PROJETO FRONTEIRAS DE MINAS GERAIS

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1 PROGRAMA MAPEAMENTO GEOLÓGICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROJETO FRONTEIRAS DE MINAS GERAIS (Contrato CODEMIG 3473, FUNDEP 19967) FOLHA JAPORÉ SD.23-Z-A-V Escala 1: Autores: Mariana Meireles Leite Ricardo Diniz da Costa Coordenação Geral: Antônio Carlos Pedrosa Soares Coordenação de Geoprocessamento: Eliane Voll e André Luiz Profeta Agosto/2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CENTRO DE PESQUISA PROFESSOR MANOEL TEIXEIRA DA COSTA

2 SUMÁRIO RESUMO INTRODUÇÃO Localização e acessos Método de trabalho e dados de produção Aspectos econômicos Aspectos fisiográficos Interpretação de imagens e geofísica Mapas de sensores remotos Modelo digital de elevação e mapa de relevo sombreado Mapas geofísicos Gamaespectrometria Magnetometria (sinal analítico) BREVE CONTEXTO REGIONAL E TRABALHOS ANTERIORES ESTRATIGRAFIA Proterozoico -Neoproterozoico Grupo Bambuí Formação Sete Lagoas (NP2sl) Formação Serra de Santa Helena (NP3sh) Formação Lagoa do Jacaré (NP3lj) Mesozoico - Cretáceo Superior Grupo Urucuia - Formação Posse (K2up) Grupo Urucuia - Formação Serra das Araras (K2usa) Fanerozoico - Cenozoico Depósitos eluviais e coluviais (NQec) Sedimento argilo-arenoso (NQdi) Depósitos aluvionares (Q2a) ARCABOUÇO ESTRUTURAL Acervo estrutural Acamamento (S 0 ) Acervo rúptil RECURSOS MINERAIS Calcário Cascalho, areia e material para pavimentação de vias Calcita e Fluorita Hidrocarbonetos Direitos minerários CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

3 RESUMO Apresenta-se o resultado do mapeamento em escala 1: da Folha Japoré (SD-23-Z- A-V), localizada na porção norte do estado de Minas Gerais. A região engloba os municípios de Miravânia e São João da Missões e localiza-se a aproximadamente 250km a norte de Montes Claros e 20km a oeste de Manga, principal centro urbano da região. Geologicamente encontra-se no compartimento central do Cráton São Francisco, região preservada da tectônica compressional brasiliana. Afloram na área o Grupo Bambuí, especialmente a sua sequência basal (formações Sete Lagoas, Serra de Santa Helena e Lagoa do Jacaré), o Grupo Urucuia (formações Posse e Serra das Araras) e coberturas recentes. O Grupo Bambuí nessa região apresenta características deposicionais distintas da região centro-sul do cráton, principalmente em relação aos litotipos carbonáticos. Essas diferenças estão diretamente relacionadas à estruturação da bacia nessa região, influenciada pelo alto estrutural de Januária, aflorante poucos quilômetros a sul. A Formação Sete Lagoas é composta predominantemente por calcilutito a calcarenito fino, químicos e de retrabalhamento, cinza escuro a branco. Apresentam estratificação tabular plano paralela centimétrica a métrica. No calcilutito é comum a ocorrência de estromatólitos e esteiras algais. Intercalações dolomíticas avermelhadas centimétricas e laminações ricas em intraclastos e oólitos são observadas nos termos mais grossos de retrabalhamento. A Formação Serra de Santa Helena ocorre sobreposta à Formação Sete Lagoas, em contato normal e é composta por siltito a argilito esverdeado a acinzentado, com diversas cores de alteração. A estrutura sedimentar principal é uma laminação planar paralela centimétrica. Em direção ao topo ocorrem lentes de marga de pequena espessura e camadas ou lentes de até 6m de calcilutito a calcarenito fino, preto, estratificado ou maciço. Quando estratificado, é comum ocorrer lâminas ricas em intraclastos. No topo em contato transicional ocorre, de forma descontinua, a Formação Lagoa do Jacaré caracterizada por calcilutito a calcirrudito de retrabalhamento, estratificado a maciço. Predomina o calcarenito fino, preto, estratificado com estratos de 2 a 40cm de espessura e calcarenito grosso a calcirrudito rico em pisólitos, intraclastos e agregados. As estruturas sedimentares presentes são estratos plano paralelos centimétricos a métricos e, internamente ocorrem estratificações cruzadas e do tipo hummocky. Veios e vênulas de calcita espática preta são comuns cortando toda a unidade. Em discordância erosiva sobre a sequência do Grupo Bambuí ocorre o arenito médio a grosso, ferruginoso e com estratificações plano-paralelas do Grupo Urucuia, Formação Posse. Na porção oeste da folha, ocorrem elevações com relevo escarpado e ruiniforme com arenitos impuros laterizados e lateritas da Formação Serra das Araras. Depósitos argilo-arenosos avermelhados, com desenvolvimento de capas lateríticas e depósitos quartzo-arenosos com granulometria heterogênea representam as coberturas recentes da área. Estruturalmente as unidades pré-brasilianas encontra-se preservadas na deformação 2

4 sendo observados planos de S0 horizontais com mergulho máximo de 10. Na porção nordeste da área ocorre o fechamento do Horst de Montalvânia. A Folha Japoré apresenta grande potencial para insumos da construção civil como areia, cascalho e brita, sendo o calcário e as coberturas laterizadas os principais bens minerais da região, utilizados na produção de brita. Ocorrência de veios de fluorita e calcita foram observados mas sem significado econômico, sendo extraídos em garimpos manuais. 3

5 1. INTRODUÇÃO Visando o desenvolvimento do conhecimento no estado de Minas Gerais, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) firmam convênio técnico através do Centro de Pesquisa Manoel Teixeira da Costa (CPMTC/IGC/UFMG) e FUNDEP (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa) para o mapeamento geológico e levantamento dos recursos minerais, através do Projeto Fronteiras que contempla no total 32 folhas ao longo das divisas do estado de Minas Gerais (Figura 1, folha 6). Figura 1. Mapa geológico de Minas Gerais com os principais domínios tectônicos e a articulação do Projeto Fronteiras. Esta nota técnica e o mapa geológico em escala 1: da área compreendida pela Folha Japoré (SD-23-Z-A-V, Figura 2) são resultados deste convênio. Neste relatório são apresentados os resultados dos levantamentos geológicos realizados. A Folha Japoré localiza-se próxima à divisa com o estado da Bahia ao norte do estado de Minas Gerais, dista aproximadamente 250km de Montes Claros e 750km de Belo Horizonte. Manga, principal centro urbano próximo a região está a 20km do limite centro leste da folha (Figura 4). Geologicamente está localizada no interior do Cráton São Francisco, em seu compartimento central (Alkmim, 2001), região preservada da tectônica compressional brasiliana. 4

