Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS Tradução Jurandir Malerba

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1 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS -1-

2 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR Reitor Vice-Reitor Wilmar Sachetin Marçal Cesar Antonio Caggiano Santos Editora da Universidade Estadual de Londrina Conselho Editorial Diretora Neide Maria Jardinette Zaninelli (Presidente) Ângela Pereira Teixeira Victória Palma Carlos Roberto de Resende Miranda Ernesto Fernando Ferreyra Ramirez Gilmar Arruda Maria Luiza Marinho Marta Dantas da Silva Odilon Vidotto Pedro Paulo da Silva Ayrosa Rossana Lott Rodrigues Neide Maria Jardinette Zaninelli A Eduel é afiliada à - -

3 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR. Ou como se fazer uma boa história crítica? (Publicado originalmente como ANTIMANUAL DEL MAL HISTORIADOR O cómo hacer hoy una buena historia crítica? México: La Vasija, 2002) Carlos Antonio AgUIRRE RoJAS

4 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Catalogação na publicação elaborada pela Bibliotecária Neide Maria Jardinette Zaninelli/CRB-9/884. A284a Aguirre Rojas, Carlos Antonio. Antimanual do mau historiador/carlos Antonio Aguirre Rojas; tradução de Jurandir Malerba.-Londrina: EDUEL, p.;23cm Tradução de: Antimanual Del mal historiador. ISBN Historiografia. 2.História crítica. 3.Correntes historiográficas. I. Título. II. Malerba, Jurandir. CDU: Direitos reservados a Editora da Universidade Estadual de Londrina Campus Universitário Caixa Postal Londrina - PR Fone/Fax: (43) eduel@uel.br Impresso no Brasil / Printed in Brazil Depósito Legal na Biblioteca Nacional

5 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS SUMÁRIO Prólogo à Edição Brasileira 09 Prefácio 14 Introdução 16 Capítulo I Sobre Antimanuais e Antidefinições da História 20 Capítulo II Os Sete (e outros) Pecados Capitais do Mau Historiador 34 Capítulo III Nas Origens da História Crítica 49 Capítulo IV Pelos Caminhos da Boa História Antipositivista 64 Capítulo V As Lições de 1968 para uma Possível Contrahistória Radical 78 Capítulo VI Qual História Devemos Fazer e Ensinar Hoje? Um modelo para (Des)Armar. 97 Apêndice Mitos e Esquecimentos na História Oficial do México 112 Bibliografia Essencial do Bom Seguidor Deste Antimanual

6 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR - -

7 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS O dom de despertar no passado as centelhas da esperança é privilégio exclusivo do historiador convencido de que nem os mortos estarão em segurança se o inimigo vencer... Walter Benjamin, Sobre o conceito de história, tese VI, ca

8 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR - -

9 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS Prólogo à Edição Brasileira O livro que o leitor tem em mãos foi originalmente publicado no México em fevereiro de Esta primeira edição teve boa fortuna, já que o livro foi reeditado no México um ano depois, ganhando uma terceira edição no final de O livro também foi editado na Colômbia em 2002, na Argentina em 2003, e na Guatemala e em Cuba em Outras edições estão sendo agora preparadas na Bolívia e na Espanha, para próxima publicação. A presente edição ao público brasileiro pretende refletir um pouco sobre o conteúdo específico deste pequeno livro e sobre as lições que podemos tirar das diferentes recepções que teve esta obra nos diferentes ambientes acadêmicos e culturais mencionados. O livro se estrutura a partir de dois eixos argumentativos principais, os quais, em conjunto, constituem o esqueleto dos diversos capítulos: em primeiro lugar, o da crítica sistemática às distintas versões da concepção positivista de história, e, em segundo lugar, o da reconstrução detalhada das principais perspectivas e correntes historiográficas que ganharam evidência ao longo do histórico século XX que vai aproximadamente de 1848 aos dias atuais, correntes muitas das quais sustentam o papel de vanguarda dentro do vasto campo dos estudos históricos contemporâneos. Desmonte e superação do positivismo historiográfico e apresentação dos principais enfoques hoje vigentes no cenário historiográfico mundial, esse duplo eixo argumentativo do livro suscitou respostas muito diferentes por parte dos historiadores mexicanos, colombianos, argentinos, guatemaltecos e cubanos que conheceram as teses defendidas nesta obra. Pois este livro foi escrito, considerando-se o contexto mexicano, que acabou ficando muito atrasado em relação aos mais importantes desdobramentos dos estudos históricos mundiais nos últimos cem anos. Por razões históricas que valeriam a pena analisar mais - -

