Controladas e Coligadas: O procedimento de consolidação do resultado no exterior: cotejo da decisão do STF com as disposições da lei nº 12.
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- Fernando Raminhos Barata
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1 Controladas e Coligadas: O procedimento de consolidação do resultado no exterior: cotejo da decisão do STF com as disposições da lei nº /14 Ana Cláudia Akie Utumi autumi@tozzinifreire.com.br
2 Ana Cláudia Akie Utumi Membro do Permanent Scientific Committee da International Fiscal Association ( IFA ), a mais importante associação tributária internacional, credenciada como órgão consultivo para a Comissão Tributária da ONU, para a OCDE e para a Comissão Européia Membro do Practice Committee da New York University ( NYU ) School of Law International Tax Program Professora dos cursos de Graduação e Pós-Graduação da FIPECAFI e Professora Convidada de diversos cursos de Pós-Graduação. Diretora da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF), representante da IFA no Brasil Sócia responsável pela Área Tributária de TozziniFreire Advogados Membro-fundadora da filial brasileira do STEP Society of Trust and Estate Practitioners Formação Acadêmica: Doutora em Direito Econômico-Financeiro (USP, Tese: O Regime de Tributação da Renda dos Não-Residentes A Fonte como Critério de Conexão); Mestre em Direito Tributário (PUC/SP, Dissertação: Preços de Transferência no Brasil); MBA em Finanças (IBMEC/SP, 1996); Graduada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1994; Graduada em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (1992) Autora de diversos artigos sobre temas tributários, e professora convidada em cursos de pós-graduação e MBAs Certified Financial Planner ( CFP ) e Trust and Estate Practitioner ( TEP)
3 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 1º Ponto: Retroatividade é inconstitucional Lei nº permite a retroatividade a janeiro de 2014 Por opção do contribuinte pela antecipação dos efeitos Não é obrigatório
4 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 2º Ponto: É inconstitucional a tributação automática dos lucros auferidos por COLIGADAS Exceto aquelas localizadas em paraísos fiscais ADIN 2588: localizadas em países de tributação favorecida ou desprovidos de controles societários e fiscais adequados ( paraísos fiscais, assim definidos em lei)
5 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 2º Ponto: É inconstitucional a tributação automática dos lucros auferidos por COLIGADAS Lei nº estabelece a tributação dos lucros de coligadas apenas quando houver a disponibilização dos lucros Condicionado ao atendimento de requisitos
6 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 2º Ponto: É inconstitucional a tributação automática dos lucros auferidos por COLIGADAS Lei / Requisitos para tributação com base na disponibilização são que a coligada: não esteja localizada em país ou dependência com tributação favorecida (lista negra) não seja beneficiária de regime fiscal privilegiado não esteja sujeita a regime de subtributação não seja controlada, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica submetida a regime de subtributação
7 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 2º Ponto: É inconstitucional a tributação automática dos lucros auferidos por COLIGADAS não seja beneficiária de regime fiscal privilegiado Regime fiscal privilegiado não está contemplado na decisão do STF Não se tratam de países que sejam paraísos fiscais, ou desprovidos de controles societários ou fiscais adequados
8 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 2º Ponto: É inconstitucional a tributação automática dos lucros auferidos por COLIGADAS Regime de subtributação Aquele que tributa os lucros da pessoa jurídica domiciliada no exterior a alíquota nominal inferior a 20% (vinte por cento) Não se trata de PARAÍSO FISCAL Também excede à determinação do STF
9 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 3º Ponto: É constitucional a tributação automática dos lucros auferidos por CONTROLADAS em paraísos fiscais Lei nº : tributação automática sobre TODAS as controladas diretas ou indiretas Porém, para algumas delas, será possível diferir o PAGAMENTO do imposto Em até 08 anos 12,5% no 1º ano Regime de disponibilização nos anos seguintes Saldo remanescente no 8º ano Ajustado por LIBOR
