CONSULTA PÚBLICA Nº78, de 13 de dezembro de 2004, DOU 17/12/04 Regulamento Técnico para Açúcares e Produtos para Adoçar.
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- Lucca Francisco Neiva Gusmão
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1 1- OBJETIVO Estabelecer e padronizar os procedimentos para o controle de qualidade das matérias primas, embalagens e produtos acabados, que envolvem a programação, coordenação e execução com o objetivo de verificar e assegurar a conformidade da matéria prima, do ingrediente, do rótulo (quando pertinente) e da embalagem, do produto intermediário e do produto acabado com as especificações estabelecidas, seguindo os níveis de garantia adotados pela empresa. 2-REFERÊNCIAS RESOLUÇÃO - RDC Nº 275, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002 Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos. RESOLUÇÃO CNNPA Nº12 DE 1978 CNNPA fixa os padrões de identidade e qualidade para os alimentos (e bebidas) constantes desta Resolução, estas prevalecerão sobre as NORMAS TÉCNICAS ESPECIAIS ora adotadas. CONSULTA PÚBLICA Nº78, de 13 de dezembro de 2004, DOU 17/12/04 Regulamento Técnico para Açúcares e Produtos para Adoçar. 3-RESPONSABILIDADES Este Procedimento Operacional Padrão deve ser utilizado e cumprido por todos os colaboradores do controle de qualidade do laboratório. Os colaboradores são devidamente treinados para a realização das atividades de cada etapa. Na tabela abaixo se encontram a função, o número de colaboradores e as atividades desenvolvidas por cada um. Turno / Área Função Nº de Atividades colaboradores Administrativo Analista 01 Realiza e acompanha as atividades. 2º Turno Técnica 01 Realiza as análises e registra os resultados 3º Turno Técnica 01 Realiza as análises e registra os resultados 4-PROCEDIMENTOS MATÉRIA PRIMA É recolhida a amostra da matéria prima do caminhão de acordo com a Tabela 2 da Norma ABNT 5426 no momento que a matéria prima chega na balança rodoviária. É realizada uma inspeção visual onde se verifica o aspecto visual do produto e as condições gerais da carga (livre de umidade, sujidades ou presença de insetos) Na coleta verifica-se o lote e encaminha para o laboratório para fazer a análise de acordo com o procedimento interno
2 Os produtos liberados são descarregados no armazém ou quando há necessidade direto na produção, onde é feita a identificação dos bags, incluindo informações de,peso,nota fiscal,contendo um carimbo com a data e assinatura do responsável. Para a identificação dos lotes nos Bags utiliza-se um lacre com numeração para a rastreabilidade. 5- AÇÚCAR 5.1 DEFINIÇÃO Açúcar é a sacarose obtida a partir do caldo de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum). São também considerados açúcares os monossacarídeos e demais dissacarídeos, podendo se apresentar em diversas granulometrias e formas de apresentação. 5.2 DESIGNAÇÃO O produto é designado "açúcar", seguido da denominação correspondente às suas características. Ex: "açúcar cristal", "Açúcar mascavo". 5.3 CLASSIFICAÇÃO O açúcar, de acordo com a sua característica, será classificado em: a) Açúcar cristal: contendo no mínimo: 99,3% de sacarose. b) Açúcar refinado: contendo no mínimo: 98,5% de sacarose. c) Açúcar moído: contendo no mínimo: 98,0% de sacarose. d) Açúcar demerara: contendo no mínimo: 96,0% de sacarose. e) Açúcar de confeiteiro: contendo no mínimo: 99.0% de sacarose (excluído o antiaglutinante). f) Açúcar em cubos ou tabletes: contendo no mínimo:98.0% de sacarose (excluído o aglutinante). g) Açúcar impalpável h) Açúcar granulado. i) Açúcar Orgânico CLASSIFICAÇÃO DO AÇUCAR REFINADO a) Amorfo b) Granulado 5.4 CARACTERÍSTICAS GERAIS O açúcar deve ser fabricado a partir da cana de açúcar, livre de fermentação, isento de matéria terrosa, de parasitos e de detritos animais ou vegetais. O açúcar refinado deve ser fabricado de açúcar isento de fermentações, de matéria terrosa, de parasitos e detritos animais ou vegetais. 5.5 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS Aspecto: próprio do tipo de açúcar Cor: própria do tipo de açúcar Cheiro: próprio. Sabor: doce.