6 Afloram as rochas pertencentes ao Grupo Bambuí, especialmente a sua sequência basal (formações Sete Lagoas, Serra de Santa Helena e Lagoa do Jacaré) recobertas pelo Grupo Urucuia (formações Posse e Serra das Araras) e coberturas Cenozoicas. Figura 2. Articulação e mapa de localização da Folha Japoré (retângulo com preenchimento preto) Localização e acessos Manga dista 700km de Belo Horizonte, o acesso é feito pela BR-040 até o trevo de Curvelo de onde acessa-se a Br-135 que segue até Montalvânia, passando por São João das Missões e Manga (Figura 3). A BR-135 é pavimentada até a cidade de Itacarambi (15km do limite sul da área) a partir de onde ocorrem intercalações de trechos pavimentados e não pavimentos. Todas as demais estradas da área não são pavimentadas. Em seu limite encontram-se cidades de Miravânia e São João das Missões, além de parte dos municípios de Januária, Itacarambi, Cônego Marinho, Manga, Juvenília e Montalvânia (Figura 4). Os centros urbanos localizados na Folha Japoré apresentam infraestrutura limitada, sendo as cidades de Manga a leste, e Montalvânia a norte as cidades com melhor infraestrutura e com boa logística para acesso a área de mapeamento. Além dos municípios na área encontra-se ainda a Reserva Indígena Xacriabá e a Terra Indígena Xacriabá Rancharia, com cerca de 50 mil hectares (Figura 4). 5

7 Figura 3. Acesso à região da Folha Japoré. Figura 4. Mapa Politico com a divisão de municípios da Folha Japoré Método de Trabalho e dados de produção O trabalho foi dividido em três etapas principais. A primeira etapa constituiu de pesquisa bibliográfica acerca da área de pesquisa como do seu contexto geológico; essa etapa foi desenvolvida concomitantemente com as demais etapas que se seguiram. Foram pesquisadas e analisadas imagens de satélite assim como mapas geofísicos especialmente o de gamaespectrometria, esses dados serão abordados com mais detalhe a seguir. 6

8 A segunda etapa corresponde ao mapeamento geológico propriamente dito. Os trabalhos de campo foram realizados em três campanhas de campo; uma inicial de reconhecimento com 8 dias e duas com duração de 14 dias. Foram descritas 558 estações de campo, que suportam o mapeamento (Figura 5). Devido à existência das reservas indígenas Xacriabá e Xacriabá Rancharia, não foi possível o acesso a toda a área de pesquisa. O acesso às reservas foi negado pelos responsáveis, e não se obteve uma resposta da Prefeitura de São José das Missões para uma possível intermediação. Figura 5. Folha Japoré com as 558 estações de campo e a área da Reserva Xacriabá e Xacriabá Rancharia. Procurou-se distribuir as estações de maneira mais homogênea possível, visando as estradas e as regiões com melhor índice de exposição rochosa. Foram utilizados critérios macroscópicos para descrição dos litotipos, além de proceder-se à amostragem para confecção de lâminas delgadas. Foram descritas 15 lâminas delgadas abrangendo todos os litotipos encontrados na área de pesquisa; as descrições foram incorporadas às descrições das unidades no subcapítulo estratigrafia (item 3). A terceira etapa constitui-se da reunião, tratamento e interpretação de todos os dados obtidos nas etapas anteriores e sumarizados neste relatório. A Tabela 1 resume os principais dados de produção da Folha Japoré. 7

9 Tabela 1. Dados de Produção da Folha Japoré Atividade Valor Dias de mapeamento 38 Estações de campo 558 Amostras 155 Número de lâminas Aspectos econômicos A Folha Japoré está localizada em uma das regiões mais pobres do estado de Minas Gerais. A região sofre com a seca e é classificada como potencial para desertificação (Santana, 2007). Neste contexto a economia dos principais municípios da área está baseada no serviço, correspondendo a mais de 70% da renda, seguido da agropecuária Aspectos Fisiográficos A vegetação da Folha Japoré é típica do cerrado, predominam os campos abertos, planos com vegetação rasteira e seca, conhecidos na região como Gerais. Nas proximidades das drenagens ocorre vegetação mais densa, com árvores de médio porte, comumente ao longo das nascentes ou nas regiões alagadas são encontrados Buritis, formando a paisagem característica da área. O clima é sub-úmido seco e a região é classificada como potencial para desertificação (Santana, 2007). As temperaturas médias anuais giram em torno de 24 C e precipitação ocorre entre os meses de novembro a abril, com média anual de 1400 a 600mm. Na Folha Japoré a morfologia geral é suave com desnível médio de altitude de 300m com altitudes variando de 300m a uma máxima de 750m (Figura 6A). A paisagem de modo geral é marcada por grandes planícies descampadas cortadas por pequenas serras sustentadas por carbonatos (Figura 6.B) e, a oeste por uma chapada sustentada pelo Grupo Urucuia. Os cárstes também são feições que se destacam na morfologia da Folha Japoré, ocorrendo principalmente no domínio morfológico do relevo dissecado, desenvolve-se nas rochas de composição carbonática do Grupo Bambuí. As feições mais comuns são lapiás (Figura 7A) e dolinas estas são observadas em imagens de satélite (Formação Sete Lagoas) e também em campo. As cavernas e grutas são comuns e algumas apresentam potencial geoturístico como na região entre Miravânia e Montalvânia. Nesta região foram encontradas cavernas com alguns metros de profundidade, com espeleotemas diversos e de grande beleza (Figura 7B/C). 8

10 Figura 6. Aspectos das paisagens típicas da Folha Japoré. (A) Visão geral da área; (B) Grandes planícies descampadas cortadas por serras de carbonatos. Figura 7. Feições cársticas da Folha Japoré. (A) Feição de lápias em calcarenito da Formação Sete Lagoas; (B) Gruta na Formação Lagoa do Jacaré; (C) Detalhe dos espeleotemas da mesma gruta. Três domínios geomorfológicos bem marcados podem ser identificados na Folha Japoré (Figura 8), com direção preferencial N-S. O primeiro na borda lesta da folha, domínio das baixadas, apresenta morfologia plana e predominam cotas baixas em torno de 450m (Figura 9A). Nesta área prevalecem grandes baixadas dissecadas, com topografia suave (Figura 8A) cortadas pelos principais rios da área que correm, quando perenes, em leitos largos, pouco escavados e sem desenvolvimento de largos aluviões. Neste domínio predominam as coberturas elúviocoluvionais. 9

