Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução
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- Denílson Espírito Santo Farias
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1 Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução Kant and the Copernican Revolution of Knowledge: a Introduction Adelino Ferreira 1 Universidade Federal de São João del-rei Resumo: O presente trabalho visa ser uma breve apreciação de alguns pontos da teoria crítica de Kant, em especial da chamada Revolução Copernicana realizada pelo filósofo na teoria do conhecimento. A partir da análise de alguns dos principais textos de Kant sobre o tema e com o auxílio de comentadores de referência, procurou-se, de forma didática, introduzir o leitor na discussão acerca do conhecimento no período moderno e mostrar a contribuição do kantismo para a mesma. Palavras-chave: Idade Moderna, Revolução Copernicana, Teoria do Conhecimento. Abstract: This article seeks to be a brief appreciation some points of Kant s criticism theory, mainly the called Copernican Revolution realized by philosopher in knowledge theory. Analyzing some of Kant s texts about the theme and with support of reference commentators, aimed at, didactically, introducing reader in debate about knowledge in modern period and showing Kantism s contribution to it. Keywords: Copernican Revolution, Modern Age, Theory of Knowledge. Introdução I mmanuel Kant nasceu no século XVIII e viveu em uma época marcada pelo pensamento de grandes mentes como Newton, Copérnico, Leibiniz e Hume. Sua obra foi, ao mesmo tempo, uma sistematização de conhecimentos anteriores e uma novidade para a filosofia de seu tempo. A Teoria Crítica, que aqui será abordada, foi uma das principais contribuições kantianas para seu tempo, influenciando toda uma tradição posterior do pensamento filosófico. O chamado idealismo transcendental, que marcou suas reflexões sobre a teoria do conhecimento, operou uma importante mudança no modo como se entendia o pensamento e 1 Graduando em Filosofia pela UFSJ / Bolsista PET (MEC/SESu/Capes) / adefer86@yahoo.com.br
2 Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução suas consequências. Para expor tais assuntos, serão aqui trabalhados alguns trechos da Crítica da Razão Pura (CRP), texto de referência para a confecção do artigo. Tal obra é de suma importância para a compreensão do projeto kantiano e reflete a busca do filósofo pelos limites da razão e pelo estabelecimento de formas puras, a priori, que servissem de base para a construção de um conhecimento seguro. Para auxiliar a explicitação do tema serão utilizadas obras de apoio de comentadores que visam uma maior clareza dos conteúdos e um olhar mais geral sobre a obra de Kant. O texto principal de apoio é o livro de Gilles Deleuze, A Filosofia Crítica de Kant. Também serão usadas as obras de Allen W. Wood, Kant e Otfried Höffe, Immanuel Kant. A divisão do texto segue um itinerário que visa (i) situar o panorama da época e os principais problemas encontrados pelo filósofo; (ii) mostrar como ele constrói sua filosofia indo além da dicotomia racionalismo x empirismo; (iii) demonstrar que sua teoria é transcendental, ou seja, está preocupada com as condições de possibilidade do conhecimento; (iv) lançar um olhar específico sobre o que se entende propriamente por Revolução Copernicana no pensamento kantiano e (v) fazer uma breve explanação sobre as formas puras da sensibilidade e do entendimento, segundo Kant. 1 O Panorama da Época Para uma reconstrução adequada dos argumentos produzidos por Kant em sua filosofia, que ficou conhecida como crítica, é preciso, inicialmente, um olhar atento sobre a época na qual o autor produziu sua filosofia. Kant viveu no século XVIII, na Alemanha, em um contexto filosófico e científico moderno. Falar em um período moderno é chamar a atenção para uma redescoberta do homem e suas capacidades, mais ainda, é olhar para a ciência que este homem pode produzir. Kant, desta forma, insere-se em uma época que se desvencilha das ciências medievais, baseadas no aristotelismo, por meio de teorias como as de Newton, Copérnico, Bacon e de filosofias como a de Descartes, Leibniz, Locke e Hume. Com Descartes vê-se uma guinada para a subjetividade, para o cogito, como fundamento do conhecimento. Com os empiristas têm-se o valor da experiência e a crítica da universalidade dos conhecimentos. Os racionalistas postulam a força da razão na busca do conhecimento seguro e Newton constrói
