Associação de Amizade Portugal Estados Unidos da América O Futuro da Economia Portuguesa e a Importância das Relações com os EUA Almoço-Conferência

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1 Associação de Amizade Portugal Estados Unidos da América O Futuro da Economia Portuguesa e a Importância das Relações com os EUA Almoço-Conferência Intervenção de António Saraiva, Presidente da CIP Lisboa, 26 de janeiro de 2016 Boa tarde! Antes de mais, gostaria de agradecer ao Dr. António Neto da Silva pelo convite para participar neste debate promovido pela Associação de Amizade Portugal-Estados Unidos. São organizações como esta que ajudam à manutenção dos laços entre Portugal e as suas comunidades espalhadas por este mundo, que muito têm contribuído para o crescimento nacional. A economia portuguesa tem vindo a recuperar lentamente das consequências causadas pela crise económica. Os cenários para a evolução da economia portuguesa em 2016, divulgados por diversas entidades nacionais e internacionais, coincidem num quadro de continuação do atual ritmo de recuperação gradual relativamente moderado: as taxas de crescimento esperadas para o próximo ano oscilam entre 1.5% (segundo o FMI) e 1.7% (de acordo com o Banco de Portugal e a Comissão Europeia). Ficaríamos, assim, um pouco aquém do crescimento esperado para a zona do euro. Desaparecidos alguns dos fatores temporários que determinaram o aumento da penetração das importações (nomeadamente o forte dinamismo dos bens de consumo duradouros), espera-se uma forte desaceleração das aquisições ao exterior, possibilitando que, mesmo com o abrandamento esperado da procura, o crescimento tenha um desempenho um pouco superior ao registado em Quanto ao mercado do trabalho, prevê-se a continuação da recuperação do emprego (embora a ritmo mais moderado) o que, num contexto de diminuição da população ativa, permitirá a continuação da redução do desemprego. Aos fatores de risco associados a qualquer uma destas projeções, acresce a incerteza associada à alteração da política económica que será implementada pelo novo Governo. Entre os primeiros fatores, é referida, no plano externo, a possibilidade de uma recuperação mais lenta da atividade económica, em particular nas economias de mercado emergentes. 1

2 O cenário macroeconómico subjacente ao Orçamento de Estado para 2016 é mais otimista do que os que tive oportunidade de referir. Aponta para um crescimento do PIB de 2,1%, sustentado por uma evolução mais favorável, quer da procura interna, quer das exportações. O melhor desempenho da procura interna decorreria, do ponto de vista do Governo, da estratégia económica definida pelo próprio, que assenta fortemente no estímulo ao rendimento disponível das famílias e, portanto, ao consumo, o que acarreta riscos. Importa lembrar que as variáveis chave do relançamento da economia são as exportações e o investimento, e a estas terá que ser prestada uma atenção especial, já que não será de esperar que aumentem apenas por via da melhoria das expectativas de aumento do consumo. Tendo em conta a reduzida dimensão do mercado nacional e a retração a que foi sujeito nos últimos anos, é nos mercados externos que se abrem hoje as grandes oportunidades. Há também oportunidades que nos oferecem os nossos recursos: O mar, que sendo um elemento fulcral para a compreensão da nossa História e da nossa própria identidade como nação, tem sido um recurso negligenciado em termos económicos. Os recursos agrícolas e a floresta, que, através de uma gestão mais cuidada, poderia ser muito mais valorizada como vantagem competitiva em diversos setores industriais. Os recursos que nos proporcionam, no campo da energia, inegáveis vantagens num leque alargado de fontes alternativas: hídrica, eólica, solar e ondas. Os recursos que fazem de nós um destino privilegiado para um turismo de qualidade. O inestimável recurso que representa o conhecimento de que dispomos no interior das nossas empresas e aquele a que podemos aceder através da cooperação com as nossas universidades, centros tecnológicos ou institutos de investigação. De facto, o conhecimento é cada vez mais o fator que distingue a capacidade das empresas e das economias e lhes conferem vantagens competitivas verdadeiramente sustentáveis. Relativamente aos recursos financeiros de que dispomos, eles são, de facto, mais escassos do que no passado. Estamos limitados pela necessidade de consolidação das finanças públicas. Temos uma capacidade mais limitada de financiamento por parte do sistema bancário e, sobretudo, uma perceção de risco muito mais restritiva. Mas temos de nos lembrar que, no passado, quando esses recursos eram menos escassos, Portugal falhou essencialmente pela incapacidade de os canalizar eficazmente, ao não fazer reverter os benefícios da abundância de capital a baixo 2