3 5.6 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO AÇUCAR REFINADO a) Granulado: Sacarose, mínimo 99,8% p/p Resíduo mineral fixo, máximo 0,04% p/p Cor "ICUMSA" (420nm), máximo 45 Umidade, máximo 0,04% p/p 5.7 CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS Deverão ser efetuadas determinações de outros microrganismos e/ou de substâncias tóxicas de origem microbiana, sempre que se tornar necessária a obtenção de dados adicionais sobre o estado higiênicosanitário dessa classe de alimento, ou quando ocorrerem tóxi-infecções alimentares. Padrão microbiológico segundo RDC 12. São feitas análises de monitoramento anuais. Todos os lotes de matéria-prima recebidos possuem qualidade assegurada do fornecedor CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS Ausência de sujidades, parasitos e larvas. Padrão segundo RDC ANÁLISES ASPECTOS FISICOS QUÍMICOS Umidade Origem: decorrente do processo de solidificação e secagem do açúcar. Problemas: Processo de solidificação: a má eliminação de vapores por flasheamento nas batedeiras, após o processo de aquecimento no tacho, pode proporcionar a condensação destes vapores nos processos seguintes, provocando uma umidade do açúcar excessiva antes do secador, superior à capacidade de operação deste equipamento. Processo de secagem: a umidade pode levar ao empedramento do açúcar, bem como aumenta o risco de contaminação por microorganismos. Cor: Origem Fabricação de açúcar cristal: os pigmentos e precursores que vêm com a cana são polissacarídeos tais como glucomananas de parede celular, amido, dextrana, levana e outros. Na própria cana, dependendo das condições de corte, carregamento, transporte e estocagem e na fábrica, compostos fenólicos (leucoantocininas, protocianidinas e antocianidinas principalmente) podem se oxidar e se ligam aos polissacarídeos. Fenóis oxidados têm cor que varia desde o amarelo até o marrom. As antocianidinas podem ir do vermelho ao azul e violeta. Os polissacarídeos de alto peso molecular, com ou sem fenol ligado, se juntam aos cristais de sacarose e são difíceis de remover. Os compostos de baixo peso molecular geralmente são lavados e saem no mel final. Os produtos da reação do açúcar redutor com os grupamentos amínicos, principalmente de aminoácidos, produzem compostos escuros que também podem se polimerizar (sendo incorporados ao cristal de açúcar) e podem mudar o gosto e o aroma do açúcar (são chamados de melanoidinas). Caramelo e melanina são outros produtos
4 resultantes do aquecimento que são de cor escura. Podem ter alto peso molecular e são difíceis de remover. Refino do açúcar: descoloração ineficiente; excesso de aquecimento no tacho. Problemas: provoca má aparência do produto, dificultando a sua comercialização. Pontos Pretos Origem: partículas metálicas, incrustações que se desprendem das tubulações e dos equipamentos de processo, bagacilho, fuligem, etc., que por diversos motivos acabam se incorporando ao açúcar. Problemas: má aparência do produto dificultando a sua comercialização. Resíduo Insolúvel Origem: É composto por bagacilho e terra que não foi retido no decantador (processo de fabricação de açúcar cristal), ou por partículas metálicas, incrustações que se desprendem das tubulações e dos equipamentos de processo, fuligem, etc., que por diversos motivos acabam se incorporando ao açúcar. Problemas: Má aparência do produto dificultando a sua comercialização. 6.1 AÇÚCAR REFINADO AMORFA COR 50 Matéria prima: Açúcar refinado amorfo 50 Marca Produto: Açúcar União refinado - 1kg / 5kg e Fit 500g. Análise de Cor: ICUMSA Methods Book GS 9/1/3/-8(2011) <=50 Análise de densidade CTC-LA-MT 1-030(2011) >=710 Análise de pontos pretos CTC-LA-MT1-002(2011) <=10 Análise de umidade: ICUMSA Methods Book GS 2/1/3/9-15(2017) <=0,30 Análise de resíduo insolúvel CTC-LA-MT1-003(2011) <=4 Análise de partículas magnetizáveis CTC-LA-MT1004(2011) <=1 Matéria prima: Açúcar refinado amorfo 80 Marca Produto: Açúcar refinado Dolce e Duçula 5kg e açúcar Dolce,Duçula e Neve 1kg. Análise de Cor: ICUMSA Methods Book GS 9/1/2/3/-8(2011) <=80 Análise de densidade CTC-LA-MT 1-011(2011) >=710 Análise de pontos pretos CTC-LA-MT1-002(2011) <=20 Análise de umidade: ICUMSA Methods Book GS 2/1/3/9-15(2017) <=0,30 Análise de resíduo insolúvel CTC-LA-MT1-003(2011) <=4 Análise de partículas magnetizáveis CTC-LA-MT1004(2011) <=1 Granulometria CTC-LA-MT1-010(2011) >=95
