às amostras de pregos recolhidas e ensaiadas e como auxilio na Figura 54 apresenta-se um esquema.. Figura 54: Esquema de prego Construções de tabique na Associação de Municípios de Terra fria do Nordeste Transmontano 74/86

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