Curso Técnico em Agroecologia

Transcrição

1 Curso Técnico em Agroecologia Modalidade PROEJA Proponentes: Milena Silvester Quadros Rudinei Müller Vanessa Lopes Pereira

2 Origem Surgiu a discussão de elaborar proposição do Curso Técnico em Agroecologia, na Reunião do Conselho de Campus que discutia a ausência de propostas aprovadas para novos cursos na modalidade de Pró-EJA.

3 Origem No entanto, a ideia deste curso, surge das discussões de lideranças comunitárias, muito anterior a criação do IFRS Campus Restinga, entre as quais: Conselho do Plano Diretor da Micro Região 08 Restinga e Extremo Sul; Diálogos com os Produtores (Caminhos Rurais) da Feira Orgânica no Brique de Sábado da José Bonifácio; Diálogos com a antiga Colmeia da José Bonifácio; Vocação da Restinga no trabalho com Hortas Comunitárias, Agricultura Urbana, Agricultura Familiar, Ressignificação e Embelezamento de espaços públicos, praças; Demanda da Comunidade da Restinga e de seu entorno; Discussão na concepção da proposta de criação do IFRS Campus Restinga.

4 Território rural-urbano Lei Complementar nº 007 de 2014 do poder Executivo delimita a Zona Rural e cria o Sistema de Gestão da Política de Desenvolvimento Rural para o município. Regiões Sul e Extremo-Sul (localidades do Lami, Canta Galo, Lageado, São Caetano, Belém Novo, Belém Velho e Extrema), cerca de 8,28% da área total do município de Porto Alegre. Valorização da produção primária em áreas rural-urbanas e fomento de novos investimentos por parte do poder público.

5 Por que um Curso Técnico em Agroecologia? Cresce a participação das regiões metropolitanas na oferta de alimentos diversificados, tais como hortaliças, frutas e legumes. Aumenta a oferta de alimentos orgânicos à população urbana Demanda nacional e internacional que põe ênfase nas ações e iniciativas que estimulam a Segurança Alimentar e Nutricional e a saúde a partir de práticas e princípios sustentáveis de produção ecológica Fortalecimento das redes de comercialização locais (feiras, cooperativas, associações de produtores) Tem multiplicado o número de agricultores que buscam adequar-se às Normas Técnicas para os Sistemas Orgânicos de Produção (Instrução Normativa Nº46/2011)

6 Cuidados com a alimentação, cuidados com a saúde Segurança Alimentar e Nutricional das populações: Resgata: - Tem por referência os efeitos danosos causados pelo controle da oferta de alimentos ser realizado exclusivamente pela indústria. Defende a agroecologia como base para a transição dos atuais modelos de agricultura e de desenvolvimento rural (considerados insustentáveis) para outros mais sustentáveis. - Hábitos alimentares perdidos no movimento de urbanização e expansão do controle da produção pela indústria - A percepção das famílias em relação a necessidade de construir novos padrões alimentares mais ritualizados e saudáveis Defende: a Segurança Alimentar e Nutricional como direito humano fundamental

7 E a Restinga? Situa-se no cruzamento das múltiplas territorialidades que compõem as Zonas Sul e Extremo Sul A trajetória de territorialização e os Saberes do bairro: - Capacidade associativa e Articulação Política - Produção de lideranças ativas (Promotoras Legais Populares, Associação de moradores, Organizações não-governamentais, Centros comunitários...) - Capacidade de agenciar processos de transformação social em diferentes dimensões (saúde, violência, infraestrutura, moradia, alimentação) - Força para superar condições limitantes

8 Filosofia curricular Diálogo entre as estruturas de conhecimento existentes na Restinga, na Zona Sul e no Extremo Sul (Capacidade associativa + produção agroecológica) Fortalecimento das lideranças comunitárias no contexto que engloba a Segurança Alimentar, Nutricional e a Saúde Educadores Populares capazes de fazer proliferar uma nova perspectiva alimentar na Restinga e bairros do entorno Escolarização e profissionalização das populações rurais das Zona Sul e Extremo Sul de Porto Alegre Diálogo com os saberes tradicionais das populações rural-urbanas (agricultores, quilombolas, indígenas)

9 Objetivos Estimular as práticas de agricultura urbana agroecológica Difundir a Produção Agroecológica em núcleos associativos da Restinga e bairros do entorno: 1) Produção para mercados locais (hortas e estufas comunitárias) 2) Produção para si e para a vizinhança ( jardins comestíveis de iniciativa individual e/ou comunitária; embelezamento de calçadas com espécies alimentares, hortas em espaços reduzidos) Escolarizar através da valorização dos conhecimentos locais Formar técnicos capacitados para implementar e gerir sistemas de produção orgânicos. Educar para a atuação como assessores e consultores em projetos de agroecologia. Formar técnicos para atuar em instituições públicas, privadas e do terceiro setor; em instituições de certificação agroecológica; e em reservas naturais.

