CARF JULGA LÍCITA A UTILIZAÇÃO DO ÁGIO PELA TELEMAR E PELO SANTANDER
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- Luiz Eduardo Mendes Cesário
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1 Dezembro de 2011 Destaques I. NÃO INCIDE IR E CSLL SOBRE LUCROS AUFERIDOS POR CONTROLADA OU COLIGADA NO EXTERIOR SEDIADA NA ESPANHA A 1ª Turma do Conselho Superior de Recursos Fiscais ( CSRF ) última instância administrativa não admitiu o recurso especial apresentado pela Procuradoria da Fazenda Nacional ( PFN ), que pretendia derrubar a decisão favorável ao contribuinte proferida pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais ( CARF ) em Essa decisão afasta a incidência do imposto de renda sobre pessoa jurídica ( IRPJ ) e da contribuição social sobre lucro líquido ( CSLL ) sobre os lucros auferidos por empresa controlada localizada na Espanha. A partir de agosto de 2001, quando a Medida Provisória ( MP ) nº /2001 foi publicada, foi estabelecido que o IRPJ e a CSLL incidiriam sobre os lucros apurados no balanço da sociedade controlada sediada no exterior, e não mais sobre os lucros distribuídos para sociedade controladora com sede no Brasil. Em 2006, quando o CARF decidiu favoravelmente ao contribuinte, os conselheiros entenderam que a Convenção Brasil/Espanha ( Convenção ) vedava a aplicação da MP, na medida em que o artigo 7º da referida Convenção estabelece que não pode haver tributação no Brasil dos lucros auferidos pela controlada enquanto não disponibilizados. Esse entendimento também se aplica à CSLL. CARF JULGA LÍCITA A UTILIZAÇÃO DO ÁGIO PELA TELEMAR E PELO SANTANDER No dia 19 de outubro de 2011, a 1ª Turma da 3ª Câmara da 1ª Seção do CARF julgou procedente recurso interposto pela Telemar para utilização de ágio resultante da privatização da Telebrás para reduzir a base de cálculo do IRPJ e CSLL. 1 / 5
2 Logo após a decisão da Telemar, no dia 21 de outubro de 2011, a 2º Turma Ordinária da 4ª Câmara da 1ª SEJUL, também do CARF, julgou igualmente procedente recurso proposto pelo Santander para legitimar a utilização do ágio resultante da compra do Banespa para reduzir a base de cálculo do IRPJ e CSLL. Normas I. APLICAÇÃO DO REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO SEM GERAR EFEITOS FISCAIS A Receita Federal do Brasil ( RFB ) esclareceu, por meio do Parecer Normativo ( PN ) nº 1/2011, datado de 29 de julho de 2011, que o teste de recuperabilidade dos bens do ativo imobilizado não deve gerar efeitos fiscais na pessoa jurídica sujeita ao Regime Tributário de Transição ( RTT ). O PN é válido apenas para as empresas optantes pela tributação do lucro do real. CRIAÇÃO DO FUNDO DE FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO No dia 2 de agosto de 2011, foi publicada a MP nº 541/2011 que criou o Fundo de Financiamento à Exportação ( FFEX ). A finalidade do FFEX é prover financiamento às empresas que exportarem bens e serviços brasileiros. Para obterem o financiamento, as empresas deverão apresentar garantia ou seguro de crédito. I NOVOS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO CNPJ No dia 22 de agosto de 2011, a RFB publicou a Instrução Normativa Receita Federal do Brasil ( IN ) nº 1.183/2011, que passa a dispor sobre as novas regras do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica ( CNPJ ). IV. INCENTIVOS FISCAIS PARA PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA No dia 30 de agosto de 2011, foi publicada a IN nº 1.187/2011, que trata da utilização dos incentivos fiscais de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. De acordo com esse normativo, esses incentivos serão utilizados por empresas que elaborarem projetos de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de 2 / 5