5 PENEIRA ABNT 20 ABERTURA 0,84m 6.2 ÁÇUCAR GRANULADO Matéria prima: açúcar refinado granulado 45 Marca/produto: saches união Premium 5g Análise de Cor: ICUMSA Methods Book GS 1/2/3/9-8(2011) <=45 Análise de densidade CTC-LA-MT 1-030(2011) >=710 Análise de pontos pretos CTC-LA-MT1-002(2011) <=10 Análise de umidade: ICUMSA Methods Book GS 2/1/3/9-15(2017) <=0,04 Análise de resíduo insolúvel CTC-LA-MT1-003(2011) <=4 Análise de partículas magnetizáveis CTC-LA-MT1004(2011) <=1 Granulometria TM (mm) CTC-LA-MT 1-010(2011) 0,45-0,65 CV(%) CTC-LA-MT1-010(2011) <=40 PENEIRA ABNT 20/30/35/40/45/50/60/ ÁÇUCAR CONFEITEIRO Matéria prima açúcar de confeiteiro Marcas /produtos: açúcar de confeiteiro união glaçúcar 500g Análise de Cor: ICUMSA Methods Book GS 9/1/2/3/-8(2005) <=80 Análise de pontos pretos CTC-LA-MT1-002(2009) <=20 Análise de umidade: ICUMSA Methods Book GS 2/1/3/9-15(2017) <=0,30 Análise de partículas magnetizáveis CTC-LA-MT1004(2009) <=1 Granulometria NBR >=90 PENEIRA ABNT 60 ABERTURA 0,250m 6.4 ÁÇUCAR IMPALPÁVEL Matéria prima açúcar granulado K moído e amido de milho Marca/produto açúcar de confeiteiro impalpável união 1kg Análise de Umidade Método Especificação H2O(%p/p) ICUMSA Methods BOOK GS 2/1/3/9-15 (2007) <=2.0 Granulometria %passante #60 CTC-LA-MT 1-010(2011) Min.90%
6 PENEIRA ABNT 60 ABERTURA 0,250m 6.5 ÁÇUCAR ORGÂNICO Matéria prima açúcar orgânico extra light Marcas/produtos-união orgânico 1kg e saches 5g Análise de Cor: ICUMSA Methods Book GS 9/1/2/3-8(2005) Análise de umidade: ICUMSA Methods Book GS 2/1/3/-15(2007) <=0, ÁÇUCAR CRISTAL Matéria prima açúcar cristal tipo 2 Marcas /produtos: Cristalçúcar união e açúcar cristal da barra 1kg e 5 kg Análise de Cor: ICUMSA Methods Book GS 9/1/2/3/-8(2011) <=150 Análise de densidade CTC-LA-MT 1-011(2011) >=710 Análise de pontos pretos CTC-LA-MT1-002(2011) <=15 Análise de umidade: ICUMSA Methods Book GS 2/1/3/9-15(2017) <=0,06 Análise de partículas magnetizáveis CTC-LA-MT1004(2011) <=5 7-CONTROLE DE PESO PRODUTO FINAL É realizado a cada hora uma inspeção para verificação dos pesos 5kg,1kg,500gr,0,05gr. As verificações são registradas no RCQ Caso encontre algum desvio é comunicado imediatamente o líder e os operadores do setor onde verifica a não conformidade para que seja resolvido de imediato. 8-PROCEDIMENTO PRODUTO ACABADO Para cada produto é realizada uma análise por turno sendo utilizados os mesmos parâmetros da matéria prima. É registrado individualmente os resultados conforme lista abaixo. -Boletim de análise de açúcar empacotadora light-500gr com refinado amorfo. -Boletim de análise de açúcar refinado empacotado. -Boletim de análise de açúcar empacotado confeiteiro 20x500gr. -Boletim de análise de açúcar refinado granulado. União Premium 10x1. -Boletim de análise de açúcar empacotado impalpável 10x1kg. -Boletim de análise de açúcar refinado empacotado 5x5kg. -Boletim de análise de açúcar cristal.
7 Os produtos acabados passam por detector de metal de 1 a 2 vezes no turno onde são verificados os seguintes padrões: 1º FE 3mm 2º NFE 3,5m 3º SS 3,5mm 9- EMBALAGEM As embalagens são encaminhadas para o laboratório onde se verifica as seguintes condições: Filmes verificação de gramatura, espessura, dimensões, padrão de cor. As informações são registradas no formulário Registro de análise de embalagens RCQ 01. Caixas, fardos e Displays verificação de gramatura, dimensão e padrão de cor. As informações são registradas no formulário registro de análise de embalagens RCQ 02. Todos os registros devem conter os dados completos dos fornecedores os produtos que não estiverem conforme é comunicado o fornecedor e realizada a devolução. 10-NÃO CONFORME Caso haja desvio na matéria prima é registrado pela analista da qualidade no relatório de não conformidade RNC S (Sertãozinho) e o numero sequencial todas as informações da ocorrência da não conformidade onde este documento é encaminhado para Coordenadora da qualidade que verifica qual o destino do produto A não conformidade é repassada ao fornecedor para que tome as medidas cabíveis podendo o produto não ser descarregado na empresa ou ficar armazenado em local apropriado até que seja feita a retirada. A matéria-prima não conforme fica identificada e armazena em local protegido. 11-HIGIENIZAÇÃO A higienização do laboratório é realizada diariamente pela empresa terceirizada onde limpa Piso/teto/porta e janelas, sendo registradas as atividades conforme planilha Registro de realização de Limpeza. As bancadas e equipamentos são higienizadas pelas responsáveis do laboratório. 12-REGISTROS Todos os resultados das análises são registrados na planilha: -Registro de análise de matéria prima RCQ 05 Todos os resultados são lançados diariamente no sistema DATA SUL. -Todos os equipamentos de calibração são devidamente calibrados por uma empresa terceirizada e realizado anualmente conforme certificados. OBS: As análises microbiológicas são realizadas em laboratório externo, sendo credenciado e que atende as normas e legislações.
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