DIREITO CONSTITUCIONAL AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Professor: Cibele Fernandes Dias Aulas: Aulas 05 a 08

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1 DIREITO CONSTITUCIONAL AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Professor: Cibele Fernandes Dias Aulas: Aulas 05 a 08 Prof. Cibele Fernandes Dias Página 1 de 34

2 PONTOS DO EDITAL 1 : 3.1 Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos, partidos políticos. I - DIREITOS DE NACIONALIDADE a) Conceito de nacionalidade: vínculo jurídico político que liga um indivíduo a certo e determinado Estado, fazendo deste indivíduo um componente do povo. 2 "As hipóteses de outorga da nacionalidade brasileira, quer se trate de nacionalidade primária ou originária (da qual emana a condição de brasileiro nato), quer se cuide de nacionalidade secundária ou derivada (da qual resulta o status de brasileiro naturalizado), decorrem, exclusivamente, em função de sua natureza mesma, do texto constitucional, pois a questão da nacionalidade traduz matéria que se sujeita, unicamente, quanto à sua definição, ao poder soberano do Estado brasileiro. (HC QO, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 29/08/03) b) Espécies de nacionalidade: 1) NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA (12, I, a, b, c, CF brasileiro nato): (12, I, a) JUS SOLI: nascidos na República Federativa do Brasil 3 ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço do seu país. Logo, para que alguém nascido no Brasil não seja brasileiro nato, requer-se a conjugação de dois fatores: ambos os pais estrangeiros (ius sanguinis) + um dos pais, no mínimo, esteja a serviço do seu país. (12, I, b) JUS SANGUINIS + CRITÉRIO FUNCIONAL: os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro (nato ou naturalizado) ou mãe brasileira (nato ou naturalizado) (ius sanguinis) + o pai ou a mãe brasileiro está a serviço da República Federativa do Brasil (critério funcional). (12, I, c, na redação da Emenda 54, de 21 de setembro de 2007) c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãebrasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do 1 Elaborado pela Professora Cibele Fernandes Dias como plano de aula. Mestre e Doutora em Direito Constitucional pela PUC/SP. Professora de da FEMPAR (Fundação Escola do Ministério Público do Paraná), da ESMAFE (Escola da Magistratura Federal do Paraná), da EMAP (Escola da Magistratura Estadual do Paraná), da ESA/PR (Escola Superior de Advocacia do Paraná), da TUIUTI e da FESP. Advogada. 2 MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Atlas, p Entende-se aqui República Federativa do Brasil como território brasileiro abrangendo as terras delimitadas pelas fronteiras geográficas, o espaço aéreo e o mar territorial; os navios e aeronaves de guerra brasileiros, onde quer que se encontrem; os navios mercantes brasileiros em alto-mar ou de passagem em mar territorial estrangeiro; e as aeronaves civis brasileiras em vôo sobre o alto-mar ou de passagem sobre águas territorias ou espaços aéreos estrangeiros. CHIMENTI, Ricardo Cunha et al. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, p Prof. Cibele Fernandes Dias Página 2 de 34

3 Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Art. 95 do ADCT (acrescentado pela Emenda 54/07): os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil." Aplica-se aos (1) nascidos de pai brasileiro (nato ou naturalizado) ou mãe brasileira (nato ou naturalizado) no exterior, (2) pai brasileiro ou mãe brasileira não estão a serviço do Brasil. Na redação originária da Constituição de 1988, os nascidos no exterior de pai brasileiro ou mãe brasileira, que não estivessem a serviço da República Federativa do Brasil poderiam ser reconhecidos brasileiros natos se (1) fossem registrados em repartição brasileira competente no exterior (embaixada ou consulado) ou (2) viessem a residir no Brasil antes da maioridade e alcançada esta optassem, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. 4 Esta opção pela nacionalidade brasileira mostrava-se um caminho para o reconhecimento da nacionalidade originária àqueles que tivessem nascido no exterior e não tivessem sido lá registrados (na embaixada ou consulado brasileiro). Perceba-se, porém, que a opção somente poderia ser realizada se o filho de brasileiro (ou brasileira) viesse a residir no país antes da maioridade. Isto se constituía uma barreira para a aquisição da nacionalidade brasileira àqueles que nascessem no exterior e não fossem registrados na embaixada ou consulado brasileiro, porque a residência no Brasil tinha ser antes da maioridade. A Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 7 de junho de 1994 modificou a redação da alínea c, do art. 12, I, prevendo como brasileiros natos: os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. Se de um lado a emenda ampliou o instituto da opção, para possibilitá-la aos que viessem a residir no Brasil depois da maioridade (a qualquer tempo, antes ou depois da maioridade), restringiu a forma de aquisição da nacionalidade pois impediu que os filhos de brasileiros nascidos no exterior que não estivessem a serviço da República Federativa do Brasil fossem registrados na repartição competente brasileira no exterior (embaixada ou consulado). A Emenda 54, de 20 de setembro de 2007 suprimiu a restrição prevista pela Emenda Constitucional de Revisão 3, de 1994 porque novamente possibilitou (restaurando o regime jurídico da redação originária da Constituição de 1988) o registro de filhos de brasileiros (que não estejam a serviço da República Federativa do Brasil) nascidos no exterior em repartição competente brasileira (embaixada ou consulado). Comparando a Emenda 54 com o regime anterior - da Emenda Constitucional de 4 Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. Prof. Cibele Fernandes Dias Página 3 de 34