3 custo em favor do investimento produtivo modernizador que nos permitisse aumentar a capacidade de oferta de bens e serviços valorizados nos mercados, sobretudo nos mercados externos. Há, pois, que aproveitar corretamente as oportunidades oferecidas pelos recursos que hoje temos. A este respeito, lembro os principais instrumentos de estímulo ao investimento com que contamos: Sob o Plano de Investimento para a Europa, foi criado um fundo que, com 21 mil milhões de euros de verbas da Comissão Europeia e do BEI, tem por objetivo, através da concessão de garantias, alavancar o investimento na Europa em 315 mil milhões de euros, em três anos. Ao nível europeu, temos ainda o maior programa-quadro de sempre de investigação e inovação da União Europeia, o Horizonte 2020, com um orçamento no valor de 80 mil milhões de euros. Em Portugal, estão disponíveis mais de 25 mil milhões de euros de fundos estruturais, até É fundamental assegurar uma utilização eficaz de todos estes recursos e instrumentos, de modo a contribuir para que Portugal retome o caminho de convergência. Tal depende da forma como estes apoios forem sendo implementados, mas também da mobilização das empresas para os aproveitarem ao serviço de estratégias capazes de enfrentar com sucesso a globalização e colocar a economia portuguesa no caminho do crescimento. Para explorar plenamente estas oportunidades, temos que vencer uma série de desafios que se colocam à nossa economia. Destaco entre outros: o equilíbrio das contas do Estado e a sustentabilidade da dívida pública; o equilíbrio das contas externas e o controlo do endividamento para com o estrangeiro; a competitividade da nossa economia face ao exterior; um nível de carga fiscal em linha com os nossos principais concorrentes. Permitam-me que elabore um pouco sobre estes objetivos, à luz daquilo que a CIP tem defendido. Todos eles estão profundamente interrelacionados: 3

4 O objetivo da sustentabilidade das finanças públicas terá de ser conciliado com o da redução da carga fiscal, para que ganhemos a competitividade necessária à manutenção do equilíbrio externo e ao controlo do endividamento para com o estrangeiro. Nesta linha, temos defendido que é indispensável que, do lado da despesa corrente primária, sejam tomadas medidas para substituir as medidas de consolidação temporárias, que foram adotadas durante o período do programa de ajustamento, por medidas estruturais, com um impacto significativo na despesa pública. Tal implica avançar decisivamente na Reforma do Estado, de forma a assegurar a prestação de serviços de interesse público com maior qualidade e absorvendo uma menor parcela dos recursos produzidos pela economia. A competitividade externa exige também, do lado das políticas públicas, a criação de condições de concorrência, de financiamento, de simplificação regulatória e de custos de energia, entre outras, que lhes permitam enfrentar com sucesso as crescentes pressões de mercados globais cada vez mais exigentes. Mas os desafios da economia não se colocam apenas do ponto de vista das políticas públicas. Se é certo que o Estado tem a obrigação de preparar convenientemente o contexto, não é menos verdade que a resposta aos desafios com que a economia se defronta deve ser dada precisamente pelas próprias empresas. As empresas devem olhar para si próprias e decidir, de acordo com o meio envolvente e as condições do mercado, o que devem elas próprias fazer para ser competitivas e para criarem emprego e riqueza. Primeiro, olhar para si próprias e decidir de acordo com os seus recursos. Só depois olhar para o que o Estado deve fazer. Permitam-me, pois, que desdobre o desafio global da competitividade da nossa economia face ao exterior em cinco grandes desafios na perspetiva das empresas portuguesas: 1. Internacionalizar para crescer 2. Inovar para competir 3. Recapitalizar para investir 4. Alargar a cadeia de valor para reter mais riqueza 5. Gerir eficazmente para um melhor desempenho Como referi, a reduzida dimensão do mercado nacional e a retração a que foi sujeito nos últimos anos fazem com que o caminho do crescimento e do sucesso nas 4