10 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR detalhadamente como o impacto cultural da imigração, de espanhóis fugidos da guerra civil, o México assimilou, durante a década de 1940, uma versão de história claramente marcada pelas perspectivas do positivismo e de sua variante quase gêmea do historicismo alemães. Assimiladas pelos historiadores espanhóis em fins do século XIX até a década de 1930, essa perspectiva historiográfica alemã, positivista e historicista, foi implantada no México no momento exato em que se iniciavam os estudos históricos mexicanos institucionalmente, e em que eram oficialmente criadas as universidades mexicanas e a própria profissão de historiador. Esse modelo de história erudita, muito apegada aos textos escritos como única fonte documental e limitada à mera descrição dos fatos históricos, a rigor o modelo dominante embora não o único dentro da historiografia européia de 1870 e 1930, foi recriado no México como o modelo matricial da profissão de historiador desde seu surgimento institucional. Porém, por mais espantoso que possa parecer, este modelo fundador dos estudos históricos no México, positivista e historicista, manteve-se como modelo dominante da historiografia mexicana até os dias atuais. E conseguiu esse feito apesar do verdadeiro terremoto da revolução de 1968 e da difusão de novas e arejadas perspectivas críticas da história, desde a Escola dos Annales até as distintas vertentes do marxismo. A propósito, o resgate dessas perspectivas críticas no México foi mais obra de cientistas sociais do que de historiadores propriamente ditos. Não há dúvida de que a versão positivista de história é inócua e cômoda para os poderes dominantes, o que fez com que ela tenha sido alimentada, premiada e promovida por inúmeros meios pelo poder do Estado mexicano, ao longo de três gerações, como versão oficial e dominante do cenário historiográfico mexicano. Por isso, tornava-se obrigatória uma crítica cuidadosa, sistemática e completa do positivismo historicismo no México, como

11 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS premissa propedêutica para a explicação dos modelos mais avançados vigentes na prática historiográfica. Esta era, ainda dentro do contexto mexicano, a segunda dimensão deste trabalho: apresentar, de um modo global e panorâmico, porém igualmente completo e coerente, aquelas perspectivas historiográficas que hoje é imprescindível estudar, conhecer e resgatar de maneira crítica e criativa, com o objetivo de acompanhar pari passu os melhores veios das ciências históricas no cenário atual. Os grandes autores e tendências da historiografia mundial contemporânea são conhecidos de maneira muito desigual e assimétrica na América Latina, com graus muito diferentes de profundidade e rigor. Este fato pode ser bem ilustrado pelas diversas recepções que este pequeno Antimanual do mau historiador teve nas diferentes nações onde foi publicado. Assim, no México e na Guatemala assim como na Bolívia, onde o livro se encontra em vias de publicação, a crítica do positivismo historiográfico é algo totalmente novo. Na Colômbia, Argentina e Cuba esta crítica já é bem antiga, remetendo a enfoques e perspectivas há muito superados pelas respectivas historiografias nacionais. Se já não paira dúvida de que o positivismo histórico está hoje muito menos presente na Colômbia, Argentina e Cuba e certamente também no Brasil do que nas historiografias de países como México ou Guatemala e de toda América Central, Venezuela, Bolívia, e talvez até Chile e Peru, isso não impede que a historiografia positivista possa ser reciclada e reintroduzida sob novas e disfarçadas formas, dentro dos supostos novos temas e horizontes das mais diversas perspectivas historiográfias. Pois podemos dizer que hoje existe uma história claramente positivista das mentalidades, assim como uma versão positivista da história econômica, demográfica, social, ou cultural, as quais, em vez de descrever e narrar monotonamente acontecimentos militares, políticos, diplomáticos ou biográficos de supostos grandes homens