4 Revisão n. 3/94 - podem ser tiradas duas conclusões: (1) a opção que, antes, era o único caminho para o reconhecimento da nacionalidade originária passa, agora, a ser uma via opcional, porque o filho do brasileiro (ou da brasileira) poderá ser reconhecido como brasileiro nato no exterior pela repartição brasileira competente (embaixada ou consulado), (2) a nova Emenda não extinguiu a opção provisória que, embora não estivesse prevista expressamente na Constituição de 1988, tinha sido reconhecida por força de construção jurisprudencial ( Compete à Justiça Federal a apreciação de pedido de transcrição do termo de nascimento de menor nascida no estrangeiro, filha de mãe brasileira que não estava a serviço do Brasil, por consubstanciar opção provisória de nacionalidade a ser ratificada após alcançada a maioridade. STJ Conflito de competência /DF DJU ). Cabe ainda o registro provisório (opção provisória) destes menores que não forem registrados no exterior (na embaixada ou consulado do Brasil) e vierem a residir no Brasil antes da maioridade, nos termos do art. 32, 2º, da Lei de Registros Públicos. 5 Comparando a Emenda 54 com o regime originário da Constituição de 1988, percebe-se que aquela ampliou o instituto da nacionalidade, já que no texto do Poder Constituinte Originário, a opção, que já era uma via facultada aos filhos não registrados na embaixada ou consulado do Brasil no exterior, somente era possível se a residência no Brasil ocorresse antes da maioridade, o que foi modificado já pela Emenda Constitucional de Revisão 3/94, que permitiu a residência a qualquer tempo (antes ou depois da maioridade). Ou seja, entre idas e vindas, acabamos voltando à redação originária do art. 12, I, c com a ampliação do direito à nacionalidade brasileira, porque agora aceita-se a residência a qualquer tempo. Cumpre, finalmente, registrar que a Emenda 54 acrescentou o art. 95 no ADCT: Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil." Esta inovação beneficia aqueles que nasceram na data da publicação da Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994 (7 de junho de 1994) e antes da publicação da Emenda 54 (até 20 de setembro de 2007) que poderão ser registrados em repartição diplomática ou 5 RE / RS - RIO GRANDE DO SUL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE. Julgamento: 23/08/2005 Órgão Julgador: Primeira Turma. Publicação: DJ PP EMENT VOL PP LEXSTF v. 27, n. 322, 2005, p Opção de nacionalidade brasileira (CF, art. 12, I, c): menor residente no País, nascido no estrangeiro e filho de mãe brasileira, que não estava a serviço do Brasil: viabilidade do registro provisório (L. Reg. Públicos, art. 32, 2º), não o da opção definitiva. 1. A partir da maioridade, que a torna possível, a nacionalidade do filho brasileiro, nascido no estrangeiro, mas residente no País, fica sujeita à condição suspensiva da homologação judicial da opção. 2. Esse condicionamento suspensivo, só vigora a partir da maioridade; antes, desde que residente no País, o menor - mediante o registro provisório previsto no art. 32, 2º, da Lei dos Registros Públicos - se considera brasileiro nato, para todos os efeitos. 3. Precedentes (RE , 2ª T., , Velloso; AC 70-QO, Plenário, , Pertence, DJ ). Prof. Cibele Fernandes Dias Página 4 de 34

5 consular brasileira competente ou em ofício de registro (dispensando-se o processo de opção de competência da Justiça Federal) se vierem a residir no Brasil. Lembre-se que, como dito em sala, a opção (agora restrita às hipóteses em que o indivíduo não é registrado no exterior na repartição competente brasileira) é condição confirmativa da nacionalidade brasileira e não formativa. Como não existe prazo para a realização da opção, a nacionalidade brasileira é reconhecida com a residência no Brasil. Atingida a maioridade, porém, a opção passa a constituir-se condição suspensiva da nacionalidade brasileira. É chamada de nacionalidade potestativa (agora nesta única situação do indivíduo não ser registrado no exterior como brasileiro) porque depende de um ato de vontade da pessoa em declarar sua vontade de conservar a aquisição da nacionalidade brasileira. Segundo Alexandre de MORAES, a aquisição, apesar de provisória, dá-se com a fixação da residência, sendo a opção uma condição confirmativa e não formativa de nacionalidade 6. A decisão do juiz federal, no processo de jurisdição voluntária, reduz-se à homologação judicial, com efeitos ex tunc (à data do nascimento), do ato de opção. Nacionalidade brasileira de quem, nascido no estrangeiro, é filho de pai ou mãe brasileiros, que não estivessem a serviço do Brasil: evolução constitucional e situação vigente. Na Constituição de 1946, até o termo final do prazo de opção de quatro anos, contados da maioridade, o indivíduo, na hipótese considerada, se considerava, para todos os efeitos, brasileiro nato sob a condição resolutiva de que não optasse a tempo pela nacionalidade pátria. Sob a Constituição de 1988, que passou a admitir a opção em qualquer tempo antes e depois da ECR 3/94, que suprimiu também a exigência de que a residência no País fosse fixada antes da maioridade, altera-se o status do indivíduo entre a maioridade e a opção: essa, a opção - liberada do termo final ao qual anteriormente subordinada, deixa de ter a eficácia resolutiva que, antes, se lhe emprestava, para ganhar desde que a maioridade a faça possível a eficácia de condição suspensiva da nacionalidade brasileira, sem prejuízo como é próprio das condições suspensivas, de gerar efeitos ex tunc, uma vez realizada. A opção pela nacionalidade, embora potestativa, não é de forma livre: há de fazer-se em juízo, em processo de jurisdição voluntária, que finda com a sentença que homologa a opção e lhe determina a transcrição, uma vez acertados os requisitos objetivos e subjetivos dela. Antes que se complete o processo de opção, não há, pois, como considerá-lo brasileiro nato. Pendente a nacionalidade brasileira do extraditando da homologação judicial ex tunc da opção já manifestada, suspende-se o processo extradicional (CPrCiv art. 265, IV, a). (AC 70- QO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 12/03/04) 1. A situação de um brasileiro adotar um estrangeiro: na adoção, o estrangeiro adquire a nacionalidade brasileira? Sim, nacionalidade originária, porque os filhos adotivos foram equiparados aos filhos biológicos (art. 227, 6º, CF). 2) NACIONALIDADE SECUNDÁRIA, DERIVADA OU ADQUIRIDA (12. II, a, b, CF - brasileiro naturalizado): 6 MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Atlas, p Prof. Cibele Fernandes Dias Página 5 de 34