3 FERREIRA, Adelino uma teoria do espaço e do tempo absolutos com pressupostos científicos diversos dos medievais. É neste cenário de intensa disputa teórica que Immanuel Kant se vê enveredado para resolver problemas deixados por racionalistas e empiristas e com a questão principal da validação dos conhecimentos científicos. De maneira talvez reducionista, pode-se afirmar que a grande questão a que Kant se viu desafiado a responder foi: como é possível validar o conhecimento científico moderno? Kant encontrou limitações na resposta empirista e racionalista e buscou construir um pensamento que pudesse superá-los, conservando elementos de ambas as teorias. Em sua obra, Kant confiou à razão humana o trabalho de construir um conhecimento seguro acerca da natureza. A razão, em Kant, se torna legisladora, dominante no processo de conhecimento. Contudo, afirmar uma razão poderosa é também estabelecer seus limites, até onde ela pode ir, e Kant não se furtou a estabelecer esses limites, por meio de sua Crítica da Razão Pura. Para entender o itinerário intelectual kantiano é preciso recorrer à filosofia que o despertou de seu sono dogmático, como o próprio autor fez questão de ressaltar. A influência humiana se dá uma vez que Hume, em sua filosofia, questiona os pressupostos da metafísica tradicional, que afirmava acriticamente a capacidade humana de chegar às essências das coisas do mundo. Embora Kant não vá partilhar de todas as conclusões humianas acerca do conhecimento, tais investigações se tornaram guias para a construção de seu pensamento crítico. 2 Além do Empirismo e do Racionalismo A filosofia kantiana se configura como uma crítica tanto ao empirismo quanto ao racionalismo, no que tange o papel da razão na constituição do ser humano. Kant se destaca como um autor que dá um extremo valor à razão em detrimento à natureza (instintos) ou a qualquer outro ente considerado superior. Deleuze, em sua obra A Filosofia Crítica de Kant, mostra que a grande controvérsia kantiana em relação aos empiristas e racionalistas é o papel da razão como um fim. Para Kant, afirma Deleuze:
4 Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução Nos fins da razão, é a razão que se toma a si mesma como fim. Há, pois, interesses da razão, mas, além disso, a razão é o único juiz dos seus próprios interesses. Os fins ou interesses da razão não são julgáveis nem pela experiência nem por outras instâncias que permaneçam exteriores ou superiores à razão. Kant recusa de antemão as decisões empíricas e os tribunais teológicos (2009, p. 9). Percebe-se aí que a filosofia kantiana, neste sentido, afasta-se de uma posição empirista uma vez que discorda do papel atribuído à experiência no processo de conhecimento. Isto não é o mesmo que excluir a experiência, nem defender um idealismo tal qual era entendido pelos empiristas, mas dar à razão a função dominante na construção do conhecimento. A razão, para Kant, não está a serviço de nada, não é meio, mas tem seus próprios fins. Daí a recusa em uma posição que coloque a natureza como dominante no homem. Uma ação racional será aquela que subjugue a natureza e a leve a cumprir os ditames da razão. Kant também se afasta de uma posição racionalista, pois estes também não vêem a razão como um fim em si mesma, mas subjugada a instâncias superiores a ela, como um bem, um valor, ou algo exterior a ela (DELEUZE, 2009, p. 8). Descartes, por exemplo, ao mesmo tempo em que postula o cogito como substância, não deixa de evocar uma terceira substância divina que cria e sustém o mundo; o pensamento de Leibniz propõe a ideia de uma harmonia pré-estabelecida que permita dar conta de validar uma ciência com base na razão. A filosofia kantiana, por sua vez, propõe um outro viés: a filosofia transcendental, realizando o que ficou conhecido como revolução copernicana do conhecimento como se verá detalhadamente neste trabalho. Para Kant, a mudança de paradigma do conhecimento, invertendo a relação sujeito e objeto, conseguiria dar respostas mais satisfatórias para o problema da fundamentação do conhecimento. 3 O Transcendental e os Juízos Sintéticos a Priori Kant, na introdução da Crítica da Razão Pura, diz: Chamo transcendental a todo o conhecimento que em geral se ocupa menos dos objetos, que do nosso modo de os conhecer, na medida em que este deve ser possível a priori (CRP, B25). O conhecimento transcendental proposto na Crítica é um olhar não para o objeto puro e simples, mas para as capacidades da razão em conhecê-lo. A razão passará a regular o processo e validar o conhecimento.