12 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR como era a prática positivista tradicional dedica-se agora a descrever e narrar, da mesma maneira monótona, números relativos a casamentos ou mudanças nas formas de organização familiar, curvas salariais ou de preços, ou as evoluções do protesto social, junto com não menos monótonos resgates das diferentes atitudes diante da morte ou da produção, distribuição e recepção de livros numa época determinada. Se, ao longo do último século, existiram deformações do marxismo, culminando em versões do tipo funcionalista, estruturalista ou dogmático, ao lado de outras linhas de um marxismo vulgar e simplificado múltiplas versões do marxismo também presentes na historiografia, do mesmo modo encontram-se na América Latina versões simplificadas e deformadas das propostas das sucessivas gerações dos Annales, tanto quanto do complexo projeto da micro-história italiana, da perspectiva de Immanuel Wallerstein em torno da análise dos sistemas-mundo ou dos diferentes ramos da história socialista e marxista britânica. Portanto, disfarçadas sob as tendências e enfoques mencionados, vemos novas versões de um positivismo reciclado e renovado se ocultarem sob novos rótulos e roupagens. Assim, é interessante notar o fato de que, enquanto na Argentina, por exemplo, os micro-historiadores italianos são bem conhecidos e constituem leitura básica da prática histórica, na Colômbia, esta perspectiva micro-histórica começou a se difundir há poucos anos. Do mesmo modo, enquanto no Brasil e na Colômbia, os ensinamentos dos Annales franceses continuam tendo um peso considerável dentro dos estudos históricos até hoje, na Argentina, pelo contrário, tal presença, embora importante, é muito menor que nos outros dois países. Analogicamente, apesar de seu relativo avanço em relação a outras historiografias da América Latina, tanto a historiografia argentina, como a colombiana e mesmo a brasileira, praticamente ignoram as importantes contribuições da perspectiva da análise dos sistemas-mundo, cujo principal representante é Immanuel Wallerstein. As diversas recepções das correntes historiográficas de

13 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS vanguarda em âmbito mundial indicam não apenas as também diversas configurações de cada historiografia nacional, mas igualmente a complexa diversidade e variedade das diferentes culturas presentes na América Latina atualmente, as quais, devido a certos traços comuns, colorem o rico mapa da própria civilização latino-americana contemporânea. Que a edição brasileira deste Antimanual do mau historiador sirva, pois, para continuar animando o importante diálogo que, tanto no campo historiográfico como no âmbito cultural em geral, é um fator fundamental para a edificação da América Latina, este semi-continente cuja civilização permanece prenhe de futuro e de grandes promessas para o futuro próximo. Carlos Antonio Aguirre Rojas

14 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR Prefácio O Antimanual do mau historiador ou como se fazer uma boa história crítica? tem duas virtudes. A primeira é que se interessa pela tarefa inadiável de repensar a história, o fazer histórico e a historiografia de modo diferente daquele até hoje dominante nos círculos acadêmicos e de formação profissional. A segunda virtude é a de que expressa essa preocupação buscando promover no leitor uma atitude não apenas de reflexão, mas também de aprendizagem. A primeira virtude indicada, que pode ser sintetizada como a indispensável virtude da inclusão, ou seja, aquela que se estabelece no reconhecimento de que não é apenas necessário, mas urgente contar e fazer contar as histórias de homens e mulheres de tal modo que se possa integrar as dimensões política, social, geográfica, econômica e cultural de cada fato. Só assim será possível pensar a partir de uma nova racionalidade, capaz de gerar novas perguntas, inovações teóricas e metodológicas para fazer falar a voz de cada homem e mulher de qualquer grupo social em primeiro plano. Tratase de uma racionalidade que aborda o humano de modo global, sem deixar de fora nenhum de seus aspectos, e que permite compreender como as necessidades, interesses e horizontes unidos à voz e à ação transformam-se em história. Sendo virtude, essa história renovada é também um convite a praticá-la. O reconhecimento da presença, da voz, das necessidades, reivindicações e sonhos de outros como forma de expressão do resgate de sua história, sua necessidade de se historizar ou capacidade de transformar a história à qual parecem destinados, é a única atitude que pode nos livrar do primeiro pecado capital (positivista, mecânico), o de acreditar que existe um único modo de pensar, de ser e participar no mundo, e que todo aquele que se afastar desse modo é, quando não falso, ao menos um transgressor. Diferentemente dos novos modos de pensar e fazer a história, que consideram que os