6 NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA (12, II, a): (1) estrangeiros que sejam originários de países de língua portuguesa: os requisitos são constitucionais: residência por um ano ininterrupto no Brasil + idoneidade moral (2) estrangeiros que não sejam originários de países de língua portuguesa: adquirem a nacionalidade na forma da lei que é o Estatuto do estrangeiro (art. 112, da Lei 6815/80). 7 NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA (12, II, b) estrangeiros de qualquer nacionalidade: residência no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos (quinzenária) + ausência de condenação penal + requerimento do interessado. (na redação da Emenda de Revisão n. 3/94) O requerimento de aquisição da nacionalidade brasileira, previsto na alínea b do inciso II do art. 12 da Carta de Outubro, é suficiente para viabilizar a posse no cargo triunfalmente disputado mediante concurso público. Isto quando a pessoa requerente contar com quinze anos ininterruptos de residência fixa no Brasil, sem condenação penal. A Portaria de formal reconhecimento da naturalização, expedida pelo Ministro de Estado da Justiça, é de caráter meramente declaratório. Pelo que seus efeitos hão de retroagir à data do requerimento do interessado." (RE , Rel. Min. Carlos Britto, DJ14/10/05) PROCEDIMENTO da NATURALIZAÇÃO (fase administrativa e jurisdicional): (1) requerimento do interessado perante o Ministério da Justiça, (2) o Poder Executivo dispõe de competência para conceder a naturalização, mediante portaria do Ministro da Justiça (art. 111, Lei 6815/80) (3) entrega do certificado de naturalização pelo juiz federal competente (109, X, CF). 8 7 Art. 112, Lei 6815/80: São condições para a concessão da naturalização: I capacidade civil, segundo a lei brasileira, II ser registrado como permanente no Brasil, III residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de 4 anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização, IV ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando, V exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família, VI bom procedimento, VII inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente considerada superior a 1 ano; e VIII boa saúde. 1º. Não se exigirá a prova da boa saúde a nenhum estrangeiro que residir no País há mais de 2 anos. Art. 113: O prazo de residência fixado no art. 112, item III, poderá ser reduzido se o naturalizando preencher quaisquer das seguintes condições: I ter filho ou cônjuge brasileiro, II ser filho de brasileiro, III haver prestado ou poder prestar serviços relevantes ao Brasil, a juízo do Ministro da Justiça, IV recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística; ou V ser proprietário, no Brasil, de bem imóvel, cujo valor seja igual, pelo menos... único. A residência será, no mínimo, de 1 ano nos casos dos itens I a III, de 2 anos no do item IV, e de 3 anos, no do item V. Art Dispensar-se-á o requisito da residência, exigindo-se apenas a estada no Brasil por 30 dias, quando se tratar: I de cônjuge estrangeiro casado há mais de cinco anos com diplomata brasileiro em atividade ou II de estrangeiro que, empregado em Missão Diplomática ou em Repartição Consular do Brasil, contar com mais de 10 anos de serviços ininterruptos. 8 IV APERFEIÇOAMENTO DA NATURALIZAÇÃO: Conforme o art. 111, da Lei 6815/80 (Estatuto do Estrangeiro), a concessão da naturalização é feita por meio de Portaria do Ministro da Justiça. O art. 119 desta Lei estabelece que, após a publicação da Portaria de Naturalização no Diário Oficial da União, o órgão competente do Ministério da Justiça (Departamento de Estrangeiros) emitirá certificado relativo a cada naturalizando, o qual será solenemente entregue, na forma fixada em regulamento, pelo Juiz Federal da cidade onde tenha domicílio o interessado. É a entrega solene do certificado de naturalização, pelo juiz federal competente, que consagra a efetiva Prof. Cibele Fernandes Dias Página 6 de 34

7 Como a naturalização é um ato de vontade, pessoal e intransferível, não estende seus efeitos para o cônjuge e os filhos já nascidos. 3) EQUIPARAÇÃO COM BRASILEIRO NATURALIZADO (12, 1º, CF o português equiparado ou a quase nacionalidade na redação de Emenda de Revisão n.3/94 O Decreto 70391/72 [Convenção sobre igualdade de direitos e deveres entre brasileiros e portugueses] foi substituído pelo Decreto 3927/2001 que promulgou o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre Brasil e Portugal): (1) o título somente pode ser requerido ao Ministério da Justiça por portugueses dotados de capacidade civil e admitidos no Brasil em caráter permanente; (2) concede direitos e obrigações civis do brasileiro naturalizado na medida da reciprocidade em favor de brasileiros 9 ; (3) não estabelece um regime de dupla nacionalidade ou nacionalidade comum luso-brasileira, porque o português equiparado continua sendo estrangeiro (não perde a nacionalidade portuguesa e nem adquire a nacionalidade brasileira); (4) para o exercício dos direitos políticos (ou seja, para equiparação política), há necessidade de obtenção de igualdade civil perante o Ministério da Justiça, prova do gozo de direitos políticos em Portugal, três anos de residência mínima no Brasil e requerimento à Justiça Eleitoral (alistamento). Os direitos políticos não podem ser usufruídos no Estado de origem e no de residência. Por essa razão, assegurado o exercício de direitos políticos no Estado de residência, ficará ele suspenso no Estado de origem. O português equiparado não tem os mesmos direitos de um brasileiro naturalizado, porque (1) não pode prestar serviço militar, (2) está sujeito à expulsão e extradição, esta quando requerida pelo Governo Português, (3) a proteção diplomática no exterior é realizada por Portugal e não pelo Brasil. A extinção do benefício da igualdade ocorre no caso de expulsão ou de perda da nacionalidade portuguesa. Se perder direitos políticos em Portugal, perderá aqui também no Brasil, fazendo com que o titular do estatuto pleno passe a gozar apenas da igualdade civil. "A norma inscrita no art. 12, 1º da Constituição da República que contempla, em seu texto, hipótese excepcional de quase-nacionalidade não opera de modo imediato, seja quanto ao seu conteúdo eficacial, seja no que se refere a todas as conseqüências jurídicas que dela derivam, pois, para incidir, além de supor o pronunciamento aquiescente do Estado brasileiro, fundado em sua própria soberania, depende, ainda, de requerimento do súdito português interessado, a quem se impõe, para tal efeito, a obrigação de preencher os requisitos estipulados pela Convenção aquisição da nacionalidade brasileira, ou seja, antes da entrega, o indivíduo ainda é estrangeiro. O Decreto 86715/81, que regulamenta a Lei 6815/80, determina, no art. 129, que a entrega do certificado constará de termo lavrado no livro de audiência, assinado pelo juiz e pelo naturalizado devendo este I demonstrar que conhece a língua portuguesa, segundo a sua condição, pela leitura de trechos da Constituição, II declarar, expressamente, que renuncia à nacionalidade anterior, III assumir o compromisso de bem cumprir os deveres de brasileiro. No certificado de naturalização, serão anotadas a data da prestação do compromisso pelo naturalizado e a circunstância de ter sido lavrado o respectivo termo. 9 Cláusula do ut des ou de admissão de reciprocidade que depende de ato internacional. O Decreto 3927, de 19 de setembro de 2001 promulgou o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre Brasil e Portugal, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de Prof. Cibele Fernandes Dias Página 7 de 34