5 FERREIRA, Adelino O conhecimento de que o texto trata é aquele possível a priori, ou seja, aquele que não parta da experiência. Kant, na introdução da Crítica, expõe inicialmente dois tipos de juízos, sintéticos e analíticos. Os juízos analíticos são aqueles que não trazem conhecimento novo, reservando-se apenas a desmembrar no predicado aquilo que o sujeito já continha. Juízos analíticos são a priori, uma vez que não carecem da experiência. São, por isso, necessários e universais (CRP B3). Juízos como: o corpo é extenso são afirmações desse tipo. Uma vez que faz parte do conceito do sujeito corpo a ideia de extensão, o predicado em nada acrescentou. Outro tipo de juízo é o sintético. Este, via de regra, é a posteriori, ou seja, parte da experiência. É, portanto, contingente e particular. Afirmações como: o carro é vermelho, são exemplos de tais juízos. O fato de um carro ser vermelho só é verificado após a experiência e não é necessário nem universal, pois carros podem ter cores diversas. A questão posta a seguir é a existência de um terceiro tipo de juízo, os juízos sintéticos a priori. Estes têm garantida sua universalidade e necessidade, acrescentam algo de novo ao sujeito e não partem da experiência, embora, esta esteja presente. São estes os juízos matemáticos e os da ciência em geral. Kant entende que, para se entender a ciência e validar o conhecimento, é preciso necessariamente responder à questão de como são possíveis os juízos sintéticos a priori (CRP, B19). Tal é o problema geral da razão pura, no qual a metafísica deveria se debruçar. Allen W. Wood sintetiza assim a questão: Para Kant, metafísica é a ciência de conhecimentos sintéticos a priori através dos conceitos. Os problemas tradicionais da metafísica, aqueles que concernem aos fundamentos das ciências e também aqueles que concernem a supostas questões sobrenaturais referentes a nós, têm a ver com proposições para as quais os metafísicos pretendem que sejam conhecimento sintético a priori (2008, p.45). O pensamento kantiano não exclui a metafísica, mas pretende levá-la a um patamar superior, fazendo com que deixe de ser um tatear entre simples conceitos (CRP B XV). A metafísica, até aquela época, se perdia em conhecimentos que não podiam ser verificados, caindo em antinomias e especulações que careciam de embasamento. Para fazer da metafísica o mesmo que já fora feito com as outras ciências como a matemática a as ciências naturais Kant se dispõe a delimitar bem os objetos da metafísica e, mais ainda, a olhá-los por meio de outro paradigma. É esta mudança de viés que possibilitará um conhecimento mais seguro.
6 Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução A Revolução Copernicana A mudança realizada por Kant é uma troca na direção de ajuste dos pólos da cognição. Se antes era o sujeito que deveria se ajustar ao objeto e um conhecimento verdadeiro era o que mais se aproximava da descrição do objeto exterior, agora, para que o conhecimento se dê, é o objeto que deve ser regulado pelas capacidades cognitivas do sujeito. Kant, no Prefácio à Segunda Edição da Crítica da Razão Pura afirma nestes termos: Até hoje admitia-se que o nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir a priori, mediante conceitos, algo que ampliasse o nosso conhecimento, malogravam-se com este pressuposto (CRP B XVI). E prossegue: Ora, na metafísica, pode-se tentar o mesmo, no que diz respeito à intuição dos objetos. Se a intuição tivesse de se guiar pela natureza dos objetos, não vejo como deles se poderia conhecer algo a priori; se, pelo contrário, o objeto (enquanto objeto dos sentidos) se guiar pela natureza da nossa faculdade de intuição, posso perfeitamente representar essa possibilidade (CRP B XVII). Se Copérnico colocou o sol no centro do universo, Kant deslocou o sujeito, mais especificamente a razão, para o pólo central da cognição. Ele acreditava que esta era a chave para o problema da razão pura. Submeter o mundo à razão significa que o mundo se comporta de acordo com as leis racionais, que todo o conhecimento bem construído racionalmente é seguro. A ideia de uma revolução copernicana no conhecimento é fruto da tentativa de se deixar