10 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 3º Ponto: É constitucional a tributação automática dos lucros auferidos por CONTROLADAS em paraísos fiscais Diferimento do pagamento do imposto somente aplicável no caso de controlada não sujeita a regime de subtributação não localizada em país ou dependência com tributação favorecida ( paraíso fiscal ), ou não beneficiária de regime fiscal privilegiado não controlada, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica residente em paraíso fiscal ou sujeita a regime fiscal privilegiado, e tenha renda ativa própria igual ou superior a 80% (oitenta por cento) da sua renda total
11 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 3º Ponto: É constitucional a tributação automática dos lucros auferidos por CONTROLADAS em paraísos fiscais Renda ativa própria: aquela obtida diretamente pela pessoa jurídica mediante a exploração de atividade econômica própria, excluídas as receitas decorrentes de: a) royalties; b) juros (exceto se controlada for instituição financeira); c) dividendos; d) participações societárias (juros sobre capital próprio, partes beneficiárias, debêntures, resultado positivo da equivalência, variação cambial); e) aluguéis; f) ganhos de capital, salvo na alienação de ativos de caráter permanente ou participações societárias adquiridos há mais de 2 (dois) anos; g) aplicações financeiras (exceto se controlada for instituição financeira); e h) intermediação financeira (exceto se controlada for instituição financeira)
12 Lucros do exterior Lei nº x Julgamento STF 3º Ponto: É constitucional a tributação automática dos lucros auferidos por CONTROLADAS em paraísos fiscais Renda ativa própria Poderão ser considerados como renda ativa própria da pessoa jurídica domiciliada no exterior os valores recebidos a título de dividendos ou a receita decorrente de participações societárias, desde que, cumulativamente, o investimento: tenha sido efetuado até 31 de dezembro de 2013; e seja em pessoa jurídica cuja receita ativa própria seja igual ou superior a 80% (oitenta por cento).
13 Tributação de Controladas Obrigação em registrar em subcontas da conta investimento em controlada direta no exterior Resultado contábil na variação do valor do investimento equivalente aos lucros ou prejuízos auferidos pela própria controlada direta e suas controladas, direta ou indiretamente, no Brasil ou no exterior, relativo ao ano-calendário em que foram apurados em balanço, observada a proporção de sua participação em cada controlada, direta ou indireta Excluir o resultado indireto duplicado
14 Tributação de Controladas BRASILEIRA Holding Exterior México Chile Peru Uruguai
15 Tributação de Controladas Obrigação em registrar em subcontas da conta investimento em controlada direta no exterior Registro original: Investimento em Holding Exterior (+) Equivalência patrimonial 300 Investimento total Holding Exterior 1.300
16 Tributação de Controladas Obrigação em registrar em subcontas da conta investimento em controlada direta no exterior Novos registros Investimento em Holding Exterior (+) Subconta Resultado Uruguai 50 (+) Subconta Resultado Chile (excl. Urug) 80 (+) Resultado México 100 (+) Resultado Peru 30 (+) Resultado Holding (excl. particip) 20 (+) Outros resultados 20 (=) Investimento total Holding Exterior 1.300
17 Tributação de Controladas Prejuízos Não dedutíveis imediatamente Compensáveis com lucros futuros em até 04 anos Permitida a consolidação somente para as empresas controladas que atendam a determinadas condições
18 Tributação de Controladas Prejuízos Não dedutíveis imediatamente Compensáveis com lucros futuros em até 04 anos Permitida a consolidação somente para as empresas controladas que atendam a determinadas condições Se não há consolidação Há realmente uma tributação em bases universais? A universalidade poderia ser APENAS dos lucros? Tema não analisado pelo STF
19 Tributação de Controladas Consolidação permitida até 2022 Entre controladas diretas e indiretas, exceto aquelas que se enquadrem em uma das seguintes situações estejam situadas em país com o qual o Brasil não mantenha tratado ou ato com cláusula específica para troca de informações para fins tributários estejam localizadas em país ou dependência com tributação favorecida, ou sejam beneficiárias de regime fiscal privilegiado estejam submetidas a regime de subtributação sejam controladas, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica submetida a regime de subtributação, residente em paraíso fiscal ou beneficiária de regime fiscal privilegiado tenham renda ativa própria inferior a 80% (oitenta por cento) da renda total
20 Conclusões A Lei nº /2014 atende parcialmente à decisão do STF O ponto principal que não foi julgado tributação automática de TODAS as controladas permanece, ainda que se possa, em determinadas situações, parcelar o pagamento em 08 anos
21 São Paulo Rio de Janeiro Brasília Porto Alegre Campinas New York tozzinifreire.com.br
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