11 Figura 8. Modelo digital de Terreno e rede hidrográfica da Folha Japoré. (A) Modelo Digital de Elevação da Folha Japoré (Fonte NASA-ASTGTM); (B) Rede hidrográfica da Folha Japoré com base no modelo digital de elevação e Folha Topográfica Japoré (Ministério do Exercito, 1971). Figura 9. Aspecto geral dos domínios morfológicos da Folha Japoré. (A) Domínio 1, onde predominam as coberturas eluvionais e grandes planícies, visada da foto para oeste. (B) Domínio 2 com feição de ravinamento comuns na subida das chapadas; (C) Visão geral da chapada do domínio 3, com crosta laterizada bem desenvolvida e a visão das baixadas ao fundo (visada da foto sudoeste); (D) Pasto com murundus, feição típicas dos domínios 1 e 3. Na região central da folha predominam cotas intermediarias com uma morfologia dissecada correspondendo à área com o maior número de drenagens. Nessa área os rios correm em leitos mais encaixados e mais profundos. Nesse domínio se encontra a maior variação 10

12 topográfica da área, com cotas entre 500 e 700m e a maior concentração de afloramentos. Nessa porção desenvolvem-se os litotipos correspondentes à Formação Serra de Santa Helena, e por se tratar de siltito e marga é comum o desenvolvimento de grandes ravinamentos (Figura 9 B). Na borda oeste da folha nas cotas mais altas, em torno de 750m ocorre o domínio das chapadas onde predomina as chapadas com relevos planos a ondulados. Neste domínio ocorrem poucos afloramentos e grande desenvolvimento de crostas lateríticas (Figura 9C). As drenagens nesse domínio são raras e correm em direção as encostas do domínio dissecado. Tanto no domínio das baixadas como no das chapadas desenvolvem-se feições tipo murundus no topo das porções mais planas. Esses murundus são altos do solo com estruturas internas concêntricas que se desenvolvem onde é comum a cobertura areno-argilosa (Figura 9D). A rede de drenagem tem padrão dendrítico e a maioria dos rios é intermitente (Figura 8.B). Os principais rios são afluentes diretos da margem esquerda do Rio São Francisco e estão localizados na chamada bacia média do São Francisco ou, médio São Francisco, região que vai de Pirapora (MG) até Remanso (BA). Três rios principais cortam com direção aproximada WSW-ENE toda área da Folha (Figura 8.B), são eles de norte para sul os rios Japoré, Calidó e Itacarambi. Destes apenas o Rio Itacarambi possui água em todo seu trecho da nascente à foz durante todos os períodos do ano (Figura 10A) devido à construção de uma barragem no seu leito. Os demais apresentam trechos secos (Figura 10B) principalmente nos meses de seca que vão de abril ao final de outubro. Figura 10. Aspecto geral da rede hidrográfica da área. (A) Margens do Rio Itacarambi, próximo à barragem, mostrando trecho com água e aluvião pouco expressivo. (B) Rio intermitente comum em toda a região Interpretação de Imagens e Geofísica As imagens de satélites e mapas geofísicos foram largamente utilizados na elaboração do mapa geológico da Folha Japoré. Os trabalhos de interpretação de imagens foram realizados nas etapas de preparação, na etapa de campo e no desenho final do mapa. Os trabalhos de interpretação de sensores foram fundamentais para de delimitação das diversas coberturas 11

13 presentes na área da Folha Japoré e especialmente do Grupo Urucuia, devido à escassez de afloramentos desta unidade. As principais bases utilizadas foram mapa topográfico, modelo digital de elevação, imagens de satélites (Landsat, GoogleEarth ), mapa de gamaespectrometria e sinal analítico cedidos pela CODEMIG (Figura 11). Os mapas geofísicos foram feitos com o mosaico das três áreas que cobrem a região da Folha Japoré, sendo elas: área 5 (Levantamento Aerogeofísico programa 2001), área 11 (Levantamento Aerogeofísico programa 2008/2009) e área 18 (Levantamento Aerogeofísico programa 2010/2011) MAPAS DE SENSORES REMOTOS As imagens de satélites (Google Earth e Geocover) foram amplamente utilizadas na etapa de preparação de campo. Foram importantes para divisão de domínios litoestratigráficos e reconhecimento de regiões com boas exposições rochosas. No tocante ao planejamento de campo foram de grande valia para a identificação de acessos vicinais e consequente planejamento das rotas de campo. Figura 11. Mapas e imagens de sensores remotos utilizados no mapeamento da Folha Japoré.(A) Imagem de Satélite Landsat 8; (B) Imagem do satélite Landsat (Geocover); (C) Modelo digital de elevação (NASA-ASTGTM, resolução de 30m); (D) Modelo de relevo Sombreado (SRTM, resolução 90m);(E) Mapa ternário gamaespectrométrico U-Th-K (CODEMIG). (F) Mapa magnetométrico, Sinal Analítico (CODEMIG); No reconhecimento de litotipos foram úteis para a identificação de carbonatos que apresentam resposta bastante clara tanto nas imagens de satélite de alta resolução (Landsat 8) 12