15 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS outros foram, são e serão de uma especificidade e humanidade tal que o mero fato de existir os legitima. Trata-se, em síntese, da prática da virtude do reconhecimento da presença real do outro e sua voz, como melhor antídoto para combater a soberba de supor que se deve ser, sentir e pensar à imagem e semelhança do pensamento até hoje dominante, autoritário e excludente. A segunda virtude, a que poderíamos chamar de virtude pedagógica, refere-se à intenção deliberada de provocar uma transformação no jovem leitor. Uma transformação tanto no seu modo de abordar os fatos como pensar neles e pensar-se neles. Ou seja, trata-se de um chamado a uma transformação radical do sujeito em relação ao conhecimento. Hoje, diz-nos o texto, é necessário produzir versões (subversões) da história, pois a versão oficial mostrou-se, quando não falsa, pelo menos insuficiente. Hoje, percebemos que é preciso repensar nossos mais íntimos pensamentos: aqueles que nos ditam como estruturar nossas noções de tempo, nosso passado, presente e futuro, para descobrir que talvez o passado tenha sido diferente (ou poderia ter sido) e que o presente é a referência para pensar o futuro. Pois o tempo aquele que a história tradicional nos ensinou que era linear e determinado é nosso, somos feitos dele e é o único que (ao torná-lo trabalho e produção) podemos oferecer aos demais. O Antimanual do mau historiador é um texto que proporciona uma grande quantidade de elementos teóricos e orientações especialmente úteis para os estudantes que se iniciam nos estudos históricos e seus métodos, bem como para os formadores de historiadores a respeito da leitura e da feitura da história, e que convida a novos modos de ver o mundo, os homens e a totalidade histórica. V. C. La Vasija Janeiro,

16 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR Introdução Acredito no futuro porque eu mesmo participo de sua construção. Jules Michelet Algo muito importante começou no México no dia primeiro de janeiro de 1994 a tal ponto que se pode afirmar que o breve século XX iniciado com a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa de 1917 e concluído com a queda do Muro de Berlim começara no México, ao contrário, com a Revolução de 1910, para encerrar-se simbolicamente com a irrupção do movimento neozapatista. Os séculos históricos se constroem, de fato, a partir das diversas durações dos fenômenos que neles se desenvolvem, atribuindo temporalidade e sentido às diferentes curvas evolutivas que esses séculos representam. Então, o fim de um século histórico, diferente do simples século cronológico, implica no fim dos mesmos processos fundamentais que lhe garantiram vigência e substância, virando a página da história, para inaugurar novos processos e novas situações, próprias do novo século e do novo ciclo histórico que se inicia. Por isso, entre tantas outras razões, impõe-se também a construção de um novo tipo de história, no duplo sentido de participação ativa na transformação dessa história real que os homens e as sociedades constroem todos os dias, e igualmente no sentido de edificação de um novo tipo de conhecimento histórico e de discurso historiográfico, capazes de apreender e refletir adequadamente essas novas realidades históricas, mas também capazes de prover-nos das ferramentas intelectuais necessárias para intervir de modo eficaz na construção renovada dessa história real

17 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS Tais idéias foram também levantadas pelos indígenas rebeldes zapatistas. Os índios mexicanos insistiram constantemente que sua luta não era somente uma luta pelas suas reivindicações, mas também uma luta da memória contra o esquecimento, o que significa que era também uma tentativa de recuperar e de manter viva a memória de sua própria história, a memória de suas lutas e de suas reivindicações, do passado, do presente e do futuro, que eles, como indígenas, representam, e que a história oficial apagou e ignorou sistematicamente durante séculos. Se são sempre os vencedores que escrevem a história, e se cada classe que domina reinventa o passado e as tradições, para legitimar sua própria dominação, torna-se claro que o papel que coube aos indígenas mexicanos, nas variadas histórias oficiais escritas no decorrer dos séculos, foi um papel completamente marginal e irrelevante. Tanto na visão abertamente racista, que trata o indígena como se fosse uma simples matéria-prima dos conquistadores, como presa e ponto de apoio da sociedade colonial que o mestiçou, quanto na visão paternalista e depreciativa que deseja normalizá-lo, modernizá-lo e incorporá-lo ao progresso de nossa modernidade capitalista, o papel que se consignou aos povos indígenas do México foi sempre o de simples objetos passivos e receptivos da história, mas nunca o de sujeitos ativos, rebeldes, atuantes e possuidores de um projeto próprio e específico de vida, de sobrevivência, de resistência e de modernidade alternativas, e inclusive de propostas de caminhos para o desenvolvimento de alguns processos. Assim, quando os neozapatistas exigem que se mantenha viva a herança de seus mortos e antepassados, o que estão reivindicando é justamente esse passado que eles mesmos construíram, e no qual sempre foram os sujeitos de sua própria história, passado que por meio de lutas, insurreições, rebeliões e resistências, conseguiram preservar e manter vivo até hoje. Por isso, urge reescrever toda a história do México, incorporando

