As Manifestações Culturais na Minha Vida

Transcrição

1 As Manifestações Culturais na Minha Vida

2 Pág 2 As Manifestações Culturais na Minha Vida Ao longo da minha vida tenho descoberto, vivido e aprendido o que é a cultura de muitas maneiras. Quando comecei a dizer as minhas primeiras palavras, foi porque aprendi e ouvi da minha família e esse foi o primeiro contacto com a cultura, pois, cada povo tem a sua língua. Durante a minha infância, lembro-me que o que valia para mim que achava fascinante eram as histórias e lendas contadas pelos meus pais, avós e vizinhos. Essas histórias faziam-me viajar de uma tal maneira, que mesmo sem sair da minha casa e terra, mostrava-me um mundo cheio de cor, música e movimento. Nas férias costumávamos ir para o Alentejo, para casa da minha avó materna, adorava, achava aquele povo com uma cultura muito unida e vincada. No verão ficámos na rua a fazer serão, e a ouvir as histórias que o meu avô e a minha avó contavam acerca das suas vivências profissionais e pessoais. Aos fins-de-semana havia sempre festas, pois com a chegada dos emigrantes à sua terra natal, as festas serviam de recepção a esse povo, o que fazia com que houvesse um encontro de amigos e familiares. A música era de baile, onde estava sempre presente o

3 Pág 3 acordeão, e lembro-me de ficar parada a olhar para aquele instrumento musical, e ver os dedos do acordeonista tão rápidos, e pensar: - parece magia! Quando entrei para a escola passei a ter contacto com outro tipo de cultura, as letras e os números foram uma novidade para mim, mas interessei-me muito por as letras, pois desde essa altura, nunca mais parei de ler, aliás, adoro muito. A música apareceu algum tempo mais tarde, através do rádio e televisão, e é uma das coisas que faz parte da minha vida. Costumava cantar a música da Maria Armanda, Eu vi um sapo e adorava ver o Festival da Canção, achava fascinante. Por volta dos meus 9 anos tive o gosto de conhecer os livros da Anita. A minha mãe fazia limpeza para uma Senhora, e eu e a minha irmã, às vezes, nas férias de verão íamos com ela. Então um dia, quando a minha mãe estava a fazer limpeza na cave, reparei que havia livros numa estante, e entre eles havia da Anita. Fiquei maravilhada com as fotografias e com a cor. Quis logo ficar com eles, e então a minha mão falou com a patroa sobre isso e ela disse que os filhos já eram grandes e que podia usá-los o tempo que fosse

4 Pág 4 preciso. Foi um verão mágico, pois, aqueles livros vieram dar muita cor. Nos anos a seguir durante o verão ia buscar livros a uma carrinha da Gulbenkian, que andava de terra em terra e aí escolhia os que mais gostava. Trazia muitos de aventura. Os Sete, os Cinco, as Gémeas no Colégio, faziam parte dessa lista. Na televisão amava ver a Heidi, a Abelha Maia, o Dartacão entre muitos outros. Por volta dos treze anos houve uma mudança, a nível da música, passei a gostar dos grupos internacionais e comprava revistas com posters dos mesmos, não perdia o programa Top +, para me manter actualizada. Os meus pais compraram um rádio novo com gravação de cassetes. Eu e a minha irmã passávamos muito tempo a ouvir, cantar e dançar. Em relação à leitura, houve uma paragem. Pouco depois de ter começado a trabalhar, e como já tinha dinheiro, comprava muitas revistas e livros de fotonovelas, pois, como não frequentava bibliotecas nem livrarias, era assim que adquiria os meus livros.

5 Pág 5 E foi nessa altura que o cinema entrou na minha vida. O primeiro filme que vi foi o Nome da Rosa gostei, e actualmente sempre que tenho possibilidade, frequento, seja sozinha ou com o meu filho, pois também adoro filmes infantis. Um dos filmes que adorei, quando comecei a ter contacto com o mundo do cinema, foi o Top Gun, por causa do actor, história e música. O primeiro livro que comprei numa livraria, em Faro, foi Filhos da Droga, de Chistriane F., apesar de ser uma história pesada, mostrou-me o mundo da droga e luta de uma pessoa que entrou nesse mundo. A partir daí, a leitura vive comigo, pois tenho que ter sempre um livro perto de mim. Adoro os de romance, do Nicholas Sparks, mas o que mais me marcou foi Nunca me Esqueças da Lesley Pearse. É baseado numa história verídica e conta a luta de uma jovem que foi acusada à pena de morte, por roubar um chapéu. Há partes do livro que já li vezes sem conta. Os livros são a minha paixão. Confesso que actualmente não tenho tido muito tempo, pois, desde que entrei nos cursos que o meu tempo ficou reduzido, mas

6 Pág 6 quando terminar, vou voltar para os quatro livros que estão à minha espera. A música foi e continua a ser uma boa melodia para os meus ouvidos. Gosto de vários tipos de música, desde baladas, fado, pop, rock, zen, entre outras, conforme a disposição e o local. O primeiro concerto que assisti, tinha vinte e tal anos, foi do Enrique Iglésias, algum tempo mais tarde foi o do Tony Carreira, como não gosto de muita confusão, não frequento muito. Mas ainda tenho o sonho de ver a Sarah Brightman ao vivo, pois adoro as suas músicas, são inspiradoras e fascinantes e ajudam-me muito quando tenho que me concentrar. Tenho muitos CDS dela. A música anda sempre comigo, seja no carro, casa ou trabalho. Sempre tive o sonho de viajar, mas só quando tive possibilidades financeiras é que fui. Antes disso conheci Lisboa, com o seu, Castelo de São Jorge, Belém, a Baixa, o Mosteiro dos Jerónimos, o Palácio da Pena, entre muito outros. Também já fui ao Norte de Portugal e adorei Braga, com os seus jardins e monumentos interessantes, Valência do Minho com a sua muralha, Guarda, Coimbra, Serra da Estrela, Batalha com o seu Mosteiro,

7 Pág 7 Santarém e algumas das treze igrejas que lá existem, entre muitas outras. Fora do país a primeira viagem que fiz foi a Tenerife, em Lua-demel. Apesar de ser uma ilha, adorei o que vi e como era novidade, tudo era bonito. Três anos mais tarde fui ao Brasil, pois tinha esse desejo, gostei imenso da maneira como fui tratada, das praias, paisagens e da sua cultura. Passado algum tempo uns familiares do meu marido convidaramnos para irmos com eles a Cancun, no México. Fomos todos juntos incluindo o meu filho, mas correu mal devido ao furacão Wilma, que apareceu no terceiro dia de lá estarmos, e tivemos que vir embora sem ter visto praticamente nada. Mas não perdi a esperança de lá voltar, pois sei que existem monumentos muito interessantes. Actualmente sonho conhecer muitos países com as suas culturas tradições e costumes, museus e teatros, pois como nunca assisti a nenhum, estou interessada, e espero ir brevemente.

8 Pág 8 Como a minha vida profissional esteve sempre ligada ao comércio, e como o Algarve vive do turismo, tive que aprender a percebê-los e a língua que mais falei foi o Inglês. Não sei muito, mas dá para desenrascar, mas de futuro quero aprofundar mais este idioma.