14 como na imagem do Geocover. As coberturas recentes apresentam boa resposta nas imagens de satélite analisadas, sendo as imagens muito utilizadas para a delimitação destas unidades MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO E MAPA DE RELEVO SOMBREADO Esses modelos foram utilizados principalmente para a divisão de domínios geomorfológicos (MDT) já descritos anteriormente. Já o mapa de relevo sombreado foi fundamental para a identificação de lineamentos e grandes estruturas da região, uma vez que a região é marcada por uma morfologia arrasada e presença de extensas áreas de cobertura que dificulta a identificação de tais feições em campo MAPAS GEOFÍSICOS Os dados geofísicos utilizados referem-se ao Levantamento Aerogeofísico de Minas Gerais, Programas 2001, 2008/2009 e 2010/2011 da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - CODEMIG. As regiões foram sobrevoadas em linhas de voo N-S e linhas de controle E-W a 100m de altitude, com espaçamento entre as linhas de voo de 400m e 8km, respectivamente. O intervalo de aquisição dos dados foi de 0,1s (magnetômetro) e 1,0s (espectrômetro) e a velocidade aproximada de voo de 270km/h Gamaespectrometria O método de gamaespectrometria compreende a detecção de radiação eletromagnética provocada por determinados isótopos radioativos. As fontes de radiação observadas correspondem aos isótopos de Potássio ( 40 K), de Urânio ( 238 U) e de Tório ( 232 Th), presentes nas rochas ou nos solos. Foi utilizado o mapa ternário (K+U+Th) por apresentar melhor resultado de contraste entre os diversos litotipos encontrados na área. Esses mapas revelaram importantes controles quando comparados com as unidades geológicas mapeadas, possibilitando a caracterização gamaespectrométrica de cada unidade. Como a área é coberta por levantamentos geofísicos distintos as respostas obtidas para cada litotipo variam um pouco de área para área, como pode ser observado na figura 11.E. Mesmo assim é possível observar um padrão para as principais unidades mapeadas. As coberturas que predominam ao longo das bordas leste e oeste da folha apresentam uma assinatura bem característica (figura 12A) com altos valores de Th, fator relacionado provavelmente à lixiviação intempérica do K e U. O Grupo Urucuia é caracterizado por valores altos de Th mas apresenta um enriquecimento em K, que pode ser explicado pela imaturidade química dos seus sedimentos, ou esse enriquecimento pode ser um falso padrão apresentado pela concentração de U e K lixiviado das 13

15 coberturas e remobilizado nas encostas, região em que os afloramentos do Grupo Urucuia se concentram (figura 12B). O Grupo Bambuí apresenta uma resposta bem diferente das unidades mais recentes com valores mais altos de K. O alto potássio está relacionado principalmente aos argilominerais encontrados nos pelitos do Grupo Bambuí em especial da Formação Serra de Santa Helena que predomina na área mapeada (figura 12C). Figura 12. Mapas de gamaespectrometria sinal total. (A) Coberturas recentes; (B) Grupo Urucuia; (C) Grupo Bambuí (região externa aos contornos) Magnetometria (Sinal analítico) Devido ao contexto geológico da área, pouco pode ser observado neste mapa, apenas é interessante observar no limite sudeste da Folha Japoré uma região de destaque que foi relacionada a altos estruturais do embasamento devido à proximidade do Alto de Januária. 14

16 2. BREVE CONTEXTO REGIONAL E TRABALHOS ANTERIORES O Grupo Bambuí aflora ao longo de toda a Bacia do São Francisco e constitui uma sucessão pelito-carbonatada que em direção ao topo a depósitos argilo-arenosos depositados em ambiente plataformal (Dardenne, 1978). Sua espessura é bastante variada, indo de poucas centenas de metros na região de Montalvânia podendo alcançar 2000m na borda ocidental da bacia (Reis, 2011). A primeira proposta litoestratigráfica de divisão do Grupo Bambuí foi de Costa & Branco (1961), embora Rimann (1919) tenha sido o primeiro autor a usar o termo Bambuí para os sedimentos pertencentes ao atual Grupo Bambuí. Na proposta, Costa & Branco (1961) dividem o Bambuí em três formações: Carrancas (unidade basal); Sete Lagoas (unidade intermediária) e a unidade superior, Rio Paraopeba. Esta última constituída por quatro membros, a saber: Serra de Santa Helena, Lagoa de Jacaré, Três Marias e, finalmente, Serra da Saudade. Já Barbosa (1967) propõem modificações nessa proposta, elevando à categoria de formação os membros descritos por Costa & Branco (1961). A região de pesquisa corresponde ao extremo norte da Bacia do São Francisco em Minas Gerais. Toda essa área foi alvo de trabalhos regionais nas décadas de 70 e 80 com foco nas mineralizações de Pb/Zn/F associadas aos carbonatos da Formação Sete Lagoas. Tais trabalhos foram realizados principalmente por instituições governamentais como METAMIG/COMIG/CODEMIG, CPRM, DNPM, CETEC dentre os quais destacam-se os projetos Radambrasil (1982), Planoroeste (1981), Três Marias (Menezes Filho et., 1978), LETOS (Baptista & Meneguesso, 1976), Bambuí Norte (METAMIG, 1978) e em especial o projeto Sondagens do Bambuí em Minas Gerais (Brandalise et al., 1980). Neste projeto são realizados três furos de sondagem da região ao entorno da Folha Japoré. Além desses trabalhos, existem ainda algumas dissertações que versam sobre a região com enfoques variados. Destacam-se os trabalhos de Abreu-Lima (1997), Nobre Lopes (2002), Iglesias (2007) e Iglesias & Uhlein (2009). Abreu-Lima (1997) estudou e caracterizou a Formação Sete Lagoas na região de Itacarambi e Montalvânia com base na sondagem realizada pela CPRM no trabalho de Brandalise et al. (1980). Neste trabalho foram reconhecidas cinco fácies para a Formação Sete Lagoas associadas a uma rampa carbonática em ambiente marinho raso sob influência de tempestades. O trabalho de Nobre-Lopes (2002) tem foco nas mineralizações de Pb/Zn na região de Januária, a sul da área de pesquisa. Já Iglesias (2007) apresenta um estudo tectono-sedimentar em escala regional (cerca de km 2 ) de toda a porção norte da Bacia do São Francisco, a fim de compreender as anomalias de fluoreto das águas subterrâneas da região. 15

17 Na década de 70, Beurlen (1973) em sua tese de doutoramento reconhece na região de Montalvânia (norte da área de pesquisa) uma estruturação de horsts e grabens de direção NW (Anticlinal de Montalvânia, Beurlen 1973) e uma falha de direção E-W na região de São João das Missões (Iglesias, 2007). Essa interpretação é interessante uma vez que em todos os demais trabalhos essa região é interpretada como preservada da tectônica brasiliana. Ainda segundo Iglesias (2007) toda a estruturação dessa porção da Bacia está influenciada pelo alto de Januária que teve seu soerguimento concomitante com o início da sedimentação do Grupo Bambuí na região e gerou um afundamento da bacia em todas as direções a partir da região de Januária. 16