o vago tatear da metafísica. Kant entendeu que, enquanto os polos do conhecimento não fossem adequadamente pensados, a metafísica continuaria destituída de rigor. Nas palavras de Höffe: A revolução copernicana de Kant significa que os objetos do conhecimento não aparecem por si mesmos, eles devem ser trazidos à luz pelo sujeito (transcendental). Por isso eles não podem mais ser considerados como coisas que existem em si, mas como fenômenos. Com a mudança do fundamento da objetividade, a teoria do sujeito, de modo que não pode mais haver uma ontologia autônoma. O mesmo vale para a teoria do conhecimento (2005, p. 45). Pensar uma ontologia autônoma é imaginar que os objetos são totalmente captados pelo entendimento humano que seria, deste modo, capaz de esgotar todas as possibilidades do conhecer das coisas. É essa ideia que Kant rejeita. Ele seguiu uma linha que pode ser
7 FERREIRA, Adelino considerada mais prudente, ou seja, reconheceu que há uma grande possibilidade de o homem não ser capaz de esgotar todo o conhecimento da natureza. Por isso, era preciso construir uma ontologia e, por conseguinte, uma teoria do conhecimento, que levasse em conta essa limitação e reconhecesse que o homem pode conhecer até certo ponto. Algo importante a ser dito é que o fato de se afirmar uma limitação do conhecimento humano não quer dizer a impossibilidade de se fundar um conhecimento seguro por meio da racionalidade. Foi isso inclusive, como já dito, que Kant quis deixar claro: o reconhecimento dos limites e das possibilidades do conhecimento quer justamente passar do conhecimento impreciso a algo seguro. Esse algo seguro é o conhecimento dos fenômenos, regulado pelo sujeito transcendental. A revolução copernicana, ao tratar das possibilidades do conhecimento seguro, encontra uma forma de fundamentar aprioristicamente a ciência moderna. Ao explicitar que é o sujeito quem comanda o processo do conhecimento, Kant pretendeu mostrar como é possível conhecer e fazer ciência sem apelos transcendentes. Cabe agora entender, de forma sucinta como se dá o processo, segundo o pensamento kantiano. 5 O Conhecimento Transcendental: Espaço e Tempo e as Categorias Kant, na Crítica da Razão Pura, mais especificamente na seção 1 da Estética Transcendental, afirma que: A capacidade de receber representações (receptividade), graças à maneira como somos afetados pelos objetos, denomina-se sensibilidade. Por intermédio, pois, da sensibilidade são-nos dados objetos e só ela nos fornece intuições; mas é o entendimento que pensa esses objetos e é dele que provêm os conceitos (CRP B31). As formas puras da sensibilidade, que Kant tratará na Estética Transcendental, são o tempo e o espaço. Segundo a teoria kantiana, essas formas puras são a priori, ou seja, prescindem de toda e qualquer experiência. É por meio delas que o sujeito representa os fenômenos. Sobre o espaço, Kant afirma que: Consideramos, por conseguinte, o espaço a condição de possibilidade dos fenômenos, não uma determinação que dependa deles; é uma representação a priori, que fundamenta necessariamente todos os fenômenos externos (CRP
8 Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução B39). Isto faz ver que Kant segue uma linha distinta de outros filósofos que entendiam o espaço como algo experimentado e, por isso, a posteriori. O espaço se torna, com Kant, condição de possibilidade: é algo necessário para que as relações entre os fenômenos possam se dar. Kant ainda lembra que o espaço é uno, sendo ele condição de multiplicidade. (CRP A25). O que foi dito para o espaço é igualmente válido para o tempo, contudo, há que se levar em conta em relação ao tempo que tempos diferentes não são simultâneos, mas sucessivos (CRP B47). É por meio do tempo que se tem a noção de mudança, de movimento, etc. Cabe também observar que o tempo é algo relativo aos sentidos internos, enquanto o espaço daquilo que se representa como externo ao sujeito, embora se saiba que é algo representado pelo sujeito. Desta forma, pode-se perceber que todo o conhecimento que o homem possui é algo dado no tempo e no espaço. O homem não consegue representar nada sem que o represente por meio dessas formas