8 sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre brasileiros e portugueses." (Extradição 890, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 28/10/04) c) SOMENTE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL pode outorgar tratamento diferenciado aos brasileiros natos e naturalizados matéria sujeita à reserva constitucional absoluta (12, 2º, CF): 1. Cargos privativos de brasileiros natos (12, 3º): Presidente da República e Vice; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro do STF; oficial das forças armadas; membro de carreira diplomática e Ministro de Estado da Defesa. 1. Extradição, expulsão e deportação (5º, LI e LII): Brasileiro nato não pode sofrer extradição passiva. Brasileiro naturalizado pode sofrer extradição passiva em duas situações excepcionais: (1) crime comum (desde que não seja crime político ou de opinião) praticado antes da naturalização ou (2) participação comprovada em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. Estrangeiro pode ser extraditado, salvo por (1) crime político ou por (2) crime de opinião. Agora, expulsão e deportação somente cabem em relação a estrangeiros. 3. Direito de propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens (222, CF): o proprietário tem de ser brasileiro nato ou naturalizado há mais de dez anos. 4. Função no Conselho da República: (89, VII, CF): cargos privativos para 6 (seis) cidadãos brasileiros natos. 5. Perdapunição da nacionalida de brasileira (12, 4º, inc. I, CF): somente os brasileiros naturalizados podem perder a nacionalidad e brasileira se praticarem atividade nociva ao interesse nacional. "O brasileiro nato, quaisquer que sejam as circunstâncias e a natureza do delito, não pode ser extraditado, pelo Brasil, a pedido de Governo estrangeiro, pois a Constituição da República, em cláusula que não comporta exceção, impede, em caráter absoluto, a efetivação da entrega extradicional daquele que é titular, seja Prof. Cibele Fernandes Dias Página 8 de 34

9 pelo critério do jus soli, seja pelo critério do jus sanguinis, de nacionalidade brasileira primária ou originária. Esse privilégio constitucional, que beneficia, sem exceção, o brasileiro nato (CF, art. 5º, LI), não se descaracteriza pelo fato de o Estado estrangeiro, por lei própria, haver-lhe reconhecido a condição de titular de nacionalidade originária pertinente a esse mesmo Estado (CF, art. 12, 4º, II, a). Se a extradição não puder ser concedida, por inadmissível, em face de a pessoa reclamada ostentar a condição de brasileira nata, legitimar-se-á a possibilidade de o Estado brasileiro, mediante aplicação extraterritorial de sua própria lei penal (CP, art. 7º, II, b, e respectivo 2º) e considerando, ainda, o que dispõe o Tratado de Extradição Brasil/Portugal (Artigo IV), fazer instaurar, perante órgão judiciário nacional competente (CPP, art. 88), a concernente persecutio criminis, em ordem a impedir, por razões de caráter ético-jurídico, que práticas delituosas, supostamente cometidas, no exterior, por brasileiros (natos ou naturalizados), fiquem impunes." (HC QO, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 29/08/03) "O repúdio ao terrorismo: um compromisso ético-jurídico assumido pelo Brasil, quer em face de sua própria Constituição, quer perante a comunidade internacional. Os atos delituosos de natureza terrorista, considerados os parâmetros consagrados pela vigente Constituição da República, não se subsumem à noção de criminalidade política, pois a Lei Fundamental proclamou o repúdio ao terrorismo como um dos princípios essenciais que devem reger o Estado brasileiro em suas relações internacionais (CF, art. 4º, VIII), além de haver qualificado o terrorismo, para efeito de repressão interna, como crime equiparável aos delitos hediondos, o que o expõe, sob tal perspectiva, a tratamento jurídico impregnado de máximo rigor, tornando-o inafiançável e insuscetível da clemência soberana do Estado e reduzindo-o, ainda, à dimensão ordinária dos crimes meramente comuns (CF, art. 5º, XLIII). A Constituição da República, presentes tais vetores interpretativos (CF, art. 4º, VIII, e art. 5º, XLIII), não autoriza que se outorgue, às práticas delituosas de caráter terrorista, o mesmo tratamento benigno dispensado ao autor de crimes políticos ou de opinião, impedindo, desse modo, que se venha a estabelecer, em torno do terrorista, um inadmissível círculo de proteção que o faça imune ao poder extradicional do Estado brasileiro, notadamente se se tiver em consideração a relevantíssima circunstância de que a Assembléia Nacional Constituinte formulou um claro e inequívoco juízo de desvalor em relação a quaisquer atos delituosos revestidos de índole terrorista, a estes não reconhecendo a dignidade de que muitas vezes se acha impregnada a prática da criminalidade política." (Ext 855, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em , DJ de 1º-7-05 Não há incompatibilidade absoluta entre o instituto do asilo político e o da extradição passiva, na exata medida em que o Supremo Tribunal Federal não está vinculado ao juízo formulado pelo Poder Executivo na concessão administrativa daquele benefício regido pelo Direito das Gentes. Disso decorre que a condição jurídica de asilado político não suprime, só por si, a possibilidade de o Estado brasileiro conceder, presentes e satisfeitas as condições constitucionais e legais que a autorizam, a extradição que lhe haja sido requerida. O estrangeiro asilado no Brasil só não será passível de extradição quando o fato ensejador do pedido assumir Prof. Cibele Fernandes Dias Página 9 de 34