18 3. ESTRATIGRAFIA Na Folha Japoré foram reconhecidas, da base para o topo, as formações Sete Lagoas, Serra de Santa Helena e Lagoa do Jacaré, pertencentes ao Grupo Bambuí, o Grupo Urucuia com as formações Posse e Serra das Araras e coberturas Cenozoicas, além de depósitos aluvionares não representados na coluna (Figura 13). Figura 13. Coluna estratigráfica esquemática da Folha Japoré Proterozoico -Neoproterozoico GRUPO BAMBUÍ O Grupo Bambuí na área mapeada é representado pelas formações Sete Lagoas, Serra de Santa Helena e Lagoa do Jacaré. Na porção sudeste predominam os calcários da Formação Sete Lagoas e na porção central os siltitos e margas da Formação Serra de Santa Helena. Os calcários de retrabalhamento da Formação Lagoa do Jacaré ocorrem de forma descontinua na borda das Chapadas Formação Sete Lagoas (NP2sl) Corresponde a 10% da área da Folha Japoré, com ocorrência restrita a borda leste. Os afloramentos são restritos as drenagens principais e geralmente está encoberta pelos Sedimento Argilo-Arenoso (Q2aa) na porção leste. Seu contato de topo com a Formação Santa Helena regionalmente é do tipo normal transicional, embora não tenha sido observado na área de 17

19 mapeamento. Na porção sul da área, o contato de topo é direto com a Formação Posse do Grupo Urucuia de forma discordante. No borda nordeste da folha a Formação Sete Lagoas está em contato tectônico com a Formação Serra de Santa Helena, esse contato é dado por falha normal do Horst Montalvânia (vide Relatório da Folha Montalvânia neste mesmo projeto). Na Folha Japoré foram identificados dois litotipos principais de calcários associados à Formação Sete Lagoas. Um predominante formado por calcilutito a calcarenito fino químico, com desenvolvimento de tapetes algais. Esse litotipo é cinza claro a escuro e normalmente apresenta aspecto laminado devido a intercalações de calcilutitos maciços e as esteiras algais (Figura 14A). O segundo litotipo de ocorrência restrita é formado por um calcirrudito rico em pisóides centimétricos (0,5 a 2cm de diâmetro, Figura 14B), este último litotipo está associado ao Horst de Montalvânia. O calcilutito tem lâminas que variam de 5 a 60cm sendo formadas por um cimento de calcita micrítica com menos de 4% de calcita espática; os aloquímicos quando encontrados são pisóides com crescimento concêntrico inorgânico com formas diversas e tamanho variando de 1 a 10mm, ocorrem também agregados de grãos com até 10mm. Associados com as lâminas algais ocorrem calcilutitos cinza escuros normalmente maciços podendo ocorrer laminações centimétricas plano paralelas (Figura 14.C) com estratos variando de 2 a 10cm, por vezes ondulados. É comum a presença de lâminas milimétricas avermelhadas dolomitizadas. Ocasionalmente são observadas laminações cruzadas com sets de 5 a 15cm, além de gretas de ressecamento (Figura 14D). Associados a esse litotipo são encontrados também estromatólitos do tipo colunares com base de 5 a 15cm de espessura e alturas em torno de 20 a 40cm. Localmente (JP531 Zona UTM23S E/ N) ocorre na base do pacote de calcilutitos laminados uma brecha formada por clastos do próprio calcilutito com matriz calcítica. A brecha é clasto suportada com clastos variando de seixo a matacão, aparentemente ela é discordante ao plano de acamamento da unidade podendo chegar a 3m de espessura (Figura 14E). Estruturas pós deposicionais são comuns, entre elas encontram-se veios de gipsita, paralelos ao acamamento e discordantes com espessuras centimétricas a métricas. Foram identificados veios de silexito (sílica amorfa) que cortam os calcários da Formação Sete Lagoas. Esses veios variam de centimétricos a métricos e foram observados com maior frequência na borda nordeste ao longo do Horst de Montalvânia (Figura 14F). 18

20 Figura 14. Prancha de Fotos da Formação Sete Lagoas. (A) Detalhe do desenvolvimento de esteiras algais em afloramento em beira de rio (JP232, Zona UTM23S E/ N); (B) detalhe para lâmina rica em pisóides e intraclastos (JP134, Zona UTM23S E/ N); (C) Detalhe da laminação no litotipo mais fino (JP531, Zona UTM23S E/ N). (D) Detalhe de gretas de ressecamento em perfil. (JP131, Zona UTM23S E/ N). (E) Aspecto da brecha na base da unidade com matriz de calcita e clastos de calcilutito (F) Detalhe de veio de silexito discordante em bloco de calcilutito Formação Serra de Santa Helena (NP3sh) Corresponde a 20% em área da Folha Japoré ocupando toda a porção central do mapa, correspondendo à porção de relevo mais dissecado com os maiores gradientes topográficos da área. Seu contato de topo com a Formação Lagoa do Jacaré é normal do tipo transicional ou pode se dar direto com o Grupo Urucuia. Neste último caso, é observado nas encostas das chapadas, limite oeste da área, onde é marcado por campos de blocos do arenito da Formação Posse do 19

21 Grupo Urucuia sobre os afloramentos de pelito (Figura 15A). Sua espessura é estimada em 140m. As principais fácies desta unidade são pelitos ou siltitos laminados com intercalações de marga e calcários em direção ao topo. Os afloramentos normalmente são de baixa qualidade com alto grau de intemperismo; quando observado fresco ocorre normalmente em leitos de rios e em cortes recentes. O principal litotipo é o pelito, com proporções variadas de silte e argila. A cor varia muito em decorrência do grau de intemperismo, sendo verde a cinza quando fresco e rosa a roxo quando intemperizado. Sua principal estrutura sedimentar é uma laminação plano paralela centimétrica com estratos variando de 2 a 70cm, sendo mais comum lâminas entre 5 e 10cm (Figura 15B). Intercalado nesse pelito são comuns, principalmente em direção ao topo, lâminas e lentes de calcilutito maciças (Figura 15.C). Essas intercalações têm em média 20 a 60cm de espessura e contato brusco com os pelitos. As lentes são de calcilutito cinza escuro a preto, maciço ou com laminações centimétricas plano paralelas. A espessura e a ocorrência dessas intercalações aumenta gradativamente em direção ao topo onde passam a predominar e, os pelitos passam a ter uma maior contribuição carbonática até constituírem margas verdadeiras. Essa sequência intermediária da unidade mostra um aspecto rítmico. A fácies de topo da unidade é caracterizada por lentes de calcilutito a calcarenito fino, cinza claro a preto, formando bancos de 1 a 5m de espessura (Figura 15D). As estruturas sedimentares presentes na unidade geralmente são estratificações plano paralelas com estratos variando de 10 a 40cm, com laminações internas de 1 a 5cm, raramente essas laminações podem ser do tipo cruzadas tabulares (Figura 15E). É comum nos bancos de maior espessura a ocorrência de estratos plano paralelos ricos em intraclastos e/ou oólitos e oncólitos (Figura 15F). Os intraclastos normalmente são alongados e alinhados paralelamente à laminação, possuindo entre 2 e 8cm de comprimento, enquanto os oólitos e oncólitos têm em torno de 0,5 a 1cm. Feições pós deposicionais são comuns, sendo observados veios e vênulas de calcita branca e preta paralelos à laminação. Os bancos de calcário do topo da unidade, apresentam nódulos silicosos de dimensões que variam de 3 a 15cm, localmente são encontrados processos de silicificação da matriz (Figura 15G). Já o pelito basal apresenta como feição intempérica mais comum a percolação de manganês (Mn) nos planos de fraturas e nos planos da laminação (Figura 15H). 20