5 empresas produtoras de bens e serviços transacionáveis tenha que passar, hoje mais do que nunca, pela internacionalização. Reforçar a internacionalização é, por isso, um objetivo fundamental, que requer um esforço conjunto das instituições públicas, das empresas e das estruturas associativas que as representam. Diversificar mercados e adquirir competências necessárias à internacionalização são desafios que se nos colocam. Face a este desafio da internacionalização, muitas empresas confrontam-se com dificuldades decorrentes da sua reduzida dimensão. Há, de facto, necessidade de ganhos de escala para reduzir custos e aumentar a competitividade nos mercados internacionais. A cooperação empresarial constitui uma forma das empresas, em particular as de menor dimensão, aumentarem a sua massa crítica, reforçarem a sua competitividade e melhorarem o seu posicionamento estratégico no mercado internacional. A CIP propôs a criação de incentivos à cooperação e ao redimensionamento empresarial, sob a forma de mecanismos de apoio à concentração empresarial, através de operações de aquisição e fusão ou de formas menos radicais, associações, acordos complementares de empresas, mas que levem a uma efetiva conjugação de esforços e de recursos. No Portugal 2020, prevê-se especificamente o apoio a iniciativas de cooperação interempresarial visando o aumento de escala e uma resposta integrada à sofisticação da procura internacional. Esta será, sem dúvida, uma oportunidade a aproveitar para ultrapassar as dificuldades que a pequena dimensão de muitas empresas acarreta. Internacionalizar só será possível com competitividade. O segundo desafio de que vos queria falar é, pois, o de inovar para competir. Internacionalização, competitividade e inovação são os três vértices do triângulo das prioridades para a economia portuguesa: internacionalização que só será possível com competitividade, competitividade que requer inovação. Inovação no que respeita aos produtos: bens e serviços inovadores, isto é, bens e serviços desejados e valorizados pelos mercados. Bens e serviços diferenciados, que proporcionem ao consumidor algo que a concorrência não consegue oferecer. Mas também inovação relativamente ao marketing e a toda a função comercial, apostando em marcas próprias e no controlo dos canais de distribuição. É necessário também um esforço de melhoria da competitividade no que respeita aos processos e, de uma forma geral, à organização e capacidade de gestão das empresas. 5

6 Todas estas vertentes requerem mais inovação: inovação tecnológica, ao nível dos produtos e dos processos, inovação na função comercial, inovação organizacional. Porque só pela inovação conseguiremos valorizar aquilo que sabemos produzir. Sobretudo num país como o nosso, a inovação deve ser fundamentalmente incremental e, como tal, está ao alcance da generalidade das empresas, nestas diversas vertentes. É esta noção alargada de inovação empresarial que deve ser difundida ao nível das PME e devidamente apoiada. Surge aqui a necessidade de uma mais estreita ligação entre os meios científicos e empresariais, de modo a colocar o conhecimento e as competências de que Portugal já dispõe ao serviço de estratégias de inovação das empresas. Para aprofundarem a sua internacionalização, para inovarem em termos de produtos e processos, para aumentarem a sua competitividade e a sua capacidade produtiva, as empresas precisam de investir. Do ponto de vista macroeconómico, o investimento é uma variável fundamental para que possamos recuperar o potencial de crescimento económico perdido ao longo da última década e sustentar o aumento das exportações. Ora, para investirem, as empresas precisam de financiamento. Sabemos que a principal restrição ao financiamento já não é de liquidez da banca, mas sobretudo de perceção de risco. As três ou quatro mil empresas portuguesas com um perfil de risco mais favorável têm hoje um acesso mais facilitado à banca. É frequente ouvirmos responsáveis pela banca queixarem-se da escassez de bons projetos onde investir. Mas sabemos também que os critérios da banca são hoje marcadamente restritivos e o crédito continua vedado a muitas empresas, em particular às PME, travando a retoma do investimento. A avaliação de risco por parte da Banca é afetada pelo facto de a generalidade das empresas, especialmente as PME, apresentarem níveis muito baixos de capitalização, com rácios de autonomia financeira abaixo da média europeia, e demonstrando excessiva dependência de crédito bancário de curto prazo. É esta a razão de ser do terceiro desafio que apontei: recapitalizar para investir. 6