18 ANTIMANUAL do MAU HISTORIADOR de maneira orgânica e sistemática dentro de sua trama, entre vários outros, também o elemento indígena e a história de suas ações, intervenções, lutas e resistências. Assim também urge começar a ver a história, em geral, de um modo novo e diferente, escrevê-la, investigá-la e ensiná-la de uma maneira radicalmente distinta da que temos feito até agora, um modo diferente e realmente de acordo com estes novos tempos que começaram a se viver no México depois de Mas é impossível construir uma história nova, com as velhas e desgastadas ferramentas típicas dos também já anacrônicos modos pelos quais o ofício de historiador foi praticado até hoje. Foram essas velhas concepções de história, com suas velhas fontes e técnicas consagradas durante tantas décadas, repetidas durante anos nas salas de aulas, que forjaram a historiografia oficial, a qual não apenas ignorou os indígenas, mas também as mulheres, os camponeses, os operários e o povo em geral, ao mesmo tempo em que se concentrava unicamente no estudo da vida dos presidentes e dos políticos de renome, nas batalhas dos pequenos grupos de elite ou das facções das classes dominantes, ou ainda na análise dos discursos e obras deste ou daquele literato, cientista ou grande personagem da história nacional. Com ênfase no estudo de guerras, tratados, ações de Estado e na biografia de supostos grandes heróis da nação, a história oficial - e praticamente a maior parte da história acadêmica foi até hoje omissa quanto às realidades econômicas, sociais, culturais e civilizatórias que, profunda e essencialmente, definiram as grandes linhas evolutivas da história. Por isso, é preciso levar a cabo uma dupla tarefa de transformação dos estudos históricos atuais: em primeiro lugar, um trabalho sistemático de crítica permanente dessa história oficial, positivista e tradicional, trabalho que, enquanto denuncia e demonstra as inconsistências e a pobreza dos resultados historiográficos desta história limitada que foi dominante no México até os dias atuais,

19 Carlos Antonio AGUIRRE ROJAS torna evidente também a função conservadora do status quo sempre desempenhada por esse tipo de história preguiçosa e complacente com os setores dominantes da sociedade. Ainda, em segundo lugar, urge indicar com clareza os novos rumos por onde deve transitar a nova história que precisamos começar a elaborar, explicando com paciência e detalhe o conjunto de ferramentas intelectuais e pontos de apoio que se deverá empregar na construção dessa nova história diferente e crítica, ao mesmo tempo em que se avança, com determinação, nas primeiras aplicações e reconstruções dos diferentes temas e períodos que pontuam a história mexicana. Deste modo, promover e impulsionar uma história nova, atualizada, científica e crítica não significa outra coisa que encarar, dentro do próprio ofício de historiador, as conseqüências importantes da situação histórica também nova em que vivemos. Mas não para meramente renovar e reciclar mais uma vez, vestindo com novas roupagens a vetusta e sempre bem vista história oficial, complacente com o poder e disposta eternamente a legitimá-lo e a servi-lo, mas antes para voltar a conectar esta ciência da história renovada com suas raízes fundadoras essenciais, pertencentes às melhores tradições do pensamento social crítico contemporâneo. Ou seja, renovar a história para resgatar sua profunda dimensão crítica, vinculada aos movimentos sociais e às principais urgências e demandas do tempo presente, ao mesmo tempo disposta a contribuir, na medida do possível, na construção de um futuro diferente, quando a exploração econômica, o despotismo político e a desigualdade e discriminação sociais sejam abolidos, para que o futuro não seja visto, como acontece hoje, com apreensão e temor, mas com otimismo e esperança

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