22 Figura 15. Prancha de Fotos da Formação Serra de Santa Helena. (A) Contato de topo com arenitos do grupo Urucuia. (B) Detalhe da laminação plano paralela típica dos pelitos (JP288, Zona UTM23S E/ N); (C) Lâmina de calcilutito cinza claro (JP288, Zona UTM23S E/ N); (D) Predomínio de bancos de calcilutito na fácies de topo. (JP068 Zona UTM23S E/ N). (E) Detalhe de estratificação cruzada em calcilutito (JP483 Zona UTM23S E/ N); (F) lâmina rica em intraclastos de calcilutito na fácies de topo (JP288 Zona UTM23S E/ N); (G) nódulos de sílex em banco de calcilutito (JP518 Zona UTM23S E/ N); (H) Alteração típica dos pelitos da base (JP053 Zona UTM23S E/ N). 21

23 Formação Lagoa do Jacaré (NP3lj) Na Folha Japoré essa unidade compreende 5% da área mapeada ocorrendo nas encostas da chapada, no limite oeste da área e no topo dos morros. É formada por calcários de retrabalhamento ricos em intraclastos e pisólitos. Seu contato com a Formação Posse do Grupo Urucuia é raramente observado, regionalmente é marcado por uma superfície de discordância erosiva e angular. Os afloramentos mais comuns desta unidade são lajedos e nas escarpas ocorrem como grandes maciços rochosos (Figura 16A) onde é comum o desenvolvimento de pequenas cavernas e feições de dolinas. (Figura 16B). Nessas áreas também se desenvolve uma vegetação típica formada por uma mata relativamente densa de árvores de pequeno porte e de aspecto seco. O litotipo predominante é um calcarenito fino a grosso preto, estratificado com estratos variando de 3 a 20cm (Figura 16C). Internamente a esse estrato são encontradas laminações mili a centimétricas. Também são comuns estratos ricos em intraclastos e pisólitos. De modo geral, os intraclastos variam de 5 a 10cm com formas arredondadas a elíptica, orientados paralelamente ao acamamento ou de forma difusa (Figura 16D). Normalmente são mais finos que a matriz da rocha, quase sempre formado por calcilutitos. Já os pisólitos variam de 6 a 10mm arredondados a alongados (Figura 16.E/F). Localmente pode ocorre calcilutito intercalado no calcarenito, sendo o calcilutito mais avermelhado e rico em dolomita, podendo formar dololutitos. Geralmente são laminados com lâminas plano paralelas com 5 a 10cm de espessura ou com laminações do tipo flaser e truncadas. Estruturas pós deposicionais como concreções ocorrem com frequência. Essas concreções são ovais e variam de 8 a 20cm e ocorrem paralelas à laminação da rocha. As concreções são compostas por sílica amorfa, e por vezes são formadas por calcário e/ou dolomita. Veios e bolsões de calcita preta e branca ocorrem frequentemente cortando a unidade Mesozoico - Cretáceo Superior GRUPO URUCUIA - FORMAÇÃO POSSE (K2up) Representa cerca de 40% em área ocupando todo o limite oeste da Folha Japoré, estando limitado ao topo da grande chapada a oeste da área, ocupando as cotas mais altas. Apesar da sua grande ocorrência em área, afloramentos dessa unidade são raros. Na maior parte das vezes os litotipos ocorrem em avançado estado de alteração intempérica, além de silicificados e 22

24 laterizados. A espessura estimada máxima dessa unidade é de 140m, mas com média de 100m. O contato com as unidades do Grupo Bambuí é sempre discordante (Figura 17A). Figura 16. Prancha de Fotos da Formação Lagoa do Jacaré; (A) Aspecto de afloramentos, normalmente com o desenvolvimento de cavernas e grutas (JP085 Zona UTM23S E/ N). (B) Pequena caverna (JP025 Zona UTM23S E/ N); (C) Laminação plano paralela em calcarenito fino (JP048 Zona UTM23S E/ N); (D) Detalhe de lâmina rica em intraclastos ((JP336 Zona UTM23S E/ (E) Detalhe de lâmina rica em pisólitos e oólitos (JP319 Faixa UTM E/ N); (F) Fotomicrografia com nicóis descruzados aumento JP319 Faixa UTM E/ N) O Grupo Urucuia segundo Spigolon & Alvarenga (2002) é formado por uma associação de arenitos, pelitos e conglomerados com amplo predomínio de arenitos. Na Folha Japoré foi identificado apenas um litotipo que corresponde à litologia mais comum, o arenito da Formação Posse. 23

25 Figura 17. Prancha de fotos do Grupo Urucuia. (A) Visão geral do contato basal com a Formação Serra de Santa Helena (linha vermelha). Observar os blocos rolados de arenito e laterita na encosta (JP029, Zona UTM23S E/ N); (B) Afloramento de arenito ferruginoso com blocos de laterita (JP349, Zona UTM23S E/ N); (C) Detalhe do arenito (JP036 Zona UTM23S E/ N). (D) Fotomicrografia do arenito com detalhe para percolação de ferro, nicóis descruzados, aumento de 10X (JP349 Faixa UTM E/ E); (E) Mesma amostra com nicóis cruzados; (F) Detalhe do arenito maciço (JP349 Zona UTM23S E/ N). Os afloramentos ocorrem em leitos secos de rio (Figura 17B), como blocos rolados em topos e encostas de morros ou mais comumente como campo de blocos. O arenito é mal selecionado, ferruginoso, rico em feldspato, com granulometria variando de grossa a média com grãos arredondados a subangulosos e de baixa esfericidade (Figura 17C). Microscopicamente são observadas feições diagenéticas como bordas de sobrecrescimento e contato flutuante entre os grãos (Figura 17D/E). Normalmente é branco a avermelhado, marcado por estratificação plano paralela ou maciço (Figura 17F). 24