10 a qualificação de crime político ou de opinião ou as circunstâncias subjacentes à ação do Estado requerente demonstrarem a configuração de inaceitável extradição política disfarçada. (Ext 524, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em , DJ de ). EXTRADIÇÃO PASSIVA (5º, LI e LII, CF), EXPULSÃO E DEPORTAÇÃO QUADRO PARA LEITURA: (a) Conceito de extradição: ato pelo qual um Estado entrega um indíviduo, acusado de um delito ou já condenado como criminoso, à justiça do outro, que o reclama, e que é competente para julgá-lo e puni-lo. 10 (b) Competência originária do STF (Plenário) para deliberar sobre a extradição passiva (102, I, g, CF) (c) CF trata da extradição passiva: (1) o brasileiro nato nunca poderá ser extraditado, (2) o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado: pela prática de crime comum praticado antes da naturalização (desde que não seja crime político ou crime de opinião) ou participação comprovada em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, independentemente do momento do fato; (3) o estrangeiro poderá ser extraditado, havendo vedação somente em relação aos crimes políticos (não há definição legal, o Supremo Tribunal Federal avalia se o crime destina-se a atentar, efetiva ou potencialmente, contra a soberania nacional e a estrutura política do país) 11 e de opinião. (d) Requisitos formais para a extradição passiva (artigos 76 a 94, Lei 6815/80; Decreto 86715/81 e Regimento Interno do STF) 12 : (1) o pedido extradicional somente será atendido se estiver fundamentado em tratado internacional ou quando, inexistente este, o Estado estrangeiro promete reciprocidade de tratamento ao Brasil (art. 76, Lei 6815/80), (2) existência de título penal condenatório ou de mandado de prisão emanados de juiz, tribunal ou autoridade competente do Estado estrangeiro, (3) ocorrência de dupla tipicidade, (4) inocorrência de prescrição da pretensão punitiva ou executória pelas leis brasileiras e pela lei do Estado estrangeiro, (5) ausência de caráter político da infração, (6) o extraditando não estiver respondendo a processo ou não ter sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido, (7) não-sujeição do extraditando a julgamento por tribunal ou juízo de exceção, (8) não 10 MORAES, Direito constitucional..., op. cit., p O STF tem levado em conta o critério da preponderância para afastar a extradição, ou seja, nos crimes preponderamente políticos, ou crimes políticos relativos aqueles praticados com a finalidade de contestar a ordem econômica e social como a participação simples em bando armado ou o roubo de armas, veículos e dinheiro com aquele objetivo. STF. Extradição 694-1, Relator Ministro Sydney Sanches, DJU O art. 77, 3º, da Lei 6815/80 prevê que o STF poderá deixar de considerar crimes políticos os atentados contra Chefes de Estado ou quaisquer autoridades, bem como os atos de anarquismo, terrorismo, sabotagem, seqüestro de pessoa, ou que importem propaganda de guerra ou de processos violentos para subverter a ordem política ou social. 12 A extradição ativa (solicitada pelo Brasil) aplica-se a brasileiros (natos ou naturalizados). O procedimento interno para a extradição ativa é indicado pelo Art. 20 do Decreto-Lei 394 ( ): o pedido de extradição deve ser dirigido ao Ministério da Justiça, que o examinará e, se o julgar procedente, encaminhá-lo-á ao Ministério das Relações Exteriores para formalização da solicitação, acompanhado de textos da lei brasileira referentes ao crime praticado, à pena aplicável e à sua prescrição, e de dados ou informações que esclareçam devidamente o pedido. O Ministério da Justiça poderá solicitar a prisão preventiva do extraditando. Prof. Cibele Fernandes Dias Página 10 de 34

11 cominar a lei brasileira ao crime pena igual ou inferior a um ano de prisão, (9) compromisso formal do Estado requerente de: (a) não ser o extraditando preso ou processado por fatos anteriores ao pedido, (b) efetuar a detração penal, (c) comutar a pena de morte e a de prisão perpétua 13 por pena privativa de liberdade com o prazo máximo de 30 anos, com exceção do art. 5º, XLVII, da CF (pena de morte em caso de guerra declarada), (d) não agravar a pena ou a situação do extraditando por motivos políticos, (e) não efetuar ou conceder a reextradição sem o consentimento do Brasil (art. 91, da Lei 6815/90). 14 (e) Procedimento da extradição passiva: (1) pedido feito pelo Governo do Estado estrangeiro, por via diplomática, ao Presidente da República (84, VII, CF), (2) o Presidente da República o encaminha ao STF (102, I, g, CF) que decidirá, por meio do Tribunal Pleno, sobre sua legalidade, (3) a prisão administrativa decretada pelo Ministro da Justiça não foi recepcionada pela nova ordem constitucional (5º, LXI, CF), a competência para a prisão preventiva para a extradição é do Ministro-Relator sorteado que se torna prevento para condução do processo extradicional, (4) o processo extradicional não comporta dilação probatória em face do ônus do Estado estrangeiro de apresentar todos os elementos de instrução documental em função das exigências jurídicas brasileiras (Súmula 692 do STF: Não se conhece de habeas corpus contra omissão de relator de extradição, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito ), (5) não há possibilidade do extraditando renunciar ao processo extradicional, a sua concordância em retornar ao seu país não dispensa o controle da legalidade do pedido, (6) a entrega do extraditando - que esteja sendo processado criminalmente no Brasil, ou que haja sofrido condenação penal imposta pela Justiça brasileira - depende, em princípio, da conclusão do processo ou do cumprimento da pena privativa de liberdade, exceto se o Presidente da República, com apoio em juízo discricionário, de caráter eminentemente político, fundado em razões de oportunidade, conveniência e/ou utilidade, exercer, na condição de Chefe de Estado, a prerrogativa excepcional que lhe permite determinar a imediata efetivação da ordem extradicional (Estatuto do Estrangeiro, art. 89, "caput", "in fine") 15, (6) a decisão do STF vincula o Presidente da República quando contrária à extradição; já se o STF decidir pela sua possibilidade, o Presidente, discricionariamente, decide se extradita ou não. (f) Sistema extradicional de controle limitado com predominância da atividade jurisdicional (sistema belga a que se filiou a lei extradicional brasileira): via de regra, o Supremo Tribunal Federal não adentra no mérito do pedido de extradição (se, à luz das provas, a acusação formulada pelo Estado estrangeiro é procedente) somente examina seus pressupostos legais extrínsecos, salvo nas hipóteses da (1) análise da ocorrência de prescrição penal, (2) observância do princípio da dupla tipicidade ou da 13 O STF aceitou por muito tempo a possibilidade de extradição passiva ainda que o Estado Estrangeiro previsse a pena de prisão perpétua. A partir da Extradição 855 (julgada em , DJ de , Relator Ministro Celso de Mello) o STF passou a exigir a comutação da pena de prisão perpétua em face de nova interpretação do art. 5º, inc. XLVII, b, da CF. 14 MORAES, Direito constitucional..., op. cit., p Extradição 811/Peru. Relator: Ministro Celso de Mello. Julgamento: 04/09/92. Tribunal Pleno. Prof. Cibele Fernandes Dias Página 11 de 34