3 inovação tecnológica, com controle analítico dos custos e despesas integrantes para cada projeto incentivado. V. CONVÊNIO 85/11 CRÉDITOS OUTORGADOS DE ICMS No dia 05 de outubro de 2011, foi publicado o Convênio ICMS 85, que autoriza os Estados do Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe a concederem crédito outorgado do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação ( ICMS ), para fins de aplicação em investimentos de infraestrutura. O Convênio ICMS 85 entrou em vigor na data de sua ratificação, em 21 de outubro de Os Estados ainda deverão ratificar em suas respectivas leis esse incentivo. VI. INSTRUÇÃO NORMATIVA 1199/11 PROCEDIMENTOS FISCAIS DOS CONSÓRCIOS No dia 17 de outubro de 2011, foi publicada a IN nº 1.119/2011 que traz os novos procedimentos fiscais relativos aos consórcios constituídos nos termos da Lei 6.404/76, entre eles: responsabilidade tributária dos consorciados, apropriação de receitas e débitos, registro contábil das operações do consórcio, comunicação de créditos etc. V CONVÊNIO 114/11 CONFAZ DISPENSA E REDUÇÃO DOS JUROS E MULTAS DO ICMS No dia 23 de novembro de 2011, foi publicado o Convênio nº 144 pelo qual os Estados do Acre, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins e o Distrito Federal estão autorizados a dispensar ou reduzir juros e multas mediante o parcelamento de débitos fiscais relacionados com o ICMS. Decisões I.ISENÇÃO DO PIS E COFINS SOBRE CRÉDITOS DE ICMS A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu que as empresas que desfrutam de benefícios fiscais de ICMS sem autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária ( Confaz ) não precisam pagar contribuições ao PIS/COFINS ( PIS/COFINS ) sobre o valor desses 3 / 5
4 créditos, por não se caracterizar como receita bruta. A decisão poderá ainda ser contestada e levada ao Supremo Tribunal Federal ( STF ). NÃO INCIDE IRPJ E CSLL SOBRE VARIAÇÃO CAMBIAL O CARF acompanhou o entendimento do Superior Tribunal de Justiça ( STJ ) ao decidir que o resultado positivo da equivalência patrimonial decorrente de variação cambial em controladas e coligadas no exterior não está sujeito ao pagamento do IRPJ e CSLL. Essa decisão na esfera administrativa é importante por desconsiderar a IN nº 213/ 2002, editada pela SRF. I IOF NOS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS EXTERNOS No dia 21 de setembro de 2011, foi publicado o Processo de Consulta nº 55/2011, da Superintendência Regional da Receita Federal ( SRRF ) da 1ª Região Fiscal, que trata sobre a definição da alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros ( IOF ). Segundo referido processo, para fins de aplicação do IOF nos casos de empréstimos e financiamentos externos, o marco referencial de ocorrência da captação de recursos é a data da contratação da operação de câmbio. IV. EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS SOLUÇÃO DE CONSULTA SF/DEJUG Nº 35 O Diretor do Departamento de Tributação e Julgamento do Município de São Paulo esclareceu, por meio da Solução de Consulta nº 35/2011, publicada em 19 de outubro de 2011, que não é possível caracterizar a exportação de serviços apenas pelo fato de a fonte pagadora se encontrar no exterior. Quando o resultado do serviço prestado se verifica em território nacional não há que se falar em exportação de serviços, havendo, nesse, incidência do imposto sobre serviços ( ISS ). V. IRPF E GRATIFICAÇÃO DE TRANSPORTE Recentemente, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte reconheceu a natureza indenizatória dos pagamentos a título de gratificação de transporte e excluiu da incidência de imposto de renda de pessoa física ( IRPF ). Contato 4 / 5
5 O CM&G estará à disposição para esclarecer eventuais dúvidas sobre as informações reproduzidas neste material da área tributária (Contato com o sócio da área tributária: alamy@cmglaw.com.br). 5 / 5
Acre Previsão por Coeficiente no Estado
Acre 0,6 121.073,55 262.729,59 0,8 161.431,39 350.306,12 1,0 201.789,24 437.882,66 1,2 242.147,09 525.459,19 1,4 - - 1,6 322.862,79 700.612,25 1,8 363.220,64 788.188,78 2,0 - - 2,2 - - 2,4 - - 2,6 524.652,03
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