26 GRUPO URUCUIA - FORMAÇÃO SERRA DAS ARARAS (K2usa) No extremo oeste da área foram observadas encostas de grande declividade que foram interpretadas como áreas de ocorrência desta unidade, sempre entre o arenito da Formação Posse, inferior e os Depósitos Eluviais e Coluviais, superiores Fanerozoico - Cenozoico DEPÓSITOS ELUVIAIS E COLUVIAIS (NQec) Com ocorrência restrita às cotas mais altas, ocorre por sobre os arenitos do Grupo Urucuia e corresponde a 10% da área mapeada. Esses depósitos são resultado da laterização e erosão dos arenitos ferruginosos do Grupo Urucuia com pouco ou nenhum transporte. O processo de laterização é muito intenso e não raramente são observados, principalmente no alto dos morros espessas capas de laterita com cerca de 3 a 5m de espessura. Quando atinge essa espessura a laterita forma conglomerados e brechas (Figura 18A). Esse conglomerado e brecha são formados por clastos do arenito laterizado e silicificado, na maior parte das vezes, com cimento ferruginoso compostos por goethita e vugs (Figura 18B). Figura 18. Prancha de Fotos dos Depósitos eluviais e coluviais. (A) Visão geral do contato do Grupo Urucuia formado por blocos de laterita. Morro com cerca de 12m (JP366 Zona UTM23S E/ N); (B) Detalhe do bloco de laterita (JP366 Zona UTM23S E/ N). (C) Detalhe da cobertura formada por areia mal selecionada e blocos laterizados dispersos (JP026 Zona UTM23S E/ N); (D) detalhe da capa laterizada (JP516 Zona UTM23S E/ N). 25

27 De modo geral, apresenta-se como depósitos quartzo-arenosos com granulometria heterogênea, avermelhados, subarredondados a arredondados, mal selecionados, associados às capas e blocos lateríticos (Figura 18C/D). Observam-se ainda, depósitos coluvionares arenorudíticos localizados SEDIMENTO ARGILO-ARENOSO (NQdi) Ocupando cerca de 15% da Folha Japoré, essa cobertura ocorre nas porções de relevo mais arrasado, em toda a borda leste da área. Representa o resultado do desmonte erosivo do arenito do Grupo Urucuia. Os depósitos são em sua maioria coluvionais, sendo os elúvios desenvolvidos apenas em encostas mais íngremes (Figura 19A). São representados por depósitos argilo-arenosos avermelhados compostos por grãos de quartzo arredondados, de esfericidade variável e granulometria areia fina a média; silte e argila ocorrem subordinadamente (Figura 19B). Localmente ocorre desenvolvimento de processos de laterização, representado por horizontes métricos de latossolos avermelhados. Pontualmente podem ocorrer espessos depósitos argilosos e xílicos avermelhados até amarronzados. É comum o desenvolvimento de feições de murundus amarronzados com até 2m de altura (Figura 19C). Figura 19. Prancha de fotos Sedimento Argilo-arenoso. (A) Região com desenvolvimento de elúvio com cerca de 4m (JP116 Zona UTM23S E/ N); (B) Morfologia comum das baixadas da Folha Japoré formada por coberturas silto-arenosas (JP096 Zona UTM23S E/ N); (C) Feição de destaque nas baixadas, o desenvolvimento de murundus silto-arenosos ao logo de toda área. Podem alcançar ate 1,5m (JP096 Zona UTM23S E/ N). 26

28 3.3.3 DEPÓSITOS ALUVIONARES (Q2a) Na região da Folha Japoré os rios em sua maioria são intermitentes ou assoreados, formando grandes corredores secos (Figura 20A) ricos em folhas. De modo geral, os depósitos são formados por material inconsolidado marrom, mal selecionado com granulometria variando de argila a areia grossa. Folhas e matéria orgânica são comumente associadas aos aluviões (Figura 20B). Blocos e seixos são raramente observados (Figura 20.C) e quando presentes são de calcário, arenito e silexito. Nas margens do rio São Francisco o aluvião desenvolve-se de maneira mais proeminente formando barras longitudinais (Figura 20.D) caracterizadas por sedimentos inconsolidados de coloração marrom a bege, mal selecionados, com granulometria variando entre argila e areia grossa contendo, frequentemente, grânulos e seixos. Os clastos são normalmente de pelito, arenito e calcário. Figura 20. Prancheta de fotos Depósitos Aluvionares (Q2a). (A) Leito de rio assoreado, rico em matéria orgânica e aluvião silto argiloso marrom (JP453 Zona UTM23S E/ N); (B) Aluvião argilo arenoso com blocos afloramento de calcilutito da Formação Sete Lagoas (JP130 Zona UTM23S E/ N); (C) Detalhe do aluvião silto-arenoso (JP206 Zona UTM23S E/ N); (D) Banco de areia no rio São Francisco (JP112 Zona UTM23S E/ N). 27

29 4. ARCABOUÇO ESTRUTURAL Localizada no compartimento central do Cráton São Francisco, as rochas da Folha Japoré não apresentam deformações significativas, sendo relativamente preservadas da Orogênese Brasiliana. Neste contexto o acervo estrutural é restrito, sendo reduzido às estruturas de acamamento sub-horizontais a horizontais e planos de fratura. Entretanto a região estudada apresenta uma estruturação relacionada a tectônica distensiva, marcada por falhas normais com direção NW-SE, formando o bloco denominado Horst de Montalvânia. Observa-se na porção extremo norte da folha, uma parte da estruturação do Horst de Montalvânia, estrutura formado por duas falhas normais principais de direção NNW-SSE. Esta estrutura distensiva parece ter se desenvolvido concomitantemente com a deposição das unidades basais do Grupo Bambuí (formações Sete Lagoas e Serra de Santa Helena). Maiores detalhes do Horst de Montalvânia são encontrados no relatório da Folha Montalvânia, neste projeto Acervo estrutural ACAMAMENTO (S 0 ) O acamamento tanto das unidades neoproterozoicas como nas unidades cenozoicas apresenta-se sub-horizontal a levemente ondulado, identificadas principalmente nos paredões de calcário do Grupo Bambuí (Figura 21A) e nas chapadas sustentadas pelo Grupo Urucuia. O plano de acamamento pode ser identificado nos siltitos e nos calcários do Grupo Bambuí como uma estratificação plano paralela ou laminações (Figura 21B); já no Grupo Urucuia é raramente observado devido ao caráter maciço da unidade. Figura 21. Detalhe do plano de acamamento nas unidades do Grupo Bambuí. (A) Siltito laminado da Formação Serra de Santa Helena e (B) laminação de calcilutito (cinza claro) em calcarenito (cinza escuro) na Formação Sete Lagoas. 28