12 (3) configuração política do delito, ainda assim, conforme a versão dos fatos do Estado requerente. 16 (g) Princípio da especialidade e pedido de extensão: Este princípio significa que o extraditado somente pode ser processado e julgado pelo país estrangeiro pelo delito objeto do pedido de extradição (91, I, Lei 6815/80). Admite-se, contudo, o pedido de extensão quando o Estado estrangeiro pede para processar o extraditando por crime que ele tenha cometido antes da extradição e diferente daquele que a motivou. (h) Súmula 421 do Supremo Tribunal Federal: Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro. (i) EXPULSÃO (artigos 65 a 75, Lei 6815/80): (1) retirar forçosamente um estrangeiro que pratica atentados à segurança nacional, ordem política ou social, tranqüilidade ou moralidade pública, economia popular ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais ordem jurídica no país em que se encontra, (2) não exige requerimento de país estrangeiro, porque o fato motivador aconteceu no Brasil, devendo a expulsão processar-se ex officio da autoridade nacional, (2 a ) assim, o Ministério da Justiça instaura inquérito, cabendo, exclusivamente, ao Presidente da República resolver sobre a conveniência e oportunidade da expulsão (art. 66, da Lei 6815/80), (3) pode efetivar-se ainda que haja processo penal ou tenha ocorrido condenação. Os órgãos do Ministério Público devem remeter ao Ministério de Justiça, de ofício, até 30 dias após o trânsito em julgado, cópia da sentença penal condenatória de estrangeiro autor de crime doloso ou de qualquer crime contra a segurança nacional, ordem política ou social, economia popular, moralidade ou saúde pública, assim como cópia da folha de antecedentes penais constantes dos autos para a instauração de processo administrativo de expulsão, (4) Não se concederá expulsão quando: (a) implicar extradição inadmitida pela lei brasileira; (b) o estrangeiro tiver cônjuge brasileiro, do qual não esteja divorciado ou separado, de fato ou de direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de cinco anos ou tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda e dependência econômica Súmula nº 1 do STF É vedada a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, dependente de economia paterna e art. 75, II, a da Lei 6815/80. Cabe controle jurisdicional, por intermédio de habeas corpus, do ato expulsório porque a discricionariedade do Presidente da República é mitigada. O controle jurisdicional abrange o exame da regularidade formal da expulsão e sua legitimidade jurídicoconstitucional. 16 O modelo extradicional vigente no Brasil - que consagra o sistema de contenciosidade limitada, fundado em norma legal (Estatuto do Estrangeiro, art. 85, 1º) reputada compatível com o texto da Constituição da República (RTJ 105/4-5 - RTJ 160/ RTJ 161/ Ext 804/Alemanha) - não autoriza que se renove, no âmbito da ação de extradição passiva promovida perante o Supremo Tribunal Federal, o litígio penal que lhe deu origem, nem que se efetive o reexame do quadro probatório ou a discussão sobre o mérito da acusação ou da condenação emanadas de órgão competente do Estado estrangeiro. Doutrina. Precedentes. VALIDADE CONSTITUCIONAL DO ART. 85, 1º DA LEI Nº 6.815/80. - As restrições de ordem temática, estabelecidas no Estatuto do Estrangeiro (art. 85, 1º) - cuja incidência delimita, nas ações de extradição passiva, o âmbito material do exercício do direito de defesa -, não são inconstitucionais, nem ofendem a garantia da plenitude de defesa, em face da natureza mesma de que se reveste o processo extradicional no direito brasileiro. Precedentes. Extradição 811/Peru. Prof. Cibele Fernandes Dias Página 12 de 34

13 (j) DEPORTAÇÃO (artigos 57 a 64, Lei 6815/90): (1) saída compulsória do estrangeiro pelo fato de entrar ou permanecer irregular em território nacional (art. 5º, XV, CF), não decorrendo da prática de delito em território nacional, mas tão-somente do não cumprimento de requisitos de entrada e permanência no território nacional quando o estrangeiro não se retira no prazo determinado, (2) não se dará deportação se esta implicar extradição vedada pela lei brasileira. O estrangeiro deportado somente pode reingressar no território nacional se ressarcir ao Tesouro Nacional das despesas com a sua deportação e, se for o caso, efetuar o pagamento da multa devida à época, também corrigida. (l) Existe deportação ou expulsão de brasileiro? (art. 5º, XLVII, d, CF) Não, porque a Constituição Federal proíbe o banimento, que é o envio compulsório de brasileiro para o exterior em caráter de pena. (m) ENTREGA (surrender) (art. 89, do Estatuto de Roma Decreto 4388/2002): (1) entrega do indivíduo ao Tribunal Penal Internacional. Qualquer um pode ser entregue pelo Brasil ao TPI, ou seja, brasileiro nato, brasileiro naturalizado ou estrangeiro. A constitucionalidade da entrega de brasileiro nato está pendente de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal. d) Regras constitucionais relativas aos estrangeiros: 1. Possibilidade de nomeação para cargos, empregos e funções públicas desde que haja expressa previsão legal e ausência de proibição constitucional (37, I, CF) 3. Impossibilidade de o estrangeiro (pessoa física) ser proprietário de empresa jornalística ou de radiodifusão sonora e de sons e imagens (222, CF) 2. Possibilidade de adoção na forma da lei (227, 5º, CF) 4. Impossibilidade de realizarem atividade de pesquisa e lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica (176, 1º, CF) a) PERDA DA NACIONALIDADE BRASILEIRA O ato que determina a perda da nacionalidade tem efeito constitutivo. Por isso, a perda não é automática, requer um ato específico que a determine, após apuração da causa, em processo específico. Os efeitos da perda são, sempre, ex nunc. A perda da nacionalidade brasileira, por sua vez, somente pode ocorrer nas hipóteses taxativamente definidas na Constituição da República, não se revelando lícito, ao Estado brasileiro, seja mediante simples regramento legislativo, seja mediante tratados ou convenções internacionais, inovar nesse tema, quer para ampliar, quer para restringir, quer, ainda, para modificar os casos autorizadores da privação sempre excepcional da condição político- Prof. Cibele Fernandes Dias Página 13 de 34