7 Neste contexto, a resolução do problema do financiamento exige medidas centradas em três vetores: O desenvolvimento do capital de risco; Uma fiscalidade mais favorável à retenção de lucros e às entradas de capital por parte dos sócios ou acionistas, e, finalmente, O desenvolvimento de novos instrumentos financeiros com natureza de quase capital, os quais, não apresentando as exigências inerentes ao capital de risco, são passíveis de melhorar a estrutura de capitais das empresas. A CIP propôs já o lançamento de um programa articulado dirigido a uma reorganização profunda do quadro em que as empresas se financiam e onde estes vetores estão presentes. O quarto desafio é o de alargar a cadeia de valor para reter mais riqueza. As empresas portuguesas - que, de uma forma geral, sabem produzir com qualidade - terão de ir mais além para acrescentar cada vez mais valor à sua produção: terão de alargar as suas cadeias de valor e adquirir as competências e conhecimentos necessários para conceberem os seus próprios produtos e colocarem-nos nos mercados de forma a valorizá-los o mais possível. O valor perdido pelas empresas que se limitam a fabricar bem produtos de alta qualidade, mas que são concebidos e comercializados por empresas estrangeiras é enorme. Mas essa diferença que atualmente muitas empresas deixam escapar para o exterior é também a medida do potencial que têm para aumentar a produtividade e a competitividade. Chegamos finalmente ao quinto desafio: gerir eficazmente para um melhor desempenho. É preciso, também, introduzir mudanças na forma como as empresas se organizam e nas práticas de gestão que adotam. Práticas que são, afinal, ferramentas e métodos de gestão aplicados no dia-a-dia da empresa, com vista a um melhor desempenho. Estes desafios que as empresas enfrentam exigem um ambiente de confiança, previsibilidade e estabilidade. Minhas senhoras e meus senhores, Permitam-me agora abordar a importância das relações com os Estados Unidos da América. Com sensivelmente 1 milhão e 350 mil cidadãos luso-descendentes a viver nos Estados Unidos hoje em dia, a comunidade Luso-Americana tem uma importância muito relevante, sendo um importante ponto de contacto na relação entre os dois países. Os 7