30 A análise das medidas do acamamento (S 0 ) para as rochas do Grupo Bambuí é apresentado no estereograma de pontos polares (Figura 22) e evidencia o padrão horizontal a sub-horizontal dessa unidade, como já mencionado. Figura 22. Estereograma de pontos polares das medidas de S 0 para o Grupo Bambuí. Total de medidas 133. Triângulo vermelho média calculada dos polares ACERVO RÚPTIL O acervo rúptil da área é formado principalmente por fraturas. As fraturas são encontradas em quase todos os afloramentos, principalmente nos de siltito (Figura 23A), e podem ser agrupadas em duas famílias como evidenciado no diagrama de roseta da Figura 23B - uma família de direção NS com mergulhos subverticais para E-W e uma de direção ENE também com mergulhos altos e direção perpendicular à primeira. Essas fraturas normalmente não são preenchidas, apresentam planos bem definidos e persistentes, o espaçamento entre elas varia de 30cm a 1m. Em alguns casos nesses planos são encontrados óxidos de manganês como resultado do intemperismo. Figura 23. (A) Afloramento de siltito fraturado, linhas vermelhas marcam os dois principais planos de fraturas. (B) Diagrama de roseta da direção dos planos de fratura medidos na área da Folha Japoré (110 medidas). 29

31 Grandes lineamentos são bem marcados na área principalmente no Mapa de Modelo Digital de Terreno (Figura 24). Tais lineamentos apresentam direção principal NE-SW e controlam o padrão de drenagem e relevo da área. Figura 24. Modelo digital de terreno com os principais lineamentos estruturais em amarelo. 30

32 5. RECURSOS MINERAIS Durante as atividades de mapeamento foram identificadas antigas extrações de areia, cascalho e brita. Em atividade foi observada apenas uma exploração de calcário para brita na porção sudoeste. Os insumos da construção civil foram bastante explorados no passado recente da região, quando da pavimentação da BR-135 (principal via de acesso da região norte do estado). Acredita-se que esses sejam os principais bens minerais da região que ainda carece de grande investimento em infraestrutura com grande parte das vias federais e estaduais não pavimentadas Calcário O principal bem mineral da região ocorre em grandes paredões das formações Sete Lagoas e Lagoa do Jacaré. Atualmente é explotado em uma pedreira às margens da BR-135 (JP531 Zona UTM23S E/ N). A exploração é feita de maneira rudimentar e seu uso é para brita. (Figura 25A/B). Não foram realizadas análises químicas para saber da qualidade desta pedreira ou de outras para uso do calcário para a indústria de cimento ou cal. Figura 25. Aspecto geral da exploração de calcário para brita na Folha Japoré (JP531 Zona UTM23S E/ N) Cascalho, areia e material para pavimentação de vias A Folha Japoré conta com uma grande malha viária composta por estradas não pavimentadas, requerendo assim grande manutenção das mesmas, especialmente nas regiões onde predominam calcários. Essa demanda é suprida pelo calçamento de vias com siltito alterado (conhecido como toá) da Formação Serra de Santa Helena. Diversas áreas de empréstimo de material foram encontradas nessa unidade (Figura 26A). Outras áreas de empréstimo comuns ocorrem nas coberturas laterizadas em topo de morros (Figura 26B) onde são extraídos cascalhos e brita para construção civil e/ou pavimentação de vias. 31

33 As regiões com cobertura elúvio-coluvionar também são importantes áreas de extração de areia para a construção civil e pavimentação de vias( Figura 26B). Todas essas extrações são realizadas de forma rudimentar em áreas menores que 50m 2, ocorrendo tanto manualmente quanto mecanicamente (escavadeiras). Figura 26. Áreas de empréstimo de material para capeamento de vias não pavimentadas. (A) Pelito da Formação Serra de Santa Helena (JP510 Zona UTM23S E/ N); (B) Depósitos eluvionares (JP004 Zona UTM23S E/ N) Calcita e Fluorita Nas rochas das formações Sete Lagoas e Lagoa do Jacaré ocorrem com abundância veios e bolsões de calcita. Não raramente foram observados locais abandonados de cata manual deste mineral. O ponto JP-309 (Zona UTM23S E/ N) apresenta uma cata abandonada de maior porte, com cerca de 40m 2, aparentemente envolveu maior número de pessoas e até um maquinário rudimentar (informações verbais). Atualmente não se observa nenhum resquício no local desta operação Hidrocarbonetos A área localiza-se na porção central da Bacia do São Francisco, nova fronteira exploratória para a pesquisa de hidrocarbonetos, especialmente gás natural. Na região de Montalvânia, 15km a norte do limite da Folha Japoré existe um poço da Petrobras em que foi descoberto gás natural (poço 1-MA-1-MG de 1988). Neste cenário, em toda a porção da Folha Japoré é possível haver potencial para hidrocarbonetos e gás natural, situação comum em bacias proterozoicas semelhantes em todo o mundo Direitos Minerários De acordo com o DNPM na área da Folha Japoré constam trinta e três processos, destes apenas dois estão condições de exploração. As substâncias com maior importância para a área, 32

34 em número de processos, são o calcário e o manganês, havendo ainda requerimentos para ouro, fosfato, quartzo, cascalho, ardósia e areia (Figura 27). Os requerimentos para de manganês estão associadas à área onde predominam os siltitos da Formação Serra de Santa Helena, embora nenhuma concentração anômala foi observada nessa área. Entretanto, o óxido manganês é resultado de processos de alteração comuns em siltitos do Grupo Bambuí como um todo. Figura 27. Direitos minerários da Folha Japoré (dados DNPM, 2014) 33

35 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho contribuiu com o levantamento geológico básico dentro do Estado de Minas Gerais, possibilitando um refinamento cartográfico, além de trazer novas informações de caráter geológico e geomorfológico da região estudada. A região apresenta grande potencial para insumos da construção civil como areia, cascalho e brita, sendo o calcário e as coberturas laterizadas os principais bens minerais da região, utilizados na produção de brita. Ocorrência de veios de fluorita e calcita foram observados, mas sem significado econômico, sendo extraídos em garimpos manuais. Devido à existência das reservas indígenas Xacriabá e Xacriabá Rancharia, não foi possível o acesso a toda a área de pesquisa. O acesso às reservas foi negado pelos responsáveis, e não se obteve uma resposta da Prefeitura de São José das Missões para uma possível intermediação. A área mapeada abrande parte do PARNA Cavernas do Peruaçu e do Parque Estadual Mata Seca. 34

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