14 jurídica de nacional do Brasil. (HC QO, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 29/08/03) (1) PERDA -MUDANÇA que atinge brasileiros natos e naturalizados (12, 4º, II, CF): (a) Requisitos: (1) aquisição de nacionalidade secundária estrangeira (exemplo: se naturaliza americano) + (2) por um ato voluntário (que não se enquadra como naturalização-imposição) (b) Procedimento: perda efetivada por meio de procedimento administrativo no Ministério da Justiça, oficializada por Portaria do Ministro da Justiça 17 com efeitos ex nunc. O art. 36, da Lei 818/49 estabelece ser possível a reaquisição da nacionalidade brasileira, a ser efetivada por meio de decreto do Presidente da República, desde que a pessoa venha a residir no Brasil e fique provado que ela não tenha eleito outra nacionalidade para eximir-se do cumprimento de dever legal que estaria obrigado se conservasse brasileiro. A perda da nacionalidade não tem, portanto, caráter irreversível. Trata-se, porém, de dispositivo anterior à Constituição Federal. Já José Afonso da SILVA considera aplicável o art. 36, da Lei 818/49, mas de forma que se a condição originária era de brasileiro nato, voltará a ostentá-la, se, por contrário, fosse brasileiro naturalizado, retornará a essa situação. (1a) CONFLITO POSITIVO DE NACIONALIDADE ou POLIPATRÍDIA - (12, 4º, II, a, b, na redação da EC de revisão n. 3/94) (2) PERDA-PUNIÇÃO que atinge somente brasileiros naturalizados (12, 4º, I e 15, I, CF): (a) Requisitos constitucionais: prática de atividade nociva ao interesse nacional + cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado de competência da justiça federal (109, X, CF). (b) Procedimento: perda efetivada por processo judicial de competência da Justiça Federal, oficializada por sentença judicial transitada em julgado na ação de cancelamento da naturalização de legitimidade exclusiva do Ministério Público Federal. Ação de cancelamento de naturalização (Lei 818/49) o único legitimado é o Ministério Público Federal que imputará ao brasileiro naturalizado prática de atividade nociva ao interesse nacional. Não há uma tipicidade específica de quais 17 A competência é do Presidente da República para decidir sobre a perda da nacionalidade mediante decreto. Todavia, o Decreto 3453, de 9 de maio de 2000 prevê a delegação desta função ao Ministro da Justiça: Art. 1 o Fica delegada competência ao Ministro de Estado da Justiça, vedada a subdelegação, para declarar a perda e a reaquisição da nacionalidade brasileira nos casos previstos nos arts. 12, 4 o, inciso II, da Constituição, e 22, incisos I e II, e 36 da Lei n o 818, de 18 de setembro de Prof. Cibele Fernandes Dias Página 14 de 34

15 são os atos que importam nocividade ao interesse nacional. A perda da nacionalidade somente ocorre após o trânsito em julgado da sentença condenatória (efeitos ex nunc, deixando de ser brasileiro a partir do trânsito em julgado da sentença). Segundo Francisco Xavier da SILVA GUIMARÃES, tem o cancelamento, portanto, natureza jurídica de ato constitutivo negativo, o que faz pressupor a validade da naturalização concedida, de forma que dá-se o cancelamento por ato tido como lesivo aos interesses nacionais praticados após a naturalização válida, com conotações de efeito punitivo. 18 A reaquisição da nacionalidade brasileira, nessa hipótese, somente é possível com a rescisão da sentença, nunca por novo procedimento de naturalização. (3) PERDA DA NACIONALIDADE POR MEIO DE INVALIDAÇÃO ADMINISTRATIVA DA NATURALIZAÇÃO (art. 112, 2º e 3º, Lei 6815/80): divergência na jurisprudência quanto à recepção deste dispositivo constitucional (a) Pressuposto: verificação de falsidade ideológica ou material de qualquer dos requisitos exigidos no art. 112, da Lei 6815/80 para a naturalização. (b) Procedimento: invalidação administrativa do ato de naturalização sem prejuízo da ação penal cabível pela infração cometida por meio de Portaria do Ministro da Justiça. II - DIREITOS POLÍTICOS 1. DIREITOS POLÍTICOS (POSITIVOS): direitos públicos subjetivos que permitem o exercício concreto da liberdade de participação nos negócios políticos do Estado, de maneira a conferir os atributos da cidadania. 19 2) ESPÉCIES: direito de sufrágio (que compreende alistabilidade [votar em eleições, plebiscitos e referendos] e elegibilidade), iniciativa popular de lei, ação popular e organização e participação em partidos políticos. 3) SUFRÁFIO: envolve o direito de votar (capacidade eleitoral ativa ou alistabilidade) e o direito de ser votado (capacidade eleitoral passiva ou elegibilidade). O sufrágio é universal (alistamento + nacionalidade + idade), não é restrito (censitário ou capacitário) (14, caput, CF) a) CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA: voto 20 obrigatório (para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos que sejam alfabetizados) e facultativo (maiores de 16 anos e menores de 18 anos; maiores de 70 anos ou analfabetos) (14, 1º, I e II, CF) b) CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA ou ELEGIBILIDADE como a capacidade para pleitear mandatos políticos mediante eleição popular ou 18 GUIMARÃES, Francisco Xavier da Silva. Nacionalidade: aquisição, perda e reaquisição. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, p MORAES, op. cit., p O voto pode ser exercido não só nas eleições, mas também em plebiscitos e referendos (49, XV, CF). Prof. Cibele Fernandes Dias Página 15 de 34