puras da sensibilidade. Pode-se dizer que é no tempo e no espaço que o homem recebe inicialmente os fenômenos e os representa. Tendo representado os fenômenos eles serão pensados, organizados, por meio das formas puras do entendimento, ou seja, pelas categorias. As categorias descritas por Kant são: Quantidade, Qualidade, Relação e Modalidade (CRP A70/B95). Cada uma dessas quatro possui três momentos, perfazendo 12 categorias, ou conceitos fundamentais. É por meio dessas categorias que o sujeito, que representou os fenômenos por meio do espaço e tempo, os organiza, produzindo, assim, o que se chama de conhecimento. Kant se esmera em mostrar este caminho, expondo detalhadamente como se dá o processo cognitivo. Deleuze assim resume a visão kantiana de tal processo: 1º. Todos os fenómenos estão no espaço e no tempo; 2º. A síntese a priori da imaginação incide a priori sobre os próprios espaço e tempo; 3º. Os fenómenos estão, por tanto, necessariamente submetidos à unidade transcendental desta síntese e às categorias que a representam a priori. É realmente neste sentido que o entendimento é legislador: sem dúvida, ele não nos diz as leis a que estes ou aqueles fenómenos obedecem do ponto de vista da sua matéria, embora constitua as leis a que todos os fenómenos estão submetidos do ponto de vista da sua forma, de tal maneira que eles <<formam>> uma Natureza sensível em geral (2009, p. 27). Deleuze resume o pensamento kantiano acerca do conhecimento mostrando a importância do entendimento, e como ele é legislador, pois diz das leis a que todos os fenômenos estão submetidos. Assim consegue-se construir um conhecimento que é, ao
9 FERREIRA, Adelino mesmo tempo, subjetivo e seguro para embasar a ciência. Este é um dos grandes avanços alcançados por Kant à sua época, herdado por toda uma tradição que o precedeu. Considerações Finais O projeto kantiano marcou profundamente a modernidade. Atento ao que de mais relevante acontecia em seu tempo, Immanuel Kant legou à posteridade uma teoria do conhecimento sistemática que serviu de aporte para a ciência moderna. Sua chamada revolução copernicana mostrou o sujeito transcendental como ponto central do processo cognitivo. Cabe destacar em Kant sua percepção de que a razão humana tem seus limites e uma filosofia que quisesse ser respeitada e eficaz deveria olhar para esses limites e estabelecer qual é o papel da razão no processo do conhecimento e até onde ela poderia ir. Sua teoria foi a tentativa de levar a filosofia para além do mero tatear, como ele mesmo dizia, e fundá-la em princípios apriorísticos que garantissem um conhecimento seguro acerca da natureza. Cabe lembrar que Kant, ao tratar das formas puras da sensibilidade e do entendimento, estava disposto a explicitar de forma coerente sua teoria sobre como e o que os homens podem conhecer. Ao dizer que aos homens é dado conhecer apenas o fenômeno, Kant estabeleceu os limites e com isso a possibilidade da fundação de um conhecimento transcendental, ou seja, que investiga as possibilidades de se conhecer seguramente. Por fim, pode-se dizer que a filosofia kantiana é complexa e exige uma análise muito mais minuciosa do que aquela feita neste texto. O que aqui se quis indicar é que o pensamento kantiano, ao revolucionar a forma de se pensar o conhecimento, mostrou a importância de se olhar para a relação sujeito-objeto a partir de uma perspectiva em que o sujeito não seja um simples receptáculo passivo no processo da cognição. A leitura das obras de referência serviu como base para uma compreensão mais clara daquilo que Immanuel Kant pretendeu explicitar e defender por meio de seus escritos.
10 Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução Referências DELEUZE, Gilles. A Filosofia Crítica de Kant. Tradução de Germiniano Franco. Lisboa: 70, HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. Tradução de Christian Viktor Hamm e Valério Rohden. São Paulo: Martins Fontes, KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, WOOD, Allen W. Kant. Tradução de Delamar José Volpato Dutra. Porto Alegre: Artmed, Submetido em: 05/10/2012 Aceito em: 29/11/2012
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