8 cerca de 50 luso-descendentes que ocupam cargos políticos no sistema Norte- Americano são apenas um dos exemplos do destaque desta comunidade, não esquecendo também os diversos empresários de renome com ascendência portuguesa. Acredito que as comunidades portuguesas podem e devem constituir-se como o principal elo de ligação económica entre os dois mercados. É uma vantagem competitiva que não podemos desperdiçar! As relações económicas bilaterais entre Portugal e os Estados Unidos são favoráveis e tendem a aumentar, principalmente com a muito esperada concretização do TTIP (Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento). Dados oficiais para o período de janeiro a novembro de 2015 apontam os Estados Unidos como o principal mercado para as exportações portuguesas, fora da Europa, e terceiro mercado de origem das importações feitas por Portugal (também fora da Europa). A passagem dos Estados Unidos para o primeiro lugar nos nossos mercados extraeuropeus (ultrapassando Angola) ficou a dever-se não só à redução das exportações para Angola, devido ao impacto da queda dos preços do petróleo naquela economia, mas também, em grande parte, ao expressivo aumento das exportações para os Estados Unidos (24% comparando com igual período de 2014). Os Estados Unidos constituem um parceiro estratégico para a União Europeia, logo, um extenso acordo entre estas duas regiões deve ser visto como uma oportunidade de fazer crescer o comércio e o investimento para apoiar a criação de emprego, o crescimento económico e a competitividade internacional das indústrias da União Europeia e dos Estados Unidos. Os Estados Unidos representam um dos mercados que mais importa produtos em que existe potencial de exportação nacional, no entanto, a nossa quota de mercado está bastante abaixo do que seria natural. Devido à enorme dimensão do mercado norte-americano um pequeno aumento da nossa quota de mercado tem um elevado impacto no volume exportado para aquele país e, consequentemente, para a nossa economia. Há também a considerar a forma como a economia norte-americana está a recuperar da crise económica mundial e a maior estabilidade que apresenta face a outras economias (o exemplo de Angola é paradigmático). Sendo um mercado difícil e exigente, tem subjacente um menor risco do que muitos outros, sujeitos a uma maior incerteza, tanto em termos políticos como económicos. Por último, a sofisticação e a exigência dos consumidores americanos (e também das suas empresas) representa um estímulo à nossa capacidade de produzir com elevados padrões de qualidade, puxando pelos fatores de competitividade nos quais temos de apostar. 8

9 Há, pois, um enorme potencial por explorar, e o TTIP pode constituir-se como um fator determinante nessa aposta. A CIP tem acompanhado o processo negocial do TTIP, cuja ronda mais recente, a 11ª, ocorreu em outubro do ano passado. Este acompanhamento tem-se processado principalmente através da nossa participação ativa na confederação empresarial europeia da qual somos membro: a BUSINESSEUROPE. Neste contexto, a CIP defende a negociação de um TTIP abrangente e ambicioso que conduza à obtenção de compromissos firmes em todas as vertentes da negociação e que promova uma envolvente económica favorável e propícia ao incremento do comércio e do investimento. No entanto, importa que o espírito entusiasta de apoio às negociações não prejudique a atitude realista de que deve prevalecer nos negociadores, ou seja, é essencial que os negociadores Europeus tenham presentes os seguintes pressupostos: 1. Em muitos setores industriais o acesso das PME Europeias ao mercado dos Estados Unidos é muito mais difícil que o inverso; 2. A eficácia do acordo dependerá da sua eficiente e correta aplicação pelas autoridades administrativas federais e estaduais Americanas, sob pena de se tornar ineficaz e inútil mediante a imposição de burocracias desnecessárias; 3. É absolutamente necessário assegurar que esta negociação seja assente em princípios firmes de reciprocidade e simetria, garantir um desmantelamento pautal para a generalidade dos produtos industriais e uma cooperação regulatória eficaz e contínua. Permitam-me que destaque aqui alguns aspetos deste acordo que poderão ser sensíveis para a indústria portuguesa: Quanto às BARREIRAS TARIFÁRIAS, devo referir que, apesar das estimativas da OMC demonstrarem que o nível médio das tarifas aduaneiras no comércio bilateral é relativamente baixo, existem produtos aos quais se aplicam ainda tarifas muito elevadas, pelo que será necessária uma negociação específica relativamente a determinados produtos. A CIP defende, portanto, que este capítulo negocial seja complementado por uma abordagem setorial relativa a algumas tarifas específicas comprovadamente altas. Também os OBSTÁCULOS SANITÁRIOS E FITOSSANITÁRIOS representam uma preocupação no âmbito do TTIP. Algumas empresas, (exportadores de conservas de peixe) alertam para as dificuldades criadas pela FDA (Food and Drug Administration), tais como a imposição de um grande número de análises cujos resultados devem acompanhar o produto elevando o seu preço de tal forma que inviabiliza a sua exportação pelo facto de a tornar não compensadora. 9