16 eleição indireta na hipótese do art. 81, CF (14, 3º): não basta ser eleitor para poder se eleger. É o caso dos analfabetos: detém capacidade eleitoral ativa, mas não podem se eleger (art. 14, 4º, CF). (b1) Requisitos para o exercício da capacidade eleitoral passiva: (1) preencher as CONDIÇÕES GERAIS DE ELEGIBILIDADE previstas no art. 14, 3º 21 + (2) NÃO incidir em nenhuma hipótese de INELEGIBILIDADE (seja absoluta ou relativa). 22 IMPOSSIBILIDADE DE CANDIDATURA AVULSA: LEGITIMADOS PARA PEDIR O REGISTRO DOS CANDIDATOS (art. 11, Lei 9504/97) Pedido avulso de registro da candidatura (art. 11, par. 4º, Lei 9504/97: na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela justiça eleitoral.) ADI 1465 Informativo 377 Comunicação de nova filiação a partido e constitucionalidade O Tribunal julgou improcedente pedido de ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Partido da Frente Liberal - PFL contra a parte final do parágrafo único do art. 22 da Lei 9.096/95, que exige que a nova filiação a outro partido seja comunicada ao primeiro partido e ao juiz da respectiva Zona Eleitoral, para fins de cancelamento, sob pena de anulação de ambas as filiações. Salientando a existência de distinção doutrinária entre liberdade interna e externa dos partidos políticos, esta concernente à relação do Estado com o partido, e aquela traduzida como exclusão de qualquer controle quanto à "democraticidade" interior ou ideológica de um partido, afastou-se a alegada ofensa ao princípio da autonomia partidária (CF, art. 17, 1º). Entendeu-se que a questão relativa à dupla filiação não se insere no âmbito da citada liberdade interna, tratando-se, no caso, de ordenação normativa relativa a dois ou mais partidos, que tem como escopo evitar a interferência de normas internas de um partido em outro. Asseverou-se, ainda, que a duplicidade de filiações é vedada em face do princípio constitucional da fidelidade partidária, cuja inobservância ofenderia sensivelmente o sistema eleitoral. Rejeitou-se, por fim, a assertiva de que a nulidade das filiações, decorrente da dupla filiação, acrescentaria nova espécie de inelegibilidade não prevista na CF, já que a filiação é pressuposto 21 A filiação partidária deve ser realizada, segundo o art. 18, da LOPP, em até um ano antes da data fixada para a eleição visada (primeiro domingo de outubro). O TSE tem entendido que esse prazo de um ano da filiação conta-se inclusive no último dia, mesmo que caia em sábado, domingo ou feriado. Assim, por exemplo, a data para as eleições de 2002 caiu no dia , logo, o prazo para filiação partidária deveria ser até , inclusive. Assim, no dia terminou o prazo para os partidos aprovarem formalmente as filiações de candidatos para as eleições gerais de A idéia mínima é na data da posse, segundo art. 11, 2º, da Lei 9504/97, o que para muitos doutrinadores é inconstitucional já que é no registro da candidatura que nasce juridicamente a elegibilidade, ou seja, que alguém que se torna capaz passivamente como pré-candidato. 22 Sumula Nº 20, do TSE - Publicada no DJ de 21, 22 e 23/8/2000: A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral, nos termos do art. 19 da Lei 9.096, de , pode ser suprida por outros elementos de prova de oportuna filiação. Prof. Cibele Fernandes Dias Página 16 de 34

17 de elegibilidade, e não de inelegibilidade, isto é, para que alguém se torne inelegível há de ser, antes, elegível. REGRA ESPECIAL DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA PARA OS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, TRIBUNAL DE CONTAS E MAGISTRADOS: "RECURSO ORDINÁRIO. ELEIÇÃO IMPUGNAÇÃO. CANDIDATO. DEPUTADO FEDERAL. MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. PRAZO. INOCORRÊNCIA. INELEGIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. Os magistrados, os membros dos tribunais de contas e os do Ministério Público devem filiar-se a partido político e afastar-se definitivamente de suas funções até seis meses antes das eleições. (Art. 13, da Resolução TSE n , de )" (RO n. 993, Rei. Min. César Asfor Rocha, Sessão de ). "MAGISTRADOS. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. Magistrados e membros dos tribunais de contas, por estarem submetidos à vedação constitucional de filiação partidária, estão dispensados de cumprir o prazo de filiação fixado em lei ordinária, devendo satisfazer tal condição de elegibilidade até seis meses antes das eleições, prazo de desincompatibilização estabelecido pela Lei Complementar n " (Res. n , Rel. Min. Costa Leite, DJ ). A INCONSTITUCIONALIDADE DA CANDIDATURA NATA CANDIDATURA NATA (art. 8º, par. 1º, Lei 9504/97): Aos detentores de mandato de deputado federal, estadual ou distrital, ou de vereador, e aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados. ADIMC , julgada em , DJ ) REGIME DE GOVERNO DEMOCRÁTICO (1º, único, 17, caput, CF): (a) Democracia indireta ou representativa (regra) e democracia direta ou de participação (exceção) (a) Institutos de democracia direta ou de participação: (1) Participação em plebiscitos (14, I; 18, 3º, 4º, CF), referendos (14, II) e iniciativa popular de leis (14, III; 27, 4º, 28, XIII e 61, 2º, CF); (2) Ajuizamento de ação popular (5º, LXXIII, CF) (3) O contribuinte pode examinar e questionar a legitimidade das contas dos Municípios que deverão ficar a sua disposição durante sessenta dias anualmente, nos termos da lei (31, 3º, CF) Prof. Cibele Fernandes Dias Página 17 de 34

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