Extração de Diamantes no Rio Tibagi (PR) em Lavra Experimental nos Anos 1980
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- Rosângela Paixão Palha
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1 Extração de Diamantes no Rio Tibagi (PR) em Lavra Experimental nos Anos 1980 Antonio Liccardo Universidade Estadual de Ponta Grossa Dalton Mesquita - Mineropar
2 Na década de 1980, um novo surto de mineração ocorreu no Tibagi e a Mineropar implantou um grande projeto de pesquisa e prospecção na região. CPRM, Sopemi, Mineropar
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4 Localização da lavra experimental em Campina dos Pupos Telêmaco Borba Início: 1982 Término: 1987 Área: m 2 Localização: divisa entre municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba, no leito ativo do Rio Tibagi. DNPM /82
5 Os registros PROJETO DIAMANTE - implantação de uma lavra experimental em Campina dos Pupos. Esta pesquisa baseou-se nas anotações pessoais e nas imagens de Dalton Mesquita
6
7 A implantação Parceria Mineropar - Cooperativa de Garimpeiros Atamon Domingues Oliveira Antigo garimpo, caracterizado por paleocascalheiras que formam ilhas em trechos do rio.
8 A implantação As atividades envolveram - desvio das águas por bombeamento contínuo - construção de uma barragem para secagem do leito - dragagem para a retirada do cascalho mineralizado com vagonetes e guinchos - lavagem e separação com uso de Jig Sermec tipo SM 1/1 em local seco
9 Dificuldades
10 O leito revelado Geomorfologia do fundo do rio Tibagi Complexidade de formas - trapeamento
11 Desnível de 30m e camada de conglomerado polimítico mineralizada O leito revelado
12 Extração do material mineralizado nos intervalos entre as intensas chuvas
13 Lavagem do cascalho e concentração manual ou em jig. A cooperativa agremiava 55 garimpeiros que trabalharam coordenados
14 Os diamantes Os diamantes produzidos diariamente eram contados e pesados na presença de representantes das três partes, sendo conservados em cofre para a posterior comercialização em lotes.
15 Os diamantes Registros da produção de diamante entre 16 de julho de 1985 e 19 de março de 1986, período em que houve efetivamente a produção deste mineral-gema
16 Os diamantes GEMA LASCA INDÚSTRIA Distribuição da quantidade de indivíduos e peso dos diamantes nos intervalos de tamanho entre menores que 0,17ct e maiores que 2ct, numa população de 646 indivíduos classificados como gema (A) e 285 como lasca (B) e 695 como indústria (C).
17 Os diamantes Neste período foram retirados três grandes lotes: - o primeiro com pedras, pesando 456,11ct (0,28ct por pedra na média), que foi comercializado em agosto de 1985 por US$30.000,00, com um preço médio de US$ 66,00/ct. - o segundo com pedras, pesando 848,90ct (0,26ct por pedra na média), que foi comercializado em novembro de 1985 por US$ ,00, com um preço médio de US$ 54,00/ct. - o terceiro com pedras, pesando 531,96ct (0,28ct por pedra na média), que foi comercializado em janeiro de 1986 por US$38.000,00, com um preço médio de US$ 71,00/ct.
18 Os diamantes Imagens de uma parte do segundo lote. Segundo os técnicos que tiveram acesso naquele período, diamantes com hábito octaédrico eram comuns, mas não predominantes. A maior parte apresentava hábitos arredondados, provavelmente rombododecaedros e outras formas transicionais.
19 Os dados resultantes Total em número de diamantes pedras Total em quilates ,96 quilates Tamanho médio 0,27 quilate Valor médio por quilate em 1985/ US$ 60,00 Maior diamante encontrado - 9,10ct (US$ 2.180,00 em novembro de 1985) Melhor diamante encontrado 7,55ct (US$ 3.020,00 octaedro levemente amarelo ) Dois carbonados - 7,60ct e 2,75ct Obs - pouco comum nos lotes a presença de pedras com mais de 3ct Volume de material lavrado m3 Teor médio - 0,62ct/m3. -tipo gema (41%) - tipo lasca (parcialmente aproveitável em lapidação - 19%) - tipo indústria (40%).
20 Conclusões Estes números refletem características típicas dos diamantes recuperados nesta região com grande confiabilidade e representam, possivelmente, o melhor controle estatístico já realizado em populações de diamantes desta região. Estes dados podem contribuir para balizar novas pesquisas e subsidiar a fundamentação de modelos genéticos para o diamante do Tibagi.
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