10 Um dos temas mais importantes, mas de negociação reconhecidamente difícil, desta Parceria Transatlântica, refere-se à COOPERAÇÃO REGULATÓRIA. As diferenças de regulamentos técnicos, especificações, normas e procedimentos de conformidade são, hoje, um enorme obstáculo ao comércio transatlântico. As empresas têm que desenhar e produzir produtos diferentes para o mercado europeu e para o mercado transatlântico, o que reduz a sua competitividade, atrasa processos de inovação e, muitas vezes, acarreta custos que impedem a internacionalização das PME. Mas o mais importante será definir um plano de trabalhos para uma colaboração setorial continuada que vá para além da assinatura do acordo. No mesmo capítulo regulamentar é necessário negociar o SETOR DOS COSMÉTICOS. A legislação da União Europeia em matéria de cosméticos é muito mais avançada e exigente do que a legislação Norte-Americana, o que se reflete, naturalmente, nos níveis de exigência impostos à indústria europeia. Também o SETOR QUÍMICO apresenta algumas questões sensíveis no que diz respeito à negociação deste Acordo. Como forma de contribuir para a eliminação das barreiras técnicas e económicas ao comércio, considera-se importante desenvolver uma maior cooperação comercial entre os agentes económicos, promovendo mais os programas setoriais de cooperação entre os países da União Europeia e os diferentes Estados Americanos. A ENERGIA é também uma questão de importância crucial no TTIP. O TTIP terá uma importância muito limitada se não incluir disposições específicas sobre o comércio de produtos de energia, particularmente petróleo e gás natural. Outra das questões mais importantes, na perspetiva da CIP, para a negociação do TTIP, são os CONTRATOS PÚBLICOS. Um número considerável de empresas Europeias de vários setores participa ou procura participar em concursos públicos nos Estados Unidos, diretamente ou através de subsidiárias. Os mercados públicos oferecem grandes oportunidades para as empresas Europeias que exportam ou produzem nos Estados Unidos. O INVESTIMENTO é o grande motor de crescimento económico e da criação de emprego, pelo que será certamente um dos capítulos mais importantes desta Parceria. Os Estados Unidos são o principal investidor na Europa (antes da crise o investimento Americano na Europa rondava os 200 biliões de euros) e a União Europeia é o principal investidor nos Estados Unidos (as filiais de empresas Europeias são responsáveis por mais de 2 milhões de empregos). A CIP considera que o TTIP será determinante no reforço dos investimentos transatlânticos e, consequentemente, no emprego. 10

11 Gostaria, por fim, de realçar que é importante não esquecer que o TTIP trará vantagens para um universo económico especialmente vulnerável: as PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. Espera-se que a implementação eficaz do TTIP traga muitas oportunidades às PME para que estas possam beneficiar das vantagens de um acesso melhorado ao mercado Norte-Americano. Além das medidas já enunciadas, como a eliminação de barreiras tarifárias, a facilidade de acesso aos concursos públicos, outras medidas como a simplificação dos processos burocráticos e a liberalização do comércio de serviços vão facilitar o acesso das PME ao mercado Norte-Americano. É importante também referir que o próprio TTIP terá um capítulo exclusivamente dedicado às PME, de modo a abordar mais eficazmente as suas necessidades específicas. A CIP está empenhada em ajudar a desenvolver este acordo, para que seja sólido e benéfico para Portugal e para as relações bilaterais entre o nosso país e os Estados Unidos. Nunca é demais realçar a ideia de que são essenciais os laços económicos e também culturais, entre os dois países, reforçados não só pela presença da comunidade portuguesa, mas também pelas ações de organizações como esta Associação, o que torna imprescindível a sua existência. Muito obrigado. António Saraiva Presidente da CIP 11

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