10 Agroecologia sob perspectiva de gênero Público de PROEJA constituído em sua maioria por mulheres As desigualdades socioeconômicas, em combinação com a herança patriarcal e a cultura machista são elementos que atuam na manutenção das iniquidades e crescente aumento das muitas formas de violência contra as mulheres As práticas agroecológicas atuam como fonte de renda e catalisador das mudanças sociais, promovendo a autonomia e empoderamento das mulheres tomar consciência de si mesma, de suas possibilidades, em um processo de afirmação que emerge da interação com outras mulheres Fortalecimento de redes associativas de mulheres e economia solidária Reestruturação do tecido social, a partir da ética do cuidado Enfrentamento à violência e mudança cultural, promovendo igualdade e equidade entre os gêneros

11 Público-alvo Moradores da Restinga e bairros do entorno Mulheres em situação de risco social Agricultores e filhos de agricultores Público em geral

12 Metodologia Pedagogia da Alternância - uma parte da formação ocorre no ambiente escolar e a outra a partir das rotinas realizadas na Unidade de Produção. Para os alunos que não dispõem de área para produzir, as aulas práticas poderão ser realizadas mediante período de vivência em Unidades que se disponham a receber estagiários ou voluntários. Associados em Porto Alegre: - Centro de treinamento em Agroecologia da Emater - Centro Demonstrativo Agrícola (CAD-Prefeitura de Porto Alegre) - Associação dos Produtores da Rede Agroecológica Metropolitana (RAMA) - Escolas da rede pública situadas na Restinga

13 Estrutura e laboratórios Centro de treinamento da Emater Centro Agrícola Demonstrativo (CAD) Propriedades rurais conveniadas com a RAMA Escolas da Restinga, espaços públicos e comunitários Sala de aula com projetor multimídia Estufas para aulas práticas, instaladas nas áreas livres do Campus Restinga Área experimental de cultivo de hortaliças Biblioteca

14 Parcerias Emater local, regional e central Fepagro UFRGS (Profº Dr. Fabio Dal Soglio, Profª Ingrid de Barros) IFRS-Campus Viamão (Convênio em andamento) Estamos em contato com o Profº Dr. Claudio Fioreze para submissão conjunta ao Edital CNPq do Núcleo em Agroecologia. Esta parceria visa a troca de docentes entre os dois campus. Atualmente, o campus Viamão conta com três professores doutores nas rurais com formação agroecológica, além de três professores na área de biologia. -

15 Turno ofertado Um curso a realizar-se no turno da noite Curso de Agronomia noturno na Ulbra com profissionais egressos e atuando no mercado de trabalho Três cursos técnicos noturnos no IFSC: Lages, São Miguel do Oeste e Canoinhas Um curso IFPR Campus Assis Chateaubriand id=109 Faz parte da formação destes profissionais a participação de atividades em laboratórios de análises e testes, de estufas para manipulação prática, bem como espaços externos que podem ser iluminados. As visitações técnicas em empresas, agroindústrias, propriedades rurais e centros de pesquisa que desenvolvem atividades nos processos agrícolas e/ou rurais, somadas a participação de eventos e seminários, reforçam as bases de aprendizagem. Estágios de convivência modelam o aperfeiçoamento dos futuros profissionais principalmente na fase de transição para partida ao mercado de trabalho.

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17 Alimentos de baixo valor nutricional ofertados pela indústria Disparidades dos investimentos em Políticas Públicas no tocante à Segurança Alimentar (Agronegócio x Agricultura Familiar) Dados do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição, do Governo Federal: - Redução dos casos de desnutrição no país x níveis crescentes de excesso de peso e doenças crônicas Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam: - correlação entre a oferta de alimentos industrializados e baixa qualidade de vida e saúde da população - estímulo ao consumo de alimentos que possuem um impacto direto na má formação nutricional e no aumento dos casos de enfermidades crônicas - baixa qualidade de vida e de saúde x grupos sociais mais vulneráveis Voltar

18 Sou uma mulher trans, Sem Terra, pedagoga e comprometida com a luta pela Reforma Agrária Dê, Coletivo de Juventude e Formação do MST - MT Marcha pela Vida das Mulheres e Agroecologia Areial PB, em 2016 reuniu 5 mil mulheres em um município d 4 mil habitantes Voltar

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